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PRÉ ENEM

2019
FÍSICA
Física

Associação de resistores

Resumo

Associação de Resistores
Série
• Resistores percorridos pela mesma corrente;
• A diferença de potencial do circuito (ddp) é a soma das ddp’s individuais de cada resistor.
• A resistência equivalente é a soma das resistências individuais.
• É um circuito com elementos dependentes. Caso um falhe o sistema para de funcionar.

Paralelo
• Resistores submetidos a mesma diferença de potencial;
• A soma das intensidades de corrente que chegam no nó é igual a soma das intensidades de corrente que
saem do nó.
• O inverso da resistência equivalente é a soma dos inversos das resistências individuais.
• É um circuito independente. Mesmo com a falha de um elemento, os outros podem continuar funcionando.

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Física

Obs.: Alguns casos são comuns na associação em paralelo.

- Associação com apenas 2 resistores: o resultado do M.M.C fornece a fórmula do produto sobre a soma
(bastante prática).

- Para associação de resistores iguais, deve-se dividir o valor do resistor pelo número de resistores presentes
no circuito.

Um detalhe sobre associações:

- Lâmpadas em paralelo e em série

Lâmpadas em paralelo recebem a mesma ddp.

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Observe a associação: a lâmpada da esquerda é de 100 W (brilho maior) e a da direita 40 W (brilho menor).
Cada lâmpada está com um brilho que corresponde ao funcionamento normal.

Lâmpadas em série
A colocação de lâmpadas em série acarreta mais problemas do que parece. Quando uma lâmpada apaga, todas
apagam. Este não é o maior problema. A associação em série provoca um aumento na resistência equivalente
que diminui muito a corrente do circuito. Observe:

Observe que a lâmpada de 100W está com menor brilho (filamento incandescente), enquanto que a lâmpada
de 40W consegue um brilho razoável.

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Exercícios

1. Em uma aula de Física Experimental o professor pediu para que seus alunos montassem um circuito
elétrico com 3 resistores ôhmicos (R1, R2, e R3) associados a uma fonte de alimentação ideal (Vt)
conforme a figura abaixo.

Solicitou aos alunos que, usando um amperímetro ideal, medissem o valor da intensidade da corrente
elétrica que flui através de R2.
Um desses alunos, desajustado, fez a ligação do amperímetro (A) da maneira indicada na figura a seguir.

Com base nisso, assinale a alternativa que representa o valor indicado, em ampères, no amperímetro.
a) 0,0
b) 0,2
c) 0,3
d) 0,4
e) 0,5

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2. Nos últimos anos, materiais exóticos conhecidos como isolantes topológicos se tornaram objeto de
intensa investigação científica em todo o mundo. De forma simplificada, esses materiais se caracterizam
por serem isolantes elétricos no seu interior, mas condutores na sua superfície. Desta forma, se um
isolante topológico for submetido a uma diferença de potencial U, teremos uma resistência efetiva na
superfície diferente da resistência do seu volume, como mostra o circuito equivalente da figura abaixo.

Nessa situação, a razão 𝐹 = 𝑖𝑠/𝑖𝑣 entre a corrente 𝑖𝑠 que atravessa a porção condutora na superfície e a
corrente 𝑖𝑣 que atravessa a porção isolante no interior do material vale.
a) 100
b) 200
c) 300
d) 400
e) 500

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3. Arduino é uma plataforma eletrônica de código aberto, baseada em hardware e software, fáceis de usar.
Você pode informar o que deseja fazer, enviando um conjunto de instruções para o microcontrolador na
placa. (...) Ao longo dos anos, tem sido o cérebro de milhares de projetos desde objetos comuns até
instrumentos científicos complexos, que envolvem automação, medição e controle.
Disponível em: https//www.arduino.cc/en/Guide/Introduction, acessado e adaptado em: 16 de julho de 2017.

A figura abaixo representa a montagem de um circuito Arduino, que faz uma pequena lâmpada acender.
O circuito consiste em uma fonte de tensão contínua, configurada para fornecer 3,0 V entre as portas 13
e GND do Arduino, uma lâmpada em série com uma configuração de resistores desconhecida. Sabendo
que a lâmpada precisa de uma tensão de 2,0 V e de uma corrente de 0,02 A entre seus terminais, qual
deverá ser a configuração de resistências utilizada para acender a lâmpada?

a) Um resistor de 20 Ω.
b) Dois resistores de 25 Ω em série.
c) Dois resistores de 30 Ω em série.
d) Três resistores de 10, 20 e 30 Ω em paralelo.
e) Três resistores de 30 Ω em paralelo.

4. (Uece 2019 - adaptada) Considere um ferro elétrico de passar roupas. De modo simplificado, ele pode ser
tratado como um resistor ligado a uma fonte de tensão. Há também no circuito condutores que
conectam o ferro de passar roupa à tomada. Como não se trata de cabos feitos de material
supercondutor, há também a resistência do cabo. Do ponto de vista prático, é como se as resistências
do ferro e do cabo fossem ligadas em série à fonte de tensão.
Para geração de calor pelo ferro com maior eficiência, é recomendável que a resistência do cabo seja,
a) muito maior do que a resistência elétrica do ferro de passar.
b) proporcional à corrente elétrica na rede.
c) proporcional à tensão elétrica na rede.
d) muito menor do que a resistência elétrica do ferro de passar.
e) exatamente igual a resistência elétrica do ferro de passar.

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5. (G1 ifpe 2016) O circuito elétrico representado no diagrama abaixo contém um gerador ideal de 21 volts
com resistência interna desprezível alimentando cinco resistores.

Qual o valor da medida da intensidade de corrente elétrica, expressa em amperes, que percorre o
amperímetro A conectado ao circuito elétrico representado?
a) 0,5 A
b) 1,0 A
c) 1,5 A
d) 2,0 A
e) 2,5 A

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6. Através da curva tempo (t) x corrente (i) de um fusível F (figura 1) pode-se determinar o tempo necessário
para que ele derreta e assim desligue o circuito onde está inserido.

A figura 2 mostra o circuito elétrico simplificado de um automóvel, composto por uma baterial ideal de
fem ε igual a 12 V, duas lâmpadas LF, cujas resistências elétricas são ôhmicas e iguaia a 6 Ω cada.
Completam o circuito outras duas lâmpadas LM, também ôhmicas, de resistências elétricas 3 Ω cada,
além do fusível F e da chave Ch, inicialmente aberta.

A partir do instante em que a chave Ch for fechada, observar-se-á que as duas lâmpadas LF
a) apagarão depois de 1,0 s,
b) permanecerão acesas por apenas 0,50 s.
c) terão seu brilho aumentado, mas não apagarão.
d) continuarão a brilhar com a mesma intensidade, mas não apagarão.
e) apagarão depois de 5 s.

7. Zé e Enzo moram em quartos separados e almejam economizar energia. Eles combinam de interligar em
série cada uma de suas lâmpadas de 100 W. Verificando, porém, uma redução da claridade em cada
quarto, Zé troca sua lâmpada de 100 W para uma de 200 W, enquanto que Enzo também troca a sua de
100 W por uma de 50 W. Em termos de claridade,
a) houve vantagem para Zé.
b) houve vantagem para Enzo.
c) houve vantagem para ambos, pois a claridade independente do valor da potência.
d) não houve vantagem para ninguém, pois a intensidade da corrente elétrica ficou muita baixa.
e) houve vantagem para ambos, pois a intensidade da corrente elétrica foi muito alta.

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Física

8. (Enem 2018) Muitos smartphones e tablets não precisam mais de teclas, uma vez que todos os
comandos podem ser dados ao se pressionar a própria tela. Inicialmente essa tecnologia foi
proporcionada por meio das telas resistivas, formadas basicamente por duas camadas de material
condutor transparente que não se encostam até que alguém as pressione, modificando a resistência total
do circuito de acordo com o ponto onde ocorre o toque. A imagem é uma simplificação do circuito
formado pelas placas, em que A e B representam pontos onde o circuito pode ser fechado por meio do
toque.

Qual é a resistência equivalente no circuito provocada por um toque que fecha o circuito no ponto A?
a) 1,3 kΩ
b) 4,0 kΩ
c) 6,0 kΩ
d) 6,7 kΩ
e) 12,0 kΩ

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9. (Enem 2017) Fusível é um dispositivo de proteção contra sobrecorrente em circuitos. Quando a corrente
que passa por esse componente elétrico é maior que sua máxima corrente nominal, o fusível queima.
Dessa forma, evita que a corrente elevada danifique os aparelhos do circuito. Suponha que o circuito
elétrico mostrado seja alimentado por uma fonte de tensão U e que o fusível suporte uma corrente
nominal de 500 mA.

Qual é o valor máximo da tensão U para que o fusível não queime?


a) 20 V
b) 40 V
c) 60 V
d) 120 V
e) 185 V

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10. (Enem 2016) Por apresentar significativa resistividade elétrica, o grafite pode ser utilizado para simular
resistores elétricos em circuitos desenhados no papel, como o uso de lápis e lapiseiras. Dependendo da
espessura e do comprimento das linhas desenhadas, é possível determinar a resistência elétrica de cada
traçado produzido. No esquema foram utilizados três tipos de lápis diferentes (2H, HB e 6B) para efetuar
três traçados distintos.

Munidas dessas informações, um estudante pegou uma folha de papel e fez o desenho de um sorvete
de casquinha utilizando-se desses traçados. Os valores encontrados nesse experimento, para as
resistências elétricas (R), medidas com o auxílio de um ohmímetro ligado nas extremidades das
resistências, são mostrados na figura. Verificou-se que os resistores obedeciam à Lei de Ohm.

Na sequência, conectou o ohmímetro nos terminais A e B do desenho e, em seguida, conectou-o nos


terminais B e C, anotando as leituras R AB e RBC, respectivamente. Ao estabelecer a razão RAB/RBC, qual
resultado o estudante obteve?
a) 1
b) 4/7
c) 10/27
d) 14/81
e) 4/81

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Gabarito

1. C

2. E

3. B

4. D

5. B

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6. A

7. B

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8. C

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9. D

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10. B

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Conta de luz e medidores elétricos

Resumo

A eletricidade do nosso cotidiano


Quando pensamos em eletricidade, pensamos inicialmente em todos os aparelhos eletrônicos que nos rodeiam,
mas eletricidade vem bem antes disso. Quando nossos antepassados atritavam galhos de madeira para gerar
foco, existiam conceitos de eletricidade nessa ação. Esse exemplo mostra como é muito importante saber
identificar a eletricidade no nosso cotidiano.
A Física divide a eletricidade em dois temas:
• Eletrostática
• Eletrodinâmica

A eletrostática foca seus esforços no estudo das cargas em repouso (definições de Campo elétrico, Força
elétrica, etc.), sendo essa o tema menos obvio no nosso cotidiano. A eletrodinâmica foca seus esforços no
estudo das cargas em movimento (corrente elétrica). Na eletrodinâmica vemos os casos mais comuns ao
nosso cotidiano, com correntes elétricas, energizado aparelhos.

Esse módulo tem o objetivo de tratar os estudo da eletrodinâmica e, para isso, precisamos entender quais são
os elementos da termodinâmica que compõem um circuito elétrico. São esses elementos:
• Tensão (d.d.p)
• Resistência
• Corrente elétrica

A corrente elétrica
O primeiro elemento que vamos discutir é a corrente elétrica. A letra que utilizamos nas equações para
identificar essa grandeza é o 𝑖. Nesse momento você pensa: Por que 𝑖?! Bom, a ideia de utilizar a letra 𝑖 se da
pelo fato de não ser possível medir a corrente elétrica, então nos medimos a intensidade da corrente elétrica no
nosso circuito, daí vem à letra 𝑖.
A corrente elétrica é composta por um fluxo de elétrons que passa por um determinado local. Os elétrons são
os portadores da energia elétrica que utilizamos e a sua movimentação, consequentemente, leva energia
vinculada a eles. Com isso, podemos definir que a corrente elétrica pode ser mensurada da seguinte forma:

Sendo 𝑞 = 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 𝑒 ∆𝑡 = 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜. Essa expressão mostra que, para uma corrente alta, temos
uma quantidade alta de elétrons passando em um intervalo de tempo. Em contrapartida, uma corrente baixa
demonstra pouca quantidade de elétrons em um intervalo de tempo. Para entender a unidade da corrente, é
preciso saber que:
• [𝑞] = 𝐶 (𝑐𝑜𝑢𝑙𝑜𝑚𝑏)
• [∆𝑡] = 𝑠 (𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜)

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Com isso, definimos que a unidade para corrente elétrica é o Ampere:

Uma curiosidade importante de se comentar sobre correntes pode ser visto no formato de tomadas. Alguns
aparelhos possuem, em suas especificações, a informação de amperagem dele (10 A, 20 A, ...). Essa informação
diz quanto de corrente esse aparelho precisa para poder desempenhar sua função. Aparelhos de 20 A
apresentam uma tomada mais grossa do que as tomadas normais e é importante entender que o tamanho da
tomada esta atrelada a essa necessidade. Então tome cuidado com os aparelhos da sua casa e respeite as
necessidades elétricas dele para evitar problemas (falaremos sobre eles daqui a pouco).

Resistencia elétrica e voltagem

Agora que entendemos a corrente elétrica, agora vamos estudar os outros elementos de um circuito que
provocam a existência dessa corrente. Podemos entender que a corrente elétrica existe para poder alimentar
uma determinada resistência e a sua existência é gerada através de uma tensão.
Para entender isso, vamos a um exemplo. Quando se deseja ligar uma televisão é necessário que o aparelho
esteja ligado na tomada. Essa tomada tem uma voltagem (d.d.p) que é representada pela letra U e é medido
através unidade chamada de Volt:
• [𝑈] = 𝑉 (𝑉𝑜𝑙𝑡)

Daí vem as tomadas de 110 V ou 220 V que tanto falamos no dia a dia.

Já a resistência, como o próprio nome diz, é um elemento que resiste a passagem de corrente. Logo, podemos
entender que quanto maior a resistência, maior a dificuldade de passar corrente e vice e versa. As resistências
em circuitos possuem a função de consumir parte da energia para fins próprios. Assim, dizemos que circuitos
que possuem resistência muito grande, precisam de uma grande quantidade de carga para poder alimentar a
resistência. Com todos os três elementos básicos de um circuito definido, podemos construir um circuito
simples, com a aparência da imagem abaixo:

Faltou uma pergunta a ser respondida. Qual o sentido da corrente? Como vamos saber como essa corrente vai
se locomover? Entendemos que a resistência vai consumir parte da corrente e que a tensão vai proporcionar a
corrente, mas quando olhamos para uma bateria, por exemplo, ela possui um polo positivo e outro negativo.
Durante a construção dos conceitos da eletrodinâmica, acreditava-se que o sentido da corrente dava-se do polo
positivo (+) em direção ao polo negativo (-). Porem, depois de alguns estudos, constatamos que, como o
movimento da corrente é dado por elétrons (cargas de sinal negativo) e com os estudos da eletrostática, foi
descoberto que o movimento era do polo negativo (-) para o positivo (+). Apesar de tudo, como grande parte

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dos trabalhos foram desenvolvidos com a corrente convencionada no inicio, nos continuamos a usar essa
corrente convencionada.

Efeito Joule
Para entender o Efeito Joule, vamos voltar para a explicação da resistência. Dizemos que a resistência é um
elemento do circuito que dificulta a passagem da corrente, resistindo a essa passagem. No momento que isso
acontece, o atrito entre os elétrons que passam por essa resistência e o material que compõe a resistência,
ocorre uma geração de calor, ou seja, energia térmica. Com isso, dizemos que o Efeito Joule é a transformação
de Energia elétrica em Energia Térmica através de uma resistência. O Efeito Joule pode ser visto em todos os
aparelhos da sua casa que esquentam com o tempo de uso.

Fusíveis e disjuntores
Quando falamos de Efeito Joule, fomos bem tranquilos em dizer que os aparelhos esquentam na passagem de
corrente. Porem, caso ocorre uma corrente muito intensa que gere um Efeito Joule muito grande, esse
esquentar pode virar um incêndio. Para isso, existem componentes do circuito com a função de proteger o
circuito dessas situações, evitando acidentes.
Entre os protetores dos circuitos, vamos falar sobre os fusíveis e os disjuntores, que apesar de trabalharem de
formas diferentes, possuem a função de impedir a passagem de corrente elétrica depois de um determina valor,
impedindo incêndios. Os disjuntores funcionam da seguinte forma: Caso a corrente ultrapasse um determinado
valor, o disjuntor “desarma”. Disjuntores são muito comuns de se encontrar no relógio da casa. Um exemplo da
ação dos disjuntores: durante o inverno, todo mundo quer ficar aquele tempinho a mais na agua quente do
banheiro, caso o seu chuveiro seja elétrico, é comum que o disjuntor desarme e a agua fique gelada depois de
um tempo.
Já os fusíveis funcionam da seguinte forma: Caso a corrente ultrapasse um valor determinado, o fusível queima
para impedir a passagem. Os fusíveis são comuns de encontrar em carros para evitar acidentes envolvendo
correntes elétricas perto do tanque de gasolina, a ideia de um elemento que queima e precisa ser trocado evita
que o usuário tente religar (o que pode ser feito no disjuntor) e tente novamente.

