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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ

4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA

EXMA. SRA. DRA. JUÍZA DE DIREITO DA 4ª VARA CRIMINAL DA


COMARCA DE TERESINA

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ,


através de sua representante nesta 4ª Vara Criminal, no uso de suas
atribuições legais, vem à presença de V. Exa. oferecer a presente

DENÚNCIA
contra

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, brasileiro,
convivente, natural de Caxias-MA, nascido no dia
XXXXXXXXXX, diz ser corretor de veículos, filho de
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, residente na
Rua XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, nesta capital,
e o faz em razão dos fatos a seguir expostos:

I - DOS FATOS

Consta no inquérito policial que no dia 05 de julho de


2010, o denunciado XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX obteve para si a
quantia de R$ 1.000,00 (um mil reais) em prejuízo da vítima
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, induzindo esta em erro, mediante
o ardil de estar vendendo uma moto que na verdade nunca existiu.

Segundo esclarecem os autos investigatórios, o


denunciado XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, tendo notícia de que
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XXXXXXXXXXXXXXXXXXX queria comprar uma moto, foi até a casa


deste e apresentou-se como corretor de veículos.

Para ludibriar a vítima, o denunciado contou que seu ofício


era comprar motos de pessoas que desistiam de consórcios, assumindo
esses consórcios. Após isso, costumava dar lances e adquiria tais motos.
Uma dessas motos, portanto, venderia a Bruno.

Com tal conversa, conseguiu que a vítima assinasse um


contrato de compra e venda (fls. 04), segundo o qual Bruno, a vítima,
pagaria logo a quantia de R$ 1.000,00 (um mil reais), e assim foi feito,
e o restante seria pago depois, quando recebesse a moto, uma Honda
Fan 125, que, segundo o denunciado, seria entregue em três dias.

Ocorre que, passados mais de nove meses da data do


fato, a moto jamais foi entregue, tendo o denunciado durante todo esse
tempo dado inúmeras e variadas desculpas sobre o cumprimento do
trato. O denunciado negou-se inclusive a devolver os mil reais.

Como se não bastasse, o denunciado, certo dia, diante das


cobranças, resolveu dizer a verdade, ou seja, que não tinha moto
nenhuma.

A vítima, angustiada e em prejuízo, procurou a autoridade


policial, perante a qual o denunciado prometeu devolver o dinheiro. Em
vão. O denunciado é teimoso em não devolvê-lo, até a presente data,
mais de nove meses após enganar a vítima.

Cabe informar que, consultando os antecedentes do


denunciado, consta que o mesmo já cumpre pena por outros delitos
patrimoniais, conforme extrato em anexo.

II. DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Agindo como agiu, o denunciado


XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, cometeu o crime capitulado
no art. 171, caput, do Código Penal (ESTELIONATO).
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A materialidade e a autoria do delito encontram-se


positivadas através dos elementos que compõem o presente inquérito
policial, especialmente documento e depoimento da vítima, já que em
crimes cometidos na clandestinidade, este costuma ser o maior meio de
prova.

III. DO PEDIDO

Diante do que foi exposto, é a presente para requerer que


o denunciado seja processado e, ao final, condenado nas penas do
dispositivo violado, para tanto, procedendo-se a sua citação para
responder à acusação nos termos do artigo 396, do Código de Processo
Penal, alterado pela Lei n.°11.719/08, se seguindo os demais atos
processuais previstos em lei.

Nestes termos, espera deferimento.


Teresina, 11 de abril de 2011.

LUZIJONES FELIPE DE CARVALHO FAÇANHA


Promotora de Justiça

Emerson Costa de Oliveira


Estagiário-MP

PESSOA A SER OUVIDA:

- BRUNO XXXXXXXXXXXX, (VÍTIMA) qualif. às fls. 03.

Local e data supra.

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