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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

ENGENHARIA ELÉTRICA

JOSÉ RUBENS BARRERA SIMIONATO


LEONARDO GOMES DA SILVA
MATHEUS GOMES FARIAS

PROJETO LUMINOTÉCNICO DO BLOCO I E ANÁLISE DA PROPOSTA DE


CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA DA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA
FEDERAL DO PARANÁ DO CAMPUS APUCARANA

ATIVIDADE AVALIATIVA 1

APUCARANA
2022
JOSÉ RUBENS BARRERA SIMIONATO
LEONARDO GOMES DA SILVA
MATHEUS GOMES FARIAS

PROJETO LUMINOTÉCNICO DO BLOCO I E ANÁLISE DA PROPOSTA DE


CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA DA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA
FEDERAL DO PARANÁ DO CAMPUS APUCARANA

Atividade apresentada à disciplina de


Conservação de Energia, do curso de
Engenharia Elétrica da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR,
como requisito parcial para a obtenção da
nota semestral.

APUCARANA
2022
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1 PROJETO LUMINOTÉCNICO

A importância do desenvolvimento racional do projeto luminotécnico,


apresentando boa iluminação ao ambiente, propiciam vários benefícios relacionados
“a proteção da vista, influências benéficas sobre o sistema nervoso vegetativo,
fazendo com que haja uma elevação do rendimento no trabalho, diminuição dos erros
e acidentes, contribuindo assim para maior conforto, bem-estar e segurança.”
(CAVALIN e CERVELIN, 2006, p.67).
Bocchese (2011 apud Viana e Gonçalves, 2001) denota que levando em
conta que a percepção humana possui um percentual de 70% visual torna-se
indispensável a iluminação, seja natural ou artificial, para o desempenho das
atividades e bem-estar nos ambientes.
Sobre essa perspectiva, Libardi (2017, p. 11-12) apresenta a
implementação de um projeto luminotécnico em uma escola pública, ressaltando a
importância da investigação das condições de conforto visual das instituições, de
forma que sejam otimizados e colaborando para o melhor desempenho dos alunos e
funcionários.
Conforme a NR 17 (NORMAS REGULAMENTADORAS, 1978) a qual trata
dos parâmetros necessários para a adaptação das condições de trabalho em relação
as características físicas e psicológicas dos trabalhadores, apresenta que em todos
os locais de trabalho devem ter iluminação adequada, assim como uniformemente
distribuída, de forma a evitar incômodos e respeitando os valores de iluminamento em
cada local de trabalho.
Portanto é imprescindível a realização do projeto luminotécnico de forma a
atender as necessidades visuais, físicas e psicológicas de todas as pessoas que
venham utilizar cada recinto, prezando a ergonomia e a higiene ocupacional.
Logo, através do presente trabalho é realizado o projeto acima da planta
do Bloco I da instituição, que possui em sua composição três salas destinadas a aulas
realizadas por todos os cursos da universidade.
Para a emulação e validação dos resultados foi utilizado o software DIALUX
que apresenta uma interface gráfica utilizada para a realização de projetos
luminotécnicos, no qual é utilizado de forma a implementar a construção do bloco,
assim como as salas de aulas pertencentes, com suas características estruturais, tais
como o dimensionamento estrutural, a arquitetura e a iluminação.
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Com isso, a fim de se realizar comparações, é realizado as simulações


acima de outras configurações com o intuito de verificar a o dimensionamento original
realizado e propor melhorias juntamente com os aspectos técnicos necessários para
uma boa iluminação.

1.1 Aspectos do projeto luminotécnico

Alguns aspectos necessários para o desenvolvimento luminotécnico devem


ser apresentados, de forma a explicitar suas características e importância para um
bom dimensionamento.
Primeiramente, o fluxo luminoso pode ser entendido como “a potência de
radiação emitida por uma fonte luminosa em todas as direções do espaço.”
(MAMEDE, ANO). Ou seja, representa a potência emitida por determinada fonte de
luz a qual é vista pelo olho humano, sendo representado pela unidade lumens.
A eficiência luminosa é a relação do fluxo luminoso com a potência
consumida (lumens/W) pela mesma fonte de luz, facilitando assim a elaboração de
projetos mais eficientes, uma vez que, em busca de lâmpadas para serem utilizadas
pode-se selecionar aquelas que apresentam maior eficiência.
Iluminância é o termo dado ao “limite da razão do fluxo luminoso recebido
pela superfície em torno de um ponto considerado, para a área da superfície, quando
esta tende a zero.” (MAMEDE, 2017 apud NBR-57, 1991). Essa grandeza é
representada pela unidade de medida lux, a qual relaciona a quantidade de fluxo
luminoso incidente em determinada área.
Como o fluxo não é distribuído de forma igualitária em determinada área, a
iluminância será diferente em vários pontos do ambiente, logo, a fim estabelecer
melhor análise é utilizado o fluxo luminoso médio.
A intensidade luminosa é compreendida como “o limite da relação entre o
fluxo luminoso em um ângulo sólido em torno de uma direção dada e o valor desse
ângulo sólido, quando esse ângulo sólido tende a zero.” (MAMEDE, 2017 apud
ABNT).
Ou seja, de modo geral representa a potência de radiação visível a qual
uma fonte de luz emite em dada direção especificada, sendo essa grandeza
representada pela unidade de medida candela.
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Dado esses conceitos iniciais, quando se compreende um projeto


luminotécnico, outros fatores são de grande importância para seu desenvolvimento,
sendo necessário as suas aplicações na projeção.
Primeiramente, o Índice de Reprodução de Cores (IRC) é o valor que
representa o quanto determinado ponto de luz permite visualizar as cores com
precisão, em relação à luz do sol como referência. Os seus valores são
compreendidos na faixa de 0 a 100, sendo 100 o valor máximo para a qualidade da
reprodução de cores.
Porém, ressalta-se que por mais que diferentes tipos de lâmpadas
possuem o mesmo IRC elas podem apresentar cores de maneira diferentes, sendo
necessário uma segunda análise do projetista sobre a comparação com a curva de
distribuição espectral da fonte de luz utilizada.
Outro fator importante é referente a temperatura da cor, representada pela
unidade de temperatura Kelvin, que basicamente trata-se da aparência de cor da luz
emitida pela fonte de iluminação, e este fator influência diretamente nas sensações e
impressões aos quais o olho humano fica susceptível em determinado local.
De modo geral as lâmpadas de cor quente são mais relaxantes e
aconchegantes enquanto as mais frias são energizantes, isso para os aspectos
visuais, físicos e psíquicos do ser humano. Sendo então necessário escolher a cor
para as condições de uso do ambiente a ser projetado.
O Índice de Ofuscamento Unificado (UGR) relaciona os níveis ideais de
iluminação para ambientes internos e externos, sendo necessário como um parâmetro
para controlar o desconforto que a iluminação direta ou indireta causa afetando a
performance visual.
Para o cálculo do UGR é relacionado a luminância do fundo, a luminância
no campo de visão do observador, o ângulo da parte luminosa em relação do olho do
observador e o índice de posição de Guth de cada ponto de luz.
Por fim, o ofuscamento luminoso pode ser definido como uma perturbação
visual causada pela presença de certo brilho indesejado no campo da visão do olho
humano ou podendo ser ocasionado pela luz refletida em alguma superfície, causando
assim um ofuscamento reflexivo. Com isso, pode-se realizar o projeto luminotécnico
atendendo as informações e normas necessárias para a aplicação da iluminância nos
locais, fazendo com que o ofuscamento seja diminuído ou evitado acarretando assim
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no melhor desempenho das tarefas a serem utilizadas, com mais conforte e


segurança.
Portanto, dado os conceitos apresentados, é possível levar em contas
através de suas características e normas, podendo assim otimizar o projeto
luminotécnico para que contenha determinada garantia da eficiência da iluminação
projetada.

