Você está na página 1de 17

Projeto de iluminação

Prof.: Rômulo Sanzio


1. Introdução

Em um projeto de iluminação ou estudo luminotécnico determina-se a


quantidade, especificação e localização de cada componente responsável
por iluminar um determinado lugar.
Nesse sentido, um bom projeto de iluminação deve satisfazer os aspectos
quantitativos e qualitativos exigidos pelo ambiente:
 conforto visual, dando as pessoas uma sensação de bem-estar,
 desempenho visual, ficando as pessoas capacitadas a realizar suas
tarefas visuais, mesmo sob circunstâncias difíceis e durante longos
períodos,
 segurança visual, ao olhar ao redor e detectar perigos.
2. Definições

 Iluminância mantida (Em): Valor abaixo do qual não convém que a


iluminância média da superfície especificada seja reduzida.
 A uniformidade é a razão entre o valor mínimo e o valor médio da
iluminância, sendo que esta deve se alterar gradualmente. A
uniformidade da iluminância na tarefa não pode ser menor que 0,7. A
uniformidade da iluminância no entorno imediato não pode ser inferior a
0,5.
 Ofuscamento é a sensação visual produzida por áreas brilhantes dentro
do campo de visão, que pode ser experimentado tanto como um
ofuscamento desconfortável quanto como um ofuscamento inabilitado.
3. Classificação das luminárias

A iluminação de interiores pode ser classificada em função da distribuição


espacial do fluxo luminoso emitido, conforme tabela a seguir.
4. Métodos de cálculo

Para iniciar um projeto luminotécnico de um ambiente é preciso escolher o


método de cálculo.
Nesta apresentação serão abordados os seguintes métodos de cálculo:
 Método do fluxo luminoso ou dos lúmens – adequado para cálculo da
iluminância de interiores;
 Método simplificado – utilizado principalmente para iluminação externa
ou em locais com pouca exigência.
5. Método dos Lúmens - etapas
1º Definir requisitos para o planejamento da iluminação conforme
NBRISO/CIE 8995-1.

Estes requisitos de iluminação estão estabelecidos em uma tabela da


seguinte maneira:
 A coluna 1 - lista dos ambientes, tarefas ou atividades para os quais os
requisitos específicos são dados;
 A coluna 2 - estabelece a iluminância mantida na superfície de
referência para um ambiente, tarefa ou atividade estabelecidos na
coluna 1;
 A coluna 3 estabelece o Índice limite de ofuscamento unificado (
UGRL) limite aplicável para a situação listada na coluna 1;
 A coluna 4 estabelece o índice de reprodução de cor mínimo para a
situação listada na coluna 1;
 Coluna 5: observações
5. Método dos Lúmens - etapas
Fragmentos da tabela com a especificação da iluminância, índice de
ofuscamento e reprodução de cor.
5. Método dos Lúmens - etapas
Fragmentos da tabela com a especificação da iluminância, índice de
ofuscamento e reprodução de cor.
5. Método dos Lúmens - etapas
Fragmentos da tabela com a especificação da iluminância, índice de
ofuscamento e reprodução de cor.
5. Método dos Lúmens - etapas
2º Determinar o fator do local K. Este índice relaciona as dimensões do
ambiente, comprimento, largura e a altura da luminária em relação ao
plano de trabalho de acordo com o tipo de iluminação (direta, semidireta,
indireta e semi-indireta). Para o calculo do fator local utilizamos a formula
abaixo:
5. Método dos Lúmens - etapas

3º Escolher as lâmpadas e luminárias. Esta decisão dever ser norteada


pelo local, tipo de trabalho e/ou tarefa a ser realizada, custo, manutenção,
estética, além dos requisitos de iluminância mantida, índice de
ofuscamento e reprodução de cor já definidos no 1º passo;
5. Método dos Lúmens - etapas
4º Encontrar o fator de utilização (Fu). Este coeficiente relaciona o fluxo
luminoso inicial emitido pela luminária (fluxo total) e o fluxo recebido no
plano de trabalho (fluxo útil).
Inicialmente, define-se o índice de refletância do teto, paredes e piso a
partir da tabela a seguir.

Em seguida, monta-se o índice de refletância com 3 algarismos


1ºalgarismo reflexão do teto
2ºalgarismo reflexão das paredes
3ºalgarismo reflexão do piso
5. Método dos Lúmens - etapas
Com o índice de refletância e o fator do local determina-se o fator de
utilização na tabela da luminária escolhida.

Obs.: A tabela do coeficiente de utilização depende do fabricante, do tipo e


das características inerentes a cada luminária.
5. Método dos Lúmens - etapas

5º Adotar um fator de depreciação ou manutenção (Fd). O fator de


manutenção relaciona o fluxo emitido no fim do período de manutenção
da luminária e o fluxo luminoso inicial da mesma. O fator de manutenção
pode ser calculado ou obtido de tabelas relacionadas na norma.
5. Método dos Lúmens - etapas

6º Determinar o fluxo luminoso total (Φ)

Onde,
S – área em m2;
E – iluminância mantida;
Fu –fator de utilização;
Fd – fator de depreciação.

Em seguida, calcula-se a quantidade de luminárias (N).

φ : Produto do fluxo luminoso de uma lâmpada pelo número de lâmpadas


da luminária
5. Método dos Lúmens - etapas

7º Calcular a distribuição de luminárias no ambiente.


6. Método simplificado

Neste método devemos seguir os mesmos passos para cálculo do fluxo


total através do método dos lumens, com exceção dos fatores de
utilização e manutenção que são obtidos de maneira simplificada
conforme segue:

Você também pode gostar