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1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4
2. OBJETIVOS............................................................................................................................. 5
3. MATERIAL E MÉTODOS......................................................................................................... 5
4. ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS .................................................................................. 6
5. REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 12
1. INTRODUÇÃO
A iluminação no projeto arquitetônico é algo de fundamental importância à medida em que
pode prestigiar ou desvalorizar um ambiente concebido por um arquiteto ou profissional do
ramo de interiores. O motivo disso é a variedade de aplicação da iluminação de acordo com
o ambiente, ou seja, o uso e finalidade de cada espaço necessita de luzes específicas de
acordo com suas particularidades (PEREIRA, 2018). Por esse motivo, é função do profissional
saber e entender essas características para que se projete com o maior conforto ambiental
possível.
Esse ramo da arquitetura envolve o estudo da luz, e é denominado de conforto visual. Na
literatura, Lamberts, Dutra e Pereira (2014) aborda questões relativas a essa área, qual
considera um conjunto de condições relativas a esse assunto em determinado ambiente
para que o ser humano seja capaz de realizar atividades sem dificuldades ligadas ao excesso
ou falta de iluminação necessária.
Levando isso em consideração, o presente artigo tem o objetivo de realizar uma análise e
comparação da iluminação natural e artificial em uma residência multifamiliar de alto
padrão referente a disciplina de Projeto III localizada na cidade de Pau dos Ferros – RN
(Figura 1). Para isso, será aplicado os conceitos de luminosidade, estudado os ambientes da
residência, utilizando os valores de iluminância, uniformidade e índice de reprodução de cor
na norma americana IESNA Lighting Handbook.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Uma iluminação considerada nos parâmetros qualitativos como adequada proporciona a
visualização do ambiente, possibilitando que as pessoas vejam, se movam com segurança e
desenvolva suas atividades visuais de maneira precisa, eficiente, evitando fadiga visual e o
desconforto ao enxergar (ABNT, 2013). De acordo com Cidade LED (2015) a má iluminação
ou excesso de luz causam cansaço visual e diminuição do rendimento no trabalho.
A norma que rege os aspectos de iluminação em ambientes interno é a ABNT NBR ISSO/CIE
8995-1, que se refere aos “requisitos de iluminação para os locais de trabalhos internos e os
requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, com
conforto e segurança durante todo o período de trabalho.”
A iluminação pode ser natural, artificial ou uma combinação de ambas. Independente da
escolha e uso de acordo com o ambiente, toda luz emite cores e calor, e quanto mais Kelvin,
mais azulada será a luz que ela irá emitir, no entanto quanto menos, mais amarelada será.
2. OBJETIVOS
O presente trabalho tem como objetivo geral analisar e comparar 10 cenários de acordo
com a iluminação natural e artificial na residência multifamiliar. De todos os ambientes,
foram escolhidos 05 deles para uma análise mais precisa, sendo eles a Suíte Master, Closet,
BWC, Cozinha e Escritório. O objetivo específico consiste na análise da variável proposta
pelo objetivo geral da pesquisa, simulando dois cenários, os mesmos ocorrem no horário
das 03/02/2020 às 12:00h, porém um cenário é aplicado somente luz natural, já no outro
somente a luz artificial. Logo após as análises, irá ser discutido se o ambiente está de acordo
ou não com o que a Norma Americana recomenda para a entrada de luz natural e artificial
nos cômodos.
3. MATERIAL E MÉTODOS
Os passos metodológicos que guiaram a concepção do presente artigo possuem um caráter
avaliatório e qualitativo, através de fundamentação teórica e a utilização do Software
DIALux EVO 8.1, um programa gratuito que possibilita criar projetos de luminotécnica,
calculando e visualizando a luz de maneira profissional em diversos ambientes. Ao elaborar
o projeto dentro do software e ser especificado de acordo com suas particularidades, o
calculo é feito e disponibilizado por meio de um relatório. A seguir, será mostrado 5
ambientes presentes nesse relatório de acordo com os seguintes tópicos: (1) Dados do
Ambiente; (2) Cenários de Luz; (3) Dados das Luminárias.
