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JORNAL DE

ARTES
Artes Plásticas| Artes Cênicas | Cinema | Literatura
Porto Alegre | Junho | 2010 | Distribuição Gratuita

Conto

Aquisição Teatro

Por Jaime Calatrava Rebolando com a


Literatura Gringa Errante
ou a Pedagogia da Troca

Novo livro de Luiz de Miranda


Literatura

Poeta Élvio Vargas


na Academia Riograndese de Letras
Porto Alegre | Junho | 2010 | ARTES | 2

Livros Geniais Composição:


Por | Eduardo Jablonski*
tempo, lugar e suas marcas
Por | Clauveci Muruci
Desde 1989, corro espécie de maratona de leitura. Com o passar
dos anos, me deparei com livros fantásticos; obras que me
escolheram e me faziam dizer a cada página: é perfeita. Não há ruídos no porão do Paço Metrópoles estão em
“Monolítico”, de Luiz de Miranda, atual vencedor do prêmio Municipal, só o imenso silêncio constantes mutações na dialética da
Açorianos de Poesia, o mais importante do estado gaúcho, passa a contido nas fotos de Lílian Gomes. modernidade, mas também
integrar minha seleta. Primeiro, exponho meu critério: gosto de Ruínas urbanas cuidadosamente produzem indesejáveis cemitérios
trabalho de linguagem, de domínio da palavra, e somente livros fotografadas com o propósito de urbanos. Cabe aos artistas buscar essa
com essas características tocam a luz azul da minha estética (fiz revelar a alma dos escombros leitura, e na subjetividade do poema
essa imagem para homenagear Luiz de Miranda). abandonados, cujo conteúdo poético, visual, trazer a realidade perdida. A
Aí vai a lista. Quem sabe despertará o interesse de alguém
exp õ e a memó ria q u e ain d a Mostra Fotográfica “Lugares em
preocupado com a criação literária: “Monolítico”, de Luiz de
Miranda; “Os olhos de Borges”, de Jaime Vaz Brasil; “O túnel
permanece. Transição”, leva-nos ao percurso
perfeito”, de Carlos Nejar; Grande sertão: veredas”, de Guimarães As imagens revelam a mais inverso do olhar sobre a memória
Rosa; “Água viva”, de Clarice Lispector; “Livro das ignoranças”, de cruel solidão dos prédios, e nos escondida em cada parede corroída,
Manoel de Barros; “Vaca de nariz sutil”, de Campos de Carvalho, impõem a pergunta: onde estão todos em cada objeto deixado para traz.
“Dom Casmurro”, de Machado de Assis; “Treze estórias”, de José os ausentes? Não há como não sentir uma
Fernando Miranda; “Vampiro de Curitiba”, de Dalton Trevisan. Paredes corroídas pela sensação de dor, após transitar pelas
Alguns autores são muito conhecidos; outros, nem tanto. Luiz de tristeza, na ferrugem medieval da cor, fotos de Lílian Gomes.
Miranda, considerado por alguns o melhor poeta brasileiro da indicam os rastros, traços e
atualidade, é o que mais publicou versos em todos os tempos, em
códigos expostos como
qualquer língua. Jaime Vaz Brasil editou sete livros (se não me
engano), conquistou mais de 20 primeiros lugares como melhor
feridas que ainda sangram.
letra de festivais de música; gravou mais de 200 composições com O s a p a t o
os melhores músicos do estado. Carlos Nejar integra a Academia desgarrado, que já
Brasileira de Letras. Junto com Luiz de Miranda e Mario Quintana, conduziu passos
formam a tríade da poesia gaúcha em todos os tempos (na minha determinados, hoje jaz
modesta opinião). Guimarães Rosa e Clarice Lispector, embora imóvel na foto. Muitas são
diferentes, apresentam os melhores trabalhos de linguagem na as saudades, parece que
literatura brasileira, com invenções linguísticas e imagens nos diz a velha cadeira de
poderosas. Manoel de Barros explorou a sinestesia como
escritório, que teima a
ninguém antes ou depois. Campos de Carvalho trabalha o
nonsense, com imagens inusitadas. José Fernando Miranda,
e s p e ra r a l g u é m q u e
extremamente sofisticado em termos de inovação de linguagem, c e r ta m e nte n ã o v i rá
despejou todo o seu conhecimento técnico de graduado, duas jamais.
especializações, dois mestrados e um doutorado, todos os cursos foto divulgação

na área de Letras, nos seus livros. Dalton Trevisan é um escultor da


palavra. Seu trabalho é cortá-las. Já Machado de Assis não preciso
Cartas de leitores
comentar. É o melhor.
“Muito bom o Jornal de Artes!
Parabéns aos editores e colaboradores desse novo e muito bem resolvido jornal. O Universo de
pensamento e o “univer-versos” dessas páginas culturais me animaram na esperança de que algo novo
está chegando em nova estética e ética culturalista...e quer ver e ouvir o que se passa com as artes! E vocês
*Mestre em Literatura Brasileira (UFRGS) querem! O artigo de Pablo Berned é significativo e receado de significações deontológica! “Gostei muito...”