Relações matemáticas comuns


Agora vamos utilizar todos os conceitos construídos para matematizar essas ideias, afim de fazer previsões e
relações entre as grandezas. A primeira relação que vamos fazer esta ligada a construção dos elementos
básicos do circuito. A lei de Ohm.
𝑈
𝑅=
𝑖

Sendo:
• U = Tensão elétrica, Diferença de potencial elétrica (d.d.p.), “Voltagem”.
• R = Resistência elétrica
• i = Intensidade de corrente elétrica

Aqui vale testar todas as hipóteses criadas anteriormente, para poder validar a equação e prever novas
situações. Além da lei de ohm, podemos construir uma equação que relaciona a potência do aparelho:

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Sendo:
• P = Potência elétrica

Podemos analisar agora a corrente e a tensão necessária para aparelhos baseados no valor da sua potência, o
que é algo mais natural, já que a potência é uma das informações mais visíveis de um aparelho no momento
da compra. Com essa relação, podemos determinar quando de Tensão e quanto de corrente um determinado
aparelho necessita. Podemos também misturar a equação de potência com a lei de Ohm e gerar mais equações,
trocando as informações relacionadas, ficando da seguinte forma:

Física dos eletrodomésticos


Potência elétrica
Formalmente, a potência mede a rapidez com que a energia é transformada! A potência elétrica é uma grandeza
física que esta atrelada a quantidade de energia que um determinado aparelho elétrico vai precisar para
funcionar e isso esta ligado diretamente a conta de luz no final do mês. Aparelhos com potência muito alta
precisam de mais energia e aparelhos com potência menor precisam de menos. A potência elétrica é descrita
como a razão entre a energia necessária pelo intervalo de tempo:

As unidades das grandezas envolvidas:


• [P] = Watt (W)
• [E] = Joule (J)
• [∆t] = segundos (s)

O valor de energia é a grandeza que aparece na conta de luz no final do mês, mas ela não aprece com o valor
de Joule, ela aparece com o valor de KW.h. Isso se da por que, no final do mês, a empresa que fornece a energia
mede o valor baseada em um intervalo de 1 h. Isso proporciono valores altos de potência, sendo eles medidos
em KW. Logo, as unidades da empresa são:
• [P] = KiloWatt (KW)
• [E] = KiloWatt.Hora (KW.h)
• [∆t] = Hora (h)

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Física

Lâmpadas incandescentes x fluorescentes x LED

Hoje em dia é bem mais comum a utilização da lâmpada fluorescente, mas teve um tempo que as lâmpadas
incandescentes dominam os ambientes fechados. Nesse secção vamos entender o por que o funcionamento
das duas para determinar qual delas é a melhor para diminuir o consumo.
Lâmpadas incandescentes são feita a partir de um filamento de tungstênio e, ao passar corrente elétrica nesse
filamento, os elétrons se atritam (por ser um material bem resistente) a ponto de pegar fogo e, a partir desse
fogo, iluminar o ambiente. Isso explica por que esse tipo de lâmpada fica muito quente depois de um longo
tempo de utilização. Esse processo de geração das lâmpadas incandescentes é bem custoso devido ao fato
dela precisar gerar muita energia térmica para gerar energia elétrica.
As lâmpadas fluorescentes foram desenvolvidas para contornar esse problema: Aumentar a contribuição da
energia luminosa e diminuir a contribuição da energia térmica. A diminuição da necessidade da energia térmica
faz com que as lâmpadas fluorescentes tornem-se mais rentáveis.
Já o LED é a evolução da ideia da fluorescente, possuindo uma eficiente ainda maior. Porem, o custo de
produção dessas lâmpadas ainda é alto, tornando a sua utilização restrita. Hoje em dia é ainda comum a
utilização em grande escala da fluorescente por conta disse e, de maneira bem especifica, as incandescente.

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Chuveiro elétrico

O chuveiro elétrico tem a finalidade de esquentar a agua que você utiliza para tomar banho. Mas como ele faz
isso?

O chuveiro elétrico possui na sua estrutura uma resistência em forma de enrolamento de certo metal. Como o
próprio nome já diz, resistência é uma grandeza física que resiste a passagem de corrente elétrica. Ou seja,
quando os elétrons vindos da corrente passarem por esse material, eles encontrarão dificuldade. Essa
dificuldade gera um atrito, gerando assim, energia térmica. Essa energia térmica é responsável pelo
aquecimento da agua que vai passar por ali (bem parecido com o que foi visto no filamento das lâmpadas
incandescente).
Em um chuveiro elétrico, você possui vários níveis de aquecimento da agua (modo inverno, modo verão, entre
outros). Esses níveis são controlados por uma chave de circuito, que você posiciona em diversos lugares que
representam esses modos.
Por exemplo: Digamos que você não queria esquentar a agua (um banho gelado). Para isso, você vai posicionar
a chave de uma forma que a corrente não passe pela resistência. Por não ter uma resistência, também não vai
haver corrente e o chuveiro é dito desligado.
Agora digamos que você quer colocar no modo verão, não esquentando tanto a água. Para isso, você vai
posicionar a chave de uma forma que a corrente passe por todo a resistência. Nesse momento, o senso comum
bate de frente e você não consegue entender “Como assim eu to passando por toda a resistência e eu não to
esquentando ao máximo?” Uma resistência maior não provocaria um aumento na energia térmica?” Não
necessariamente. O aumentar a resistência, a partir da lei de ohm, proporciona uma diminuição da corrente que
passa naquele circuito. Com menos corrente passando, temos menos energia para esquentar a água.
Por fim, digamos que você quer colocar no modo inverno, esquentando o máximo possível. Para isso, você vai
posicionar a chave no meio no meio termo entre o desligado e o modo verão. Com isso, você ainda vai ter uma
resistência, mas como ela possui um valor menor, vamos ter mais corrente passando no circuito, ou seja, mais
energia.

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Física

Os vilões da conta de luz


Chuveiro elétrico, ar-condicionado, ferro de passar são exemplos de grandes vilões por consumirem mais
energia por conta da sua potencia. Como vimos anteriormente:

Logo, aparelhos com uma potência muito alta, exigem mais energia. Mas eles não são os únicos, existe o termo
∆𝑡 na expressão que deve ser levado em consideração e ele diz que: Quanto maior o tempo de utilização de um
certo aparelho, maior o gasto de luz.

Um exemplo de aparelhos que se tornam vilões se ligados por um longo tempo é a geladeira, quando sua porta
fica aberta por muito tempo. A geladeira não funciona 24 h por dia! Ela liga o compressor se a temperatura não
é a temperatura desejada. Assim que a temperatura chega nesse valor, o compressor desliga e a geladeira fica
apenas monitorando a temperatura (da mesma forma que alguns ar-condicionado funcionam).

Outra forma de diminuir a conta de luz é utilizar equipamentos de voltagem maior (220v). Ao aumentar a
voltagem de um certo aparelho, o consume de corrente é menor, logo, a energia elétrica necessária é menor e
gera menos energia térmica.

Instrumentos de Medida
Amperímetros e voltímetros são aparelhos usados para medir, respectivamente, intensidade de corrente elétrica
e diferença de potencial entre dois pontos.
Esses aparelhos funcionam como se fossem resistências para o circuito e assim conseguem fazer as medidas.

Amperímetro:
-Deve ser ligado em série no circuito.
-Em um amperímetro ideal sua resistência interna deve ser nula (tende a zero).

Voltímetro:
-Deve ser ligado em paralelo.
-Em um voltímetro ideal sua resistência interna deve ser infinita (tende a infinito).
O voltímetro deve ter seu polo positivo ligado ao maior potencial e o polo negativo no menor potencial. Caso
contrário, a leitura do voltímetro será um valor negativo.

Obs.: Quando ligados de forma errada o amperímetro (em paralelo) produz curto circuito e o voltímetro (em
série) reduz a corrente a zero e marca a força eletromotriz da bateria.

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Física

Exercícios

1. As contas de luz dos brasileiros vão ficar mais caras em junho devido ao acionamento da chamada
bandeira tarifária vermelha nível 2, o mais elevado para as cobranças adicionais relacionadas ao
mecanismo, informou nesta sexta feira (25) a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O sistema tarifário eleva o custo da energia em momentos de escassez de geração, quando podem ser
acionadas bandeiras amarela, vermelha ou vermelha 2 – esta última representa um custo adicional de
R$ 5 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
A Aneel disse que o maior custo em junho deve-se à redução de volume nos reservatórios das
hidrelétricas da região Sul e à previsão de chuvas baixas em relação à média histórica.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/05/conta-de-luz-tera-bandeira-vermelha-2-em-junho-nivel-mais-
caro-diz-aneel.shtml. Acesso em 22 de setembro de 2018.

Considerando que uma certa indústria utilizou um resistor para aquecimento, cuja potência é 50 kW, por
4 horas durante esse mês. O adicional na conta associado a este consumo foi, em R$,
a) 10
b) 200
c) 50
d) 4
e) 100

2.

A partir de 2015, por determinação da Aneel, as contas de energia passaram a trazer uma novidade: o
Sistema de Bandeiras Tarifárias. As bandeiras verde, amarela e vermelha indicam se a energia custa mais
ou menos, em função das condições de geração de eletricidade.
A Aneel esclarece que a nova tarifa deve-se à utilização de usinas termoelétricas, que geram custos
adicionais ao preço da energia para suprir a demanda no país.
Esse cenário é resultado, em parte, da escassez de chuva, que comprometeu a recomposição dos
reservatórios das usinas hidrelétricas, principal fonte de geração de energia do Brasil.

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Física

Enquanto a energia das hidrelétricas custa cerca de R$ 100,00 por MWh, o custo da energia gerada por
usinas térmicas, que operam com combustíveis fósseis, como óleo diesel, pode chegar a R$ 800,00 por
MWh.

Durante a vigência da bandeira amarela, uma máquina industrial de 20.000 W de potência, numa jornada
de 8 horas de trabalho, gera uma certa economia, em R$, no custo de energia em relação ao mesmo
durante a vigência da bandeira vermelha. Dentre as alternativas a segui, qual aquela que apresenta
corretamente essa economia?
a) 4,80
b) 5,00
c) 6,20
d) 3,50
e) 10,00

3. As lâmpadas de LED são muito mais eficientes do que as lâmpadas incandescentes. A tabela abaixo
permite perceber essa diferença, basta comparar os valores de potência elétrica para os dois diferentes
tipos de lâmpadas. Para cada linha da tabela, o fluxo luminoso é o mesmo (lumens), diferindo apenas no
valor da potência elétrica que cada lâmpada precisa para atingir o mesmo resultado luminoso.

Nesse contexto, suponha que, em uma residência, sejam trocadas dez lâmpadas incandescentes de 100
W por dez lâmpadas de LED de mesmo fluxo luminoso. Considere que cada lâmpada permanece ligada
3h por dia e que o custo do kWh é igual a 0,90. Qual é, aproximadamente, a economia gerada na conta
de luz com a troca das lâmpadas ao final de trinta dias?
a) R$ 72,00
b) R$ 64,20
c) R$ 18,00
d) R$ 16,20
e) R$ 20,00

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Física

4. Para economizar na conta de energia elétrica, a gerência de uma cafeteria decidiu proibir o uso das
tomadas do seu estabelecimento para recargas de baterias de celular. Mesmo com receio de perder o
consumo da clientela que, esperando o celular carregar, consome mais no estabelecimento, a equipe de
gerentes acredita que isso foi uma boa ideia.
Para carregar um aparelho celular completamente, consomem-se aproximadamente 15 Wh de energia
elétrica. Admitindo que essa carga seja feita diariamente, na cafeteria por um cliente frequente, estime o
custo máximo anual de carga desse aparelho, sabendo que cada kWh custa R$ 0,60.
a) R$ 5475,00
b) R$ 3285,00
c) R$ 91,30
d) R$ 3,30
e) R$ 0,25

5. No circuito abaixo os medidores de corrente e de tensão elétrica possuem resistência interna. Sabendo-
se que a fonte fornece a ddp U, o voltímetro mede 4,0 V, o amperímetro mede 1,0 A e que os valores das
resistências R1, R2 e R3 estão indicadas na figura, calcule o valor da resistência interna do voltímetro.

a) 10 Ω
b) 30 Ω
c) 15 Ω
d) 25 Ω
e) 20 Ω

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Física

6. A maioria dos aparelhos eletrônicos modernos possuem o modo stand-by em que os aparelhos ficam
prontos para serem usados e, embora “desligados”, continuam consumindo energia, sendo o stand-by
responsável por um razoável aumento no consumo de energia elétrica.
Para calcular o impacto na conta de energia elétrica, devido à permanência de cinco aparelhos
ininterruptamente deixados no modo stand-by por 30 dias consecutivos, considere as seguintes
informações:
− cada aparelho, operando no modo stand-by, consome 5 J de energia por segundo;
− o preço da energia elétrica é de R$ 0,50 kWh.

A partir dessas informações, conclui-se que, no final de 30 dias, o custo com a energia consumida por
esses cinco aparelhos, operando exclusivamente no modo stand-by, será de:
a) R$ 17,00
b) R$ 15,00
c) R$ 13,00
d) R$ 11,00
e) R$ 9,00

7. Silas, estudante de Física e amante de eletrônica, decidiu montar os circuitos da figura abaixo com os
resistores disponíveis no Laboratório de Física Básica de sua universidade.

Querendo fazer algumas medidas elétricas, usou um voltímetro (V) para medir a tensão e um
amperímetro (A) para medir a intensidade da corrente elétrica. Considerando todos os elementos
envolvidos como sendo ideais, calcule os valores medidos pelo voltímetro (situação 1) e pelo
amperímetro (situação 2).
a) 2 V e 1,2 mA
b) 4 mV e 1,2 A
c) 2 V e 1,6 mA
d) 4 V e 1,2 A
e) 2 mV e 1,6 mA

11
Física

8. (Enem PPL 2017) As especificações de um chuveir elétrico são: potência de 4.000 W, consumo máximo
mensal de 21,6 kWh e vazão máxima de 3 L/min. Em um mês, durante os banhos, esse chuveiro foi usado
com vazão máxima, consumindo o valor máximo de energia especificado. O calor específico da água é
de 4.200 J/(kg C) e sua densidade é igual a 1 kg/L.
A variação da temperatura da água usada nesses banhos foi mais próxima de

a) 16 C
b) 19 C
c) 37 C
d) 57 C
e) 60 C

9. (Enem Libras 2017) O Brasil vive uma crise hídrica que tem trazido consequências na área de energia.
Um estudante do ensino médio resolveu dar sua contribuição de economia, usando para isso conceitos
que ele aprendeu nas aulas de física. Ele convence sua mãe a tomar banho com a chave do chuveiro na
posição verão e diminuir o tempo de banho para 5 minutos, em vez de 15 minutos. Sua alegação baseou-
se no seguinte argumento: se a chave do chuveiro estiver na posição inverno (potência de 6.000 W), o
gasto será muito maior do que com a chave na posição verão (potência de 3.600 W).
A economia por banho, em kWh, apresentada pelo estudante para sua mãe foi de
a) 0,3.
b) 0,5.
c) 1,2.
d) 1,5.
e) 1,8.

12
Física

10. Voltímetros e amperímetros são os instrumentos mais usuais para medições elétricas. Evidentemente,
para a obtenção de medidas corretas, esses instrumentos devem ser conectados de maneira adequada.
Além disso, podem ser danificados se forem conectados de forma incorreta ao circuito. Suponha que se
deseja medir a diferença de potencial a que está submetido o resistor R2 do circuito a seguir, bem como
a corrente elétrica que o percorre.

Assinale a figura que representa a correta conexão do voltímetro (V) e do amperímetro (A) ao circuito
para a realização das medidas desejadas

a) c) e)

d)
b)

13
Física

Gabarito

1. A

2. A

3. B

4. D

14
Física

5. E

6. E

7. D

15
Física

8. B

9. C

10. B

16
Física

Dinâmica

Resumo

As Leis de Newton são utilizadas principalmente no estudo da Dinâmica, que é a parte da Mecânica que estuda
as causas que produzem e modificam os movimentos.

Massa
Grandeza escalar que indica a quantidade de matéria em um corpo. Essa quantidade de matéria é
determinada através da comparação com um valor padrão da matéria (1 quilograma, 1 grama, etc.). No Sistema
Internacional de Unidades (SI), a unidade padrão da massa é o Kg (quilograma).

Força
Força é a causa que produz num corpo variação da velocidade, ou melhor, produz aceleração. E quando é dito
“variação da velocidade” também pode ser considerado o ato de apenas mover algo que antes
estava parado.

1ª Lei de Newton – Princípio da Inércia


Um corpo, livre de forças externas (ou com a resultante delas sendo igual a zero) estará realizando um MRU ou
estará em repouso.
A inércia é uma propriedade da matéria que consiste na resistência ao estado de movimento, seja ele o repouso
ou MRU. Quando um cavalo está em movimento e dá uma pausa brusca, o cavaleiro é projetado para frente por
inércia. Da mesma forma, ao acelerar um carro, a pessoa sente suas costas fazendo uma força contra o banco.

2ª Lei de Newton – Princípio Fundamental da Dinâmica


A resultante das forças aplicadas a um ponto material de massa m produz uma aceleração tal que:

• Os vetores força e aceleração têm sempre mesma direção e sentido, pois a massa é sempre positiva.
• A unidade padrão no SI para a Força é o Newton (N = Kg.m/s²).

3ª Lei de Newton – Ação e Reação


Quando um corpo A exerce uma força num corpo B, este exerce um A uma outra força . Essas forças terão
mesma intensidade, direção e sentidos opostos.

Após o estudo das Leis de Newton, podemos definir as principais forças que usamos na Dinâmica: força peso,
força normal, força elástica, tração e força de atrito.

1
Física

Peso
Força de interação entre qualquer corpo de massa m com um campo gravitacional e pode ser calculado com a
equação:
𝑃⃗ = 𝑚𝑔
Onde g é a aceleração da gravidade local. Note que, como a massa é sempre maior do que zero, P tem sempre
a mesma direção e sentido de g.

Normal
Força de interação de um corpo e uma superfície. A força normal será sempre perpendicular à superfície e no
sentido da superfície para o corpo.
Não existe uma equação específica para calcular a força normal, deverá ser feito uma análise das forças
aplicadas na direção da normal e, por um sistema linear, determinar seu valor.

Atenção: Normal não forma par ação e reação com o Peso!!!

