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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

CURSO DE PEDAGOGIA EAD – SEGUNDA LICENCIATURA

ANGELA APARECIDA FREITAS FONTINELI 300085


CRISTIANE RIBERTI HESSEL MAGANHA 293853
ELAINE SATIRIA ALVES DE BARROS 303478
SILONI CORREIA DE AGUIAR PEREIRA 282348
STEFANE RODRIGUES DE MACEDO 300093

ATIVIDADE AVALIATIVA MÓDULOS 3 E 4


PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: OLHARES PARA A INFÂNCIA

São Bernardo do Campo


2018
ANGELA APARECIDA FREITAS FONTINELI 300085
CRISTIANE RIBERTI HESSEL MAGANHA 293853
ELAINE SATIRIA ALVES DE BARROS 303478
SILONI CORREIA DE AGUIAR PEREIRA 282348
STEFANE RODRIGUES DE MACEDO 300093

ATIVIDADE AVALIATIVA MÓDULOS 3 E 4


PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: OLHARES PARA A INFÂNCIA

Trabalho apresentado no curso de graduação


de Pedagogia EAD – Segunda Licenciatura da
Universidade Metodista de São Paulo

Orientadora: Kelly Cristina Rotta de Almeida

São Bernardo do Campo


2018
1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como finalidade apresentar os resultados da pesquisa realizada


no Parque Educar, identificando as concepções pedagógicas presentes na práxis, além
das intencionalidades docentes bem como a compreensão da infância presente no
cotidiano escolar e a contextualização metodológica com a contemporaneidade.
O Parque Educar é uma instituição de educação infantil da rede particular
localizada na cidade de São Bernardo do Campo – SP. Em novembro de 2018, o local
atende 120 crianças de aproximadamente seis meses até seis anos a serem completados
até março. Cada turma possui entre 12 e 15 crianças. Seu horário de funcionamento é
das 7h às 19h.
Além disso, a escola possui um quadro pessoal de 26 funcionários, cinco
estagiárias, duas pedagogas na equipe gestora e seis professoras assistidas por cinco
auxiliares de primeira infância. Já os demais ocupam cargos que não fazem parte
diretamente à área da educação, mas que também exercem um papel importante para o
bom funcionamento da instituição. Já a proporção adulto/criança na escola é de três
adultos a cada 15 crianças.
Com relação aos espaços físicos, o local conta com parque externo, tanque de
areia, casinha, horta, uma quadra, ateliê, refeitórios, fraldários e banheiros, salas de aula,
salas multiuso e brinquedoteca.
Orientados pela Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil e
pelos eixos estruturantes da Educação Infantil a escola adotou o trabalho com os
campos de experiências: o eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços,
sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação. Contudo, a prática
pedagógica, registrada e documentada em projetos, remete a notória influência da
Pedagogia da Escuta.
As concepções pedagógicas da escola comportam o caráter múltiplo do ser
humano como base da experiência educacional, este fator sustenta a escolha do grupo
pela instituição para a execução da pesquisa.
Ressalta-se também a categoria “particular” da instituição, o elevado custo desta
formação e que o perfil socioeconômico da comunidade diverge da maioria da
população brasileira.
2. PERFIL EDUCACIONAL DO PARQUE EDUCAR

2.1

A escola, em acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs)


