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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP


INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

Rodrigo Cardoso Spies

BIOMETRIA DE FRUTOS E SEMENTES, PREDAÇÃO E GERMINAÇÃO


DE Hymenaea courbaril L. E Hymenaea stigonocarpa MART. (FABACEAE –
CAESALPINIOIDEAE) NO MUNICÍPIO DE SINOP

(Sinop, Mato Grosso)


2017
Rodrigo Cardoso Spies

BIOMETRIA DE FRUTOS E SEMENTES, PREDAÇÃO E GERMINAÇÃO DE Hymenaea


courbaril L. E Hymenaea stigonocarpa MART. (FABACEAE – CAESALPINIOIDEAE) NO
MUNICÍPIO DE SINOP

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Engenharia Florestal, da Universidade
Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus
Universitário de Sinop, como requisito parcial
para obtenção do título de Engenheiro Florestal.

Pastor Amador Mojena

(Sinop, Mato Grosso)


2017
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus por fornecer o dom do conhecimento e fazer com
que esta pesquisa fosse desenvolvida. Meus pais e familiares por dar toda a força e subsídios
nos meus trabalhos. Aos amigos com suas orações. Ao meu orientador Prof. Dr. C. Pastor
Amador Mojena por mostrar os caminhos do conhecimento. Ao Prof. Dr. Jesus Romero
Napoles pela identificação do inseto predador. A Universidade Federal de Mato Grosso
(UFMT) por fornecer subsídios de seus laboratórios para os testes e pelos professores que fazem
parte da banca avaliadora.
BIOMETRIA DE FRUTOS E SEMENTES, PREDAÇÃO E GERMINAÇÃO DE
Hymenaea courbaril L. E Hymenaea stigonocarpa MART. (FABACEAE –
CAESALPINIOIDEAE) NO MUNICÍPIO DE SINOP

RESUMO

O gênero Hymenaea spp. é conhecido popularmente como Jatobá. São espécies nativas, e sua
madeira apresenta características de maior resistência além da sua beleza e utilizada na
construção civil. Os frutos são utilizados como fruta fresca, aplicados na medicina e com grande
interesse comercial. Estudos de biometria de frutos e sementes são importantes para caracterizar
a dispersão das espécies e classificar suas diferenças. Predação de sementes é bem evidenciada
na família Leguminosae. O objetivo da pesquisa foi caracterizar biometricamente frutos e
sementes de Hymenaea courbaril e Hymenaea stigonocarpa, registrar a incidência de
Rhinochenus stigma, quantificar a deterioração de sementes e relacionar a predação com a
qualidade fisiológica das sementes. Para isso foram coletadas amostras de 110 frutos de quatro
pontos do município de Sinop. Os resultados demonstraram que Hymenaea courbaril o
tamanho de fruto média foi de 19,6 cm e a taxa de predação de 17,6%. Para H. stigonocarpa o
tamanho de fruto média foi 19,02 cm e taxa de predação de 5,91%. Os parâmetros biométricos
de frutos e sementes influenciam diretamente na taxa de predação afetando negativamente a
germinação das sementes.
.

Palavras-chave: Caracterização Biométrica, Taxa de Predação, Porcentagem de Germinação,


Jatobá, Rhinochenus stigma.

ABSTRACT

The genus Hymenaea spp. is popularly known as Jatobá. They are native species, and their
wood presents characteristics of greater resistance beyond its beauty and used in the civil
construction. The fruits are used as fresh fruit, applied in medicine and with great commercial
interest. Studies of fruit and seed biometry are important to characterize the dispersion of the
species and classify their differences. Predation of seeds is well evidenced in the family
Leguminosae. The objective of the research was to characterize biometrically fruits and seeds
of Hymenaea courbaril and Hymenaea stigonocarpa, to record the incidence of Rhinochenus
stigma, to quantify the level of damage and to relate predation to the physiological quality of
the seeds. For this, samples of 110 fruits of four points of the municipality of Sinop were
collected. The results showed that Hymenaea courbaril the average fruit size was 19.6 cm and
the predation rate was 17.6%. For H. stigonocarpa the average fruit size was 19.02 cm and the
predation rate was 5.91%. The biometric parameters of fruits and seeds directly influence the
rate of predation negatively affecting seed germination.

Key words: Biometric Characterization, Predation Rate, Percentage of Germination, Jatobá,