2
Física

Tração
Força que aparece sempre em cabos, fios e cordas quando esticados. Cada pedaço da corda sofre uma tração,
que pode ser representada por um par de forças iguais e contrárias que atuam no sentido do alongamento da
corda.
Dinamômetro: disposto que pode ser acoplado à corda para medir a intensidade da força de tração.

Força elástica
Força que aparece durante a deformação de algum corpo com características elásticas, ou seja, que pode ser
deformado durante a aplicação de uma força e que tem a capacidade de voltar ao seu tamanho original assim
que a força for cessada. Corda de borracha, elásticos e molas são os exemplos mais comuns em questões.
A força elástica é um vetor que tem mesma direção e sentido oposto à força aplicada para deformar a mola em
questão, sendo assim chamada de força de restituição. O módulo da força elástica pode ser calculado pela
equação:
𝐹 = −𝑘𝑥
Onde K é o coeficiente de elasticidade (característica da mola) e x é a deformação sofrida pela mola.

3
Física

Força de atrito
A força de atrito é paralela ao plano – com sentido contrário a tendência de movimento. A expressão geral da
força de atrito é

⃗ | 𝑜𝑢 𝐹𝑎𝑡 = 𝜇𝑁
|𝐹𝑎𝑡 | = 𝜇|𝑁

onde μ é coeficiente de atrito (depende do material dos corpos em contato e do polimento das superfícies) e N
é a reação normal.

4
Física

Exercícios

1. (Enem 2017) Em uma colisão frontal entre dois automóveis, a força que o cinto de segurança exerce
sobre o tórax e abdômen do motorista pode causar lesões graves nos órgãos internos. Pensando na
segurança do seu produto, um fabricante de automóveis realizou testes em cinco modelos diferentes de
cinto. Os testes simularam uma colisão de 0,30 segundo de duração, e os bonecos que representavam
os ocupantes foram equipados com acelerômetros. Esse equipamento registra o módulo da
desaceleração do boneco em função do tempo. Os parâmetros como massa dos bonecos, dimensões
dos cintos e velocidade imediatamente antes e após o impacto foram os mesmos para todos os testes.
O resultado final obtido está no gráfico de aceleração por tempo.

Qual modelo de cinto oferece menor risco de lesão interna ao motorista?


a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

5
Física

2. (Enem PPL 2015) Num sistema de freio convencional, as rodas do carro travam e os pneus derrapam no
solo, caso a força exercida sobre o pedal seja muito intensa. O sistema ABS evita o travamento das rodas,
mantendo a força de atrito no seu valor estático máximo, sem derrapagem. O coeficiente de atrito
estático da borracha em contato com o concreto vale µe = 1,0 e o coeficiente de atrito cinético para o
mesmo par de materiais é µc = 0,75. Dois carros, com velocidades iniciais iguais a 108 km/h, iniciam a
frenagem numa estrada perfeitamente horizontal de concreto no mesmo ponto. O carro 1 tem sistema
ABS e utiliza a força de atrito estática máxima para a frenagem; já o carro 2 trava as rodas, de maneira
que a força de atrito efetiva é a cinética. Considere g = 10m/s².

As distâncias, medidas a partir do ponto em que iniciam a frenagem, que os carros 1 (d1) e 2 (d2)
percorrem até parar são, respectivamente,
a) d1 = 45 m e d2 = 60 m.
b) d1 = 60 m e d2 = 45 m.
c) d1 = 90 m e d2 = 120 m.
d) d1 = 5,8.10² m e d2 = 7,8.10² m.
e) d1 = 7,8.10² m e d2 = 5,8.10² m.

3. (Enem 2013) Em um dia sem vento, ao saltar de um avião, um paraquedista cai verticalmente até atingir
a velocidade limite. No instante em que o paraquedas é aberto (instante TA), ocorre a diminuição de sua
velocidade de queda. Algum tempo após a abertura do paraquedas, ele passa a ter velocidade de queda
constante, que possibilita sua aterrissagem em segurança.
Que gráfico representa a força resultante sobre o paraquedista, durante o seu movimento de queda?

c) e)

a)

d)

b)

6
Física

4. (Enem 2013) Uma pessoa necessita da força de atrito em seus pés para se deslocar sobre uma superfície.
Logo, uma pessoa que sobe uma rampa em linha reta será auxiliada pela força de atrito exercida pelo
chão em seus pés.
Em relação ao movimento dessa pessoa, quais são a direção e o sentido da força de atrito mencionada
no texto?
a) Perpendicular ao plano e no mesmo sentido do movimento.
b) Paralelo ao plano e no sentido contrário ao movimento.
c) Paralelo ao plano e no mesmo sentido do movimento.
d) Horizontal e no mesmo sentido do movimento.
e) Vertical e sentido para cima.

5. (Enem PPL 2012) Durante uma faxina, a mãe pediu que o filho a ajudasse, deslocando um móvel para
mudá-lo de lugar. Para escapar da tarefa, o filho disse ter aprendido na escola que não poderia puxar o
móvel, pois a Terceira Lei de Newton define que se puxar o móvel, o móvel o puxará igualmente de volta,
e assim não conseguirá exercer uma força que possa colocá-lo em movimento.

Qual argumento a mãe utilizará para apontar o erro de interpretação do garoto?


a) A força de ação é aquela exercida pelo garoto.
b) A força resultante sobre o móvel é sempre nula.
c) As forças que o chão exerce sobre o garoto se anulam.
d) A força de ação é um pouco maior que a força de reação.
e) O par de forças de ação e reação não atua em um mesmo corpo.

6. (Enem PPL 2012) O freio ABS é um sistema que evita que as rodas de um automóvel sejam bloqueadas
durante uma frenagem forte e entrem em derrapagem. Testes demonstram que, a partir de uma dada
velocidade, a distância de frenagem será menor se for evitado o bloqueio das rodas.

O ganho na eficiência da frenagem na ausência de bloqueio das rodas resulta do fato de


a) o coeficiente de atrito estático tornar-se igual ao dinâmico momentos antes da derrapagem.
b) o coeficiente de atrito estático ser maior que o dinâmico, independentemente da superfície de
contato entre os pneus e o pavimento.
c) o coeficiente de atrito estático ser menor que o dinâmico, independentemente da superfície de
contato entre os pneus e o pavimento.
d) a superfície de contato entre os pneus e o pavimento ser maior com as rodas desbloqueadas,
independentemente do coeficiente de atrito.
e) a superfície de contato entre os pneus e o pavimento ser maior com as rodas desbloqueadas e o
coeficiente de atrito estático ser maior que o dinâmico.

7
Física

7. (Enem 2012) Os freios ABS são uma importante medida de segurança no trânsito, os quais funcionam
para impedir o travamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, liberando as rodas
quando estão no limiar do deslizamento. Quando as rodas travam, a força de frenagem é governada pelo
atrito cinético. As representações esquemáticas da força de atrito fat entre os pneus e a pista, em função
da pressão p aplicada no pedal de freio, para carros sem ABS e com ABS, respectivamente, são:

8. (Enem PPL 2018) Um carrinho de brinquedo funciona por fricção. Ao ser forçado a girar suas todas para
trás, contra uma superfície rugosa, uma mola acumula energia potencial elástica. Ao soltar o brinquedo,
ele se movimenta sozinho para frente e sem deslizar.
Quando o carrinho se movimenta sozinho, sem deslizar, a energia potencial elástica é convertida em
energia cinética pela acção da força de atrito
a) dinâmico na roda, devido ao eixo.
b) estático na roda, devido à superfície rugosa.
c) estático na superfície rugosa, devido à roda.
d) dinâmico na superfícia rugosa, devido à roda.
e) dinâmico na roda, devido à superfície rugosa.

8
Física

9. (Enem PPL 2018) Com um dedo, um garoto pressiona contra a parede duas moedas, de R$ 0,10 e R$ 1,00,
uma sobre a outra, mantendo-as paradas. Em contato com o dedo estás a moeda de R$ 0,10 e contra a
parede está a de R$ 1,00. O peso da moeda de R$ 0,10 é 0,05 N e o da de R$ 1,00 é 0,09 N. A força de
atrito exercida pela parece é suficiente para impedir que as moedas caiam.
Qual é a força de atrito entre a parede e a moeda de R$ 1,00?
a) 0,04 N
b) 0,05 N
c) 0,07 N
d) 0,09 N
e) 0,14 N

10. (Enem 2ª aplicação 2016) No dia 27 de junho de 2011, o asteroide 2011 MD, com cerca de 10 m de
diâmetro, passou a 12 mil quilômetros do planeta Terra, uma distância menor do que a órbita de um
satélite. A trajetória do asteroide é apresentada.

A explicação física para a trajetória descrita é o fato de o asteroide.


a) deslocar-se em um local onda a resistência do ar é nula.
b) deslocar-se em um ambiente onda não há interação gravitacional.
c) sofrer a ação de uma força resultante no mesmo sentido de sua velocidade.
d) sofrer a ação de uma força gravitacional resultante no sentido contrário ao de sua velocidade.
e) estar sob a ação de uma força resultante cuja direção é diferente da direção de sua velocidade.

9
Física

Gabarito

1. B

2. A

3. B

4. C

5. E

10
Física

6. B

7. A

8. B

9. E

10. E

11
Física

Eletrodinâmica

Resumo

Luminárias, sistemas de som, aparelhos de micro-ondas, computadores e celulares são alguns dos
dispositivos importantes do nosso dia a dia. Eles são conectados por fios ou por circuito interno a uma bateria
ou a uma rede elétrica. O que acontece dentro do fio que faz com que a luz acenda? E por que isso ocorre?
Dizemos que “a eletricidade flui através do fio”, mas o que tal afirmação significa exatamente? E, igualmente
importante, como nós sabemos o que ocorre? Simplesmente olhar para um fio ligado entre uma bateria e uma
lâmpada de filamento não nos diz se alguma coisa se move ou flui. Tanto quanto podemos observar
visualmente, o fio tem a mesma aparência esteja ele “conduzindo eletricidade” ou não. Nosso objetivo é recordar
acerca da corrente elétrica. Queremos entender o que é que se move através de um fio portador de corrente, e
por quê.
Mas, antes, para poder solucionar problemas de circuito é necessário conhecer as definições essenciais, as
grandezas envolvidas e suas unidades.

Corrente elétrica
Uma corrente elétrica é um movimento ordenado de cargas elétricas. Um circuito condutor isolado, como na
Fig. 1a, está todo a um mesmo potencial e E = 0 no seu interior. Nenhuma força elétrica resultante atua sobre
os elétrons de condução disponíveis, logo não há nenhuma corrente elétrica. A inserção de uma bateria no
circuito (Fig. 1b) gera um campo elétrico dentro do condutor. Este campo faz com que as cargas elétricas se
movam ordenadamente, constituindo assim uma corrente elétrica.

1
Física

Definição: a intensidade de corrente é a quantidade de carga Δq que atravessa um plano em um intervalo de


tempo Δt:

Unidade: C/s = A (ampère).

Um fluxo de elétrons (cargas negativas) indo para direita equivale a um fluxo de cargas positivas inda para a
esquerda.

A corrente elétrica corresponde ao fluxo de elétrons. Os elétrons vão para o polo positivo de um gerador (pilha
ou bateria)

Corrente elétrica e conservação de carga


a) Correntes, apesar de serem representadas por setas, são escalares.

2
Física

b) Em consequência da conservação da carga, temos:

Essa relação básica de conservação – de que a soma das correntes que entram em um nó deve ser igual à
soma das correntes que saem do mesmo nó – é chamada de lei de Kirchhoff dos nós.

c) O sentido convencional da corrente é o sentido no qual se moveriam os portadores de carga positiva, mesmo
que os verdadeiros portadores de carga sejam negativos.

Observe como fica isso num circuito fechado:

Obs.: Corrente contínua: os elétrons vão em um único sentido. Corrente alternada: corresponde a uma corrente
que oscila, mudando de sentido com um dado período.

Resistividade e resistência
Os fios elétricos fornecem o “caminho” para o movimento dos elétrons. O fio ideal não possui resistência, não
influencia o circuito. Um fio real oferece resistência à passagem da corrente, já que há colisões constantes entre
os elétrons e os átomos que compõem o material do fio, gerando calor. Esse processo em que a corrente
elétrica gera calor é chamado de efeito Joule (energia elétrica se transformando em energia térmica). Na
prática, um material cuja função é oferecer uma resistência específica em um circuito é chamado de resistor
(veja figura abaixo) e seu símbolo em circuitos é:

3
Física

Em um condutor cilíndrico como num fio, a resistência depende da área A da seção transversal, do comprimento
L e de um parâmetro ρ (resistividade) característico de cada material:

Unidades
Grandeza Unidade (S.I.)

Resistência Ω (ohm)

Área m2

Comprimento m

Resistividade Ω.m

A resistência de um fio ou de um condutor aumenta à medida que seu comprimento aumenta. Isto parece
plausível, pois deve ser mais difícil empurrar elétrons através de um fio longo do que através de um fio mais
curto. Diminuir a área da secção transversal também aumenta a resistência. De novo, isso parece plausível
porque o mesmo campo elétrico pode empurrar mais elétrons em um fio largo do que em um fio fino.

NOTA: É importante saber distinguir entre resistividade e resistência. A resistividade descreve apenas o material,
e não, qualquer pedaço particular do mesmo. A resistência caracteriza um pedaço específico do condutor,
dotada de uma geometria específica. A relação entre a resistividade e a resistência é análoga àquela entre a
densidade e a massa.

A tensão elétrica ou voltagem (U) é a energia fornecida por unidade de carga. Esta voltagem, chamada de
diferença de potencial (ddp) elétrico, é que fornece energia a cada elétron, obedecendo a seguinte relação,
conhecida como Lei de Ohm:

A despeito do seu nome, a lei de Ohm não é uma lei da natureza. Sua validade é limitada aos materiais cuja
resistência R permanece constante – ou muito próximo disso – durante o uso. Materiais para os quais a lei de
Ohm é válida são chamados de ôhmicos.
A figura (a) mostra que a corrente através de um material ôhmico é diretamente proporcional à diferença de
potencial aplicada. Dobrar a diferença de potencial dobrará a corrente. Metais e outros condutores são materiais
ôhmicos.

4
Física

Alguns materiais e dispositivos são não-ôhmicos, o que significa que a corrente através do mesmo não é
diretamente proporcional à diferença de potencial aplicada. Por exemplo, a figura (b) mostra o gráfico I versus
U para um dispositivo semicondutor comumente usado chamado de diodo. Os diodos não possuem uma
resistência constante.

Energia Elétrica
O gasto da energia elétrica está associada à potência dos aparelhos e ao tempo em que estes ficam ligados.
A potência é a razão entre a energia e o intervalo de tempo.

A conta de luz é medida em kWh (quilowatt-hora) e representa a potência (kW) e o tempo de funcionamento do
aparelho (hora).
1 kWh = 1000 Wh = 1000 (J/s) x 3600 s = 3,6 x 106 J

Um kWh é equivalente a 3,6x106 J

Um relógio de luz residencial é o responsável pela cobrança de sua conta de luz. Ele registra a utilização da
energia elétrica de uma casa.
Você pode facilmente medir o valor indicado pelo relógio.
O relógio de luz possui esta configuração.

Este desenho pode ser encontrado nas contas residenciais. Relógios mais modernos possuem
contadores/mostradores com números sequenciais e apresentam leituras maiores do que 5 dígitos. Relógios
mais antigos possuem apenas 4 mostradores e precisam de um fator multiplicativo de 10.

Os valores devem ser lidos sempre pelo menor número onde está situado o ponteiro.

No exemplo acima o relógio marca: 1587.

5
Física

Potência
A potência resulta do produto da diferença de potencial (U) pela corrente elétrica (i).
Assim, Pot = Ui.
Pela Lei de Ohm, U = R i. Temos então que

Associação de Resistores
Série
• Resistores percorridos pela mesma corrente;
• A diferença de potencial do circuito (ddp) é a soma das ddp’s individuais de cada resistor.
• A resistência equivalente é a soma das resistências individuais.
• É um circuito com elementos dependentes. Caso um falhe o sistema para de funcionar.

Paralelo
• Resistores submetidos a mesma diferença de potencial;
• A soma das intensidades de corrente que chegam no nó é igual a soma das intensidades de corrente que
saem do nó.
• O inverso da resistência equivalente é a soma dos inversos das resistências individuais.
• É um circuito independente. Mesmo com a falha de um elemento, os outros podem continuar funcionando.

6
Física

Obs.: Alguns casos são comuns na associação em paralelo.

- Associação com apenas 2 resistores: o resultado do M.M.C fornece a fórmula do produto sobre a soma
(bastante prática).

- Para associação de resistores iguais, deve-se dividir o valor do resistor pelo número de resistores presentes
no circuito.

Um detalhe sobre associações:

- Lâmpadas em paralelo e em série

Lâmpadas em paralelo recebem a mesma ddp.

7
Física

Observe a associação: a lâmpada da esquerda é de 100 W (brilho maior) e a da direita 40 W (brilho menor).
Cada lâmpada está com um brilho que corresponde ao funcionamento normal.

Lâmpadas em série
A colocação de lâmpadas em série acarreta mais problemas do que parece. Quando uma lâmpada apaga, todas
apagam. Este não é o maior problema. A associação em série provoca um aumento na resistência equivalente
que diminui muito a corrente do circuito. Observe:

Observe que a lâmpada de 100W está com menor brilho (filamento incandescente), enquanto que a lâmpada
de 40W consegue um brilho razoável.

8
Física

Exercícios

1. (Enem 2017) Dispositivos eletrônicos que utilizam materiais de baixo custo, como polímeros
semicondutores, têm sido desenvolvidos para monitorar a concentração de amônia (gás tóxico e incolor)
em granjas avícolas. A polianilina é um polímero semicondutor que tem o valor de sua resistência elétrica
nominal quadruplicado quando exposta a altas concentrações de amônia. Na ausência de amônia, a
polianilina se comporta como um resistor ôhmico e a sua resposta elétrica é mostrada no gráfico.