Zé Augustho Marques

JORNAL DE

ARTES
Expediente
Jornal de Artes é uma publicação da Muruci Editor.
Editor| J.Clauveci Muruci Diagramação| Mauricio Muruci
E-mail | jornaldeartes@yahoo.com.br |www.murucieditor.com.br | 51 9874-6249 | Osório | RS | Brasil

Colaboradores desta edição | José C. Gomes Lucas, Eduardo Jablonski, O Underground com a sua cara
André Luis Mitidieri, Jaime Calatrava, ilustração Clauveci Muruci
Av. Getúlio Vargas, 1196 Centro- Osório Av. Jorge Dariva, 1035 - Osório - RS
Porto Alegre | Junho | 2010 | ARTES | 3

Fotografia

Olhar Através da Lente


A discussão do ser humano e sua relação enquanto anônimo no existir, entre Sem Nomes – Na Base do Preto e Branco, Toda Cor se Manifesta
emaranhados de prédios de um grande centro urbano, é a temática da amostra
fotográfica Intervenções Interferidas de Adriana Donato e Fernanda Marréia. Elas O fotografo Walter Firmo, é o fotografo das celebridades do esporte, da
lançam a discussão sobre o espaço ocupado na cidade, e a intervenção chega para política e do meio artístico. Fotografou também os anônimos, e estes, em sua maioria
situar o poético na relação do homem/cidade. em preto e branco, no compromisso com sua linhagem da raça negra. A lente de
Quando uma cena deixa o cotidiano para inserir-se com outra linguagem Walter Firmo, que tanto fotografou as tragédias e as alegrias do país, quis fotografar as
(fotografia), é levada a um espaço (galeria) para tornar-se objeto público vista sobre almas dos homens que não faziam notícia. As fotos fazem o fotógrafo “viajar na
outro ângulo. Nesse momento houve a transformação, o que antes não era motivo de geografia humana” para mostrar sua capacidade de falar sobre “a oratória do silêncio”
análise, atinge agora o aspecto de interesse: o questionamento. Essas fotografias e sobre uma sociedade invisível. Porém torna-se realidade à medida que se fixa no
sofrem a intervenções de textos e gravuras, com o propósito de chamar a atenção para papel fotográfico e se impõe como real.
o que ocorre num grande centro urbano. A linguagem poética fala sobre o
despercebido de todos nós, que passamos absortos pela “beleza caótica” da cidade Maior que a Vida – A Realidade à Sombra da Ficção
monstro.
Os pés femininos impressos em folhas de jornais são inseridos na cidade O fotógrafo canadense Jeff Wall, o norte- americando Philip- Lorca DiCorcia
insinuando, talvez, que pisamos na areia movediça e duvidando que seja tudo real e o grupo Ant Farm (coletivo de arquitetos, Donug hall, Chip lord, Doug Michel e Judy
nessa atmosfera cinza que a cidade nos oferece. O texto “Quem é você?” colado na Procter) estão presentes com seus trabalhos nesta mostra que induz ao visitante a
esquina da Rua Espírito Santo, me pergunta quem sou, ou ao Espírito Santo que leva constante indagação de reavaliar conceitos sobre o discurso da realidade e ficção.
nome a rua. Qual o questionamento nos remete a frase - “O mundo está cheio de Onde se delimita a evidência dos fatos e a imaginação humana. Qual a incerteza que
vazios” - que ingenuamente se mistura a anônima paisagem urbana, onde vivemos e melhor nos satisfaz e nos conduz ao paradoxo entre o real e o imaginário.
transitamos todos apressados sem ter tempo de dizer e pensar: quem é?
Partículas

As fotos de Martin Streibel, embora pareçam, não são


pinturas. São fotos que justapostas nos encaminham erradamente ao
pensamento da pintura. Elas se comportam como fotos e realizam a
tarefa de indicar um conceito e, ao mesmo tempo, contar uma história.
São minúsculas imagens, independentes, mas que no coletivo
transgridem o seu stutus principal, mas não se divorcia da lógica da
narrativa linear. Cada imagem tem um significado, cabe ao olhar mais
minucioso descobrir onde se esconde o segredo não revelado. Embora
a distância se mostre outra imagem que, enganosament, como uma
armadilha, nos leve a outros caminhos incertos de interpretação.
Com a textura inesperada, o visitante se depara com
imagens pictóricas a qual conduzem ao conceito formal. Porém, ao
deslizar-se o olhar mais próximo, verá que existe outro universo
submerso e que talvez, seja esse o maior impacto como proposta de
descoberta, ao contrario da grande beleza de cores que o conjunto de
fotos oferece.

