Em um projeto de iluminação ou estudo luminotécnico determina-se a
quantidade, especificação e localização de cada componente responsável por iluminar um determinado lugar. Nesse sentido, um bom projeto de iluminação deve satisfazer os aspectos quantitativos e qualitativos exigidos pelo ambiente: conforto visual, dando as pessoas uma sensação de bem-estar, desempenho visual, ficando as pessoas capacitadas a realizar suas tarefas visuais, mesmo sob circunstâncias difíceis e durante longos períodos, segurança visual, ao olhar ao redor e detectar perigos. 2. Definições
Iluminância mantida (Em): Valor abaixo do qual não convém que a
iluminância média da superfície especificada seja reduzida. A uniformidade é a razão entre o valor mínimo e o valor médio da iluminância, sendo que esta deve se alterar gradualmente. A uniformidade da iluminância na tarefa não pode ser menor que 0,7. A uniformidade da iluminância no entorno imediato não pode ser inferior a 0,5. Ofuscamento é a sensação visual produzida por áreas brilhantes dentro do campo de visão, que pode ser experimentado tanto como um ofuscamento desconfortável quanto como um ofuscamento inabilitado. 3. Classificação das luminárias
A iluminação de interiores pode ser classificada em função da distribuição
espacial do fluxo luminoso emitido, conforme tabela a seguir. 4. Métodos de cálculo
Para iniciar um projeto luminotécnico de um ambiente é preciso escolher o
método de cálculo. Nesta apresentação serão abordados os seguintes métodos de cálculo: Método do fluxo luminoso ou dos lúmens – adequado para cálculo da iluminância de interiores; Método simplificado – utilizado principalmente para iluminação externa ou em locais com pouca exigência. 5. Método dos Lúmens - etapas 1º Definir requisitos para o planejamento da iluminação conforme NBRISO/CIE 8995-1.
Estes requisitos de iluminação estão estabelecidos em uma tabela da
seguinte maneira: A coluna 1 - lista dos ambientes, tarefas ou atividades para os quais os requisitos específicos são dados; A coluna 2 - estabelece a iluminância mantida na superfície de referência para um ambiente, tarefa ou atividade estabelecidos na coluna 1; A coluna 3 estabelece o Índice limite de ofuscamento unificado ( UGRL) limite aplicável para a situação listada na coluna 1; A coluna 4 estabelece o índice de reprodução de cor mínimo para a situação listada na coluna 1; Coluna 5: observações 5. Método dos Lúmens - etapas Fragmentos da tabela com a especificação da iluminância, índice de ofuscamento e reprodução de cor. 5. Método dos Lúmens - etapas Fragmentos da tabela com a especificação da iluminância, índice de ofuscamento e reprodução de cor. 5. Método dos Lúmens - etapas Fragmentos da tabela com a especificação da iluminância, índice de ofuscamento e reprodução de cor. 5. Método dos Lúmens - etapas 2º Determinar o fator do local K. Este índice relaciona as dimensões do ambiente, comprimento, largura e a altura da luminária em relação ao plano de trabalho de acordo com o tipo de iluminação (direta, semidireta, indireta e semi-indireta). Para o calculo do fator local utilizamos a formula abaixo: 5. Método dos Lúmens - etapas
3º Escolher as lâmpadas e luminárias. Esta decisão dever ser norteada
pelo local, tipo de trabalho e/ou tarefa a ser realizada, custo, manutenção, estética, além dos requisitos de iluminância mantida, índice de ofuscamento e reprodução de cor já definidos no 1º passo; 5. Método dos Lúmens - etapas 4º Encontrar o fator de utilização (Fu). Este coeficiente relaciona o fluxo luminoso inicial emitido pela luminária (fluxo total) e o fluxo recebido no plano de trabalho (fluxo útil). Inicialmente, define-se o índice de refletância do teto, paredes e piso a partir da tabela a seguir.
Em seguida, monta-se o índice de refletância com 3 algarismos
1ºalgarismo reflexão do teto 2ºalgarismo reflexão das paredes 3ºalgarismo reflexão do piso 5. Método dos Lúmens - etapas Com o índice de refletância e o fator do local determina-se o fator de utilização na tabela da luminária escolhida.
Obs.: A tabela do coeficiente de utilização depende do fabricante, do tipo e
das características inerentes a cada luminária. 5. Método dos Lúmens - etapas
5º Adotar um fator de depreciação ou manutenção (Fd). O fator de
manutenção relaciona o fluxo emitido no fim do período de manutenção da luminária e o fluxo luminoso inicial da mesma. O fator de manutenção pode ser calculado ou obtido de tabelas relacionadas na norma. 5. Método dos Lúmens - etapas
6º Determinar o fluxo luminoso total (Φ)
Onde, S – área em m2; E – iluminância mantida; Fu –fator de utilização; Fd – fator de depreciação.
Em seguida, calcula-se a quantidade de luminárias (N).
φ : Produto do fluxo luminoso de uma lâmpada pelo número de lâmpadas
da luminária 5. Método dos Lúmens - etapas
7º Calcular a distribuição de luminárias no ambiente.
6. Método simplificado
Neste método devemos seguir os mesmos passos para cálculo do fluxo
total através do método dos lumens, com exceção dos fatores de utilização e manutenção que são obtidos de maneira simplificada conforme segue: