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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ – UNIFAP

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO – PROGRAD


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS - DCET
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO – CAU

CONFORTO AMBIENTAL I

REQUISITOS E PROCEDIMENTOS PARA


NÍVEIS DE ILUMINAÇÃO
AULA 4 - MINISTRADA PELO PROF. ME. BRUNO SILVA
NORMAS
• ABNT NBR 5461:1991– EM VIGOR ”Iluminação” : define termos relacionados com
radiações, grandezas, unidades, visão, reprodução das cores, etc...;
• ABNT NBR 5413:1992 “Iluminância de interiores” CANCELADA em 21/03/2013
SUBSTITUÍDA por : ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013;
• NBR ISO/CIE 8995-1:2013 - EM VIGOR “Iluminação de ambientes de trabalho. Parte 1:
Interior”
• ABNT NBR 15215-1:2005 Versão Corrigida:2007 - EM VIGOR “Iluminação Natural” –
Parte 1: Conceitos Básicos e Definições;
- NBR 15215-2: Iluminação Natural – Parte 2: Procedimentos de cálculo para a estimativa
da disponibilidade de luz natural;
- NBR 15215-3: Iluminação Natural – Parte 3: Procedimento de Cálculo para determinação
da iluminação natural em ambientes internos.;
- NBR 15215-4: Iluminação Natural – Parte 4: Verificação experimental das condições de
iluminação interna de edificações;
• ABNT NBR 15575-1_2021 Edificações Habitacionais — Desempenho. Parte 1: Requisitos
gerais;
NBR15575-1:2021

NBR 15575-1:2021 Edificações Habitacionais – Desempenho


Parte 1: Requisitos gerais.

“Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho


aplicáveis às edificações habitacionais, como um todo integrado, bem como a serem
avaliados de forma isolada para um ou mais sistemas específicos.” (Norma ABNT NBR
15.575, 2021).
NBR15575-1:2021
REQUISITOS DOS USUÁRIOS

• “Os requisitos dos usuários devem ser atendidos de forma a promover segurança,
habitabilidade e sustentabilidade, tendo para cada um desses tópicos solicitações
particulares e expressos pelos seguintes fatores” (Norma ABNT NBR 15.575, 2021)

Segurança: Habitabilidade:
• segurança estrutural; • estanqueidade da água
• segurança contra o fogo; • conforto térmico
• segurança no uso e na operação. • conforto acústico
• conforto lumínico
Sustentabilidade: • saúde, higiene e qualidade do ar
• durabilidade; • funcionalidade e acessibilidade
• manutenibilidade; • conforto tátil e antropodinâmico.
• impacto ambiental.
NBR15575-1:2021
13 - CONFORTO LUMÍNICO
NBR15575-1:2021
13 - CONFORTO LUMÍNICO
NBR15575-1:2021
13 - CONFORTO LUMÍNICO - SIMULAÇÃO
NBR15575-1:2021
13 - CONFORTO LUMÍNICO – SIMULAÇÕES/ECOTECT ANALYSIS

DESCONTINUADO EM 2015!
NBR15575-1:2021
13 - CONFORTO LUMÍNICO – SIMULAÇÕES/REVIT

ALGUMAS APLICABILIDADES DO ECOTECT FORAM INCORPORADAS AO REVIT


NBR15575-1:2021
13 - CONFORTO LUMÍNICO – DAYLIGHT SIMULATON/EQUA
NBR15575-1:2021
13 - CONFORTO LUMÍNICO – RADIANCE
NBR15575-1:2021
13 - CONFORTO LUMÍNICO – SIMULAÇÕES/DIALux evo

AULA 1 - https://www.youtube.com/watch?v=fd_CP-vIX8o&t=379s&ab_channel=EscoladaEl%C3%A9trica-AndersonCampos
AULA 2 - https://www.youtube.com/watch?v=w-0IvZJOjU0&ab_channel=EscoladaEl%C3%A9trica-AndersonCampos
AULA 3 - https://www.youtube.com/watch?v=KiiHKUwKGJU&ab_channel=EscoladaEl%C3%A9trica-AndersonCampos
AULA 4 - https://www.youtube.com/watch?v=4sATXvbaniY&ab_channel=EscoladaEl%C3%A9trica-AndersonCampos
DOWNLOAD GRATUÍTO- https://www.dialux.com/en-GB/download
NBR15575-1:2021
13 - CONFORTO LUMÍNICO – MEDIÇÃO IN LOCO
NBR15575-1:2021
13 - CONFORTO LUMÍNICO – MEDIÇÃO IN LOCO
NBR15575-1:2021
13 - CONFORTO LUMÍNICO – PREMISSAS DE PROJETO
NBR15575-1:2021
13 - CONFORTO LUMÍNICO – COMUNIÇÃO COM O EXTERIOR
NBR15215-1
“Esta parte da ABNT NBR 15215
estabelece os conceitos e define os
termos relacionados com a iluminação
natural e o ambiente construído,
agrupando-os em três linhas:
a) Termos gerais;
b) Componentes de iluminação
natural;
c) Elementos de controle.”
(Norma ABNT NBR 15.215-1, 2005).
NBR15215-2
NBR15215-3
NBR15215-3

