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ELETROTÉCNICA GERAL
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15. LUMINOTÉCNICA
No início dos tempos, o homem vivia entre o medo da noite e a sua sobrevivência.
Depois de dominar o fogo, além de ganhar um poderoso aliado contra seus inimigos na-
turais - as feras e o frio - nossos ancestrais passaram a usar parte da noite agora ilumi-
nada pelas fogueiras e tochas, para algumas atividades de artesanato e principalmente
para o convívio.
Podemos até dizer que todo desenvolvimento da espécie humana e de seu cére-
bro privilegiado foi ofuscado pela conquista do fogo e da luz. Durante milhares de anos,
estamos desenvolvendo métodos e conceitos para o melhor aproveitamento da luz solar
e o melhor rendimento para a luz artificial, sempre visando o contorto visual e os exercí-
cios das atividades relacionadas ao ambiente. Outro aspecto fundamental é a utilização
da luz para destacar e embelezar construções. A arquitetura religiosa usou e abusou dos
efeitos gerados pela luz solar para criar atmosferas místicas e mágicas dentro dos seus
templos.
Neste caso a função da luz não era apenas iluminar, mas sim criar emoções, tanto
religiosas nas igrejas como estéticas nos palácios.
Hoje, ao iluminarmos nossas residências, ainda temos as mesmas preocupações
como: ter uma boa luz para as atividades que fazemos em cada ambiente, os deixando
mais bonito e agradáveis, além de destacar detalhes da arquitetura, objetos de arte e
quadros. Ao considerarmos conceitos básicos de iluminação, promovemos à nossa casa
ambiente belo e mais aconchegante, além de economizarmos em energia elétrica.
15.1 FUNDAMENTOS
c=λ⋅ f
O espectro visível pode ser dividido em um certo número de faixas, cada uma
causando no olho humano uma impressão de cor. São elas:
Fluxo luminoso ( ) é entendido como a quantidade total de luz emitida por se-
gundo por uma fonte luminosa, sendo medido em lúmens ( Im ); 1 Im corresponde à
quantidade de luz produzida em 1 segundo por uma radiação eletromagnética com
λ = 555 nm e fluxo radiante 1/680 W
Eficiência Energética (de uma radiação) é a razão do fluxo luminoso para o fluxo
radiante correspondente. O termo "eficiência" foi adotado para indicar a qualidade de
uma radiação de ser eficaz quanto à possibilidade de produzir uma sensação luminosa.
Para as lâmpadas (elétricas) é dada pela razão do fluxo luminoso produzido para a po-
tência elétrica consumida, sendo indicada em Im/W.
Luminária é um aparelho que distribui, filtra ou converte a luz emitida por uma ou
mais lâmpadas, e que contém todos os dispositivos necessários para fixar e proteger
essas lâmpadas, e para ligá-las ao circuito de alimentação.
São considerados requisitos básicos de uma luminária:
Parte do fluxo luminoso emitido por uma lâmpada é absorvida pela luminária e
não contribui para a iluminação do ambiente. O fluxo restante é irradiado parcialmente
para cima e parcialmente para baixo, ou seja, por cima e por baixo do nível de um plano
horizontal que passa pelo centro da luminária, como mostra a figura.
A parte da luz irradiada diretamente para o plano de trabalho é a que mais contri-
bui para a iluminância. Apenas uma parte limitada da luz irradiada para o teto e paredes
atinge esse plano, muitas vezes após várias reflexões. O fator de utilização ( )éa
razão do fluxo útil, isto é, aquele que incide efetivamente sobre o plano de trabalho, para
o fluxo total emitido.
a.b
K=
hm (a + b )
onde:
a = comprimento do local;
b = largura do local;
hm = altura de montagem da luminária (distância da fonte de luz ao plano de
trabalho)
Nota: Quanto mais alta a temperatura de cor, mais branca é a cor da luz.
Objetos iluminados podem nos parecer diferentes, mesmo se as fontes de luz tive-
rem idêntica tonalidade. As variações de cor dos objetos iluminados sob fontes de luz
diferentes podem ser identificadas através de um outro conceito, Reprodução de Cores, e
de sua escala qualitativa Índice de Reprodução de Cores (IRC).
O mesmo metal sólido, quando aquecido até irradiar luz, foi utilizado como refe-
rência para se estabelecer níveis de Reprodução de Cor.