1.2 Normas utilizadas para o desenvolvimento do projeto luminotécnico

A realização do projeto luminotécnico requer normas e diretrizes para que


sejam elaborados cálculos, métodos e análises a fim de se estabelecer as melhores
condições de operação, conforto, custo e durabilidade.
Tendo isto em vista algumas normas vigentes são utilizadas como base
para a instalação dos pontos de luz, enquanto outras são utilizadas de forma
complementar visando a qualidade a qual a instalação será reproduzida
principalmente quando há a necessidade de atender os requisitos para o uso do ser
humano.
A normas NBR 5413 (Iluminância de interiores) e a NBR ISO/CIE 8995-1
(Iluminação de ambientes de trabalho – Parte 1: Interior) são utilizadas com o intuito
de descrever os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos onde as
pessoas que utilizam o ambiente façam suas devidas tarefas de maneira eficiente,
além de tratar dos valores médios em serviço para a iluminação artificial em interiores.
Primeiramente, a norma NBR ISSO/CIE 8995-1 é a mais completa utilizada
para a realização dos projetos, uma vez que, o seu desenvolvimento apresenta todos
os requisitos de projeto para a iluminação de locais de trabalho.
Nesta norma é apresentado os critérios do projeto de iluminação, sendo
apresentado alguns fatores, suas devidas características e importância como o
ambiente luminoso, distribuição da luminância, iluminância e entre outros.
A necessidade de realizar um ambiente luminoso abrange muito mais do
que apenas possuir uma boa iluminação, pois leva em conta que há a necessidade
de suprir a demanda das tarefas essenciais a serem realizadas no ambiente. Portanto,
a iluminação propõe:
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 Conforto visual, gerando assim a sensação de bem-estar na utilização do


ambiente;
 Melhoras no desempenho visual, facilitando na execução e praticidade na
realização de tarefas desempenhadas no ambiente;
 Segurança visual, possibilitando que seja possível olhar em todo o espaço
do ambiente e detectar possíveis perigos.

Sobre este contexto, ao projetar o ambiente luminoso de forma a distribuir


de forma correta a luminância é possível encontrar alguns benefícios, tais como:

 Melhorar a nitidez da visão;


 Contribuir na sensibilidade do contraste, sendo possível identificar as
diferenças mínimas de luminância;
 Favorecer na eficiência das funções oculares, como a acomodação, as
contrações pupilares e movimento dos olhos.

A norma também apresenta características da iluminância e sua


distribuição no ambiente, de forma a apresentar impactos diretos em como
determinada pessoa percebe e consegue realizar alguma tarefa.
Com isso, para se realizar um bom projeto acima há a iluminância média
para cada ambiente de trabalho e tarefa a ser desempenhada, a qual leva em conta
alguns parâmetros para os seus valores, tais como:

 Requisitos para que seja realizada a tarefa visual destinada ao ambiente;


 Segurança;
 Proporcionar conforto visual e bem-estar;
 Gerar economia.

Portanto, a norma juntamente com a NBR 5413, apresentam os valores


médios de iluminância para cada área de atuação, tarefa visual e ambiente, sendo
possível assim se basear em uma quantidade de luz necessária para suprir a
demanda sem que prejudique quem esteja atuando no ambiente.
Para uma escola pode-se identificar a apresentar a Tabela 1 referente a
iluminância média, o Índice de Ofuscamento Unificado e a qualidade da cor.
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Tabela 1 – Planejamento dos ambientes devido as atividades a serem realizadas

Fonte: NBR ISSO/CIE 8995-1

A norma ainda ressalta que todas as salas são consideradas ambiente de


trabalho, sendo que, para escolas primárias e secundárias há a iluminância média
mantida em 300 lux e para aulas noturnas e educação de adultos sendo padronizado
em 500 lux.
Portanto, como há aulas em todos os períodos de um dia para adultos, há
a necessidade de utilizar o valor de 500 lux, sendo possível realizar o controle da
iluminação conforme a necessidade.
Outro fator apresentado é relacionado ao índice de ofuscamento, a qual
recomenda-se que dependendo da dificuldade da tarefa visual o limite UGRL não seja
ultrapassado. Como para as salas de aulas o limite é estipulado em 19, segue abaixo
a exemplificação deste parâmetro.

Tabela 2 – Exemplos dos limites máximos de UGLL

Fonte: NBR ISSO/CIE 8995-1


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Percebe-se que para as salas de aulas deve-se respeitar o limite máximo


de 19 do UGRL, ao qual podem ser verificados ao incorporar determinada lâmpada e
luminária no DIALUX.
O fator de manutenção é outro requisito para que o projetista realize
determinado cronograma para o sistema de iluminação, levando em conta quadro
fatores: depreciação do fluxo luminoso da lâmpada, envelhecimento da lâmpada,
sujeira na lâmpada e sujeira nas superfícies da sala.
Com a multiplicação desses fatores encontra-se o valor do fator de
manutenção, a qual pode ser exemplificado para lâmpadas fluorescentes na Tabela
3.

Tabela 3 – Exemplos de fatores de manutenção para sistemas de iluminação de interiores com


lâmpadas fluorescentes

Fonte: NBR ISSO/CIE 8995-1

Dando prosseguimento outra norma essencial a ser considerada para o


projeto luminotécnico é a NR 17, a qual aborda em um de seus temas as diretrizes e
características relacionadas a ergonomia do ambiente de trabalho referente a
iluminação utilizada.
Para uma sala de aula destaca-se o item 17.5.3 ao qual descreve que em
todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, seja ela artificial ou
natural, apropriada para a atividade a ser desempenhada no ambiente.
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Ademais, a iluminação deve ser uniformemente distribuída e difusa, assim


como projetada e instalada a fim de evitar o ofuscamento, reflexos incômodos,
sombras e contrastes excessivos.
Outro ponto a qual a NR 17 aborda é que os valores de iluminância médios
devem seguir aqueles estabelecidos na NBR 5413 já abordada previamente.
A norma abrange também que os métodos de medição e os níveis mínimos
de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho podem ser estabelecidos
através da Norma de Higiene Ocupacional, a qual será abordada posteriormente no
presente trabalho.
Com isso, a NR 17 apresenta diversas diretrizes para a melhora da
adaptação das condições de trabalho, mais precisamente relacionados às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, gerando assim mais conforto,
bem-estar, segurança e melhora na otimização e eficiência do trabalho a ser
desenvolvido.
A NHO 11 (Norma de Higiene Ocupacional) é imprescindível para a avaliação
dos níveis de iluminamento em ambientes internos de trabalho, uma vez que, por meio
desta norma é possível identificar os principais parâmetros que interferem nos
aspectos qualitativos e quantitativos referentes a iluminação projetada para
determinado ambiente de trabalho.
Primeiramente, a norma inicia apresentando seus objetivos e as definições de
todos os conceitos relacionados aos aspectos de qualidade e quantidade dos projetos
de iluminação.
Dando prosseguimento, apresenta critérios de avaliação para uma boa
iluminação, tais como:

 A iluminância medida ponto a ponto em cada área não deve ser inferior a
70% do valor médio estabelecido;
 Quando não houver parâmetro de iluminância média para a tarefa a ser
desempenhada, deve-se utilizar o valor de uma tarefa similar;
 Quando a iluminância do ambiente necessitar atender trabalhos visuais
críticos ou se a capacidade visual dos trabalhadores estiver abaixo do
normal, deve-se ajustar a escala de iluminância mínima;
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 Ao ajustar, aumentar ou reduzir a iluminância de determinado ambiente


deve-se apresentar justificativa que garantam a segurança, conforto e
desempenho das atividades a serem desenvolvidas.

Juntamente aos critérios de avaliação, a norma aborda os procedimentos de


avaliação pertencentes em um projeto luminotécnico, tais como:

 Deve-se realizar uma avaliação preliminar dos aspectos como


ofuscamento, sombras, aparência de cor e contraste.
 A descrição do ambiente e das tarefas a serem desempenhadas é um fator
imprescindível para o projeto, para que haja a detecção e correção de
fatores externos ou característicos do projeto, tais como, a mudança de
clima ou atividades noturnas, que podem afetar a iluminação natural do
ambiente e deve projetado de forma que não haja perdas na eficiência da
iluminância;
 A utilização de equipamento de medição pode simular a sensibilidade do
olho humano e o ângulo de incidência dos pontos de luz, fazendo assim
que haja parâmetros mais exatos das características de cada ambiente;

Outro ponto abordado pela norma é referente a realização da manutenção


preventiva e corretiva do sistema de avaliação, sempre buscando a otimização de
forma a prolongar a vida útil dos materiais e assegurar a qualidade de vida de quem
estará utilizando o ambiente.
Portanto, através da NHO 11 é possível encontrar diversas diretrizes para que
o projeto luminotécnico seja realizado de forma a otimizar a iluminação do ambiente,
de forma criteriosa e exata, acarretando assim na melhora da utilização do ambiente
por parte dos trabalhadores e entre outras pessoas que venham a ficar sobre esse
sistema.
Por fim, as normas referentes aos projetos luminotécnicos são imprescindíveis
para a realização do mesmo, uma vez que, servem de diretrizes e parâmetros para
que a iluminação seja realizada da maneira mais otimizada e correta, ao ponto de
facilitar a realização de tarefas e prezar pela saúde física e psicológica de quem esteja
usando o ambiente, além de proporcionar maior economia e estimativas para o cliente
do projeto.
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1.3 Planta baixa

A utilização da planta baixa é um item indispensável para o projeto


luminotécnico, tendo em vista que apresenta as características dos ambientes
juntamente com o conjunto de lâmpadas e luminárias, assim como os espaçamentos
e disposição das mesmas em toda a área utilizável.
O bloco em questão apresenta três salas de aula convencionais, com
iluminação natural, provinda das aberturas de cada ambiente, e da artificial realizada
pelas luminárias alocadas.
Portanto, para a presente proposta foi disponibilizada a planta baixa do
Bloco I pertencente à universidade, a qual pode ser visualizado através da Figura 1.

Figura 1 – Planta baixa da iluminação do Bloco I

Fonte: Proposta pela atividade

Ademais, com demais dados do projeto juntamente com os valores e


características das lâmpadas e luminárias propostas no roteiro da atividade, foi
possível realizar o dimensionamento, simulação e o projeto luminotécnico da
instalação através do software DIALUX.
Através do software foi desenvolvido a mesma planta baixa, porém
inserindo a disposição dos móveis previstos para cada ambiente. podendo ser
visualizado através da Figura 2.
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Figura 2 – Planta do bloco I realizada no DIALUX

Fonte: Elaborado pelos autores

Realizando a planta baixa da estrutura das salas de aula, é possível fazer


a projeção 3D do bloco estudado. A simulação pode ser visualizada através da Figura
3.

Figura 3 – Simulação 3D do bloco I realizada no DIALUX

Fonte: Elaborado pelos autores


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1.4 DIALUX

Esta seção possui o intuito de descrever e apresentar a metodologia,


valores e resultados utilizados no projeto luminotécnico, a fim de validar e propor
diferentes configurações mais eficientes para o projeto.

1.4.1 Lâmpada e luminária utilizada

A definição das lâmpadas e luminárias a serem utilizadas são


imprescindíveis para a melhor veracidade dos resultados, possibilitando que sejam
utilizadas de forma a suprir a demanda necessária e se adequar ao ambiente.
A proposta do presente trabalho indicava o uso de uma luminária contendo
duas lâmpadas fluorescentes (T8) de 32W cada, com comprimento de 1200mm e a
temperatura de cor sendo 6500K.
Por isso, a fim de encontrar uma luminária que se aproximasse da que foi
proposta pelo roteiro da atividade foi utilizada o modelo CAA01-S encontrado através
do catálogo de produtos do Lumicenter, em sua linha comercial e industrial para
lâmpadas T8.

Figura 4 – Luminária CAA01-S utilizada

Fonte: Lumicenter iluminação

Com a luminária retirada do Lumicenter é possível encontrar o fator de


utilização, a qual relaciona o grau de reflexão das superfícies com o índice do recinto
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“k” definido pelas informações estruturais de cada ambiente, através da tabela


disponibilizada pelo fabricante, apresentada na Tabela 4.

Tabela 4 – Fator de utilização da luminária CAA01-S

Fonte: Lumicenter iluminação

Outro fator encontrado referente aos aspectos construtivos da luminária


quando está em operação, como a distribuição luminosa da luminária juntamente com
o efeito de luz

Figura 5 – Demais aspectos da luminária CAA01-S

Fonte: Lumicenter iluminação

Ademais, o fabricante também disponibiliza o manual de instalação, a ficha


técnica e o arquivo IES, a qual pode ser inserido no DIALUX de forma a simular a
respectiva luminária
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Para a simulação da lâmpada no DIALUX há a possibilidade de adequar as


características conforme o requerimento do projeto, e com isso simular o projeto
luminotécnico de forma a atender as necessidades de projeto.
Ao simular o arquivo IES no DIALUX há a possibilidade de definir alguns
parâmetros da luminária, assim como obter os valores reais para a simulação.
Portanto, na luminária foi utilizada duas lâmpadas fluorescentes T8 de 32W com fluxo
luminoso de 2700 lumens cada e temperatura de 5208K.

