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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 5419-1
Primeira edição
22.05.2015
Válida a partir de
22.06.2015
Proteção contra descargas atmosféricas

Parte 1: Princípios gerais
) Lightning protection
5
0
1 Part 1: General principles
2/
5
0/
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iv ICS 91.120.40 ISBN
978-85-07- 05501-3
s
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ra Número de referência
a
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ABNT NBR 5419-1:2015
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l 67 páginas
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© ABNT 2015
ABNT NBR 5419-1:2015
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R © ABNT 2015
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IT Todos os direitos reservados. A menos que especicado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
D reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microlme, sem permissão por
E
T escrito da ABNT.
E
R G ABNT
A
T Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar
-
o 20031-901 - Rio de Janeiro - RJ
iv Tel.: + 55 21 3974-2300
s
lu Fax: + 55 21 3974-2346
c
x abnt@abnt.org.br
e
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www.abnt.org.br
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E
ii © ABNT 2015 - Todos os direitos reservados
ABNT NBR 5419-1:2015
Sumário Página
Prefácio ..............................................................................................................................................vii
Introdução ...........................................................................................................................................ix
1 Escopo .................................. .................................... .................................... ...................... 1
2 Referências normativas.................................. ................................... ................................ 1
3 Termos e denições ...........................................................................................................2
4 Parâmetros da corrente da descarga atmosférica.................................... ...................... 8

5 Danos devido às descargas atmosféricas.............................. .................................... ..... 8
5.1 Danos à estrutura................................ ................................... .................................... ........ 8
5.1.1 Efeitos das descargas atmosféricas sobre uma estrutura ................................... ......... 9
) 5.1.2 Fontes e tipos de danos a uma estrutura ............................... .................................... ... 10
5
1
0
2
5.2 Tipos de perdas .................................. .................................... ................................... ....... 11
/
5
0/ 6 Necessidade e vantagem econômica da proteção contra descargas
8
2 atmosféricas .....................................................................................................................13
:
o
s
s 6.1 Necessidade da proteção contra descargas atmosféricas .................................... ...... 13
re
p 6.2 Vantagem econômica da proteção contra descargas atmosféricas ........................... 14
Im
4 7 Medidas de proteção.................................. .................................... .................................. 14
0
2
2 7.1 Geral .................................. .................................... .................................... ........................ 14
3
5
o
d
7.2 Medidas de proteção para reduzir danos a pessoas devido a choque elétrico ......... 14
i
d
e 7.3 Medidas de proteção para redução de danos físicos ................................. .................. 15
P
(
3 7.4 Medidas de proteção para redução de falhas dos sistemas elétricos
1
-
1 e eletrônicos .....................................................................................................................15
0
0
0
/ 7.5 Escolha das medidas de proteção .............................. .................................... .............. 15
2
0
4 . 8 Critérios básicos para proteção de estruturas..............................................................16
7
0
.9 8.1 Geral ................................... ................................... .................................... ........................ 16
7
0
- 8.2 Níveis de proteção contra descargas atmosféricas (NP) ................................... .......... 16
A
D 8.3 Zonas de proteção contra descarga atmosférica “raio” (ZPR)................................ .... 18
T
L
A
8.4 Proteção de estruturas ................................ .................................... ................................ 21
IC 8.4.1 Proteção para reduzir danos físicos e risco de vida .................................... ................ 21
F
Á
R 8.4.2 Proteção para reduzir as falhas de sistemas internos .................................. ............... 22
G
A
R
Anexo A (informativo) Parâmetros da corrente das descargas atmosféricas............................... 24
O
IT
A.1 Descarga atmosférica para a terra ................................. .................................... ............ 24
D
E A.2 Parâmetros da corrente da descarga atmosférica................................... ..................... 27
T
E
R G A.3 Estabelecendo os parâmetros máximos da corrente de descarga atmosférica
A para o nível de proteção NP I ..........................................................................................30
T
- A.3.1 Impulso positivo ................................ .................................... ................................... ........ 30
o
iv
s A.3.2 Impulso positivo e componente longa ................................... ................................... ..... 31
lu
c
x
e
A.3.3 Primeiro impulso negativo .................................. .................................... ........................ 31
o
s A.3.4 Impulso subsequente ............................... ................................... .................................... 32
u
ra A.4 Estabelecendo os parâmetros mínimos da corrente das descargas atmosféricas... 32
a
p
a
r Anexo B (informativo) Equação da corrente da descarga atmosférica em função do tempo
l
p
m para efeito de análise ..................................... .................................... ............................ 34
e
x
E
© ABNT 2015 - Todos os direitos reservados iii
ABNT NBR 5419-1:2015
Anexo C (informativo) Simulação da corrente da descarga atmosférica com a nalidade de

ensaios ..............................................................................................................................39
C.1 Geral ................................ .................................... .................................... .......................... 39
C.2 Simulação da energia especíca do primeiro impulso positivo e da carga da
componente longa ...........................................................................................................39
C.3 Simulação da taxa de variação da frente de onda de corrente dos impulsos ........... 40
Anexo D (informativo) Parâmetros de ensaio para simular os efeitos da descarga atmosférica
sobre os componentes do SPDA.................................. .................................... .............. 43

D.1 Geral ................................. .................................... .................................... ......................... 43
D.2 Parâmetros de corrente relevantes ao ponto de impacto ............................... ............. 43
D.3 Distribuição da corrente ................................. .................................... ............................. 46
) D.4 Efeitos da corrente da descarga atmosférica e possíveis danos................................47
5
1
0
2/
D.4.1 Efeitos térmicos .................................. ................................... .................................... ...... 47
5
0/ D.4.1.1 Aquecimento resistivo.............................. .................................... ................................... 47
8
2
:
o
D.4.1.2 Danos térmicos no ponto de impacto ............................... .................................... ......... 49
s
s D.4.2 Efeitos mecânicos............................... .................................... ................................... ...... 50
re
p
Im
D.4.2.1 Interação magnética.................................. .................................... ................................... 50
4
0 D.4.2.2 Danos devido às ondas de choque acústicas............................... ................................ 53
2
2
3
5
D.4.3 Efeitos combinados ................................... .................................... .................................. 53
o
d
i D.4.4 Centelhamento ............................... ................................... .................................... ........... 53
d
e D.5 Componentes do SPDA, problemas relevantes e parâmetros de ensaios ................. 53
P
(
3 D.5.1 Geral .................................. .................................... .................................... ........................ 53
1
-
1
0
0
D.5.2 Captação .................................. ................................... .................................... .................. 54
0
/
2 D.5.3 Descidas................................... ................................... .................................... .................. 54
0
4 .
7 D.5.3.1 Aquecimento resistivo................................ .................................... ................................. 54
0
.9 D.5.3.2 Efeitos mecânicos................................. ................................... .................................... .... 55
7
0
- D.5.3.3 Componentes de conexão................................ .................................... ........................... 56
A
D D.5.3.4 Aterramento .................................... .................................... ................................... ........... 56
T
L
A D.6 Dispositivo de proteção contra surtos (DPS) ................................... ............................. 57
IC
F D.6.1 Geral .............................. .................................... .................................... ............................ 57
Á
R
G D.6.2 DPS contendo centelhadores .................................. .................................... ................... 57
A
R D.6.3 DPS contendo varistores de óxido metálico .................................... ............................. 57
O
IT D.7 Resumo dos parâmetros de ensaios a serem adotados nos ensaios de
D
E componentes de SPDA................................... ................................... .............................. 58
T
E
R G Anexo E (informativo) Surtos devido às descargas atmosféricas em diferentes pontos da
A instalação ..........................................................................................................................59
T
-
o E.1 Visão geral .................................. ................................... .................................... ............... 59
iv
s
lu E.2 Surtos devido às descargas atmosféricas na estrutura (fonte de danos S1) ............ 59
c
x
e E.2.1 Surtos uindo por meio de partes condutoras externas e linhas conectadas à
o
s estrutura ............................................................................................................................59
u
ra E.2.2 Fatores que inuenciam a divisão da corrente da descarga atmosférica em linhas
a
p
r
a
l de energia .........................................................................................................................61
p
m
e
E.3 Surtos pertinentes às linhas conectadas à estrutura ................................... ............... 62
x
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iv © ABNT 2015 - Todos os direitos reservados
ABNT NBR 5419-1:2015
E.3.1 Surtos devido às descargas atmosféricas nas linhas (fonte de danos S3) ............... 62
E.3.2 Surtos devido às descargas atmosféricas próximas às linhas (fonte de
danos S4) ..........................................................................................................................63
E.4 Surtos devido aos efeitos de indução (fontes de danos S1 ou S2) ............................ 64
E.4.1 Geral ................................. ................................... .................................... .......................... 64
E.4.2 Surtos dentro de uma ZPR 1 não blindada ................................... ................................. 64
E.4.3 Surtos dentro de ZPR blindadas................................. .................................... ................ 64
E.5 Informações gerais relativas aos DPS ...........................................................................64

Bibliograa .........................................................................................................................................66
Figuras
)
5 Figura 1 – Conexões entre as partes da ABNT NBR 5419..............................................................ix
1
0
2/ Figura 2 – Tipos de perdas e riscos correspondentes que resultam de diferentes tipos de
5
0/
8
danos .................................................................................................................................13
2
: Figura 3 – ZPR denidas por um SPDA (ABNT NBR 5419-3)........................................................20
o
s
s
re
Figura 4 – ZPR denidas por MPS (ABNT NBR 5419-4)
.................................................................21
p
Im Figura A.1 – Denições dos parâmetros de um impulso de corrente (tipicamente
4
0
2
T2 < 2 ms) ..........................................................................................................................24
2
3 Figura A.2 – Denições dos parâmetros da componente longa (tipicamente
5
o
d
i 2 ms < Tlonga < 1 s).................................... .................................... ................................... 25
d
e
P
(
Figura A.3 – Possíveis componentes de descargas atmosféricas descendentes (típicas em
3
1
-
locais planos e em estruturas baixas) ...........................................................................25
1
0 Figura A.4 – Possíveis componentes de descargas atmosféricas ascendentes (típicas de
0
0
/
0
2 estruturas mais altas ou expostas) ................................................................................26
4 .
7 Figura A.5 – Distribuição cumulativa de frequência dos parâmetros das correntes das
0
.9 descargas atmosféricas (linhas com valores de 95 % a 5 %) ................................ ..... 30
7
0
- Figura B.1 – Forma de onda da elevação da corrente do primeiro impulso positivo ................. 35
A
D
T Figura B.2 – Forma de onda da cauda da corrente do primeiro impulso positivo......................35
L
A Figura B.3 – Forma de onda da elevação da corrente do primeiro impulso negativo ................ 36
IC
F Figura B.4 – Forma de onda da cauda da corrente do primeiro impulso negativo..................... 36
Á
R
G Figura B.5 – Forma de onda da elevação da corrente do impulso negativo subsequente ........ 37
A
R Figura B.6 – Forma de onda da cauda da corrente do impulso negativo subsequente ............. 37
O
IT Figura B.7 – Densidade da amplitude da corrente da descarga atmosférica de acordo
D
E
T
com o NP I .........................................................................................................................38
E
R G Figura C.1 – Exemplo de gerador de ensaio para simulação da energia especíca do primeiro
A impulso positivo e da carga da componente longa .................................... .................. 40
T
-
o Figura C.2 – Denição para a taxa de variação da corrente de acordo com a Tabela C.3 .........41
iv
s
lu Figura C.3 – Exemplo de gerador de ensaio para a simulação da taxa de variação da frente
c
x
e de onda do primeiro impulso positivo para itens sob ensaio de grande porte .........42
o
s
u Figura C.4 – Exemplo de gerador de ensaio para a simulação da taxa de variação da frente
ra
a de onda dos impulsos subsequentes negativos para itens sob ensaio de grande
p
r
a
l porte ..................................................................................................................................42
p
m Figura D.1 – Arranjo geral de dois condutores para o cálculo da força eletrodinâmica ............ 51
e
x
E
© ABNT 2015 - Todos os direitos reservados v
ABNT NBR 5419-1:2015
Figura D.2 – Arranjo de condutor típico em um SPDA ................................. ................................. 51

Figura D.3 – Diagrama de esforços F para a conguração da Figura D.2 ...................................52
Figura D.4 – Força por unidade de comprimento F’ ao longo do condutor horizontal
da Figura D.2 .....................................................................................................................52
Tabelas
Tabela 1 – Efeitos das descargas atmosféricas nos vários tipos de estruturas........................... 9
Tabela 2 – Danos e perdas relevantes para uma estrutura para diferentes pontos de impacto
da descarga atmosférica .................................................................................................12
Tabela 3 – Valores máximos dos parâmetros das descargas atmosféricas correspondentes
aos níveis de proteção (NP) ............................................................................................17
)
5
1 Tabela 4 – Valores mínimos dos parâmetros das descargas atmosféricas e respectivos raios
0
2/
5 da esfera rolante, correspondentes aos níveis de proteção (NP) ............................... 18
0/
8 Tabela 5 – Probabilidades para os limites dos parâmetros das correntes das descargas
2
:
o atmosféricas .....................................................................................................................18
s
s
re Tabela A.1 – Valores tabulados dos parâmetros da corrente das descargas atmosféricas
p
Im obtidos do CIGRE (Electra No. 41 ou No. 69*) [20], [21] ................................... ............ 27
4
0
2
2
Tabela A.2 – Distribuição logarítmica normal dos parâmetros da corrente das descargas
3
5 atmosféricas – Média µ e dispersão σ log calculados para 95 % e 5 % dos valores
o
d
i
d a partir do CIGRE (Electra No. 41 ou No. 69) [20], [21] .................................... ............. 28
e
P
(
3 Tabela A.3 – Valores da probabilidadeP em função da corrente I da descarga atmosférica .... 29
1
- Tabela B.1 – Parâmetros para a equação B.1 ................................... ................................... ........... 34
1
0
0 Tabela C.1 – Parâmetros de ensaios para o primeiro impulso positivo................................ ....... 40
0
/
2
0
4
Tabela C.2 – Parâmetros de ensaios para a componente longa ............................... .................... 40
.
7 Tabela C.3 – Parâmetros de ensaios dos impulsos ............................... .................................... .... 41
0
.9
7 Tabela D.1 – Resumo dos parâmetros da descarga atmosférica a serem considerados nos
0
-
A cálculos dos valores de ensaio para diferentes componentes do SPDA e para
D
T diferentes níveis de proteção..........................................................................................44
L
A
IC Tabela D.2 – Características físicas de materiais típicos utilizados em componentes
F
Á de SPDA ............................................................................................................................48
R
G
A
Tabela D.3 – Elevação de temperatura para condutores de diferentes seções
R
O em função de W/R ............................................................................................................ 48
IT
D Z e Z1 de acordo com
Tabela E.1 – Valores de impedâncias convencionais de aterramento
E
T a resistividade do solo.................................... .................................... ............................. 61
E
R G Tabela E.2 – Surtos de correntes devido às descargas atmosféricas previstos em sistemas
A
T de baixa tensão ................................................................................................................62
-
o
iv Tabela E.3 – Surtos de correntes devido às descargas atmosféricas previstos em sistemas
s
lu de sinais ............................................................................................................................63
c
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vi © ABNT 2015 - Todos os direitos reservados
ABNT NBR 5419-1:2015
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas

Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da
normalização.
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
)
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
5
1
0
2/ Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
5
0/ casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
8
:
2 exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.
o
s
s
p
e
r A ABNT NBR 5419-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela
Im Comissão de Estudo de Proteção contra Descargas Atmosféricas (CE-03:064.10). O Projeto circulou
4 em Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de 12.08.2014 a 10.12.2014, com o número de
0
2
2
3
Projeto 03:064.10-100/1.
5
o
d
d
i Esta parte da ABNT NBR 5419 e as ABNT NBR 5419-2 , ABNT NBR 5419-3 e ABNT NBR 5419-4
e
P
(
cancelam e substituem a ABNT NBR 5419:2005.
3
1
-
0
1 As instalações elétricas cobertas pela ABNT NBR 5419 estão sujeitas também, naquilo que for
0
0
/ pertinente, às normas para fornecimento de energia estabelecidas pelas autoridades reguladoras e
2
0
4
pelas empresas distribuidoras de eletricidade.
.
7
0
.9
7
A ABNT NBR 5419, sob o título geral “Proteção contra descargas atmosféricas”, tem previsão de
0 conter as seguintes partes:
-
A
D
L
T — Parte 1: Princípios gerais;
A
IC
F — Parte 2: Gerenciamento de risco ;
Á
R
G
A — Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida
R
O
IT — Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura
D
E
T
E O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:
R G
A
T
-
o
iv
Scope
s
lu
c
x
e
This part of ABNT NBR 5419 establishes the requirements for lightning protection determination.
o
s
u This part of ABNT NBR 5419 provides grants for use in projects of lightning protection.
ra
a
p
r The applicability of this part of ABNT NBR 5419 may have restrictions specially in human life protection
a
l
p
m when it is based on indirect effects of lightning
e
x
E
© ABNT 2015 - Todos os direitos reservados vii
ABNT NBR 5419-1:2015
This part of ABNT NBR 5419 does not apply on Railway systems; Vehicles, aircraft, ships and offshore
platforms; High pressure underground pipes; Pipes and supply lines and telecommunications placed
outside of the structure.
NOTE Usually these systems comply with the special regulations established by specic authorities.
)
5
1
0
2/
5
0/
8
2
:
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viii © ABNT 2015 - Todos os direitos reservados
ABNT NBR 5419-1:2015
Introdução
Não há dispositivos ou métodos capazes de modicar os fenômenos climáticos naturais a ponto de se

prevenir a ocorrência de descargas atmosféricas. As descargas atmosféricas que atingem estruturas
(ou linhas elétricas e tubulações metálicas que adentram nas estruturas) ou que atingem a terra em
suas proximidades são perigosas às pessoas, às próprias estruturas, seus conteúdos e instalações.
Portanto, medidas de proteção contra descargas atmosféricas devem ser consideradas.
A necessidade
escolha de proteção,
das medidas os benefícios
adequadas econômicos
de proteção devem serdadeterminados
instalação deem
medidas
termos de
do proteção ea
gerenciamento
de risco. O método de gerenciamento de risco está contido na ABNT NBR 5419-2.
As medidas de proteções consideradas na ABNT NBR 5419 são comprovadamente ecazes na
)
5 redução dos riscos associados às descargas atmosféricas.
1
0
2
5
/ Todas as medidas de proteção contra descargas atmosféricas formam a proteção completa contra
0
8
/ descargas atmosféricas. Por razões práticas, os critérios para projeto, instalação e manutenção das
2
:
o
medidas de proteção são considerados em dois grupos separados:
s
s
re — o primeiro grupo se refere às medidas de proteção para reduzir danos físicos e riscos à vida
p
Im dentro de uma estrutura e está contido na ABNT NBR 5419-3;
4
0
2 — o segundo grupo se refere às medidas de proteção para reduzir falhas de sistemas elétricos e
2
3
o
5 eletrônicos em uma estrutura e está contido no ABNT NBR 5419-4.
d
i
d
e
P
As conexões entre as partes da ABNT NBR 5419 são ilustradas na Figura 1.
(
3
1
-
1
0
0 A ameaça da descarga atmosférica ABNT NBR 5419-1
0
/
2
0
4 .
7
0
.9
7
0
- Riscos associados à descarga ABNT NBR 5419-2
A
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R Proteção contra descargas atmosféricas PDA
G
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E
R G SPDA MPS
A
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s
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x
e
o Medidas de proteção ABNT NBR 5419-3 ABNT NBR 5419-4
s
u
ra
a
p IEC 2612/10
r
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l
p
m
Figura 1 – Conexões entre as partes da ABNT NBR 5419
e
x
E
© ABNT 2015 - Todos os direitos reservados ix
)
5
1
0
2/
5
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o
d
i
d
e
P
(
3
1
-
1
0
0
0
/
2
0
4 .
7
0
.9
7
0
-
A
D
T
L
A
IC
F
Á
R
G
A
R
O
IT
D
E
T
E
R G
A
T
-
o
iv
s
lu
c
x
e
o
s
u
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 5419-1:2015
Proteção contra descargas atmosféricas

Parte 1: Princípios gerais
1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 5419 estabelece os requisitos para a determinação de proteção contra
descargas atmosféricas.
Esta Parte da ABNT NBR 5419fornece subsídios para o uso em projetos de proteção contra descargas
atmosféricas.
)
5
1
A aplicabilidade desta Parte da ABNT NBR 5419 pode ter restrições especialmente na proteção da
0
2/
vida humana quando for baseada em efeitos indiretos de descargas atmosféricas.
5
0/
8
2 Esta Parte da ABNT NBR 5419 não se aplica a sistemas ferroviários; veículos, aviões, navios e
:
o
s
plataformas offshore, tubulações subterrâneas de alta pressão, tubulações e linhas de energia
s
e
r e de sinal colocados fora da estrutura.
p
Im
4 NOTA Usualmente, estes sistemas obedecem a regulamentos especiais elaborados por autoridades
0
2
2
especícas.
3
5
o
d
i
d
e
P
2 Referências normativas
(
3
1
-
1 Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referên-
0
0
0 cias datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as
/
0
2 edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
4 .
7
0 ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão
.9
7
0
-
A ABNT NBR 5419-2:2015, Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 2: Gerenciamento de risco
D
T
L
A ABNT NBR 5419-3:2015, Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 3: Danos físicos a estruturas
IC e perigos à vida
F
Á
R
G ABNT NBR 5419-4:2015, Proteção contra descargas atmosféricas – Parte 4: Sistemas elétricos
A
R e eletrônicos internos na estrutura
O
IT
D ABNT NBR 6323, Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido – Especicação
E
T
E
R G ABNT NBR 13571, Haste de aterramento aço-cobreado e acessórios
A
T
- ABNT NBR IEC 60079-10-1, Atmosferas explosivas – Parte 10-1: Classicação de áreas – Atmosferas
o
iv explosivas de gás
s
lu
c
x
o
e ABNT NBR IEC 60079-10-2, Atmosferas explosivas – Parte 10-2: Classicação de áreas – Atmosferas
s de poeiras combustíveis
u
ra
a
p
r ABNT NBR IEC 60079-14, Atmosferas explosivas – Parte 14: Projeto, seleção e montagem de
a
l
p instalações elétricas
m
e
x
E
© ABNT 2015 - Todos os direitos reservados 1
ABNT NBR 5419-1:2015
3 Termos e denições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e denições.
3.1
descarga atmosférica para terra (lightning ash to earth)
descarga elétrica de srcem atmosférica entre nuvem e terra, consistindo de uma oumais componentes
da descarga atmosférica
3.2
descarga atmosférica descendente (downward ash)
descarga atmosférica iniciada por um líder descendente de uma nuvem para terra
3.3
)
5 descarga atmosférica ascendente (upward ash)
1
0
2/
descarga atmosférica iniciada por um líder ascendente de uma estrutura aterrada para uma nuvem
5
0/
8 3.4
2
:
o
s
componente da descarga atmosférica (lightning stroke)
s
re
descarga elétrica singela de uma descarga atmosférica para a terra
p
Im
4 3.5
0
2 componente curta da descarga atmosférica
2
3
5 parte de uma descarga atmosférica para a terra que corresponde a um impulso de corrente
o
d
i
d
e NOTA A corrente em questão tem um tempo para o meio valor T2 tipicamente inferior a 2 ms (ver Figura A.1).
P
(
3 3.6
1
-
1 componente longa da descarga atmosférica (long stroke)
0
0
0
/
2
parte de uma descarga atmosférica para a terra que corresponde a componente da corrente de
0
4 .
continuidade
7
0
.9 NOTA A duração Tlongo (intervalo entre o valor 10 % na frente até o valor 10 % na cauda) desta corrente
7
0
- de continuidade é tipicamente superior a 2 ms e menor que 1 s (ver Figura A.2).
A
D
T 3.7
L
A múltiplos componentes da descarga atmosférica (multiple strokes)
IC
F
Á
descarga atmosférica para a terra que consiste em média de três a quatro componentes, com um
R
G
intervalo de tempo típico entre eles de cerca de 50 ms
A
R NOTA Há relatos de eventos que têm algumas dezenas de componentes com intervalos entre eles entre
O
IT 10 ms e 250 ms.
D
E
T
E 3.8
R G ponto de impacto (point of strike)
A
T ponto onde uma descarga atmosférica atinge a terra, ou um objeto elevado (por exemplo, estrutura,
-
o SPDA, serviços, árvore, etc.)
iv
s
lu
c
x
NOTA Uma descarga atmosférica para a terra pode ter diversos pontos de impacto.
e
o
s
u
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
2 © ABNT 2015 - Todos os direitos reservados
ABNT NBR 5419-1:2015
3.9
corrente da descarga atmosférica (lightning current)
i
corrente que ui no ponto de impacto
3.10
valor de pico da corrente
I
máximo valor da corrente de descarga atmosférica
3.11
taxa média de variação da frente de onda do impulso de corrente
taxa média de variação da corrente em sua frente de onda no intervalo entre os instantes em que são
atingidos 10 % e 90 % do valor de pico (ver Figura A.1)
)
5
1
0 NOTA Este parâmetro é expresso pela diferença dos valores da corrente ∆ i = i (t2) – i(t1), no início e no
2/
5 nal do intervalo ∆ t = t2 – t 1, dividido pelo valor do intervalo ∆ t.
0/
8
2
: 3.12
o
s
s
e
tempo de frente da onda de corrente de i mpulso
r
p T1
Im
4
parâmetro virtual denido como 1,25 vez o intervalo de tempo entre os instantes em que os valores de
0
2
2
10 % e 90 % do valor de pico são atingidos (ver Figura A.1)
3
5
o 3.13
d
i
d srcem virtual da corrente de impulso
e
P
(
3 O1
1
- ponto de intersecção com o eixo dos tempos de uma linha reta traçada por meio dos pontos de
1
0 referência de 10 % e 90 % do valor de pico (ver Figura A.1); ele precede em 0,1
T1 do instante no qual
0
0
/
0
2 a corrente atinge 10 % do seu valor de pico
4 .
7
0 3.14
.9
7 tempo até o meio valor da cauda da onda de corrente de impulso
0
-
A T2
D parâmetro virtual denido como um intervalo de tempo entre a srcem virtual O1 e o instante no qual a
T
L
A corrente decresceu à metade do valor de pico (ver Figura A.1)
IC
F
Á 3.15
R
G duração da descarga atmosférica (ash duration)
A
R T
O
IT intervalo de tempo durante o qual a corrente da descarga atmosférica ui no ponto de impacto
D
E
T 3.16
E
R G duração da componente longa da descarga atmosférica (duration of long stroke current)
A
T Tlonga
-
o intervalo de tempo durante o qual a corrente em uma descarga atmosférica longa permanece entre
iv
s 10 % do valor de pico no início do crescimento da corrente de continuidade e 10 % do valor de pico ao
lu
c
x nal do decréscimo desta corrente (ver Figura A.2)
e
o
u
s 3.17
ra carga de uma descarga atmosférica(ash charge)
a
p Qash
r
a
l
p valor resultante da integral da corrente no tempo de uma descarga atmosférica
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
3.18
carga do impulso
Qcurta
valor resultante da integral da corrente no tempo do impulso relacionado à descarga atmosférica
3.19
carga da componente longa da descarga atmosférica (long stroke charge)
Qlonga
valor resultante da integral da corrente no tempo da componente longa da descarga atmosférica
3.20
energia especíca
W/R
)
valor resultante da integral da corrente ao quadrado da descarga atmosférica no tempo
5
1
0
2/ NOTA Este parâmetro representa a energia dissipada pela corrente da descarga atmosférica em uma
5
0/ resistência de valor unitário.
8
2
:
o 3.21
s
s
re energia especíca de um impulso de corrente
p
Im valor resultante da integral da corrente ao quadrado no tempo para a duração de uma descarga
4
0 atmosférica curta
2
2
3
5 NOTA A energia especíca da componente longa da corrente de uma descarga atmosférica é desprezível.
o
d
i
d
e 3.22
P
(
3 estrutura a ser protegida
1
-
1 estrutura para qual a proteção contra os efeitos das descargas atmosféricas é necessária de acordo
0
0
/
0 com esta Parte da ABNT NBR 5419
2
0
4 . NOTA 1 A estrutura a ser protegida pode ser parte de uma estrutura maior.
7
0
.9
7 NOTA 2 Estrutura: termo genérico que dene um elemento a ser protegido pelo SPDA, por exemplo,
0
-
A
edicações, prédios, árvores, massas metálicas (antenas, guarda corpos, etc.).
D
T
L
A
3.23
IC linha
F
Á
R
linha de energia ou linha de sinal conectada à estrutura a ser protegida
G
A
R 3.24
O
IT
linhas de sinal (telecommunication lines)
D
E linhas utilizadas para comunicação entre equipamentos que podem ser instalados em estruturas
T
E
separadas, como as linhas telefônicas e as linhas de dados
R G
A 3.25
T
- linhas de energia (power lines)
o
iv linhas que fornecem energia elétrica para dentro de uma estrutura aos equipamentos eletrônicos e
s
lu
c
x
elétricos de potência localizados nesta, como as linhas de alimentação em baixa tensão (BT) ou alta
e
o
tensão (AT)
s
u
ra 3.26
a
p
r descarga atmosférica na estrutura (lightning ash to a structure)
a
l
p descarga atmosférica em uma estrutura a ser protegida
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
3.27
descarga atmosférica perto de uma estrutura (lightning ash near a structure)
descarga atmosférica que ocorre perto o suciente de uma estrutura a ser protegida e que pode
causar sobretensões perigosas
3.28
sistema elétrico
sistema que incorpora componentes de alimentação em baixa tensão
3.29
sistema eletrônico
sistema que incorpora os componentes de uma instalação elétrica de sinal, por exemplo, equipamentos
eletrônicos de telecomunicações, controladores microprocessados, sistemas de instrumentação,
)
sistemas de rádio
5
1
0
2/ 3.30
5
0/ sistemas internos
8
:
2 sistemas elétricos e eletrônicos dentro de uma estrutura
o
s
s
e
r 3.31
p
Im
danos físicos
4
0
danos a uma estrutura (ou a seu conteúdo) ou a uma linha devido aos efeitos mecânicos, térmicos,
2
2 químicos ou explosivos da descarga atmosférica
3
5
o
d
i 3.32
d
e ferimentos a seres vivos
P
(
3 ferimentos, incluindo perda da vida, em pessoas ou animais devido a tensões de toque e de passo
1
-
1 causadas pelas descargas atmosféricas
0
0
0
/
2 NOTA Apesar dos seres vivos poderem se machucar de outras formas, nesta Parte da ABNT NBR 5419,
0
4 .
o termo “ferimentos a seres vivos” se limita à ameaça devido a choque elétrico (dano tipo D1).
7
0
.9 3.33
7
0
- falha de sistemas eletroeletrônicos
A
D danos permanentes de sistemas eletroeletrônicos devido aos LEMP
T
L
A 3.34
IC
F pulso eletromagnético devido às descargas atmosféricas(lightning electromagnectic impulse)
Á
R LEMP
G
A todos os efeitos eletromagnéticos causados pela corrente das descargas atmosféricas por meio de
R
O acoplamento resistivo, indutivo e capacitivo, que criam surtos e campos eletromagnéticos radiados
IT
D
E 3.35
T
E
G surto
R
A
efeitos transitórios causados por LEMP que aparecem na forma de sobretensão e/ou sobrecorrente
T
-
o 3.36
iv
s zona de proteção contra descarga atmosférica “raio” ( lightning protection zone – LPZ )
lu
c ZPR
x
e
o
s
zona onde o ambiente eletromagnético causado pelo raio é denido
u
ra NOTA O contorno de uma ZPR não é necessariamente dado por elementos físicos (por exemplo, paredes,
a
p piso e teto).
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
3.37
risco
R
valor da perda média anual provável (pessoas e bens) devido à descarga atmosférica em relação ao
valor total (pessoas e bens) da estrutura a ser protegida
3.38
risco tolerável
RT
valor máximo do risco que pode ser tolerável para a estrutura a ser protegida
3.39
nível de proteção contra descargas atmosféricas (lightning protection level – LPL)
NP
) número associado a um conjunto de parâmetros da corrente elétrica para garantir que os valores
5
0
1 especicados em projeto não estão superdimensionados ou subdimensionados quando da ocorrência
2/ de uma descarga atmosférica
5
0/
8
2 3.40
:
o medidas de proteção
s
s
p
e
r medidas a serem adotadas na estrutura a ser protegida, com o objetivo de reduzir os riscos
Im
4 3.41
0
2 proteção contra descargas atmosféricas (lightning protection – LP)
2
3
5 PDA
o
d
i sistema completo para proteção de estruturas contra as descargas atmosféricas, incluindo seus
d
e
P
sistemas internos e conteúdo, assim como as pessoas, em geral consistindo em SPDA e MPS
(
3
1
- 3.42
1
0 sistema de proteção contra descargas atmosféricas (lightning protection system – LPS)
0
0
/
2 SPDA
0
4 . sistema utilizado para reduzir danos físicos devido às descargas atmosféricas em uma estrutura
7
0
.9 NOTA Um SPDA consiste em sistemas externo e interno de proteção contra descargas atmosféricas.
7
0
-
A 3.43
D
L
T SPDA externo (external lightning protection system)
A parte do SPDA composto pelos subsistemas de captação, descida e aterramento
IC
F
Á 3.44
R
G SPDA interno (internal lightning protection system)
A
R parte do SPDA consistindo em ligações equipotenciais e/ou isolação elétrica do SPDA externo
O
IT
D
E 3.45
T subsistema de captação (air-termination system)
E
R G parte de um SPDA externo usando elementos metálicos como hastes, condutores em malha ou cabos
A
T em catenária, projetados e posicionados para interceptarem descargas atmosféricas
-
o
iv 3.46
s
lu
c
x
subsistema de descida (down-conductor system)
e parte de um SPDA externo que tem como objetivo conduzir a descarga atmosférica do subsistema de
o
s
u captação ao subsistema de aterramento
ra
a
p 3.47
r
a
l
p subsistema de aterramento (earth-termination system)
m parte de um SPDA externo que tem como objetivo conduzir e dispersar a descarga atmosférica no solo
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
3.48
partes condutoras externas
elementos metálicos que penetram ou saem da estrutura a ser protegida que podem se tornar um caminho
para parte da corrente da descarga atmosférica, como tubulações, linhas metálicas, dutos metálicos etc.
3.49
ligação equipotencial para descargas atmosféricas (lightning equipotential bonding )
EB
ligação ao SPDA de partes metálicas separadas, por conexões condutoras diretas ou por meio de
dispositivos de proteção contra surtos, para reduzir diferenças de potenciais causadas pelas correntes
das descargas atmosféricas
3.50
)
impedância convencional de aterramento (conventional earthing impedance)
5
0
1 relação entre os valores de pico da tensão e da corrente do eletrodo de aterramento, os quais, em
2
5
/ geral, não acontecem simultaneamente
0/
8
2 3.51
:
o
s medidas de proteção contra surtos causados por LEMP (LEMP protection measures)
s
re MPS
p
Im conjunto de medidas tomadas para proteger ossistemas internos contra os efeitoscausados por LEMP
4
0
2
2 3.52
3
5
o blindagem magnética
d
i
d
e
tela metálica, em forma de malha ou contínua, que envolve a estrutura a ser protegida, ou parte dela,
P
(
3 utilizada para reduzir falhas dos sistemas eletroeletrônicos
1
-
1 3.53
0
0
0
/ dispositivo de proteção contra surtos (surge protective device – SPD)
2
0 DPS
4 .
7 dispositivo destinado a limitar as sobretensões e desviar correntes de surto. Contém pelo menos um
0
.9
7 componente não-linear
0
-
A
D 3.54
T
L coordenação de DPS
A
IC DPS adequadamente selecionados, coordenados e instalados para formar um conjunto que visa
F
Á reduzir falhas dos sistemas internos
R
G
A 3.55
R
O nível de tensão nominal suportável de impulso (rated impulse withstand voltage level)
IT
D UW
E
T tensão suportável de impulso denida pelo fabricante de um equipamento, ou de uma parte dele,
E
R G caracterizando a suportabilidade especíca da sua isolação contra sobretensões
A
T
- NOTA Para as nalidades desta Parte da ABNT NBR 5419, considera-se somente a tensão suportável
o
iv entre condutores vivos e a terra, conforme a IEC 60664-1:2007, 3.9.2
s
lu
c
x 3.56
e
o interfaces isolantes
s
u
ra dispositivos que são capazes de reduzir surtos conduzidos nas linhas que adentram as zonas de
a
p
r
proteção contra os raios (ZPR)
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
3.57
plano de referência
superfície, geralmente plana, sobre a qual se faz a projeção do volume de proteção de elementos do
subsistema de captação ou sobre a qual se movimenta a esfera rolante na aplicação dos cálculos dos
métodos de proteção. Vários planos de referência em diferentes níveis podem ser considerados na
região dos componentes do subsistema de captação sob análise
3.58
equipotencialização
conjunto de medidas que visa a redução das tensões nas instalações causadas pelas descargas
atmosféricas a níveis suportáveis para essas instalações e equipamentos por elas servidos, além
de reduzir riscos de choque elétrico. Tais medidas consistem tipicamente em ligações entre partes
metálicas das instalações e destas ao SPDA, direta ou indiretamente (por meio de DPS), envolvendo
) massas metálicas de equipamentos, condutores de proteção, malhas de condutores instaladas sob
5
0
1 ou sobre equipamentos sensíveis, blindagens de cabos e condutos metálicos, elementos metálicos
2/ estruturais, tubulações metálicas entre outros
5
0/
8 NOTA Rigorosamente, equipotencialização é um conceito que somente se aplica em corrente contínua
2
:
o
s
ou, de forma aproximada, em baixas frequências. Para as componentes de frequências mais altas das
s correntes das descargas atmosféricas, algumas das medidas tipicamente empregadas com nalidade de
e
r
p equipotencialização podem ter efeito de redução de tensão entre os pontos onde a ligação equipotencial é
Im
4 feita, contanto que essa ligação seja curta (por exemplo, não mais que poucas dezenas de centímetro s para
0 condutores cilíndricos de bitolas usuais em instalações elétricas). Medidas como o uso de cabo s blindados, o
2
2
3
5
encaminhamento de cabos por condutos metálicos ou próximos a gr andes estruturas condutoras são geralmente
o
d
mais ecientes e espacialmente mais abrangentes em alta frequência. A noção de equipotencialização de
i
d
e
modo genérico, porém, é útil no controle da sob retensão durante a parte em que a progr essão do impulso de
P
( corrente da descarga atmosférica é mais lenta, sobretensão esta que pode esta r associada a elevados níveis
3 de energia por conta da longa duração.
1
-
1
0
0
0
/
2
0
4
4 Parâmetros da corrente da descarga atmosférica
.
7
0
.9 Os parâmetros da corrente da descarga atmosférica usados na série ABNT NBR 5419 são
7
0
-
relacionados no Anexo A.
A
D
T
Os parâmetros da corrente da descarga atmosférica em função do tempo usados para a análise são
L
A
relacionados no Anexo B.
IC
F
Á
As informações para simulação da corrente da descarga atmosférica para ns de ensaios são dadas
R no Anexo C.
G
A
R Os parâmetros básicos para uso em laboratório para simular os efeitos das descargas atmosféricas
O
IT nos componentes do SPDA estão relatados no Anexo D.
D
E
T
E
Informações sobre surtos devido às descargas atmosféricas em diferentes pontos da instalação são
R G apresentadas no Anexo E.
A
T
-
o
iv 5 Danos devido às descargas atmosféricas
s
lu
c
x
e 5.1 Danos à estrutura
o
s
u
ra
A descarga atmosférica que atinge uma estrutura pode causar danos à própria estrutura e a seus
p
a ocupantes e conteúdos, incluindo falhas dos sistemas internos. Os danos e falhas podem se estender
r
a
l também às estruturas vizinhas e podem ainda envolver o ambiente local. Aextensão dos danos e falhas
p
m na vizinhança depende das características das estruturas e das características da descarga atmosférica.
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
5.1.1 Efeitos das descargas atmosféricas sobre uma estrutura
As principais características das estruturas relevantes para os efeitos das descargas atmosféricas incluem:
a) construção (por exemplo, madeira, alvenaria, concreto, concreto armado, estrutura em aço);
b) função (residência, escritório, comércio, rural, teatro, hotel, escola, hospital, museu, igreja, prisão,
shopping center, banco, fábrica, área industrial, área de práticas esportivas);
c) ocupantes e conteúdos (pessoas e animais, presença ou não de materiais combustíveis ou