compreende a criança como um sujeito histórico, cultural e de direitos e este dentro das
suas interações, relações e vivencias do dia a dia constrói sua identidade pessoal e
coletiva. A escola é o lugar que proporciona as primeiras experiências fora do contexto
familiar e as crianças, cada vez mais cedo, estão sendo inseridas neste ambiente.
Portanto, se faz importante que elas escolham suas atividades e que sejam respeitados
seus estágios de desenvolvimento cognitivo, capacitando-os para atingir níveis mais
complexos de conhecimento.
No Parque Educar o referencial pedagógico é Construtivista e Sócio-
interacionista, ou seja, a criança constrói o conhecimento pela interação dela com o
meio físico e social, com o mundo das relações humanas e sendo assim propõe que o
conhecimento está na interação entre o docente, a criança, colegas e nos objetos que a
cerca. O professor por sua vez , adota a mediação e interlocução agindo de forma
interativa entre o aluno e o meio.
A unidade escolar utiliza o tema “Aprender brincando,Brincar aprendendo”,
conscientes de que o brincar é uma linguagem natural das crianças, o tornam parte da
rotina, cabendo aos docentes estabelecer intencionalidade e objetivos como a
autonomia, linguagem, criatividade, autoestima dentre outros, de forma a contribuir para
a construção da personalidade e o desenvolvimento como um todo.
A partir de concepções da Pedagogia da Escuta a criança protagoniza sua
história, vivenciando experiências e descobertas ao longo de projetos tematizados de
acordo com seus interesses, curiosidades e necessidades e realizados através de
desenhos, pinturas, recortes, colagens, etc..
Segundo BARBOSA, os primeiros anos de escolarização são momentos de
intensas e rápidas aprendizagens. As crianças estão aprendendo a compreender seu
corpo e suas ações, a interagir com diferentes parceiros e gradualmente se integrando
com e na complexidade de sua cultura ao corporalizando-as. A escola leva em conta o
processo de desenvolvimento dessas crianças se atentando para a importância do
movimento, linguagem,/oralidade, convivência, valores morais e autonomia das
crianças.
2.2 O cuidar e educar

A nova pedagogia tem procurado conscientizar os profissionais da área da


educação e a sociedade de que o “cuidar” e “educar” sejam ações interligadas. Neste
caso, há de se romper com a ideia de que o educar é mais importante do que o cuidar.
As ações da escola são pautadas na Lei de Diretrizes e Bases, em seu artigo 29
que diz que a educação infantil tem por finalidade o desenvolvimento integral da
criança em seus aspectos físico, intelectual, psicológico e social, complementando as
ações feitas pelas famílias. O embasamento serve para acompanhar o movimento
histórico que vivemos e tem como proposta ampliar as vivências experimentadas por
seus alunos fazendo com que as crianças se sintam acolhidas e seguras. Considera-se:

A função da educação infantil nas sociedades contemporâneas é a de


possibilitar a vivência em comunidade, aprendendo a respeitar, a acolher e a
celebrar a diversidade dos demais, a sair da percepção exclusiva do seu
universo pessoal, assim como a ver o mundo a partir do olhar do outro e da
compreensão de outros mundos sociais. Isso implica em uma profunda
aprendizagem da cultura através de ações, experiências e práticas de convívio
social que tenham solidez, constância e compromisso, possibilitando à
criança internalizar as formas cognitivas de pensar, agir e operar que sua
comunidade construiu ao longo da história. Práticas sociais que se aprendem
através do conhecimento de outras culturas, das narrativas tradicionais e
contemporâneas que possam contar sobre a vida humana por meio da
literatura, da música, da pintura, da dança. Isso é,histórias coletivas que, ao
serem ouvidas, se encontram com as histórias pessoais, alargando os
horizontes cognitivos e emocionais através do diálogo, das conversas, da
participação e da vida democrática. (BARBOSA, 2009, P.12)

