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UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina

Leonardo Artur Letrari Krug, Bruno Manoel Marcos

MEMORIAL TÉCNICO DESCRITIVO

Joaçaba
2022
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1 FICHA TÉCNICA

O projeto tem por objetivo realizar o projeto luminotécnico de uma fábrica de bebidas,
cujo o contratante é a empresa TOPBIER , localizada em Campos Novos Santa Catarina no
bairro industrial Aparecida.

• Será realizado o projeto luminotécnico da empresa

• Campos Novos Santa Catarina no bairro industrial Aparecida.

• (NBRISO/CIE8995-1, 2013), (IN011, 2018) Corpo de Bombeiros Militar de Santa Ca-


tarina, (ABNT; NBR; 10.898, 1998).
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2 DESCRIÇÃO DO TRABALHO

Para simulação em termos de aplicabilidade do projeto luminotécnico foram seleciona-


dos três modelos de luminárias, todas sendo da marca Philips.
Os modelos e distribuição dos mesmos nas áreas da edificação se dão por:

• 2.1 Áreas de escritórios e banheiros

• 2.2 Áreas de chão de fábrica

• 2.3 Áreas externas

• 2.4 Tabela comparando ambientes e a norma

2.1 ÁREAS DE ESCRITÓRIOS E BANHEIRO

Figura 1 – Escritórios e banheiro interno

O modelo de luminária designada para as áreas determinas na figura é o (Essential LED


Panel RC048 G2), cuja a escolha foi baseada por conta de sua aplicabilidade em áreas como
escritórios e suas características técnicas:

• Fluxo luminoso de 4000 𝑙𝑚

• Eficiência da luminária de 111 𝑙𝑚/𝑊

• Temperatura de cor de 6500K

• Potência de entrada de 36W

Sendo aplicada em áreas que possuem um pé direito mais baixo, altura de instalação de 3m e
com seu aspecto de instalação(embutir), à mesma superou as expectativas terminando com o
fluxo luminoso médio ambiente de 500lux nos escritórios e de 200lux nas áreas de banheiro
e depósito segundo a norma (NBRISO/CIE8995-1, 2013) PS:O modelo em questão também
foi utilizado na edificação de banheiro e vestiário externo que segue no arquivo do Dialux em
anexo salas(20 e 21).
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2.2 ÁREAS DE CHÃO DE FÁBRICA

A luminária utilizada na área de chão de fábrica foi do tipo Highbay Elite de mo-
delo(BY718P LED200/CW PSU NB), suas características consistem em:

• Fluxo luminoso de 21500 𝑙𝑚

• Eficiência da luminária de 158 𝑙𝑚/𝑊

• Temperatura de cor de 6500K

• Potência de entrada de 135W

Figura 2 – Chão de fábrica

A aplicação do modelo de luminária em questão se deu por ser a mesma do tipo in-
dustrial com um fluxo luminoso e potência elevados. Essa necessidade foi decorrente de uma
altura de instalação alta de 5,8 m de altura. Ela foi utilizada com sucesso suprindo nas áreas em
questão o grau de iluminância média necessária.PS:O modelo em questão também foi utilizado
na edificação de depósito que segue no arquivo do Dialux em anexo, salas(17 e 19).

2.3 ÁREAS EXTERNAS

Nas áreas externas da edificação principal a luminária selecionada para o uso foi do
tipo TownGuide Performer do modelo(BDP100 LED50/740 DW PCF SI 62P), que dentre suas
principais características se encontram:

• Fluxo luminoso de 2700 𝑙𝑚.

• Eficiência da luminária de 79l 𝑙𝑚/𝑊 .

• Temperatura de cor de 4000K.


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• Potência de entrada de 34W.

Figura 3 – Área externa

O uso do modelo de luminária em questão intercorreu de uma carência de iluminação


na parte externa da fábrica, o principal motivo da escolha foi por conta de sua curva fotométrica
na qual a emissão do raio fotométrico se dá de forma esférica.

Figura 4 – Curva fotométrica

2.4 TABELA COMPARANDO AMBIENTES E A NORMA

Na tabela a seguir o valor de lux mínimo médio por área é comparado com os valores
da seção 5 da norma (NBRISO/CIE8995-1, 2013). Segundo a norma o valor de lux médio por
área consiste em:
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• indústria alimentícia, lux médio = 200lux.

• escritórios, lux médio = 500lux.

• banheiros e vestuários, lux médio = 200lux.

• depósito lux médio = 200lux.