explosivos, sistemas elétricos e eletrônicos de baixa tensão ou alta tensão);
d) linhas elétricas e tubulações metálicas que adentram a estrutura (linhas de energia, linhas de
sinal, tubulações);
)
5
1
e) medidas de proteção existentes ou providas (por exemplo, medidas de proteção para reduzir
0
2/
danos físicos e risco à vida, medidas de proteção para reduzir falhas em sistemas internos);
5
0/
8
2 f) dimensão do risco (estrutura com diculdade de evacuação ou estrutura na qual pode haver
:
o
s
pânico, estrutura perigosa às redondezas, estrutura perigosa ao ambiente).
s
e
r
p A Tabela 1 apresenta os efeitos das descargas atmosféricas nos vários tipos de estruturas.
Im
4
0
2
2
3
Tabela 1 – Efeitos das descargas atmosféricas nos vários tipos de estruturas
5
o
d
i Tipo de estrutura
d
e de acordo com sua Efeitos das descargas atmosféricas
P
(
3 nalidade e/ou conteúdo
1
-
1
0 Perfuração da isolação das instalações elétricas, incêndio e danos
0
0
/
2 materiais.
0
4 .
7
0
Danos normalmente limitados a objetos expostos ao pontode impacto
.9 Casa de moradia
7
0 ou no caminho da corrente da descarga atmosférica.
-
A
D
Falha de equipamentos e sistemas elétricos e eletrônicos instalados
T (exemplos: aparelhos de TV, computadores,modems, telefones etc.).
L
A
IC Risco maior de incêndio e tensões de passo perigosas, assim como
F
Á danos materiais.
R
G
A Edicação em zona rural Risco secundário devido à perda de energia elétrica e risco de
R
O vida dos animais de criação devido à falha de sistemas de controle
IT
D eletrônicos de ventilação e suprimento de alimentos etc.
E
T
E Teatro ou cinema
G Danos em instalações elétricas que tendem a causar pânico
R Hotel
T
A (por exemplo, iluminação elétrica)
- Escola
o Falhas em sistemas de alarme de incêndio, resultando em atrasos
iv Shopping centers
s
lu nas ações de combate a incêndio.
c Áreas de esportes
x
e
o
u
s Banco
ra Empresa de seguros Conforme acima, adicionando-se problemas resultantes da perda de
a
p
a
r Estabelecimento comercial comunicação, falha de computadores e perda de dados.
l
p
m etc.
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Tabela 1 (continuação)
Tipo de estrutura
de acordo com sua Efeitos das descargas atmosféricas
nalidade e/ou conteúdo
Hospital
Casa de tratamento
médico Conforme acima, adicionando-se os problemas relacionados a
Casa para idosos pessoas
pessoas em tratamento
incapazes médico
de se intensivo e a diculdade de resgatar
mover.
Creche
Prisão
) Efeitos adicionais dependendo do conteúdo das fábricas, que vão
5 Indústria
0
1 desde os menos graves até danos inaceitáveis eperda de produção.
2/
5
0/ Museu e sítio arqueológico
8
2
Perda de patrimônio cultural insubstituível.
: Igreja
o
s
s
e
r Estação de
p
Im
telecomunicações
4
0 Estação de geração e Interrupções inaceitáveis de serviços ao público.
2
2
3 transmissão de energia
5
o elétrica
d
i
d
e
P
Fábrica de fogos de
(
3 artifícios Incêndio e explosão com consequências à planta e arredores.
1
-
0
1 Trabalhos com munição
0
0
/
0
2 Indústria química
4 .
7 Renaria
0 Incêndio e mau funcionamento da planta com consequências
.9 Usina nuclear
7
0 prejudiciais ao meio ambiente local e global.
- Indústria e laboratório de
A
D
T
bioquímica
L
A
IC 5.1.2 Fontes e tipos de danos a uma estrutura
F
Á
R A corrente da descarga atmosférica é a fonte de danos. As seguintes situações devem ser levadas em
G
A consideração em função da posição do ponto de impacto relativo à estrutura considerada:
R
IT
O a) S1: descargas atmosféricas na estrutura;
D
E
T b) S2: descargas atmosféricas próximas à estrutura;
E
R G
A c) S3: descargas atmosféricas sobre as linhas elétricas e tubulaçõesmetálicas que entram na estrutura;
T
-
o
iv
s
d) S4: descargas atmosféricas próximas às linhas elétricas e tubulações metálicas que entram na
lu
c
estrutura.
x
e
o
s
u
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
5.1.2.1 Descargas atmosféricas na estrutura
Podem causar:
a) danos mecânicos imediatos, fogo e/ou explosão devido ao próprio plasma quente do canal da
descarga atmosférica, ou devido à corrente resultando em aquecimento resistivo de condutores
(condutores sobreaquecidos), ou devido à carga elétrica resultando em erosão pelo arco (metal
fundido);
b) fogo e/ou explosão iniciado por centelhamento devido a sobretensões resultantes de acoplamentos
resistivos e indutivos e à passagem de parte da corrente da descarga atmosférica;
c) danos às pessoas por choque elétrico devido a tensões de passo e de toque resultantes de
acoplamentos resistivos e indutivos;
)
5
1
0
2/
d) falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido a LEMP.
5
0/
8
2 5.1.2.2 Descargas atmosféricas próximas à estrutura
:
o
s
s
re Podem causar falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido a LEMP.
p
Im
4 5.1.2.3 Descargas atmosféricas sobre linhas elétricas e tubulações metálicas que adentram a
0
2 estrutura
2
3
5
o
d
i Podem causar:
d
e
P
(
3 a) fogo e/ou explosão iniciado por centelhamento devido a sobretensões e correntes das descargas
1
-
1 atmosféricas transmitidas por meio das linhas elétricas e tubulações metálicas;
0
0
0
/
0
2 b) danos a pessoas por choque elétrico devido a tensões de toque dentro da estrutura causadas por
4 . correntes das descargas atmosféricas transmitidas pelas linhas elétricas e tubulações metálicas;
7
0
.9
7 c) falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido à sobretensões que aparecem nas
0
-
A linhas que entram na estrutura.
D
T
L
A 5.1.2.4 Descargas atmosféricas próximas a linhas elétricas e tubulações metálicas que entram
IC na estrutura
F
Á
R
G Podem causar falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido à sobretensões induzidas nas
A
R linhas que entram na estrutura.
O
IT
D
E Em consequência, as descargas atmosféricas podem causar três tipos básicos de danos:
T
E
R G a) D1: danos às pessoas devido a choque elétrico;
A
T
-
o
b) D2: danos físicos (fogo, explosão, destruição mecânica, liberação de produtos químicos) devido
iv aos efeitos das correntes das descargas atmosféricas, inclusive centelhamento;
s
lu
c
x
o
e c) D3: falhas de sistemas internos devido a LEMP.
s
u
ra 5.2 Tipos de perdas
a
p
r
a
l Cada tipo de dano relevante para a estrutura a ser protegida, sozinho ou em combinações com outros,
p
m
e pode, em consequência, produzir diferentes perdas. O tipo de perda que pode ocorrer depende das
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
características do próprio objeto.