Rhinochenus stigma.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................................2
2.1 Caracterização do Gênero e Espécie......................................................................................2
2.2 Caracterização de Frutos e Sementes.....................................................................................2
2.3 Vigor, Germinação e Fatores Relacionados...........................................................................3
2.4 Predação de Frutos e Sementes.............................................................................................4
3. MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................................7
3.1 Análise de Dados..................................................................................................................7
4. RESULTADOS...................................................................................................................10
4.1 Análise Biométrica Geral....................................................................................................10
4.1.1 Tamanho de Fruto do Gênero Hymenaea........................................................................11
4.1.2 Tamanho de Semente do Gênero Hymenaea....................................................................11
4.1.3 Número de Sementes Por Fruto........................................................................................12
4.1.4 Número de Sementes Por Fruto Predada e Taxa de Predação..........................................12
4.1.5 Massa Seca e Teor de Umidade.......................................................................................12
4.1.6 Consumo de Massa Seca Na Semente..............................................................................12
4.2 Correlações e Coeficiente de Pearson.................................................................................12
4.3 Germinação.........................................................................................................................13
4.4 Predador..............................................................................................................................13
5. DISCUSSÕES......................................................................................................................15
5.1 Biometria de Frutos e Sementes.........................................................................................15
5.2 Predação..............................................................................................................................16
5.3 Teor de Umidade, Massa Seca e Consumo de Massa Seca..................................................17
5.4 Correlação e Coeficiente de Pearson...................................................................................17
5.5 Germinação.........................................................................................................................18
6. CONCLUSÃO.....................................................................................................................19
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................20
1 INTRODUÇÃO
As plantas de Hymenaea spp., popularmente conhecidas como “jatobás”, são árvores de
troncos retos e cilíndricos, de súber liso e de coloração cinza. As folhas são compostas,
bifolioladas, de filotaxia alterna com estipulas e pecíolo livre do lado interno. A floração e a
frutificação tem início entre oito e doze anos de idade da planta, e não são necessariamente
anuais. No Brasil, florescem durante os meses de dezembro a fevereiro e os frutos amadurecem
entre os meses de agosto e setembro (BARROSO, 1991).
Segundo Lorenzi (2000), a espécie H. stigonocarpa Mart. ex Hayne, conhecida como
jatobá- do-cerrado, jutaí, jatobá-capo, jatobá-de-casca fina, jitaí ou jutaicica é de ocorrência nos
estados do Piauí, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo, sendo comum
nas formações abertas da caatinga e do cerrado. Esta espécie se desenvolve naturalmente em
solos de fertilidade química baixa, porém, sempre bem drenados (LORENZI, 1998).
Segundo Lorenzi (2000), a H. courbaril L., é uma espécie de porte arbóreo e ocorre
tanto em solos de alta como de média fertilidade. É popularmente conhecida como jatobá, jutaí,
jutaí-açu, jutaí-bravo, jutaí-grande, jataí-peba, jataí-uba, jataí-uva, jataíba, jataúba, jatioba,
jatiuba ou jupati, copal, e muito encontrada no estado da Bahia, Minas Gerais e São Paulo.
Possui copa ampla e tronco normalmente reto, de até 200 cm de diâmetro e 30 m de altura.
Estudos que relacionam as características biométricas de frutos e sementes podem fornecer
subsídios importantes para a diferenciação de espécies do mesmo gênero (CRUZ et al., 2001).
Segundo Cassini (2005), predação é a interação desarmônica na qual um indivíduo
(predador) ataca, mata e devora outro (presa) de espécie diferente. Muitas plantas sofrem
intensa predação de sementes pré-dispersão e pós-dispersão por animais e, essa perda pode ter
efeitos cruciais no valor adaptativo das populações (JANZEN, 1971).
Segundo Marino et al. (2004), a predação das sementes é bem evidenciada
principalmente na família das Leguminosas, o que acarreta grande perda na produção das
mesmas. Fator que influi de maneira direta na ecologia das populações vegetais e possui
consequências na abundancia e distribuição das plantas (CHACOFF et al., 2004).
Sendo assim, o objetivo da pesquisa foi caracterizar biometricamente frutos e sementes
de Hymenaea courbaril e Hymenaea stigonocarpa, registrar a incidência de Rhinochenus
stigma, quantificar a deterioração das sementes e relacionar a predação com a qualidade
fisiológica das sementes.

1
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Caracterização do Gênero e Espécie
Segundo Lorenzi; Matos (2006), o Jatobazeiro é uma fruteira nativa, raramente
cultivada, é uma árvore de 15 a 35 m de altura, com frutificação de junho a setembro. O Jatobá
é utilizado principalmente como fruta fresca, seu endocarpo é farináceo com alto teor de fibras
(ALMEIDA; SILVA, 1994).
De acordo com Lee; Langenheim (1974), H. courbaril L. é considerada uma espécie
polimórfica, com seis variedades: courbaril; villosa; altissima; longifolia; stilbocarpa e
subsessilis. De acordo com Silva (2013), em indivíduos de uma mesma espécie, destaca-se um
ou mais grupos que apresentam singularmente, um carácter excepcional, ou um conjunto de
pequenas diferenças da forma específica típica que se perpetuam na geração, nessas condições
dá-se o nome de variedade. A diferença das variedades está no tipo de habitat, distribuição
geográfica, porte de árvore, características florais e foliares, além do tamanho dos frutos
(RIZZINI, 1971).
Segundo Felfili et al. (1998), a espécie H. courbaril está em contato com a Floresta
Amazônica e Cerrado no Mato Grosso. Segundo Lee; Langenheim (1975), no Brasil a espécie
H. courbaril possui uma distribuição ampla, ocorrendo desde a floresta amazônica até a floresta
estacional semidecidual no sudeste do país. Segundo Carvalho (1994), H. courbaril é uma
espécie clímax, pouco exigente em fertilidade e umidade do solo, geralmente ocorrendo em
terrenos bem drenados. H. stigonocarpa é considerada uma árvore de grande porte, podendo
ultrapassar os 30 m de altura, possuindo folhas compostas, inflorescência em panículas
terminais (PRANCE; SILVA, 1975).
2.2 Caracterização de Frutos e Sementes
Segundo Prance; Silva (1975), em H. stigonocarpa os frutos tem forma de vagens
indeiscentes, duros e pardo-escuros, apresentando de 2 a 6 sementes, envoltas por uma farinha
comestível de grande valor nutritivo, consumida pelo homem como alimento e por animais,
principalmente roedores. Segundo Lorenzi (1992), esses frutos fazem parte da dieta de várias
espécies da fauna sendo muito interessantes em programas de recuperação de ambientes
degradados. H. stigonocarpa produz sementes com abundância e regularidade sendo uma
espécie com possibilidade de uso comercial (CAMPOS; UCHIDA, 2002).
Segundo Lorenzi (2000) os frutos de H. courbaril são legumes indeiscentes com cerca de
15 a 17 cm por 5 a 6 cm, externamente castanho-avermelhados, com epicarpo verrucoso,
mesocarpo e endocarpo creme, comestíveis e muito apreciados pelas populações rurais como