Tabela 1 – Tabela com valores retirados do Dialux Potência média luminosa


Ambientes parâmetro valor médio simulado(lux) valor médio norma(lx)
sala 1(chão de fábrica) potência luminosa 379 200
sala 2(chão de fábrica) potência luminosa 383 200
potência luminosa
sala 4(chão de fábrica) potência luminosa 267 200
sala 5(chão de fábrica) potência luminosa 436 200
sala 6(chão de fábrica) potência luminosa 366 200
sala 7(chão de fábrica) potência luminosa 317 200
sala 8(chão de fábrica) potência luminosa 409 200
sala 9(chão de fábrica) potência luminosa 361 200
sala 10(chão de fábrica) potência luminosa 427 200
sala 11 (escritório) potência luminosa 449 500
sala 12(escritório) potência luminosa 534 500
sala 13(escritório) potência luminosa 500 500
sala 14(banheiro) potência luminosa 330 200
sala 15(escritório) potência luminosa 518 500
sala 16(escritório) potência luminosa 581 500
sala 17(depósito) potência luminosa 305 200
sala 19(depósito) potência luminosa 310 200
sala 20(vestuário/banheiro) potência luminosa 263 200
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3 MEMORIAL DE CÁLCULO

O cálculo da sala 12 foi realizado a mão e os demais foram feitos se utilizando o software
Dialux, o qual possui licença gratuita. Para o cálculo da sala 12 foi utilizado o método de
cálculo de fluxo luminoso o qual a fórmula é 𝑊 𝑡 = (𝐸 * 𝑆)/(𝐹 𝑢 * 𝐹 𝑙) em que 𝐸 é nível
de iluminamento desejado no ambiente, 𝑆 é área do plano de trabalho, 𝐹 𝑢 é o coeficiente
de utilização e 𝐹 𝑑𝑙 é o fator de depreciação. Como a sala seria utilizada para escritório se
consultou a norma técnica (NBRISO/CIE8995-1, 2013) para saber o valor de iluminamento
mínimo necessário no ambiente o qual é 500 𝑙𝑢𝑥. Para se saber o valor de 𝐹 𝑑𝑙 se utilizou
a seguinte tabela 2.9 do livro (FILHO, 2007) Após isso se aplicou a fórmula para descobrir
o fator 𝐾 = 𝐴 * 𝐵/𝐻𝑙𝑝 * (𝐴 + 𝐵) em que 𝐴 e 𝐵 se referem respectivamente a largura e
comprimento do recinto em 𝑚,𝐻𝑙𝑝 se refere a altura de instalação em 𝑚. Após o cálculo se
chegou ao valor 𝐾 de 0.58. Com esse valor foi consultada a tabela encontrada no livro (FILHO,
2007) para determinação de 𝐹 𝑢, para isso foi considerando os seguintes valores de reflexão para
teto, paredes e piso: bem explicado, mas poderia "quebrar" em
parágrafos e utilizar o modo equação
• Teto 70%.

• paredes 50%.

• piso 10%.

Assim obteve-se um valor de 𝐹 𝑢 de 0.35.


Aplicando os valores encontrados anteriormente na fórmula de fluxo luminoso se obteve
o valor de 25200𝑙𝑚. Utilizando o próprio o próximo passo foi calcular o número de luminárias
necessárias no ambiente, para isso a seguinte fórmula foi utilizada 𝑛 = (𝑊 𝑡)/(𝑛𝑙𝑎 * 𝑊 𝑙), em
que:

• 𝑊 𝑡 é o fluxo luminoso calculado anteriormente.

• 𝑛𝑙𝑎 é o número de luminárias por lâmpada.

• 𝑤𝑙 é o fluxo luminoso da lâmpada dado em 𝑙𝑚.

Para essa etapa foram considerando os seguintes valores, luminária de 4000 𝑙𝑚 e 1 lâmpada por
luminária, obtivemos o valor de 6 luminárias, posteriormente foi comprovada a assertividade
do cálculo através do software Dialux o qual calculou a mesma quantidade de luminárias para
o ambiente citado anteriormente. Após isso deu-se seguimento ao cálculo das outras salas utili-
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zando o software e a norma (NBRISO/CIE8995-1, 2013) para saber o valor recomendado para
cada ambiente, os resultados se encontram na tabela 2.4 da seção anterior.

Tabela 2 – Visualização de Cálculo


Indice K Altura instalação (m) E (fluxo luminoso desejado) Área (m²)
0,58 3,00 500,00 13,23
Cálculo fluxo luminoso (lm) FDL Número luminárias (resultado)
25200 0,75 6,3
FU lm lâmpadas Número de luminárias por lâmpada
0,35 4000 1

A tabela acima mostra o local de cálculo, o software escolhido foi o Excell com licença
paga.
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4 RECOMENDAÇÕES

O sistema de iluminação de emergência deve seguir a instrução normativa (IN011, 2018)


do corpo de bombeiros militar de Santa Catarina, os requisitos para cada tipo de sistema se
encontram na mesma, por exemplo: caso o sistema for um conjunto de blocos dinâmicos cada
um deve possuir sua própria tomada, já as recomendações gerais para qualquer tipo de sistema
de iluminação são as seguintes:

• 1. Deve se observar a norma (ABNT; NBR; 10.898, 1998) o qual esta instrução norma-
tiva tem como base.

