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Autor:
Moema Machado
31 de Março de 2022
1 - Introdução ....................................................................................................................2
2 - Grandezas e Conceitos................................................................................................11
3 - Lâmpadas ................................................................................................................... 19
4 - NBR 15215-1: 2005 – Iluminação Natural – Conceitos Básicos e Definições.................33
5 - NBR 15215-2: 2005 – Iluminação Natural – Procedimentos de Cálculo para a Estimativa
da Disponibilidade de Luz Natural ...................................................................................50
6 - NBR ISO/CIE 8995-1: 2013 – Iluminação de Ambientes de Trabalho – Parte 1: Interior
........................................................................................................................................56
7 – Resolução de Questões .............................................................................................. 94
8 – Lista de Questões..................................................................................................... 133
9 – Gabarito .................................................................................................................. 141
10 - Bibliografia ............................................................................................................. 142
Oi!!!!! Preparados para mais uma aula? Nosso curso é quase fazer uma nova faculdade de
arquitetura. Rs!!!
A grande vantagem é que podemos aplicar tudo que estamos aprendendo, de imediato, na nossa
profissão, e isso, nos dá uma alegria imensa, fazendo com que o estudo seja prazeroso.
“Digo aos jovens arquitetos: Tenham a sensibilidade de fazer com que seus edifícios tenham alguma
coisa a dizer.” Vilanova Artigas
1 - INTRODUÇÃO
Em primeiro lugar, o que é Conforto Lumínico?
Conforto Lumínico ou conforto visual é a existência de um conjunto de condições no qual o ser
humano pode desenvolver suas tarefas visuais com o máximo de acuidade e precisão visual, com o
menor esforço, com menor risco de prejuízos à vista e com reduzidos riscos de acidentes.
Essas condições podem ser classificadas como seguem (European Commission Directorate 1994):
Iluminância suficiente;
Boa distribuição de iluminâncias;
Ausência de ofuscamento;
Contrastes adequados (proporção de luminâncias) e
Bom padrão e direção de sombras.
Lamberts ainda ressalta que a boa distribuição de iluminâncias não é sinônimo de uniformidade e
que o contraste e o padrão das sombras ideal depende, da tarefa visual.
De acordo com a publicação da OSRAM “Iluminação: Conceitos e Projetos”, O primeiro nível para
avaliarmos o que é o conforto luminoso refere-se à resposta fisiológica do usuário.
“Aquilo que vemos depende não somente da qualidade física da luz ou da cor presente,
mas também do estado de nossos olhos na hora da visão e da quantidade de experiência
visual da qual temos de lançar mão para nos ajudar em nosso julgamento... Aquilo que
vemos depende não só da imagem que é focada na retina, mas da mente que a
interpreta” (Hopkinson & Kay, 1969)
O olho é só um instrumento que capta as imagens, quem interpreta é o cérebro. Esta resposta
sensorial do indivíduo ao seu meio ambiente tem, portanto, um componente subjetivo importante.
Para a Iluminação, tanto natural quanto artificial, a função é o primeiro e mais importante
parâmetro para a definição de um projeto. Ela irá determinar o tipo de luz que o ambiente precisa.
Podemos dividir a iluminação em função de dois objetivos: a luz da razão e a luz da emoção.
O primeiro objetivo da iluminação é a obtenção de boas condições de visão associadas à visibilidade,
segurança e orientação dentro de um determinado ambiente. Este objetivo está intimamente
associado às atividades laborativas e produtivas – escritório, escolas, bibliotecas, bancos, indústrias
etc. É a luz da razão.
O segundo objetivo da iluminação é a utilização da luz como principal instrumento de ambientação
do espaço – na criação de efeitos especiais com a própria luz ou no destaque de objetos e superfícies
ou do próprio espaço. Este objetivo está intimamente associado às atividades não laborativas, não
produtivas, de lazer, estar e religiosas – residências, restaurantes, museus e galerias, igrejas etc. É
a luz da emoção.
Algumas atividades estão, por essência, numa situação intermediária, como por exemplo as
comerciais. Dependendo do tipo de loja, estaremos mais próximos de um caso ou de outro.
Ainda conforme a publicação da OSRAM, o primeiro passo de um projeto luminotécnico é definir
o(s) sistema(s) de iluminação, respondendo basicamente a três perguntas:
1ª como a luz deverá ser distribuída pelo ambiente?
2ª como a luminária irá distribuir a luz?
3ª qual é a ambientação que queremos dar, com a luz, a este espaço?
Para se responder a primeira pergunta, os sistemas foram classificados com a forma que as
luminárias são distribuídas pelo ambiente e com os efeitos produzidos no plano de trabalho. Esta
classificação também é conhecida como Sistema Principal. Nela, os sistemas de iluminação
proporcionam:
a) Iluminação geral: distribuição aproximadamente regular das luminárias pelo teto; iluminação
horizontal de um certo nível médio; uniformidade. Possibilita uma maior flexibilidade na disposição
interna do ambiente, layout, mas não atende às necessidades específicas de locais que requerem
níveis de iluminância mais elevados. Acarretando grande consumo de energia e, em algumas
situações muito específicas, podem desfavorecer o controle do ofuscamento pela visão direta da
fonte.
c) Iluminação de tarefa: luminárias perto da tarefa visual e do plano de trabalho iluminando uma
área muito pequena.
Para responder a segunda pergunta, “Como a luminária irá distribuir a luz?”, classificam-se os
sistemas de iluminação de acordo com a forma pela qual o fluxo luminoso é irradiado pela luminária
ou mais precisamente, de acordo com a quantidade do fluxo luminoso irradiado para cima e para
baixo do plano horizontal e da luminária (e/ou lâmpada). Muitos autores classificam os sistemas
simplesmente por: direto, indireto e direto-indireto (compreendendo, nesse último caso, as
classificações intermediárias).
O sistema secundário relaciona-se mais à terceira pergunta, “Qual é a ambientação que queremos
dar, com a luz, a este ambiente?”.
Luz de efeito: Enquanto na luz de destaque procuramos destacar algo, aqui o objeto de
interesse é a própria luz: jogos de fachos de luz nas paredes, contrastes de luz e sombra
etc.
Luz decorativa: Aqui não é o efeito de luz que importa, mas o objeto que produz a luz. Ex:
Lustres antigos, arandelas coloniais e velas criam uma área de interesse no ambiente,
destacando o objeto mais do que iluminando o próprio espaço.
O conforto térmico e o conforto visual devem ser considerados em conjunto, pois essa visão
integrada é que tornará possível o bom desempenho energético da arquitetura.
Nota minha: a NBR 5413 foi cancelada e substituída pela NBRISO/CIE8995-1 de 03/2013 (Iluminação de ambientes
de trabalho - Parte 1: Interior)
2 - GRANDEZAS E CONCEITOS
O que é Luz?
Uma fonte de radiação emite ondas eletromagnéticas. Elas possuem diferentes comprimentos, e o
olho humano é sensível a somente alguns. Luz é, portanto, a radiação eletromagnética capaz de
produzir uma sensação visual. A sensibilidade visual para a luz varia não só de acordo com o
comprimento de onda da radiação, mas também com a luminosidade. A curva de sensibilidade do
olho humano demonstra que radiações de menor comprimento de onda (violeta e azul) geram
maior intensidade de sensação luminosa quando há pouca luz (ex. crepúsculo, noite, etc.), enquanto
as radiações de maior comprimento de onda (laranja e vermelho) se comportam ao contrário.
O olho humano possui diferentes sensibilidades para a luz. Durante o dia, nossa maior percepção
se dá para o comprimento de onda de 550 nm, correspondente às cores amarelo esverdeadas. Já
durante a noite, para o de 510 nm, correspondente às cores verdes azuladas.
A sensibilidade visual humana está compreendida entre 380 e 780 nm, mas não varia só de acordo
com o comprimento de onda da radiação, mas também com a luminosidade.
As cores aparentam ser o que refletem do espectro de radiação que incide sobre elas.