2
recurso alimentar e medicinal. Sua polpa é farinácea e adocicada, com elevados teores de fibras,
açúcares, proteínas, vitaminas e sais minerais, apresentando componentes nutricionais
importantes para a saúde humana (ALMEIDA et al., 1998).
Segundo Baskin; Baskin (1998) estudos sobre a biometria de frutos e predação de
sementes são importantes para caracterizar a forma de dispersão utilizada pelas espécies,
determinando diferenças entre espécies pioneiras e não pioneiras em florestas tropicais. Além
disso, os dados morfológicos e biométricos podem auxiliar nos testes de laboratório, na
descrição, na identificação botânica e reconhecimento do mecanismo de dispersão da espécie.
O conhecimento da morfologia de sementes é essencial para a análise do ciclo vegetativo da
espécie (KUNIYOSHI, 1983).
2.3 Vigor, Germinação e Fatores Relacionados
Segundo Villiers (1972), a dormência pode ser definida como o estado de repouso
fisiológico em que a semente, em função de sua estrutura ou composição química, possui um
ou mais mecanismos bloqueadores da germinação. As espécies clímax podem ficar sem
produzir sementes por anos, sendo de curta longevidade, sem dormência ou com dormência
curta, geralmente produzidas em menor quantidade e com reservas nutricionais maiores (PIÑA-
RODRIGUES et al., 1991).
Segundo o que foi comprovado por Cruz et al. (2001), nas espécies arbóreas tropicais
existe grande variabilidade em relação ao tamanho dos frutos e número de sementes nos frutos.
Segundo Melo et al. (1998), para se obter uma grande variabilidade, é necessário coletar
pequenas quantidades de sementes, em diferentes matrizes, que devem ser selecionadas para
coleta com certo afastamento entre si, para não haver redução da variabilidade. Estudos de uma
única espécie oriundos de procedências distintas detectam diferenças fenotípicas em relação à
variabilidade genética e aos fatores do ambiente, pois possibilita a expressão de determinadas
características em ambientes diferenciados (BOTEZELLI et al., 2000).
Conforme cita Mayer; Poliakoff-Mayber (1989), grande parte das espécies nativas do
Brasil que são leguminosas, há dormência no tegumento. Este por sua vez, restringe a entrada
de água e oxigênio, impedindo crescimento do embrião, apresentando uma resistência física,
retardando a germinação. Para esse tipo de dormência exige-se remoção do tegumento, com
escarificação química ou mecânica para assim contribuir com a permeabilidade da água, a
sensibilidade à luz e temperatura, permeabilidade dos gases, remoção de inibidores ou de
promotores da germinação, influenciando no metabolismo e consequentemente na dormência
das sementes (KHAN, 1977).

3
Segundo Pita Villamil (1997), quando se congelam as sementes a temperaturas
inferiores a –30 °C, o metabolismo destas é paralisado, impedindo assim que ocorra a sua
deterioração genética. Segundo Fonseca; Freire (2003), a maioria das espécies possui sementes
que toleram dessecação a graus de umidade próximos de 2% a 5%, ou mesmo abaixo desses
níveis, sendo denominadas ortodoxas. De acordo com Roberts (1973), as sementes ortodoxas
podem passar por um processo de secagem adequado antes de serem conservadas a baixas
temperaturas, sem que haja danos de sua qualidade fisiológica. As sementes de H. courbaril
são ortodoxas, podendo, inclusive, aumentar sua porcentagem de germinação após períodos de
armazenamento de até 260 dias (BARBOSA; BARBOSA, 1985).
Baker (1972), afirma que, existe uma relação entre peso médio das sementes e o porte
da espécie. Ainda discute que, o peso da semente pode ser relacionado com a distância em que
as sementes são dispersas. Weiss (1980), aponta que o tamanho da semente é um indicador
ecológico para mostrar a habilidade de uma espécie de se manter em determinado ambiente.
Segundo Thompson; Grime (1979), as sementes grandes necessitam, em geral, de animais para
realizar sua dispersão, por isso apresentam alto risco de predação. A germinação ocorre mais
rapidamente com sementes de peso maior (WEISS, 1980).
2.4 Predação de Frutos e Sementes
Segundo Southgate (1979), os coleópteros da subfamília Bruchinae (Chrysomelidae)
são importantes predadores de sementes, principalmente de leguminosas. Segundo Southgate
(1979) e Romero-Napoles (2002), as larvas alimentam-se exclusivamente de sementes,
atacando principalmente o embrião, e devido a este fato algumas espécies desta subfamília são
consideradas grandes pragas, pois as sementes de algumas espécies são de grande importância
econômica. Outro fator de grande importância é o número de sementes por planta que afeta
diretamente a qualidade das mesmas, quanto a sua taxa de predação, o que pode variar de uma
estação para outra (HULME, 1998).
Consolaro; Guarino (2003), diz que o vigor dos frutos e sementes é muitas vezes
responsável pelo aumento da taxa de predação, devido à maior quantidade de recursos
disponíveis ao predador. A predação é um fator que pode afetar a produção de sementes
diretamente, por danos causados aos frutos, sementes e até mesmo as flores (KAGEYAMA;
PIÑA-RODRIGUES, 1993).
Segundo Lewindohn (1980), a espécie Rhinochenus stigma inicialmente pertencia ao
gênero Curculio, espécie descrita inicialmente por Linnaeus (1758), como Curculio stigma. O
gênero Rhinochenus foi criado por Lucas (1857) que descreveu duas espécies Rhinochenus