Para efeitos da ABNT NBR 5419, são considerados os seguintes tipos de perdas, os quais podem
aparecer como consequência de danos relevantes à estrutura:
a) L1: perda de vida humana (incluindo-se danos permanentes);
b) L2: perda de serviço ao público;
c) L3: perda de patrimônio cultural;
d) L4: perda de valor econômico (estrutura e seu conteúdo, assim como interrupções de atividades).
NOTA Para efeitos da ABNT NBR 5419, somente são considerados serviços ao público os suprimentos
de água, gás, energia e sinais de TV e telecomunicações.
)
5
1
Perdas dos tipos L1, L2 e L3 podem ser consideradas como perdas de valor social, enquanto perdas
0
2/ do tipo L4 podem ser consideradas como perdas puramente econômicas.
5
0/
8
2 A correspondência entre fonte de danos, tipo de danos e perdas é mostrada na Tabela 2.
:
o
s
s
e
r Tabela 2 – Danos e perdas relevantes para uma estrutura para diferentes pontos de impacto
p
Im
da descarga atmosférica
4
0 Fonte de
2 Ponto de impacto Tipo de dano Tipo de perda
2
3 dano
5
o
d
i
d
e D1 L1, L4a
P
(
3 Estrutura S1 D2 L1, L2, L3, L4
1
-
0
1 D3 L1b, L2, L4
0
0
/
2
0
4 .
7
0
.9 Nas proximidades de uma
7
0
S2 D3 L1b, L2, L4
- estrutura
A
D
T
L
A
IC Linhas elétricas ou D1 L1, L4a
F
Á
R tubulações metálicas S3 D2 L1, L2, L3, L4
G
A conectadas à estrutura D3 L1b, L2, L4
R
O
IT
D
E
T Proximidades de uma linha
E
R G elétrica ou tubulação S4 D3 L1b, L2, L4
A metálica
T
-
o
iv a
s Somente para propriedades onde pode haver perdas de animais.
lu
c b Somente para estruturas com risco de explosão, hospitais ou outras estruturas nas quais falhas em sistemas internos
x
e
o colocam a vida humana diretamente em perigo.
s
u
ra
a
p
a
r Tipos de perdas resultantes dos tipos de danos e os riscos correspondentes estão relacionados na
l
m
p Figura 2.
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Risco Risco Risco Risco

R1 R2 R3 R4
Tipo de Perda Perda de Perda de Perda

perda de vida serviço ao patrimônio de valor
humana público cultural econômico
a
Tipo de Dano aos Dano Falha de Dano Falha de Dano Dano aos Dano Falha de
) seres vivos físico físico sistemas físico físico sistemas
5 dano sistemas seres vivos
1 por choque internos internos por choque internos
0
2/
elétrico elétrico
5
0/
8 IEC 2613/10
2
:
o a
s
s Somente para hospitais ou outras estruturas nas quais falhas em sistemas internos colocam a vida humana
re diretamente em perigo.
p
Im b Somente para propriedades onde pode haver perdas de animais.
4
0
2
2
3
Figura 2 – Tipos de perdas e riscos correspondentes que resultam
5 de diferentes tipos de danos
o
d
i
d
e
P
(
3 6 Necessidadee vantagem econômica da proteção contra descargas atmosféricas
1
-
1
0
0
0 6.1 Necessidade da proteção contra descargas atmosféricas
/
2
0
4 . A necessidade de um objeto ser protegido contra descargas atmosféricas deve ser avaliada de modo
7
0
.9
a reduzir as perdas de valor social L1, L2 e L3.
7
0
- Para se avaliar quando uma proteção contra descargas atmosféricas é necessária ou não, deve
A
D
T
ser feita uma avaliação do risco de acordo com os procedimentos contidos na ABNT NBR 5419-2.
L
A
Os seguintes riscos devem ser levados em conta, em correspondência aos tipos de perdas relacionadas
IC
F
em 5.2:
Á
R
G a) R1: risco de perdas ou danos permanentes em vidas humanas;
A
R
O b) R2: risco de perdas de serviços ao público;
IT
D
E
T c) R3: risco de perdas do patrimônio cultural.
E
R G NOTA Recomenda-se que o risco de perdas de valor econômico (risco R4) seja avaliado sempre que a
A
T
-
vantagem econômica da proteção contra descargas atmosféricas for considerada (ver 6.2).
o
iv
lu
s A proteção contra descargas atmosféricas é necessária se o risco R ( R1 a R3) for maior que o risco
c
x tolerado RT:
e
o
s
u R > RT
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Neste caso, devem ser adotadas medidas de proteção de modo a reduzir o risco R (R1 a R3) ao nível
tolerável RT:
R ≤ RT
Se puder aparecer mais de um tipo de perda, a condiçãoR ≤ RT deve ser satisfeita para cada tipo de
perda (L1, L2 e L3).
NOTA Informações detalhadas sobre avaliação de risco e do procedimento para escolha das medidas de
proteção são relatadas na ABNT NBR 5419-2.
6.2 Vantagem econômica da proteção contra descargas atmosféricas
Além da necessidade de proteção contra descargas atmosféricas para a estrutura a ser protegida,
)
5
1
pode ser vantajoso avaliar os benefícios econômicos de se adotar medidas de proteção de modo a
0
2/
reduzir a perda econômica L4.
5
0/
8
2 Neste caso, deve ser avaliado o risco R4 de perda de valor econômico. A avaliação do risco R4 permite
:
o
s avaliar o custo da perda econômica com e sem adoção das medidas de proteção.
s
re
p
Im
A proteção contra descargas atmosféricas é conveniente se a soma do custo CRL das perdas residuais
4
0
na presença das medidas de proteção e o custoCPM das medidas de proteção for menor que o custo
2 CL da perda total sem as medidas de proteção:
2
3
5
o
d
i CRL + CPM < CL
d
e
P
(
3 NOTA Informações detalhadas da avaliação da vantagem econômica da proteção contra descargas
1
- atmosféricas são relatadas na ABNT NBR 5419-2.
1
0
0
0
/
2
0
4
7
. 7 Medidas de proteção
0
.9
7
0 7.1 Geral
-
A
D
T Podem ser adotadas medidas de proteção de modo a reduzir o risco de acordo com o tipo de dano.
L
A
IC 7.2 Medidas de proteção para reduzir danos a pessoas devido a choque elétrico
F
Á
R
G São possíveis as seguintes medidas de proteção:
A
R
O
IT a) isolação adequada das partes condutoras expostas;
D
E
T
E
b) equipotencialização por meio de um sistema de aterramento em malha;
R G
T
A c) restrições físicas e avisos;
-
o
iv d) ligação equipotencial para descargas atmosféricas (LE).
s
lu
c
x
e NOTA 1 A equipotencialização e o aumento da resistência de contato da superfície do solo, interna ou
o
u
s externamente à estrutura, podem reduzir o risco de vida (ABNT NBR 5419-3:2015, Seção 8).
ra
a
p NOTA 2 Medidas de proteção são ecientes somente em estruturas protegidas por um SPDA.
r
a
l
p
m NOTA 3 O uso de detectores de tempestades e medidas complementares podem reduzir o risco de vida.
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
7.3 Medidas de proteção para redução de danos físicos
A proteção é alcançada por meio de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA)
o qual inclui as seguintes características:
a) subsistema de captação;
b) subsistema de descida;
c) subsistema de aterramento;

