UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE ENGENHARIA – EE

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

ENG01055 – EDIFICAÇÕES IIA

PROJETO DE CONFORTO TÉRMICO, ACÚSTICO E LUMÍNICO PARA

UMA SALA DE AULA

Professor: José Alberto Azambuja

Ana Júlia Costa Mesquita (00324674)

Gustavo Borba Branchtein (00324585)

Pedro Elias Zeltser da Silva (00288542)

Stefani Piccinatto da Costa (00308634)

Porto Alegre

2022
1. Introdução........................................................................................................... 3
2. Propriedades dos Tipos de Confortos............................................................... 4
2.1. Conforto Térmico.......................................................................................... 4
2.2. Conforto Acústico......................................................................................... 5
2.3. Conforto Lumínico....................................................................................... 7
3. Descrição Conceitual das Soluções.................................................................. 11
3.1. Soluções Térmicas....................................................................................... 11
3.2. Soluções Acústicas....................................................................................... 13
3.3. Soluções Lumínicas..................................................................................... 14
4. Levantamento dos custos de cada solução...................................................... 16
4.1.Soluções Térmicas........................................................................................ 16
4.2. Soluções Acústicas....................................................................................... 18
4.3. Soluções Lumínicas..................................................................................... 19
5. Análise do custo benefício................................................................................ 22
5.1.Soluções Térmicas........................................................................................ 22
5.2. Soluções Acústicas....................................................................................... 23
5.3. Soluções Lumínicas..................................................................................... 24
6. Conclusão........................................................................................................... 25

2
1. Introdução

De acordo com especialistas, define-se conforto como uma condição em que o

sujeito executa suas tarefas, de forma harmoniosa com o ambiente, sem estar exposto
a sobrecargas que causem dor ou incômodo ou ainda dispêndio desnecessário de
energia.

No presente trabalho, mostraremos as formas de conforto para uma sala de aula,

na Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A sala em questão, é a 411. Os confortos ilustrados serão: térmico, acústico e
lumínico.

3
2. Propriedades dos Tipos de Confortos

2.1. Conforto Térmico

A NBR 15520-3, através de zonas bioclimáticas estabelece diretrizes

construtivas para reduzir o consumo de energia com aparelhos de controle térmico,
como ventiladores e ar condicionados. Além disso, a norma visa controlar as cargas
térmicas para que a temperatura do ambiente seja distribuída de forma igual para
todos os indivíduos ali presentes. Para isso, foi feita a divisão do território brasileiro
em oito zonas relativamente homogêneas, quanto ao clima e, para cada uma destas
zonas, formulou-se um conjunto de recomendações técnico-construtivas que
otimizam o desempenho térmico das edificações, através de sua melhor adequação
climática.

De acordo com a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),

uma zona de conforto térmico aceitável seria por volta de 20 a 23 graus célsius (ºC),
no inverno, e de 23 a 26 graus célsius (ºC), durante o verão. Visando assim, garantir
as características psicofisiológicas dos alunos, esse é o parâmetro que iremos utilizar
no projeto da edificação.

Figura 1 – Diagrama de Conforto Humano. Retirada da Internet.

4
 2.2. Conforto Acústico

O conforto acústico existe quando o ambiente proporciona boa clareza de fala, e

ausência de sons indesejáveis, criando uma sensação de paz, calmaria e bem-estar.

O desempenho acústico é um requisito importante para a habitabilidade, e um

dos mais sensíveis ao usuário no dia a dia. Para atender a essa exigência, é

necessário evitar ruídos causados pela circulação de veículos, atividades nas áreas

comuns do edifício (no caso de apartamentos), música alta, ruídos causados por

vizinhos, entre outros.

Na ABNT NBR 15575, porém, não são estabelecidos limites para a isolação

acústica. Também, não são fixados critérios de máxima intensidade sonora admitida

para o repouso noturno, assunto da NBR 10152, e não é abordada a forma de

quantificar ruídos externos, tema da NBR 10151.

A NBR 10152, estabelece a intensidade sonora máxima que pode ser suportada

pelos ocupantes de um determinado espaço urbano. Também, determina quais

ajustes devem ser feitos para minimizar os ruídos externos ou internos, e normatiza

o padrão saudável para a saúde física e mental de todos, de modo a garantir um

melhor conforto acústico do ambiente como um todo. Essas três normas, juntamente

com outras relacionadas a conforto, tem como objetivo melhores condições de

habitação.