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sticticus e Rhinochenus stigma, assim após sua revisão feita por Whitehead (1976) que era até
então 11 espécies do gênero que passou a compreender 18 espécies. Segundo Lucas (1857)
apud Lewindohn (1980) a espécie R. sticticus foi descrita pela diferenciação de cor, por ser um
inseto mais escuro e ter ocorrência no Centro-Oeste brasileiro, principalmente na região do
cerrado. Já na Amazônia, sudeste e nordeste do Brasil encontramos a espécie R. stigma. Então
devido á grande variação local e regional de ocorrência do inseto decidiu-se incorporar R.
sticticus em R. stigma (WHITEHEAD, 1976).
Segundo Bondar (1929), as larvas de Rhinochenus se desenvolvem inteiramente nos
frutos de jatobá. Os ovos são colocados nos frutos ainda verdes e as larvas destroem as
sementes. Segundo Janzen (1978), a larva em último estágio escava uma perfuração incompleta
na casca do fruto e empupa em uma cavidade adjacente a este furo na polpa. Este completa o
furo da casca e o inseto abandona o fruto. Janzen (1974), diz que os adultos circulam no interior
do fruto, quando o mesmo é aberto os adultos espalham-se para todas as direções. Supõe-se que
todas as espécies do gênero ovipositam durante um mês do desenvolvimento dos frutos. Devido
a resina da casca ser fluida uma vez que a resina se solidifica a casca dos frutos fica imperfurável
para a oviposição (JANZEN, 1975).
Segundo Almeida et al. (1998), a espécie H. stigonocarpa tem sua disseminação
dificultada pelo ataque de coleópteros aos frutos e sementes (uma vez que esses são danificados)
durante o período de amadurecimento, e as sementes que escapam podem ser destruídas no solo
por cupins. Segundo Lisboa (1975), a predação de sementes florestais nativas e exóticas por
Coleópteros em vegetações tropicais é um fenômeno comum, ocorrendo principalmente em
frutos maduros. O resultado desta predação consta que diminui a capacidade germinativa e
consequentemente a quantidade e qualidade de mudas a serem produzidas para um programa
de reflorestamento, seja para a produção de madeira, seja para a recuperação de áreas
degradadas ou paisagismo.
Janzen (1969), examinando espécies de leguminosas na América, descobriu que
espécies não atacadas por predadores produziam mais semente por fruto e maiores, do que as
espécies que são usualmente atacadas. De acordo com Janzen (1971), a intensidade de predação
é maior embaixo da planta-mãe onde ocorre maior densidade de sementes e assim, à medida
que aumenta a distância da planta, essa densidade diminui causando um decréscimo na predação
das sementes. Allmen et al. (2004) testando a relação de “resposta da distância” encontraram
taxas de predação similares em sementes depositadas sob a planta-mãe e distantes desta,
constatando que, em áreas onde o recurso é abundante, as taxas de predação podem não variar

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com a distância. Indivíduos que os frutos foram atacados durante uma frutificação também
sofrerão maior ataque na frutificação seguinte o que pode sugerir uma variabilidade genética
em susceptibilidade a ataques (MOORE, 1978).

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3 MATERIAIS E MÉTODOS
Os frutos de foram coletados, nas florestas no perímetro urbano da cidade de Sinop, MT,
entre os meses de Agosto e Setembro de 2015. Os frutos de Hymenaea courbaril coletados nos
seguintes locais, procedência 1 Viveiro Municipal de Sinop, S 11° 52' 15.2" e W 55° 30' 41.1",
altitude 385 m; Procedência 2 Comunidade Brígida Estrada Adalgisa, S 11° 51’ 30,9’’ e W 55°
27’ 19,3’’, altitude 385,6 m e Procedência 3 Comunidade Nossa Senhora de Fátima S 11° 54’
16,1” e W 55° 32’ 22,3”, altitude 385,1 m. Os frutos de Hymenaea stigonocarpa na procedência
Parque de Exposições da Acrinort S 11° 49’ 50,7” e W 55° 29’ 12,2”, altitude 385,1 m.
Os frutos foram levados ao laboratório de Análise e Tecnologia de Sementes da
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Campus Sinop, para secagem, beneficiamento,
medição de parâmetros biométricos (comprimento, largura e espessura), cálculo das taxas de
predação e testes de germinação. Para determinar os parâmetros biométricos dos frutos das duas
espécies foram selecionados aleatoriamente 110 frutos, utilizando um paquímetro digital, marca
King Tools para medição das variáveis.
Para determinação do tamanho do fruto foi feita uma multiplicação simples dos
parâmetros comprimento, largura e espessura e feita a conversão de unidades de medida para
obter o tamanho em cm.
Para medições dos parâmetros biométricos das sementes (comprimento e diâmetro),
aleatoriamente foi selecionada uma sub-amostra de 200 sementes. Para calcular o diâmetro
foram feitos duas medidas no meio da semente (uma de cada lado), e feita uma média para obter
um diâmetro médio de cada semente.
Para a determinação do tamanho da semente foi feita uma multiplicação simples dos
parâmetros de comprimento e diâmetro e feita a conversão de unidades de medida para obter o
tamanho em cm.
Considerou-se comprimento de frutos e sementes a medida do ápice à base, largura e
espesura a região mediana do fruto e da semente. Para cada uma das variáveis estudadas,
calculou-se a média aritmética, o desvio padrão, o erro padrão e coeficiente de variação,
conforme metodologia proposta por Azevedo; Campos (1987).
3.1 Análise de Dados
No processo de beneficiamento das sementes estas foram classificadas de duas
categorias: I) sementes sadias (com forma normal e livre de predação de insetos); II) sementes
não sadias (sementes predadas por insetos, com formação anormal), conforme metodologia de

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Sari et al. (2005). Foram consideradas como predadas, sementes que apresentaram orifícios de
saída de insetos ou com presença destes dentro dos frutos.
A taxa de predação das sementes (EQUAÇÃO 1), foi calculada com base na relação
entre o número de sementes predadas (Np) e o total de sementes beneficiadas (Ns) vezes 100,
em cada amostra. Esse cálculo foi realizado através da fórmula:
Np
Tp = *100 (EQUAÇÃO 1)
Ns
Onde:
Np = Número de sementes predadas;
Ns = Número total de sementes beneficiadas.
Os insetos emergidos foram retirados e colocados em frascos contendo álcool a 70%,
para posterior identificação. Os insetos foram enviados para o Dr. Jesus Romero Napoles do
Colégio Post graduados da Cidade do México para a classificação dos insetos.
Para a avaliação de teor de umidade da semente sadia, massa seca da semente sadia e
consumo de massa seca da semente predada (EQUAÇÃO 2, 3 e 4) foram separadas 30 sementes
de cada categoria e procedência segundo a metodologia das Regras de Análise de Semente,
Brasil (2009).
MS = Pu – Ps (EQUAÇÃO 2)