Figura 6 – Propriedades da lâmpada utilizada

Fonte: Elaborado pelos autores

Ressalta que o valor da temperatura esperado era 6000K, porém, com a


utilização dos dados calorimétricos, mais especificamente no espectro da lâmpada
fluorescente fornecido pelo software foi encontrado o valor de 5208K com Índice de
Reprodução de Cores (ICR) de 92, representando assim uma boa aproximação dos
requisitos de projeto proposto.

Figura 7 – Dados calorimétricos

Fonte: Elaborado pelos autores

Logo, com as especificações e valores apresentados é possível iniciar as


simulações, análises e validações necessárias para o projeto luminotécnico.
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1.4.3 Estrutura desenvolvida no DIALUX

Como apresentado anteriormente, o projeto luminotécnico é referente a um


bloco composto por três salas de aulas convencionais, portanto, a estrutura
desenvolvida no DIALUX possui o intuito de realizar a melhor aproximação da
realidade do projeto proposto.

Figura 8 – Salas projetadas no DIALUX

Fonte: Elaborado pelos autores

Percebe-se na Figura 8 a presença dos móveis, tais como cadeiras e


mesas, assim como objetos complementares de uma sala de aula, como o quadro
negro. Além de aspectos estruturais como a porta e as janelas, que por sua vez
apresenta uma luminosidade natural.

1.4.4 Memorial de cálculo para modelo ideal

O memorial compreende os cálculos realizados para o dimensionamento


da quantidade de luminárias e lâmpadas presente no projeto luminotécnico.
Para o devido embasamento matemático foi utilizado valores de
refletâncias padrões, que se enquadram na Tabela 4 a fim de se obter valores
aproximados do dimensionamento.
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Primeiramente, obtendo os valores iniciais de cada ambiente projetado,


segue a figura abaixo:

Tabela 5 – Dados construtivos do projeto

Fonte: Elaborado pelos autores

Onde as grandezas apresentadas podem ser identificadas através da


seguinte tabela:

Tabela 6 – Descrição de grandezas dos dados construtivos

Fonte: Elaborado pelos autores

Com os valores construtivos encontrados é possível realizar o cálculo


através da Equação 1 do RCR (Room Cavity Ratio) que possui o intuito de ser um
índice de cada ambiente.

5∙ℎ∙(𝐶+𝐿)
RCR = (1)
Á𝑟𝑒𝑎

Onde calculado os valores para cada ambiente foram obtidos os seguintes


resultados:

Tabela 6 – Room Cavity Ratio para cada ambiente

Fonte: Elaborado pelos autores


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Com os valores do RCR encontrados, pode-se interpolar os valores da na


Tabela 4 e encontrar o fator de utilização para a refletância de 70% no teto, 50% na
parede e 20% no chão.
E levando em conta, conforme a Tabela 3, o valor do fator de depreciação
sendo de 0,8 foi construída a seguinte tabela:

Tabela 7 – Tabela de dimensionamento de fluxo iluminoso

Fonte: Elaborado pelos autores

Por fim, sendo possível realizar o dimensionamento da quantidade de


luminárias necessárias para cada ambiente, juntamente com demais informações
calculadas.

Tabela 8 – Dimensionamento de luminárias

Fonte: Elaborado pelos autores

Como expresso anteriormente, os valores calculados são relacionados a


um modelo exato, fazendo assim com que haja valores decimais dos quais devem ser
ajustados conforme melhor configuração realizada no projeto luminotécnico.

1.5 Configurações e simulações realizadas

As simulações foram realizadas atribuindo a cada uma delas duas


configurações distintas, uma com os valores ideais calculados anteriormente e outra
com valores que se aproximam da construção real presente no Bloco I da
universidade.
Logo, ao fazer essas comparações além de verificar as alternâncias entre
cada simulação é possível também visualizar a diferença entre o valor ideal calculado
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e o real, a qual busca demonstrar de maneira mais aproximada as características do


ambiente.
Portanto, os parâmetros a serem analisados individualmente é em relação
a iluminância gerada em cada ambiente, o Índice de Ofuscamento Unificado que foi
baseado em um aluno sentado numa altura visual de 1,2 metros e um professor em
pé em uma altura visual de 1,7 metros, e por fim, demais informações relacionadas
ao desempenho do projeto realizado.

1.5.1 Projeto original

O projeto luminotécnico original segue a quantidade de lâmpadas e


luminárias fielmente a planta baixa proposta, sendo assim podendo visualizar a sua
representação através da Figura 9.

Figura 9 – Planta baixa do projeto original no DIALUX

Fonte: Elaborado pelos autores

Com isso foram realizadas duas simulações, uma respeitando o cálculo de


dimensionamento feito anteriormente e outra buscando atender a semelhança das
especificações físicas da estrutura de cada ambiente.

1.5.1.1 Projeto original ideal

Essa configuração buscou realizar a simulação utilizando os parâmetros


ideais calculados anteriormente em cima do projeto luminotécnico original proposto
pela atividade.
Foram obtidas as seguintes simulações das salas de aulas:
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Figura 10 – Simulação do projeto original ideal

Fonte: Elaborado pelos autores

Onde a representação segue em ordem crescente, ou seja, a simulação


superior é a primeira sala enquanto a última é a terceira.
Ademais, realizando a simulação dos resultados foram obtidos os valores
apresentados na Figura 11, na qual pode-se observar os valores da iluminância em
cada sala de aula juntamente com os índices UGR representados pela simulação de
um aluno sentado e um professor em pé na frente da sala de aula, proporcionando
assim melhor entendimento sobre o índice de ofuscamento do recinto.
Vale ressaltar que para essa configuração foram utilizados os valores de
refletância do teto, parede e piso de, respectivamente, 0,7, 0,5 e 0,2, dos quais foram
propostos pela tabela do fator de utilização da luminária.
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Figura 11 – Resultados de iluminância e UGR do projeto original ideal

Fonte: Elaborado pelos autores

Percebe-se que por mais que o UGR esteja dentro dos parâmetros
estipulados pela Tabela 2, ou seja, menor ou igual a 19, os valores das iluminância de
cada ambiente extrapolam o valor médio pré-definido nos cálculos, e isso se da pela
quantidade a mais de luminárias presente no projeto.