O branco, reflete tudo, o preto, absorve tudo. O azul, reflete a porção do espectro azul e absorve
todo o resto. E, assim por diante.
Se a ideia é iluminar as carnes da vitrine de um açougue, não devemos usar uma lâmpada que tenha
no seu espectro, preponderantemente, a cor azul, pois ninguém vai querer comprar a carne! A carne
ficará com uma cor escura, pois não terá a cor vermelha para refletir.
Outro exemplo, uma planta verde, iluminada por uma lâmpada verde, ficará super verde, pois não
vai absorver nada, só vai refletir o verde.
A sensação de cor está intimamente ligada aos comprimentos de onda das radiações. Sensibilidade
do olho – espectro visível (380 a 780 nm).
Vamos ver, agora, as principais grandezas fotométricas:
Fluxo luminoso - F (lumen [lm])
O Fluxo luminoso é a parcela do fluxo radiante que gera uma resposta visual.
Expressa em lux (lx), indica o fluxo luminoso de uma fonte de luz que incide sobre uma
superfície situada à uma certa distância dessa fonte.
A equação que expressa esta grandeza é:
Luminância ([cd/m2])
É uma medida física de brilho de uma superfície, sendo através dela que os seres humanos
enxergam.
4.8 Luminância
Símbolo: L
Unidade: cd/m2
Das grandezas mencionadas, até então, nenhuma é visível, isto é, os raios de luz não são
vistos, a menos que sejam refletidos em uma superfície e aí transmitam a sensação de
claridade aos olhos. Essa sensação de claridade é chamada de Luminância (fig. 33).
É a Intensidade Luminosa que emana de uma superfície, pela sua superfície aparente (fig.
34).
A equação que permite sua determinação é:
na qual:
L = Luminância, em cd/m²
I = Intensidade Luminosa, em cd
Tabela resumo:
Grandeza
Como medir
Nome Símbolo Significado Unidade
Esfera de Ulbricht: a fonte luminosa é colocada dentro de
uma grande esfera, cujo o interior é pintado de branco
Fluxo
luminoso
Componente do fluxo radiante que gera uma
resposta visual.
lm perfeitamente difusor. Mede-se a iluminância produzida pela
luz difusa através de uma pequena abertura, protegendo os
raios que saem diretamente da fonte, esta iluminância é
proporcional ao fluxo luminoso emitido pela fonte.
É a razão entre o fluxo A eficiência luminosa é deduzida juntamente com a medição
Eficiência luminoso "" produzido por uma lm do fluxo luminoso com a esfera de Ulbricht, medindo-se a
Luminosa fonte e a potência "P" consumida. potência consumida pela fonte luminosa e seus
P W equipamentos auxiliares, através de um wattímetro.
3 - LÂMPADAS
Lâmpadas Incandescentes
A iluminação incandescente resulta do aquecimento de um filamento até um valor capaz de
produzir irradiação na porção visível do espectro. O aquecimento se dá pela passagem da corrente
elétrica pelo filamento que está dentro de um bulbo onde existe vácuo ou um meio gasoso
apropriado (argônio e nitrogênio e em alguns casos criptônio). Este filamento deve possuir um
elevado ponto de fusão, baixa pressão de vapor, alta resistência e ductibilidade: Tungstênio.
Temperatura de cor agradável, na faixa de 2700 K (amarelada) e reprodução de cor de 100%.
As lâmpadas incandescentes estão proibidas no mercado hoje, por não atingirem os níveis mínimos
de eficiência energética. (prazo até junho de 2017 para deixarem o mercado)
“Em 2010, 70% dos lares brasileiros eram iluminados por lâmpadas incandescentes. Hoje,
esse número inverteu. Agora, somente 30% das residências usam as incandescentes, que
deixarão de ser comercializadas no Brasil, seguindo uma tendência mundial
recomendada pela Agência Internacional de Energia”, disse em nota o responsável pelo
Programa Brasileiro de Etiquetagem, Marcos Borges. (29/06/2016 – globo.com)
Tem o mesmo princípio de funcionamento das incandescentes, porém foram incrementadas com a
introdução de gases halógenos.
Vantagens:
- Tamanho reduzido;
- Funcionamento imediato;
- IRC 100; (excelente reprodução de cores)
- Baixo custo inicial;
- Podem ser facilmente controladas por “dimmers”.
Desvantagens:
- Baixa eficiência luminosa (muita dissipação de calor);
- Possibilidade de ofuscamento;
- Curta vida útil quando comparadas às fluorescentes;
- Sensíveis a choques e vibrações;
- Custo de operação elevado;
- Sofrem com variação da tensão da rede.
As que possuem refletor multifacetado coberto com película dicroica conseguem transferir 65% da
radiação infravermelha (térmica) para trás, proporcionando uma luz mais “fria” que aquela obtida
com refletores comuns.
Lâmpadas de descarga
Nessas lâmpadas o fluxo luminoso é gerado pela passagem de corrente através de um gás, ou de
uma mistura de gases ou vapores, sem a existência de filamento.
As lâmpadas de descarga podem ser: fluorescentes (tubulares, compactas ou eletrônicas); vapor de
sódio; vapor de mercúrio ou multi-vapor metálico.
Fluorescentes
Forma clássica para iluminação econômica.
Vantagens em relação às incandescentes:
- Custo de manutenção menor, devido à longa vida útil;
- Eficiência luminosa 4 a 6 vezes maior do que as incandescentes;
- Baixa luminância - redução do risco de ofuscamento;
- Vida média alta (6.000 a 20.000 horas).
- Efeito estroboscópico.
Desvantagens em relação às incandescentes:
- Custo inicial alto;
- Sensibilidade à temperatura do ambiente;
- Produção de ruído pelos reatores;
- Apenas alguns tipos podem utilizar “dimmers”;
- Necessitam equipamento auxiliar (reatores, que fornecem alta voltagem inicial para começar a
descarga e rapidamente limitar a corrente; e starters, que proporcionam a tensão necessária para
a descarga inicial através de pulsações da corrente).
Lâmpadas de Vapor Mercúrio em Alta Pressão
Utilizada para iluminação de grandes áreas internas (armazéns, depósitos, etc.) ou externas.
Lâmpadas de descargas com aparência branco-azulada, eficiência de até 55 lm/W, apresentadas em
potências de 80 a 1000 W.
Lâmpadas de Vapor de Sódio em Alta Pressão
São lâmpadas com altíssima eficiência energética, até 130 lm/W, longa durabilidade e,
consequentemente, longos intervalos para reposição.
Estão gradualmente substituindo as lâmpadas ineficientes em iluminação pública, como as de vapor
de mercúrio.
Apresentam-se em versões tubulares e elipsoidais. Estas últimas se diferem pela emissão dourada,
indicada para iluminação de locais onde a reprodução de cor não é um fator importante.
Amplamente utilizadas na iluminação externa, avenidas, autoestradas, viadutos, complexos viários,
etc., têm seu uso ampliado para área industriais, siderúrgicas e ainda para locais específicos como
aeroportos, estaleiros, portos, ferrovias, pátios e estacionamentos.
As de baixa pressão provocam distorção das cores pela sua emissão monocrática (amarela).
Lâmpadas a Vapor Metálico
São lâmpadas que combinam iodetos metálicos, apresentando alta eficiência energética e excelente
reprodução de cor. Sua luz, extremamente branca e brilhante, realça e valoriza espaços e ilumina
com intensidade, além de apresentar longa durabilidade e baixa carga térmica.
Alta Potência: Para a iluminação de grandes áreas, com níveis de iluminância elevados e,
principalmente, em locais onde alta qualidade de luz é primordial, as lâmpadas de multivapores
metálicos de 250 a 3500W são ideais. As lâmpadas multivapores metálicos apresentam durabilidade
variada, com índice de reprodução de cor de até 90%, eficiência energética de até 100 lm/W,
temperatura de cor de 3000 a 6000K, em versões elipsoidais, tubulares e compactas.