Nesta escola analisada, ambas as ações são valorizadas e fazem parte do


processo de bem-estar e educativo das crianças. Para exemplificar isso, nos fraldários
em mais de um ponto da escola, estagiários, atentos a necessidade de troca, analisam a
roupa ou perguntam para os alunos, principalmente os que estão em processo de
desfralde, se está tudo bem, sem esperar a criança pedir para ir ao banheiro.
Ressalta-se que há diversas refeições saudáveis e adaptáveis, os com restrições
alimentares, são fornecidas, os pais não precisam se preocupar em fazer lancheiras; que
há os horários específicos para o soninho em espaço com caminhas, cadeiras e música suave,
que em caso de problemas de saúde são flexibilizados.
Em paralelo, estão presentes brincadeiras, contação de histórias tanto por parte
dos docentes como das crianças, as danças, o desenhar e pintar, brincar no parque ou
com os disponíveis no local.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A forma de ensinar e aprender mudou bastante e isso se reflete no dia a dia das
escolas. Mas nem sempre é fácil entender as diferenças entre os métodos utilizados.
Na educação de hoje podemos falar de uma tendência: um modelo de ensino está
dando lugar a outro. Quem sai de cena é o ensino focado no excesso de conteúdos,
distantes da realidade concreta.
Na escola que visitamos e analisamos seu Projeto Político Pedagógico
observamos essas novas tendências inseridas na sua práxis, inspiradas em iniciativas
educacionais que observam e respeitam a criança em sua totalidade
Nesta escola de Educação infantil o professor é um mediador que instiga as
interações do aluno e o meio criando situações desafiadoras estimulando a construção
do aprendizado. Além disso, o professor/mediador consegue visualizar que cada aluno
tem seu próprio processo de aquisição de conhecimento e, por isso, propõe várias
formas de aprender.
A inclusão de alunos com necessidades especiais é ponto de atenção no Parque
Educar, para isso conta com adequações necessárias permitindo assim o acesso destes
alunos a todos os espaços educacionais.
Ter um projeto político-pedagógico construído com cuidado é essencial para que
toda a comunidade escolar conheça os objetivos educacionais que a instituição pretende
atingir e os meios disponíveis para tanto. Na unidade escolar, há análise e avaliação das
ações e metas que compuseram o Projeto Político Pedagógico, feitas em Reunião
Pedagógica, na qual o grupo de educadores elenca as principais dificuldades e avanços
ocorridos ao longo do ano, através de escritas e falas pautadas em observações
relacionadas ao desenvolvimento dos alunos e metas atingidas durante o processo.
É importante ressaltar que os projetos são construções coletivas que visam o
desenvolvimento de habilidades e competências, primando pela formação do aluno, para
que possa enfrentar os desafios do cotidiano, ser um cidadão feliz, capacitado e
consciente de seu papel na sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes


curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. –
Brasília : MEC, SEB, 2010.

EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a


abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Tradução de Dayse
Batista. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

FORTUNATO, I. Pedagogia da Escuta: Currículos e Projetos em Régio Emília.


UNESP. São Paulo. 2010.

MAIA, J. N. Concepções de Criança, infância e educação dos professores de


educação infantil. UCDB. Mato Grosso. 2012.

SANTOS NETO, Elydio. Filosofia e prática docente: fundamentos para a


construção da concepção pedagógica do professor e do projeto político pedagógico
na escola. In: II Encontro Internacional de Filosofia e Educação e II Fórum Sudeste de
Ensino de Filosofia, 2004, Rio de Janeiro. Políticas do ensino de Filosofia, 2004.

SILVA GOMES, Mara Pavani. A construção do pensamento pedagógico. Módulo 3.


Segunda Licenciatura em Pedagogia. UMESP 2018.

REFERÊNCIAS DE ACESSO EM MEIO ELETRÔNICO

BARBOSA, M. C. S. Praticas Cotidianas na Educação Infantil – Bases para a


Reflexão sobre as Orientações Curriculares. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/relat_seb_praticas_cotidianas.pdf> BRASÍLIA,
2009. Acesso em: 02/11/2018 às 19:58hs.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional


comum curricular. Brasília, DF, 2018. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-
content/uploads/2018/06/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf . Acesso em: nov.
2018.

FOSSILE, D. K. Construtivismo versus sócio-interacionismo: uma introdução às


teorias cognitivas.Disponível em:
<http://alpha.unipam.edu.br/documents/18125/23730/construtivismo_versus_socio_inte
racionsimo.pdf>Acesso em: 10/11/2018 às 15:43hrs.

HOFFMANN, J. M. L. Avaliação Mediadora: Uma Relação Dialógica na


Construção do Conhecimento. Disponível em:
<http://www.dn.senai.br/competencia/src/contextualizacao/celia-
avaliacaomediadoraJussaraHoffmam.pdf> Acesso em: 10/11/2018 às 15:50hrs.

MARAFON, D. MENEZES, A. C. A abordagem de ReggioEmilia para a


aprendizagem na educação infantil.XIII CONGRESSO NACIONAL DE
EDUCAÇÃO Disponível em:
<http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/26611_13639.pdf> Acesso em:
10/11/2018 às 16:50hrs

MEC. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para


Educação Infantil. Brasília, 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=9769-diretrizescurriculares-
2012&category_slug=janeiro-2012-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 10/11/2018 às
15:50hrs

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