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TÉCNICO EM

ELETROELETRÔNICA

Importância da iluminação artificial

Disciplina de Instalações Elétricas Industriais


Professor Tarcísio Pollnow Kruger
tarcisiokruger@gmail.com – tarcisio.kruger@ifsc.edu.br

Itajaí – SC
2016
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA

Sumário
TÉCNICO EM
ELETROELETRÔNICA

A importância da iluminação artificial


O olhar. É através desse gesto simples que o ser humano pode captar
a realidade, o mundo que o cerca.

Estudos de oftalmologistas dão conta que a visão é responsável por


mais de 80% da capacidade de percepção humana.

Nos ambientes de trabalho, a iluminação esta diretamente ligada a


fatores como a saúde, a segurança e a produtividade.
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A importância da iluminação artificial


Os principais fatores condicionantes do processo visual são:
tamanho, contraste, luminância e tempo.

Conforme aumenta o nível de iluminação (iluminância) o olho vai-se


adaptando e aumenta a acuidade visual, rapidamente.

A execução de trabalho sob má iluminação provoca fadiga visual.


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A importância da iluminação artificial


A harmonia entre a iluminação artificial e a
iluminação natural
O homem se divide entre a iluminação natural e a iluminação
artificial. A associação perfeita entre a iluminação natural e a artificial é
algo que deve ser buscado, visando-se sempre a qualidade e a
minimização dos gastos com energia.
A luz do dia tem evidentemente inúmeras vantagens sobre a
iluminação artificial.
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A importância da iluminação artificial


A harmonia entre a iluminação artificial e a
iluminação natural
Desde a luz do sol, passando pelas tochas usadas pelo homem pré-
histórico, muita coisa mudou até a era moderna.

Em 21 de outubro de 1879, Thomas Edison concretiza o seu invento:


a lâmpada incandescente.
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A importância da iluminação artificial


A harmonia entre a iluminação artificial e a
iluminação natural
Não alimentava dúvidas de que a maneira mais prática de obter
energia luminosa consistia em transformar a energia elétrica em térmica e
esta em luz.

A iluminação artificial possibilita um maior aproveitamento do


tempo, independente das adversidades climáticas ou mesmo do percurso
do sol.
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A importância da iluminação artificial


A harmonia entre a iluminação artificial e a
iluminação natural.
A luz artificial tornou-se fato imprescindível para a criação de
melhores condições de trabalho e de ambiente, tornando ainda mais
seguras e confortáveis às nossas vidas.

A iluminação é um modesto consumidor de energia. De fato,


segundo estimativas, é responsável por apenas cerca de 4% do total de
energia primária consumida em todo o mundo.
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A importância da iluminação artificial


O que é luz?
A luz é uma forma de energia que se manifesta como uma onda ou
radiação eletromagnética. Há diferentes tipos de ondas eletromagnéticas
e eles se diferenciam pelo comprimento de onda ou sua frequência. Todos
os tipos de onda eletromagnética propagam-se no vácuo com velocidade
de 300 000 km/s.

O conjunto de todas as radiações eletromagnéticas denomina-se


Espectro Eletromagnético.
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A importância da iluminação artificial


O que é luz?
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A importância da iluminação artificial


O que é luz?
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A importância da iluminação artificial


Espectro Eletromagnético
As radiações eletromagnéticas são geradas pela vibração de cargas
elétricas – prótons ou elétrons são fontes eletromagnéticas. Quando uma
carga elétrica se movimenta, ela cria um campo magnético. Quando esse
movimento é acelerado, o campo elétrico da carga e o campo
eletromagnético propagam-se no espaço, dando origem ao que
chamamos de onda eletromagnética ou radiação eletromagnética.
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A importância da iluminação artificial


Espectro Eletromagnético
A luz é uma onda ou radiação eletromagnética que causa sensação
visual e está compreendida na faixa de comprimentos de onda entre 380
nm e 780 nm. A essa faixa de radiação atribui-se a denominação de
Espectro Visível.
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A importância da iluminação artificial


Espectro Eletromagnético
- 380 a 436 nm - violeta
- 436 a 495 nm - azul
- 495 a 566 nm - verde
- 566 a 589 nm - amarelo
- 589 a 627 nm - laranja
- 627 a 780 nm - vermelho.
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Radiação Infravermelha
São radiações invisíveis ao olho humano. Seus comprimentos de onda
estão compreendidos entre 780 a 10000 nm.

Caracterizam-se por seu forte efeito calorífico, sendo utilizadas em


muitas aplicações. Essas radiações são produzidas normalmente através de
resistores aquecidos por lâmpadas incandescentes especiais cujo filamento
trabalha em temperatura mais reduzida, chamadas lâmpadas infravermelhas.
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Radiação Ultravioleta
Seus comprimento de onda estão na faixa de 100 a 380 nm.

Caracterizam-se por sua elevada ação química e pela excitação da


fluorescência de diversas substâncias. Normalmente essas radiações se
dividem em três grupos de propriedades um pouco diferentes : ultravioleta
próximo ou luz-negra (UV-A), ultravioleta intermediário (UV-B) e ultravioleta
remoto ou germicida (UV-C).
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A cor
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A importância da iluminação artificial


A cor
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Grandezas Luminotécnicas

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Sumário
• Fluxo Luminoso;
• Intensidade Luminosa;
• Curva de distribuição Luminosa;
• Iluminância;
• Luminância;
• Refletância;
• Emitância;
• Eficiência Luminosa;
• Índice de Reprodução de Cores;
• Temperatura de Cor;
• Vida média;
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Fluxo Luminoso
Esse conceito é de grande importância para os estudos de
iluminação. Ele representa uma potência luminosa emitida por uma fonte
luminosa por segundo, em todas as direções, sob a forma de luz. Sua
unidade é o lúmen (lm).
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Fluxo Luminoso
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Intensidade Luminosa
É a potência de radiação visível disponível em uma certa direção. A
intensidade luminosa é a grandeza de base do sistema internacional para
iluminação, e a unidade é a candela (cd).
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Curva de distribuição luminosa


Trata-se de um diagrama polar no qual se considera a lâmpada ou
luminária reduzida a um ponto no centro do diagrama e se representa a
intensidade luminosa nas várias direções por vetores, cujos módulos são
proporcionais a velocidades, partindo do centro do diagrama. A curva
obtida ligando-se as extremidades desses vetores é a curva de distribuição
luminosa.
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Curva de distribuição luminosa


Costuma-se na representação polar, referir os valores de intensidade
luminosa constantes a um fluxo de 1000 lumens.
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Curva de distribuição luminosa


A utilidade principal dessas curvas é a caracterização luminotécnica
de luminárias e de alguns tipos de lâmpadas.
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Iluminância
Por definição podemos dizer que a iluminância é o fluxo luminoso
(lúmem) incidente numa superfície por unidade de área (m2). Sua unidade
é o lux.
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Iluminância
Na prática, é a quantidade de luz dentro de um ambiente, e pode ser
medida com o auxílio de um luxímetro. Como o fluxo luminoso não é
distribuído uniformemente, a iluminância não será a mesma em todos os
pontos da área em questão.
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Iluminância
Alguns níveis padronizados de Iluminância:
• MÍNIMO PARA CIRCULAÇÃO: 20 LUX no plano horizontal
• MÍNIMO PARA ÁREAS DE TRABALHO INTERNAS: Iluminação vertical de 100 LUX e
horizontal de 200 LUX;
• ÓTIMO PARA ÁREAS DE TRABALHOS INTERNAS: Entre 1000 e 2000 LUX TAREFAS
VISUAIS DIFÍCEIS: De 2000 A 20000 LUX
• LOJAS CONVENCIONAIS: 300 LUX no plano horizontal
• LOJAS DE AUTO-SERVIÇO: 500 LUX no plano horizontal
• SUPERMERCADOS: 750 LUX no plano horizontal
• CINEMAS SALA ESPERA: 150 LUX no plano horizontal
• HOTEIS COZINHA: 500 LUX no plano horizontal
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Luminância
Das grandezas mencionadas, nenhuma é visível, isto é, os raios de
luz não são vistos, a menos que sejam refletidos em uma superfície e ai
transmitam a sensação de claridade aos olhos. Essa sensação de claridade
é chamada de Luminância. Em outras palavras, é a Intensidade Luminosa
que emana de uma superfície, pela sua superfície aparente.
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Luminância
A equação que permite sua determinação é dada por:
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Luminância
Como é difícil medir-se a Intensidade Luminosa que provém de um
corpo não radiante (através de reflexão), pode-se recorrer a outra
formula: Pode-se provar que:
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Luminância
Luminância é a sensação de claridade ou, em outras palavras, é a
Intensidade Luminosa que emana de uma superfície, pela sua superfície
aparente, o reflexo.
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Grandezas Principais
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Refletância ()
É a relação entre o fluxo luminoso refletido por uma dada superfície
e o fluxo incidente sobre a mesma. É sabido que os objetos refletem a luz
diferentemente uns dos outros. Assim, dois objetos colocados num
ambiente de luminosidade conhecida originam luminâncias diferentes.
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Emitância
É a quantidade de fluxo luminoso emitido por uma fonte superficial
por unidade de área. Sua unidade é expressa em lúmen/m2.
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Eficiência Luminosa

Podemos chamar de eficiência luminosa que é o quociente entre o


fluxo emitido em lúmens pela potência consumida em Watts.
Em outras palavras, esta grandeza retrata a quantidade de “luz” que
uma fonte luminosa pode produzir a partir de uma potência elétrica de 1
Watt. Quanto maior o valor de eficiência luminosa de uma determinada
lâmpada, maior será a quantidade de luz produzida com o mesmo
consumo.
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Eficiência Luminosa

Alguns exemplos:
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Eficiência Luminosa
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Eficiência Luminosa
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Índice de Reprodução de Cores

É a medida de correspondência entre a cor real de um objeto e sua


aparência diante de uma determinada fonte de luz. A luz artificial, como
regra, deve permitir ao olho humano perceber as cores corretamente, ou
o mais próximo possível da luz natural do dia (luz do sol).
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Índice de Reprodução de Cores

Lâmpadas com índice de 100% apresentam as cores com total


fidelidade e precisão. Quanto mais baixo o índice, mais deficiente é a
reprodução de cores. Os índices variam conforme a natureza da luz e são
indicados de acordo com o uso de cada ambiente.
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Índice de Reprodução de Cores

Um IRC em torno de 60 pode ser considerado razoável, 80 é bom e


90 é excelente. Claro que tudo irá depender da exigência da aplicação que
uma lâmpada deve atender. Um IRC de 60 mostra-se inadequado para
uma iluminação de loja, porém, é mais que suficiente para a iluminação de
vias públicas.
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Índice de Reprodução de Cores


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Temperatura de Cor

No instante que um ferreiro coloca uma peça de ferro no fogo, esta


peça passa a comportar-se segundo a lei de Planck e vai adquirindo
diferentes colorações na medida que sua temperatura aumenta.
Na temperatura ambiente sua cor é escura, tal qual o ferro, mas será
mais vermelha a 800 K, amarelada em 3.000 K, branca azulada em 5.000K.
Sua cor será cada vez mais clara até atingir seu ponto de fusão.
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Temperatura de Cor

Pode-se então, estabelecer uma correlação entre a temperatura de


uma fonte luminosa e sua cor, cuja energia do espectro varia segundo a
temperatura de seu ponto de fusão.
Aceita-se que cores quentes vão até 3.000K, as cores neutras situam-
se entre 3.000 e 4.000K e as cores frias acima deste último valor.
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Temperatura de Cor
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Temperatura de Cor

As cores quentes são empregadas quando se deseja uma atmosfera


íntima, sociável, pessoal e exclusiva (residências, bares, restaurantes,
mostruários de mercadorias);
As cores frias são usadas quando a atmosfera deva ser formal,
precisa, limpa (escritórios, recintos de fábricas).
Seguindo esta mesma linha de raciocínio, conclui-se que uma
iluminação usando cores quentes realça os vermelhos e seus derivados; ao
passo que as cores frias, os azuis e seus derivados próximos. As cores
neutras ficam entre as duas e são, em geral, empregadas em ambientes
comerciais.
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Temperatura de Cor
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Vida Média:

Normalmente especifica-se a “vida média” válida para um lote de


lâmpadas, funcionando em períodos contínuos de 3 h, quando 50% do
lote está “morto”.
Comparadas com as lâmpadas incandescentes, as lâmpadas de
descarga têm vida média muito mais longa. Ciclos de funcionamento mais
curtos, partidas mais frequentes, encurtam a vida das lâmpadas de
descarga e os ciclos de funcionamento mais longos, partidas menos
frequentes, aumentam a vida.
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Vida Média:

No passado a relação entre o número de operações liga/desliga e a


redução da vida útil das lâmpadas fluorescentes era bastante crítica, hoje
em dia já não é, uma vez que o volume de pó ionizante sobre o filamento
é bastante grande.
No entanto, não se deve ligar/desligar uma lâmpada fluorescente a
cada um ou dois minutos. Se a frequência for de 10 a 15 minutos, já vale a
pena, pois o custo da lâmpada em relação ao consumo de energia é
compensador.
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Referências bibliográficas:
MAMEDE FILHO, João. Instalações Elétricas Industriais. Rio de
Janeiro: LTC, 2007.
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Luminárias

Disciplina de Instalações Elétricas Industriais


Professor Tarcísio Pollnow Kruger
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Sumário
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Luminárias

São aparelhos destinados à fixação de lâmpadas, devendo


apresentar as seguintes características básicas:
- serem agradáveis ao observador;
- modificarem o fluxo da fonte de luz;
- possibilitarem fácil instalação e posterior manutenção.
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Luminárias

A seleção de luminárias em recintos industriais deve ser precedida


de algumas precauções, relativamente à atividade produtiva do projeto.
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Luminárias

Assim, para ambientes onde haja presença de gases ou de segurança


reforçada, prevenindo, desta forma, acidentes sérios provocados, por
exemplo, pela exposição de uma lâmpada.
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Luminárias

Também, em indústrias têxteis, onde há uma excessiva poluição de


pó de algodão em estado de suspensão no ar, é aconselhável adotar no
projeto luminárias do tipo fechado.
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Luminárias
Características quanto a distribuição do fluxo
luminoso:
Para iluminação geral, a IEC (International Electrotechnical
Commission) adotou as seguintes classes para luminárias:
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Luminárias
Características quanto a distribuição do fluxo
luminoso:
Direta: Quando o fluxo luminoso é dirigido diretamente ao plano de
trabalho. Nesta classe se enquadram as luminárias refletoras espelhadas,
comumente chamadas de spots.
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Luminárias
Características quanto a distribuição do fluxo
luminoso:
Indireta: Quando o fluxo luminoso é dirigido diretamente em
oposição ao plano de trabalho. As luminárias que atendem essa classe em
geral assumem uma função decorativa no ambiente iluminado.
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Luminárias
Características quanto a distribuição do fluxo
luminoso:
Semidireta: Quando parte do fluxo luminoso é diretamente dirigido
e outra parte atinge o mesmo plano por reflexão. Neste caso, deve haver
o predomínio do efeito direto.
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Luminárias
Características quanto a distribuição do fluxo
luminoso:
Semi-indireta: Quando parte do fluxo luminoso chega ao plano de
trabalho por efeito indireto e outra parte é diretamente dirigida ao
mesmo. Neste caso, o efeito predominante deve ser o indireto.
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Luminárias
Características quanto a distribuição do fluxo
luminoso:
Geral difusa: Quando o fluxo luminoso apresenta praticamente a
mesma intensidade em todas as direções.
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Luminárias
Características quanto a modificação do fluxo
luminoso
As luminárias tem a propriedade de poder modificar o fluxo
luminoso produzido por sua fonte luminosa (a lâmpada).
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Luminárias
Características quanto a modificação do fluxo
luminoso
Assim, se uma luminária é dotada de um vidro protetor
transparente, parte do fluxo luminoso é refletida para o interior da
luminária, parte é transformada em calor e finalmente a maior parte é
dirigida ao ambiente a iluminar.
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Luminárias
Características quanto a modificação do fluxo
luminoso
Dessa forma, as luminárias podem ser assim classificadas de
acordo com as suas propriedades de modificar o fluxo luminoso.
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Luminárias
Características quanto a modificação do fluxo
luminoso
Absorção: É a característica da luminária de absorver parte do fluxo
luminoso incidente na sua superfície. Quanto mais escura for a superfície
interna da luminária, maior será o índice de absorção.
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Luminárias
Características quanto a modificação do fluxo
luminoso
Refração: É a característica das luminárias de poder direcionar o
fluxo luminoso da fonte, que é composta pela lâmpada e refletor, através
de um vidro transparente de construção específica, podendo ser plano
(não há modificação da direção do fluxo) ou prismático. Os faróis de
automóveis são exemplos de luminárias refratoras prismáticas.
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Luminárias
Características quanto a modificação do fluxo
luminoso
Reflexão: É a característica da luminária de poder modificar
distribuição do fluxo luminoso através de sua superfície interna e segundo
a sua forma geométrica de construção (parabólica, elíptica, etc.).
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Luminárias
Características quanto a modificação do fluxo
luminoso
Difusão: É a característica das luminárias de reduzir a sua
luminância, diminuindo consequentemente os efeitos inconvenientes do
ofuscamento através de uma placa de acrílico ou vidro.
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Luminárias
Características quanto a modificação do fluxo
luminoso
Louvers: O painel destas luminárias é constituído por aletas de
material plástico ou metálico, em geral esmaltado na cor branca, não
permitindo que a lâmpada seja vista pelo observador dentro de um
determinado ângulo.
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Luminárias
Aplicação
As luminárias devem ser aplicadas de acordo com o ambiente a
iluminar e com o tipo de atividade desenvolvida no local. Em geral são
conhecidos os seguintes tipos:
- luminárias comerciais;
- luminárias industriais;
- luminárias para logradouros públicos;
- luminárias para jardins.
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Luminárias
Aplicação
Nas aplicações comerciais, as luminárias mais empregadas são as
fluorescentes. Há vários tipos disponíveis no mercado e a escolha de um
deles deve ser estudada tanto no ponto de vista econômico como técnico.
Em geral, a sua aplicação é conveniente em ambientes cuja altura não
ultrapasse 6m.
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Luminárias
Aplicação
Nas instalações industriais, é mais frequente o emprego de
luminárias de facho de abertura média para lâmpadas de descarga. A
preferência recai sobre as lâmpadas de vapor de mercúrio. São aplicadas
mais comumente em galpões industriais com altura superior a 6 metros.
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Luminárias
Aplicação
A figura abaixo mostra um modelo de projetor industrial muito
utilizada em instalações industriais e próprios para lâmpadas de vapor de
mercúrio ou vapor de sódio.
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Luminárias
Aplicação
A figura abaixo mostra um modelo de projetor industrial muito
utilizada em instalações industriais e próprios para lâmpadas de vapor de
mercúrio ou vapor de sódio.
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Luminárias
Aplicação
Se o projeto utiliza lâmpadas de vapor metálico, é comum o uso de
projetor.
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Luminárias
Aplicação
As luminárias para áreas externas são construídas para fixação em
poste. A figura abaixo mostra uma luminária de uso muito comum em
áreas externas de complexos industriais.
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Luminárias
Aplicação
Alternativamente são também utilizados luminárias específicas
montadas em postes tubulares metálicos do tipo apresentado na figura
abaixo.
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Luminárias
Características Fotométricas
Cada tipo de luminária, juntamente com sua fonte luminosa, produz
um fluxo luminoso de efeito não uniforme. Se a fonte luminosa distribui o
fluxo de maneira espacialmente uniforme, em todas as direções, a
intensidade luminosa é igual para cada distância tomada da referida
fonte. Caso contrário, para cada plano numa dada direção, a intensidade
toma diferentes valores. A distribuição deste fluxo de intensidade
luminosa é representada através de um diagrama de coordenadas polares,
cuja fonte luminosa se localiza no seu centro.
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Luminárias
Características Fotométricas
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Luminárias
Características Fotométricas
Tomando-se como base esse ponto, a intensidade é determinada em
função das várias direções consideradas. Para citar um exemplo, o
observar o diagrama anterior, onde a intensidade luminosa, para um
ângulo de 0° é de 260 candela para 1000 lúmens da lâmpada, e a um
ângulo de 60°, a intensidade luminosa reduz-se para 40 candelas para
1000 lúmens. Como a intensidade luminosa é proporcional ao fluxo
luminoso emitido pela lâmpada, os fabricante de luminárias,
convencionalmente, elaboram estas curvas tomando como base um fluxo
luminoso de 1000 lúmens. As curvas de distribuição luminosa são
utilizadas com frequência, nos projetos de iluminação, empregando o
método ponto por ponto.
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Luminárias
Ofuscamento
É o fenômeno produzido por excesso de luminância de uma fonte de
luz. O ofuscamento oferece ao espectador uma sensação de desconforto
visual quando este permanece no recinto iluminado durante um certo
intervalo de tempo. O ofuscamento direto provocado pela fonte pela
luminância excessiva de uma determinada fonte de luz pode ser reduzido
ou eliminado através do emprego de vidros difusores ou opacos, colméias,
etc.
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Luminárias
Superfícies internas das luminárias
O tipo e a qualidade das superfícies reflexivas das luminárias são
responsáveis pelo nível de eficiência de iluminação de uma determinada
área. As luminárias podem, então, ser classificadas a partir do material de
cobertura da sua superfície em três diferentes tipos.
- luminárias de superfície esmaltada;
- luminárias de superfície anodizada;
- luminárias de superfície pelicular.
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Luminárias
Superfícies internas das luminárias
Independente do tipo das luminárias, em geral elas são fabricadas
em chapas de alumínio. Alguns fabricantes tem lançado luminárias
confeccionadas em fibras especiais, utilizadas notadamente em
iluminação pública, reduzindo o efeito do vandalismo.
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Luminárias
Superfícies internas das luminárias
Luminária de superfície esmaltada: Também conhecidas como
luminárias convencionais, estas luminárias recebem uma camada de tinta
branca esmaltada e polida que permite um nível médio de 50%. No
entanto, há luminárias com cobertura de esmalte branco especial que
alcança um nível de reflexão de até 87%.
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Luminárias
Superfícies internas das luminárias
Luminária de superfície anodizada: São luminárias confeccionadas
em chapa de alumínio, revestidas internamente por uma camada de óxido
de alumínio, cuja finalidade é proteger a superfície preservando o brilho
pelo maior tempo possível, evitando que a superfície refletora adquirida
precocemente uma amarelada. Enquanto a luminária convencional
apresenta uma reflexão difusa, em que os raios luminosos são refletidos
em diversos ângulos, direcionando parte do fluxo para as paredes, a
luminária anodizada é concebida para direcionar o fluxo luminoso para o
plano de trabalho.
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Luminárias
Superfícies internas das luminárias
Luminária de superfície pelicular: São luminárias confeccionadas
em chapa de alumínio, revestidas internamente por uma fina película de
filme reflexivo e com deposição de uma fina camada de prata e auto
adesivo, criando uma superfície de elevada reflexão e alto brilho,
alcançando um índice de reflexão de 92%.
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Luminárias
Superfícies internas das luminárias
Luminária de superfície pelicular: O filme tem uma vantagem sobre
os demais processos utilizados, para aumentar a reflexão das luminárias
devido a sua baixa depreciação, elevando em consequência, o tempo de
limpeza das luminárias. Em quatro anos, sua depreciação atinge um valor
apenas de 3%, resultando em economia para instalação.
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Luminárias

Obs.: De forma geral, as luminárias aumentam o seu rendimento


quando são utilizadas lâmpadas com diâmetro reduzido.
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Luminárias
Referências bibliográficas:
MAMEDE FILHO, João. Instalações Elétricas Industriais. Rio de
Janeiro: LTC, 2007.
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Classificação dos sistemas de iluminação

Disciplina de Instalações Elétricas Industriais


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Sumário
• Iluminação artificial;
– Iluminação Geral;
– Iluminação Localizada;
– Iluminação de Tarefa;
– Iluminação de Emergência;
– Iluminação Direta;
– Iluminação Indireta;
– Iluminação Direta-Indireta;
– Iluminação de Destaque;
– Iluminação de Efeito;
– Iluminação Decorativa;
– Iluminação com Modulação de Intensidade (“dimmerização”);
– Iluminação Arquitetônica;
– Iluminação de Fachadas e Monumentos.
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Objetivos da iluminação artificial


O primeiro objetivo da iluminação é a obtenção de boas condições
de visão associadas à visibilidade, segurança e orientação dentro de um
determinado ambiente. Este objetivo está intimamente associado às
atividades laborativas e produtivas (escritórios, escolas, bibliotecas,
bancos, indústrias etc.).
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Objetivos da iluminação artificial


Para este objetivo, os Sistemas de Iluminação podem ser
classificados quanto à forma como as luminárias são distribuídas no
ambiente (geral, localizada, iluminação de tarefa, iluminação de
emergência).
Também, podem ser classificados quanto à forma pela qual o fluxo
luminoso é distribuído pela luminária, ou seja, de acordo com a
quantidade do fluxo luminoso emitido para cima e para baixo do plano
horizontal da luminária ou lâmpada (direta, indireta, direta-indireta).
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Iluminação geral
Caracteriza-se pela distribuição aproximadamente regular das
luminárias pelo teto; pela iluminação horizontal a partir de um nível
médio; e pela uniformidade nos níveis de iluminamento.
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Iluminação localizada
Concentram-se as luminárias em locais de interesse. As luminárias
devem ser instaladas suficientemente em altura suficiente para cobrir as
superfícies adjacentes, possibilitando altos níveis de iluminância sobre o
plano de trabalho, ao mesmo tempo em que asseguram uma iluminação
geral suficiente para eliminar fortes contrastes.
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Iluminação de tarefa
Luminárias perto da tarefa visual e do plano de trabalho, iluminando
uma área muito pequena.
TÉCNICO EM
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Iluminação de emergência
Luminárias instaladas em locais que permitem clarear áreas escuras
de passagens, horizontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e áreas
técnicas de controle de restabelecimento de serviços essenciais e normais,
na falta de iluminação normal.
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Iluminação de emergência
A intensidade da iluminação deve ser suficiente para evitar acidentes
e garantir a evacuação das pessoas, levando em conta a possível
penetração da fumaça nas áreas. Deve sinalizar inconfundivelmente as
rotas de fuga utilizáveis no momento do abandono do local e sinalizar o
topo do prédio para a aviação comercial.
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Iluminação de emergência
O projeto luminotécnico para esta modalidade dever estar em
conformidade com a norma – ABNT NBR10898-– Iluminação de
Emergência: Setembro de 1999.
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Iluminação de direta
Luminárias embutidas ou fixadas diretamente no teto, de forma a
proporcionar uma iluminação direta e vertical incidente no plano de
trabalho.
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Iluminação indireta
Luminárias embutidas ou fixadas diretamente no teto, de forma a
proporcionar uma iluminação direta e vertical incidente no plano de
trabalho.Luminárias suspensas, concentradas nas áreas de trabalho ou
distribuídas homogeneamente no ambiente, com seus fluxos luminosos
unicamente, direcionados verticalmente para o teto. O resultado no plano
de trabalho é uma iluminação indireta e difusa.
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ELETROELETRÔNICA

Iluminação direta-indireta
Luminárias suspensas, concentradas nas áreas de trabalho ou
distribuídas homogeneamente no ambiente, com seus fluxos luminosos
direcionados verticalmente tanto para o teto quanto para o plano de
trabalho, numa proporção definida pelo projeto e de acordo com a
ambientação desejada.
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Objetivos da iluminação
O segundo objetivo da iluminação é a utilização da luz como
principal instrumento de ambientação do espaço - na criação de efeitos
especiais com a própria luz - ou no destaque de objetos e superfícies ou
do próprio espaço. Este objetivo está intimamente associado às atividades
não laborativas e não produtivas (restaurantes, museus e galerias,
residências etc.).
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Objetivos da iluminação
Para este objetivo, os Sistemas de Iluminação podem ser
classificados quanto à Forma de luz de ambientação adequada ao espaço.
Em alguns casos, estes sistemas podem operar, secundariamente, com os
Sistemas de Iluminação associados às atividades laborativas e produtivas.
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Iluminação de destaque
Coloca-se ênfase em determinados aspectos do interior do
ambiente, como um objeto ou uma superfície, chamando a atenção do
olhar. Geralmente, esse efeito é obtido com o uso de spots, criando-se
uma diferença de intensidade da iluminação 3, 5 ou até 10 vezes maior em
relação à luz geral ambiente. Este efeito pode ser obtido também
posicionando a luz muito próxima à superfície a ser iluminada.
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Iluminação de efeito
Enquanto na Luz de Destaque procura-se destacar algo, na Luz de
Efeito o objeto de interesse é a própria luz: jogos de fachos de luz nas
paredes, contrastes de luz e sombra etc.
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Iluminação decorativa
Nesta modalidade de iluminação o que mais importa é o objeto que
produz a luz. Exemplos: Lustres antigos, arandelas coloniais, velas etc.
Criam uma área de interesse no ambiente, destacando o objeto, além de
simplesmente iluminar o próprio espaço.
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Iluminação com Modulação de Intensidade


(“dimmerização”)
É a possibilidade de aumentar ou diminuir a intensidade das várias
luminárias instaladas no ambiente, modificando com isso a percepção
ambiental.
Pode também ser utilizada em ambientes com o intuito de aumentar
a eficiência energética do sistema de iluminação.
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Iluminação arquitetônica
Obtida quando posiciona-se a luz dentro de elementos
arquitetônicos do ambiente tais como, sancas, corrimãos, fendas nas
paredes etc.
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Iluminação de Fachadas e Monumentos


Nesta modalidade ocorre uma composição da iluminação de efeito e
da iluminação de destaque.
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Vantagens, Desvantagens e Eficiência


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Vantagens, Desvantagens e Eficiência


TÉCNICO EM
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Vantagens, Desvantagens e Eficiência


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Vantagens, Desvantagens e Eficiência


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Métodos de cálculo de iluminação


Os métodos de cálculos dos sistemas de iluminação se dividem em
dois grupos.

- Cálculos de iluminação para ambientes internos;


- Cálculos de iluminação para ambientes externos;
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Cálculos de iluminação para ambientes internos


Para ambientes internos existem três métodos de cálculos mais
difundidos.
- Método dos lúmens;
- Método das cavidades zonais;
- Método ponto por ponto;
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Método dos lúmens


O método dos lúmens é o método mais simples de cálculo e fornece
um resultado numérico único da iluminância a ser obtida no ambiente em
função dos equipamentos especificados e das características do ambiente
ou da quantidade necessária de equipamentos em função da iluminância
desejada.
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Método dos lúmens


Para início dos cálculos é necessário o levantamento das
características da instalação:
- Características construtivas da instalação – dimensões dos
ambientes e classificação de acordo com uso para determinação da
iluminância requerida conforme a norma ABNT NBR 5413.
- Refletâncias das superfícies – teto, paredes, piso.
- Frequência de manutenção e condições de limpeza do ambiente –
para estimar o fator de manutenção (FM) ou fator de perdas luminosas
(FPL).
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Método dos lúmens


Este método considera ambientes retangulares, superfícies de
reflexão difusa, um tipo único de luminária e leva em conta a sua
distribuição uniforme
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Método das cavidades zonais


Trata-se de um método aplicado a instalações de alto padrão técnico,
em que é exigida maior precisão nos cálculos. Neste método, o coeficiente
de utilização é determinado de forma mais precisa, e o fator de
depreciação é substituído pelo fator de perdas de luz, reduzindo ao
mínimo as aproximações de cálculo muitas vezes grosseiras.
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Método ponto a ponto


O método ponto a ponto, também chamado de “método das
intensidades luminosas”, é utilizado quando as dimensões da fonte
luminosa são muito pequenas em relação à distância do plano que deve
ser iluminado. É utilizado para fontes pontuais, como lâmpadas halógenas
tipo dicróicas.
Por este método, é possível determinar a iluminância em qualquer
ponto das superfícies por meio de cálculos trigonométricos considerando
as fontes luminosas existentes no ambiente. A iluminância total pelo
método ponto a ponto é a soma das iluminâncias advindas de cada fonte
luminosa, cujo facho atinge o ponto considerado.
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Cálculos de iluminação para ambientes externos


Para ambientes externos existem dois métodos de cálculos mais
difundidos.
- Método por ponto;
- Método pelo valor médio;
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Método por ponto


É uma variação método ponto a ponto, utilizado para cálculo de
iluminação de interiores.
TÉCNICO EM
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Método pelo valor médio


É realizado um cálculo do iluminamento médio produzido pelo
somatório das luminárias.
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Referências bibliográficas:
MAMEDE FILHO, João. Instalações Elétricas Industriais. Rio de
Janeiro: LTC, 2007.
TÉCNICO EM
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Projeto Luminotécnico

Disciplina de Instalações Elétricas Industriais


Professor Tarcísio Pollnow Kruger
tarcisiokruger@gmail.com – tarcisio.kruger@ifsc.edu.br

Itajaí – SC
2016
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Sumário
– Iluminação de interiores
– Método dos lumens;
– Método ponto por ponto;
– Método das cavidades zonais;
– Iluminação de exteriores
– Método por ponto;
– Método do valor médio.
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Método dos lúmens


É de resolução simplificada, porém de menor precisão nos
resultados.
É baseado na determinação do fluxo luminoso necessário para obter
um iluminamento médio desejado no plano de trabalho.
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Método dos lúmens


Consiste resumidamente, na determinação do fluxo luminoso
através da equação:

Onde:
TÉCNICO EM
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Método dos lúmens


Fator de depreciação do serviço da luminária:
Mede a relação entre o fluxo luminoso emitido por uma luminária no
fim do período considerado, para iniciar o processo de manutenção e o
fluxo emitido no início de sua operação.
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Método dos lúmens


Fator de utilização:
O fator de utilização do recinto, ou simplesmente fator de utilização,
é a relação entre o fluxo luminoso que chega ao plano de trabalho e o
fluxo luminoso total emitido pelas lâmpadas.
O fator de utilização depende das dimensões do ambiente, do tipo
de luminárias e da pintura de paredes.
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Método dos lúmens


Fator de utilização:
A tabela de luminárias (fornecida pelos fabricantes) indica os fatores de
utilização. O manuseio da tabela implica a determinação do índice de recinto K
e o conhecimento das refletâncias (ρ) médias do teto, das paredes e do piso,
que são função da tonalidade das superfícies iluminadas. Exemplo:
a) teto:
branco – 70% = 0,7;
claro – 50% = 0,5;
escuro – 30% = 0,3;
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Método dos lúmens


Fator de utilização:

b) parede
claras – 50% = 0,5;
escuras – 30% = 0,3;

c) piso
escuro – 10% = 0,1.
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Método dos lúmens


Fator de utilização:

A tabela a seguir fornece os valores médios de refletância para


diferentes cores e materiais de revestimento.
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Método dos lúmens


TÉCNICO EM
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Método dos lúmens


Fator de utilização:
A refletância média exprime as reflexões médias das superfícies do
ambiente da instalação. O índice de recinto K é dado pela equação:

Onde:
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Método dos lúmens


Fator de utilização:
Após encontrar o índice do recinto K e as refletâncias das superfícies,
procurar o fator de utilização na tabela da luminária desejada. Exemplo:
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Método dos lúmens


Cálculo do número de luminárias:
É dado pela equação a seguir:

Onde:
TÉCNICO EM
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Método dos lúmens


Exemplo:
Considerar um galpão industrial com medida de 12m x 17m e altura
de 7,5m destinado a fabricação de peças mecânicas. Sabe-se que o teto é
branco, as paredes claras e o piso escuro. Determinar o numero de
projetores necessários, utilizando lâmpadas de vapor de mercúrio de
400W.
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Método dos lúmens


Exemplo:
a) Calculo do fluxo luminoso:
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Método dos lúmens


Exemplo:
a) Calculo do fluxo luminoso:
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Método dos lúmens


Exemplo:
a) Calculo do fluxo luminoso:
De acordo com o ambiente, tomam-se os valores de refletâncias
médias.
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Método dos lúmens


Exemplo:
a) Calculo do fluxo luminoso:
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Método dos lúmens


Exemplo:
a) Calculo do fluxo luminoso:
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Método dos lúmens


Exemplo:
a) Calculo número de luminárias:
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Método dos lúmens


Exemplo:
a) Calculo número de luminárias:
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Método dos lúmens


Exemplo:
a) Calculo número de luminárias:
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Método dos lúmens


Distribuição das luminárias:
O espaçamento que deve existir entre as luminárias depende da sua
altura útil, que, por sua vez pode conduzir a uma distribuição adequada de
luz. A distância máxima entre os centros deve ser de 1 a 1,5 vez sua altura
útil. O espaçamento da luminária à parede deve corresponder a metade
desse valor. A figura a seguir indica a disposição correta das luminárias na
instalação. Tem-se que:
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Método dos lúmens


Distribuição das luminárias:
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Método dos lúmens


Distribuição das luminárias:
Exemplo anterior:
Tratando-se de um galpão de forma retangular, deve-se adotar a opção por
distribuir as luminárias em número proporcional à direção da largura e à direção
do comprimento da área, conforme disposição da figura a seguir. Neste caso
optou-se por 12 luminárias para melhor adequar a sua distribuição na área em
questão. Logo, a distância entre as luminárias e a distância entre estas e a parede
valem:
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Método dos lúmens


Orientações para o estudo: ler o capitulo 2 do livro de Instalações
Industriais – João Mamede Filho. No livro se encontram os demais
métodos difundidos para realização de cálculo luminotécnico.
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Referências bibliográficas:
MAMEDE FILHO, João. Instalações Elétricas Industriais. Rio de
Janeiro: LTC, 2007.
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Método ponto por ponto

Disciplina de Instalações Elétricas Industriais


Professor Tarcísio Pollnow Kruger
tarcisiokruger@gmail.com – tarcisio.kruger@ifsc.edu.br

Itajaí – SC
2016
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Sumário
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Método ponto por ponto

Este método permite que se determine em cada ponto da área de


iluminamento correspondente à contribuição de todas as fontes
luminosas cujo fluxo atinja o ponto mencionado. A soma algébrica de
todas as contribuições determina o iluminamento naquele ponto.
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Método ponto por ponto


Revisão
I = Intensidade luminosa em candelas (cd) - A potência de radiação
luminosa numa dada direção denomina-se intensidade luminosa. - Uma
fonte luminosa em geral não emite igual potência luminosa em todas as
direções.
Lei do inverso do quadrado da distância:
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Método ponto por ponto


Exemplo:
Calcular a iluminância da luminária de destaque de uma loja sobre
um balcão. Lâmpada utilizada: halógena OSRAM DECOSTAR 51 50W -
facho de luz de 10°.
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Método ponto por ponto


Exemplo:
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Método ponto por ponto


Exemplo:
Intensidade Luminosa da lâmpada: I=12.500 cd
Altura: h= 3,70m

E = 12500 / 3.702
E = 913 lux
Considerando-se, por exemplo, que a iluminação geral dessa loja é
de 500 lux, temos um fator de aproximadamente 2:1
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Método ponto por ponto


Exemplo 2:
Calcular a iluminância sobre a mesa de trabalho:
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Método ponto por ponto


Exemplo 2:
Luminária utilizada: PHILIPS TBS 050-M2 para 2 lâmpadas
fluorescentes tubulares ECO MASTER de 32 W com 2.700 lúmens cada
uma.
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Método ponto por ponto


Exemplo 2:
Cada luminária tem sua curva de distribuição luminosa (CDL), com as
respectivas intensidades luminosas:
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Método ponto por ponto


Exemplo 2:
Os fabricantes fornecem gráficos onde as curvas são expressas em
candelas (cd) por 1000 lúmens ( lm) de acordo com ângulos de incidência (0,
30, 50, 60, 90, 120, 130, 150, 180 graus) nos sentidos transversal e
longitudinal da luminária.
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Método ponto por ponto


Exemplo 2:
Para calcular a iluminância em um ponto na mesa de trabalho
situado a um ângulo de 30 graus, temos que a Intensidade Luminosa (I),
tirada diretamente do gráfico é de 240 cd (candelas).
TÉCNICO EM
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Método ponto por ponto


Exemplo 2:
Como os valores nos gráficos são padronizados a cada 1000 lúmens,
temos:
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Método ponto por ponto


Exemplo 2:
Portanto, para o nosso exemplo:

I = (240/1000) x (2 x 2700)
I = 1296 cd (candelas)
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Método ponto por ponto


Exemplo 2:

E = ( 1296 x Cos3 30° ) / 22


E = 210 lux

Obs.: Caso o nível


mínimo recomendado pela
norma fosse de 500 lux, uma
luminária nessa posição não
seria suficiente para iluminar a
sala.
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Referências bibliográficas:
MAMEDE FILHO, João. Instalações Elétricas Industriais. Rio de
Janeiro: LTC, 2007.

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