Define-se que o IRC neste caso seria um número ideal e igual a 100. Sua função
é como dar uma nota (de 1 a 100) para o desempenho de outras fontes de luz em relação
a este padrão.
Portanto, quanto maior a diferença na aparência de cor do objeto iluminado em re-
lação ao padrão (sob a radiação do metal sólido) menor é o seu IRC. Com isso, explica-
se o fato de lâmpadas de mesma Temperatura de Cor possuírem Índice de Reprodução
de Cores diferentes.
Nota: Quanto menor for o valor do IRC pior será o rendimento de cores da superfície
iluminada.
1 - Filamento
2 - Gás
3 - Bulbo
4 - Base
1 - Mola de suporte
2 - Bulbo externo de vidro duro, forma ovóide
3 - Camada interna de fósforo
4 - Fio de entrada/suporte
5 - Tubo de descarga de quartzo
6 - Eletrodo auxiliar
7 - Eletrodo principal
8 - Resistor de partida
9 - Base de rosca
Na lâmpada de
partida instantânea, a
ignição depende ex-
clusivamente da apli-
cação de uma alta
tensão sobre a lâm-
pada, sendo esta ten-
são fornecida pelo
reator.
15.3.2.3 LÂMPADAS PL
A lâmpada PL, é compacta, possui uma base somente e é formado de dois tubos
fino soldado um ao outro. O starter é incorporado na base.
Possui as boas características de cor da lâmpada incandescente, porém com um
consumo consideravelmente menor. Estas qualidades tornam a lâmpada adequada para
um grande número de aplicações, especialmente quando se deseja criar uma atmosfera
agradável, como em residências, hotéis, restaurantes, museus e teatros, sem perder as
vantagens das lâmpadas fluorescentes. A lâmpada está disponível nas versões de 5, 7,
9,11e13W.
São identificadas pelas letras HPI (bulbo ovóide com camada difusa) e HPI/T (cla-
ro, tubular). A sua aplicação especial é no campo da iluminação de esportes e outras
áreas similares, tais como centros de cidades. Na sua forma mais compacta, estas lâm-
padas são usadas em grande número de aplicações, sendo disponíveis na faixa de 400 a
2.000 W.
Cimento
Madeira Clara
Bege
Gesso Amarelo Escuro
80%
Branco Marrom Claro
Creme Claro Verde Oliva 30%
Laranja
Vermelho
Cinza Médio
Esmalte Branco
Tijolos
Azulejos Brancos 70%
Vidro Transparente
Amarelo Claro
Madeira Escura
Verde Escuro
Madeira Aglomerada Azul Escuro 10%
Rosa Vermelho Escuro
Verde Claro Cinza Escuro
50%
Azul Celeste Azul Marinho
Cinza Claro Preto
Rocha
(1) Determinação dos objetivos da iluminação e dos efeitos que se pretende alcançar.
(2) Levantamento das dimensões físicas do local, layout, materiais e equipamentos utili-
zados e características da rede elétrica no local.
a ⋅b
K=
hm (a + b )
Nota: caso o valor de K calculado não corresponda a nenhum valor constante das tabelas,
adota-se o mais próximo.
S⋅E
φT =
η⋅d
φT
No =
ϕ
(10) Distribuição das luminárias: o espaçamento entre elas deve corresponder à metade
da distância delas até as paredes.
EXEMPLO PRÁTICO
Determinar a iluminação ideal para um Escritório de Contabilidade de 18 metros
de comprimento e 9 metros de largura, com pé direito (altura) de 3 metros.
Materiais de Construção:
- Teto = branco
- Parede = cinza claro
- Piso = carpete cor caramelo
18m ⋅ 9m
K= ≅ 2,73
2,20m(18 + 9)m
2.00 .62 .55 .60 .57 .54 .51 .50 .48 .49 .47 .45
2.50 .66 .58 .64 .60 .57 .54 .54 .51 .53 .51 .49
3.00 .69 .60 .67 .63 .59 .57 .56 .54 .55 .53 .52
4.00 .73 .63 .70 .66 .62 .60 .59 .57 .58 .57 .55
5.00 .75 .64 .72 .68 .64 .62 .61 .59 .60 .58 .57
K = 2,73 = 0,66
φT =
(18m ⋅ 9m )⋅ 500lx ≅ 144.390lm
0,66 ⋅ 0,85
144.390lm
No = ≅ 26,74
5400lm
18 m
B 9m
A = 18/7 = 2.57m
B = 9/4 = 2.25m