O valor da resistência elétrica da polianilina na presença de altas concentrações de amônia, em ohm, é


igual a
a) 0,5 × 100.
b) 2,0 × 100.
c) 2,5 × 105.
d) 5,0 × 105.
e) 2,0 × 106.

2. (Enem 2017) Em algumas residências, cercas eletrificadas são utilizadas com o objetivo de afastar
possíveis invasores. Uma cerca eletrificada funciona com uma diferença de potencial elétrico de
aproximadamente 10 000 V. Para que não seja letal, a corrente que pode ser transmitida através de uma
pessoa não deve ser maior do que 0,01 A. Já a resistência elétrica corporal entre as mãos e os pés de
uma pessoa é da ordem de 1000 Ω. Para que a corrente não seja letal a uma pessoa que toca a cerca
eletrificada, o gerador de tensão deve possuir uma resistência interna que, em relação à do corpo humano,
é
a) praticamente nula.
b) aproximadamente igual.
c) milhares de vezes maior.
d) da ordem de 10 vezes maior.
e) da ordem de 10 vezes menor.

9
Física

3. (Enem (Libras) 2017) Durante a reforma de sua residência, um casal decidiu que seria prático poder
acender a luz do quarto acionando um interruptor ao lado da porta e apagá-la com outro interruptor
próximo à cama. Um eletrotécnico explicou que esse sistema usado para controlar uma lâmpada a partir
de dois pontos é conhecido como circuito de interruptores paralelos.

Como deve ser feita a montagem do circuito da lâmpada no quarto desse casal?

a) e)

c)

b) d)

4. (Enem PPL 2017) Uma lâmpada é conectada a duas pilhas de tensão nominal 1,5 V, ligadas em série. Um
voltímetro, utilizado para medir a diferença de potencial na lâmpada, fornece uma leitura de 2,78 V e um
amperímetro indica que a corrente no circuito é de 94,2 mA.

O valor da resistência interna das pilhas é mais próximo de


a) 0,021 Ω.
b) 0,22 Ω
c) 0,26 Ω
d) 2,3 Ω
e) 29 Ω

10
Física

5. (Enem 2016) Três lâmpadas idênticas foram ligadas no circuito esquematizado. A bateria apresenta
resistência interna desprezível, e os fios possuem resistência nula. Um técnico fez uma análise do circuito
para prever a corrente elétrica nos pontos: A, B, C, D e E; e rotulou essas correntes de IA, IB, IC, ID e IE,
respectivamente.

O técnico concluiu que as correntes que apresentam o mesmo valor são

6. (Enem 2ª aplicação 2016) Um eletricista deve instalar um chuveiro que tem as especificações 220 V — 4
400 W a 6 800 W. Para a instalação de chuveiros, recomenda-se uma rede própria, com fios de diâmetro
adequado e um disjuntor dimensionado à potência e à corrente elétrica previstas, com uma margem de
tolerância próxima de 10%. Os disjuntores são dispositivos de segurança utilizados para proteger as
instalações elétricas de curtos-circuitos e sobrecargas elétricas e devem desarmar sempre que houver
passagem de corrente elétrica superior à permitida no dispositivo.
Para fazer uma instalação segura desse chuveiro, o valor da corrente máxima do disjuntor deve ser
a) 20A.
b) 25A.
c) 30A.
d) 35A.
e) 40A.

11
Física

7. (Enem 2015) A rede elétrica de uma residência tem tensão de 110 V e o morador compra, por engano,
uma lâmpada incandescente com potência nominal de 100 W e tensão nominal de 220 V. Se essa
lâmpada for ligada na rede de 110 V, o que acontecerá?

a) A lâmpada brilhará normalmente, mas como a tensão é a metade da prevista, a corrente elétrica
será o dobro da normal, pois a potência elétrica é o produto de tensão pela corrente.
b) A lâmpada não acenderá, pois ela é feita para trabalhar apenas com tensão de 220 V, e não funciona
com tensão abaixo desta.
c) A lâmpada irá acender dissipando uma potência de 50 W, pois como a tensão é metade da esperada,
a potência também será reduzida à metade.
d) A lâmpada irá brilhar fracamente, pois com a metade da tensão nominal, a corrente elétrica também
será menor e a potência dissipada será menos da metade da nominal.
e) A lâmpada queimará, pois como a tensão é menor do que a esperada, a corrente será maior,
ultrapassando para o qual o filamento foi projetado.

8. (Enem 2018) Muitos smartphones e tablets não precisam mais de teclados, uma vez que todos os
comandos podem ser dados ao se pressionar a própria tela. Inicialmente essa tecnologia foi
proporcionada por meio das telas resistivas, formadas basicamente por duas camadas de material
condutor transparente que não se encostam até que alguém as pressione, modificando a resistência total
do circuito de acordo com o ponto onde ocorre o toque. A imagem é uma simplificação do circuito
formado pelas placas, em que A e B representam pontos onde o circuito pode ser fechado por meio do
toque.

Qual é a resistência equivalente no circuito provocada por um toque que fecha o circuito no ponto A?
a) 1,3 kΩ
b) 4,0 kΩ
c) 6,0 kΩ
d) 6,7 kΩ
e) 12,0 kΩ

12
Física

9. (Enem PPL 2018) Ao dimensionar circuitos elétricos residenciais, é recomendado adequadamente bitolas
dos fios condutores e disjuntores, de acordo com a intensidade da corrente elétrica demandada. Esse
procedimento é recomendado para evitar acidentes na rede elétrica. No quadro é especificada a
associação para três circuitos distintos de uma residência, relacionando tensão no circuito, bitolas de
fios condutores e a intensidade da corrente elétrica máxima suportada pelo disjuntor.

Com base no dimensionamento do circuito residencial, em qual(is) do(s) circuito(s) o(s) equipamento(s)
é(estão) ligado(s) adequadamente?
a) Apenas no Circuito 1.
b) Apenas no Circuito 2.
c) Apenas no Circuito 3.
d) Apenas nos Circuitos 1 e 2.
e) Apenas nos Circuitos 2 e 3.

13
Física

10. (Enem 2018) Ao pesquisar um resistor feito de um novo tipo de material, um cientista observou o
comportamento mostrado no gráfico tensão versus corrente.

Após a análise do gráfico, ele concluiu que a tensão em função da corrente é dada pela equação V = 10i
+ i².
O gráfico da resistência elétrica (R) do resistor em função da corrente (i) é:

a) c)

b) d)

e)

14
Física

Gabarito

1. E

2. C

3. B

15
Física

4. D

5. A

6. D

16
Física

7. D

8. C

17
Física

9. E

10. D

18
Física

Fenômenos Ondulatórios

Resumo

Reflexão
A reflexão ondulatória é a mesma da reflexão da óptica geométrica. Há apenas uma análise diferenciada para
alguns casos.
Ângulo de incidência = ângulo de reflexão.

Na reflexão pode ocorrer apenas mudança de direção. As outras grandezas se mantêm.

Reflexão em cordas: pode ocorrer com uma corda fixa a uma parede ou livre para oscilar. Ao produzir um pulso
na corda, os pontos vibram para cima e para baixo. Desse modo o pulso tenta levantar e abaixar a corda. Quando
o pulso alcança a extremidade podemos ter duas situações:

1
Física

Na corda fixa há a inversão de fase, pois a parede oferece resistência ao pulso que se propaga e tenta
"levantar" a parede. A parede exerce uma força contrária (ação e reação) e o pulso volta invertido.

Na corda livre não há inversão de fase, o pulso retorna do mesmo modo, pois a parte livre não oferece
resistência.

Refração
Refração é o fenômeno caracterizado pela mudança na velocidade da onda. Possui a mesma estrutura da
refração da óptica geométrica, com mais alguns detalhes.

- Não há variação de frequência ou período para uma onda que sofre refração. O comprimento de onda é que
varia de forma diretamente proporcional à velocidade.

- Não é preciso mudança de direção ou de meio para que ocorra refração. É preciso que ocorram mudanças
nas características do meio para que a velocidade modifique. Por exemplo, para uma onda do mar, basta mudar
a profundidade que teremos mudança de velocidade, para uma onda sonora a velocidade no ar quente é
diferente do ar frio.

2
Física

Refração em superfície:

O desenho anterior ilustra ondas do mar vistas de cima que atingem um banco de areia (redução de velocidade).

Refração em cordas
A mudança de velocidade de uma onda em uma corda ocorre quando há cordas de densidades lineares
diferentes.
Observe um pulso que se propaga de uma corda grossa para uma corda fina.

Na corda fina o pulso refratado terá maior velocidade e maior comprimento de onda. Observe que há também
o surgimento de um pulso refletido que retorna na mesma fase (a corda fina não oferece resistência, funciona
como reflexão de corda livre).

Observe um pulso que se propaga de uma corda fina para uma corda grossa.

Na corda fina o pulso refratado terá menor velocidade e menor comprimento de onda. Observe que há também
o surgimento de um pulso refletido que retorna na fase oposta (a corda grossa oferece resistência, funciona
como reflexão de corda fixa).

3
Física

A Lei de Snell também é valida, sendo seu uso através da relação de velocidade mais comum. Na óptica seu
uso comum é com o índice de refração

Absorção
Em Física, absorção se relaciona à parcela de energia que persiste em um corpos após incidir sobre ele.
Contrapõe-se às parcelas correspondentes à transmissão (refração) e à reflexão.
Basta lembrarmos de todo o estudo que realizamos na parte da Óptica Geométrica.
Absorção ocorre quando um corpo escuro, iluminado por alguma fonte, absorve todas as cores e reflete a luz
de sua própria cor. Exemplo: Um corpo vermelho, iluminado por uma luz branca, absorve todas as cores e reflete
o vermelho. Alguns materiais presentes em nosso cotidiano podem ser atravessados pela luz e, por isso, é
possível enxergar com nitidez através deles. Eles são denominados materiais transparentes, e alguns deles são
o vidro comum e o plástico transparente. Outros materiais, como um lápis e um caderno, não são atravessados
pela luz e, por causa disso, não enxergamos através deles. São materiais opacos.
Há alguns materiais que permitem a passagem da luz, mas que não favorecem uma visualização nítida de
imagens através deles, apenas de contornos e de cores mais fortes. São os materiais translúcidos como, por
exemplo, o vidro translúcido.
Quando os raios de luz atingem uma superfície, elas participam de três ocorrências: reflexão, refração e
absorção simultaneamente, dependendo do material e da superfície (Triequipartiçao energética).

Polarização
Como já vimos, a luz é uma onda eletromagnética transversal, isto é, associada à vibrações em um campo
elétrico e outro magnético.

Nesse instante, o plano de vibração elétrico é o plano xy e o plano de vibração magnético é o yz. Eles são sempre
perpendiculares entre si, mas o plano de vibração elétrico, por exemplo, pode estar na horizontal, na vertical ou
em qualquer direção.

4
Física

Se virmos de frente, veremos essas vibraçãoes do campo elétrico como:

Se fizéssemos essa onda passar por algo, tipo uma fenda, só sairiam as vibrações na direção da fenda, veja:

Outro exemplo, um pulso gerado numa corda passando por um polarizador:

Polarizador: qualquer dispositivo ou elemento capaz de polarizar uma onda.


Analisador: qualquer dispositivo ou elemento capaz de verificar se uma onda está ou não polarizada.

5
Física

Difração
Fenômeno que acontece quando uma onda encontra um obstáculo. Em Física Clássica, o fenômeno da difração
é descrito como uma aparente flexão das ondas em volta de pequenos obstáculos e também como o
espalhamento, ou alargamento, das ondas após atravessar orifícios ou fendas. Esse alargamento ocorre
conforme o princípio de Huygens. O fenômeno da difração acontece com todos os tipos de ondas,
incluindo ondas sonoras, ondas na água e ondas eletromagnéticas (como luz visível, raios-X e ondas de rádio).
Assim, a comprovação da difração da luz foi de vital importância para constatar sua natureza ondulatória.
Assista à seguinte animação:

Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a9/Doubleslit.gif

A difração do som possibilita que as ondas sonoras contornem obstáculos com dimensões de até 20m.
Considerando que a velocidade do som no ar, em determinadas condições, é v = 340m/s, e que o sistema
auditivo humano distingue sons de frequência fmín = 20Hz até fmáx = 20000Hz, o comprimento de onda do som
no ar pode variar entre:
𝑣 340
𝜆𝑚á𝑥 = = → 𝜆𝑚á𝑥 = 17𝑚
𝑓𝑚í𝑛 20

𝑣 340
𝜆𝑚í𝑛 = = → 𝜆𝑚í𝑛 = 1,7𝑐𝑚
𝑓𝑚á𝑥 20000

Na prática considera-se essa vibração entre 2cm e 20m. Assim, a difração das ondas sonoras audíveis no ar é
bem perceptível quando os obstáculos a serem contornados têm dimensões dessa ordem de grandeza.

6
Física

Ressonância

Nas figuras, A e B são diapasões idênticos. Batendo-se apenas no diapasão A, observamos que o diapasão B
também vibra. Isso ocorre porque B é excitado pelas ondas sonoras provenientes de A, cuja frequência é igual
à sua frequência de vibração natural. Esse fenômeno é a ressonância.

O copo foi excitado continuamente por um som bastante intenso e de frequência adequada. Desse modo, ele
entrou em ressonância com o som, passando a vibrar cada vez mais intensamente até se estilhaçar.
Vale a pena assistir uma animação desse efeito, só clicar aqui! Não é vírus

Interferência
Ocorre quando um ponto do meio recebe dois ou mais sons originados por várias fontes ou por reflexões em
obstáculos.

Atenção!
Fontes em concordância de fase (ou em fase)
𝜆
−∆𝑑 = 𝑛 (𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑛 = 0,2,4,6 … ); 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎.
2
𝜆
−∆𝑑 = 𝑛 (𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑛 = 1,3,5,7 … ); 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎.
2

7
Física

Fontes em oposição de fase


𝜆
−∆𝑑 = 𝑛 (𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑛 = 0,2,4,6 … ); 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎.
2
𝜆
−∆𝑑 = 𝑛 (𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑛 = 1,3,5,7 … ); 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎.
2

Efeito doppler
Fenômeno físico observado nas ondas quando emitidas ou refletidas por um objeto que está em movimento
com relação ao observador.
Belíssima animação para compreensão do fenômeno:

Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/90/Dopplerfrequenz.gif

8
Física

Muitos adotam a seguinte equação matemática:

No entanto, lembrando um pouquinho de velocidade relativa, onde:

9
Física

Podemos ter uma equação matemática mais fácil de memorização. E digo memorização, pois, infelizmente, a
dedução de cada uma dessas equações não é nada trivial e desnecessário para resolução de questões no
âmbito do vestibular. A equação é:

𝑓0 𝑓𝐹
=
𝑣𝑠/𝑜 𝑣𝑠/𝐹
∙ 𝑓0 : 𝑓𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 (𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑜𝑢 𝐷𝑜𝑝𝑝𝑙𝑒𝑟);
∙ 𝑓𝐹 : 𝑓𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑟𝑒𝑎𝑙);
∙ 𝑣𝑠/𝑜 : 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑚 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑜 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟;
∙ 𝑣𝑠/𝐹 : 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑚 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à 𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒.

Exemplo: Uma ambulância com velocidade de 20 m/s se desloca da esquerda para a direita, enquanto que uma
bicicleta, se desloca para direita para a esquerda, com velocidade de 10 m/s, na mesma pista retilínea e
horizontal onde se encontra a ambulância. A sirena da ambulância emite um som para alertar o condutor da
bicicleta, cuja frequência da fonte é de 800 Hz. Qual a frequência percebida pelo condutor da bicicleta?
Dados: Velocidade do som para um meio atmosférico em repouso: 340 m/s.
Solução:
𝑓0 : 𝑓𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 (𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑜𝑢 𝐷𝑜𝑝𝑝𝑙𝑒𝑟) = ?
∙ 𝑓𝐹 : 𝑓𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 (𝑟𝑒𝑎𝑙) = 800 𝐻𝑧
∙ 𝑣𝑠/𝑜 : 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑚 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑜 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜𝑟 = 340 + 10 = 350 𝑚/𝑠
∙ 𝑣𝑠/𝐹 : 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑚 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à 𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 = 340 − 20 = 320 𝑚/𝑠

Portanto,
𝑓0 800
=
350 320
𝑓0 = 875 𝐻𝑧
E faz todo sentido a frequência percebida pelo ouvinte ser maior que a frequência real de 800 Hz, pois os dois
observadores estão se aproximando!

10
Física

Exercícios

1. (Enem 2ª aplicaçao 2016) Nas rodovias, é comum motoristas terem a visão ofuscada ao receberem a
luz refletida na água empoçada no asfalto. Sabe-se que essa luz adquire polarização horizontal. Para
solucionar esse problema, há a possibilidade de o motorista utilizar óculos de lentes constituídas por
filtros polarizadores. As linhas nas lentes dos óculos representam o eixo de polarização dessas lentes.
Quais são as lentes que solucionam o problema descrito?

c) e)
a)

b) d)

2. A previsão do tempo feita em noticiários de TV e jornais costuma exibir mapas mostrando áreas de chuva
forte. Esses mapas são, muitas vezes, produzidos por um radar Doppler, que tem tecnologia muito
superior à do radar convencional. Os radares comuns podem indicar apenas o tamanho e a distância de
partículas, tais como gotas de chuva. O radar Doppler é capaz, além disso, de registrar a velocidade e a
direção na qual as partículas se movimentam, fornecendo um quadro do fluxo do vento em diferentes
elevações.
Revista Scientific American Brasil, seção: Como funciona. Ano 1, N 8, Jan 2003, p. 90- 91.(Adaptado)

O radar Doppler funciona com base no fenômeno da:


a) difração das ondas e na diferença de direção das ondas difratadas.
b) refração das ondas e na diferença de velocidade das ondas emitidas e refratadas.
c) reflexão das ondas e na diferença de frequência das ondas emitidas e refletidas.
d) interferência das ondas e na diferença entre uma a interferência construtiva e destrutiva.
e) reflexão das ondas e na diferença entre um meio material e outro.