Para determinar os níveis de ruídos permitidos, são adotadas as seguintes

definições:

Pressão sonora ponderada A, em Pascal (PA)

Valor eficaz (RMS) da pressão sonora determinada pelo uso do circuito

ponderado A, conforme a IEC 651.

5
Nível pressão sonora, em decibel (LP)

O nível da pressão sonora é dado pela expressão:

Onde:

P = valor eficaz da pressão, em pascal

Po = pressão sonora de referência (20 µPa)

Nível de pressão sonora ponderado LPA, em decibel (A)

O nível de pressão sonora ponderado LPA é dado pela expressão:

Curva de avaliação de ruído (NC)

Método de avaliação de um ruído em um determinado ambiente.

Nível de Pressão Sonora Máxima

Resultado máximo das variações de pressão no ar obtidas pelas ondas sonoras.

6
 2.3. Conforto Lumínico

No Brasil, temos a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que

regulamenta a NBR ISO/CIE 8995-1, que trata de ambientes internos de

trabalho.

De acordo com a norma, quanto melhor a iluminação, melhor a visualização

do ambiente, permitindo que as pessoas se movam com segurança e

desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, segura e precisa, sem causar

cansaço ou desconforto visual. Além disso, requer igual atenção para a

quantidade e qualidade da iluminação.

Os utilizados pelo grupo, retirados da norma acima citadas, serão:

Tipo de ambiente, tarefa ou 𝑬𝒎 𝑼𝑮𝑹𝒍 𝑹𝒂 Observações

atividade lux

Quadro Negro 500 19 80 Prevenir reflexões

especulares

Mesa de Demonstração 500 19 80 Em salas de leitura 750 lux

Oficina de Ensino 500 19 80

Salas de Aula, Salas de Aula 500 19 80 Recomenda-se que a

Particulares iluminação seja controlável

Salas de Aulas noturnas, classes e 500 19 80 Sobre a superfície

Educação de Alunos

Tabela 1 – Dados Retirados da NBR ISSO/ICE 8995-1.

Além dos dados citados acima na tabela, outros dados e propriedades

importantes para o desenvolvimento de um projeto de qualidade, são os abaixo:

7
 Distribuição da luminância: controla o nível de adaptação da visão que afeta

a visibilidade da tarefa. As luminâncias de todas as superfícies são importantes

e determinadas pela refletância e pela iluminância nas superfícies. As principais

faixas de refletâncias úteis para as superfícies internas são:

• Teto: 0,6 a 0,9;

• Paredes: 0,3 a 0,8;

• Planos de Trabalho: 0,2 a 0,6;

• Pisos: 0,1 a 0,5.

Proporção harmoniosa entre luminâncias: acentuadas diferenças entre as

luminâncias de diferentes planos causam cansaço visual devido ao excessivo

trabalho de acomodação da vista quando essa passa por variações bruscas de

sensação de claridade. Para evitar esse problema o recomendado é que as

luminâncias do piso, parede e teto se encontrem numa proporção de 1:2:3 e nas

mesas de trabalho a luminância dela não seja inferior a ⅓ da do objet

observado, como livros.

Figura 2 – Demonstração da Proporção entre as Luminância em um Ambiente.

8
 Iluminância do entorno imediato: A iluminância nas zonas de entorno pode

ser mais baixa que a da área de tarefa, porém não podem ser inferiores aos valores

apresentados na tabela a seguir, já que um contraste excessivo entre a área de tarefa

e o entorno pode causar desconforto e fadiga visual. Segue a tabela:

Iluminação da Tarefa Iluminação do Entorno

lux Lux

≥ 750 500

500 300

300 200

≤ 200 mesma iluminância da área de tarefa

Tabela 2 – Dados Retirados da NBR ISO/ICE 8995-1.

Uniformidade da iluminância: é a razão entre a iluminância mínima e a

iluminância média. A iluminância deve se alterar gradualmente e a área de tarefa

sendo iluminada da forma mais uniforme possível com uniformidade da

iluminância inferior a 0,7 e no entorno imediato não deve ser inferior a 0,5.