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO NATURAL: Daylight


Factor (DF), ou fator de luz diurna (FLD), ou coeficiente de luz diurna (CLD)

- A luz direta do sol não é levada em consideração (iluminância externa medida a


sombra);
- Deverá ser medido sob condição de céu encoberto (sem luz direta incidindo no
medidor);
- Assume-se como constante para todos os pontos do ambiente, sob condição de céu
uniforme e encoberto (apesar de variar porque cada ponto enxergam uma parcela de céu
diferente);
- Compara o desempenho de diferentes sistemas de iluminação natural
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO NATURAL
Daylight Factor (DF), ou fator de luz diurna (FLD), ou coeficiente de luz diurna (CLD)

Razão entre a iluminância num ponto (Ep) localizado num plano horizontal interno, e a
iluminância simultânea (Ee) num plano externo horizontal.

Onde:
DF – Fator de Luz diurna
EP – Iluminância do ponto interno (lux)
EE – Iluminância externa (lux)

O CIE (Comitê internacional de iluminação) recomenda valores de iluminâncias e valores


de FDL para avaliação da iluminação natural nos espaços interiores. Exemplo:
• Escritórios : - Iluminâncias recomendadas, 500 lux a 1000 lux;
- FLD mínimo, 2%
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO NATURAL

Daylight Factor (DF), ou fator de luz diurna (FLD), ou coeficiente de luz diurna(CLD)

“Uma vez que a iluminância no interior da edificação muda em função das condições de céu,
valores de iluminância não são indicativos diretos do real desempenho da edificação. O fator
de luz diurna (DF ou FLD) é a razão da iluminância exterior pela interior sob um céu encoberto
(medido em um plano horizontal em ambos os locais e expresso como uma percentagem), e é
constante mesmo sob mudanças da luminância absoluta do céu. Isso se deve ao fato de que
a distribuição em um céu uniforme é constante e não varia com o tempo. A constância do DF
para uma edificação se aplica apenas para condição de céu encoberto; sob condição de céu
claro, o DFpode variar de acordo com asmudanças de distribuição de luminância do céu e
com a posição do sol” (MOORE,1991).
EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO NATURAL

No quadro ao lado encontram-se alguns valores


mínimos de FDL por ambiente recomendados.

Fonte : HOPKINSON, R. G; PETHERBRIDGE P.


e LONGMORE, J. Iluminação Natural. Lisboa:
Fundação Colouste Gulbenkian, 1975. P. 34
NBR15215-4
NBR15215-4

Recomendações de utilização dos instrumentos de medição


Para garantir a precisão e a continuidade das medições, as seguintes
recomendações, relativas aos instrumentos, devem ser observadas:

a) calibrar periodicamente ;
b) evitar choques de qualquer natureza ;
c) não expor às intempéries e aos limites de umidade e temperatura recomendados
pelo fabricante;
d) guardar os instrumentos em seus estojos, após a utilização, certificando-se de que
estejam desligados e sem bateria.
NBR15215-4

Iluminância em planos de trabalho


Para avaliação da iluminância em postos de trabalho, deve-se fazer medições em uma
quantidade de pontos suficiente para caracterizar adequadamente tal plano.

Quantidade de pontos
Para determinar o número mínimo de pontos necessários para verificação do nível de
iluminação natural com erro inferior a 10%, deve-se determinar o índice do local (K) pela
equação 2 e recorrer à tabela 2.
NBR15215-4
Métodos de medições: Medições de iluminância
As medições de iluminância podem ser realizadas em ambientes reais ou em modelos
físicos executados em escala reduzida.

Modelos arquitetônicos em escala reduzida


Modelos em escala são ferramentas de projeto que podem ser utilizados para avaliação
de vários aspectos do projeto do edifício, bem como a sua forma, orientação, fachadas
e, principalmente, para o estudo da iluminação natural nos espaços internos, visto que
considerações a respeito da iluminação de ambientes constituem a medida mais efetiva
no controle das qualidades visuais destes ambientes.