11
Física

3. (Enem 2016) Um experimento para comprovar a natureza ondulatória da radiação de micro-ondas foi
realizado da seguinte forma: anotou-se a frequência de operação de um forno de micro-ondas e, em
seguida, retirou-se sua plataforma giratória. No seu lugar, colocou-se uma travessa refratária com uma
camada grossa de manteiga. Depois disso, o forno foi ligado por alguns segundos. Ao se retirar a travessa
refratária do forno, observou-se que havia três pontos de manteiga derretida alinhados sobre toda a
travessa. Parte da onda estacionária gerada no interior do forno é ilustrada na figura.

De acordo com a figura, que posições correspondem a dois pontos consecutivos da manteiga derretida?
a) I e III
b) l e V
c) II e III
d) lI e IV
e) II e V

4. (Enem PPL 2017) O debate a respeito da natureza da luz perdurou por séculos, oscilando entre a teoria
corpuscular e a teoria ondulatória. No início do século XIX, Thomas Young, com a finalidade de auxiliar
na discussão, realizou o experimento apresentado de forma simplificada na figura. Nele, um feixe de luz
monocromático passa por dois anteparos com fendas muito pequenas. No primeiro anteparo há uma
fenda e no segundo, duas fendas. Após passar pelo segundo conjunto de fendas, a luz forma um padrão
com franjas claras e escuras.

Com esse experimento, Young forneceu fortes argumentos para uma interpretação a respeito da
natureza da luz, baseada em uma teoria
a) corpuscular, justificada pelo fato de, no experimento, a luz sofrer dispersão e refração.
b) corpuscular, justificada pelo fato de, no experimento, a luz sofrer dispersão e reflexão.
c) ondulatória, justificada pelo fato de, no experimento, a luz sofrer difração e polarização.
d) ondulatória, justificada pelo fato de, no experimento, a luz sofrer interferência e reflexão.
e) ondulatória, justificada pelo fato de, no experimento, a luz sofrer difração e interferência.

12
Física

5. (Enem 2016) Uma ambulância A em movimento retilíneo e uniforme aproxima-se de um observador O,


em repouso. A sirene emite um som de frequência constante f A. O desenho ilustra as frentes de onda
do som emitido pela ambulância. O observador possui um detector que consegue registrar, no esboço
de um gráfico, a frequência da onda sonora detectada em função do tempo f o(t), antes e depois da
passagem da ambulância por ele.

Qual esboço gráfico representa a frequência f o(t) detectada pelo observador?

a) c) e)

b) d)

6. (Enem PPL 2017) Ao sintonizar uma estação de rádio AM, o ouvinte está selecionando apenas uma
dentre as inúmeras ondas que chegam à antena receptora do aparelho. Essa seleção acontece em razão
da ressonância do circuito receptor com a onda que se propaga.
O fenômeno físico abordado no texto é dependente de qual característica da onda?
a) Amplitude.
b) Polarização.
c) Frequência.
d) Intensidade.
e) Velocidade.

13
Física

7. (Enem 2017) O trombone de Quincke é um dispositivo experimental utilizado para demonstrar o


fenômeno da interferência de ondas sonoras. Uma fonte emite ondas sonoras de determinada frequência
na entrada do dispositivo. Essas ondas se dividem pelos dois caminhos (ADC e AEC) e se encontram no
ponto C, a saída do dispositivo, onde se posiciona um detector. O trajeto ADC pode ser aumentado pelo
deslocamento dessa parte do dispositivo. Com o trajeto ADC igual ao AEC, capta-se um som muito
intenso na saída. Entretanto, aumentando-se gradativamente o trajeto ADC, até que ele fique como
mostrado na figura, a intensidade do som na saída fica praticamente nula. Desta forma, conhecida a
velocidade do som no interior do tubo (320m/s), é possível determinar o valor da frequência do som
produzido pela fonte.

O valor da frequência, em hertz, do som produzido pela fonte sonora é


a) 3 200.
b) 1 600.
c) 800.
d) 640.
e) 400.

14
Física

8. (Enem 2015) Certos tipos de materiais na natureza podem refletir luz de forma a gerar um efeito de arco-
íris. Essa característica é conhecida como iridescência e ocorre por causa do fenômeno da interferência
de película fina. A figura ilustra o esquema de uma fina camada iridescente de óleo sobre uma poça
d’água. Parte do feixe de luz branca incidente (1) reflete na interface ar/óleo e sofre inversão de fase (2),
o que equivale a uma mudança de meio comprimento de onda. A parte refratada do feixe (3) incide na
interface óleo/água e sofre reflexão sem inversão de fase (4). O observador indicado enxergará aquela
região do filme com coloração equivalente à do comprimento de onda que sofre interferência
completamente construtiva entre os raios e (2) e (5), mas essa condição só é possível para uma
espessura mínima da película. Considere que o caminho percorrido em (3) e (4) corresponde ao dobro
da espessura E da película de óleo.

Expressa em termos do comprimento de onda (λ), a espessura mínima é igual a


a) λ/4
b) λ/2
c) 3 λ/4
d) λ
e) 2λ

9. (Enem PPl 2015) Durante uma aula experimental de Física, os estudantes construíram um sistema
ressonante com pêndulos simples. As características de cada pêndulo são apresentadas no quadro.
Inicialmente, os estudantes colocaram apenas o pêndulo A para oscilar.

Quais pêndulos, além desse, passaram também a oscilar?


a) 1, 2, 3, 4 e 5.
b) 1, 2 e 3.
c) 1 e 4.
d) 1 e 5.
e) 3 e 4.

15
Física

10. (Enem PPL 2015) A figura representa uma embalagem cartonada e sua constituição em multicamadas.
De acordo com as orientações do fabricante, essas embalagens não devem ser utilizadas em fornos
micro-ondas.

A restrição citada deve-se ao fato de a


a) embalagem aberta se expandir pela pressão do vapor formado em seu interior.
b) camada de polietileno se danificar, colocando o alumínio em contato com o alimento.
c) fina camada de alumínio blindar a radiação, não permitindo que o alimento se aqueça.
d) absorção de radiação pelo papel, que se aquece e pode levar à queima da camada de polietileno.
e) geração de centelhas na camada de alumínio, que pode levar à queima da camada de papel e de
polietileno.

16
Física

Gabarito

1. A

2. C

3. A
A manteiga derrete nas regiões de interferência construtiva que, na onda estacionária, correspondem aos
ventres. Assim, a manteiga derrete nos pontos I, III e V. Logo, entre as alternativas apresentadas, a única
que apresenta corretamente as posições que correspondem a dois pontos consecutivos é a alternativa A.

4. E

5. D

6. C

7. C

17
Física

8. A

9. D

10. E

18
Física

Hidrostática

Resumo

Para iniciar o estudo da Hidrostática, faz-se necessário o conhecimento de algumas grandezas básicas:

Massa específica: É a grandeza definida pela razão entre a massa e o volume das substâncias homogêneas (é
uma característica do material e costuma ser representada pelas letras μ ou ρ).

Densidade Absoluta (d): possui a mesma razão que a massa específica, mas é usada para qualquer corpo ou
substância (Exemplo: uma garrafa de plástico pode mudar de densidade à medida que a enchemos ou a
esvaziamos de água, ou seja, a massa muda para um mesmo volume).

Unidade (μ ou d): kg/m3.


Obs.: é comum o uso de outras unidades diferente do Sistema Internacional. Por exemplo, para a água: d = 1,0
kg/L ou d = 1g/cm3. No S.I. => d = 1,0x10³ kg/m³

Pressão
É a grandeza escalar que corresponde à razão entre a resultante perpendicular (normal) das forças e sua área
de atuação.

1
Física

Unidade: N/m² = Pa (Pascal).


• Pressão de uma coluna de líquido (Pressão Hidrostática)

Teorema de Stevin

Consideremos um líquido de massa específica μ, em equilíbrio no recipiente da figura.


Sejamos pontos A e B do líquido situados a uma distância hA e hB, respectivamente, da superfície do líquido.
Pode-se mostrar que

Obs.: Se o ponto B estiver na superfície do líquido, a pressão exercida pelo ar é a pressão atmosférica, e a
equação acima toma a forma PA=Patm+μgh, onde h é a altura (desnível) entre a superfície e o ponto A.

Obs.: A pressão atmosférica suporta uma coluna de 10 m de água. Isso quer dizer que uma pessoa a 20 m de
profundidade tem uma pressão de aproximadamente 3atm (1atm do ar e 2atm pela água).

2
Física

Princípio de Pascal
Se uma força é feita em uma área de um líquido incompressível, há uma pressão que é transmitida para todos
os pontos do líquido.
Isso significa que uma força F feita em uma área A produz uma força 4F em uma área 4A, isto é, a pressão
transmitida é constante.

Princípio de Arquimedes
“Um corpo total ou parcialmente imerso em um fluido sofre um empuxo que é igual ao peso do volume do
fluido deslocado pelo corpo”.

Sendo Vf o volume do fluido deslocado, então a massa do fluido deslocado é:

𝑚𝑓 = 𝑑𝑓 . 𝑉𝑓

Sabendo que o módulo do empuxo E é igual ao módulo do peso do volume do fluido deslocado:

𝐸 = 𝑃 = 𝑚𝑔
Assim:

𝐸 = 𝑑𝑓 . 𝑉𝑓 . 𝑔

O fluido deslocado é o volume do fluido que caberia dentro da parte imersa no fluido, estando ele totalmente ou
parcialmente imerso.
Arquimedes formulou o seu princípio para a água, mas ele funciona para qualquer fluido, inclusive para o ar.
Quando um corpo mais denso que o líquido está totalmente imerso, percebemos que o seu peso é
aparentemente menor do que no ar. Este peso aparente é a diferença entre o peso real e o empuxo.

𝑃𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑃𝑟𝑒𝑎𝑙 − 𝐸

Na prática: Quando você está na piscina ou mesmo no mar e sente aquela “leveza” ao flutuar. Como o empuxo
está na mesma direção e no sentido oposto ao de seu peso, a força resultante que atua sobre você tem sentido
para baixo, mas intensidade menor que o seu peso. No caso de um balão cheio de ar, por exemplo, ele sobe até
a superfície da água porque a força resultante se dá no sentido para cima, uma vez que o empuxo é maior do
que o peso.

3
Física

Exercícios

1. (Enem 2012) Um dos problemas ambientais vivenciados pela agricultura hoje em dia é a compactação
do solo, devida ao intenso tráfego de máquinas cada vez mais pesadas, reduzindo a produtividade das
culturas.
Uma das formas de prevenir o problema de compactação do solo é substituir os pneus dos tratores por
pneus mais
a) largos, reduzindo a pressão sobre o solo.
b) estreitos, reduzindo a pressão sobre o solo.
c) largos, aumentando a pressão sobre o solo.
d) estreitos, aumentando a pressão sobre o solo.
e) altos, reduzindo a pressão sobre o solo.

2. No manual do aparelho esfigmomanômetro vem informando:


− Sente-se em uma cadeira que tenha encosto;
− Coloque seu braço sobre uma mesa de modo que a braçadeira esteja no mesmo nível que seu
coração;
− Coloque os dois pés no chão.

Procure pela alternativa que apresenta o princípio físico relacionado diretamente com a posição correta
da braçadeira.
a) Se um corpo está em equilíbrio sob a ação exclusiva de três forças não paralelas, então elas deverão
ser concorrentes.
b) Pontos de um mesmo líquido em equilíbrio situados em um mesmo plano horizontal recebem
pressões iguais.
c) As alturas alcançadas por dois líquidos imiscíveis em um par de vasos comunicantes são
inversamente proporcionais as suas massas específicas.
d) Um líquido confinado transmite integralmente, a todos os seus pontos, os acréscimos de pressão
que recebe.
e) Todo corpo mergulhado em um fluido recebe uma força vertical, de baixo para cima, cuja intensidade
é igual ao peso do fluido deslocado.

4
Física

3. (Enem PPL 2018) A figura apresenta o esquema do encanamento de uma casa onde se detectou a
presença de vazamento de água em um dos registros. Ao estudar o problema, o morador concluiu que o
vazamento estava ocorrendono registro submetido à maior pressão hidrostática.

Em qual registro ocorria o vazamento?


a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V

5
Física

4. (Enem PPL 2015) No manual de uma torneira elétrica são fornecidas instruções básicas de instalação
para que o produto funcione corretamente:
• Se a torneira for conectada à caixa-d’água domiciliar, a pressão da água na entrada da torneira deve
ser no mínimo 18 kPa e no máximo 38 kPa.
• Para pressões da água entre 38 kPa e 75 kPa ou água proveniente diretamente da rede pública, é
necessário utilizar o redutor de pressão que acompanha o produto.
• Essa torneira elétrica pode ser instalada em um prédio ou em uma casa, A densidade da água é
103 kg/m3 e a aceleração da gravidade é igual a 10 m/s2.

Para que a torneira funcione corretamente, sem o uso do redutor de pressão, quais deverão ser a mínima
e a máxima altura entre a torneira e a caixa-d’água?
a) 1,8 m e 3,8 m
b) 1,8 m e 7,5 m
c) 3,8 m e 7,5 m
d) 18 m e 38 m
e) 18 m e 75 m

5. (Enem PPL 2016) Um navio petroleiro é capaz de transportar milhares de toneladas de carga. Neste caso,
uma grande quantidade de massa consegue flutuar.
Nesta situação, o empuxo é
a) maior que a força peso do petroleiro.
b) igual à força peso do petroleiro.
c) maior que a força peso da água deslocada.
d) igual à força peso do volume submerso do navio.
e) igual à massa da água deslocada.

6
Física

6. (Enem 2013) Para realizar um experimento com uma garrafa PET cheia d'água, perfurou-se a lateral da
garrafa em três posições a diferentes alturas. Com a garrafa tampada, a água não vazou por nenhum
dos orifícios, e, com a garrafa destampada, observou-se o escoamento da água conforme ilustrado na
figura.

Como a pressão atmosférica interfere no escoamento da água, nas situações com a garrafa tampada e
destampada, respectivamente?

a) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; não muda a velocidade de escoamento,
que só depende da pressão da coluna de água.
b) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; altera a velocidade de escoamento,
que é proporcional à pressão atmosférica na altura do furo.
c) Impede a entrada de ar, por ser menor que a pressão interna; altera a velocidade de escoamento,
que é proporcional à pressão atmosférica na altura do furo.
d) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; regula a velocidade de escoamento,
que só depende da pressão atmosférica.
e) Impede a saída de água, por ser menor que a pressão interna; não muda a velocidade de escoamento,
que só depende da pressão da coluna de água.

7
Física

7. Quando algum objeto cai dentro da água contida no vaso sanitário, imediatamente, o sifão se encarrega
de reestabelecer o nível da água, permitindo que parte dela transborde para o esgoto.

Considerando uma situação de equilíbrio entre a água do vaso sanitário e um objeto sólido que nela foi
depositado suavemente, analise:
I. Flutuando parcialmente ou permanecendo completamente mergulhado, qualquer sólido dentro da
água do vaso sanitário está sujeito a uma força resultante vertical voltada para cima.
II. Independentemente do corpo flutuar ou não, a força de empuxo tem intensidade igual à do peso do
líquido derramado para o esgoto.
III. Um objeto que afunde completamente tem seu peso maior que o empuxo que recebe e densidade
maior que a densidade da água.
IV. Quando um objeto afunda totalmente na água, pode-se concluir que o peso do líquido que escorre
pelo sifão é igual ao peso do objeto.

Está correto o contido em


a) I e II, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

8. (Enem 2018) Talvez você já tenha bebido suco usando dois canudinhos iguais. Entretanto, pode-se
verificar que, se colocar um canudo imerso no suco e outro do lado de fora do líquido, fazendo a sucção
simultaneamente em ambos, você terá dificuldade em bebê-lo.
Essa dificuldade ocorre porque o(a)
a) força necessária para a sucção do ar e do suco simultaneamente dobra de valor.
b) densidade do ar é menor que a do suco, portanto, o volume de ar aspirado é muito maior que o
volume de suco.
c) velocidade com que o suco sobe deve ser constante nos dois canudos, o que é impossível com um
dos canudos de fora.
d) peso da coluna de suco é consideravelmente maior que o peso da coluna de ar, o que dificulta a
sucção do líquido.
e) pressão no interior da boca assume praticamente o mesmo valor daquela que atua sobre o suco.

8
Física

9. (Enem 2013) Para oferecer acessibilidade aos portadores de dificuldade de locomação, é utilizado, em
ônibus e automóveis, o elevador hidráulico. Nesse dispositivo é usada uma bomba elétrica, para forçar
um fluido a passar de uma tubulação estreita para outra mais larga, e dessa forma acionar um pistão
que movimenta a plataforma. Considere um elevador hidráulico cuja área da cabeça do pistão seja cinco
vezes maior do que a área da tubulação que sai da bomba. Desprezando o atrito e considerando uma
aceleração gravitacional de 10m/s2, deseja-se elevar uma pessoa de 65 kg em uma cadeira de rodas de
15 k sobre a plataforma de 20 kg.
Qual deve ser a força exercida pelo motor da bomba sobre o fluido, para que o cadeirante seja elevado
com velocidade constante?
a) 20 N
b) 100 N
c) 200 N
d) 1000 N
e) 5000 N

10. (Ufrgs 2018) A figura I representa um corpo metálico maciço, suspenso no ar por m dinamômetro, que
registra o valor 16 N.
A figura II representa o mesmo corpo totalmente submerso na água, e o dinamômetro registra 14 N.