Pu - Ps
TU (%) = * 100 (EQUAÇÃO 3)
Ps
Onde:
MS é a massa seca (g)
TU (%) é o teor de umidade da semente
Pu é o peso úmido (g)
Ps é o peso seco (g)
CE = Pss-Psp (EQUAÇÃO 4)

Onde:
CE é o consumo da massa seca feita pelo predador (%)
Psp é o peso seco da semente predada (g)
Pss é o peso seco da semente sadia (g)
Para a quebra de dormência das sementes sadias, foi utilizado escarificação mecânica
lateral com lixa de ferro n° 120 até o desgaste visível dos tegumentos. Quatro repetições com
20 sementes sadias e 20 sementes danificadas foram acondicionadas em caixas Gerbox

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contendo papel Germitest umedecido levados para incubadora do tipo BOD S 225L em
temperatura de 30o C e 12 horas luz, por um período de 15 dias.
Foram realizadas avaliações diárias, utilizando como critério de germinação a emissão
da raiz primária e produção de plântulas normais. Ao final foram determinados a porcentagem
de germinação (EQUAÇÃO 5) e o índice de velocidade de germinação (EQUAÇÃO 6).
a) Porcentagem de Germinação - %G.
N
G (%)= *100 (EQUAÇÃO 5)
A
Em que:
N = número de sementes germinadas;
A = número total de sementes colocadas para germinar.
b) Índice de Velocidade Germinação – IVG.
G1 G2 G3 Gn
IVG = + + + ... + (EQUAÇÃO 6)
N1 N2 N3 Nn
Sendo:
G1, G2, G3 e Gn = número de sementes com emissão da raiz primária, computadas na primeira
contagem, na segunda, na terceira até última contagem;
N1, N2, N3 e Nn = número de dias de semeadura a primeira, segunda, terceira até a última
contagem.

Para a análise estatística, utilizou-se o programa computacional SPSS (versão 16).


Realizou-se a ANOVA e o teste de Tukey a 5 % de probabilidade para comparação das variáveis
biométricas de frutos e sementes entre procedências.

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4 RESULTADOS
4.1 Análise Biométrica Geral
Os dados da análise biométrica geral são apresentados na Tabela 1.
Tabela 1. Características biométricas para as variáveis biométricas de frutos, sementes, número de sementes por
fruto, sementes predadas e consumo de matéria seca de Hymenaea.
N, número de observações; Intervalo, é o intervalo entre a menor e a maior observação estatística; Mínimo e
Máximo, maior e menor valor observado estatisticamente; S, desvio padrão; CVP, coeficiente de Variação de
Pearson. Letras diferentes na mesma coluna diferem estatisticamente na probabilidade de 5%.
Hymenaea courbaril
Procedência/ Característica N Intervalo Mínimo Máximo Media S CVP
Tamanho do fruto Viveiro 110 45,17 5,68 50,85 19,65a1 93,78 47,72
Tamanho do fruto Brígida 110 38,38 4,43 42,8 18,12a1 67,14 37,05
Tamanho do fruto Fátima 110 20,75 4,96 25,71 13,3a2 41,04 30,84
Tamanho semente Viveiro 200 5,52 1,24 6,76 3,08a1 0,733 23,73
Tamanho semente Brígida 200 45,3 1,18 4,63 4,11a2 2,285 55,56
Tamanho semente Fátima 200 3,38 1,44 4,82 3,5a3 0,627 17,9
Semente por fruto Viveiro sadia 110 10 0 10 3,41a1 2,126 62,34
Semente por fruto Brígida sadia 110 9 1 10 4,7a2 1,904 40,51
Semente por fruto Fátima sadia 110 5 1 6 2,56a3 1,185 46,28
Semente/fruto predada Viveiro 110 5 1 6 17,6%a1 1,185 46,28
Semente/fruto predada Brígida 110 6 0 6 7,93%a2 1,099 294,87
Semente/fruto predada Fátima 110 2 0 2 5,67%a3 0,28 440,4
Massa seca Viveiro 30 3,11 1,55 4,66 3,15a1 0,806 25,59
Massa seca Brígida 30 3,02 2,71 5,73 4,51a2 0,918 20,35
Massa seca Fátima 30 1,99 2,48 4,47 3,48a3 0,598 17,18
Teor de Umidade Viveiro 30 22,33 0,08 22,41 9,82a1 6,36 64,76
Teor de Umidade Brígida 30 48,63 0,19 48,82 10,54a1 11,48 108,92
Teor de Umidade Fátima 30 87,92 1,2 89,12 14,68a2 20,55 139,98
Consumo massa seca Viveiro 30 2,821 0,433 3,254 1,47a1 0,969 65,91
Consumo massa seca Brígida 30 3,172 0,156 3,328 1,185a2 1,513 127,26
Consumo massa seca Fátima 30 2,315 0,472 2,787 1,823a3 0,846 46,43
Hymenaea stigonocarpa
N Intervalo Mínimo Máximo Media S CVP
Tamanho do fruto Acrinort 110 24,42 11,48 35,9 19,02 41,23 46,13
Tamanho semente Acrinort 200 3,28 1,75 5,03 3,495 1,043 29,84
Semente por fruto Acrinort 110 11 3 14 5,91 2,28 38,58
Semente/fruto predada Acrinort 110 2 0 2 5.91% 0,421 289,3
Massa seca Acrinort 30 3,78 1,11 4,66 3,01 1,29 42,85
Teor de Umidade Acrinort 30 114,52 0 114,5 21,44 20,09 135,68
Consumo massa seca Acrinort 30 3,269 0,142 3,411 0,966 1,286 132,5