1.5.1.2 Projeto original real

Essa configuração buscou realizar a simulação utilizando os parâmetros


reais calculados anteriormente em cima do projeto luminotécnico original proposto
pela atividade.
Foram obtidas as seguintes simulações das salas de aulas:
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Figura 12 – Simulação do projeto original real

Fonte: Elaborado pelos autores

Onde a representação segue em ordem crescente, ou seja, a simulação


superior é a primeira sala enquanto a última é a terceira.
Ademais, realizando a simulação dos resultados foram obtidos os valores
apresentados na Figura 13, na qual pode-se observar os valores da iluminância em
cada sala de aula juntamente com os índices UGR representados pela simulação de
um aluno sentado e um professor em pé na frente da sala de aula, proporcionando
assim melhor entendimento sobre o índice de ofuscamento do recinto.
Esta configuração difere-se da anterior pelo fato da utilização de valores de
refletâncias diferentes da calculada, como por exemplo, utilizando um piso que mais
se adequava ao projeto real realizado.
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Figura 13 – Resultados de iluminância e UGR do projeto original real

Fonte: Elaborado pelos autores

Percebe-se que, de maneira análoga a configuração ideal, os parâmetros


de UGR estão dentro do especificado pela Tabela 2, porém os valores da iluminância
estão sobre dimensionados, ocasionando assim em um valor de iluminância superior
ao recomendado anteriormente para ambientes de salas de aulas.
Outro fator relevante a ser avaliado é justamente pelo fato do aumento da
refletância principalmente do piso do ambiente, o que ocasionou no aumento da
iluminância total da sala de aula em comparação com a configuração ideal.
1.5.2 Projeto otimizado

O projeto luminotécnico otimizado busca realizar a adequação da


quantidade de luminárias e lâmpadas afim de se alcançar os valores de iluminância
média padronizados pela NBR ISSO/CIE 8995-1.
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Figura 14 – Planta baixa do projeto otimizado no DIALUX

Fonte: Elaborado pelos autores

Com isso foram realizadas duas simulações, uma respeitando o cálculo de


dimensionamento feito anteriormente e outra buscando atender a semelhança das
especificações físicas da estrutura de cada ambiente.
Tendo em vista os valores calculados no memorial de cálculo do
dimensionamento para as salas 1, 2 e 3 obtido respectivamente os valores de 13,76,
14,35 e 12,67, foi possível ajustar a quantidade de luminárias para cada ambiente.
Para a sala 1 e 2, que foram previstos a utilização de 13,76 luminárias
acabou sendo utilizadas 16 luminárias, para que ficassem distribuídas no ambiente
em quatro fileiras de quatro luminárias, o que ocasiona no aumento da iluminância
média pré-determinada, porém os valores se encontram mais adequados do que se
fosse utilizado valores inferiores de lâmpadas, prejudicando assim nos fatores de
percepção de ambiente, dos quais foram citados no início do trabalho.
Em contra partida, para a Sala 3, a qual possui uma área inferior as demais
salas, foram retiradas seis luminárias que estavam compreendidas em três fileiras
com duas luminárias cada.

1.5.2.1 Projeto otimizado ideal

Essa configuração buscou realizar a simulação utilizando os parâmetros


ideais calculados anteriormente em cima do projeto luminotécnico otimizado proposto
pelos integrantes do grupo com base no memorial de cálculo realizado.
Esta configuração difere-se da ideal pelo fato da diminuição de lâmpadas,
que podem ser observadas através da Figura 14, fazendo assim que houvesse melhor
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taxa de iluminância em comparação ao valor médio estipulado anteriormente para


salas de aulas.
Foram obtidas as seguintes simulações das salas de aulas:

Figura 15 – Simulação do projeto otimizado ideal

Fonte: Elaborado pelos autores

Onde a representação segue em ordem crescente, ou seja, a simulação


superior é a primeira sala enquanto a última é a terceira
Ressalta-se que os valores de refletâncias do teto, parede e piso seguem
o mesmo estipulado pela tabela de fator de utilização da luminária, ou seja, de
respectivamente 0,7, 0,5 e 0,2.
Ademais, realizando a simulação dos resultados foram obtidos os valores
apresentados na Figura 16, na qual pode-se observar os valores da iluminância em
cada sala de aula juntamente com os índices UGR representados pela simulação de
um aluno sentado e um professor em pé na frente da sala de aula, proporcionando
assim melhor entendimento sobre o índice de ofuscamento do recinto.
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Figura 16 – Resultados de iluminância e UGR do projeto otimizado ideal

Fonte: Elaborado pelos autores

Percebe-se que os índices de ofuscamento UGR estão dentro dos valores


pré-definidos previamente, assim como os valores da iluminância se aproximam do
valor médio utilizado, porém, há alguns fatores individuais as quais devem ser levados
em conta.
Para as Salas 1 e 2, pelo fato de ter aumentado o número de lâmpadas em
relação ao calculado anteriormente, os valores da iluminância fica superior ao valor
médio, porém se enquadrando melhor do que o projeto original.
Em contra partida, para a Sala 3, a otimização ocasionou em um valor
inferior à média de iluminância, e isso se da pelo fato de ser verificado na simulação
que foi o valor que melhor se enquadrou, em questões de percentual de erro, com o
valor médio.
27

1.5.2.2 Projeto otimizado real

Essa configuração buscou realizar a simulação utilizando os parâmetros


reais em cima do projeto luminotécnico otimizado proposto pelos integrantes do grupo
com base no memorial de cálculo realizado.
Foram obtidas as seguintes simulações das salas de aulas:

Figura 17 – Simulação do projeto otimizado real

Fonte: Elaborado pelos autores

Ademais, realizando a simulação dos resultados foram obtidos os valores


apresentados na Figura 18, na qual pode-se observar os valores da iluminância em
cada sala de aula juntamente com os índices UGR representados pela simulação de
um aluno sentado e um professor em pé na frente da sala de aula, proporcionando
assim melhor entendimento sobre o índice de ofuscamento do recinto.
28

Esta configuração difere-se da anterior pelo fato da utilização de valores de


refletâncias diferentes da calculada, como por exemplo, utilizando um piso que mais
se adequava ao projeto real realizado.
Além dos números de lâmpadas afetar na diminuição da iluminância de
cada ambiente em relação ao proposto pelo projeto luminotécnico original, nesta
configuração há o fator de que os valores das refletâncias foram alterados, possuindo
valores superiores aos utilizados anteriormente, como por exemplo o chão que foi
utilizado um piso que mais se enquadrava a estrutura física de cada ambiente.
Com isso, ao aumentar os valores de refletância, os valores de iluminância
crescem em comparação com os valores padrões calculados anteriormente.

Figura 18 – Resultados de iluminância e UGR do projeto otimizado real

Fonte: Elaborado pelos autores

Percebe-se que os índices de ofuscamento UGR estão dentro dos valores


pré-definidos previamente, assim como os valores da iluminância se aproximam do
valor médio utilizado em comparação com o projeto luminotécnico original proposto.
Porém, alguns pontos podem ser abordados para melhor entendimento.
29

Para as salas de aula apresentadas, mantendo os valores de luminárias


estipulados para essa configuração e alterando os valores de refletância de
superfícies, houve um aumento da iluminância em cada sala, porém se enquadrando
melhor e diminuindo custos de luminárias em comparação ao projeto original.
Outro ponto a ser analisado é que, ao utilizar valores de refletâncias
superiores ao nominal calculado pela tabela do fabricante, é possível obter valores de
iluminâncias superiores, sendo assim, podendo diminuir ou utilizar determinada ação
de controle para ajustar o fluxo luminoso pertencente a cada ambiente. Sendo assim
uma maneira de otimizar determinado ambiente.