São indicadas para iluminação de estádios de futebol, ginásios poliesportivos, piscinas cobertas,
indústrias, supermercados, salas de exposição, salões, saguões de teatros e hotéis, fachadas, praças,
monumentos, aeroportos, locais onde ocorrem filmagens e televisionamentos externos, a exemplo
dos “sambódromos”.
Baixa Potência: Baseando-se nas características das lâmpadas de multivapores metálicos de alta
potência, foram desenvolvidas as de baixa potência de 20 a 70W, em versões compactas. Todas,
sem exceção, apresentam pequenas dimensões, alta eficiência, ótima reprodução de cor, vida útil
longa e baixa carga térmica.
Cada uma, dentro de sua característica, é recomendada tanto para uso interno como externo, na
iluminação geral ou localizada. Ideais para shopping centers, lojas, vitrines, hotéis, stands, museus,
galerias, jardins, fachadas e monumentos.
Lâmpada de Led’s (diodo emissor de luz)
O LED (diodo emissor de luz) é constituído por uma série de camadas de material semicondutor.
Diferentemente do que ocorre com as lâmpadas incandescentes, o LED emite luz em uma
determinada cor. A cor da luz depende do material utilizado em sua composição e varia entre as
cores vermelho, amarelo, verde e azul. A cor branca pode ser produzida através da mistura das
cores azul, vermelha e verde ou através do LED azul com fósforo amarelo. O LED azul proporciona
uma excitação do fósforo, fazendo com que ele emita luz amarela, resultando na luz branca.
Com o avanço tecnológico, a eficiência dos LED’s aumentou, consideravelmente, nos últimos anos.
Dependendo do tipo de cor, obtemos em torno de 50 a 60 lm/W, incrementando ainda mais a cada
ano. A tensão de operação do LED também varia em função da cor, variando de 2V a 4V para uma
corrente de condução de até 70mA. A eficiência máxima é obtida pelo uso de uma fonte de corrente
contínua (DC). A utilização intensiva de fontes eletrônicas em grandes instalações deve merecer
atenção especial para aspectos como distorção harmônica e fator de potência.
Vou inserir, abaixo, parte do livro “Instalações Elétricas” de Hélio Creder, 15ª Edição, pois, em um
recurso que fiz à FGV a banca citou o livro. É um dos livros mais famosos de instalações elétricas e
muito conceituado.
Essa Norma é pequena, são 5 páginas, e traz definições muito importantes. Vamos vê-la,
integralmente, abaixo.
Átrio
(Montero)
http://slideplayer.com.br/slide/1240214/
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A NBR 15215-2 diz que, basicamente, a luz natural é composta pela luz direta do sol e a luz difundida
na atmosfera. Já a NBR 15215-3 (Procedimento de cálculo para a determinação da iluminação
natural em ambientes internos) traz o seguinte:
A luz natural admitida no interior das edificações consiste em luz proveniente diretamente do sol; luz difundida
na atmosfera (abóbada celeste) e luz refletida no entorno.
A magnitude e distribuição da luz no ambiente interno depende de um conjunto de variáveis, tais como: da
disponibilidade da luz natural (quantidade e distribuição variáveis com relação às condições atmosféricas
locais), de obstruções externas, do tamanho, orientação, posição e detalhes de projeto das aberturas, das
características óticas dos envidraçados, do tamanho e geometria do ambiente e das refletividades das
superfícies internas.
Uma trata da disponibilidade da luz natural e, a outra, de como a luz natural é admitida no interior.
É bom sabermos como outros autores entendem a luz refletida no entorno: Lúcia Mascaró trata o
entorno como uma fonte de luz e Lamberts, como uma das fontes de luz natural, dizendo: “as fontes
de luz natural são o sol, o céu e as superfícies edificadas ou não, que fornecem respectivamente luz
direta, luz difusa e luz refletida ou indireta”.
Não vamos nos aprofundar nesta Norma, mas a colocarei aqui, apenas para “passarem o olho”.
O que é disponibilidade de luz natural para o efeito dos cálculos presentes na NBR 15215-2?
É a quantidade de luz, em um determinado local, em função de suas características geográficas e
climáticas, que se pode dispor por um certo período de tempo.
(…)
(...)
Introdução
Logo na introdução, podemos notar duas novidades em relação à antiga, trazendo, não só o valor
da iluminância necessária, como o limite referente ao desconforto por ofuscamento e o índice de
reprodução de cor mínimo da fonte.
Outro ponto que gostaria de ressaltar é a preocupação com a eficiência energética. Pois buscou-se
um balanço razoável entre os requisitos de segurança, saúde e desempenho eficiente do trabalho,
ressaltando que os valores podem ser atingidos com a utilização de soluções energeticamente
eficientes.
Percebem como conseguimos ler melhor quando temos um contraste adequado? Coloquei o
primeiro quadro, acima, com fundo mais escuro de propósito.
Exemplos de iluminação local e geral:
Agora, vamos às definições, parte que sempre deve ser lida nas Normas para efeito de concurso.
3 Definições
Em geral os termos utilizados nesta Norma estão definidos no Vocabulário de Iluminação
CIE (CIE 17.4 – 1987), mas existem alguns termos a mais que estão definidos abaixo:
3.1 tarefa visual: Os elementos visuais da tarefa a ser realizada.
3.2 área da tarefa: A área parcial em um local de trabalho no qual a tarefa visual está
localizada e é realizada.
3.3 entorno imediato: Uma zona de no mínimo 0,5 m de largura ao redor da área da
tarefa dentro do campo de visão.
NOTA BRASILEIRA Entende-se por largura, a área adjacente à área de tarefa, seja esta
horizontal, vertical ou inclinada. Ver 4.3.1.
3.4 iluminância mantida (Em): Valor abaixo do qual não convém que a iluminância média
da superfície especificada seja reduzida.
3.5 índice de ofuscamento unificado (UGR): Definição da CIE para o nível de desconforto
por ofuscamento.
3.6 índice limite de ofuscamento unificado (UGRL): Valor máximo permitido do nível de
ofuscamento unificado de projeto para uma instalação de iluminação.
3.7 ângulo de corte: Ângulo medido a partir do plano horizontal, abaixo do qual a(s)
lâmpada(s) é(são) protegida(s) da visão direta do observador pela luminária.
NOTA BRASILEIRA Incluem-se, além de lâmpadas, outros tipos de fontes luminosas, como
leds e outros.
3.8 plano de trabalho: Superfície de referência definida como o plano onde o trabalho é
habitualmente realizado.
4 Critérios do projeto de iluminação
4.1 Ambiente luminoso
A prática de uma boa iluminação para locais de trabalho é muito mais que apenas
fornecer uma boa visualização da tarefa. É essencial que as tarefas sejam realizadas
facilmente e com conforto. Desta maneira a iluminação deve satisfazer os aspectos
quantitativos e qualitativos exigidos pelo ambiente. Em geral a iluminação assegura:
A atenção a estes fatores pode otimizar o desempenho visual sem a necessidade de um incremento
dos níveis de iluminância.
A luz que uma lâmpada irradia, relacionada à Os raios de luz não são vistos, a menos que
superfície à qual incide, define uma nova sejam refletidos em uma superfície e aí
grandeza transmitam a sensação de claridade aos
olhos. Essa sensação de claridade é
luminotécnica denominada de Iluminamento,
chamada de Luminância.
nível de iluminação ou Iluminância.
É a Intensidade Luminosa que emana de
Expressa em lux (lx), indica o fluxo
uma superfície, pela sua superfície
luminoso de uma fonte de luz que incide sobre aparente.
uma superfície situada à uma certa distância
dessa fonte.
Limitação de Ofuscamento
Duas formas de ofuscamento podem gerar incômodos:
4.3 Iluminância
A iluminância e sua distribuição nas áreas de trabalho e no entorno imediato têm um
maior impacto em como uma pessoa percebe e realiza a tarefa visual de forma rápida,
segura e confortável. Para lugares onde a área específica é desconhecida, a área onde a
tarefa pode ocorrer é considerada a área de tarefa.