d) equiponcialização para descargas atmosféricas (EB);
e) isolação elétrica (e daí a distância de segurança).
)
5 NOTA 1 Quando for instalado um SPDA, a equipotencialização é uma medida essencial para reduzir os
1
0
2/ perigos de incêndio e de explosão e o risco de vida. Para mais detalhes, ver ABNT NBR 5419-3.
5
0/
8 NOTA 2 A redução de danos físicos pode ser obtida por medidas que limitem o desenvolvimento e
2
:
o propagação de fogo, como compartimentos à prova de fogo, extintores, hidrantes, instalações de alarme de
s
s incêndio e extinção de fogo.
re
p
Im NOTA 3 A instalação de rotas de fuga minimizam os riscos de danos físicos.
4
0
2
2
3 7.4 Medidas de proteção para redução de falhas dos sistemas elétricos e eletrônicos
5
o
d
i
d
e
Medidas de proteção contra surtos (MPS) possíveis:
P
(
3 a) medidas de aterramento e equipotencialização;
1
-
1
0
0
/
0 b) blindagem magnética;
2
0
4
7
. c) roteamento da ação;
0
.9
7
0 d) interfaces isolantes;
-
A
D
T
e) sistema de DPS coordenado.
L
A
IC Estas medidas podem ser usadas sozinhas ou combinadas.
F
Á
R NOTA 1 Ao se considerar uma fonte de danos tipo S1, as medidas de proteção são ecientes somente
G
A em estruturas protegidas por um SPDA.
R
O
IT NOTA 2 O uso de detectores de tempestades e medidas complementares podem reduzir as falhas
D
E de sistemas elétricos e eletrônicos.
T
E
R G 7.5 Escolha das medidas de proteção
A
T
-
o As medidas de proteção relacionadas em 7.2, 7.3 e 7.4, juntas, compõem o sistema completo
iv
s de proteção contra descargas atmosféricas.
lu
c
x
e A escolha das medidas mais adequadas de proteção deve ser feita pelo responsável técnico e ser
o
s
u protegida, de acordo com o tipo e valor de cada tipo de dano, com os aspectos técnicos e econômicos
ra das diferentes medidas de proteção e dos resultados da avaliação de riscos.
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Os critérios para a avaliação do risco e para escolha das medidas de proteção mais adequadas estão
relatados na ABNT NBR 5419-2.
As medidas de proteção são efetivas desde que elas satisfaçam os requisitos das normas
correspondentes e sejam capazes de suportar os esforços esperados nos respectivos locais de suas
instalações.
8 Critérios básicos para proteção de estruturas
8.1 Geral
Uma proteção ideal para estruturas é envolver completamente a estrutura a ser protegida por uma
) blindagem contínua perfeitamente condutora, aterrada e de espessura adequada, e, além disso,
5
0
1 providenciar ligações equipotenciais adequadas para as linhas elétricas e tubulações metálicas que
2/ adentram na estrutura nos pontos de passagem pela blindagem.
5
0/
8
2 Isto impede a penetração da corrente da descarga atmosférica e campo eletromagnético associado na
:
o
s
s estrutura a ser protegida e evita efeitos térmicos e eletrodinâmicos perigosos da corrente assim como
re centelhamentos e sobretensões perigosas para os sistemas internos.
p
Im
4
0
2
Na prática, porém, a aplicação de tais medidas para se obter total proteção é frequentemente inviável.
2
3
5
o A falta de continuidade da blindagem e/ou sua espessura inadequada permite a penetração da corrente
d
i
d
e
da descarga atmosférica e seus efeitos pela blindagem, podendo causar:
P
(
3 a) danos físicos e risco de vida;
1
-
1
0
0
0
/ b) falha dos sistemas internos.
2
0
4 .
7
0
As medidas de proteção, adotadas para reduzir tais danos e perdas relevantes, devem ser projetadas
.9 para um conjunto denido de parâmetros das correntes das descargas atmosféricas, frente às quais é
7
0
- requerida a proteção, conforme o nível de proteção contra descargas atmosféricas.
A
D
T
L 8.2 Níveis de proteção contra descargas atmosféricas (NP)
A
IC
F
Á
Para efeitos da ABNT NBR 5419, são considerados quatro níveis de proteção contra descargas
R
G
atmosféricas (I a IV). Para cada NP, é xado um conjunto de parâmetros máximos e mínimos das
A correntes das descargas atmosféricas.
R
O
IT NOTA 1 A proteção contra descargas atmosféricas cujos parâmetros máximos e mínimos de corrente
D
E excedam aqueles correspondentes ao NP I requer medidas de proteção mais ecientes, as quais recomenda-se
T
E que sejam escolhidas e implementadas para cada caso especíco.
R G
A
T NOTA 2 A probabilidade de ocorrência de descargas atmosféricas cujos parâmetros de correntes estejam
-
o fora do intervalo máximo e mínimo do NP I é menor que 2 %.
iv
s
lu
c
x
Os valores máximos dos parâmetros das correntes das descargas atmosféricas correspondentes
e
o ao NP I não podem ser excedidos, com uma probabilidade de 99 %. De acordo com a relação de
s
u polaridade assumida (ver A.2), os valores assumidos para as descargas atmosféricas positivas têm
ra probabilidades inferiores a 10 %, enquanto que aqueles para as descargas atmosféricas negativas
a
p
a
r permanecem abaixo de 1 % (ver A.3).
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Os valores máximos dos parâmetros das correntes das descargas atmosféricas correspondentes ao
NP I são reduzidos a 75 % para o nível II e a 50 % para o nível III e IV (reduções lineares para I, Q
e di/dt, mas quadrática para W/R). Os parâmetros de tempo não mudam.
NOTA 3 Os níveis de proteção contra descargas atmosféricas cujos parâmetros máximos de corrente
sejam menores que aqueles correspondentes ao NP IV permitem considerar valores de probabilidade de
danos maiores que aqueles apresentados na ABNT NBR 5419-2:2015, Anexo B, embora não quanticados,
mas que podem ser úteis para um ajuste mais adequado das medidas de proteção a m de se evitar custos
injusticavelmente altos.
Os valores máximos dos parâmetros das correntes das descargas atmosféricas para os diferentes
níveis de proteção são dados na Tabela 3 e são usados para projetar componentes de proteção
contra descargas atmosféricas (por exemplo, seção transversal dos condutores, espessuras das
chapas metálicas, capacidade de condução de corrente dos DPS, distância de segurança contra
) centelhamentos perigosos) e para denir parâmetros de ensaios que simulam os efeitos das descargas
5
1
0
2
atmosféricas sob tais componentes (ver Anexo D).
/
5
0/
8
2 Os valores mínimos de amplitudes das correntes das descargas atmosféricas para os diferentes NP
:
o
s
são usados para se determinar o raio da esfera rolante (ver A.4) de modo a denir a zona de proteção
s
e
r
contra descargas atmosféricas ZPR 0 B, a qual não pode ser alcançada por descargas atmosféricas
p
Im
diretas (ver 8.3 e Figuras 3 e 4). Os valores mínimos dos parâmetros das correntes das descargas
4
0
atmosféricas junto com os raios das esferas rolantes correspondentes são dados na Tabela 4.
2 Eles são usados para posicionar os componentes do subsistema de captação e para denir as zonas
2
3
5 de proteção contra descargas atmosféricas ZPR 0B (ver 8.3).
o
d
i
d
e
P
(
3 Tabela 3 – Valores máximos dos parâmetros das descargas
1
- aos níveis de proteção (NP) atmosféricas correspondentes
1
0
0 Primeiroimpulsopositivo NP
0
/
2
0
4 . Parâmetrosdacorrente Símbolo Unidade I II III IV
7
0
.9 Corrente de pico I kA 200 150 100
7
0
-
A Carga do impulso Qcurta C 100 75 50
D
T
L Energia especíca W/R MJ/Ω 10 5,6 2,5
A
IC Parâmetros de tempo T1 / T2 s / µs 10/350
F µ
Á
R
G Primeiro impulso negativoa NP
A
R
O Parâmetrosdacorrente Símbolo Unidade I II III IV
IT
D Valor de pico I kA 100 75 50
E
T
E
R G Taxa média de variação di/dt kA/µs 100 75 50
A
T Parâmetros de tempo T1 / T2 µs / µs 1/200
-
o
iv Impulso
subsequente NP
s
lu
c
x
e
Parâmetrosdacorrente Símbolo Unidade I II III IV
o
s
u Valor de pico I kA 50 37,5 25
ra
a
p Taxa média de variação di/dt kA/µs 200 150 100
r
a
l
m
p Parâmetros de tempo T1 / T2 µs / µs 0,25/100
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Tabela 3 (continuação)
Componentelongadadescargaatmosférica NP
Carga da componente longa Qlonga C 200 150 100
Parâmetros de tempo Tlonga s 0,5
Descargatmosférica NP
Carga da descarga
Qash C 300 225 150
atmosférica
)
5 a
1 O uso desta forma de onda de corrente é de interesse para cálculos somente, não para ensaios.
0
2/
5
0/
8
2 Tabela 4 – Valores mínimos dos parâmetros das descargas atmosféricas e respectivos raios
:
o
s
s da esfera rolante, correspondentes aos níveis de proteção (NP)
re
p Critériosdeinterceptação NP
Im
4
0 Símbolo Unidade I II III IV
2
2
3
5 Corrente de pico mínima I kA 3 5 10 16
o
d
i
d
e Raio da esfera rolante r m 20 30 45 60
P
(
3
1
-
1
0
0 Das distribuições estatísticas dadas na Figura A.5, pode ser determinada uma probabilidade
0
/
2 ponderada, tal que os parâmetros das correntes das descargas atmosféricas são menores que os
0
4 . valores máximos e respectivamente maiores que os valores mínimos denidos para cada nível de
7
0
.9
proteção (ver Tabela 5).
7
0
-
A Tabela 5 – Probabilidades para os limites dos parâmetros das correntes das descargas
D
T atmosféricas
L
A
IC NP
F Probabilidade de que os parâmetros da corrente
Á
R sejam: I II III IV
G
A
O
R menores que os máximos valores denidos na Tabela 3 0,99 0,98 0,95 0,95
IT
D
E
maiores que os mínimos valores denidos na Tabela 4 0,99 0,97 0,91 0,84
T
E
R G
A As medidas de proteção especicadas na ABNT NBR 5419-3 e na ABNT NBR 5419-4 são efetivas
T
- contra descargas atmosféricas cujos parâmetros de corrente estiverem na faixa denida pelo NP
o
iv
s
adotado para o projeto. Desta maneira, assume-se que a eciência de uma medida de proteção é
lu igual à probabilidade com a qual os parâmetros das correntes das descargas atmosféricas estão
c
x
e dentro de tal faixa. Para parâmetros que excedam esta faixa, permanece um risco residual de danos.
o
s
u
ra 8.3 Zonas de proteção contra descarga atmosférica “raio” (ZPR)
a
p
r
a
l
p As medidas de proteção como SPDA, condutores de blindagem, blindagens magnéticas e DPS
m determinam as zonas de proteção contra descargas atmosféricas “raio” (ZPR).
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
As ZPR a jusante de uma medida de proteção são caracterizadas por uma redução signicativa dos
LEMP, em comparação com a ZPR a montante.
A respeito da ameaça de descarga atmosférica, as seguintes ZPR são denidas (ver Figuras 3 e 4):
a) ZPR 0A: zona onde a ameaça é devido à queda direta e ao campo eletromagnético total da
descarga atmosférica. Os sistemas internos podem estar sujeitos à corrente total ou parcial da
descarga atmosférica;
b) ZPR 0B: zona protegida contra queda direta, mas onde a ameaça é o campo eletromagnético
total da descarga atmosférica. Os sistemas internos podem estar sujeitos à corrente parcial da
descarga atmosférica;
c) ZPR 1: zona onde a corrente de surto é limitada por uma divisão da corrente da descarga
)
5
1 atmosférica e pela aplicação de interfaces isolantes e/ou DPS na fronteira. Uma blindagem
0
2/ espacial pode atenuar o campo eletromagnético da descarga atmosférica;
5
0/
8
:
2 d) ZPR 2, ..., n: zona onde a corrente de surto pode ser ainda mais limitada por uma divisão da
o corrente da descarga atmosférica e pela aplicação de interfaces isolantes e/ou de DPS adicionais
s
s
p
re na fronteira. Uma blindagem espacial adicional pode ser usada para atenuar ainda mais o campo
Im eletromagnético da descarga atmosférica.
4
0
2
2 NOTA 1 Em geral, quanto maior o número de uma ZPR em particular, tanto menor serão os parâmetros do
3
5 meio eletromagnético.
o
d
i
d
e
P
Como regra geral de proteção, a estrutura a ser protegida deve estar em uma ZPR cujas características
(
3 eletromagnéticas sejam compatíveis com sua capacidade de suportar solicitações que, de outra forma,
1
-
1 causariam danos (dano físico ou falha de sistemas elétricos e eletrônicos devido a sobretensões).
0
0
0
/
0
2 NOTA 2 Para grande parte dos sistemas e aparelhos elétricos e eletrônicos a informação sobre níveis de
4 . suportabilidade pode ser fornecida pelo fabricante.
7
0
.9
7
0
-
A
D
T
L
A
IC
F
Á
R
G
A
R
O
IT
D
E
T
E
R G
A
T
-
o
iv
s
lu
c
x
e
o
s
u
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
S1
ZPR 0A
S3 2
1
5 s
DPS
ZPR 1 r
s
S4 S2
)
5 ZPR 0B ZPR 0B
1
0
2/
5
0/
8
2
:
o
s
s DPS
re 5
p
Im
4
4 IEC 2614/10
0
2
2
3
5 1 es trut ura S1 descarga atmosférica n a e s t r u t u r a
o
d
i 2 subsistema de captação S2 descarga atmosférica perto da estrutura
d
e
P
( 3 subsistema de descida S3 descarga atmosférica em linhas ou tubulações que adentram na estrutura
3
1
- 4 subsistema de aterramento S4 descarga atmosférica perto de linhas ou tubulações que adentram na
1 estrutura
0
0
0
/ 5 linhas e tubulações que r raio da esfera rolante
2 adentram na estrutura
0
4 .
7 s distância de segurança contra centelhamento perigoso
0
.9
7 nível do piso
0
-
A ligação equipotencial por meio de DPS
D
T
L
A
IC ZPR 0 A descarga atmo sférica direta, corrente total
F
Á é pouco provável a ocorrência de descarga atmosférica direta, corrente parcial da descarga
R ZPR 0 B
G atmosférica ou corrente induzida
A
R ZPR 1 não há descarg a atmosférica direta, corrente limitada da descarg a atmosféricaou corrente induzida
O
IT
D
E É importante observar que o volume protegido na ZPR 1 sempre respeita a
T distância de segurança s
E
R G
A
T Figura 3 – ZPR denidas por um SPDA (ABNT NBR 5419-3)
-
o
iv
s
lu
c
x
e
o
s
u
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
S1
ZPR 0A
2
S3
ZPR 0B 1
DPS
6
3
DPS s
ZPR 1
5
r r
s
) S4 DPS S2
5 ZPR 2
1
0 ZPR 0B DPS
2/
ZPR 0B
5
0/
8
2
:
o
s
s
re DPS
p 6
Im
4
0 4
2 IEC 2615/10
2
3
5
o 1 estrutu ra (blindag em da ZPR 1) S1 descarga atmosférica na estrutura
d
i
d 2 subsistema de captação S2 descarga atmosférica perto da estrutura
e
P
( descarga atmosférica
3 3 subsistema de descida S3 em linhas ou tubulações que adentram na estrutura
1
- 4 subsistema de aterramento S4 descarga atmosférica perto de linhas ou tubulações que adentram na estrutura
1
0 5 recinto (blindagem da ZPR 2) r raio da esfera rolante
0
0
/
2 6 linhas e tubulações que adentram na s distância de segurança contra campo magnético muito elevado
0 estrutura
4 .
7 nível do piso
0
.9
7
0 ligação equipotencial para descargas atmosféricas, por meio de DPS
-
A ZPR 0 A descargaatmosférica direta, corrente total da descargaatmosférica, campo magnético total
D
T ZPR 0 B é pouco provável a ocorrência de descarga atmosférica,direta, corrente parcial da descarga atmosférica,
ou corrente induzida,
L
A campo magnético total
IC ZPR 1 não há descarga atmosférica direta, corrente limitada da descarga atmosférica, ou corrente induzida, campo magnético atenuado
F
Á
R
G ZPR 2 não há descarga atmosférica direta, correntes induzidas, campo magnético ainda mais atenuado
A
R É importante observar que os volumes protegidos na ZPR 1 e na ZPR 2 devem
O respeitar as distâncias de segurança s
IT
D
E
T
E Figura 4 – ZPR denidas por MPS (ABNT NBR 5419-4)
R G
A
T
-
8.4 Proteção de estruturas
o
iv
s 8.4.1 Proteção para reduzir danos físicos e risco de vida
lu
c
x
e
o
s
A estrutura a ser protegida deve estar em uma ZPR 0B ou superior. Isto é conseguido por meio de um
u sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA).
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
8.4.1.1 Um SPDA consiste em:

a) um sistema externo de proteção contra descargas atmosféricas e
b) um sistema interno de proteção contra descargas atmosféricas.
8.4.1.2 As funções do SPDA externo são:
a) interceptar uma descarga atmosférica para a estrutura (com um subsistema de captação);
b) conduzir a corrente dadescarga atmosférica segura

mente para a terra (com um subsistema de
descida);
)
5
c) dispersar esta corrente na terra (com um subsistema de aterramento).
1
0
2
5
/ A função do SPDA interno é evitar centelhamento perigoso na estrutura, utilizando a ligação
0
8
/ equipotencial ou a distância de segurança s (e, consequentemente, isolação elétrica), entre os
2
:
o
componentes do SPDAe outros elementos condutores internos à estrutura.
s
s
e
p
r Quatro classes de SPDA (I, II, III e IV) são denidas como um conjunto de regras de construção,
Im baseadas nos correspondentes níveis de proteção (NP). Cada conjunto inclui regras dependentes do
4
0
2
nível de proteção (por exemplo, raio da esfera rolante, largura da malha etc) e regras independentes
2
3
5
do nível de proteção (por exemplo, seções transversais de cabos, materiais etc).
o
d
i
d 8.4.1.3 Onde as resistividades superciais do solo externo e a do piso interno à estrutura forem
e
P
( baixas, o risco de vida devido a tensões de passo e toque pode ser reduzido:
3
1
-
0
1 a) externamente à estrutura, por isolação das partes condutivas expostas, por equipotencialização
0
0
/
no nível do solo por meio de aterramento com malhas, por avisos de advertência e por restrições
2
0
4
físicas;
.
7
0
.9 b) internamente à estrutura, por ligação equipotencialde tubulações e linhas elétricas que adentram
7
0
-
na estrutura, no ponto de entrada.
A
D
L
T 8.4.1.4 O SPDA deve estar conforme os requisitos da ABNT NBR 5419-3.
A
IC 8.4.2 Proteção para reduzir as falhas de sistemas internos
F
Á
R
G A proteção contra LEMP para reduzir o risco de falha de sistemas internos deve limitar:
A
R
O a) sobretensões devido a descargas atmosféricas na estrutura, resultando de acoplamento resistivo
IT
D e indutivo;
E
T
E
R G b) sobretensões devido a descargas atmosféricas perto da estrutura, resultando de acoplamento
A indutivo;
T
-
o
iv
c) sobretensões transmitidas por linhas que adentram a estrutura, devido a descargas atmosféricas
s
lu diretas nas linhas ou próximas a estas;
c
x
e
o
s
d) campo magnético acoplado diretamente aos aparelhos.
u
ra NOTA Falhas de aparelhagem devidas a campos eletromagnéticos radiados diretamente nos equipamentos
a
p são desprezíveis contanto que a aparelhagem esteja conforme com os requisitos de emissão e imunidade a
r
a
l
p campos eletromagnéticos radiados, denidos pelas normas pertinentes de compatibilidade eletromagnética
m (EMC) (ver também ABNT NBR 5419-2 e ABNT NBR 5419-4).
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
O sistema a ser protegido deve estar localizado dentro de uma ZPR 1 ou superior. Isto é conseguido
por meio de medidas de proteção contra surtos (MPS) aplicadas aos sistemas elétricos e eletrônicos,
as quais consistem em blindagens magnéticas que atenuam o campo magnético indutor e/ou por
meio de encaminhamento adequado da ação, que reduz os laços sujeitos à indução. Uma ligação
equipotencial deve ser provida nas fronteiras de uma ZPR, para partes metálicas e sistemas que
cruzam estas fronteiras. Esta ligação equipotencial pode ser executada por meio de condutores de
equipotencialização ou, quando necessário, por dispositivos de proteção contra surtos (DPS).
As medidas de proteção para qualquer ZPR devem estar em conformidade com a ABNT NBR 5419-4.
Uma eciente proteção contra sobretensões que causam falhas de sistemas internos pode ser também
obtida por meio de interfaces isolantes e/ou por um arranjo de DPS coordenados, que limitam estas
sobretensões a valores abaixo da tensão nominal suportável de impulso do sistema a ser protegido.
)
5 As interfaces isolantes e os DPS devem ser selecionados e instalados de acordo com os requisitos da
1
0
2/ ABNT NBR 5419-4.
5
0/
8
2
:
o
s
s
e
r
p
Im
4
0
2
2
3
5
o
d
i
d
e
P
(
3
1
-
1
0
0
0
/
2
0
4 .
7
0
.9
7
0
-
A
D
T
L
A
IC
F
Á
R
G
A
R
O
IT
D
E
T
E
R G
A
T
-
o
iv
s
lu
c
x
e
o
s
u
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Anexo A
(informativo)
Parâmetros da corrente das descargas atmosféricas
A.1 Descarga atmosférica para a terra