Intervenções Interferidas
Porão do Paço Municipal
Sem Nomes – Na Base do Preto e Branco Toda Cor se Manifesta
Galeria dos Arcos - Usina do Gasômetro
Maior que a Vida – A Realidade à Sombra da Ficção
Galeria Iberê Camargo – Usina do Gasômetro
Partículas
Museu de Arte do Rio Grande do Sul - MARGS

ESPECIALISTA EM
New English ORTODONTIA
ORTOPEDIA DOS
Escola de Inglês e Cultura MAXILARES
Claudio Roberto Debastiani
Ortodontista / CRO 5974
Consultórios:
Osório| Rua Marechal Floriano, 1602 - (51) 3663-7263
Capão da Canoa | Av. Rudó, 1535 - (51) 3625-4704
Três Cachoeiras| Centro Comercial, sala 07 - (51) 3667-1367
Rua 24 de Maio, n°258 | Sala 01 51 3663-6466 | Osório | RS Torres| Rua José Bonifácio,676 sala 01 - (051) 3626-2394
St°. Antônio da Patrulha| Av. Cel.Victor Villa Verde, 613 - (51) 3662-5954
Porto Alegre | Junho | 2010 | ARTES | 4

Lançamento de Livro Crítica Literária

Andares Estéticos / Therezinha Tusi, amiga do literário


DOS AÇORES AO BRASIL MERIDIONAL
UMA VIAGEM NO TEMPO – Por André Luis Mitidieri
A Saga de uma Família Sou afim à poesia de Therezinha Lucas Tusi. Poderia declarar-me suspeito nestas páginas
introdutórias. Assim fizera Caio Fernando Abreu em 1981, ao prefaciar Afinidades, o primeiro livro da quase
conterrânea, pois aquerenciada na cidade gaúcha de Santiago. A professora do escritor, entretanto, nasceu
Historiador de Osório lança livro sobre a presença de açorianos na região em nossa mesma Alegrete. Dela, minha, do Mario Quintana, também um ser despótico, esse Baudelaire das
ruas porto-alegrenses.
litorânea do Rio Grande do Sul, de Palmares do Sul a Torres. A obra teve um Abelha-rainha, Therezinha funda o mel dos favos indisciplinados e a lã das ovelhas negras.
pré-lançamento nos dias 17 e 18 de outubro de 2009 em Capão da Canoa e Entre os zangões e mil zumbidos e os zangões , funde algarismos, letras, numerais. Na voz mestra do vento
Xangrilá. Durante a feira do livro de Osório de 2009 o autor e também xerife da Minuano, fecunda o mofo e o fundo, os morangos e os girassóis.
A maestra espera o recreio sem crianças pra compor seu próprio triângulo das bermudas, da
feira, Marco Antonio Velho Pereira, participou do evento e apresentou aos
música ao longe, de amáveis amores. Calcula o metro inexato as azaléias, enquanto uma orquestra muda
osorienses este seu novo livro. Marco Antonio com este seu quarto trabalho vem acentuando o ritmo irregular do pólen ou até mesmo dos três vôos de uma só e sonora libélula.
escrito se insere entre os historiadores osorienses que levam o nome do No canto desta cigarra, ouvem-se as algazarras dumas longínquas gangorras. Sua poesia
município para todo o estado, Brasil e exterior. Sua obra “DOS AÇORES AO desenha no horizonte anil o efêmero algodão das nuvens. Para que a meninada não deixe de imaginar os
mais variados animais, quer da vida, quer do sonho.
BRASIL MERIDIONAL UMA VIAGEM NO TEMPO – A Saga de uma Família” Escafandrista silenciosa, mergulha sem medo nas dissonâncias do mar, nos segredos de chuva
mostra a presença açoriana na região de Osório, tendo como âncora e fio e tormenta. Sob as pupilas azuis da tarde ou sobre os límpidos dias de domingo, vai domando a migração das
condutor da narrativa, a presença na região da família paterna do autor. Foi andorinhas. E o eteno quero-quero de sentinela.
Seus versos evocam as labaredas crepitantes, o vivo chamegar das febris lareiras, toda uma
uma busca incessante de mais de trinta anos em comprovar e documentar o
arquitetura de brasa e sombra. Pouco antes de o sol apagar seus refletores, brisas, rubores:
legado da memória oral da família, transmitida por dois patriarcas da mesma Desnuda assim minha alma pede trégua!
desde o ano de 1816, quando em definitivo, se instalaram em área hoje Mas não quer um abraço só de braços
pertencente ao município de Maquiné. Quer descalçar as botas sete - léguas
Que estão me conduzindo a largos passos...
Esta obra teve viabilizada a sua publicação graças ao apoio Therezinha Tusi entende também da questão social. Se o tempo com dor equivale à operação
financeiro de um empresário da família. Apresenta não só as origens condor, a censura nem escolhe sua rima em ditadura. No chumbo dos anos, adjetivos explicados, palavras
familiares do autor e de sua genealogia, como também de forma sucinta, que são algemas, que são grilhões: verso em punho; á mão armada; ônibus cheio.
Ela insiste em cantar à vida quando nem sempre há festa e todavia fazem guerras. Intensa,
objetiva e realista a cronologia desta, vinda dos Açores para o Brasil
embora pareça frágil, perturba a insensibilidade das estátuas que o bronze coroou. A poesia nunca foi nem
meridional, e o legado de vida familiar que os açorianos trouxeram que até será besteseller; não é uma violeta de janela.
hoje se fazem presentes em nosso meio como poder-se-á observar lendo a Seria dos tempos do Era Uma Vez, destas poucas flores singelas que crescem de onde menos se
obra. Esta realidade oriunda da Pátria-Mãe – Açores (Portugal) como espera. Cogumelos de outono, a brotarem na pampa milenar, nos limiares da selva missioneira, no espaço
imaginário dum Passo da Guanxuma, no centenário Boqueirão das coxilhas e dos arrozais.
realidade para o Brasil tem como destaque na obra os municípios litorâneos Therezinha Lucas Tusi diz quem é, e a que veio. Escritora da Campanha mira sua metralhadora
de Capão da Canoa, Maquiné e Palmares do Sul. contras os inimigos do literário. Adoecida d`O mal de Montano, como o escritor catalão Enrique Vila-Matas,
Hoje a presença açoriana, na região de Osório e no estado do RGS, revela-se um antídoto contra a morte da literatura e as leis (cruéis) do mercado.
É o que os inimigos da cultura ocupam nossa sala, nosso vídeo, nossas telas, nossos telefones.
tem como âncora a descendência dos dois patriarcas da família, desde o ano
No caminho com Maiakovoski, como não dizemos nada, “já não se escondem, pisam as flores, matam nosso
de 1816. Esta presença como protagonistas da história, é comprovada de cão” Cavalheiros do Apocalipse imiscuem-se como podem por cada fresta desta sociedade da
forma documental e foi identificada pelo autor em 14 municípios gaúchos. desinformação. Tanta baboseira cuspida a cada dia por magos que fazem chover, ultramidiáticos gourmerts
São:os municípios de Capão da Canoa, Maquiné, Palmares do Sul, Xangrilá, e boticários do bem-viver.
No entanto, desde uma Fronteira Agreste, Therezinha aponta suas poéticas adagas ao duro
Terra de Areia, São Francisco de Paula, Taquara, Gravataí, Gramado, Canela, cânone das histórias literárias, aos velhos centros de muito poder e cimento, a primeira, a segunda, a
Osório, Novo Hamburgo, Caxias do Sul e Porto Alegre. terceira, ou detentora duma outra posição entre os amigos do literário, desfere seus golpes rimados, a
O autor é natural de Osório por via paterna e materna. É graduado soarem canções populares, ecoadas em cantigas de ninar.
Antes um pouco de assistirmos a nossos próprios funerais e de assinarmos na lápide fria um
em Administração pela UFRGS. Empregado concursado hoje aposentado da
brevíssimo epitáfio à poesia, de Santiago, nos chegam os afagos desta agridoce algaravia. Ressuscitemos as
CEF. Desde antes mas de forma sistemática depois de aposentado em 2002 poetisas e os poetas!
passou a atuar como genealogista e historiador autodidata da história gaúcha A tempo ainda de, Odisseus, podermos levantar uma epopéia de cera que resista à mais
e em particular da região litorânea do Rio Grande do Sul. inovadora ladainha dos burocratas de plantão.O voraz apetite, inclusive, do mais frágil deles, “rouba-nos a
luz e, conhecendo nosso medo”, vai-nos usurpando as últimas horas-aula de literatura e os últimos lugares
nas filas dos editores.