Desprezando o empuxo do ar e considerando a densidade da água pa = 1,Oxl03 kg/m3 e a aceleração da


gravidade g = 10 m/s², avolume e a densidade do corpo são, respectivamente,
a) 2,0 x 10-4 m³ e 10,0 x 10³ kg/m³
b) 2,0 x 10-4 m³ e 8,0 x 10³ kg/m³
c) 2,0 x 10-4 m³ e 7,0 x 10³ kg/m³
d) 1,5 x 10-3 m³ e 8,0 x 10³ kg/m³
e) 1,5 x 10-3 m³ e 7,0 x 10³ kg/m³

9
Física

Gabarito

1. A

2. B

3. B

4. A

5. B

6. A
Com a garrafa tampada a pressão atmosférica (externa) é maior do que a pressão interna em cada furo,
que é a pressão da coluna líquida. Deste modo, com a garrafa tampada, a água não vaza por nenhum dos
orifícios.

Com a garrafa destampada a pressão atmosférica é menor do que a pressão interna em cada furo, que é a
soma da pressão atmosférica com a pressão da coluna líquida, de acordo com a lei de Stevin. Deste modo,
com a garrafa destampada, a água vaza pelos orifícios, devido à pressão da coluna de água.

7. C
I. Falso – o empuxo seria essa força voltada para cima, mas o peso do corpo, voltado para baixo pode
ser maior ou igual ao empuxo.
II. Verdadeira – Todo corpo mergulhado num fluido em repouso sofre, por parte do fluido, uma força
vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo.

10
Física

III. Verdadeiro - Para afundar o objeto precisa ter peso maior que o empuxo e densidade maior que a água
ou solvente.
IV. Verdadeiro - O volume deslocado é o volume do objeto.

8. E

9. C

10. B

11
Física

Ondas periódicas

Resumo

Ondas periódicas se caracterizam como uma sucessão regular de ondas, ou seja, o formato das ondas
individuais se repete em intervalos de tempo iguais.

Vamos supor que temos uma corda com uma de suas extremidades fixa em uma parede e esticada por uma
pessoa. Se fizermos o movimento da mão subindo e descendo, produziremos na corda uma perturbação, que
vai se propagar ao longo da corda até a extremidade fixa. Damos o nome à perturbação que se propaga no
meio de pulso.
Se marcarmos um ponto colorido na corda e voltarmos a produzir uma perturbação nela, veremos que o ponto
marcado permanece no mesmo lugar, porém o pulso se propaga até chegar à outra extremidade. Através dessa
perturbação podemos ver que há apenas transferência de energia ao longo da corda. Não há transferência de
matéria!
Sendo assim, podemos definir uma onda como sendo a propagação de energia de um ponto a outro, sem que
haja transporte de matéria entre eles.
Ao estudarmos uma onda, podemos verificar que existem fontes que produzem ondas constantemente. Essas
ondas produzidas em constância são denominadas ondas periódicas, ou seja, são ondas que se repetem com
intervalos de tempos iguais. Na figura abaixo temos um exemplo básico de uma onda periódica se propagando
em uma corda esticada.

De acordo com a figura acima podemos ver alguns elementos importantes que estão associados a uma onda.
Vejamos:

Cristas: damos esse nome aos pontos mais elevados dos pulsos.

Vales: são os pontos mais baixos dos pulsos.


Período: é o intervalo de tempo em que cada ponto do meio por onde um pulso se propaga executa uma
oscilação completa. O período é representado pela letra T.

1
Física

Frequência: é o número de oscilações completas que cada ponto do meio no qual a onda se propaga executa
por unidade de tempo. A frequência é representada pela letra f, sendo esta inversamente proporcional ao
período. Portanto, temos:
1
𝑓=
𝑇

No sistema internacional de unidades (SI), a unidade de frequência é o hertz (Hz), que vale 1 Hz = s-1.

Comprimento de onda: representa a distância percorrida pela onda em um intervalo de tempo de um período.
O comprimento de onda é representado pela letra (λ). Podemos ver na figura que o comprimento de onda
corresponde à distância entre duas cristas ou vales consecutivos.
A velocidade de propagação de uma periódica em um meio homogêneo é considerada uniforme e é
determinada pela seguinte equação:
∆𝑆
𝑣=
∆𝑡

Como, em um período, a onda desloca o equivalente a um comprimento de onda, então podemos escrever no
lugar de Δs, λ; e no lugar de Δt, T. Reescrevendo a equação acima temos:

𝜆
𝑣= = 𝜆𝑓
𝑇

2
Física

Exercícios

1. Ao jogar uma pedra em um lago de águas “paradas”, são produzidas ondas periódicas. Digamos que seja
produzida uma onda que percorra 5 m em 10 s.
Sendo a distância entre dois pontos com mesmas características na onda igual a 40 cm, teremos que a
frequência e a velocidade de propagação dessas ondas são, respectivamente, iguais a
a) 1,25 Hz e 0,50 m/s
b) 0,8 Hz e 0,50 m/s
c) 1,25 Hz e 2,00 m/s
d) 0,8 Hz e 2,00 m/s
e) 1,25Hz e 0,60 m/s

2. No parque aquático Rio Water Planet há a famigerada “piscina de ondas” esboçada na figura que segue,
na qual está representada o perfil de uma onda que se propaga na superfície da água da piscina em um
dado instante.

Um rapazote observa, de fora da piscina, o movimento de seu amigo, que se encontra em uma boia sobre
a água e faz algumas observações:
− Nota que durante a passagem da onda, a boia oscila para cima e para baixo e que,
− A cada 8 segundos, o amigo está sempre na posição mais elevada da onda.
− Ele foi informado por um instrutor que o motor que impulsiona as águas da piscina gera ondas
periódicas.

Com base nessas informações, e desconsiderando as forças dissipativas na piscina de ondas, é possível
concluir que a onda se propaga com uma velocidade de
a) 0,15 m/s.
b) 0,30 m/s.
c) 0,40 m/s.
d) 0,50 m/s.
e) 0,60 m/s.

3
Física

3. Um professor de Física para iniciar os estudos de ondulatória com seus alunos, levou uma corda
inextensível e a fixou numa parede vertical em uma de suas extremidades, deixando a outra extremidade
livre para que um estudante produzisse vibrações transversais periódicas, com frequência de 2 Hz. A
figura abaixo ilustra a onda resultante na corda.

Com base nesses dados, o estudante determina a amplitude, o período e a velocidade de propagação
dessa onda. Esses valores são, respectivamente, iguais a:
a) 20 cm; 0,5 s e 0,4 m/s.
b) 20 cm; 2 s e 40 m/s.
c) 40 cm; 0,5 s e 20 m/s.
d) 40 cm; 2 s e 0,2 m/s.
e) 40 cm; 1 s e 0,8 m/s.

4. Foi construído um experimento em que temos uma hasta vertical ligada a um alto falante que oscila a
400 Hz, ligado a uma corda que passa por uma roldana e é esticada por um peso, formando uma onda
estacionária.

Alterando-se gradativamente o número de vibrações da haste, a onda se desfaz e, em seguida, observa-


se outra configuração de uma nova onda estacionária, com menor comprimento de onda. Para que tal
fato aconteça, a nova frequência do alto falante será de:
a) 200 Hz
b) 300 Hz
c) 500 Hz
d) 600 Hz
e) 800 Hz

4
Física

5. Um osciloscópio é um instrumento muito útil no estudo de variação temporal dos sinais elétricos em
circuitos. No caso de um circuito de corrente alternada, a diferença de potencial (U) e a corrente do
circuito (i) variam em função do tempo. Considere um circuito com dois resistores R 1 e R2 em série,
alimentados por uma fonte de tensão alternada. A diferença de potencial nos terminais de cada resistor
observada na tela do osciloscópio é representada pelo gráfico abaixo. Analisando o gráfico, pode-se
afirmar que a amplitude e a frequência da onda que representa a diferença de potencial nos terminais do
resistor de maior resistência são, respectivamente, iguais a

a) 4 V e 2,5 Hz.
b) 8 V e 2,5 Hz.
c) 4 V e 400 Hz.
d) 8 V e 400 Hz.
e) 2 V e 2,5 Hz.

5
Física

6. Um relógio inteligente utiliza fotopletismografia para medir a frequência cardíaca de seu usuário. Essa
tecnologia consiste na emissão de luz de coloração esverdeada no braço do portador e na conseguinte
medição, por fotossensores, da intensidade da luz refletida por sua pele. Quando o coração bate, o
sangue flui, e a absorção da luz verde através da pele é maior. Entre batidas, a absorção é menor.
Piscando a luz centenas de vezes em um segundo, é possível calcular a frequência cardíaca. Suponha
que, monitorando os resultados obtidos pelo relógio, um usuário tenha se deparado com o seguinte
gráfico de absorção da luz em função do tempo:

Então, sua frequência cardíaca em batimentos por minuto (bpm) no momento da medida está melhor
representada na faixa entre
a) 15 e 50 bpm.
b) 55 e 65 bpm.
c) 70 e 85 bpm.
d) 90 e 100 bpm.
e) 105 e 155 bpm.

6
Física

7. Nos últimos anos, o Brasil vem implantando em diversas cidades o sinal de televisão digital. O sinal de
televisão é transmitido através de antenas e cabos, por ondas eletromagnéticas cuja velocidade no ar é
aproximadamente igual à da luz no vácuo.

Um tipo de antena usada na recepção do sinal é a log-periódica, representada na figura abaixo, na qual
o comprimento das hastes metálicas de uma extremidade à outra, L, é variável. A maior eficiência de
recepção é obtida quando L é cerca de meio comprimento de onda da onda eletromagnética que
transmite o sinal no ar (L ∼ λ/2). Encontre a menor frequência que a antena ilustrada na figura (abaixo
reproduzida) consegue sintonizar de forma eficiente, e marque na figura a haste correspondente.

a) 2.108 Hz
b) 3.108 Hz
c) 5.108 Hz
d) 8.108 Hz
e) 9.108 Hz

7
Física

8. A imagem, obtida em um laboratório didático, representa ondas circulares produzidas na superfície da


água em uma cuba de ondas e, em destaque, três cristas dessas ondas. O centro gerador das ondas é o
ponto P, perturbado periodicamente por uma haste vibratória.

Considerando as informações da figura e sabendo que a velocidade de propagação dessas ondas na


superfície da água é de 13,5 cm/s, é correto afirmar que o número de vezes que a haste toca a superfície
da água, a cada segundo, é igual a:
a) 4,5
b) 3,0
c) 1,5
d) 9,0
e) 13,5

8
Física

9. (Uff 2004)
O Brasil abriga algumas das maiores e mais belas cavernas conhecidas em todo o mundo. Mais de duas
mil dessas formações geológicas já foram cadastradas pela Sociedade Brasileira de Espeleologia. Esses
ambientes subterrâneos, geralmente, são caracterizados pela umidade e ausência de luz. Para iluminar
uma dessas cavernas e estudá-la, um espeleologista dispõe de uma pilha, duas lâmpadas idênticas e
fios condutores elétricos de resistência desprezível.
Ele considera as seguintes possibilidades de conexão:

Ao iluminar a caverna, o espeleologista descobre m lago cristalino e observa que a água de uma
infiltração através das rochas goteja periodicamente sobre o lago, provocando pulsos ondulatórios que
se propagam em sua superfície. Ele é capaz de estimar a distância (d) entre dois pulsos consecutivos,
assim como a velocidade (v) de propagação dos mesmos. Com o aumento da infiltração, o gotejamento
aumenta e a quantidade de gotas que cai sobre a superfície do lago, por minuto, torna-se maior.
Comparando essa nova situação com a anterior, o espeleologista observa que:
a) v permanece constante e d aumenta
b) v aumenta e d diminui
c) v aumenta e d permanece constante
d) v permanece constante e d diminui
e) v e d diminuem

10. Um garoto mexendo nos pertences de seu pai, que é um professor de física, encontra um papel
quadriculado como a figura a seguir.

Suponha que a figura faça referência a uma onda periódica, propagando-se da esquerda para a direita.
Considerando que no eixo das abscissas esteja representado o tempo (em segundos), que no eixo das
ordenadas esteja representada a amplitude da onda (em metros), que o comprimento de onda seja de
8m e que cada quadradinho da escala da figura tenha uma área numericamente igual a 1, a sua
velocidade de propagação (em metros por segundo) será de:
a) 0,25
b) 1
c) 8
d) 16
e) 0,50

9
Física

Gabarito

1. A

2. D

3. A

4. C

10
Física

5. D

6. E

7. C

11
Física

8. D

9. D
O gotejamento ficar mais rápido, significa que o número de gotas que caem na superfície do lago aumenta,
ou seja, a frequência aumenta. Por consequência, o comprimento de onda diminui, por isso, a distância d
diminui.
Por sua vez, a velocidade de propagação das ondas permanece constante, pois o meio de propagação
continua sendo a superfície do lago. Velocidade de propagação de uma onda só depende do meio de
propagação.

10. B

12
Física

Ondulatória

Resumo

Acústica e Fenômenos Ondulatórios


Na acústica, vamos estudar especificamente o som, bem como, sua geração, propagação e captação pelo
ouvido humano. O som é uma onda mecânica longitudinal que é audível para o ser humano no intervalo de 20Hz
até 2000Hz.

As ondas sonoras, após se propagarem no ar e atingirem o ouvido de um observador, provocam vibrações em


seu tímpano (membrana do aparelho auditivo). Começa, então, o processo fisiológico de audição, que permite
essas impressões até o cérebro, permitindo-nos ouvir um som.

Espectro do Som

1
Física

1) Ondas estacionárias
São resultantes da superposição de ondas iguais que se propagam em sentidos opostos em um meio.

Elas são portadoras de energia, mas não a transmitem, pois têm velocidade de propagação nula.

V: Ventres → Interferência construtiva; Vibram com amplitude 2a


N: Nós → Interferência destrutiva; Vibram com amplitude nula.

2) Velocidade do Som

𝑉𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 > 𝑉𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 > 𝑉𝑔𝑎𝑠𝑜𝑠𝑜

No ferro → 5100m/s
À 20ºC: Na água → 1450m/s
No ar → 343m/s

*Obs.1:
Demonstra-se experimentalmente que a velocidade do som nos gases é diretamente proporcional à raiz
quadrada da temperatura absoluta.
𝑉 = √𝐾𝑇 − 𝐹ó𝑟𝑚𝑢𝑙𝑎 𝑑𝑒 𝐿𝑎𝑝𝑙𝑎𝑐𝑒

K: constante que depende da natureza do gás.

2
Física

Temperatura Velocidade do som no ar


ºC K m/s
-17 256 317,76
0 273 328,14
10 283 334,10
16 289 337,62
20 293 339,95

*Obs.2:
Dioptro ar-água e a refração da luz e do som

Do ar para a água:
- Vsom aumenta → afasta da normal.
- Vluz diminui → aproxima da normal.

3) Qualidades Fisiológicas do Som


a) Altura
Permite diferenciar sons graves de sons agudos.

Som alto → agudo → maior frequência.


Som baixo → grave → menor frequência.

b) Intensidade
Permite diferenciar sons fortes (volume alto) e sons fracos (volume baixo). Pode ser chamada também de
nível sonoro.

3
Física

𝐸
𝐼=
𝐴. ∆𝑡

E: Energia que atravessa uma superfície.


A: Área da superfície.
∆t: intervalo de tempo

𝐸
Lembre-se que: 𝑃 = . Logo:
∆𝑡

𝑃
𝐼=
𝐴
Unidade de Intensidade I:
𝑊
U[I]SI =
𝑚²

-Mínima intensidade do som audível (limiar de audição) = 10-12 W/m².


-Máxima intensidade do som audível (limiar da dor) = 1 W/m².

*Obs.1:
Para uma superfície esférica de raio R
𝑃 𝑃
𝐼= =
𝐴 4𝜋𝑅2

*Obs.2:
No caso de ondas sonoras em um meio e com uma certa frequência.
A intensidade é proporcional ao quadrado da amplitude.

*Obs.3:
Experimentalmente verifica-se que o nível sonoro do som deve ser medido com uma escala logarítmica.
𝐼
𝛽 = log ( )
𝐼0

4
Física

- 𝛽: intensidade auditiva ou nível sonoro.


-I0: menor intensidade audível (10-12 W/m²).
-I: intensidade que se quer medir.

Unidade de 𝛽 = bel (B)


1
1 dB = 𝐵 = 10-1B
10

𝐼
Logo: 𝛽 = 10.log( ), em que 𝛽 está em dB.
𝐼0

Gráfico da audibilidade média do ouvido humano. Por meio dele pode-se delimitar a faixa entre o limiar da dor
e o nível mínimo de audição.

5
Física

c) Timbre
Permite diferenciar dois sons de mesma altura e mesma intensidade, emitidos por fontes distintas.
Uma nota musical emitida por um piano é diferente da mesma nota emitida por um violino.

4) Eco, Reverberação e Reforço.


A reflexão do dom pode dar origem ao reforço, à reverberação ou ao eco, dependendo do intervalo de tempo
entre a percepção, pelo ouvinte, do som direto e do som refletido.

a) Eco
Para que ocorra o eco, é preciso que o intervalo de tempo entre a emissão do som e o retorno ao ouvido
seja no mínimo de 0,1s (persistência auditiva).
Como a onda sonora percorre uma distância de 2x entre a ida e a volta, e considerando que a velocidade
do som no ar é de 340m/s, temos:
∆𝑆 2𝑥
𝑉= → 340 = → 𝑥 = 17𝑚
∆𝑡 0,1
Seguindo esse raciocínio, podemos concluir que para a ocorrência do eco o som deve ser emitido a uma
distância mínima de 17m do obstáculo.

b) Reforço
Em geral os ecos se misturam aos sons originais e assim não conseguimos distinguir essas duas
modalidades de ondas sonoras.
Raramente um eco chega a nosso ouvido em tempo bem distinto do som que o produziu. Quando o som
original e o som refletido chegam ao ouvinte quase simultaneamente, ocorre o fenômeno do reforço,
comum em pequenos recintos.
O reforço contribui para uma boa qualidade acústica do ambiente, pois permite um prolongamento do som
original.

