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1. SENTENÇA
De uma maneira geral, nas sentenças, pode ser visualizada a seguinte estrutura:
1. VERBETE: Designado pelo nome do tipo penal;
(a) EMENTA:
2. SUMÁRIO: Discussão dos principais pontos
controvertidos;
3. EMENTA OFICIAL: Trecho da doutrina ou jurisprudência.
(b) RELATÓRIO: Resumo do processo, narrando-se o seu curso; sem juízo de valor.
CAUSAS DE (c) FUNDAMENTAÇÃO, MOTIVAÇÃO OU FUNDAMENTOS: Deve ser mínima (não se
NULIDADE
ABOLUTA
confundindo "fundamentação sucinta com falta de motivação”). Nesta há cotejo
das provas, que demonstrarão indícios de autoria e materialidade, sem uma
organização de hierarquia entre as mesmas.
(d) DISPOSITIVO OU CONCLUSÃO: É feita a DOSIMETRIA da pena, que deverá obedecer
o sistema trifásico: 1º Pena Base (art. 59, CP); 2º Agravantes e Atenuantes; 3º
Causas de Aumento e Diminuição de Pena.
(e) AUTENTICAÇÃO
OBS: CAUSAS DE AUM. E DIM.
DA SENTENÇA (CPP)
1º Aumento; 2º Diminuição
Art. 381. A sentença conterá:
I - os nomes das partes ou, quando não possível, as Se incidirem:
indicações necessárias para identificá-las;
II - a exposição sucinta da acusação e da defesa; 2 da PART. ESP.: Só aplica UMA
III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que
se fundar a decisão; 2 da PART. GERAL
Aplica as
IV - a indicação dos artigos de lei aplicados;
1 GERAL e 1 ESP. DUAS
V - o dispositivo;
VI - a data e a assinatura do juiz.
No momento de sentenciar, o juiz poderá ainda se deparar com situações que
implique em “emendatio líbelli “ e ” mutatio libelli”. A forma de enfrentamento dessas
questões está positivada nos artigos 383 e 384, CPP e guarda íntima relação com os
princípios da CORRELAÇÃO e da CONSUBSTANCIAÇÃO.
CORRELAÇÃO: Uma congruência lógica entre o que lhe foi apresentado e a sentença;
não podendo o juiz agravar, e devendo analisar com base na acusação (libelli). O juiz
deve sentenciar de acordo com o que foi pedido.
1. LEGALIDADE
2. INDIVIDUALIDADE
3. PROPORCIONALIDADE
4. PERSONALIDADE
5. HUMANIDADE
6. DIGNIDADE
7. NECESSIDADE DA PENA
8. SUFICIÊNCIA
Consoante prevê o art. 383, do CPP, o juiz, sem modificar a descrição do fato
contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em
consequência, tenha de aplicar pena mais grave (emendatio libelli). Neste caso, a denúncia
ou a queixa já contém toda a descrição fática do crime que o juiz está a reconhecer na
sentença, havendo simples equívoco na indicação do tipo penal pelo Parquet ou pelo
querelante.
OBS2: Nos casos em que surgir inovação fática (instrução dá conta de fatos diversos), o MP
deve aditar.
OBS4: A emendatio libelli pode ser aplicada até mesmo na fase recursal, desde que não
implique reformatio in pejus.
OBS5: NÃO há a necessidade de oitiva prévia das partes (conquanto seja recomendável,
diante do princípio do contraditório)
1.2.1 JUIZ CORRIGE DE OFÍCIO
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa,
poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha
de aplicar pena mais grave.
O vigente art. 384, do CPP, indica a preferência para que a mutatio libelli fique
a cargo do Ministério Público: Quando encerrada a instrução probatória, se entender
cabível nova definição jurídica do fato, em consequência de prova existente nos autos de
elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, O MINISTÉRIO
PÚBLICO DEVERÁ ADITAR A DENÚNCIA OU QUEIXA.
PRAZO PARA O ADITAMENTO: 5 DIAS, exigindo-se que se cuide de processo instaurado por
crime de ação penal de iniciativa pública, reduzindo a termo o aditamento, quando feito
oralmente.
OBS1: A mutatio libelli só tem cabimento nas AÇÕES PÚBLICAS ou PRIVADA SUBSIDIÁRIA.
OBS2: NÃO pode ser invocada na fase recursal, pois haveria supressão de instância (súmula
no 453, STF). Porém, embora vedada a aplicação da mutatio libelli em grau recursal, nada
impede que o juízo ad quem declare a nulidade da sentença que deixou de aplicar esse
instituto; sendo assim anulada a decisão e não absolvido o réu. Entretanto, em razão da
proibição da reformatio in pejus indireta, a “pena fixada na sentença anulada será a pena
máxima que o juízo a quo poderá fixar na nova sentença”. (É o que defende Nestor Távora)
OBS3: Para enfatizar: na mutatio libelli, ocorre mudança nas ELEMENTARES e no TIPO
PENAL.
Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em
conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida
na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se
em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o
aditamento, quando feito oralmente.
§ 1o Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste Código
§ 4o Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo de 5 (cinco)
dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento
JUIZ ABRE
VISTAS AO MP
APLICA-SE O ART. 28
Havendo aditamento, cada
PARTE poderá arrolar até
TRÊS TESTEMUNHAS, no
prazo de 5 DIAS.