André Luis Mitidieri é Professor do Mestrado em literatura da URI – Campus de Frederico


Westphalen e colaborador do Projeto Santiago do Boqueirão, seus poetas quem são? – Doutor
em Lingüística e Letras (PUCRS)

Teatro
Quem freqüentou o Bric da Redenção, neste último verão, certamente percebeu ou assistiu a palhaça Palitolina, que encanta
com sua pantomima lúdica as crianças e os adultos. A gaúcha Genifer Gerhart, nasceu em Santa Cruz, se formou em artes cênicas em Salvador,
onde permaneceu oito anos trabalhando, desde o palco italiano, teatro de bonecos e por fim a paixão irresistível, pelo teatro de rua.
A atriz, inconformada com o rumo que vinha tomando de sua carreira, resolve romper com o conforto do teatro convencional (palco
Italiano) e cria o espetáculo, “Re- Bolando com Gringa Errante”, elabora a “pedagogia da troca” e também cria “Mundo Miúdo” , teatro de
animação lambe-lambe, com mini bonecos, trilha sonora, composta de histórias de encantamentos numa relação onírica e íntima entre o público e personagens. Com esses dois
espetáculos, a atriz percorreu de outubro a dezembro de 2009 vários estados do país, chegando a lugares preferencialmente pequenos, (até dez mil habitantes) e atuou com a
proposta de divertir os habitantes desses povoados, onde, em alguns deles, permaneceu um tempo maior, exercendo a chamada “troca”, entre a atriz e as pessoas dos lugares. A
troca que se refere Genefer é algo mais além, do aspecto material, mas ela fala de sentimentos, afagos de olhares, de sorrisos, de aperto de mãos, de receitas culinárias, e
possivelmente, troca de saudades. Ao longo desses três meses de viagem, essas experiências deverão servir como material de reflexão, e ajudar a entender um público não
acostumado com teatro, e também avaliar, como as pessoas desses pequenos povoados se relacionam com o fazer artístico, principalmente numa linguagem direta, que dialoga
com lúdico, ao dizer que nem só de comida e trabalho as pessoas vivem. “O palhaço se conhece pela humanidade e sua sinceridade em fazer rir com coisas simples e lúdicas”
Segundo ela, fazer rir trabalhando o real e o não real, é a forma de chegar ao riso sincero. Considera o riso o fator transformador de aproximar pessoas, e faz sentido no seu estilo
de vida. Esses conceitos coexistem com personalidade artística da jovem atriz, e sua errante trajetória na pesquisa do ser humano incrustado na sua estética profissional.
Contatos com o grupo através do telefone (51) 3209 0700 ou pelo email genuni@ig.com.br. Maiores informações no site www.maetoindo.blogspot.com
Porto Alegre | Junho | 2010 | ARTES | 5