Ofuscamento: é causado por luminâncias excessivas ou contraste no campo de

visão. Podendo ser evitada através da proteção direta da fonte de luminosa ou com

o escurecimento das janelas. Para fontes luminosas artificiais, existe uma angulação

mínima, conhecida como ângulo de corte, que evita a visualização direta da fonte

luminosa e não deve ser menor que os valores mostrados, na tabela a seguir:

9
Luminância da Lâmpada Ângulo do Corte Mínimo

𝒌𝒄𝒅/𝒎𝟐

1 a 20 10º

20 a 50 15º

50 a 500 20º

≥ 500 30º

Tabela 3 – Dados Retirados da NBR ISO/ICE 8995-1.

10
3. Descrição Conceitual das Soluções

3.1.Soluções Térmicas

Ar condicionado: É uma das soluções mais práticas para manter o conforto

térmico nos ambientes. Com o aparelho, podemos escolher a temperatura ideal,

deixando o ambiente agradável, conforme preferência;

Ventiladores de teto: Uma opção mais simples e acessível. Os ventiladores de

teto contribuem com a circulação de ar no ambiente;

Drywall: O drywall é outra solução para manter as temperaturas dos ambientes

equilibrados, sendo muito utilizado nas construções civis. Esse material, que é

formado por placas de gesso e lãs de vidro, apresenta capacidade de absorver a

umidade do ar, retirando a umidade quando está elevada e devolvendo quando o

ambiente está mais seco. O drywall permite que a casa fique mais quente no inverno

e mais fresca no verão, regularizando as temperaturas e tornando os ambientes mais

agradáveis. O drywall é um material leve, que pode ser utilizado para revestir

paredes, criar divisórias e mobiliários. Por ser um material de baixo custo e de fácil

instalação, o drywall é uma ótima opção para quem busca economia e conforto nas

construções;

Piso aquecido: A adoção do piso aquecido proporciona conforto térmico

exatamente pelo fato do aquecimento vir do chão. Os pés mantêm-se aquecidos e,

com isso, você não sente aquela sensação de sufocamento, falta de ar e de

desconforto comum nos ambientes aquecidos por ar condicionado. Em função da

tecnologia utilizada, o piso aquecido não movimenta partículas de pó e, não queima

oxigênio, mantendo a umidade do ar, ao passo em que elimina a umidade de pisos

11
e paredes. Também contribui com a sua saúde, ajudando a eliminar fungos, mofo e

ácaros, possibilitando um ambiente interno altamente saudável para os portadores

de alergias e outras complicações respiratórias;

Brise soleil: Palavra francesa que significa quebra-sol. Eles ajudam a barrar

parte da radiação que incide sobre os vidros de uma edificação, melhorando assim

o conforto térmico. Os brises consistem em grandes placas utilizadas nas fachadas

das construções. Elas podem ser dispostas nas posições vertical ou horizontal. Sua

grande utilidade é impedir a incidência direta dos raios solares no interior da

edificação;

Outros detalhes como uma boa vedação nas portas e janelas, posicionamento do

prédio no terreno, tipos certos de vidro (vidros de controle solar), são maneiras de

proporcionar maior conforto térmico.

12
 3.2. Soluções Acústicas

Vidros acústicos: Alguns exemplos são os insulados duplos e os laminados. Os

primeiros são compostos por duas lâminas de vidro separadas por uma camada de

ar ou gás desidratado. Os laminados, por sua vez, contam com duas ou mais folhas

interligadas, sob calor e pressão, por camadas de polivinil butiral ou resina. Nas

duas soluções o isolamento é favorecido pela existência de diferentes materiais, que

constituem diferentes meios, dificultando a transmissão sonora;

Estruturas com feltro de lã e vidro: Suas propriedades são capazes de absorver

os ruídos do ambiente, por isso não permitem que eles passem para áreas externas.

O mesmo acontece para os sons externos que não conseguem passar pelas estruturas

protegidas por esses materiais;

Sistemas massa-mola-massa: É o sistema onde temos uma camada de parede,

uma camada de ar e mais uma camada de parede, diferentemente das paredes de

alvenaria. Quando aplicado sistemas de isolamento acústico, com lã de vidro ou

outros materiais, o resultado se torna ainda mais efetivo;

Poliestireno expandido ou isopor: O material contribui para barrar a

propagação das ondas sonoras quando combinado a outros materiais, como

concreto e argamassa. Também servem como isolantes térmicos;

Jardim vertical: Além de criar um volume contra a fonte do barulho, absorvem

o som impedindo-o de refletir;

Tapetes e cortinas: Além de ruídos externos, muitas pessoas também sofrem

com ecos e barulhos desagradáveis dentro de casa, e os materiais fibrosos têm a

propriedade de absorver o som, evitando, assim, o eco.