• 2. O nível de iluminamento mínimo deve ser 3 𝑙𝑥 para ambientes planos.

• 3. 5 𝑙𝑥 para ambientes com desníveis e escadas.

• 4. A distância máxima entre os pontos de iluminação deve ser 4 vezes a altura da


instalação destes em relação ao piso.

Para se obter as recomendações completas consultar a (ABNT; NBR; 10.898, 1998) e a


(IN011, 2018) do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
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5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

O projeto luminotécnico da indústria TopBier foi realizado de maneira técnica e analí-


tica. Por se tratar de uma industria alimentícia e segundo a norma (NBRISO/CIE8995-1, 2013),
o nível de lux médio e de entorno imediato para as áreas de chão de fábrica, banheiro e depósito
é de 200lux. Já para áreas de escritório o nível médio é 500lux e entorno imediato de 300lux.
Por meio de simulações no software DialuxEVO e cálculos a disposição das luminárias
baseou-se principalmente no nível de iluminância de entorno imediato pois o objetivo era ter
á mesma o mais homogênea possível. Os resultados conferidos na tabela 1 no cap 2.4 mostra-
ram que para suprir o nível de lux de entorno imediato foi necessário um valor de lux médio
maior por área, o qual por ser um valor maior não gerou ofuscamento e ficou dentro da norma
(NBRISO/CIE8995-1, 2013).
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6 LISTA DE MATERIAIS PARA INSTALAÇÃO

Tabela 3 – Tabela Materiais Instalação


Lista de luminárias (Terreno 1)
TIPO Fabricante Nome do artigo Equipagem Corrente luminosa Factor de manutenção Potência de ligação Quantidade
1 PHILIPS BDP100 PCF DW LED50/740 NO 1xLED50/740 5000 lm 0.80 35.5 W 6
Lista de luminárias (Edifício 2)
TIPO Fabricante Nome do artigo Equipagem Corrente luminosa Factor de manutenção Potência de ligação Quantidade
2 PHILIPS RC048B LED40S 865 W62L62 LA 1xLED 4000 lm 0.80 36 W 46
3 PHILIPS BY718P LED200CW WB PSU 1xLED 20000 lm 0.80 135 W 29
Lista de luminárias (Edifício 3)
TIPO Fabricante Nome do artigo Equipagem Corrente luminosa Factor de manutenção Potência de ligação Quantidade
2 PHILIPS RC048B LED40S 865 W62L62 LA 1xLED 4000 lm 0.80 36 W 16
Lista de luminárias (Edifício 4)
TIPO Fabricante Nome do artigo Equipagem Corrente luminosa Factor de manutenção Potência de ligação Quantidade
2 PHILIPS RC048B LED40S 865 W62L62 LA 1xLED 4000 lm 0.80 36 W 13
Lista de luminárias (Edifício 2, Andar 1)
TIPO Fabricante Nome do artigo Equipagem Corrente luminosa Factor de manutenção Potência de ligação Quantidade
2 PHILIPS RC048B LED40S 865 W62L62 LA 1xLED 4000 lm 0.80 36 W 46
3 PHILIPS BY718P LED200CW WB PSU 1xLED 20000 lm 0.80 135 W 29
Lista de luminárias (Edifício 3, Andar 1)
TIPO Fabricante Nome do artigo Equipagem Corrente luminosa Factor de manutenção Potência de ligação Quantidade
2 PHILIPS RC048B LED40S 865 W62L62 LA 1xLED 4000 lm 0.80 36 W 16
Lista de luminárias (Edifício 4, Andar 1)
TIPO Fabricante Nome do artigo Equipagem Corrente luminosa Factor de manutenção Potência de ligação Quantidade
2 PHILIPS RC048B LED40S 865 W62L62 LA 1xLED 4000 lm 0.80 36 W 13

Acima o modelo e quantidade de luminárias por área da edificação.


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REFERÊNCIAS

ABNT; NBR; 10.898. Associação Brasileira de Normas Técnicas. [S.l.]: ABNT, 1998.

FILHO, João Mamede. Instalações elétricas industriais. [S.l.]: Livros Tecnicos e Cientificos,
2007.

IN011. SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA. [S.l.]: Corpo de Bombeiros


Militar Santa Catarina, 2018.

NBRISO/CIE8995-1, ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. [S.l.]: ABNT,


2013.

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