A.1.1 Existem dois tipos básicos de descargas atmosféricas:
)
a) descargas atmosféricas descendentes iniciadas por um líder descendente, da nuvem para a terra;
5
1
0
2/ b) descargas atmosféricas ascendentes iniciadas por um líder ascendente, de uma estrutura aterrada
5
0/ para a nuvem.
8
2
:
o Na maioria das vezes, as descargas atmosféricas descendentes ocorrem em locais planos e em
s
s
p
re estruturas mais baixas, enquanto que, para estruturas mais altas, as descargas atmosféricas
Im ascendentes tornam-se predominantes. Com a altura real, a probabilidade de uma descarga
4 atmosférica direta na estrutura aumenta (ver ABNT NBR 5419-2:2015, Anexo A) e as condições físicas
0
2
2
3 mudam.
5
o
d
d
i A.1.2 A corrente de descarga atmosférica consiste em um ou mais componentes diferentes:
e
P
(
3 a) impulsos com duração inferior a 2 ms (Figura A.1);
1
-
1
0
0 b) componentes longos com duração superior a 2 ms (Figura A.2).
0
/
2
0
4 .
7 90 %
0 ± i
.9
7
0
-
A
D
T I 50 %
L
A
IC
F
Á
R
G
10 %
A
R
O O1
IT
D T1
E t
T
E T2
R G IEC 2616/10
A
T
-
o Legenda
iv
s
lu O1 srcem virtual
c
x
e
o
s
I corrente de pico
u
ra T1 tempo de frente
a
p
a
r T2 tempo até o meio valor
l
p
m Figura A.1 – Denições dos parâmetros de um impulso de corrente (tipicamente T2 < 2 ms)
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
±i
Qlonga
10 % 10 %
T
Tlonga
IEC 2617/10
Legenda
)
5
0
1 Tlonga tempo de duração
2/
5
0
Qlonga carga da componente longa da descarga atmosférica
/
8
2
: Figura A.2 – Denições dos parâmetros da componente longa
o
s
s (tipicamente 2 ms < Tlonga < 1 s)
re
p
Im
Uma diferenciação complementar das componentes das descargas atmosféricas provém de suas
4
0 polaridades (positiva ou negativa) e de suas posições durante a descarga atmosférica (primeira
2
2
3
componente, componente subsequente e superposta). As componentes possíveis são indicadas na
5 Figura A.3 para descargas atmosféricas descendentes e na Figura A.4 para as ascendentes.
o
d
i
d
e
P
( ±i ±i
3
1
-
1
0
0
0
/ Primeira componente curta
2
0
4 .
7 Componente longa
0
.9
7
0
-
A
D
T Positivo ou negativo t Positivo ou negativo t
L
A
IC
F
Á
R
G
A
R
O -i -i
IT
D
E
T Componente curto
E
R G subsequente
A
T
-
o
iv
s
lu
c
x
e
Negativo t Negativo t
o
s
u
IEC 2618/10
ra
a
p
r
a
l Figura A.3 – Possíveis componentes de descargas atmosféricas descendentes
p
m (típicas em locais planos e em estruturas baixas)
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
± i ± i
Componentes curtos
superpostos
Componente curto
componente longa
Primeira
componente longa
Positivo ou negativo t Positivo ou negativo t
)
5
1 –i –i
0
2/
5
0/
8
2
: componentes curtas
o
s subseqüentes
s
e
r
p
Im
4
0
2
2
3
5 t t
o
Negativo Negativo
d
i
d
e
P
(
3
1
- ± i
1
0
0
0
/
2
0
4 .
7
0
.9
7 Somente uma
0
- componente longa
A
D
T
L
A
Positivo ou negativo t
IC
IEC 2619/10
F
Á
R
G Figura A.4 – Possíveis componentes de descargas atmosféricas ascendentes
A
R (típicas de estruturas mais altas ou expostas)
O
IT
D A componente adicional nas descargas atmosféricas ascendentes é a primeira componente longa,
E
T com ou sem impulsos superpostos (até algo em torno de dez impulsos). Mas todos os parâmetros
E
G de um impulso de corrente de uma descarga atmosférica
T
R
A descargas atmosféricas descendentes. Uma carga superiorascendente são inferiores
de uma componente longaàqueles das
de descargas
o
- atmosféricas ascendentes não foi conrmada até a revisão desta Norma. Desta forma, os parâmetros
iv da corrente de descargas atmosféricas ascendentes são considerados cobertos pelos valores
s
lu máximos das descargas atmosféricas descendentes. Uma avaliação mais precisa dos parâmetros da
c
x
o
e corrente de descargas atmosféricas e da dependência destes parâmetros com relação à altura estão
s em estudo, tanto para descargas atmosféricas descendentes como para ascendentes.
u
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
A.2 Parâmetros da corrente da descarga atmosférica

Os parâmetros da corrente da descarga atmosférica na ABNT NBR 5419 são baseados nos resultados
do “International Council on Large Electrical Systems (CIGRE)” fornecidos na Tabela A.1. Adistribuição
estatística destes parâmetros pode ser assumida como sendo a distribuição logarítmica normal.
O valor médio μ e a dispersão σlog correspondentes constam na Tabela A.2, e a função de distribuição
é apresentada na Figura A.5. Com base nisto, a probabilidade de ocorrência de qualquer valor de cada
parâmetro pode ser determinada.
Uma relação de polaridade de 10 % de descargas atmosféricas positivas e 90 % negativas

é assumida. A relação de polaridade é função do local. Se nenhuma informação é disponível, é
recomendada a relação fornecida.
)
Os valores da probabilidade de ocorrência de valores de pico da corrente de descarga atmosférica
5
1 que excedem os valores previamente considerados estão descritos na Tabela A.3.
0
2/
5
0/
8 Tabela A.1 – Valores tabulados dos parâmetros da corrente das descargas atmosféricas
2
: obtidos do CIGRE (Electra No. 41 ou No. 69*) [20], [21]
o
s
s
re Valor xado
Valores
p Tipo de componente da Linha na
Im
Parâmetro
4
para NP I 95% 50% 5% descarga atmosférica Figura A.5
0
2
2
3 4a 20a 90 Primeira curta negativa b 1A+1B
5
o
d
I (kA) 50 4,9 11,8 28,6 Subsequente negativa curta b 2
i
d
e 200 4,6 35 250 Primeira curta positiva (singela) 3
P
(
3 1,3 7,5 40 Descarga atmosférica negativa 4
1
- Qash (C)
1 300 20 80 350 Descarga atmosférica positiva 5
0
0
0
/
2 1,1 4,5 20 Primeiracurtanegativa 6
0
4 . Qcurta (C) 0,22 0,95 4 Subsequente negativa curta 7
7
0
.9 100 2 16 150 Primeira curta positiva (singela) 8
7
0
- 6 55 550 Primeiracurtanegativa 9
A
D
T
W/R (kJ/Ω) 0,55 6 52 Subsequente curta negativa 10
L
A 10000 25 650 15000 Primeiracurtapositiva 11
IC
F
Á
9,1 24,3 65 Primeira curta negativa b 12
R
di/dtmáx
G 9,9 39,9 161,5 Subsequentecurtanegativa b 13
A (kA/μs)
R 20 0,2 2,4 32 Primeiracurtapositiva 14
O
IT di/dt30/90 %
D 200 4,1 20,1 98,5 Subsequente curta negativa b 15
E (kA/μs)
T
E
R G Qlonga (C) 200 Longa
A (
Tlonga s) 0,5 Longa
T
-
o 1,8 5,5 18 Primeira curta negativa
iv Duração da frente
s 0,22 1,1 4,5 Subsequente curta negativa
lu de onda (μs)
c
x 3,5 22 200 Primeira curta positiva (singela)
e
o
s 30 75 200 Primeiracurtanegativa
u
ra Duração da
a 6,5 32 140 Subsequente curta negativa
p componente (μs)
r
a
l 25 230 2000 Primeira curta positiva (singela)
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Tabela A.1 (continuação)

Valor Valores Tipo de componente Linha na
Parâmetro xado
95% 50% 5% da descarga atmosférica Figura A.5
para NP I
Intervalo de
7 33 150 Múltiplos negativos
tempo (ms)
descarga atmosférica
0,15 13 1100
Duração total negativa
da descarga descarga atmosférica negativa
31 180 900
atmosférica (ms) (sem o impulso singelo)
14 85 500 descarga atmosférica positiva
)
5 a
0
1 Os valores I = 4 kA e I = 20 kA correspondem às probabilidades de 98 % e 80 %, respectivamente.
2/ b
5 Parâmetros e valores relevantes descritos na Electra Nº 69 [21].
0/
8
2
:
o
s
Tabela A.2 – Distribuição logarítmica normal dos parâmetros da corrente das descargas
s
re
atmosféricas – Média µ e dispersão σ log calculados para 95 % e 5 % dos valores a partir do
p
CIGRE (Electra No. 41 ou No. 69) [20], [21]
Im
4
0 Linha na
2 Média Dispersão Tipo de componente da descarga
2 Parâmetro Figura
3 atmosférica
5 μ σlog
o A.5
d
i
d
e
(61,1) 0,576 Primeira curta negativa (80 %) b 1A
P
( b
3 I (kA) 33,3 0,263 Primeira curta negativa (80 %)b 1B
1
- 11,8 0,233 Subsequente curta negativa 2
1
0
0 33,9 0,527 Primeira curta positiva (singela) 3
0
/
2 7,21 0,452 descarga atmosférica negativa 4
0
4 .
Qash (C)
7 83,7 0,378 descarga atmosférica positiva 5
0
.9 4,69 0,383 Primeiracurtanegativa 6
7
0
- Qcurta (C) 0,938 0,383 Subsequente curta negativa 7
A
D 17,3 0,570 Primeiracurtapositiva(singela) 8
T
L 57,4 0,596 Primeiracurtanegativa 9
A
IC W/R (kJ/Ω) 5,35 0,600 Subsequente curta negativa 10
F
Á 612 0,844 Primeiracurtapositiva 11
R
G
A
24,3 0,260 Primeira curta negativab 12
R di/dtmáx
O 40,0 0,369 Subsequente curta negativa b 13
IT
(kA/μs)
D 2,53 0,670 Primeiracurtapositiva 14
E
T di/dt30/90 %
E 20,1 0,420 Subsequente curta negativa b 15
R G (kA/μs)
A Qlonga (C) 200 Longa
T
- Tlonga (s) 0,5 Longa
o
iv
s Duração da 5,69 0,304 Primeira curta negativa
lu
c frente de onda 0,995 0,398 Subsequente curta negativa
x
e
o (μs) 26,5 0,534 Primeira curta positiva (singela)
s
u
Duração da 77,5 0,250 Primeira curta negativa
ra
a componente
p
r
a
l da descarga 30,2 0,405 Subsequente curta negativa
p
m atmosférica (μs)
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Tabela A.2 (continuação)
Média Dispersão Tipo de componente da descarga Linha na

Parâmetro
μ σlog atmosférica Figura A.5
224 0,578 Primeira curta positiva (singela)

Intervalo de
32,4 0,405 Múltiplasnegativas
tempo (ms)
Descarga atmosférica negativa
Duração total 12,8 1,175 (todos os tipos)
da descarga
Descarga atmosférica negativa (sem o
atmosférica 167 0,445
impulso singelo)
(ms)
) 83,7 0,472 Descarga atmosférica positiva
5
1
0 a
2/ σlog = log(X16 %) – log(X50 %), onde X é o valor do parâmetro.
5 b
0/ Parâmetros e valores relevantes descritos na Electra Nº 69 [21].
8
2
:
o
s
s
e
r Tabela A.3 – Valores da probabilidadeP em função da corrente I da descarga atmosférica
p
Im
4 I
0 P
2 (kA)
2
3
5
o
d
0 1
i
d
e
P 3 0,99
(
3
1
- 5 0,95
1
0
0
0
/ 10 0,9
2
0
4
7
. 20 0,8
0
.9 30 0,6
7
0
-
A 35 0,5
D
T
L 40 0,4
A
IC
F 50 0,3
Á
R
G 60 0,2
A
R
O 80 0,1
IT
D
E 100 0,05
T
E
R G 150 0,02
A
T
-
200 0,01
o
iv 300 0,005
s
lu
c
x
e 400 0,002
o
s
u 600 0,001
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
99,8
99,5
99
98
% 1A Parâmetros estabelecidos
e
d 95
a
d
iil 8 13
b 90
a 5
b
o
r
P 80
4 11
70
15
60
50
14
40
2 9
30
7 1B
20 12
) 3
5 10 10
1 6
0
2/ 5
5
0/
8 2
2
: 1
o
s 0,5
s
re 0,2
p
10 0 2 3 4 6 8 101 2 3 4 6 8 10 2 2 3 4 6 8 10 3 2 3 4 6 8 104
Im
4 Parâmetro
0
2 IEC 2620/10
2
3
5
o
d
NOTA Para a numeração das curvas, ver Tabelas A.1 e A.2.
i
d
e
P
(
3 Figura A.5 – Distribuição cumulativa de frequência dos parâmetros das correntes das
1
-
1 descargas atmosféricas (linhas com valores de 95 % a 5 %)
0
0
0
/
2
Todos os valores estabelecidos para os níveis de proteção NP fornecidos nesta Norma referem-se
0 tanto a descargas atmosféricas ascendentes como descendentes.
4 .
7
0
.9 NOTA Os valores dos parâmetros das descargas atmosféricas são geralmente obtidos por medições
7
0
- efetuadas em estruturas de grande altura. A distribuição estatística dos valores de pico da corrente de descarga
A
D
atmosférica, sem considerar o efeito das estruturas de grande altura, pode ser obtida de estimativas dos sistemas
T de localização de descargas atmosféricas.
L
A
IC
F
Á
R A.3 Estabelecendo os parâmetros máximos da corrente de descarga
G
A atmosférica para o nível de proteção NP I
R
O
IT
D A.3.1 Impulso positivo
E
T
E
R G Os efeitos mecânicos das descargas atmosféricas estão relacionados com a corrente de pico ( I) e
T
A com a energia especíca (W/R). Os efeitos térmicos estão relacionados com a energia especíca
- (W/R) quando ocorre um acoplamento resistivo e com a carga Q( ) quando ocorrem centelhamentos
o
iv na instalação. Sobretensões e centelhamentos perigosos causados por acoplamento indutivo estão
s
lu
c
x
relacionados com a taxa média de inclinação (di/dt) da frente de onda da corrente da descarga
e atmosférica.
o
s
u
ra Os parâmetros individuais I, Q, W/R, di/dt tendem a ser dominantes em cada mecanismo de
a
p
r defeito. Recomenda-se que isto seja levado em consideração por ocasião do estabelecimento dos
a
l
p procedimentos de ensaios.
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
A.3.2 Impulso positivo e componente longa
Os valores I, Q e W/R relacionados com os efeitos mecânicos e térmicos são determinados a partir
de descargas atmosféricas positivas, pois mesmo sendo menos frequentes, seus valores a 10 % são
bem mais elevados que aqueles correspondentes aos valores para 1 % das descargas atmosféricas
negativas. Da Figura A.5 (linhas 3, 5, 8, 11 e 14), os seguintes valores com probabilidades inferiores
a 10 % podem ser obtidos:
a ) I = 200 kA;
b) Qash = 300 C;
c) Qcurta = 100 C;
)
5
1
d) W/R = 10 MJ/Ω;
0
2/
5
0/ e) di/dt = 20 kA/μs.
8
2
:
o
s Para um primeiro impulso positivo conforme a Figura A.1, estes valores fornecem uma primeira
s
re aproximação do tempo de frente:
p
Im
4
0
T1 = I / (di/dt) = 10 μs (T1 é um parâmetro de interesse secundário).
2
2
3
5 Para uma componente com decaimento exponencial, as fórmulas seguintes são aplicáveis para o
o
d
d
i cálculo aproximado da carga e da energia T( 1 << T2):
e
P
(
3 Qcurta = (1/0,7) × I × T2
1
-
1
0
0
0 W/R = (1/2) × (1/0,7) × I2 × T2
/
2
0
4 .
7
0 Estas fórmulas, associadas aos valores anteriormente citados, conduzem a uma primeira aproximação
.9 do tempo necessário até meio valor:
7
0
-
A
D
T2 = 350 μs
T
L
A Para a componente longa, sua carga pode ser aproximadamente calculada por:
IC
F
Á
R Qlonga = Qash − Qcurta = 200 C
G
A
O
R Sua duração, segundo a Figura A.2, pode ser estimada a partir dos dados da Tabela A.1, como:
IT
D
E Tlonga = 0,5 s
T
E
R G A.3.3 Primeiro impulso negativo
A
T
- Para alguns efeitos de acoplamento indutivo, o primeiro impulso negativo leva a tensões induzidas
o
iv
s
mais altas, por exemplo, nos cabos no interior de dutos para cabeamento feitos de concreto armado.
lu Da Figura A.5 (linhas 1 e 12), os seguintes valores com probabilidades inferiores a 1 % podem ser
c
x
e utilizados:
o
s
u
ra
a
a) I = 100 kA;
p
r
a
l b) di/dt = 100 kA/µs.
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Para o primeiro impulso negativo de acordo com a Figura A.1, estes valores dão uma primeira
aproximação para os seus tempos de frente de onda de:
T1 = I / (di/dt) = 1,0 µs
Seu tempo até o meio valor pode ser estimado da duração da primeira componente de impulsos
negativos:
T2 = 200 µs (T2 é um parâmetro de interesse secundário)
A.3.4 Impulso subsequente
O valor máximo da taxa média de variação da corrente id/dt, relacionado com centelhamentos
) perigosos devido à acoplamento indutivo, é determinado a partir de componentes curtas subsequentes
5
0
1 de descargas atmosféricas negativas (pois seus valores com 1 % de ocorrência são um pouco mais
2/ elevados que os valores com 1 % de ocorrência das primeiras componentes negativas ou que os
5
0/ valores correspondentes com 10 % de ocorrência das descargas atmosféricas positivas). A partir da
8
2
:
o
Figura A.5 (linhas 2 e 15), os valores seguintes podem ser obtidos com probabilidades inferiores a 1 %:
s
s
re a) I = 50 kA;
p
Im
4
0
2
b) di/dt = 200 kA/μs.
2
3
5
o Para um impulso subsequente conforme a Figura A.1, estes valores fornecem uma primeira
d
i
d
e
aproximação do tempo de frente de onda:
P
(
3 T1 = I / (di/dt) = 0,25 μs
1
-
1
0
0
0
/ Seu tempo até meio valor pode ser estimado da duração dascomponentes dos impulsos subsequentes
2
0
4
negativos:
.
7
0
.9 T2 = 100 μs (T2 é um parâmetro de interesse secundário)
7
0
-
A
D
T
L A.4 Estabelecendo os parâmetros mínimos da corrente das descargas
A
IC atmosféricas
F
Á
R
G A ecácia de intercepção de um subsistema de captação depende dos valores mínimos dos parâmetros
A
R
das correntes das descargas atmosféricas e dos raios correspondentes da esfera rolante. As fronteiras
O geométricas de áreas protegidas contra quedas diretas de descargas atmosféricas podem ser
IT
D
E
determinadas pelo método da esfera rolante.
T
E
G Segundo o modelo
de picoeletrogeométrico, o raiode
dacorrente.
esfera rolante
R r (distância nal de salto) está relacionado
A com o valor do primeiro impulso Em um relatório de um grupo de trabalho do
T
o
- IEEE, a relação é fornecida como
iv
s
lu
c r = 10 × I 0,65 (A.1)
x
e
o
u
s onde
ra
a
p
r
r é o raio da esfera rolante, espresso em metros (m);
a
l
p
m
e
I é a corrente de pico, expressa em quiloampères (kA).
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Para um dado raio da esfera rolante r, pode ser assumido que todas as descargas atmosféricas
com valores de pico maiores que o valor de pico mínimo Icorrespondente são interceptadas pelos
captores naturais ou dedicados. Desta forma, a probabilidade para os valores de pico das primeiras
componentes positivas e negativas, obtida da Figura A.5 (linhas 1A e 3), é assumida como sendo a
probabilidade de interceptação. Levando em consideração a razão de polaridade de 10 %de descargas
atmosféricas positivas e 90 % de descargas atmosféricas negativas, a probabilidade total de interceptação
pode ser calculada (ver Tabela 5).
)
5
1
0
2/
5
0/
8
2
:
o
s
s
e
r
p
Im
4
0
2
2
3
5
o
d
i
d
e
P
(
3
1
-
1
0
0
0
/
2
0
4 .
7
0
.9
7
0
-
A
D
T
L
A
IC
F
Á
R
G
A
R
O
IT
D
E
T
E
R G
A
T
-
o
iv
s
lu
c
x
e
o
s
u
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Anexo B
(informativo)
Equação da corrente da descarga atmosférica em função do tempo para