Cinema
Havia uma fala contida na garganta de varias gerações, desde
os anos 70. Era proibido gritar, falar e pensar. E nas décadas
seguintes, quando o grito foi liberado, não se sabia o que e para
quem gritar. Tudo indica que o pessoal que fazia Rock and Roll no
Bonfim, naqueles anos 90, também carecia desta identidade
criadora.
A presença de duas figuras femininas (como que saídas
de algum filme do expressionismo alemão) leva a questionar:
seriam elas as silenciosas narradoras, e também condutoras do
contra ponto? Essas personagens, por não se inserirem ao
contexto do objeto narrado, exigem a leitura do desconcerto,
meio a tanto ruídos ácidos em sons inatingíveis, elas propõem o
Por | Clauveci Muruci inusitado, para indicar que a banda, com aquela formação, representa a
rebeldia sem um grito definitivamente pronto. As figuras das mulheres no
alto da escadaria contemplam o nada, talvez, queiram dizer que silêncio faz
parte do ruído ou da morte. A morte de Walter Wooterlo, ou a morte do
O primeiro longa metragem do cineasta André Arieta, se caracteriza sonho?
como cinema de autor. Escreveu o roteiro junto com Biah Werther, (cineasta A estranheza do Bitols é conturbadora. Propõe o novo, e assim
idealizadora do Cinema8ito, conhecida por sua filmografia de curtas na precisa romper velhos conceitos. Gravado no processo digital, passaram por
estética da desconstrução) que também assina a direção de arte e participa cima das convenções impostas pelas ineficácia das distribuidoras para obras
do elenco do filme. com essa linha de criação. Foram buscar outras propostas, no chamado “cine
Com abordagem não linear e corroendo os estigmas existentes no coletivo” que Biah Werther, trabalha há algum tempo, através de salas
cinema nacional, Bitols é incomum e inquietante, como o tema impõe. É alternativas, no estilo mambembe e festivais que se encaixam nessa nova
transformador na narrativa da trajetória de uma banda, preocupada em estética de fazer cinema. Todo o movimento revela que muito pode
gravar um disco “demo” entre um show e outro. Nada de mais em historia acontecer se não se ficar refém do sistema vigente.
baseada em Rock and Roll, se não fosse à maneira com que essa narrativa é
conduzida. A frenética montagem e/ou desmontagem entre cenas de
diversos matizes. Onde está o fio da meada? É a pergunta recorrente, para
descobrir que é justamente essa a intenção dos autores, derrubar do acento,
quem quer que esteja bem acomodado, impondo essa continua
descontrução, junto a intensa força criadora no aspecto formal.
O Rock and Roll, traz a constante inconformidade ao processo
criador junto a maciças dozes de loucuras. Tudo isso, próximo a um palco
qualquer. Arieta chama a atenção, no seu filme, para o comentário
ideológico onipresente na trama, sobre um movimento musical que nos
anos 90, disputa espaços na tentativa de deixar um recado, impossível de ser
ouvido.
Bitols é a banda que luta para arranjar competência para gravar um
“demo”. Carlinhos Carneiro tenta organizar a gravação do disco, enquanto
persegue o tempo todo um personagem imaginário (Walter Wooterlo), esta
perseguição incansável, é o gancho maior da trama, que mescla
documentário e ficção. Simboliza a procura de um gesto, a letra ideal, o tom
mais adequado.