13
 3.3. Soluções Lumínicas

O conforto lumínico não se trata, necessariamente, de garantir a maior entrada

de luz possível nos espaços internos, mas sim o seu melhor aproveitamento, o que

pode significar ora trazê-la para os interiores, ora bloqueá-la. Todas as decisões,

portanto, devem ser baseadas nas necessidades de cada espaço, e no contexto em

que estão inseridos. Porém, devemos também lembrar que a luz mais confortável

para nossos olhos é a luz natural, a qual deve ser explorada ao máximo, estimulando

o consumo racional, e sustentável de energia.

Algumas soluções mais cabíveis são:

Grandes aberturas: Permitem a passagem de luz natural, e até mesmo de

ventilação;

Lustres, luminárias do tipo plafon, lâmpadas LED: Devemos escolher

lâmpadas que reproduzam adequadamente as cores, e lâmpadas e luminárias que

evitam o ofuscamento. Para reduzir o ofuscamento, devemos utilizar vários focos

de luz, ao invés de um único ponto, utilizar luminárias que possuam barreira entre

a fonte luminosa e o olho, nunca posicionar a fonte luminosa na linha da visão e

evitar superfícies altamente refletoras;

Cores e texturas do ambiente: A cor e a textura dos materiais, presentes no

ambiente, interferem diretamente no efeito da luz (na quantidade de luz refletida).

Por isso, esta deve ser pensada junto com estes detalhes, para que o resultado seja

o esperado. Cores escuras absorvem a luz, enquanto que cores claras a refletem;

Superfícies com textura rugosa refletem menos a luz do que as de superfície lisa

14
(que podem inclusive criar reflexos que causam ofuscamento); Vidros têm índice

de reflexão 0%, enquanto que espelhos têm índice de reflexão igual a 100%.

15
4. Levantamento dos custos de cada solução

Considera-se uma sala de aula, com área total de 77 m².

As dimensões são: 11,0 m x 7,0 m.
Sabemos que Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, têm voltagem 127V,
para ser utilizada nos eletrodomésticos, em geral.

4.1. Conforto Térmico

Ar Condicionado:

Figura – Tabela Retirada da Internet.

Na tabela acima, podemos observar que, para a edificação que estamos

trabalhando, serão necessários 2 equipamentos de condicionadores de ar, ambos
com 40.000 BTUs. Para fins de cálculos e melhor visualização, utilizaremos 2
equipamentos, de 42.000 BTUs cada.

• Ar Condicionado Split Teto Inverter Fujitsu 42000 Btus Quente/Frio 380V 3F.
Código 820655200 – Retirado do site Magazine Luíza, pelo qual é vendido, porém
é entregue por CentralAr.com.
Valor: R$ 11.236,15 cada unidade.

16
 Total, por 2 unidades: R$ 22.472,30.
Preço da instalação já inclusa no preço acima citado.
Troca do equipamento a cada 10 anos. Em 20 anos, serão utilizados 4
equipamentos de ar condicionado.
Valor total, em 20 anos: R$ 44.944,60.

Drywall:

Considerando o seguinte cálculo para a área das paredes da sala de aula em

questão:

á𝑟𝑒𝑎 = (7 × 3 × 2) + (11 × 3 × 2) = 42 + 75 = 108 𝑚²

Drywall com lã mineral colocado: R$ 80,00, por m².

Valor: R$ 8.640,00

Troca do equipamento a cada 10 anos. Em 20 anos, serão utilizados 216 m² de

drywall.

Valor total, em 20 anos: R$ 17.280,00.

Piso Aquecido:

• Valor, em média, do piso aquecido: R$ 200,00, por m².