10
4.1.1 Tamanho de Fruto do Gênero Hymenaea
Os parâmetros biométricos de tamanho dos frutos de Hymenaea courbaril coletados nas
três localidades (Figura 1) apresentaram diferenças significativas interespecífica e
intraespecífica (Tabela 1), porém não houve diferença estatística no ponto Viveiro Municipal
de Sinop e Comunidade Brígida. Já os pontos Viveiro Municipal com Comunidade Fátima e
Comunidade Brígida com Comunidade Fátima apresentou diferença estatística. Para a
localidade Viveiro Municipal de Sinop o tamanho médio do fruto é de 19,65 cm com variação
de 8,94 mm, para a procedência Comunidade Brígida o tamanho médio foi de 18,12 cm com
variação de 6,4 mm e para Comunidade Fátima o Tamanho médio foi de 13,3 cm com variação
de 3,91 mm sendo esse ponto com menor variabilidade no tamanho de fruto.
Os parâmetros biométricos de tamanho dos frutos de Hymenaea stigonocarpa coletados
na Acrinort (Figura 1) apresentou diferença significativa interespecífica e tamanho médio de
19,02 cm com variação de 6,42 mm.

Figura 1. Variabilidade de tamanho dos frutos do gênero Hymenaea.


B e G, frutos do Viveiro Municipal de Sinop; A e E, frutos da Comunidade Brígida; C e F, frutos da Comunidade
Fátima; D e H, frutos da Acrinort.

4.1.2 Tamanho da Semente do Gênero Hymenaea


Para tamanho da semente de Hymenaea courbaril os valores médios foram, com 3,08
cm de média e variação de 0,04 cm na procedência Viveiro Municipal de Sinop; Comunidade
Brígida com média de 4,11 cm com variação de 0,06 cm sendo esse ponto com maior
variabilidade e Comunidade Fátima com 3,5 cm com variação de 0,05 cm. Todas as
procedências diferiram estatisticamente. Para tamanho de semente de Hymenaea stigonocarpa
o valor médio foi de 3,5 cm com variação de 0,01 cm.

11
4.1.3 Número de Sementes Por Fruto
Para o número de sementes por fruto de H. courbaril as médias do Viveiro Municipal
de Sinop foi 3,41 sementes por fruto com variação de 1,46 sementes por fruto; na Comunidade
Brígida 4,7 sementes por fruto com variação de 1,37 sementes por fruto; procedência
Comunidade Fátima 2,56 sementes por fruto com variação de 1,07 sementes por fruto. Todas
as procedências indicaram diferença estatística significativa na quantidade de semente por fruto.
Para a espécie H. stigonocarpa a média do número de sementes por fruto foi de 5,91 com
variação de 1,5 semente por fruto.
4.1.4 Número de Sementes Por Fruto Predada e Taxas de Predação
Para H. courbaril foram registrados maiores quantidades de sementes predadas nas
sementes coletadas no Viveiro Municipal de Sinop com 2,56 sementes por fruto predadas,
variação de 0,1 semente por fruto e taxa de predação de 17,6%, seguida pela Comunidade
Brígida 0,3727 sementes por fruto, variação 0,1 semente por fruto e taxa de predação de 7,88%
e por último da Comunidade Fátima com 0,0636 sementes por fruto, variação de 0,026 semente
por fruto, que apresentou maior variabilidade (CVP= 440,4) e menor taxa de predação de
5,67%. Para H. stigonocarpa foi registado média de 0,1454 semente por Fruto, variação de
0,015 semente por fruto predada e taxa de predação de 5,91%.
4.1.5 Massa Seca e Teor de Umidade
As médias de massa seca e teor de umidade em sementes de H. courbaril para o Viveiro
Municipal de Sinop foi de 3,15 g com teor de umidade médio de 9,82%; Comunidade Brígida
foi de 4,51 g e teor de umidade médio de 10,54%; Comunidade Fátima foi de 3,49 g e teor de
umidade médio de 14,68% sendo essa procedência de maior variabilidade. Todos os pontos
apresentaram diferenças estatísticas significativa. Para sementes de H. stigonocarpa a massa
seca média foi de 3,01 g e teor de umidade 21,44%.
4.1.6 Consumo de Massa Seca na Semente
O consumo de massa seca na semente de H. courbaril no Viveiro Municipal de Sinop
foi de média de 1,47 g equivale a 41,9 % da massa seca; Comunidade Brígida um consumo de
1,185 g equivale a 25,31 % da massa seca; Comunidade Fátima um consumo de 1,823 g
equivale a 51,22 % da massa seca. Todos os pontos diferiram estatísticamente. Para a espécie
H. stigonocarpa foi registrado um consumo de 0,944 g equivale a 17,83%.
4.2 Correlações e Coeficiente de Pearson
Na tabela 2, estão apresentadas as correlações entre a variável biométrica tamanho de
fruto com tamanho da semente, número de sementes por fruto e número de sementes por fruto

12
predadas. Os coeficientes de Pearson para tamanho de fruto com tamanho da semente só teve
correlação significativa positiva fraca a 5% de probabilidade para o Viveiro Municipal de
Sinop, os demais pontos não apresentaram significância. Os coeficientes de Pearson para
tamanho de fruto com número de sementes por fruto teve correlação significativa positiva a 1%
de probabilidade para todos os pontos, sendo essa correlação forte para Viveiro Municipal de
Sinop e Comunidade Brígida e correlação fraca para a Comunidade Fátima. Os coeficientes de
Pearson para tamanho de fruto com número de sementes predadas só teve correlação
significativa positiva fraca a 1% de probabilidade na procedência Viveiro Municipal de Sinop,
as demais procedência não foram significativas.
Tabela 2. Correlações entre variáveis biométricas e predação de sementes.
(**) Correlação significativa a 0,01; (*) Correlação Significativa a 0,05.
Procedência Variável Tamanho da Semente Sem./Fruto Sem. Preda./Fruto
Viveiro Tamanho de Fruto 0,196* 0,781** 0,312**
Brígida Tamanho de Fruto 0,063 0,777** 0,17
Fátima Tamanho de Fruto 0,025 0,588** 0,033