Ambientes reais
As medições em ambientes reais (avaliação in loco), têm como objetivo avaliar as
condições de iluminação natural do ambiente construído, em condições reais de
ocupação e utilização.
NBR15215-4
Modelos arquitetônicos em escala reduzida

Medições em modelos
As seguintes recomendações devem ser seguidas:
a) construir modelos em escala não menor do que 1:40;
b) garantir que todas as superfícies estejam presentes (modelos seccionados não são
adequados);
c) adequar as refletividades das superfícies e representar o mais corretamente possível
as refletividades das superfícies reais;
d) evitar modelos mal executados onde possam ocorrer vazamentos de luz em suas
juntas;
e) garantir que as obstruções externas apresentem tamanhos e refletividades corretas;
f) modelar adequadamente os detalhes das aberturas; e
g) planejar com antecedência as posições das medições.
NBR15215-4
Medições em ambientes reais
Para uma avaliação mais precisa dos níveis de iluminação, os procedimentos seguintes para as
medidas devem ser observados:
a) considerar a quantidade de luz no ponto e no plano onde a tarefa for executada, seja horizontal,
vertical ou em qualquer outro ângulo;
b) manter o sensor paralelo à superfície a ser avaliada ou deixá-lo sobre a superfície cujos níveis de
iluminação estão sendo medidos;
c) atentar para o nivelamento da fotocélula quando ela não for mantida sobre a superfície de trabalho
e sim na mão da pessoa que faz as medições, pois pequenas diferenças na posição podem acarretar
grandes diferenças na medição;
d) evitar sombras sobre a fotocélula, acarretadas pela posição de pessoas em relação a ela, a não ser
que seja necessário para a caracterização de um posto de trabalho;
e) verificar, sempre que possível, o nível de iluminação em uma superfície de trabalho, com e sem as
pessoas que utilizam estes ambientes em suas posições; desta forma, é possível verificar eventuais
falhas de leiaute;
f) expor a fotocélula à luz aproximadamente 5 min antes da primeira leitura, evitando-se sua exposição
a fontes luminosas muito intensas, como, por exemplo, raios solares;
g) realizar as medições num plano horizontal a 75 cm do piso quando a altura da superfície de
trabalho não é especificada ou conhecida.
NBR15215-4
Medições em ambientes reais

Em virtude da variação frequente das condições de céu ao longo do dia e do ano, para
valores mais precisos de níveis de iluminação, estes devem ser verificados em diferentes
horas do dia (horário legal) e também em diferentes épocas do ano.
Para levantamentos nos quais não seja possível um monitoramento da iluminação
natural ao longo do ano , recomenda-se verificar a iluminância nas condições de céu
mais representativas do local nos seguintes períodos:

a) Em um dia próximo ao solstício de verão (22 de dezembro);


b) Em um dia próximo ao solstício de inverno (22 de junho);
c) De 2h em 2h a partir do início do expediente (horário legal).
NBR15215-4
QUANTIDADE DO NÚMERO DE PONTOS
NBR15215-4
QUANTIDADE DO NÚMERO DE PONTOS
NBR15215-4
MALHA DE PONTOS PARA MEDIÇÕES
EXEMPLO PRÁTICO
Em uma determinada sala de aula deseja-se
saber se ela atende às exigências de iluminação
natural vistas na NBR 15575-1, no que diz
respeito aos níveis de iluminância e FDL.
Para tal, usou-se como referência para medição
in-loco os parâmetros identificados na NBR
15215-3 e 15215-4.
EXEMPLO PRÁTICO

AMBIENTE: SALA DE AULA


Índice K (ad.) 14,51
Comprimento C (m) 8
Largura L (m) 8,25
Altura de trabalho Hm (m) 0,28
Nº de Pontos 36
N PONTOS LUX
1 300

EXEMPLO PRÁTICO 2
3
4
507
533
566
K<1 5 661
6 333
7 488
8 150
9 362
10 573
11 585
12 454
1<K<2 13 477
14 666
15 487
16 563
Cálculo FDL 17 513
FDL (%) 3,98 18 587
19 477
Ee (Lux) 12.000 20 601
2<K<3 21 677
Ep (Lux) 477 22 439
23 227
24 103
25 104
26 190
27 432
28 532
29 586
30 386
K>3 31 461
32 588
33 159
34 103
35 410
36 231
EXERCÍCIO

Em uma biblioteca deseja-se saber se ela atende às exigências de iluminação natural vistas na NBR 15575-
1, no que diz respeito aos níveis FDL. Para tal, usou-se como referência para medição in-loco os
parâmetros identificados na 15215-4. Desta forma identifique, através do método de medição, o
número de pontos neste ambiente a serem levantados.
REFERÊNCIAS
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F.O.R. Eficiência energética na arquitetura.
[3.ed.] Rio de Janeiro,2014. Ler Capítulo 5.
ABNT. NBR 15575-1 Edificações Habitacionais — Desempenho. Parte 1: Requisitos
gerais. 2021
ABNT. NBR 15215-1: Conceitos Básicos e Definições. 2005

ABNT. NBR 15215-2: Iluminação Natural – Parte 2: Procedimentos de cálculo para a


estimativa da disponibilidade de luz natural. 2005

ABNT. NBR 15215-3: Iluminação Natural – Parte 3: Procedimento de Cálculo para


determinação da iluminação natural em ambientes internos. 2005

ABNT. NBR 15215-4: Iluminação Natural – Parte 4: Verificação experimental das


condições de iluminação interna de edificações. 2005

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