Todos os valores de iluminância especificados nesta Norma são iluminâncias mantidas e
proporcionam a segurança visual no trabalho e as necessidades do desempenho visual.
4.3.1 Iluminâncias recomendadas na área de tarefa
Os valores dados na Seção 5 são as iluminâncias mantidas sobre a área da tarefa no plano
de referência que pode ser horizontal, vertical ou inclinado. A iluminância média para
cada tarefa não pode estar abaixo dos valores dados na Seção 5, independentemente da
idade e condições da instalação. Os valores são válidos para uma condição visual normal
e são levados em conta os seguintes fatores:
— requisitos para a tarefa visual,
— segurança,
— aspectos psicofisiológicos assim como conforto visual e bem-estar,
— economia,
— experiência prática.
Aqui, temos outra novidade da Norma nova: ela traz um único valor de iluminância média mantida
para condições normais, podendo ser ajustado caso as condições visuais não sejam normais. A
iluminância mantida depende das características de manutenção da lâmpada, da luminária, do
ambiente e do programa de manutenção. A NBR 5413 tinha, em sua tabela, 3 valores de iluminância.
20 – 30 – 50 – 75 – 100 – 150 – 200 – 300 – 500 – 750 – 1 000 – 1 500 – 2 000 – 3 000 – 5 000 lux
4.3.3 Iluminâncias no entorno imediato
A iluminância no entorno imediato deve estar relacionada com a iluminância da área de
tarefa, e convém que proveja uma distribuição bem balanceada da luminância no campo
de visão.
Mudanças drásticas nas iluminâncias ao redor da área de tarefa podem levar a um
esforço visual estressante e desconforto.
A iluminância mantida das áreas do entorno imediato pode ser mais baixa que a
iluminância da área da tarefa, mas não pode ser inferior aos valores dados na tabela
abaixo.
Lembrando que este curso é anterior à Norma atual, logo, devemos consultar a NBR ISSO/CIE
8995:2013.
4.4 Ofuscamento
Ofuscamento é a sensação visual produzida por áreas brilhantes dentro do campo de
visão, que pode ser experimentado tanto como um ofuscamento desconfortável quanto
como um ofuscamento inabilitador. O ofuscamento pode também ser causado por
reflexões em superfícies especulares e é normalmente conhecido como reflexões
veladoras ou ofuscamento refletido.
É importante limitar o ofuscamento aos usuários para prevenir erros, fadiga e acidentes.
O ofuscamento inabilitador é mais comum na iluminação exterior, mas também pode ser
experimentado em iluminação pontual ou fontes brilhantes intensas, como uma janela
em um espaço relativamente pouco iluminado.
No interior de locais de trabalho, o ofuscamento desconfortável geralmente surge
diretamente de luminárias brilhantes ou janelas. Se os limites referentes ao ofuscamento
desconfortável forem atendidos, o ofuscamento inabilitador não é geralmente um grande
problema.
4.4.1 Proteção contra o ofuscamento
O ofuscamento é causado por luminâncias excessivas ou contrastes no campo de visão e
pode prejudicar a visualização dos objetos. Convém que isto seja evitado, por exemplo,
através da proteção contra visão direta das lâmpadas ou por um escurecimento nas
janelas por anteparos.
NOTA BRASILEIRA Entende-se por anteparos, os elementos que reduzam a intensidade
da luminância da superfície, como brises, persianas e outros.
Para lâmpadas elétricas, o ângulo de corte mínimo para proteção de visualização direta
da lâmpada não pode ser menor que os valores estabelecidos na tabela abaixo:
NOTA BRASILEIRA Além de lâmpadas elétricas, incluem-se outras fontes de luz artificial.
Não convém que o ângulo de corte mencionado acima seja aplicado para luminárias que
não apareçam no campo de visão do trabalhador durante o trabalho de rotina e/ou não
causem ao trabalhador qualquer ofuscamento inabilitador perceptível.
RELEMBRANDO
3.7 ângulo de corte: Ângulo medido a partir do plano horizontal, abaixo do qual a(s) lâmpada(s)
é(são) protegida(s) da visão direta do observador pela luminária.
(...)
Essa questão da aparência da cor é interessante, e pode se tornar uma pegadinha na prova. Quanto
mais a aparência da cor é quente, menor é sua temperatura e vice-versa.
Para não se esquecer, imagine uma madeira em brasa, quando ela começa a esquentar, fica
vermelha, e à medida que vai esquentando fica azulada, até ficar branca.
Temperatura de cor
Símbolo: T
Unidade: K (Kelvin)
Em aspecto visual, admite-se que é bastante difícil a avaliação comparativa entre a
sensação de Tonalidade de Cor de diversas lâmpadas. Para estipular um parâmetro, foi
definido o critério Temperatura de Cor (Kelvin) para classificar a luz. Assim como um
corpo metálico que, em seu aquecimento, passa desde o vermelho até o branco, quanto
mais claro o branco (semelhante à luz diurna ao meio-dia), maior é a Temperatura de Cor
(aproximadamente 6500K). A luz amarelada, como de uma lâmpada incandescente, está
em torno de 2700 K. É importante destacar que a cor da luz em nada interfere na
Eficiência Energética da lâmpada, não sendo válida a impressão de que quanto mais
clara, mais potente é a lâmpada.
Convém ressaltar que, do ponto de vista psicológico, quando dizemos que um sistema de
iluminação apresenta luz “quente” não significa que a luz apresenta uma maior
temperatura de cor, mas sim que a luz apresenta uma tonalidade mais amarelada. Um
exemplo deste tipo de iluminação é a utilizada em salas de estar, quartos ou locais onde
se deseja tornar um ambiente mais aconchegante. Da mesma forma, quanto mais alta
for a temperatura de cor, mais “fria” será a luz. Um exemplo deste tipo de iluminação é
a utilizada em escritórios, cozinhas ou locais em que se deseja estimular ou realizar
A professora Ana Seroa (UFF) sempre exemplifica, em suas aulas, o caso da proibição das lâmpadas
de sódio na iluminação de estradas, em Londres, para ressaltar a importância da reprodução da cor.
Embora as lâmpadas de sódio tenham alta eficiência luminosa, seu rendimento cromático é ruim.
Como a lâmpada de vapor de sódio de baixa pressão emite radiação monocromática amarela, o
que não for amarelo, não terá nada para refletir, ficando escuro e causando confusão em caso de
acidente na estrada. Pois, na hora do socorro, não se conseguia distinguir uma poça de sangue, de
uma poça de óleo, por exemplo.
4.8 Manutenção
NOTA BRASILEIRA Recomenda-se consultar a CIE 97:2005.
Os níveis de iluminação recomendados para cada tarefa são fornecidos como iluminância
mantida. A iluminância mantida depende das características de manutenção da
lâmpada, da luminária, do ambiente e do programa de manutenção.
Convém que o projeto de iluminação seja desenvolvido com o fator de manutenção total
calculado para o equipamento de iluminação selecionado, para o tipo de ambiente e para
o cronograma de manutenção especificado. Não se recomenda que o fator de
manutenção calculado seja inferior a 0,70.
Segundo Lúcia Mascaró, até há um tempo atrás, a iluminação natural foi um meio econômico de se
economizar energia. Depois, com o advento da iluminação barata, com os tubos fluorescentes,
houve dúvida sobre a real necessidade da iluminação natural, tendo em vista que a artificial é bem
mais fácil de se controlar. Com a crise energética, há a retomada dos estudos para o
desenvolvimento e divulgação das técnicas da iluminação natural.
4.10 Iluminação de estações de trabalho com monitores VDT (Visual display terminals,
também conhecido como monitores de vídeo e displays visuais)
A iluminação para estações de trabalho VDT deve ser apropriada para todas as tarefas
realizadas na estação de trabalho, por exemplo: leitura de telas, textos impressos,
escritas no papel, uso do teclado etc.
Por esta razão, para estas áreas, os critérios de iluminação e os sistemas devem ser
escolhidos de acordo com a atividade, o tipo de tarefa e o tipo ambiente da tabela da
Seção 5.