1.6 Análise do indicador UGR para as configurações realizadas

Os efeitos do ofuscamento podem ser facilmente observados no cotidiano,


uma vez que, podem ocorrer de forma fatal ou, de forma menos prejudicial, porém
causando sensação de desconforto.
Com a utilização do Índice UGR é possível quantificar o ofuscamento, e
com isso realizar o controle do desconforto realizado pelo ofuscamento, enquadrando
as características de cada ambiente, as suas iluminâncias e suas fontes de luz
incidindo nas sensações visuais humanas.
Para o controle do ofuscamento do presente projeto foram realizados a
partir da determinação da posição dos olhos do observador em cada ambiente, além
de considerar todas as características físicas da instalação presentes na simulação.
Com isso, os resultados das simulações no DIALUX devem ser
comparados com os valores do UGR exigidos na norma de iluminação NBR 8995-1,
utilizando a Tabela 2 como referência.
Com isso, conclui-se que o ofuscamento pode ser causado por quaisquer
fontes de luz, e com siso o projeto deve ser realizado de forma que apresente
melhores condições de segurança e conforto para o observador.
Para se corrigir o UGR, primeiramente deve-se calcular o seu valor, seja
através de softwares ou pelo método algébrico, e com isso considerar as
características sempre em relação ao campo visual do observador, como o ângulo de
corte e o método geométrico.
30

Ademais, deve-se evitar a presença de materiais que emitam reflexos no


local, que podem ocasionar a potencialização do fluxo luminoso previsto por cada
ponto de luz diretamente a visão do observador.
A iluminação indireta deve ser priorizada, uma vez que reduz a incidência
direta da iluminação no campo de visão do observador, diminuindo assim a
probabilidade de cada fonte de luz ocasionar incômodos e desconfortos.
Porém, desconsiderar o ofuscamento ou realizar a instalação da iluminação
de forma indireta pode acabar proporcionando falhas no projeto, sendo então
imprescindível a necessidade de avaliar cada caso, através de seus valores e
características quantitativas e qualitativas.
Seguindo a Tabela 2, para a luminária e lâmpada utilizadas dentro de cada
ambiente, constatou-se que os valores do UGR estão coniventes com os pré-
determinados pela NBR 8995-1, ou seja, apresentando índices inferiores a 19. Com
isso, para tais configurações realizadas o ofuscamento dos pontos de luz juntamente
com as características de cada ambiente é satisfatório, de forma a atender as
necessidades do observador sem que afete sua integridade, conforto e saúde física e
psicológica.

1.7 Indicadores energéticos

A eficiência luminosa é um fator imprescindível qual há a necessidade de


realizar um projeto luminotécnico, uma vez que, através da escolha dos valores e tipos
de lâmpadas a serem utilizadas essa característica pode se alterar, gerando assim
mais ou menos benefícios econômicos para o cliente.
O tamanho, o tipo e o formata das lâmpadas são os fatores as quais
influenciam diretamente da eficiência luminosa. Porém, ressalta-se que, a tecnologia
de construção da lâmpada vem hoje sendo o fator de maior diferencial entre os
presentes no mercado.
De certa forma, as lâmpadas fluorescentes são mais eficientes do que as
incandescentes, e foram utilizadas por um bom período de tempo sendo a melhor
alternativa para o projeto e uso residencial cotidiano.
Porém, com o surgimento e popularização das lâmpadas a LED, que por
sua vez apresentam características superiores as duas anteriormente citadas, vem
31

sendo mais requisitas em projetos, muito pelo fato da sua eficiência luminosa
significativa acima das demais.
O nível de eficiência luminosa (lm/W) de uma lâmpada fluorescente varia
em torno de 50 a 90 Lm/W, enquanto para as lâmpadas LED é possível encontrar
valores em torno de 150 Lm/W para cima. O que ocasiona diretamente impacto em
sua produção e estabilidade de luz.
Uma comparação pode ser observada na Figura 19.

Figura 19 – Comparação da eficiência luminosa entre lâmpadas

Fonte: Lumanti

Percebe-se que conforme a evolução da tecnologia acima das lâmpadas,


que além da eficiência luminosa aumentar o seu consumo diminui, gerando assim
mais economia e eficiência numa dada mesma produção de fluxo luminoso.
No presente projeto a lâmpada fluorescente utilizada de 32W possuiu na
simulação uma eficiência energética de 61,1 Lm/W. Logo, buscando em sites de
fabricantes pode-se constatar que há lâmpadas LED com potência igual ou inferior,
de mesma dimensões (T8) que possuem eficiência luminosas superiores a da
lâmpadas fluorescentes, proporcionando assim economia nos custos, maior vida útil,
maior segurança por não emitir radiação ultravioleta nem causar cansaço visual como
os outros tipos de lâmpadas, modelo sustentável pois não possuem substâncias
tóxicas em sua composição e por possuir um design inovador.

1.8 Considerações finais do projeto luminotécnico

Através do presente projeto luminotécnico desenvolvido foi possível


identificar os parâmetros que influenciam no desempenho dos pontos de luz nos
ambientes propostos.
Ademais, pôde-se observar que para o projeto original apresentado foi
constatado a presença de mais lâmpadas que o necessário, uma vez que, assumindo
32

a iluminância conforme as normas vigentes é possível adequar os valores de forma


otimizada.
Outro ponto estudado foi em relação a variação da refletância de cada
ambiente, possibilitando assim que fosse analisado o comportamento quando este
fator é alterado, comparando os cálculos realizados com os valores que mais se
aproximam do bloco construído fisicamente.
Percebe-se que para os resultados dos cálculos realizados para encontrar
os fatores de utilização da tabela do fabricante há a necessidade do projetista de
avaliar, ajustar e realizar o projeto conforme a disposição da área de cada ambiente,
de forma a não extrapolar os limites previsto por norma.
Ao percorrer do trabalho foi descrito a vantagem de se utilizar lâmpadas a
LED, visto que, além de possuir eficiência luminosa superior as fluorescentes há
também melhorias na qualidade de luz e estabilidade do sistema, gerando assim
economia para o cliente melhorando a qualidade de vida, tanto de maneira física
quanto psicológica, do observador que irá utilizar o ambiente.
Por fim, realizar o desenvolvimento do trabalho agregou aos discentes
envolvidos uma visão mais abrangente de todos os fatores que são requeridos em um
projeto luminotécnico, assim como técnicas, análises e observações que devem ser
realizadas para que o projeto seja sempre mais otimizado para o cliente, e
principalmente melhorando a qualidade de vida do observador.
33

2 ANÁLISE E PROPOSTA DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

O presente estudo possui o intuito de realizar as análises acima das faturas


mensais da Universidade Tecnológica Federal do Paraná no Campus de Apucarana
dos últimos anos, de forma a verificar os valores consumidos, assim como demais
características pertencentes as tarifas, fazendo com que fosse possível traçar a
projeção da demanda a ser contratada e a estimativa a ser analisada através do
comportamento do crescimento de consumo da universidade.