efeito de análise
As formas de onda da corrente:

a) do primeiro impulso positivo 10/350 μs;
) b) do primeiro impulso negativo 1/200 μs;

5
1
0
2/ c) dos impulsos negativos subsequentes 0,25/100 μs
5
0/
8
2 podem ser denidas como:
:
o
s
s
e I t( /T )10 (B.1)
p
r
i =× ×1 10
− expT/t ( 2)
Im k 1 + (t / T1)
4
0
2
2
3 onde
5
o
d
i
d I é o valor de pico da corrente;
e
P
(
3 k é o fator de correção para o valor de pico de corrente;
1
-
1
0
0
0
/
t é o tempo;
2
0
4 .
7 T1 é a constante de tempo de frente;
0
.9
7
0
-
T2 é a constante de tempo de cauda.
A
D
L
T Para as formas de onda da corrente do primeiro impulso positivo, primeiro impulso negativo e para os
A impulsos negativos subsequentes para diferentes NP, são aplicados os parâmetros dados na Tabela B.1.
IC
F As curvas analíticas em função do tempo são mostradas nas Figuras B.1 a B.6.
Á
R
G
A Tabela B.1 – Parâmetros para a equação B.1
R
O
IT Impulso negativo
D Primeiro impulso positivo Primeiro Impulso negativo
E subsequente
T
E Parâmetros
R G NP NP NP
A
T I II IV
I-II I II III-IV I II III-IV
-
o
iv I (kA) 200 150 100 100 75 50 50 37,5 25
s
lu
c
x
e k 0,93 0,93 0,93 0,986 0,986 0,986 0,993 0,993 0,993
o
s
u
ra T1 (μs) 19,0 19,0 19,0 1,82 1,82 1,82 0,454 0,454 0,454
a
p
r
a
l T2 (μs) 485 485 485 285 285 285 143 143 143
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
100 %
90 %
5 µs
50 %
)
5
1
0
2/
5
0/
8 10 %
2
:
o
s 0%
s
e
r
p T1
t
Im
4
0 T2
2
2 IEC 2621/10
3
5
o
d
i
d
e Figura B.1 – Forma de onda da elevação da corrente do primeiro impulso positivo
P
(
3
1
-
1
0
0
0
/
2
0
4 . 100 %
7
0
.9
7 200 µs
0
-
A
D
T
L
A
IC
F
Á 50 %
R 50 %
G
A
R
O
IT
D
E
T
E
R G
A
T
- 0%
o
iv
s T2 t
lu
c
x IEC 2622/10
e
o
s
u
ra Figura B.2 – Forma de onda da cauda da corrente do primeiro impulso positivo
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
100 %
90 %
1 µs
50 %
)
5
1
0
2/
5
0/
8 10 %
2
:
o
s 0%
s
e
r
p T1 t
Im
4 T2
0
2
2 IEC 2623/10
3
5
o
d
i
d Figura B.3 – Forma de onda da elevação da corrente do primeiro impulso negativo
e
P
(
3
1
-
1
0
0
0
/
2
0
4 .
7
0
.9 100 %
7
0
- 50 µs
A
D
T
L
A
IC
i
F
Á
R 50 %
G
50 %
A
R
O
IT
D
E
T
E
R G
A
T
-
o 0%
iv
s
lu t
c
x T2
e
o
s
u IEC 2624/10
ra
a Figura B.4 – Forma de onda da cauda da corrente do primeiro impulso negativo
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
100 %
90 %
0,2 µs
50 %
)
5
1
0
2/
5
0/
8
2
:
o 10 %
s
s
e
r
p 0%
Im
4 T1
t
0
2
2
3 T2
5 IEC 2625/10
o
d
i
d
e
P
(
3 Figura B.5 – Forma de onda da elevação da corrente do impulso negativo subsequente
1
-
1
0
0
0
/
2
0
4 .
7
0
.9 100 %
7
0
-
A
D
T
L
A
IC
F
Á 50 µs
R
G 50 %
A 50 %
R
O
IT
D
E
T
E
R G
A
T
-
o
iv 0%
s
lu
c
x T2 t
e
o
s IEC 2626/10
u
ra
a Figura B.6 – Forma de onda da cauda da corrente do impulso negativo subsequente
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
A componente longa pode ser descrita como uma forma de onda retangular com uma corrente média
I e a duração Tlonga de acordo com a Tabela 3.
A densidade da amplitude da corrente da descarga atmosférica (Figura B.7) pode ser derivada das
curvas analíticas em função do tempo.
Faixa relevante de frequência

Para efeitos de LEMP
3
10
2 Primeira componente negativa

10 100 kA 1/200 µs
) 1
5 10
1
0
2/ e
5 d 0
0 u
/ itl 10
8 p Componente subsequente negativa 1
2 m 50 kA 0,25/100 µs f
: a )
o a z –1
s d H 10
s /
e
r e A
(
p d
a
d –2
Im i
s 10
4 n 1
0 e
2 D 2
2 –3
10 f
3
5 Primeira componente positiva
o 200 kA 10/350 µs
d
i –4
d 10
e
P
(
3 –5
1
- 10
1 1
10 10
2
10
3 4
10 10
5 6
10 10
7
0
0
0
/
2 Frequência f (Hz)
0
4 . IEC 2627/10
7
0
.9
7 Figura B.7 – Densidade da amplitude da corrente da descarga atmosférica de acordo
0
-
A
com o NP I
D
T
L
A
IC
F
Á
R
G
A
R
O
IT
D
E
T
E
R G
A
T
-
o
iv
s
lu
c
x
e
o
s
u
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Anexo C
(informativo)
Simulação da corrente da descarga atmosférica com a nalidade

de ensaios
C.1 Geral
Se uma estrutura é atingida por uma descarga atmosférica, a corrente da descarga atmosférica
)
5
é distribuída pela estrutura. Ao ensaiar componentes individuais de proteção, recomenda-se que isto
1 seja levado em consideração por meio da escolha apropriada dos parâmetros de ensaio para cada
0
2/
5 componente. Para esta nalidade, convém que seja feita uma análise do sistema.
0/
8
2
:
o
s
s C.2 Simulação da energia especíca do primeiro impulso positivo e da carga
re
p
Im
da componente longa
4
0
2
2 Os parâmetros de ensaios são denidos nas Tabelas C.1 e C.2, e um exemplo de gerador de ensaio
3
5 é mostrado na Figura C.1, o qual pode ser utilizado para simular a energia especíca do primeiro
o
d
i impulso positivo combinada com a carga da componente longa.
d
e
P
(
3 Os ensaios podem ser usados para avaliar a integridade mecânica, livre dos efeitos adversos de
1
-
1 aquecimento e fusão.
0
0
0
/
0
2 Os parâmetros de ensaios relevantes para a simulação do primeiro impulso positivo (valor de pico de
4 . corrente I, a energia especíca W/R, e a carga Qcurta) são dados na Tabela C.1. Recomenda-se que
7
0
.9
estes parâmetros sejam obtidos em um único impulso. Isto pode ser atingido por uma corrente com
7
0
-
decaimento aproximadamente exponencial comT2 na faixa de 350 μs.
A
D
T Os parâmetros relevantes para a simulação da componente longa (cargaQlonga e duração Tlonga) são
L
A dados na Tabela C.2.
IC
F
Á Dependendo do item sob ensaio e dos mecanismos de danos esperados, os ensaios para o primeiro
R
G impulso positivo ou para a componente longa podem ser aplicados individualmente ou como um ensaio
A
O
R combinado, onde a componente longa segue o primeiro impulso imediatamente. Recomenda-se que
IT ensaios para fusão com arco sejam feitos com ambas as polaridades.
D
E
T NOTA O primeiro impulso negativo não é utilizado para os propósitos de ensaios.
E
R G
A
T
-
o
iv
s
lu
c
x
e
o
s
u
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Chave de partida
L 100 µH a 300 µH
1,5 Ω 0,5 s
LP
20 µF Chave Item sob ensaio
Crowbar
RP
160 kV tensão de
600 V G
carga UL
R1 ≈ 0,1 Ω R2
Shunt
Gerador de corrente para a Gerador de corrente para a

primeira componente curta componente longa
) IEC 2847/10
5
1
0
2/ NOTA Valores aplicáveis para NP I.
5
0/
8
2
: Figura C.1 – Exemplo de gerador de ensaio para simulação da energia especíca do primeiro
o
s
s impulso positivo e da carga da componente longa
e
r
p
Im
4 Tabela C.1 – Parâmetros de ensaios para o primeiro impulso positivo
0
2
2 Parâmetrosdeensaio NP
3 Tolerância
5
o %
d
i I II III-IV
d
e
P
(
3 Valor de pico da correnteI (kA) 200 150 100 10
±
1
-
0
1 Carga Qcurta (C) 100 75 50 20
±
0
0
/
2 Energia especíca W/R (MJ/Ω) 10 5,6 2,5 ± 35
0
4 .
7
0
.9
7
0
Tabela C.2 – Parâmetros de ensaios para a componente longa
-
A Parâmetros de ensaio Nível de proteção
D Tolerância
T
L %
A I II III-IV
IC
F Carga Qlonga (C) 200 150 100 20
±
Á
R
G
A
Duração Tlonga s) ( 0,5 0,5 0,5 ± 10
R
O
IT
D
E
T
E
C.3 Simulação da taxa de variação da frente de onda de corrente dos impulsos
R G
A A taxa de variação da corrente determina a tensão induzida magneticamente em laços instalados
T
- perto de condutores que conduzem as correntes das descargas atmosféricas.
o
iv
s
lu
c
A taxa de variação da corrente de um impulso é denida como a elevação da corrente Δi durante o
x
e tempo de elevação Δt (Figura C.2). Os parâmetros de ensaio pertinentes para a simulação desta taxa
o
u
s de variação de corrente são dados na Tabela C.3. Exemplos de geradores de ensaios são mostrados
ra nas Figuras C.3 e C.4, os quais podem ser utilizados para simular a taxa de variação da frente de
a
p
r
onda das correntes associadas às descargas atmosféricas diretas. A simulação pode ser feita para o
a
l
p primeiro impulso positivo e para o impulso subsequente negativo.
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
NOTA Esta simulação cobre a taxa de variação da frente de onda de corrente dos impulsos. A cauda da
corrente não tem inuência neste tipo de simulação.
A simulação de acordo com C.3 pode ser aplicada independentemente ou em combinação com a
simulação de acordo com C.2.
Para informações adicionais sobre parâmetros de ensaios simulando os efeitos das descargas
atmosféricas em componentes de SPDA, ver Anexo D.
Tabela C.3 – Parâmetros de ensaios dos impulsos

NP Tolerância
Parâmetros de ensaio
I II III-IV %
)
5
1
0
2
Primeiro impulso positivo
/
5 Δi (kA) 200 150 100 ± 10
0/
8
:
2 Δt (μs) 10 10 10 ± 20
o
s
s
re
p
Im Impulsos subsequentes negativos
4
0
2
Δi (kA) 50 37,5 25 ± 10
2
3
5 Δt (μs) 0,25 0,25 0,25 ± 20
o
d
i
d
e
P
(
3
1
-
1
0
0
0
/
2
0
4
i
.
7
0
.9
7
0
-
A ∆i
D
T
L
A
IC
F
Á
R
G
A
R
O t
IT
D ∆t
E
T
E IEC 2628/10
R G
A
T Figura C.2 – Denição para a taxa de variação da corrente de acordo com a Tabela C.3
-
o
iv
s
lu
c
x
e
o
s
u
ra
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p
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l
p
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x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
2 µH 0,25 Ω
9 µH
300 kV
Tensão de
carga UL 10 µF
0,1 Ω
Gerador de corrente Item sob ensaio
NOTA Valores aplicáveis para NP I.