Os monitores VDT e, em algumas circunstâncias, o teclado podem sofrer, através de
reflexos, ofuscamento desconfortável ou ofuscamento inabilitador. Por esta razão é
Vamos pular para o trecho do Anexo C da Norma que trata a respeito do ofuscamento refletido na
tela.
7 – RESOLUÇÃO DE QUESTÕES
Comentários
Vamos relembrar as características do clima equatorial?
• Clima Equatorial: compreende toda a Amazônia e possui temperaturas medias entre 24°C e
26°C, com amplitude térmica anual de até 3°C. Chuva abundante e bem distribuída (normalmente
maior que 2500 mm/ano)
(A) Não é desejável que as faces de maior dimensão das edificações sigam a orientação Leste ou
Oeste. (muita insolação, logo muito ganho de calor.
(B) Correta. Pois a ventilação, através do efeito da convecção, ajudará a esfriar as superfícies
exteriores por evaporação, tendo em vista que nos climas quente e úmidos, essas estão
frequentemente úmidas. A orientação para os ventos dominantes também é condição
importante para se obter a ventilação cruzada dentro das edificações, a qual é super indicada
para os climas quente úmidos. O ângulo de 90º é o melhor, pois o vento incidirá com mais
velocidade.
(Lamberts & al., Eficiência Energética na Arquitetura, 2012) (Frota & Schiffer, 2001)
(C) Incorreta.
(D) Incorreta. É interessante que a edificação esteja descolada do solo, favorecendo a ventilação
por baixo dela.
(Mascaró L. , 1985)
(E) Nos climas quentes úmidos, é recomendável que as edificações fiquem distantes umas das
outras, a fim de aproveitar as correntes de ar. “Uma série de edifícios paralelos entre si, nos
quais domina a altura em relação às outras medidas, receberão ventilação satisfatória se
entre eles houver uma distância correspondente a sete vezes a altura do edifício” (Mascaró
L. , 1985)
Vamos ao Manual de Conforto Térmico
(Frota & Schiffer, 2001)
cruzada nos seus interiores. Isto significa que o partido arquitetônico deve prever
construções alongadas no sentido perpendicular ao vento dominante.
Gabarito: alternativa B
Comentários
(A) Errada. Cores e materiais reflexivos causam ofuscamento, logo, desconforto.
(B) Errada. A boa integração da iluminação artificial com a natural pode melhorar a condição
geral de luz em um ambiente e manter os níveis de conforto independentemente das
condições externas de iluminação. (Lamberts & al., Eficiência Energética na Arquitetura,
2012)
(C) Correta. Permitem regular a quantidade de luz no interior do ambiente e podem estar
associadas à ventilação. Quando claras, ainda têm a vantagem da distribuição difusa da luz.
(D) Errada. O excesso de luz causa ofuscamento, logo, desconforto.
(E) Errada. Os níveis de iluminância não são os mesmos, a disposição das luminárias afeta o
conforto lumínico.
Vamos à NBR ISO/CIE 8995-1:2013
4.2 Distribuição da luminância
A distribuição da luminância no campo de visão controla o nível de adaptação dos olhos, o qual afeta a
visibilidade da tarefa.
Uma adaptação bem balanceada da luminância é necessária para ampliar:
— a acuidade visual (nitidez da visão),
— a sensibilidade ao contraste (discriminação das diferenças relativamente pequenas de luminância),
— a eficiência das funções oculares (como acomodação, convergência, contrações pupilares,
movimento dos olhos etc.).
A distribuição de luminâncias variadas no campo de visão também afeta o conforto visual e convém que sejam
evitadas:
— luminâncias muito altas que podem levar ao ofuscamento.
— contrastes de luminâncias muito altos causam fadiga visual devido à contínua readaptação dos olhos.
— luminâncias muito baixas e contrastes de luminância muito baixos resultam em um ambiente de trabalho
sem estímulo e tedioso.
— convém que seja dada atenção à adaptação na movimentação de zona para zona no interior do edifício.
4.4 Ofuscamento
Ofuscamento é a sensação visual produzida por áreas brilhantes dentro do campo de visão, que pode ser
experimentado tanto como um ofuscamento desconfortável quanto como um ofuscamento inabilitador. O
ofuscamento pode também ser causado por reflexões em superfícies especulares e é normalmente conhecido
como reflexões veladoras ou ofuscamento refletido.
É importante limitar o ofuscamento aos usuários para prevenir erros, fadiga e acidentes.
O ofuscamento inabilitador é mais comum na iluminação exterior, mas também pode ser experimentado em
iluminação pontual ou fontes brilhantes intensas, como uma janela em um espaço relativamente pouco
iluminado.
No interior de locais de trabalho, o ofuscamento desconfortável geralmente surge diretamente de luminárias
brilhantes ou janelas. Se os limites referentes ao ofuscamento desconfortável forem atendidos, o ofuscamento
inabilitador não é geralmente um grande problema.
4.7 Luz natural
A luz natural pode fornecer parte ou toda a iluminação para execução de tarefas visuais.
A luz natural varia em nível e composição espectral com o tempo e, por esta razão, a iluminação de um
ambiente interno sofre variações. A luz natural pode criar uma modelagem e uma distribuição de luminância
especÍfica devido ao seu fluxo quase horizontal proveniente das janelas laterais. A luz natural pode também ser
fornecida por aberturas zenitais e outros elementos de fenestração.
As janelas podem também fornecer um contato visual com o mundo exterior, o qual é preferido pela maioria
das pessoas. Evitar o contraste excessivo e desconforto térmico causados pela exposição direta da luz do sol em
áreas de trabalho. Fornecer um controle adequado da luz do sol, com persianas ou brises, de tal forma que a
luz do sol direta não atinja os trabalhadores e/ou as superfícies no interior do campo de visão.
Em interiores com janelas laterais, a disponibilidade da luz natural diminui rapidamente com o distanciamento
da janela. Não é recomendável, nestes interiores, que o fator de luz natural seja inferior a 1 % no plano de
trabalho a 3 m da parede da janela e a 1 m das paredes laterais. Recomenda-se que uma iluminação
suplementar seja fornecida para garantir a iluminância requerida no local de trabalho e o balanceamento da
distribuição da luminância no interior da sala. Um acionamento automático ou manual e/ou um sistema de
dimerização pode ser utilizado para garantir uma integração apropriada entre a luz artificial e a luz natural.
A fim de reduzir o ofuscamento causado pelas janelas, uma proteção deve ser prevista.
Gabarito: alternativa C
Comentários
A NBR 5413 foi cancelada em 03/2013 sendo substituída pela NBR ISSO/CIE 8995-1. Mas, isso não
vai alterar a questão.
O método para o cálculo luminotécnico não mudou.
Vamos ao Manual de Iluminação Eficiente – Procel 2002
https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/Manual_Iluminacao.pdf
Gabarito: alternativa A
Comentários
Primeiramente, vamos entender as diferenças das funções laborativas e não laborativas.
Lembrando que o enunciado trata de funções laborativas, e isso faz diferença. Dica: quando ler o
enunciado, já marca as partes importantes. Abaixo, gráfico (OSRAM, Iluminação: Conceitos e
Projetos):
I. Correta.
II. Correta, de acordo com a NBR 5413, já cancelada. A atual, a NBR ISO/CIE 8995-1:2013, só
traz em sua tabela um valor de iluminância mantida para cada ambiente, tarefa ou
atividade.
III. Errada, além de viável, recomenda-se a economia de energia com o aproveitamento de
fontes naturais.
IV. Errada. O contraste é necessário, porém, não o contraste excessivo, esse deve ser
evitado.
V. Correta. Segundo Lúcia Mascaró, a melhoria da visão com o aumento do nível de
aclaramento não é ilimitada, pois as características do olho humano marcam limites no
que diz respeito à acuidade visual. Sendo 300 lux suficientes para quase se atingir esse
limite teórico. O aumento dos níveis de aclaramento de 300 para 1600 lux só amplia a
acuidade visual entre 3 e 4%.