Esse objeto de madeira foi uma das primeiras aquisições. Deu trabalho, mais pelo amadorismo de então. Me desloquei até certa localidade do interior onde
Conto
desabara parte de uma igreja. Sabia da existência da obra resgatada, dizem, de uma antiga Missão. Olha, não parece tão antiga, creio tratava-se de lenda. De qualquer forma era
objeto de devoção e milagres. Havia romarias até a localidade. Se continuasse lá hoje seria famosa. Mas a pequena torre da igreja desabou, o que me faz perguntar
sobre tais milagres.
Qualquer dia volto lá. A curiosidade me pergunta como as pessoas ficaram após o sumiço do santo. Decepcionadas? Mais crentes como nunca? Não sei.
O detalhe: saí pela madrugada após árduo trabalho para retirar a peça de seu lugar. Depois de breve caminhada já estenuado e mal suportando o peso
Por Jaime Calatrava às costas alcancei a velha caminhonete. Vim por estradas vicinais até o momento em que o veiculo apresentou defeito. Ficamos sós, eu na cabine que ao menos protegia da chuva
e a madeira esculpida a descoberto na caçamba. A julgar pelo risco de desabamento do restante da capela chego a pensar que ficara agradecida. Nada mais justo. Mas, confesso,
em certo momento em que o relâmpago iluminou a imensidão, surpreendi-a com olhar inquisidor. Espraguejei, amaldiçoei, fiz-lhe um favor e não me protegia: a caminhonete
estragou, a chuva atrapalhava e, depois de tudo, talvez não achasse comprador. Aliás, o que aconteceu. Enfeita meu jardim ao relento, desde aquela noite acostumou. Em nome
do pobre artista que esculpiu o santo, amanhã vou recuperá-lo e aposentar meu desprezo. Certo amigo o admira quando vem de visita, darei de presente.
Porto Alegre | Junho | 2010 | ARTES | 6

A mais recente obra do poeta, ”Melhores Poemas de Luiz


de Miranda”, teve noite de autógrafos, no dia 13 de maio, no
Memorial do Rio Grande do Sul, pela Editora Global, SP, com
seleção e prefácio de Regina Zilberman.
Esta coleção já publicou Fernando Pessoa, Castro Alves,
Ferreira Gullar, Camões, entre tantos autores ilustres das Letras. O
livro Melhores Poemas de Luiz de Miranda tem 67 poemas num Melhores Poemas de
total de 251 páginas. Luiz de Miranda –
Acompanhou a exposição “Constelação”, com gravuras
do português João Manta e poemas de Luiz de Miranda. Na
Editora Global SP.
ocasião, o poeta recebeu a Medalha 52ª Legislatura da Assembléia Esta coleção já publicou
Legislativa do Rio Grande do Sul. Fernando Pessoa,
Como parte das comemorações dos 65 anos do poeta, foi Castro Alves, Ferreira
lançado, em março, na França o livro, Trilogie du Bleu, pela Eveline Gullar, Camões, entre tantos
Edition autores ilustres das
Poeta nascido em Uruguaiana e já com mais de quarenta Letras. O livro Melhores
anos de carreira literária, Luiz de Miranda tem vinte e sete livros Poemas de Luiz de
Miranda tem 67 poemas
publicados num total de páginas que impressiona pelo volume, sem,
num total de 251 páginas.
contudo, comprometer negativamente o conteúdo e a qualidade.
A lírica mirandina destaca-se sobremaneira pela
tematização da palavra como instrumento e como objeto do seu
fazer poético, como de resto deve ser todo o poema que aspira um
patamar verdadeiramente literário, primando pela sonoridade do
verso, sempre sustentado por ritmos adequados aos assuntos de que
se ocupa com propriedade e com percuciente capacidade, como a de
esmerar-se na busca do vocábulo próprio para exprimir o que o seu
fértil estro lhe dita.
Mercê do seu trabalho, tem vindo o justo reconhecimento,
em prêmios conferidos por diferentes comunidades, como Nova
Iorque, Assunção do Paraguai, Porto Alegre e Bolonha, para citar
algumas. Recentemente, recebeu o título de Membro de Honra do
Instituto Literário y Cultural, com sede na Califórnia,USA, passando a
figurar ao lado de nomes ilustres como Jorge Luís Borges, Isabel
Allende e Ernesto Sábato, por exemplo. E a revista Alba de América
(800 páginas), editada pela citada entidade, publicou poemas de
Miranda e um ensaio de Antonio Olinto sobre a obra do ilustre
uruguaianense. Luiz de Miranda ganha em 2009 um dos maiores
Prêmios mundiais, o do Instituto Literário e Cultural Hispânico, que já
agraciou nomes internacionais como Augusto Roa Bastos e Mario
Benedetti. Miranda recebeu o Prêmio em 12 de agosto na Argentina
no XXXII Congresso Mundial da Entidade.