Valor total: R$ 21.600,00.
• Pedreiro para instalação do piso, com encargos complementares:
Código 101445 - retirado da planilha da SINAPI, referente aos preços das
composições - sintético não desonerados.
Valor: R$ 4.536,64, por mês.
Troca do equipamento a cada 10 anos. Em 20 anos, serão utilizados 154 m² de
piso aquecido.
Valor total, em 20 anos: R$ 52,276,28

17
4.2. Conforto Acústico

Vidro Laminado Acústico:

Considera-se o seguinte cálculo para a área dos vidros da sala de aula:

á𝑟𝑒𝑎 = (3,60 × 2,20) + (2,00 × 2,20) + (2,00 × 1,60)
á𝑟𝑒𝑎 = 7,92 + 4,40 + 3,20
á𝑟𝑒𝑎 = 15,52 𝑚2
Vidro comum laminado, liso, incolor, duplo, espessura total 8 mm (cada
camada E= 4 mm) - colocado: R$ 574,38 por metro quadrado
Instalação de vidro laminado, E= 8 mm (4+4): R$ 730,83 por metro quadrado
Custo total: R$ 20.256,85.
Vidro comum laminado, liso, incolor, duplo, espessura total 6 mm (cada
camada E= 3 mm) - colocado: R$ 500,00 por metro quadrado.
Como o valor de instalação do vidro de E= 6 mm não consta na planilha
SINAPI, foi usado como referência o vidro de E= 8mm.
Instalação de vidro laminado, E= 8 mm (4+4): R$ 730,83 por metro quadrado
Custo total: R$ 19.109,48.

Paredes em Sistema “Drywall” com feltro de lã de vidro:

Considerando o seguinte cálculo para a área das paredes da sala de aula em

questão:

á𝑟𝑒𝑎 = (7 × 3 × 2) + (11 × 3 × 2) = 42 + 75 = 108 𝑚²

Considerando o metro quadrado do “Drywall” à R$ 140,00 e do feltro de lã

de vidro à R$ 25,00, resultará um total de R$ 17.820,00.
Troca do equipamento a cada 10 anos. Em 20 anos, serão utilizados 154 m²
de Drywall.
Valor total em 20 anos: R$ 35.640,00.

18
4.3. Conforto Lumínico

Iluminação Natural:

Considera-se o seguinte cálculo para a área dos vidros da sala de aula:

á𝑟𝑒𝑎 = (3,60 × 2,20) + (2,00 × 2,20) + (2,00 × 1,60)
á𝑟𝑒𝑎 = 7,92 + 4,40 + 3,20
á𝑟𝑒𝑎 = 15,52 𝑚2

Vidro comum laminado, liso, incolor, duplo, espessura total 8 mm (cada

camada E= 4 mm) - colocado: R$ 574,38 por metro quadrado
Instalação de vidro laminado, E= 8 mm (4+4): R$ 730,83 por metro quadrado
Custo total: R$ 25.582,12
Vidro comum laminado, liso, incolor, duplo, espessura total 6 mm (cada
camada E= 3 mm) - colocado: R$ 500,00 por metro quadrado
Como o valor de instalação do vidro de E= 6 mm não consta na planilha
SINAPI, foi usado como referência o vidro de E= 8mm.
Instalação de vidro laminado, E= 8 mm (4+4): R$ 730,83 por metro quadrado
Custo total: R$ 24.124,27.

Iluminação Artificial:

Considerando que a sala será utilizada durante 9 horas diárias, nos 3 turnos:
manhã, tarde e noite, por um período de 20 anos, com 50% dos dias, com sol, e
50% dos dias, com nuvens e/ou chuva, resultará em um tempo de uso de,
aproximadamente, 54.750 horas.
Para a realização dos cálculos dos custos, foi considerado que o preço do Kwh
é de R$ 0,36, e R$ 1,47 (das 18 horas até às 21 horas, que é considerado o turno
da noite).
De acordo com a norma, são necessários 300 lux para ambientes de estudo.
Como vimos anteriormente, a sala de aula possui uma área de 77 m², e
consideraremos a área de iluminação da lâmpada como, aproximadamente, 9 m²:

19
 77 𝑚2
= 8,555 (≈ 9 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠, 𝑎𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙)
9 𝑚2

Cálculo da área da superfície esférica, considerando que a mesa esteja a uma

distância de 2 metros da lâmpada (𝑟 = 2):

4𝜋𝑟²
= 16,75 𝑚²
3

• Luminária LED tubular com 24W e 56 lúmen/W (duração 25000h):

1344 𝑙ú𝑚𝑒𝑛
= 80,2388 𝑙𝑢𝑥
16,75 𝑚2

Como são necessários 300 lux:

300 𝑙𝑢𝑥
= 3,7388 (≈ 4)
80,2388 𝑙𝑢𝑥

Com isso, temos que: 9 × 4 = 36 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠

Aquisição das lâmpadas: R$ 574,20

Custo da manutenção (considerando somente a troca das lâmpadas): R$ 1.148,40

Custo da energia: R$ 38.032,42

Valor total: R$ 39.755,02

• Luminária fluorescente com 18 W e 56 lúmen/W (duração 6000h)

1008 𝑙ú𝑚𝑒𝑛
= 60,1791 𝑙𝑢𝑥
16,75 𝑚2

Como são necessários 300 lux:

300 𝑙𝑢𝑥
= 4,9851 (≈ 5)
60,1791 𝑙𝑢𝑥

Com isso, temos que: 9 × 5 = 45 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠

Aquisição das lâmpadas: R$ 429,30

20
 Custo da manutenção (considerando somente a troca de lâmpadas): R$ 3.863,70

Custo da energia: R$ 35.655,39

Valor total: R$ 39.948,39

Pintura das Paredes:

O recomendado para salas de aula, e ambientes de estudo, são cores claras. tendo
como base os preços fornecidos pela tabela SINAPI, temos:

Aplicação manual de pintura com tinta látex acrílica em paredes, duas demãos:
R$ 12,85 m².

Tinta látex acrílica premium, cor branco fosco: R$ 22,86 (por litro)

Pelas contas, iremos utilizar 10,8 litros de tinta.

Valor total: R$ 246,89.

21
 5. Análise do custo benefício

5.1. Conforto Térmico

Material/Sistema Vantagem Desvantagem Custo por 20

anos (R$)

Ar-Condicionado Não umidifica o Grande gasto R$ 44.944,60 por

ambiente, mantém energético, precisa de instalação
temperatura do ambiente manutenção, preço
constante, melhorando a elevado para instalação
capacidade de
concentração dos alunos

Drywall Rápida instalação, Pode acumular fungos R$ 17.280,00

diminui a troca de ou sujeira entre as
energia entre o meio placas, baixa resistência
externo e interno, bom mecânica
acabamento, resistência
contra fogo, baixo custo

Piso Aquecido Aquecem o ambiente de Se não for instalado R$ 52.276,28

forma homogênea, da durante a construção,
melhor forma possível. exige uma reforma pois
Sem necessidade de é necessário tirar todo
manutenção piso anterior para
instalar esse sistema

22
 5.2. Conforto Acústico

Material/Sistema Vantagem Desvantagem Custo por 20 anos

(R$)

Vidro Laminado Segurança contra Valor superior ao R$ 19.109,48

Acústico quebra, proteção contra vidro tradicional
raios UVA e UVB,
melhora conforto
acústico

Sistema “Drywall” Boa durabilidade, não à Preço superior ao R$ 35.640,00

com feltro de lã de proliferação de fungos e drywall tradicional,
vidro bactérias, suporta instalação deve ser
umidade, resistência feita por
contra fogo profissionais
capacitados, para
não danifica-la

23
 5.3. Conforto Lumínico

Material/Sistema Vantagem Desvantagem Custo por 20 anos

(R$)

Iluminação natural Economia de energia Não é homogênea R$ 24.124,27

elétrica, estimula a em todos os locais da
produção de vitamina sala, varia a
D, aumento de intensidade durante o
produtividade e dia
melhora no
desempenho

Iluminação Artificial É oferecer maior Dificuldade de R$ 39.948,39

uniformidade e maior iluminar grandes
iluminância média espaços que exigem
sobre a área de um enorme potencial
trabalho do que uma elétrico
superfície iluminante
lateral

Pintura das paredes Torna o ambiente Cor clara realça R$ 246,89 por
mais agradável, manchas, frisos, material
aumento obstruções
considerável do infiltrações ou
índice de mesmo o aspecto de
luminosidade e sujo e desleixo
iluminância

24
6. Conclusão

Após o trabalho, nosso grupo concluiu que para se estar confortável em uma sala

de aula, não precisa necessariamente de todos os itens de melhor qualidade e maior

preço, mas sim, itens que deixem o ambiente o mais agradável possível de se estar,

ou seja: silencioso, iluminação que seja apenas o essencial, e abrasador o suficiente.

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