E além desse fator, o conhecimento e a compreensão das características da abóboda celeste local
são necessários para uma otimização das decisões de projeto em função delas e com o objetivo de
minimizar o consumo de energia em relação à iluminação dos edifícios.
Sendo assim, se faz necessária uma revisão dos níveis de iluminação especificados nas normas e
publicações técnicas em geral, pois sua adequação à realidade brasileira climático-econômica
permitirá importante poupança na energia gasta para iluminação.
Segundo Lúcia Mascaró, adotando-se uma recomendação internacional, tornar-se-á difícil e custoso
equilibrar a iluminação natural com a artificial. Muitas das recomendações internacionais têm
validade somente para circunstâncias socioeconômicas e climáticas determinadas.
Circunstância econômica: o preço da energia elétrica nos países tropicais e temperados é muito
mais elevado que na Europa e ainda é mais cara que nos EUA.
Circunstância climática: a luminância da abóboda celeste clara varia com a posição do sol e as
características locais da atmosfera (por exemplo, com a poluição), assim como com a altura e
azimute solares. Isso faz com que as exigências de tamanhos de aberturas sejam diferentes, assim
como o equilíbrio entre a iluminação artificial com a natural também.
Precisamos conhecer e relacionar estreitamente o sistema de iluminação natural e artificial,
avaliando o seu desempenho conjunto na atividade diária.
Vamos à NBR ISSO/CIE 8995-1:2013
Gabarito: alternativa C
Comentários
Em uma superfície horizontal a 0,75 m do piso, para obtenção das condições de iluminância
apropriadas ao trabalho visual que será executado, a média de iluminância não deverá ser inferior
a 70% em qualquer ponto do plano, e no restante do ambiente a iluminância não deverá ser inferior
a 1/10 da adotada para o campo de trabalho.
NBR 5413 (cancelada e substituída)
4 Condições gerais
4.1 A iluminância deve ser medida no campo de trabalho. Quando este não for definido,
entende-se como tal o nível referente a um plano horizontal a 0,75 m do piso.
4.2 No caso de ser necessário elevar a iluminância em limitado campo de trabalho, pode-
se usar iluminação suplementar.
4.3 A iluminância no restante do ambiente não deve ser inferior a 1/10 da adotada para
o campo de trabalho, mesmo que haja recomendação para valor menor.
4.4 Recomenda-se que a iluminância em qualquer ponto do campo de trabalho não seja
inferior a 70% da iluminância média determinada segundo a NBR 5382.
3 Definições
Em geral os termos utilizados nesta Norma estão definidos no Vocabulário de Iluminação
CIE (CIE 17.4 – 1987), mas existem alguns termos a mais que estão definidos abaixo:
3.1 tarefa visual: Os elementos visuais da tarefa a ser realizada.
3.2 área da tarefa: A área parcial em um local de trabalho no qual a tarefa visual está
localizada e é realizada.
3.3 entorno imediato: Uma zona de no mínimo 0,5 m de largura ao redor da área da
tarefa dentro do campo de visão.
NOTA BRASILEIRA Entende-se por largura, a área adjacente à área de tarefa, seja esta
horizontal, vertical ou inclinada. Ver 4.3.1.
3.4 iluminância mantida (Em): Valor abaixo do qual não convém que a iluminância média
da superfície especificada seja reduzida.
3.5 índice de ofuscamento unificado (UGR): Definição da CIE para o nível de desconforto
por ofuscamento.
3.6 índice limite de ofuscamento unificado (UGRL): Valor máximo permitido do nível de
ofuscamento unificado de projeto para uma instalação de iluminação.
3.7 ângulo de corte: Ângulo medido a partir do plano horizontal, abaixo do qual a(s)
lâmpada(s) é(são) protegida(s) da visão direta do observador pela luminária.
NOTA BRASILEIRA Incluem-se, além de lâmpadas, outros tipos de fontes luminosas, como
leds e outros.
3.8 plano de trabalho: Superfície de referência definida como o plano onde o trabalho é
habitualmente realizado.
4.3.4 Uniformidade
A uniformidade da iluminância é a razão entre o valor mínimo e o valor médio. A
iluminância deve se alterar gradualmente. A área da tarefa deve ser iluminada o mais
uniformemente possível. A uniformidade da iluminância na tarefa não pode ser menor
que 0,7. A uniformidade da iluminância no entorno imediato não pode ser inferior a 0,5.
Gabarito: alternativa C
Comentários
Conforme vimos no item anterior, conforme a antiga Norma, a alternativa correta é a (D).
Abaixo, vamos ver mais considerações da Norma nova.
Vamos à NBR ISSO/CIE 8995-1:2013
Anexo A
(informativo)
Considerações para áreas de tarefa e áreas do entorno
A.2 Principais conceitos
Área da tarefa e entorno imediato.
A área da tarefa é definida como a área parcial no local de trabalho em que a tarefa
visual é realizada.
O desempenho visual necessário para a tarefa visual é determinado pelos respectivos
elementos visuais (tamanho dos objetos, contraste de fundo, luminância dos objetos e
tempo de exposição) da atividade realizada.
Para os locais onde o tamanho e/ou a localização da área da tarefa é desconhecida, a
área onde o trabalho pode ocorrer é considerada a área da tarefa.
A.2.1 Entorno imediato
O entorno imediato é definido como a área ao redor da área da tarefa dentro do campo
de visão.
Recomenda-se que esta imediação seja de pelo menos 0,5 m de largura, e pode ser
considerada como uma faixa ao redor da área da tarefa.
A.2.3 Quando for definir as áreas de tarefa, recomenda-se também prestar atenção às
superfícies verticais, como quadros e outras superfícies inclinadas, como também às
superfícies horizontais na sala e na área de trabalho.
A.2.4 Quando a imediação da área da tarefa é uma faixa marginal, convém que esta não
seja avaliada separadamente, porque, como regra geral, os requisitos que precisam ser
atendidos para o entorno são atendidos automaticamente. Recomenda-se tomar cuidado
para que não exista qualquer área da tarefa na faixa marginal.
Gabarito: alternativa D
Comentários
(A) Intensidade Luminosa (I) - unid.: candela (cd)
É o Fluxo Luminoso emitido por uma fonte numa determinada direção.
1 lux= 1 lúmen/m2
(D) Fluxo Luminoso (Φ)unid.: lúmen (lm)É a quantidade total de luz emitida por uma fonte.
Uma fonte de radiação emite ondas eletromagnéticas com diferentes comprimentos de onda. A
radiação solar tem três espectros principais desta radiação: o infravermelho – responsável pela
sensação de calor - o espectro visível, ou luz, e o ultravioleta – responsável pelo efeito higiênico da
radiação (pois mata bactérias e fungos), pela despigmentação de alguns tipos de tecidos, pelo
bronzeamento da pele, etc.
(Procel, 2011)
Gabarito: alternativa B
Comentários
Errada. A luz difusa apresenta valores absolutos mais baixos.
A fonte primária de luz para a iluminação natural é o sol, sua radiação luminosa é filtrada
por ocasião de sua passagem pela atmosfera terrestre e pelas moléculas gasosas e pela
poeira em suspensão no ar. Mas, do ponto de vista da iluminação natural, a fonte de luz
diurna considerada é a abóboda celeste, excluída a luz solar direta sobre os locais de
trabalho, devido a sua enorme capacidade luminosa e calorífera, nos climas temperados
ou tropicais, e por sua ocasionalidade nos climas frios. (Mascaró L. , 1985)
Vamos à (Lamberts & al., Eficiência Energética na Arquitetura, 2012)
Comentários
É duro estudarmos à beça e nos depararmos com uma questão dessa na prova e não sabermos
esses conceitos... aff!
Sancas de iluminação, luzes de sanefa e luzes de cornija são métodos de iluminação indireta para
um ambiente. O efeito pode ser dado por um detalhe na arquitetura ou por uma luminária
industrializada, dando um brilho suave e indireto à área que iluminam e são utilizadas com
frequência para acentuar detalhes de tetos ou texturas de paredes.