4.3 Germinação
A porcentagem de germinação (Tabela 3) para sementes não predadas foi 98% de
germinação para o Viveiro Municipal de Sinop, 97% de germinação para Acrinort, 92% de
germinação para Comunidade Brígida e 95% para Comunidade Fátima. Para sementes predadas
não houve germinação em nenhum dos tratamentos.
Para os Índices de Velocidade de Germinação (IVG) (Tabela 3), as sementes do Viveiro
Municipal de Sinop foram 4,75 sementes por dia; Acrinort foram 5,23 sementes por dia;
Comunidade Brígida foram de 5,95 sementes por dia; Para a Comunidade Fátima foram de 4,98
sementes por dia. Sementes predadas não houve IVG, pois essas não germinaram.
Tabela 3. Comparação de tamanho de semente com a qualidade fisiológica.
Resultados de sementes não predadas.
Procedência Tamanho da semente Germinação IVG
Viveiro 3,08 cm 92% 4,75 Sem./Dia
Acrinort 3,5 cm 97% 5,23 sem./dia
Brígida 4,11 cm 98% 5,95 sem./dia
Fátima 3,5 cm 95% 4,98 Sem./Dia

4.4 Predador
O inseto predador das sementes de jatobá, para ambas as espécies, foi identificado como
Rhinochenus stigma (Coleoptera: Curculionidae) (Figura 2).

13
Figura 2. A e B, Predação em sementes de Hymenaea; C e D, Rhinochenus stigma (Coleoptera: Curculionedae),
inseto predador das sementes de Hymenaea.

14
5 DISCUSSÕES
5.1 Biometria de Frutos e Sementes
Segundo Souza et al. (2013) o município de Sinop tem precipitação média anual de 1940
mm. Segundo INMET (2015), durante o ano de 2015 a precipitação anual foi de 448 mm. Ora
a precipitação durante este ano foi muito abaixo do que se espera. Esse fato influenciou no
tamanho dos frutos bem como o porte e idade dos indivíduos. Visualmente os indivíduos do
Viveiro Municipal eram maiores com área foliar maior e idade mais avançada esse fato pode
ter influenciado na variabilidade de tamanho dos frutos dessa procedência.
Para o tamanho de Fruto da espécie Hymenaea courbaril, os resultados ficaram
próximos aos encontrados por Cruz et al. (2013), tamanho médio de fruto de 19,65 cm. Já os
resultados de tamanho médio de fruto encontrados por Cunha-Silva et al. (2012), foram de
22,16 cm. Já para a espécie Hymenaea stigonocarpa os resultados estão próximos aos
encontrados por Pereira et al. (2011), que foi de 19,02 cm. Já Botelho et al. (2000) encontrou
valor médio de tamanho de fruto com 12,38 cm.
Segundo Fernner (1993) a caracterização biométrica de frutos serve de indicativo de
variabilidade genética para ser explorada em programas de melhoramento, sendo assim a
variação nas medidas de tamanho dos frutos de Hymenaea courbaril e Hymenaea stigonocarpa,
revelam um potencial para seleção e melhoramento genético para gerar cultivares que
propiciem frutos com características importantes para a comercialização. Segundo Macedo et
al. (2009), as características biométricas dos frutos podem estar associados, a fatores ambientais
durante o florescimento e desenvolvimento, relacionadas a variabilidade genética populacional.
Já o número de sementes por fruto pode estar sendo influenciado principalmente pelas
condições ambientais, como a disponibilidade de água durante o florescimento (MARCOS
FILHO, 2005).
Para tamanho de semente da espécie Hymenaea courbaril, os resutados encontrados por
Cunha-Silva et al. (2012) apresentaram média com maior variabilidade e não foi encontrado
diferenças estatísticas, porém durante a pesquisa foi possível observar menor variabilidade no
tamanho e diferenças estatísticas significativas entre todos os pontos. Vale ressaltar que as
sementes da Comunidade Brígida são de maior valor de Coeficiente de Variação de Person
(CVP = 55,56 %), onde a produção de sementes de diferentes tamanhos pode significar uma
adaptação das plantas que escapem da predação e produzir plântulas com sucesso (JANZEN,
1969).