6
Física

c) Reverberação
Comum nos ambientes amplos e com superfícies lisas, a reverberação é a persistência de som depois de
haver cessado sua emissão pela fonte.
A reverberação acontece quando o som original e o refletido chegam ao ouvinte com um intervalo um pouco
menor que 0,1s. Para isso, a distância entre o ouvinte e a superfície refletora deve ser menor que 17m, ou
seja, menor que a distância exigida para a ocorrência do eco.

5) Difração Sonora
A difração do som possibilita que as ondas sonoras contornem obstáculos com dimensões de até 20m.
Considerando que a velocidade do som no ar, em determinadas condições, é v = 340m/s, e que o sistema
auditivo humano distingue sons de frequência fmín = 20Hz até fmáx = 20000Hz, o comprimento de onda do
som no ar pode variar entre:
𝑣 340
𝜆𝑚á𝑥 = = → 𝜆𝑚á𝑥 = 17𝑚
𝑓𝑚í𝑛 20

𝑣 340
𝜆𝑚í𝑛 = = → 𝜆𝑚í𝑛 = 1,7𝑐𝑚
𝑓𝑚á𝑥 20000

Na prática considera-se essa vibração entre 2cm e 20m. Assim, a difração das ondas sonoras audíveis no
ar é bem perceptível quando os obstáculos a serem contornados têm dimensões dessa ordem de
grandeza.

7
Física

6) Ressonância

Nas figuras, A e B são diapasões idênticos. Batendo-se apenas no diapasão A, observamos que o diapasão B
também vibra. Isso ocorre porque B é excitado pelas ondas sonoras provenientes de A, cuja frequência é igual
à sua frequência de vibração natural. Esse fenômeno é a ressonância.

O copo foi excitado continuamente por um som bastante intenso e de frequência adequada. Desse modo,
ele entrou em ressonância com o som, passando a vibrar cada vez mais intensamente até se estilhaçar.
Vale a pena assistir uma animação desse efeito, basta clicar aqui! Não é vírus

7) Interferência Sonora
Ocorre quando um ponto do meio recebe dois ou mais sons originados por várias fontes ou por reflexões
em obstáculos.

Atenção!
Fontes em concordância de fase (ou em fase)
𝜆
−∆𝑑 = 𝑛 (𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑛 = 0,2,4,6 … ); 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎.
2
𝜆
−∆𝑑 = 𝑛 (𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑛 = 1,3,5,7 … ); 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎.
2
Fontes em oposição de fase
𝜆
−∆𝑑 = 𝑛 (𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑛 = 0,2,4,6 … ); 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎.
2
𝜆
−∆𝑑 = 𝑛 (𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑛 = 1,3,5,7 … ); 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎.
2

8
Física

8) Principais Fontes Sonoras


a) Cordas vibrantes
Quando uma corda presa nas extremidades é posta a vibrar ela se torna uma fonte sonora. Nos
instrumentos musicais de cordas, como violões e violinos, as cordas em vibração transferem energia para
o ar através de ondas, cuja frequência é a mesma da fonte.

2𝑙
Logo: 𝜆𝑛 = (𝑛 = 1,2,3,4,5 … ) , onde n é a ordem do harmônico ou o número de ventres da onda
𝑛
estacionária considerada.
Sendo v = λf, temos:
2𝐿 𝑛𝑣
𝑣= 𝑓𝑛 → 𝑓𝑛 =
𝑛 2𝐿

Quando uma corda de violão é tangida, ela vibra simultaneamente em diversas frequências, o que
caracteriza o timbre do som emitido. A ilustração mostra os modos de vibração correspondentes aos três
primeiros harmônicos.

9
Física

As ondas ficam sobrepostas.

b) Tubos Sonoros
Tubo sonoro é um recipiente que contém ar em seu interior; a extremidade aberta, onde está a fonte de
ondas, chama-se embocadura e a extremidade oposta pode ser aberta ou fechada.
Os instrumentos musicais de sopro, como flautas, saxofones e clarinetes, entre outros, fundamentam-se
em tubos sonoros.

Trombone Tuba

Saxofone Flauta Oboé Clarinete fagote

O fato de a extremidade oposta à embocadura ser aberta ou fechada origina dois tipos de tubos sonoros. São
eles:
-Tubos sonoros abertos → as duas extremidades são abertas.

10
Física

-Tubos sonoros fechados → possuem uma extremidade aberta e outra fechada.

O ar é forçado para dentro do tubo sonoro através da embocadura e encontra pela frente um obstáculo que
provoca um turbilhão na corrente de ar. Parte desse ar escapa por um orifício e o restante provoca ondas de
pressão que são caracterizadas por regiões de concentração e de rarefação de ar, como mostra a figura.

As ondas de pressão na extremidade oposta são refletidas e interferem-se juntamente com as ondas emitidas
que caminham em sentido oposto, podendo provocar ondas estacionárias.
Essas ondas estacionárias acontecem quando nas extremidades ocorrer formação de nó ou ventre. Quando a
extremidade for fechada, forma-se um nó (extremidade fixa), e quando for aberta a parcela das ondas refletidas
na superfície que divide regiões de temperaturas, pressão e concentração diferentes (regiões interna e externa)
provoca a formação de ventre.

a) Tubo sonoro aberto


Os tubos abertos possuem suas duas extremidades abertas, e a configuração de onda mais simples desse
tubo apresenta um nó.

11
Física
2𝐿
𝜆𝑛 = (𝑛 = 1, 2, 3, 4, 5, … )
𝑛

𝑛𝑣
𝑓𝑛 = (𝑛 = 1, 2, 3, 4, 5, … )
2𝐿

b) Tubo sonoro fechado


Nesses tubos, a extremidade oposta à embocadura é fechada.

4𝐿
𝜆𝑛 = (𝑛 = 1, 3, 5, 7, … )
𝑛

𝑣
𝑓𝑛 = 𝑛 (𝑛 = 1, 3, 5, 7, … )
4𝐿

Órgão de tubos

12
Física

Cada um dos vários tubos desse órgão de igreja emite um som fundamental diferente, e cada um deles
corresponde a uma nota musical distinta. Os tubos maiores emitem os sons mais graves, e os menores, os
mais agudos.

*Obs.1:
Tubos fechados só emitem harmônicos ímpares.

*Obs.2:
Tubo de ressonância
A necessidade da determinação da velocidade do som fez com que fosse desenvolvido um sistema chamado
tudo de ressonância.

Esse dispositivo consiste em um tubo cilíndrico e graduado preenchido por água e com algum dispositivo que
permite a diminuição do nível da coluna de água. Acrescenta-se ao dispositivo uma fonte sonora, que pode ser
um diapasão, como mostra a figura.
Com a fonte sonora ligada e a variação da coluna de água por meio do escoamento da água para o reservatório,
observa-se que a onda sonora emitida pela fonte interfere juntamente com a onda refletida na superfície da
água. Caso as ondas resultantes que se encaixam no comprimento da coluna de ar formem um nó na superfície
da agua e um ventre na abertura do tubo, elas determinarão ondas estacionárias.

13
Física

Quando ocorrem as ondas estacionárias, o ar no tubo entra em ressonância com a fonte de ondas e o
experimentador próximo ouve um reforço no som emitido pela fonte.
Conhecendo-se a frequência da fonte sonora e medindo-se as colunas de ar no interior do tubo no qual ocorrem
ressonâncias, podemos calcular a velocidade do som por meio da equação fundamental da ondulatória.

14
Física

Exercícios

1. (Enem PPL 2017) O osciloscópio é um instrumento que permite observar uma diferença de potencial
(ddp) em um circuito elétrico em função de tempo ou em função de outra ddp. A leitura do sinal é feita
em uma tela sob a forma de um gráfico tensão  tempo.

A frequência de oscilação do circuito elétrico estudado é mais próxima de


a) 300 Hz.
b) 250 Hz.
c) 200 Hz.
d) 150 Hz.
e) 125 Hz.

15
Física

2. (Enem 2015) A radiação ultravioleta (UV) é dividida, de acordo com três faixas de frequência, em UV-A,
UV-B e UV-C, conforme a figura.

Para selecionar um filtro solar que apresente absorção máxima na faixa UV-B, uma pessoa analisou os
espectros de absorção da radiação UV de cinco filtros solares:

Considere: velocidade da luz = 3,0 × 108 m/s e 1 nm = 1,0 × 10-9 m.

O filtro solar que a pessoa deve selecionar é o


a) V.
b) IV.
c) III.
d) II.
e) I.

3. (Enem 2ª aplicação 2016) As notas musicais podem ser agrupadas de modo a formar um conjunto. Esse
conjunto pode formar uma escala musical. Dentre as diversas escalas existentes, a mais difundida é a
escala diatônica, que utiliza as notas denominadas dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. Essas notas estão
organizadas em ordem crescente de alturas, sendo a nota dó a mais baixa e a nota si a mais alta.
Considerando uma mesma oitava, a nota si é a que tem menor
a) amplitude.
b) frequência.
c) velocidade.
d) intensidade.
e) comprimento de onda.

16
Física

4. (Enem PPL 2016) Em mídias ópticas como CDs, DVDs e blue-rays, a informação é representada na forma
de bits (zeros e uns) e é fisicamente gravada e lida por feixes de luz laser. Para gravar um valor “zero”, o
laser brilha intensamente, de modo a “queimar” (tornar opaca) uma pequena área do disco, de tamanho
comparável a seu comprimento de onda. Ao longo dos anos, as empresas de tecnologia vêm
conseguindo aumentar a capacidade de armazenamento de dados em cada disco; em outras palavras,
a área usada para se representar um bit vem se tornando cada vez mais reduzida.

Qual alteração da onda eletromagnética que constitui o laser permite o avanço tecnológico citado no
texto?
a) A diminuição de sua energia.
b) O aumento de sua frequência.
c) A diminuição de sua amplitude.
d) O aumento de sua intensidade.
e) A diminuição de sua velocidade.

5. (Enem PPL 2016) Em 26 de dezembro de 2004, um tsunami devastador, originado a partir de um


terremoto na costa da Indonésia, atingiu diversos países da Ásia, matando quase 300 mil pessoas. O
grau de devastação deveu-se, em boa parte, ao fato de as ondas de um tsunami serem extremamente
longas, com comprimento de onda de cerca de 200 km. Isto é muito maior que a espessura da lâmina de
líquido, d, típica do Oceano Índico, que é de cerca de 4 km. Nessas condições, com boa aproximação, a
sua velocidade de propagação toma-se dependente de d, obedecendo à relação 𝑣 = √𝑔𝑑 . Nessa
expressão, g é a aceleração da gravidade, que pode ser tomada como 10 m/s².
SILVEIRA, F. L; VARRIALE, M. C. Propagação das ondas marítimas e dos tsunami. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, n. 2,
2005 (adaptado).

Sabendo-se que o tsunami consiste em uma série de ondas sucessivas, qual é o valor mais próximo do
intervalo de tempo entre duas ondas consecutivas?
a) 1 min
b) 3,6 min
c) 17 min
d) 60 min
e) 216 min

17
Física

6. (Enem PPL 2015) Em uma flauta, as notas musicais possuem frequência e comprimento de onda (λ)
muito bem definidos. As figuras mostram esquematicamente um tubo de comprimento L, que representa
de forma simplificada uma flauta, em que estão representados em A o primeiro harmônico de uma nota
musical (comprimento de onda λA), em B seu segundo harmônico (comprimento de onda λB) e em C o
seu terceiro harmônico (comprimento de onda λC), onde λA > λB > λC.

Em função do comprimento do tubo, qual o comprimento de onda da oscilação que forma o próximo
harmônico?
a) L/4
b) L/5
c) L/2
d) L/8
e) 6L/8

7. (Enem PPL 2013) Em um violão afinado, quando se toca a corda Lá com seu comprimento efetivo
(harmônico fundamental), o som produzido tem frequência de 440 Hz. Se a mesma corda do violão é
comprimida na metade do seu comprimento, a frequência do novo harmônico
a) se reduz à metade, porque o comprimento de onda dobrou.
b) dobra, porque o comprimento de onda foi reduzido à metade.
c) quadruplica, porque o comprimento de onda foi reduzido à metade.
d) quadruplica, porque o comprimento de onda foi reduzido à quarta parte.
e) não se modifica, porque é uma característica independente do comprimento da corda que vibra.

18
Física

8. (Enem 2018) Muitos primatas, incluindo nós humanos, possuem visão tricromática: têm três pigmentos
visuais na retina sensí - veis à luz de uma determinada faixa de comprimentos de onda. Informalmente,
embora os pigmentos em si não possuam cor, estes são conhecidos como pigmentos “azul”, “verde” e
“vermelho” e estão associados à cor que causa grande excitação (ativação). A sensação que temos ao
observar um objeto colorido decorre da ativação relativa dos três pigmentos. Ou seja, se estimulássemos
a retina com uma luz na faixa de 530 nm (retângulo I no gráfico), não excitaríamos o pigmento “azul”, o
pigmento “verde” seria ativado ao máximo e o “vermelho” seria ativado em aproximadamente 75%, e isso
nos daria a sensação de ver uma cor amarelada. Já uma luz na faixa de comprimento de onda de 600
nm (retângulo II) estimularia o pigmento “verde” um pouco e o “vermelho” em cerca de 75%, e isso nos
daria a sensação de ver laranja-avermelhado. No entanto, há características genéticas presentes em
alguns indivíduos, conhecidas coletivamente como Daltonismo, em que um ou mais pigmentos não
funcionam perfeitamente.

Caso estimulássemos a retina de um indivíduo com essa característica, que não possuísse o pigmento
conhecido como “verde”, com as luzes de 530 nm e 600 nm na mesma intensidade luminosa, esse
indivíduo seria in - capaz de
a) identificar o comprimento de onda do amarelo, uma vez que não possui o pigmento “verde”.
b) ver o estímulo de comprimento de onda laranja, pois não haveria estimulação de um pigmento visual.
c) detectar ambos os comprimentos de onda, uma vez que a estimulação dos pigmentos estaria
prejudicada.
d) visualizar o estímulo do comprimento de onda roxo, já que este se encontra na outra ponta do
espectro.
e) distinguir os dois comprimentos de onda, pois ambos estimulam o pigmento “vermelho” na mesma
inten - sidade.

19
Física

9. (Enem 2018) Nos manuais de instalação de equipamentos de som há o alerta aos usuários para que
observem a correta polaridade dos fios ao realizarem as conexões das caixas de som. As figuras ilustram
o esquema de conexão das caixas de som de um equipamento de som mono, no qual os alto-falantes
emitem as mesmas ondas. No primeiro caso, a ligação obedece às especificações do fabricante e no
segundo mostra uma ligação na qual a polaridade está invertida.

O que ocorre com os alto-falantes E e D se forem conectados de acordo com o segundo esquema?
a) O alto-falante E funciona normalmente e o D entra em curto-circuito e não emite som.
b) O alto-falante E emite ondas sonoras com frequências ligeiramente diferentes do alto-falante D
provocando o fenômeno de batimento.
c) O alto-falante E emite ondas sonoras com frequências e fases diferentes do alto-falante D
provocando o fenômeno conhecido como ruído.
d) O alto-falante E emite ondas sonoras que apresentam um lapso de tempo em relação às emitidas
pelo altofalante D provocando o fenômeno de reverberação.
e) O alto-falante E emite ondas sonoras em oposição de fase às emitidas pelo alto-falante D provocando
o fenômeno de interferência destrutiva nos pontos equidistantes aos alto-falantes.

10. (Enem PPL 2018) Alguns modelos mais modernos de fones de ouvido contam com uma fonte de energia
elétrica para poderem funcionar. Esses novos fones têm um recurso, denominado “Cancelador de Ruídos
Ativo”, constituído de um circuito eletrônico que gera um sinal sonoro semelhante ao sinal externo de
frequência fixa. No entanto, para que o cancelamento seja realizado, o sinal sonoro produzido pelo
circuito precisa apresentar simultaneamente características específicas bem determinadas.
Quais são as características do sinal gerado pelo circuito desse tipo de fone de ouvido?
a) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e diferença de fase igual a 90 em relação ao sinal
externo.
b) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e diferença de fase igual a 180 em relação ao sinal
externo.
c) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e diferença de fase igual a 45 em relação ao sinal
externo.
d) Sinal de amplitude maior, mesma frequência e diferença de fase igual a 90 em relação ao sinal
externo.
e) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e mesma fase do sinal externo.

20
Física

Gabarito

1. E

2. B

3. E

4. B

5. C

21
Física

6. C

7. B

8. E

9. E

10. B

22
Física

Óptica

Resumo

Fundamentos
O ser humano sempre foi fascinado pela luz. Espelhos simples são encontrados em sítios arqueológicos antigos
estendendo-se do Egito até a China. Nossos ancestrais aprenderam por volta de 1500 anos A.C. a fazer
fogueiras ao focalizar a luz do Sol usando lentes rudimentares. Daí, é só um pequeno passo até conseguirmos
fazer perfurações com feixes a laser.
Para começarmos a contemplar o conteúdo básico por trás da imensidão que a luz nos
proporciona, precisamos entender os princípios e os fenômenos que envolvem a óptica geométrica.

O Modelo de Raios Luminosos


Um holofote produz um facho de luz que corta a escuridão do céu. Raios de Sol penetram numa sala mal
iluminada através da fresta na janela. Nossa experiência cotidiana de que a luz viaja em linha reta é a base
do modelo de raios luminosos da luz, que, apesar de ser uma simplificação da realidade, é um pressuposto bem
útil em seu domínio de validade, caracterizando a Óptica Geométrica.