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Porto Alegre | Junho | 2010 | ARTES | 7

O Segundo livro
Poeta Élvio Vargas Ainda em 2006 Lança o seu segundo
livro de poemas Água do Sonho, na Casa de
Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre/RS, no
na Academia Riograndese de Letras dia 04 de outubro/2006 (foto). A obra apresenta
estudo crítico de Armindo Trevisan (doutor em
Filosofia, ensaísta e poeta) e Sérgio de Castro Pinto
(poeta, ensaísta e Professor de literatura da
Na noite de 15 de maio de 2010, no Aires/Argentina, no Palácio do Governo de Universidade Federal da Paraíba). Já em 2007
Memorial do Rio Grande do Sul, o poeta Élvio Florianópolis-SC e no espaço CIC dessa mesma participa como ator coadjuvante, no papel de um
padre jesuíta, no curta-metragem Um menino vai
Vargas, tomou posse na Academia Riograndense cidade. No ano seguinte A convite do escritor e
ao colégio, baseado no livro homônimo de Cyro
de Letras, ocupando a cadeira do patrono de organizador Sérgio Faraco, participa com o Martins. Produção da Zeppelin Filmes, exibido
Apolinário Porto Alegre, tendo como antecessor poema O Espinilho da Antologia As Árvores e pela RBS-TV (Porto Alegre) em setembro de 2007,
Elvo Clemente. O escritor Elcy Cheuiche, seus Cantores, Editora UNISINOS, uma integrando a nova série de ficção da RBS-TV –
pronunciou o discurso de apresentação. coletânea luso-brasileira, com poetas de todas Escritores (programas livremente inspirados em
Élvio Vargas nasceu em Alegrete/RS épocas, escrevendo poemas sobre suas árvores autores gaúchos). Direção de Marcello Lima e
em 1951 e reside em Porto Alegre/RS, desde prediletas. No ano de 2000 é publicado o poema Liliana Sulzbach. Participa ainda como
2001. Escreve desde os anos sessenta, tendo O Sétimo Dia, numa antologia bilíngüe palestrante, no Centro Cultural Érico Veríssimo,
publicado o seu primeiro poema em setembro de organizada pelo poeta Luiz Coronel, intitulada O em Porto Alegre/RS, dentro das atividades
1969, no jornal Gazeta de Alegrete. A partir da Legado das Missões, com fotos de Leonid culturais do projeto PortoPoesia, com o tema
década de 1970 trabalhou como redator do Streliaev, Edelweiss Bassis e Fernando Bueno, Poetas da Literatura Fronteiriça e passa a fazer
mesmo jornal. A partir da segunda metade da com parcerias literárias de Armindo Trevisan, parte do grupo de coordenação do evento. Em
Outubro deste mesmo ano É convidado para gravar
década de 1980 passa a fazer parte do Conselho Carlos Nejar, Alcy Cheuiche, Simões Lopes
uma entrevista no canal da Assembéia Legislativa
Municipal de Cultura de Alegrete-RS, onde foi Neto, Jaime Caetano Braum e outros. Em do Estado-RS, no quadro Expressão Cultural e é
vice-presidente e tesoureiro. Com isto escreve outubro deste ano recebe a Comenda do Mérito escolhido o Patrono da Feira do Livro em 2007 -
textos, com freqüência, para apresentar artistas Oswaldo Aranha, junto com os conterrâneos ano do Sesquicentenário de Alegrete, em 31-10-
plásticos de Alegrete. Em 1987, ainda em Sérgio Faraco, Cira Neves Brites, Arnaldo da 2007. O evento ocorreu de 20 a 24 de novembro, no
Alegrete, participa do Concurso Laci Osório, em Costa Paz e Suzana Dorneles, outorga esta Largo do Centro Cultural da cidade. Seu discurso
maio, obtendo o 1° lugar com o poema “Sem instituída pela Prefeitura Municipal de Alegrete- na abertura da Feira foi uma prosa ensaiada, em que
Reprise”, o qual é publicado na Revista Ponto, da RS. Em 2002, a convite do professor de literatura inicia com uma homenagem ao seu primeiro
extinta Fundação Educacional de Alegrete. No sul-americana Albert Von Brunn, da colégio - Demétrio Ribeiro - e após ao seu segundo
ano seguinte classifica-se no Concurso Mário Universidade de Berlim, participa da Antologia e último colégio (Oswaldo Aranha), onde cursou o
Quintana em Porto Alegre, com Menção temática sobre trens intitulada Trilhos na Cabeça, Ginásio (atual Ensino Médio). Ao final, com
Honrosa, com o poema “Paixões Urbanas”, este, com as parcerias de Sérgio Faraco, Moacyr fragmentos de versos e prosa de vários escritores
alegretenses de diversos estilos, ele homenageia os
é publicado no livro do Concurso Mário Scliar, Mário Quintana, Manoel Bandeira e
seus pares, numa poética colcha de retalhos - o que
Quintana de Poesia pela EditoraTchê. No final da outros brasileiros e europeus, obra esta lançada chamou Tributo Aos Meus Pares. No dia 1° de
década de 1980 classifica com Menção Honrosa em maio/2003 em Messina/Itália e, logo após, outubro de 2009, após ter se candidatado à cadeira
Especial uma trilogia de poemas (O Poema em Berlim/Alemanha. OS VAGÕES DE SCHINDLER n° 6 da Academia Rio-Grandense de Letras, cujo