2.1 Projeção da demanda contratada

Para iniciar o estudo de demanda de energia contratada pela UTFPR-


Apucarana, o professor disponibilizou a conta de energia de maio de 2017 a abril de
2022, para que pudesse ser feito um estudo e decidir qual seria a demanda ideal a
ser contratada.
Ao analisar as faturas disponibilizadas, notou-se que o cliente em questão
se enquadra no subgrupo A2, por ter uma tensão contratada de 13,2 KV. Dessa forma,
deve-se considerar dois tipos de tarifação, azul ou verde.
A modalidade tarifária utilizada pelo cliente até então é a verde. A diferença
entre ela e a azul é que não é contratada uma demanda para o horário de ponta,
estabelecendo apenas uma análise para a demanda fora de horário de ponta.
Primeiramente coletou-se os dados úteis e organizou-se em tabelas para
facilitar os cálculos e definir um padrão de consumo da unidade consumidora.
Percebeu-se que no ano de 2020 e 2021 houve uma pandemia e por isso o consumo
de energia na faculdade estava fora do comum. Esses dados seriam úteis caso
houvesse uma nova paralisação das atividades no campus, pois teríamos disponível
o consumo mínimo da unidade, concluindo a demanda contratada para esse caso.
O estudo realizado foi separado em três métodos para projetar a possível
demanda a ser contratada pelo cliente em questão.
34

2.1.1 Metodologias

As metodologias utilizadas foram imprescindíveis para o entendimento das


faturas de energia da universidade, para que fossem estipulados métodos de análises
a serem observados e decorridos durante o trabalho.

2.1.1.1 Estudo das demandas

Para realizar o estudo das demandas tabelou-se os dados disponibilizados


pelas faturas, destacando a demanda de ponta e demanda fora de ponta e os meses
em que ocorreram.
O objetivo é conseguir visualizar o quanto essa demanda variou ao longo
dos cinco anos em questão e conseguir registrar a demanda máxima contratada,
nesse período, para ponta e fora de ponta.
Além disso, analisou-se também a tendência em que ocorrem as maiores
demandas no ano, fazendo uma média da soma das demandas em cada mês, durante
os cinco anos.

2.1.1.2 Fator multiplicativo

A escolha da demanda ficou um pouco complicada, pois, nos dois anos


anteriores ao ano de 2022 ocorreu a pandemia, assim não se teve uma base de dados
concretas para saber como seria o consumo de energia do ano em questão. Dessa
forma utilizou-se um método para supor qual seriam as próximas demandas, com base
no ano de 2019.
Para essa suposição, utilizou-se o valor de demanda fora de ponta do
mês abril de 2022, dividido pela demanda do mês de abril de 2019, como demonstrado
na equação abaixo.

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 2022 212,97


= 206,06 = 1,03 (2)
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 2019
35

Esse coeficiente foi multiplicado por todas as demais demandas de 2019,


chegando a uma suposição dos valores de demanda consumidas no ano de 2022,
para assim decidir-se a demanda contratada para o restante do ano em questão.

2.1.1.3 Método das diferenças

Uma escolha importante é qual tipo de modalidade tarifária será utilizada


pelo cliente, considerando a demanda contratada ideal para o ano de 2022. Existem
duas possibilidades possíveis para o tipo de unidade consumidora, a bandeira verde
ou azul. A verde utiliza apenas os valores de demanda fora de ponta, já a azul utiliza
os valores de demanda de ponta e fora de ponta.
Observando os valores que foram disponibilizados, é notório que a
diferença do valor de demanda e consumo de ponta e de fora de ponta foi aumentando
durante os anos, isso dá-se pelo fato de que a faculdade está sempre em
desenvolvimento e crescendo. Quanto maior essa diferença, mais atrativa é a escolha
da bandeira azul, pois se a demanda fora de ponta for muito maior, o valor da conta
de luz cairá bastante.

2.2 Análise dos dados

A análise dos dados é necessária para realizar a descrição dos estudos e


métodos aplicados para verificar as equivalências e características principais das
faturas propostas.

2.2.1 Estudo das demandas

Após tabelar os dados foi possível criar três gráficos com as informações
necessárias para realizar as análises desejadas.
36

Gráfico 1 – Demandas de Horário de Ponta

Demanda Ponta (KW)


200
150
100
50
0

Demanda de Ponta 17 Demanda de Ponta 18 Demanda de Ponta 19


Demanda de Ponta 20 Demanda de Ponta 21 Demanda de Ponta 22

Fonte: Elaborado pelos autores

Gráfico 2 – Demandas de Horário de Fora de Ponta

Demanda Fora de Ponta (KW)


300
200
100
0

Demanda Fora de Ponta 17 Demanda Fora de Ponta 18 Demanda Fora de Ponta 19


Demanda Fora de Ponta 20 Demanda Fora de Ponta 21 Demanda Fora de Ponta 22

Fonte: Elaborado pelos autores

Gráfico 3 – Média Mensal das Demandas

Média das Demandas por Mês


250,00

200,00

150,00

100,00

50,00

0,00

média Ponta média fora de ponta

Fonte: Elaborado pelos autores


37

No Gráfico 1, é notório que a demanda máxima fora de ponta registrada


nos cinco anos foi em outubro de 2019. Ao checar a fatura, conclui-se que o valor foi
de 273,88 KW. Nota-se também, que o menor valor foi obtido em maio de 2020, no
valor de 51,4 KW.
Já no Gráfico 2, pode-se concluir os valores de demanda de ponta
máxima e mínima, sendo registrados em outubro de 2019 e fevereiro de 2018, com
valores de 169,34 e 48,81 KW respectivamente.
Com o Gráfico 3, conclui-se que, os meses em que ocorre a maior
demanda são abril, outubro, novembro e dezembro, notando que ocorre um
decréscimo de outubro para novembro e a volta do crescimento de novembro para
dezembro.

2.2.2 Fator multiplicativo

Após a multiplicação das demandas de 2019 pelo coeficiente definido,


obteve-se a tabela a seguir com as projeções para o ano de 2022.

Tabela 9 – Projeção de Demandas para 2022


Demanda Projetada de Ponta 22 Demanda Fora Projetada de Ponta 22 Mês
127,86 243,34 maio
124,70 196,00 junho
110,85 130,81 julho
89,86 147,34 agosto
140,54 217,88 setembro
155,18 283,06 outubro
144,23 259,41 novembro
140,13 237,05 dezembro
Fonte: Elaborado pelos autores

Com a Tabela 9, conclui-se que a máxima demanda projetada é


representada pelos valores marcados em vermelho, seguidos dos valores em
amarelo. Voltando a analisar os Gráficos 1, 2 e 3, percebe-se que esses valores não
são tão diferentes dos apresentados nos anos anteriores.
38

2.2.3 Método das diferenças

Após o tabelamento dos dados e o cálculo da diferença de demandas e


diferença de consumos, ponta e fora de ponta, foi obtido os seguintes dados:

Tabela 10 – Diferença das Demandas do Ano de 2017


Mes/Ano Demanda de Ponta Demanda Fora de Ponta Diferença das Demandas
mai/17 117,93 142,12 24,19
jun/17 114,04 107,13 6,91
jul/17 108 94,17 13,83
ago/17 101,52 103,68 2,16
set/17 124,41 137,8 13,39
out/17 137,8 153,79 15,99
nov/17 126,14 166,75 40,61
dez/17 112,75 190,51 77,76
Média das diferenças 24,36
Fonte: Elaborado pelos autores

Tabela 11 – Diferença das Demandas do Ano de 2018


Mes/Ano Demanda de Ponta Demanda Fora de Ponta Diferença das Demandas
jan/18 83,8 129,16 45,36
fev/18 48,81 155,08 106,27
mar/18 127,44 166,75 39,31
abr/18 144,72 181 36,28
mai/18 138,67 148,6 9,93
jun/18 117,93 122,68 4,75
jul/18 120,52 114,91 5,61
ago/18 98,92 106,27 7,35
set/18 120,96 111,88 9,08
out/18 152,49 191,8 39,31
nov/18 127 162 35,00
dez/18 148,6 218,59 69,99
Média das diferenças 34,02
Fonte: Elaborado pelos autores

Tabela 12 – Diferença das Demandas do Ano de 2019


Mes/Ano Demanda de Ponta Demanda Fora de Ponta Diferença das Demandas
jan/19 112,75 181 68,25
fev/19 58,32 127,44 69,12
mar/19 93,31 131,76 38,45
abr/19 144,72 206,06 61,34
mai/19 139,53 235,44 95,91
jun/19 136,08 189,64 53,56
39

jul/19 120,96 126,57 5,61


ago/19 98,06 142,56 44,50
set/19 153,36 210,81 57,45
out/19 169,34 273,88 104,54
nov/19 157,39 250,99 93,60
dez/19 152,92 229,36 76,44
Média das diferenças 64,06
Fonte: Elaborado pelos autores

Tabela 13 – Diferença dos Consumos do Ano de 2017


Mês Consumo de Ponta Consumo Fora de Ponta Diferença
maio 5064 29821 24757
junho 6353 35490 29137
julho 4909 30071 25162
agosto 3588 24904 21316
setembro 5275 32213 26938
outubro 6905 37087 30182
novembro 5358 33516 28158
dezembro 4971 35582 30611
Média das diferenças 27032,63
Fonte: Elaborado pelos autores

Tabela 14 – Diferença dos Consumos do Ano de 2018


Mês Consumo de Ponta Consumo Fora de Ponta Diferença
janeiro 2539 25571 23032
fevereiro 2234 25241 23007
março 3411 27800 24389
abril 6993 42863 35870
maio 6186 36500 30314
junho 5213 32437 27224
julho 6036 33504 27468
agosto 3891 27044 23153
setembro 5771 35051 29280
outubro 6558 37557 30999
novembro 5637 36760 31123
dezembro 6092 38434 32342
Média das diferenças 28987,88
Fonte: Elaborado pelos autores

Tabela 15 – Diferença dos Consumos do Ano de 2019


Mês Consumo de Ponta Consumo Fora de Ponta Diferença
janeiro 2869 29118 26249
fevereiro 2575 31853 29278
40

março 2641 26216 23575


abril 7214 43478 36264
maio 6617 41564 34947
junho 5993 37480 31487
julho 6172 36574 30402
agosto 3659 27160 23501
setembro 6770 40213 33443
outubro 7261 44994 37733
novembro 7478 48840 41362
dezembro 7319 44153 36834
Média das diferenças 33713,63
Fonte: Elaborado pelos autores

As figuras demonstram que, conforme os anos passam, a diferença entre


as demandas aumenta consideravelmente e, com isso, conclui-se que, conforme os
anos passam a faculdade aumenta o seu consumo fora do horário de ponta, assim a
bandeira azul fica mais atrativa para escolha.

2.3 Análise final

Considerando as três análises anteriores, busca-se definir um valor de


demanda contratada.
Na análise do estudo das demandas, com o valor máximo obtido, e o
segundo valor mais alto das demandas, chegou-se em um valor de 265 KW de
demanda contratada fora de ponta e 162 KW de demanda de ponta, considerando a
tolerância de 5% e os possíveis acréscimos que podem ocorrer nos últimos meses do
ano.
Na análise do fator multiplicativo, com o valor máximo obtido, e o segundo
valor mais alto das demandas, chegou-se em um valor de 275 KW de demanda
contratada fora de ponta e 172 KW de demanda de ponta, também considerando a
tolerância de 5% e os possíveis acréscimos que podem ocorrer nos últimos meses do
ano.
Assim, realizando uma média entre os dois métodos, concluiu-se uma
demanda contratada fora de ponta de 270 KW e demanda contratada de ponta de 167
KW.
Com isso, realizou-se o cálculo da fatura, utilizando os parâmetros
disponibilizados pela Copel, para reafirmar a análise do método das diferenças. Para
41

isso, foi utilizado o consumo de novembro de 2019, visto que ele foi o maior registrado
no histórico disponibilizado.

Tabela 16 – Cálculo da Fatura


Análise
Tarifa Verde Tarifa Azul
Fixo 6066,90 Fixo 6066,90
TE 15428,56 Fixo - PONTA 8061,09
TUSD 6918,67 TE 15428,56
TE - PONTA 3708,56 TUSD 6918,67
TUSD - PONTA 9818,61 TE - PONTA 3708,56
- - TUSD - PONTA 1059,33
Total (R$) 41941,31 Total (R$) 41243,12
Consumo de Ponta Consumo Fora de Ponta
Diferença (R$) 698,19
7478 48840
Fonte: Elaborado pelos autores

Assim, conclui-se que, a modalidade tarifária seria azul, com valores de


demanda contratada fora de ponta de 270 KW e demanda contratada de ponta de 167
KW.
42

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5413: Iluminância


de interiores. Rio de Janeiro, 1991.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:
Iluminação de ambientes de trabalho. Rio de Janeiro, 2013.
BRASIL. NR 17 – ERGONOMIA. Disponível em:
http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEFBAD7064803/nr_17.pd
f. Acesso em: 19 de outubro de 2022.
BOCCHESE, M. F. Projeto luminotécnico em escola no município de feliz:
Otimização do aproveitamento da luz natural. Porto Alegre. Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, 2011. Disponível em: <
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/39146/000825316.pdf?sequence=
1&isAllowed=y> Acesso em: 19 de outubro de 2022.
LIBARDI, E. B. Iluminação no ambiente escolar: A influência da iluminação em
escolas de ensino fundamental da rede pública municipal na cidade de Linhares.
Aracruz-ES. Faculdades Integradas de Aracruz, 2017. Disponível em: <
http://www.faacz.com.br/repositorio_de_tccs/2017/2017-CAU-
Ester%20Bisolli%20Libardi.pdf> Acesso em: 19 de outubro de 2022.
MAMEDE FILHO, João. Instalações Elétricas Industriais, 8ª edição. LTC Editora,
2013.
MINISTÉRIO DO TRABALHO. NHO 11: Avaliação dos níveis de iluminamento em
ambientes externos de trabalho. São Paulo, 2018.

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