15
Para tamanho de semente da espécie Hymenaea stigonocarpa não foram encontrados
em literatura comparações a serem feitas, porém as sementes da espécie apresentaram variação
muito baixa, esse fato corroba com a afirmação de Janzen (1969) por as sementes da espécie H.
courbaril serem mais susceptíveis a predação o tamanho das mesmas variam mais do que as da
espécie H. stigonocarpa.
5.2 Predação
Do ponto de vista ecológico a predação em sementes pode exercer função de controle
populacional. Com o teste tetrazólio desenvolvido nas sementes verificou-se que as sementes
predadas perderam cem por cento da sua viabilidade. A taxa de predação ocorrida nas três
procedências apresentaram diferenças significativas entre si, sendo a maior taxa de predação
registrada no Viveiro Municipal de Sinop.
Segundo Peroni; Hernández (2011), ecologicamente o papel dos predadores de sementes
são de fundamental importância para o controle de populações de plantas, isto é, onde as
condições abióticas não são severas. A ordem Coleóptera compreende 40% das espécies de
insetos. Dentro dessa ordem 12,5% das espécies pertencem a família Curculionidae e
praticamente todas elas são importantes pragas agrícolas e florestais (BOSSOES, 2011).
Os frutos coletados no viveiro são maiores, fator que contribui para taxa de predação,
pois os insetos selecionam os frutos maiores, pois têm maior quantidade de reserva energética.
Além disso, a localização da reserva florestal nas proximidades do viveiro serve de abrigo a
esses predadores. A procedência Comunidade Fátima não havia outras espécies vegetais nas
proximidades do ponto de coleta. Com isso temos uma relação direta da tipologia da vegetação
das procedências e a população do predador. Segundo Nascimento (2009), a ocorrência e a
intensidade da predação podem estar associadas a uma série de características das populações
vegetais, dentre as quais se destacam o tamanho e o grau de agrupamento das plantas, a
disponibilidade de frutos e o número de plantas no local. No Viveiro Municipal de Sinop e
Comunidade Brígida, os frutos são de mesma espécie e apresentaram maior tamanho de fruto e
também maior Taxa de Predação. Isso corrobora com a afirmação feita por Cope; Fox (2003),
que as espécies de bruquíneos selecionam frutos maiores para ovipositar.
Segundo Cope; Fox (2003) o tamanho de fruto pode também influenciar a predação,
existem, por exemplo, evidências de que as fêmeas de bruquíneos podem preferir frutos maiores
na oviposição, desta maneira garantindo maior taxa de sobrevivência da prole. No entanto, em
alguns casos o tamanho do fruto não pode evitar que sejam causados danos ao embrião,
inviabilizando a semente (CIPOLLINI; STILES, 1991).

16
Segundo Cruz et al. (2013), avaliando frutos de H. courbaril verificaram que a
porcentagem de predação de frutos coletados do chão era cerca de 82%, sendo que houve a
presença de 72% de larvas e pupas e 34% de adultos. A porcentagem de sementes predadas foi
de 36,6% que não germinaram. Não foi observada durante a pesquisa a presença de larvas e
pupas em sementes, mas sim a presença de insetos adultos saindo das galerias da semente e dos
frutos. Santos et al. (2005), avaliando sementes de H. stigonocarpa verificaram que 33% das
sementes apresentaram danos. Silva et al. (2008) verificaram taxas de predação de 69,2 % em
sementes de H. stigonocarpa, diferenciando desse estudo em que a taxa de predação foi de
5,91%.
5.3 Teor de Umidade, Massa Seca e Consumo de Massa Seca
Nesse estudo verificou-se que o teor de umidade, massa seca e consumo da massa seca
estão relacionados com o tamanho da semente. Sementes maiores terão maior peso seco e maior
quantidade de água. Para sementes menores o predador vai consumir mais massa seca e maior
quantidade de semente por fruto serão predadas.
O peso da semente avaliado foi significativo para ambas as espécies, esta variabilidade
intraespecífica também foi relatada por Mano et al. (2006) e Shu et al. (2012) em indivíduos de
diferentes procedências. Sabe-se que a variação de peso da semente entre indivíduos de
diferentes procedências pode dar-se a vários fatores ambientais como a taxa de predação
(MANO et al., 2006).
Neste estudo verificamos que 51,22% da massa seca da semente de H. courbaril e
17,83% da massa seca da semente de H. stigonocarpa foram consumidos pelo predador até seu
desenvolvimento final. Sendo que esse consumo da massa seca atingiu o eixo embrionário da
semente. No entanto, observou-se que sementes de H. courbaril predadas eram de menores e
sementes de H. stigonocarpa predadas eram maiores.
5.4 Correlação e Coeficiente de Pearson
Os valores que correlacionam tamanho de fruto com número de semente por fruto, para
as procedências Viveiro Municipal e Comunidade Brígida são correlações fortes a uma
probabilidade de 1%. Já para a procedência Comunidade Fátima é uma correlação fraca a uma
probabilidade de 1%. Isso está relacionado com a maior variabilidade do tamanho de fruto. Os
pontos Viveiro e Brígida não diferenciaram estatisticamente e apresentaram maior variabilidade
no tamanho de fruto. Essa variabilidade está relacionado com fatores genéticos e fatores
fisiológicos da planta. Segundo Cruz; Carvalho (2003), a descrição biométrica de frutos
constitui um instrumento importante para detectar a variabilidade genética dentro das

17
populações de uma mesma espécie e pode fornecer informações importantes para a
diferenciação de espécies do mesmo gênero.
5.5 Germinação
O tamanho da semente está relacionada com a qualidade fisiológica da mesma. Quanto
maiores as sementes, melhor qualidade fisiológica e melhor desenvolvimento do embrião após
a quebra de dormência. Nos pontos onde tivemos maior tamanho de semente também
apresentaram maior taxa de germinação e maiores índices de velocidade de germinação.
Além disso, após a germinação das sementes H. courbaril e H. stigonocarpa as mesmas
foram adicionadas em substrato para observar o desenvolvimento da plântula. As sementes de
H. stigonocarpa tiveram melhor desenvolvimento que as de H. courbaril. Esse fato reforça o
que foi dito anteriormente, que a espécie H. stigonocarpa além de ter maior resistência aos
predadores, também apresenta melhor desenvolvimento. A variação genética de H. courbaril é
maior que a variação genética de H. stigonocarpa, por isso melhor resistência e
desenvolvimento da espécie H. stigonocarpa. (BRANDÃO, 2002).

18
6 CONCLUSÃO
Sendo assim, os parâmetros biométricos de frutos e sementes de H. courbaril possuem
diferenças significativas devido a variabilidade de tamanho que está relacionado com a
variabilidade genética e fatores fisiológicos da planta na qual influenciam diretamente na taxa
de predação. A espécie Rhinochenus stigma (Coleoptera: Curculionidae), predou ambas as
espécies de Jatobá. A predação de sementes afetou negativamente a germinação de sementes.
O inseto predador procura desenvolver-se em frutos maiores e de maior variabilidade de
tamanho para ovipositar.

19
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