Gabarito: alternativa B
B) A luz ambiente com diferentes intensidades luminosas para o campo visual e a acuidade
necessária para cada tipo de tarefa visual aumenta o esforço/cansaço visual.
C) A flexibilidade do sistema de iluminação artificial (iluminação de fundo indireta e iluminação
local com dimerização do plano de trabalho) contribui para aumentar o consumo de energia.
D) A qualidade da “paisagem visual” está diretamente relacionada com a atenuação da
intensidade de contraste – predominância de paredes e tetos com cores em tons pastéis; por
pisos e mobiliário em tons claros e suaves, e por iluminação artificial com boa reprodução de
cor, além de tratamento diferenciado dos índices de iluminação em função do esforço visual.
E) Para a obtenção de uma boa qualidade da “paisagem visual”, basta utilizar luminárias de
alto desempenho e dotadas de dispositivo anti-reflexo.
Comentários
(A) Errada. Níveis muito altos de iluminamento não são recomendáveis, pois causam
ofuscamento. E também, não se deve ter um contraste muito grande entre a área onde se
desenvolve a atividade e seu entorno.
(B) Errada. A não ser que haja um contraste grande entre a luz ambiente e a área da tarefa.
Proporção Harmoniosa entre Luminâncias
Acentuadas diferenças entre as Luminâncias de diferentes planos causam fadiga visual,
devido ao excessivo trabalho de acomodação dos olhos, ao passar por variações bruscas
de sensação de claridade. Para evitar esse desconforto, recomenda-se que as
Luminâncias de piso, parede e teto se harmonizem numa proporção de 1:2:3, e que, no
caso de uma mesa de trabalho, a Luminância não seja inferior a 1/3 da do objeto
observado (fig. 36).
Uma boa iluminação requer igual atenção para a quantidade e qualidade da iluminação.
Embora seja necessária a provisão de uma iluminância sufi ciente em uma tarefa, em
muitos exemplos a visibilidade depende da maneira pela qual a luz é fornecida, das
características da cor da fonte de luz e da superfície em conjunto com o nível de
ofuscamento do sistema. Nesta Norma foi levado em consideração não apenas a
iluminância, mas também o limite referente ao desconforto por ofuscamento e o índice
de reprodução de cor mínimo da fonte para especificar os vários locais de trabalho e tipos
de tarefas.
Introdução
Uma boa iluminação propicia a visualização do ambiente, permitindo que as pessoas
vejam, se movam com segurança e desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente,
precisa e segura, sem causar fadiga visual e desconforto. A iluminação pode ser natural,
artificial ou uma combinação de ambas.
Uma boa iluminação requer igual atenção para a quantidade e qualidade da iluminação.
Embora seja necessária a provisão de uma iluminância suficiente em uma tarefa, em
muitos exemplos a visibilidade depende da maneira pela qual a luz é fornecida, das
características da cor da fonte de luz e da superfície em conjunto com o nível de
ofuscamento do sistema. Nesta Norma foi levado em consideração não apenas a
iluminância, mas também o limite referente ao desconforto por ofuscamento e o índice
de reprodução de cor mínimo da fonte para especificar os vários locais de trabalho e tipos
de tarefas. Os parâmetros para criar as condições visuais confortáveis estão propostos
no corpo desta Norma. Os valores recomendados foram considerados, a fim de
representar um balanço razoável, respeitando os requisitos de segurança, saúde e um
4.4 Ofuscamento
Ofuscamento é a sensação visual produzida por áreas brilhantes dentro do campo de
visão, que pode ser experimentado tanto como um ofuscamento desconfortável quanto
como um ofuscamento inabilitador. O ofuscamento pode também ser causado por
reflexões em superfícies especulares e é normalmente conhecido como reflexões
veladoras ou ofuscamento refletido.
É importante limitar o ofuscamento aos usuários para prevenir erros, fadiga e acidentes.
O ofuscamento inabilitador é mais comum na iluminação exterior, mas também pode ser
experimentado em iluminação pontual ou fontes brilhantes intensas, como uma janela
em um espaço relativamente pouco iluminado.
No interior de locais de trabalho, o ofuscamento desconfortável geralmente surge
diretamente de luminárias brilhantes ou janelas. Se os limites referentes ao ofuscamento
desconfortável forem atendidos, o ofuscamento inabilitador não é geralmente um grande
problema.
4.4.1 Proteção contra o ofuscamento
O ofuscamento é causado por luminâncias excessivas ou contrastes no campo de visão e
pode prejudicar a visualização dos objetos. Convém que isto seja evitado, por exemplo,
através da proteção contra visão direta das lâmpadas ou por um escurecimento nas
janelas por anteparos.
NOTA BRASILEIRA Entende-se por anteparos, os elementos que reduzam a intensidade da
luminância da superfície, como brises, persianas e outros.
4.2 Distribuição da luminância
A distribuição da luminância no campo de visão controla o nível de adaptação dos olhos,
o qual afeta a visibilidade da tarefa.
Uma adaptação bem balanceada da luminância é necessária para ampliar:
— a acuidade visual (nitidez da visão),
— a sensibilidade ao contraste (discriminação das diferenças relativamente pequenas de
luminância),
— a eficiência das funções oculares (como acomodação, convergência, contrações
pupilares, movimento dos olhos etc.).
A distribuição de luminâncias variadas no campo de visão também afeta o conforto visual
e convém que sejam evitadas:
— luminâncias muito altas que podem levar ao ofuscamento.
— contrastes de luminâncias muito altos causam fadiga visual devido à contínua
readaptação dos olhos.
— luminâncias muito baixas e contrastes de luminância muito baixos resultam em um
ambiente de trabalho sem estímulo e tedioso.
— convém que seja dada atenção à adaptação na movimentação de zona para zona no
interior do edifício.
4.9 Considerações sobre energia
Convém que a instalação do sistema de iluminação atenda aos requisitos de iluminação
de um ambiente específico, de uma tarefa ou de uma atividade sem desperdício de
energia. Entretanto, é importante não comprometer os aspectos visuais de uma
instalação de iluminação simplesmente para reduzir o consumo de energia.
Isto requer que se considere um sistema de iluminação, equipamentos, controles
apropriados e a utilização da luz natural disponível. Em alguns países são estabelecidos
limites de energia disponível para a iluminação, os quais devem ser observados. Estes
limites podem ser alcançados pela seleção criteriosa do sistema de iluminação e pela
utilização de acionamento automático ou manual ou dimerização das lâmpadas.
A.3.9 Salão industrial com zonas para diferentes atividades
Os salões industriais geralmente incorporam um número de áreas de tarefa com diversos
requisitos de iluminância. Recomenda-se que, onde for o caso, um conceito genérico
sobre a iluminação do salão seja desenvolvido considerando todo o salão – a menos de
uma faixa marginal de 0,5 m de largura ao longo das paredes – como uma área da tarefa
com requisitos menores. As imediações da área (faixa marginal) não necessitam de uma
avaliação separada porque, como regra geral, os requisitos que necessitam ser atendidos
para o entorno são atendidos automaticamente.
Para as outras áreas de tarefa com diferentes requisitos, convém que sejam definidas
áreas de tarefa preferencialmente retangulares com seus próprios entornos e que sejam
fornecidas as iluminâncias e uniformidades exigidas.
Gabarito: alternativa D
Comentários
Gabarito: alternativa B
Comentários
Gabarito: alternativa C
Comentários
Notem o enunciado:
“Uma iluminação natural adequada é a que provém diretamente das seguintes fontes de luz:”
Já vimos que a luz solar direta não é aconselhável, tanto pelo seu alto nível de iluminância, quanto
pelos altos ganhos térmicos que acarreta.
Logo, já poderíamos descartar as alternativas A, C e E.
A D está claramente errada, tendo em vista que luminária não provê iluminação natural.
A resposta é a alternativa B, a abóboda celeste e superfícies iluminadas no entorno das edificações.
Vou aproveitar e trazer umas páginas de um livro que eu comprei bem interessante, e também, de
Lúcia Mascaró. Não reparem, pois não achei para comprá-lo novo, aí comprei usado e há umas
marcações...
Vamos ao livro Luz, Clima e Arquitetura
(Mascaró L. R.)
Gabarito: alternativa B
E) áreas de circulação
Comentários
A instalação de luminárias na parte inferior de paredes é indicada para áreas de circulação, pois
servem como balizadores, sinalizando o caminho.
Vamos à NBR 9050:2015
(só para relembrarmos a exigência de iluminação em rota acessível)
6.1.2 Iluminação
Toda rota acessível deve ser provida de iluminação natural ou artificial com nível mínimo de iluminância de 150
lux medidos a 1,00 m do chão. São aceitos níveis inferiores de iluminância para ambientes específicos, como
cinemas, teatros ou outros, conforme normas técnicas específicas.
Gabarito: alternativa E
Comentários
Intensidade luminosa – Candela (cd)
(Procel, 2011)
(Procel, 2011)
(Procel, 2011)
FLUXO LUMINOSO
Gabarito: alternativa C
Comentários
A Luminância (L) é a Intensidade Luminosa que atinge o observador, refletida por uma superfície ou
por uma fonte de luz, numa determinada direção.
Ou seja, é a Intensidade Luminosa que emana de uma superfície, pela sua superfície aparente.
A alternativa está errada, pois não é “em todas as direções”.
Aproveitando...
A luz que uma lâmpada irradia, relacionada à Os raios de luz não são vistos, a menos
superfície à qual incide, define uma nova que sejam refletidos em uma superfície
grandeza luminotécnica denominada de e aí transmitam a sensação de claridade
Iluminamento, nível de iluminação ou aos olhos. Essa sensação de claridade é
Iluminância. chamada de Luminância.
Expressa em lux (lx), indica o fluxo luminoso É a Intensidade Luminosa que emana de
de uma fonte de luz que incide sobre uma uma superfície, pela sua superfície
superfície situada à uma certa distância dessa aparente.
fonte.
Tarefas visuais muito especiais, como, por exemplo, cirurgias, necessitam de valores que
podem atingir até 20.000 lux (NBR 5413). Com base nessas informações, julgue o item a seguir.
Considere que, em determinado projeto de arquitetura, haja uma circulação, sem iluminação
natural, que dê acesso às salas administrativas, iluminadas por meio de um grande pano de
vidro. Nessa situação, os projetos de instalações devem considerar a iluminação natural — 150
lux na circulação e 200 lux nos escritórios — no cálculo do iluminamento.
Comentários
Vamos à NBR ISSO/CIE 8995-1:2013
(B) F, V e V.
(C) V, F e F.
(D) V, V e F.
(E) F, F e V.
Comentários
(F) Como as outras fontes de luz, é preciso que sua luminância seja controlada.
(V) E esses valores podem ser superados caso o entorno seja claro (vegetação e cor das superfícies)
(V) Também correta, e segundo Lúcia Mascaró.
Vamos ao livro Luz, Clima e Arquitetura
(Mascaró L. R.)
Gabarito: alternativa B
Comentários
(A) Errada. Segundo Lúcia Mascaró, soluções com enormes superfícies envidraçadas que
permitem ganhos de radiação solar inconvenientes ao desempenho termo-luminoso dos
locais e obrigam ao uso permanente de cortina – que amenizam, mas não resolvem o
problema do calor excessivo, pois tiram a iluminação e ventilação natural dos locais, forçando
ao uso do condicionamento artificial do edifício – devem ser evitadas quando se deseja
otimizar o uso da energia operante.
(B) Errada. Prejudica, conforme dito acima.
(C) Errada. Otimizar o uso da energia operante não pode ser objetivo principal do arquiteto.
(D) Errada. Pelo contrário, obriga o uso do condicionamento artificial operante, como dito na
alternativa (A).
(E) A banca considerou essa alternativa certa. Pode, realmente, ter sido o objetivo do arquiteto,
mas, equivocadamente.
Vamos ao livro “Edifício Ambiental”, só a título de curiosidade, a respeito de um estudo sobre
prédios em São Paulo e Rio de Janeiro
A janela sempre teve um grande papel no processo de composição arquitetônica, seja ela
distribuída em uma série de aberturas, criando ritmo na fachada, ou em uma cortina de
vidro cujas áreas envidraçadas se tornam a parede propriamente dita. As funções do
elemento janela são diversas, já que ela proporciona contato visual com a área externa,
luz natural para os ambientes, entrada de radiação solar (que influencia diretamente o
desempenho térmico dos edifícios) e controle da ventilação natural. Desta forma, a janela
promove uma conexão vital com o clima. Por isso, seu dimensionamento, distribuição e
orientação são fatores determinantes no projeto de edifícios ambientalmente
conscientes.
Na cidade de São Paulo, o controle solar em todas as orientações expostas deve ser a
primeira estratégia a ser considerada quando se decide adotar a ventilação natural como
método de resfriamento passivo dos ambientes de trabalho. Como se sabe, o
sombreamento externo tem uma eficácia superior quando comparado ao uso de
persianas internas, que permitem que grande parte da radiação solar seja admitida no
interior do edifício, além de obstruírem a luz natural, resultando em uma maior
dependência de iluminação artificial e, consequentemente, maior consumo energético.
Cabe ainda ressaltar outro aspecto negativo do uso de persianas como única estratégia
de controle solar que é a obstrução de vistas. De acordo com diferentes pesquisas
(Ne’eman; Hopkinson, 1970; Keighley, 1973; Wells, 1965; Osterhaus, 2001), as vistas são
de extrema importância, podendo aumentar consideravelmente o nível de satisfação e
produtividade dos usuários em edifícios de escritório.
(...)
Uma das estratégias mais eficientes no bloqueio da radiação difusa é a redução das áreas
envidraçadas, minimizando a visão do céu. Por essa razão, entende-se que a proporção
entre as superfícies transparentes e opacas na fachada (WWR, window-to-wall ratio ) é
de grande importância no desempenho térmico do edifício.
Gabarito: alternativa E
Comentários
Uma das desvantagens é o desprendimento de intenso calor.
Vamos ao livro “Instalações Elétricas” Hélio Creder
Gabarito: alternativa C
8 – LISTA DE QUESTÕES
(FGV – Defensoria Pública/MT – 2015)
Assinale a opção que indica a diretriz que deve ser seguida na construção de edificações em
local de clima equatorial, com temperaturas elevadas e grande umidade, de modo a ter o
melhor aproveitamento das condições ambientais, visando ao conforto térmico e lumínico.
(A) É desejável que as faces de maior dimensão das edificações sigam a orientação Leste ou
Oeste.
(B) É desejável que as maiores dimensões das edificações formem ângulo próximo a 90º com
a direção dos ventos dominantes.
(C) É desejável evitar o contato das edificações com muros de arrimo e taludes.
(D) É desejável que os pisos sejam construídos diretamente sobre o solo.
(E) É desejável que os corredores entre duas edificações tenham uma largura de, no máximo,
1/3 de seu comprimento.
Considere que, em determinado projeto de arquitetura, haja uma circulação, sem iluminação
natural, que dê acesso às salas administrativas, iluminadas por meio de um grande pano de
vidro. Nessa situação, os projetos de instalações devem considerar a iluminação natural — 150
lux na circulação e 200 lux nos escritórios — no cálculo do iluminamento.
Parabéns guerreiros!
9 – GABARITO
1. B 8. ERRADA 15. C
2. C 9. B 16. ERRADA
5. C 12. C 19. B
6. D 13. B 20. E
7. B 14. E 21. C
Parabéns guerreiros!
10 - BIBLIOGRAFIA
Ching, F. D., & Binggeli, A. C. (s.d.). Arquitetura de Interiores Ilustrada.
Frota, A., & Schiffer, S. (2001). Manual de Conforto Térmico.
Hopkinson, R., & Kay, L. (1969). The light of building.
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