Explícito, O Poema Marginal, O Poema Sem Nesse mesmo ano, o seu texto O patrono é Apolinário Porto Alegre e o antecessor
Nome), no Concurso Simões Lopes Neto, em Império dos Alcizais é publicado na revista Trilhos, dormentes, rebites Elvo Clemente, elege-se com expressiva
Pelotas-RS. Ainda em 1989, participa da Revista Autores Gaúchos, em homenagem ao romancista nada mais me socorria. vantagem. Seu texto Figas é coreografado por
Literária Ibirapuitã, de Alegrete e organiza, em Alcy Cheuiche, editado pelo IEL – Instituto Meu destino estava selado Maria Waleska Van Helden e apresentado pela
parceria com o poeta José Carlos Fernández de Estadual do Livro-RS. era ferro contra ferro bailarina Fabiana Severo, em Torres-RS, no dia 16
Queiroga, no final desse ano, a Coletânea dos Ainda em 2002, o seu O Alfabeto do fornalha acesa de janeiro, dentro do projeto Band Verão SESC e
Autores Diversos (conto-crônica-poesia) sobre Corpo faz parte da abertura do livro Os Anais da no calor dos medos. finalmente Em 15-04-2010, toma posse na
escritores alegretenses. Já na década de 1990 o Dança, obra que reuniu todos os assuntos Trem ------------- Academia Riograndense de Letras
seu poema Ibirapuitã Profissão Rio faz parte da tratados em oficinas e palestras do 1º Congresso abrindo clareiras
Revista Ecológica Ibirapuitã, de Alegrete-RS e Internacional de Dança, realizado em Porto nas linhas da escuridão.
três anos após, em 1993, lança O Almanaque das Alegre-RS, presidido pela coreógrafa e bailarina
Estações, seu livro de poesias, apresentado pelo Maria Waleska Van Helden. Em julho do ano Meus mortos
romancista Alcy José Cheuiche e editado pelo seguinte assume o cargo de captador de recursos trago encadernados
Instituto Estadual do Livro (RS). No ano para projetos culturais no SESC (Serviço Social no desenho das brumas
seguinte a Revista Cultura Contemporânea do Comércio), em Porto Alegre-RS, Trabalha os vivos, classificados
publica o poema A Quinta Hora, dedicado a nesse setor até maio/2004, quando é submetido a um a um
Mário Quintana e cita, na seção de Literatura, seu uma cirurgia e afasta-se definitivamente do nas coisas do coração.
currículo e referências. Em 1996, a convite do trabalho por recomendação médica. Ainda assim Carrego os bolsos vazios
poeta Luiz Coronel, participa com o poema em 2004 Idealiza, organiza e edita, através do com alguns fragmentos
Alegrete, da edição bilíngüe intitulada Cidades Fumproarte, o livro Torres da Província, um de esperança.
Gaúchas, com poesias e fotos, ao lado de resgate histórico de 12 Igrejas de Porto Alegre- Me considero pronto
Armindo Trevisan, Carlos Nejar, José Clemente RS, com textos de Armindo Trevisan, Alcy lentamente conduzido
Pozzenato e outros, livro este premiado na Feira Cheuiche, Moacyr Flores e fotos de Edelweiss para ser gado
do Livro de Porto Alegre/1997, como o melhor Bassis. Escreve, exclusivamente para esta obra, o no tombadilhos dos vagões.
livro de poesias da Feira. Neste mesmo ano, texto Salmos de Cedro, composto de 12 Gueto
publica o poema O Escafandro na Revista Sur, versículos no formato de quartetos. O seu poema encharcado nos vapores
edição bilíngüe do Instituto Estadual do Livro, O Sétimo Dia é recitado na Semana Cultural das rumo ao túnel silencioso
num intercâmbio literário dos escritores do Missões, festa realizada no sítio arqueológico em da eternidade ----------
Mercosul, sob a coordenação de Tânia Franco frente ao secular pórtico da Catedral (1735-
Carvalhal. O seu poema O Anjo recebe Menção 1745), nas ruínas de Sâo Miguel da Missões-RS.
Honrosa no Concurso Nacional de Brasília - Em 2005 os poemas Carmim e o Espinilho são
categoria Poesia.Em 1998 A convite da fotógrafa publicados na Coletânea da Poesia Gaúcha,
Edelweiss Bassis, escreve o poema O Sétimo editado pela Assembléia Legislativa do R.G.Sul,
Dia, trabalho que acompanha os textos de tendo como organizador Dilan Camargo, no ano
Armindo Trevisan e Luiz Coronel, na mostra seguinte o seu texto Os Reinos de Trebizonda
fotográfica intitulada A Última Lua do Império integra, com outros, as homenagens de vários
Guarani, um ensaio de imagens sobre as Missões escritores na Antologia dos 100 anos para o poeta
Guaraníticas do Brasil, Paraguai e Argentina. Mário Quintana, editada pela Companhia
Esta exposição já esteve no Museu da República ZAFFARI, sob a coordenação de Luiz Coronel.
do Rio de Janeiro-RJ, Casa de Cultura Mário
Quintana, na Universidade de Pelotas-RS, no
Centro de Estudos Brasileiros em Buenos
GRAVURAS
Cloveci Muruci

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