Para a verificação de acordo com a norma da iluminação artificial dos ambientes é preciso
determinar o tipo de luminária de cada espaço conforme temperatura de cor dessa e
levando em consideração o uso do cômodo. Sabendo disso, para o Closet, BWC, Cozinha e
Escritório foi escolhida a luminária superbasic Einlegeleuchte LED 35W + Konverter / DALi,
que pode ser vista na Figura 6 com temperatura de cor de 4000 K, ou seja, com coloração
neutra, visto que são ambientes que necessitam de mais atenção e uma iluminação maior.
Para a Suíte Master, portanto, foi aplicada a luminária Luxiona - 06IL827900MW5055 Beryl
FX 185 HV (Figura 7), que possui uma temperatura de cor de 3860 K, levemente mais quente
que a anterior, além de ser mais pontual, por ser uma área de descanso.
Vale ressaltar que nos parâmetros de iluminação artificial as luminárias utilizadas no projeto
estão de acordo com Índice de Reprodução de Cor (Ra) de cada ambiente, referente a 80
Ra, uma vez que elas possuem os seguintes CRI: 80 Ra (luminária superbasic Einlegeleuchte
LED 35W + Konverter / DALi) e 83 (Luxiona - 06IL827900MW5055 Beryl FX 185 HV). Com
todos os dados obtidos, é realizado então a análise dos cincos ambientes selecionados.
• Suíte Master
Figura 8: Gráfico de cores com iluminação Figura 9: Gráfico de cores com iluminação
natural artificial
Fonte: Adaptado do DIAlux (2020) Fonte: Adaptado do DIAlux (2020)
• Closet
Figura 10: Gráfico de cores com iluminação Figura 11: Gráfico de cores com
natural iluminação artificial
• BWC
Tipo de Médio Mínimo (lx) Máximo Uniformidade Máx/Min
Iluminação (Nominal) (lx) (Méd/Mín)
Iluminação 30.8 lx ≥ 14.2 lx 52.7 lx 2.17 3.71
Natural (100 lx)
Iluminação 275 lx ≥ 193 lx 349 lx 1.42 1.81
Artificial (100 lx)
Figura 12: Gráfico de cores com iluminação Figura 13: Gráfico de cores com
natural iluminação artificial
• Cozinha
Figura 14: Gráfico de cores com iluminação Figura 15: Gráfico de cores com
natural iluminação artificial
Fonte: Adaptado do DIAlux (2020) Fonte: Adaptado do DIAlux (2020)
• Escritório
Figura 16: Gráfico de cores com iluminação Figura 17: Gráfico de cores com
natural iluminação artificial
Em detrimento dos dados expostos, o escritório na iluminação artificial foi o que mais se
aproximou da uniformidade, porém, se tratando da luz natural, o valor ficou disperso. Outro
acontecimento relevante foi o do Closet, que devido 1 lx não atingiu o médio de iluminação
artificial, porém se classifica como correto, pois o valor é irrelevante. Os outros ambientes
tiveram os valores não se aproximam da uniformidade, independentemente se a iluminação
for natural ou artificial.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desse modo, conclui-se que a iluminação artificial e a natural possuem diferenças e
características peculiares quanto ao tipo de ambiente. A artificial além de servir como um
tipo de iluminação para fins de necessidade em desempenhar atividades, mas também
como elemento decorativo e destina-se também à detalhes do ambiente. Já a natural, seu
maior desempenho é de iluminação para o desempenho de atividades gerais, porém pode
ser utilizado como elemento decorativo também, por meio de brises e cobogós. Além disso,
o conhecimento através do software se referindo as análises, são de fundamental
importância pois contém informações precisas sobre cada dado e pode ser utilizada de
maneira eficaz. Nesse caso, faz necessário esse tipo de estudo para propor ambientes
eficientes com base no melhor tipo de iluminação para o ambiente e horário,
independentemente de ser iluminação natural ou artificial, visando e facilitando os estudos
bioclimáticos acerca das regiões, aproveitando e utilizando-se dos fatores naturais para
agregar aos partidos projetuais.
5. REFERÊNCIAS
(ABNT) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 8995-1: Iluminação de ambientes
de trabalho. Santa Catarina, 2013. 46 p.
DIALUXEVO. https://www.dial.de/en/home/. Software para cálculo e análise
Luminotécnica. Versão DIALUXEXO 8.1, Portugal. 2020
LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando O. R. Eficiência energética na
arquitetura. Rio de Janeiro, 2014.
PEREIRA, Matheus. As possibilidades da iluminação artificial para melhorar (ou piorar) a
arquitetura. Archdaily, 2018.