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Paulo identificou tanto sua posição como seu ministério. Ele era um apóstolo, mas demonstrou
sua humildade, descrevendo-se como um servo (1:1). Estava confiada a Paulo a pregação da
mensagem divina que espalharia a fé e o conhecimento de Deus (1:1-3).
Paulo tinha deixado Tito na ilha de Creta com instruções para que pusesse em ordem certas
coisas naquelas igrejas. Explicitamente, Tito tinha que completar a indicação de presbíteros
nessas igrejas (1:5). Paulo relacionou as qualificações de presbíteros para que Tito pudesse ajudar
os cristãos dessas congregações a escolher homens capazes de fazerem este trabalho. Os
presbíteros também eram chamados “bispos” e lhes era designado o trabalho de pastorear o
rebanho de Deus (compare com 1:5-7 e Atos 20:17,28). Podemos concluir que um presbítero é um
pastor!
As qualificações relacionadas (1:6-9) indicam claramente que um presbítero precisa ser homem
casado e com filhos cristãos. Precisa ser instruído na palavra de Deus e maduro espiritualmente,
tendo aplicado essa instrução em sua própria vida. Precisa ser capaz de usar seu entendimento da
palavra de Deus tanto para exortar como para corrigir outros (1:9).
Mestres competentes tais como presbíteros eram necessários para reprovar muitos falsos
mestres que, em seu desejo de ganho financeiro, estavam desencaminhando famílias inteiras
(1:10-11). Paulo citou um dos escritores cretenses, observando que sua descrição desprimorosa
dos cretenses era perfeita (1:12-13)! Paulo mandou que Tito reprovasse rispidamente aqueles
cretenses que estavam ensinando fábulas judaicas e mandamentos dos homens (1:13-14). E
ainda descreveu esses homens, observando como que eles achavam o mal em tudo porque suas
mentes e consciências estavam contaminadas (1:15). Ainda que declarassem estar em comunhão
com Deus, eles O negavam pelas suas obras e, como resultado, eram abomináveis, desobedientes
e desqualificados para qualquer boa obra (1:16).
4. Qual deveria ser nossa atitude para com aqueles que ensinam manda-mentos dos
homens?
5. Um homem está realmente em comunhão com Deus somente porque faz tal
declaração?
Paulo aborda a conduta e as responsabilidades dos cristãos nas bases de idade, sexo e emprego.
Primeiro, ele descreve o papel dos mais velhos, e então das mais velhas (2:2-3). Ele esmiuça as
responsabilidades das mulheres mais jovens observando que as mulheres mais velhas deveriam
ensiná-las (2:4-5). A seguir, ele passa aos moços em geral no versículo 6 e a Tito especialmente no
versículo 7. Finalmente, ele conclui esta parte descrevendo a conduta apropriada dos servos (2:9-
10). Ainda que suas instruções dadas a um grupo obviamente não sejam totalmente diferentes
daquelas dadas a outro grupo, Paulo aborda necessidades específicas e tentações dos vários
grupos (por exemplo, roubo entre servos, falta de submissão entre viúvas, integridade entre jovens;
2:5,7,10).
Um motivo forte para se comportarem de acordo com a sã doutrina era evitar qualquer ocasião
para os incrédulos acusarem os discípulos de impiedade (2:5, 8). Em vez de fazerem com que a
palavra de Deus fosse difamada pela conduta pecaminosa, os cristãos poderiam “adornar” a
doutrina de Cristo através de sua obediência (2:10).
Paulo continua observando em geral por que os cristãos deveriam viver de acordo com a sã
doutrina (2:11-14). Deus demonstrou sua graça para com a humanidade enviando seu Filho para
morrer na cruz. Jesus morreu para redimir os homens de sua iniqüidade, assim provendo para ele
próprio um povo especial purificado e zeloso das boas obras (veja Efésios 5:25-27). A mensagem
do evangelho é que podemos tornar-nos parte deste povo especial se quisermos deixar a
impiedade e as paixões pecaminosas do mundo e viver de acordo com a sã doutrina.
4. Qual deveria ser a atitude do povo de Deus para com as boas obras?
Uma das acusações feitas contra os cristãos nas perseguições romanas do segundo e terceiro
séculos era que eles eram desleais ao governo. Esta acusação era feita porque os cristãos não
queriam adorar o imperador. Contudo, os cristãos estariam entre os melhores cidadãos em
qualquer país, porque se submetiam voluntariamente ao governo, por causa de Cristo (3:1; veja
também Romanos 13:1-7).
Ainda que Paulo ressalte a necessidade dos cristãos estarem prontos para fazerem boas obras
(veja 1:16; 2:7,14; 3:1,8,14), ele não quer que ninguém pense que sua salvação resultou de suas
obras de justiça (3:5). Somos justificados pela graça através da lavagem espiritual cumprida no
batismo (3:5; 1 Pedro 3:21; Efésios 1:7; Atos 22:16; Apocalipse 1:5; Romanos 6:3-4). Não
merecemos a herança que nos é dada, a vida eterna (3:7).
Enquanto os cristãos precisam buscar boas obras, precisam evitar discussões tolas e contendas
que não edificam. Precisam também ser cuidadosos com os irmãos facciosos. Estes indivíduos
devem ser admoestados uma e duas vezes e, se não se arrependerem, os irmãos devem evitá-los
(3:9-11).
Paulo termina sua carta a Tito com alguns pedidos pessoais referentes aos seus compa-nheiros
no trabalho. Ele pede a Tito para ir encontrá-lo em Nicópolis, onde ele passaria o inverno. Mesmo
nestas recomendações finais, ele salienta a importância das boas obras (3:14).
1. Por que os cristãos são bons cidadãos em qualquer país onde moram?
2. Que tipo de mudança na conduta de uma pessoa precisa ocorrer quando ela é salva?
3. Ainda que os cristãos devam realizar boas obras, serão salvos por elas?
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