Conceitos básicos
• Luz: onda eletromagnética que se propaga no vácuo e em alguns meios materiais. Velocidade da luz no
vácuo: c = 300.000km/s.
• Raio de luz: segmento de reta orientado no sentido da propagação.

• Fontes primárias: corpos que emitem luz própria.


Ex.: Sol.

1
Física

• Fontes secundárias: corpos que refletem a luz emitida pelas fontes primárias.
Ex.: Lua.

Meios de propagação da luz


• Meio transparente: propagação regular da luz; observador vê objeto com nitidez.

• Meio translúcido: propagação irregular da luz; observador vê objeto sem nitidez.

• Meio opaco: não permite a propagação de luz; ex.: a pele humana.

2
Física

Princípios da Óptica Geométrica


A luz, durante sua propagação, obedece a uma série de princípios:
• Princípio da Propagação Retilínea dos Raios Luminosos: em meios homogêneos e transparentes, a luz se
propaga em linha reta.

• Princípio da Independência dos Raios Luminosos: quando dois raios de luz ou feixes de luz se cruzam,
continuam suas trajetórias individualmente. Um raio não interfere na trajetória de outro.

• Princípio da Reversibilidade dos Raios Luminosos: o caminho seguido por um raio de luz independe do
sentido de propagação.

Sombra e Penumbra
Quando um obstáculo opaco é colocado entre uma fonte de luz e um anteparo, é possível delimitar regiões de
sombra e penumbra.

Se pensarmos em uma fonte de luz pontual, essas regiões recebem o nome de SOMBRA ou UMBRA.

3
Física

Agora, se pensarmos em uma fonte extensa ou várias fontes pontuais, teremos duas regiões distintas. A região
que não recebe luz de região alguma é chamada de sombra, mas a região parcialmente iluminada – que recebe
luz da fonte extensa ou de alguma das fontes pontuais – é chamada de PENUMBRA.

Câmara Escura com Orifício


Uma câmara escura com orifício é constituída por uma caixa de paredes opacas; um pequeno orifício é feito
em uma das faces. Com isso, a luz vinda de um objeto incide pelo orifício e é refletida no fundo da caixa, gerando
uma imagem projetada e invertida em relação ao objeto.

4
Física

Eclipses

As regiões de sombra e penumbra de corpos e fontes esféricas são conceitos importantes para entender o
fenômeno dos eclipses. Trata-se de um fenômeno natural que acontece com relativa frequência. O último
eclipse total do Sol registrado ocorreu em 1999. Como o Sol, a Lua e a Terra são corpos esféricos, valem as
considerações anteriores sobre sombra e penumbra.

O eclipse do Sol ocorre quando a Lua se interpõe entre o Sol e a Terra; o Sol fica eclipsado pela Lua. Já o eclipse
da Lua ocorre quando a Terra se interpõe entre o Sol e a Lua; nesse caso, a Lua entra primeiro no cone de
penumbra da Terra e depois na região de sombra da Terra.

Obs.: Eclipse solar só ocorre em fase de Lua Nova e eclipse lunar só ocorre em fase de Lua Cheia.

5
Física

Fases da Lua

No hemisfério sul, as fases da Lua seguem, em média, os seguintes períodos de visibilidade:


• Lua Cheia: nasce, tem seu ápice e se põe, respectivamente, às 18h – 24h – 06h.
• Lua Nova: nasce, tem seu ápice e se põe, respectivamente, às 06h – 12h – 18h.
• Lua Crescente: nasce, tem seu ápice e se põe, respectivamente, às 12h – 18h – 24h.
• Lua Minguante: nasce, tem seu ápice e se põe, respectivamente, às 24h – 06h – 12h.

Lembre-se que cada fase da Lua dura sete dias, tendo o período lunar, então, uma duração de 28 dias, em média.

A cor de um corpo
Ao realizar experimentos com a luz solar no século XVII, Isaac Newton verificou que ela dava origem a feixes de
luz coloridos quando atravessava um prisma, correspondentes às cores do arco-íris. Dispondo de outro prisma,
verificou também que era capaz de recombinar as luzes, fazendo luz solar emanar do prisma, o que chamou
de luz branca.

Um feixe de luz é chamado de monocromático se for formado por apenas uma das cores do espectro
eletromagnético (vermelho, amarelo, alaranjado, verde, azul, anil e violeta), como acontece em um laser.
Falaremos do espectro eletromagnético e a teoria ondulatória em outro momento. Ao contrário, um feixe de luz
é chamado de policromático quando é formado por várias cores, como é o caso da luz branca.
A cor de um corpo iluminado é determinada pela constituição da luz que ele reflete difusamente. Se, por
exemplo, um corpo iluminado com luz branca refletir a luz verde e absorver as demais, este corpo terá cor verde;
quando iluminado com luz branca, absorvendo-a totalmente, terá cor preta.

6
Física

Se iluminarmos um corpo de cor verde com luz monocromática vermelha, ele nos parecerá preto, pois absorve
a luz vermelha, não enviando nada aos nossos olhos.

Refração da Luz
A refração da luz consiste na passagem da luz de um meio para outro acompanhada de variação em sua
velocidade de propagação. A refração pode ocorrer com ou sem desvio. Veja a figura:

Índice de Refração Absoluto de um Meio para uma dada Luz Monocromática


Seja a velocidade de propagação da luz no vácuo e v a velocidade de propagação de uma dada luz
monocromática num determinado meio. A comparação entre c e v define a grandeza n, índice de refração:

𝑐
𝑛=
𝑣
Obs.:
a) n é uma grandeza adimensional
b) para os meios materiais, sendo c > v, resulta n > 1
c) para o vácuo, n =1
d) para o ar n ≈ 1
e) para um determinado meio material, temos para as diversas luzes monocromáticas:

7
Física

Lei de Snell-Descartes
Observe a figura:

A lei de Snell-Descartes afirma que: é constante, na refração, o produto do índice de refração do meio pelo seno
do ângulo que o raio forma com a normal à superfície de separação, neste meio.
Isto é:
𝑛1 . 𝑠𝑒𝑛𝑖 = 𝑛2 . 𝑠𝑒𝑛𝑟

Se n2 for maior do que n1, dizemos que o meio 2 é mais refringente do que o meio 1, resulta da lei de Snell-
Descartes que sen r < sen i e, portanto, r < i.

Isto significa que: no meio mais refringente o raio de luz fica mais próximo da normal.

Espelhos Esféricos
São calotas esféricas polidas.
Pense em uma esfera polida por dentro e por fora. Faça agora um corte transversal.

Essa calota esférica será o espelho esférico. Sua parte externa é chamada convexa e sua parte interna é
côncava.

8
Física

Representação e características

V = vértice
F = foco; os segmentos seguintes são iguais → FC = FV
C = centro de curvatura
Raio da curvatura = 2F

Obs.: Para facilitar os desenhos o espelho esférico é representado por uma linha reta dobrada nas extremidades.

Dessa forma o desenho obedece às condições de Gauss (e os espelhos esféricos estudados, quase sempre,
obedecem às condições de Gauss).
• Pouca esfericidade;
• Raios luminosos próximos ao eixo principal.

Para poder fazer os desenhos e representar as imagens corretamente usamos os raios principais que incidem
nos espelhos esféricos:

* O raio luminoso que incide no vértice possui ângulo de incidência igual ao de reflexão.

* O raio luminoso que passando pelo centro de curvatura é refletido pelo centro de curvatura.

9
Física

* O raio luminoso que incide paralelamente ao eixo principal é refletido pelo foco (vice-versa = reversibilidade).

10
Física

Formação de imagens
Côncavo: objeto na parte interna da concavidade (real). A imagem é invertida e real. O tamanho da imagem
depende da posição do objeto. Observe que à medida que o objeto se aproxima do espelho, a imagem se afasta
do espelho ficando maior.

Côncavo: objeto na parte interna da concavidade (real), mas colocado entre o foco e o vértice. A imagem se
forma na parte de trás do espelho. É chamada virtual, direita e sempre é maior do que o objeto.

11
Física

Convexo: objeto na parte externa da concavidade (agora chamada de real). A imagem se forma na parte interna
do espelho entre o foco e o vértice. É chamada virtual, direita e sempre é menor do que o objeto.

Lentes
São formadas por calotas transparentes com um índice de refração diferente do meio onde estão inseridas.

Representação

- Comportamento: o comportamento de uma lente (divergente ou convergente) está relacionado com o índice
de refração do meio e da lente, além do formato da lente.
Caso mais comum: lente de vidro imersa no ar.
Índice de refração da lente é maior do que o do meio:
Lente biconvexa (bordas finas): comportamento convergente
Lente bicôncava (bordas grossas): comportamento divergente

12
Física

Caso incomum: lente oca com ar imersa na água.


Índice de refração da lente é menor do que o do meio:
Lente biconvexa (bordas finas): comportamento divergente
Lente bicôncava (bordas grossas): comportamento convergente

Em resumo, sendo n2 o índice de refração absoluto do material com que a lente e feita e n1 o índice de
refração absoluto do meio onde a lente esta imersa, temos os casos resumidos na tabela:

Raios principais nas lentes


• O raio luminoso que incide paralelamente ao eixo principal é refratado pelo foco (vice versa).
• O raio luminoso que incide no centro óptico não muda de trajetória.

13
Física

As lentes convergentes formam imagens com iguais classificações que os espelhos côncavos.

Quando o objeto encontra-se entre o foco e a lente a imagem é virtual, direita e maior.

As lentes divergentes formam imagens com iguais classificações que os espelhos convexos.

14
Física

A imagem formada na lente divergente é virtual, direita e menor.

Dica: para lembrar a classificação da lente divergente (e também do espelho esférico convexo), lembre-se do
olho mágico da porta. É uma lente “DE VER GENTE” (divergente) e sua imagem é menor (a pessoa parece
pequena), direita (a pessoa aparece de pé) e a imagem direita é virtual.

Para resolver exercícios com contas é preciso conhecer a convenção de sinais.


• Distância focal = f
• Distância entre o objeto e a lente = p
• Distância entre a imagem e a lente = p’
• Tamanho do objeto = o
• Tamanho da imagem = i
• Aumento linear transversal = A

15
Física

Exercícios

1. (Enem 2015) Entre os anos de 1028 e 1038, Alhazen (Ibn al-Haytham: 965-1940 d.C) escreveu sua
principal obra, o Livro da Óptica, que, com base em experimentos, explicava o funcionamento da visão e
outros aspectos da ótica, por exemplo, o funcionamento da câmara escura. O Livro foi traduzido e
incorporado aos conhecimentos científicos ocidentais pelos europeus. Na figura, retirada dessa obra, é
representada a imagem invertida de edificações em tecido utilizado como anteparo.

Se fizermos uma analogia entre a ilustração e o olho humano, o tecido corresponde ao(à)
a) Íris
b) Retina
c) Pupila
d) Córnea
e) Cristalino

16
Física

2. (Enem 2015) Será que uma miragem ajudou a afundar o Titanic? O fenômeno ótico conhecido como Fata
Morgana pode fazer com que uma falsa parede de água apareça sobre o horizonte molhado. Quando as
condições são favoráveis, a luz refletida pela água fria pode ser desviada por uma camada incomum de
ar quente acima, chegando até o observador, vinda de muitos ângulos diferentes. De acordo com estudos
de pesquisadores da Universidade de San Diego, uma Fata Morgana pode ter obscurecido os icebergs
da visão da tripulação que estava a bordo do Titanic. Dessa forma, a certa distância, o horizonte
verdadeiro fica encoberto por uma névoa escurecida, que se parece muito com águas calmas no escuro.
Disponível em: http://apod.nasa.gov. Acesso em: 6 set. 2012 (adaptado).

O fenômeno ótico que, segundo os pesquisadores, provoca a Fata Morgana é a


a) ressonância.
b) refração.
c) difração.
d) reflexão.
e) difusão.

3. (Enem PPL 2015) O avanço tecnológico da medicina propicia o desenvolvimento de tratamento para
diversas doenças, como as relacionadas à visão. As correções que utilizam laser para o tratamento da
miopia são consideradas seguras até 12 dioptrias, dependendo da espessura e curvatura da córnea. Para
valores de dioptria superiores a esse, o implante de lentes intraoculares é mais indicado. Essas lentes,
conhecidas como lentes fácicas são implantadas junto à córnea, antecedendo o cristalino sem que esse
precise ser removido, formando a imagem correta sobre a retina O comportamento de um feixe de luz
incidindo no olho que possui um implante de lentes fácicas para correção do problema de visão
apresentado é esquematizado por

a) c) e)

b) d)

17
Física

4. (Enem Libras 2017) No Hemisfério Sul, o solstício de verão (momento em que os raios solares incidem
vertcialmente sobre quem se encontra sobre o Trópico de Capricórnio) ocorre no dia 21 ou 23 de
dezembro. Nessa data, o dia tem o maior período de presença de luz solar. A figura mostra a trajetórias
da luz solar nas proximidades do planeta Terra quando ocorre o fenômeno ótico que possibilita que o Sol
seja visto por mais tempo pelo observador.

Qual é o fenômeno ótico mostrado na figura?


a) A refração da luz solar ao atravessar camadas de ar com diferentes densidades.
b) A polarização da luz solar ao incidir sobre a superfície dos oceanos.
c) A reflexão da luz solar nas camadas mais altas da ionosfera.
d) A difração da luz solar ao contornar a superfície da Terra.
e) O espalhamento da luz solar ao atravessa a atmosfera.

5. (Enem PPL 2016) Algumas crianças, ao brincarem de esconde-esconde, tapam os olhos com as mãos,
acreditando que, ao adotarem tal procedimento, não poderão ser vistas.
Essa percepção da criança contraria o conhecimento científico porque, para serem vistos, os objetos
a) refletem partículas de luz (fótons), que atingem os olhos.
b) geram partículas de luz (fótons), convertidas pela fonte externa.
c) são atingidos por partículas de luz (fótons), emitidas pelos olhos.
d) refletem partículas de luz (fótons), que se chocam com os fótons emitidos pelos olhos.
e) são atingidos pelas partículas de luz (fótons), emitidas pela fonte externa e pelos olhos.

18
Física

6. O efeito da imagem tridimensional no cinema 3D é obtido quando se expõe cada olho a uma mesma
imagem em duas posições ligeiramente diferentes. Um modo de se construir imagens distintas em cada
olho é através do uso de óculos com filtros polarizadores.

Disponível em: https://www.monolitonimbus.com.br/wp-content/uploads/2014/06/

Uma maneira de se polarizar a luz é por reflexão. Quando uma luz não polarizada incide na interface entre
dois meios de índices de refração diferentes com o ângulo θB, conhecido como ângulo de Brewster, a luz
refletida é polarizada, como mostra a figura abaixo.

Nessas condições, θB + θr = 90°, em que θr é o ângulo do raio refratado. Sendo n1 = 1,0 o índice de refração
do meio 1 e θB = 60°, calcule o índice de refração do meio 2.
a) 2
b) 2√3
c) 3√3
d) √3
e) 1

19
Física

7. (Enem 2014) Uma proposta de dispositivo capaz de indicar a qualidade da gasolina vendida em postos,
e, consequentemente, evitar fraudes, poderia utilizar o conceito de refração luminosa. Nesse sentido, a
gasolina não adulterada, na temperatura ambiente, apresenta razão entre os senos dos raios incidente e
refratado igual a 1,4. Desse modo, fazendo incidir o feixe de luz proveniente do ar com um ângulo fixo e
maior que zero, qualquer modificação no ângulo do feixe refratado indicará adulteração no combustível.
Em uma fiscalização rotineira, o teste apresentou o valor de 1,9. Qual foi o comportamento do raio
refratado?
a) Mudou de sentido.
b) Sofreu reflexão total.
c) Atingiu o valor do ângulo limite.
d) Direcionou-se para a superfície de separação.
e) Aproximou-se da normal à superfície de separação.

8. (Enem 2018) A figura representa um prisma óptico, constituído de um material transparente, cujo índice
de refração é crescente com a frequência da luz que sobre ele incide. Um feixe luminoso, composto por
luzes vermelha, azul e verde, incide na face A, emerge na face B e, após ser refletido por um espelho,
incide num filme para fotografia colorida, revelando três pontos.

Observando os pontos luminosos revelados no filme, de baixo para cima, constatam-se as seguintes
cores:
a) Vermelha, verde e azul.
b) Verde, vermelha e azul.
c) Azul, verde e vermelha.
d) Verde, azul e vermelha.
e) Azul, vermelha e verde.

20
Física

9. (Enem PPL 2015) A fotografia feita sob luz polarizada é usada por dermatologistas para diagnósticos.
Isso permite ver detalhes da superfície da pele que não são visíveis com o reflexo da luz branca comum.
Para se obter luz polarizada, pode-se utilizar a luz transmitida por um polaroide ou a luz refletida por uma
superfície na condição de Brewster, como mostra a figura. Nessa situação, o feixe da luz refratada forma
um ângulo de 90 com o feixe da luz refletida, fenômeno conhecido como Lei de Brewster. Nesse caso,
o ângulo da incidência θp , também chamado de ângulo de polarização, e o ângulo de refração θr estão
em conformidade com a Lei de Snell.

Considere um feixe de luz não polarizada proveniente de um meio com índice de refração igual a 1, que
incide sobre uma lâmina e faz um ângulo de refração θr de 30.

Nessa situação, qual deve ser o índice de refração da lâmina para que o feixe refletido seja polarizado?

21
Física

10. (Enem 2000) A figura abaixo mostra um eclipse solar no instante em que é fotografado em cinco
diferentes pontos do planeta.

Três dessas fotografias estão reproduzidas abaixo.

As fotos poderiam corresponder, respectivamente, aos pontos:


a) III, V e II.
b) II, III e V.
c) II, IV e III.
d) I, II e III.
e) I, II e V.

22
Física

Gabarito

1. B

2. B

3. B

4. A

5. A

23
Física

6. D

7. E

8. A

9. A

24
Física

10. A

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aprender. É tranquilinho,
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