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Tema: Amem-se
Texto base: Jo 13.33-35
Textos auxiliares: Jo 15.9-17; Rm 13.8-10; Gl 5.13-15; Ef 5.1,2; 1Jo 4.7-21
PARA O LÍDER
Difícil imaginar um assunto mais presente no nosso dia a dia do que o amor. É o tema
das canções de maior sucesso no rádio, de filmes românticos e contos de fada, de
novelas, de produtos alimentícios. Os grafites pedem “Mais amor por favor”, os
pacifistas sugeriam “Faça amor não faça guerra”, os ateus dizem que não precisam de
religião se têm amor.
Ao mesmo tempo, esses mesmos filmes ensinam que por amor até mesmo traições são
justificadas; as canções confundem amor com paixão; as novelas confundem paixão
com sexo e todos confundem amor com prazer.
Na verdade, o amor é um sentimento complexo, que significa variadas coisas – as vezes
ao mesmo tempo. De tão variado, costumamos dizer que, mais do que um sentimento, o
amor é uma atitude.
O Novo Testamento foi escrito em grego, e nessa língua existem pelo menos cinco
palavras diferentes para “amor”. Essa distinção faz muito sentido, e seria muito
interessante se tivéssemos distinções assim na língua portuguesa. Por exemplo, usamos
o verbo “amar” para declararmos amor a um cachorro, uma comida preferida, filhos,
cônjuges, amigos e, também, Deus. Colocamos todas as coisas e pessoas num mesmo
patamar. No entanto, quando lemos o Novo Testamento, precisamos ressignificar a
nossa noção de amor, pois, em suas páginas, a palavra que mais é usada é “agápe”, que
é traduzida por “amor”, mas o sentido é de uma atitude de “doação incondicional”,
“caridade”, trazendo a ideia de uma ação altruísta.
Dessa maneira, a Bíblia nos mostra o amor como uma predisposição, uma inclinação,
um compromisso com o bem estar do outro. Somos chamados a amar como Deus ama:
“Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (Jo
13.34). No texto que vamos ler esta semana, por exemplo, Jesus não estava “amando”
Judas, o discípulo que o delatou aos soldados. Mas ele o amou assim mesmo, dividiu o
pão com ele e, assim que Judas deixou o grupo, Jesus pregou sobre o tipo de amor que
esperava que seus seguidores alimentassem entre si.
É interessante notar que a pregação de Jesus começa com a defesa da humildade. Isso
porque quando nos colocamos acima dos outros, temos mais facilidade para julgar do
que para amar. Nosso papel não é analisar o comportamento humano como faz um
crítico de cinema diante da tela. O amor nos coloca a servir aqueles que Deus colocou
em nosso caminho, inclusive em suas limitações e dificuldades.
PARA O GRUPO
Leitura do texto: João 13.33-35
“Meus filhinhos, vou estar com vocês apenas mais um pouco. Vocês procurarão por
mim e, como eu disse aos judeus, agora lhes digo: Para onde eu vou, vocês não podem
ir. Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês
devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos,
se vocês se amarem uns aos outros.” (Nova Versão Internacional - NVI)