)
5
1
0
2/
5 Figura C.3 – Exemplo de gerador de ensaio para a simulação da taxa de variação da frente de
0/
8 onda do primeiro impulso positivo para itens sob ensaio de grande porte
2
:
o
s
s
re 6 µH 10 Ω
p
Im
4
0
2
2
3 9 µH
5
o 3,5 MV
d
i
d Tensão
e 10 nF
P de carga
(
3
1
-
1 0,1 Ω
0
0
0
/
2
0
4 .
7 Gerador tipo “Marx” Item sob ensaio
0
.9 IEC 2630/10
7
0
- NOTA Valores aplicáveis para NP I.
A
D
T
L
A Figura C.4 – Exemplo de gerador de ensaio para a simulação da taxa de variação da frente
IC de onda dos impulsos subsequentes negativos para itens sob ensaio de grande porte
F
Á
R
G
A
R
O
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D
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T
E
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A
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x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Anexo D
(informativo)
Parâmetros de ensaio para simular os efeitos da descarga atmosférica

sobre os componentes do SPDA
D.1 Geral
Este Anexo fornece os parâmetros básicos que podem ser utilizados em laboratórios para simulação
)
5
dos efeitos das descargas atmosféricas. Este Anexo cobre todos os componentes de umSPDA sujeitos
1 a toda ou a maior parte da corrente das descargas atmosféricas, e recomenda-se que seja utilizado em
0
2/
5 conjunto com as normas que especicam os requisitos e os ensaios para cada componente especíco.
0/
8
2
:
o
NOTA Parâmetros relevantes a certos aspectos do sistema (por exemplo, a coordenação dos dispositivos
s de proteção contra surtos) não são considerados neste Anexo.
s
re
p
Im
4
0 D.2 Parâmetros de corrente relevantes ao ponto de impacto
2
2
3
5
o
d
Os parâmetros das correntes das descargas atmosféricas que exercem maior inuência na integridade
i
d
e
física de um SPDA são, em geral, o valor de pico da correnteI, a carga Q, a energia especíca W/R,
P
(
3 a duração T ede
a taxa
1
- mecanismos falha,de variação
como médiaem
analisado dadetalhe
corrente di/dseções
nas t. Cada seguintes.
parâmetro Os
tende a dominardediferentes
parâmetros corrente
1
0
0
a serem considerados para ensaios são combinações destes valores, selecionados para representar,
0
/
2
em laboratório, o mecanismo de falha real da parte do SPDA sob ensaio. Os critérios para a seleção
0
4 . das grandezas importantes são dados em D.5.
7
0
.9
7
0
A Tabela D.1 apresenta os valores máximos de I, Q, W/R, T e di/dt a serem considerados para ensaios
- em função do nível de proteção requerido.
A
D
T
L
A
IC
F
Á
R
G
A
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ABNT NBR 5419-1:2015
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E
ABNT NBR 5419-1:2015
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x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
D.3 Distribuição da corrente

Os parâmetros dados na Tabela D.1 são pertinentes à corrente do raio no ponto de impacto.
Na realidade, a corrente ui para a terra por mais de um caminho, uma vez que, normalmente, há
vários condutores de descidas e condutores naturais em um SPDA externo. Além disso, diferentes
linhas e tubulações metálicas adentram uma estrutura protegida (tubulações de água e gás,
linhas de energia e sinal etc.). Para a determinação dos parâmetros da corrente real uindo em
componentes especícos em um SPDA, a distribuição da corrente tem que ser levada em conta.
Preferencialmente, a amplitude da corrente e a forma de onda por meio de um componente em um
local especíco do SPDA devem ser avaliadas. Quando uma avaliação individual não for possível,
os parâmetros de corrente podem ser avaliados por meio dos seguintes procedimentos.
Para a avaliação da distribuição da corrente em um SPDA externo, deve-se adotar o fator de

)
conguração kc (ver ABNT NBR 5419-3:2015, Anexo C). Este fator fornece uma estimativa
5 da distribuição da corrente da descarga atmosférica uindo pelos condutores de descidas de um
1
0
2
5
/ SPDA externo sob as piores condições.
0/
8
:
2 Para a avaliação da distribuição da corrente na presença de partes condutoras externas e linhas de
o
s
s energia e sinal conectadas à estrutura protegida, devem ser adotados os valores aproximados deke
re e k’e considerados no Anexo E.
p
Im
4
0
2
A abordagem descrita acima é aplicável para a avaliação do valor de pico da corrente que ui por um
2
3 caminho particular para a terra. O cálculo dos outros parâmetros da corrente é fornecido a seguir:
5
o
d
d
i Ip = k × I (D.1)
e
P
(
3 Qp = k × Q (D.2)
1
-
1
0
0
/
0
(W/R)p = k2 × (W/R) (D.3)
2
0
4 .
7
 d i (D.4)
= k ×
0 di
.9
7
  
0 dt p dt
-
A
D
L
T onde
A
IC
F xp é o valor da quantidade considerada (corrente de pico Ip, carga Qp, energia especíca
Á
R (W/R)p, taxa de variação da corrente (d i/dt)p), pertinente a um caminho particular para a
G
A terra “p”;
R
O
IT x é o valor de uma quantidade considerada (corrente de pico I, carga Q, energia especíca
D
T
E (W/R), taxa de variação da corrente (d i/dt)), pertinente à corrente total da descarga
E
R G atmosférica;
A
T
-
k é o fator de distribuição da corrente:
o
iv
lu
s kc para SPDA externo (ver ABNT NBR 5419-3:2015, Anexo C)
c
x
e
o
s
ke, k’e na presença de partes condutoras externas e linhas de energia e de
u telecomunicações que adentram a estrutura protegida (ver Anexo E).
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
D.4 Efeitos da corrente da descarga atmosférica e possíveis danos
D.4.1 Efeitos térmicos
Os efeitos térmicos associados às correntes da descarga atmosférica são relativos ao aquecimento

resistivo causado pela circulação de corrente elétrica por meio de condutores e pelo aquecimento
gerado por arcos no ponto de impacto e em todas as partes isoladas de um SPDA envolvidas no
desenvolvimento de arcos (por exemplo, em centelhadores).
D.4.1.1 Aquecimento resistivo

O aquecimento resistivo aparece em qualquer componente de um SPDA conduzindo uma parte
signicativa da corrente da descarga atmosférica. A área mínima da seção dos condutores deve ser
suciente para prevenir sobreaquecimento dos condutores a um nível que possa representar perigo
)
5
1 de incêndio nas imediações. Apesar dos aspectos térmicos descritos em D.4.1, a suportabilidade
0
2/ mecânica e os critérios de durabilidade também devem ser considerados para as partes expostas às
5
0/ condições atmosféricas e/ou corrosão. A avaliação do aquecimento do condutor devido à corrente da
8
:
2 descarga atmosférica é algumas vezes necessária quando problemas possam surgir devido ao risco
o
s
s de ferimentos às pessoas e danos de fogo ou explosão.
e
r
p
Im
A seguir, são dadas orientações para se avaliar a elevação de temperatura dos condutores submetidos
4
0 às correntes da descarga atmosférica.
2
2
3
5 Uma aproximação analítica é apresentada a seguir:
o
d
i
d
e A potência instantânea dissipada como aquecimento em um condutor devido à corrente elétrica é:
P
(
3
1
- P(t) = i2(t) × R (D.5)
1
0
0
0
/
0
2 A energia térmica gerada por um pulso completo da descarga atmosférica é, portanto, a resistência
4
7
. ôhmica de um caminho da descarga atmosférica por meio de um componente considerado do SPDA
0
.9 multiplicado pela energia especíca do pulso, sendo expressa em joule ou watt × segundo.
7
0
-
A
D
T
W=R ∫
× i 2 (t ) × dt (D.6)
L Em uma descarga atmosférica, as fases de alta energia especíca da descarga atmosférica têm
A
IC durações tão curtas que a geração de qualquer aquecimento na estrutura não pode ser signicativame
nte
F
Á
R
dispersa durante o evento, sendo o fenômeno, portanto, considerado adiabático.
G
A
R
A temperatura dos condutores de um SPDA pode ser avaliada como a seguir:
O
IT 1   W R × α × ρ0 
D θ − θ0 = exp  q 2 × γ × C  − 1 (D.7)
T
E α  w 
E
G Os valoresem
característicos dos parâmetros
R
A
utilizados SPDA, são dados na Tabelafísicos descritos na Equação (D.7), para diferentes materiais
D.2, onde:
T
-
o
iv
θ – θ0 é a elevação de temperatura dos condutores, expressa em kelvins (K)
s
lu
c
x α é o coeciente de temperatura da resistência (1/K)
e
o
s
u W/R é a energia especíca do impulso de corrente, expressa em joule por ohms (J/ Ω)
ra
a
p
r ρ0 é a resistência ôhmica especíca de um condutor na temperatura ambiente, expressa em
a
l
p ohm . metro (Ωm)
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
q é a área da seção de um condutor, expressa em metros quadrados (m 2)

γ é a densidade do material, expressa em quilogramas por metro cubico (kg/m 3)
Cw é a capacidade térmica, expressa em joule por quilograma . kelvin (J/kgK)
Cs é o calor latente da fusão, expresso em joule por quilograma (J/kg)
θs é a temperatura de fusão, expressa em graus Celsius (°C)
Tabela D.2 – Características físicas de materiais típicos utilizados em componentes de SPDA

Material
Grandeza
Alumínio Açodoce Cobre Açoinoxidável a
)
5
0
1 ρ0 [Ωm] 29 × 10-9 120 × 10-9 17,8 × 10-9 700 × 10-9
2/
5
0
α [1/K] 4,0 × 10-3 6,5 × 10-3 3,92 × 10-3 0,8 × 10-3
/
8
:
2 γ [kg/m3] 2700 7700 920
8 000
8
o
s
s θs [°C] 658 1 530 1 080 1 500
re
p
Im
Cs [J/kg] 397 × 103 272 × 103 209 × 103 –
4
0
2 Cw [J/kgK] 908 469 385 500
2
3
5 a
o Material austenítico (aço de alta liga para suportar fortes desgastes por impacto produzido
d
i
d nos equipamentos de mineração, de construção, movimentacão de terra, etc. Em geral, o
e
P
(
austenítico é usado só para peças fundidas de forma simples), não magnético.
3
1
-
1
0
0
A Tabela D.3 apresenta, como um exemplo de aplicação desta equação, a elevação da temperatura
0
/ de condutores feitos de diferentes materiais, em função de W/R e da área da seção do condutor.
2
0
4 .
7
0
.9 Tabela D.3 – Elevação de temperatura para condutores de diferentes seções
7
0 em função de W/R
-
A
D Material
T
L
A Alumínio Açodoce Cobre Açoinoxidável a
Seção
IC
F
Á (mm2) W/R (MJ/Ω) W/R (MJ/Ω) W/R (MJ/Ω) W/R (MJ/Ω)
R
G
A 2,5 5,6 10 2,5 5,6 10 2,5 5,6 10 2,5 5,6 10
R
O
IT 4 – – – – – – – – – – – –
D
E
T 10 564 – – – – – 169 542 – – – –
E
R G 16 146 454 – 1120 – – 56 143 309 – – –
A
T
- 25 52 132 283 211 913 – 22 51 98 940 – –
o
iv
s
lu
c
50 12 28 52 37 96 211 5 12 22 190 460 940
x
e
o 100 3 7 12 9 20 37 1 3 5 45 100 190
s
u
a Material austenítico (aço de alta liga para suportar fortes desgastes por impacto produzido nos
ra
a
p equipamentos de mineração, de construção, movimentacão de terra, etc. Em geral, o austenítico é
r
a
l usado só para peças fundidas de forma simples), não magnético.
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
A descarga atmosférica típica é caracterizada por uma descarga curta (tempo até o meio valor de
algumas centenas de microssegundos) e um alto valor de pico de corrente. Sob tais circunstâncias,
convém que o efeito pelicular também seja levado em consideração. Entretanto, na maioria dos casos
práticos referentes aos componentes do SPDA, as características dos materiais (permeabilidade
magnética dinâmica do condutor do SPDA) e ascongurações geométricas (área da seção do condutor
do SPDA) reduzem a contribuição do efeito pelicular na elevação de temperatura do condutor a níveis
desprezíveis.
O componente mais importante da descarga atmosférica para este mecanismo de aquecimento é a
primeira descarga de retorno.
D.4.1.2 Danos térmicos no ponto de impacto
Danos térmicos no ponto de impacto podem ser observados em todos os componentes de um SPDA
)
5
1
nos quais o desenvolvimento de um arco acontece, isto é, nos sistemas de captação, em centelhadores
0 etc.
2/
5
0/
8
2 A fusão e a erosão de materiais podem ocorrer no ponto de impacto. Na realidade, na região de
:
o
s contato entre arco e metal, há um grande aumento térmico oriundo desta região do arco, assim
s
re como uma concentração de aquecimento ôhmico em função da alta densidade de corrente no metal.
p
Im
A maioria da energia térmica é gerada na superfície do metal ou muito próxima a esta. O calor gerado
4
0
nas proximidades da região de contato do arco excede o calor que pode ser absorvido pelo metal
2
2
3
por condução, e o excesso é perdido na fusão ou vaporização do metal ou irradiado. A severidade do
o
5 processo está relacionada à amplitude da corrente e à sua duração.
d
i
d
e D.4.1.2.1 Geral
P
(
3
1
-
1 Vários modelos teóricos têm sido desenvolvidos para o cálculo dos efeitos térmicos no ponto de
0
0
0 impacto do canal da descarga atmosférica em superfícies metálicas. Este documento, por motivo
/
0
2 de simplicidade, apresenta somente o modelo de queda de tensão “anodo-catodo”. A aplicação
4
7
. deste modelo é particularmente efetiva para chapas de metal nas. Em todos os casos, ele fornece
0
.9 resultados conservativos uma vez que é postulado que toda a energia injetada no ponto de impacto do
7
0
-
raio é utilizada para fundir ou vaporizar o material condutor, desprezando a difusão do calor no metal.
A Outros modelos introduzem a dependência dos danos no ponto de impacto da descarga atmosférica
D
L
T com a duração do impulso de corrente.
A
IC D.4.1.2.2 Modelo da queda de tensão “anodo-catodo”
F
Á
R
G Assume-se que a entrada de energia W na região de contato do arco é dada pela queda de tensão
A
O
R “anodo-catodo” ua,c multiplicada pela cargaQ da corrente da descarga atmosférica:
IT ∞ ∞
D
(D.8)
T
E
E
W = ∫u ct
a, (× i)t ×dt
= ( u×) a,
c × it dt ∫ ()
R G 0 0
A
T
-
o Como ua,c é razoavelmente constante na faixa de corrente aqui considerada, a carga da corrente da
iv
s descarga atmosférica (Q) é a principal responsável pela conversão de energia na região de contato
lu
c
x do arco.
e
o
s
u A queda de tensão “anodo-catodo” ua,c tem um valor de algumasdezenas de volts.
ra
a
p Em uma abordagem simplicada, assume-se que toda a energia desenvolvida na região de contato
r
a
l
p do arco é utilizada somente para a fusão. A seguinte Equação (D.9) utiliza esta suposição, mas leva a
m
e
x
um superestimado volume de metal fundido.
E
ABNT NBR 5419-1:2015
u a,c × Q 1
V= (D.9)
γ c w ( θ su− θ +) c s
onde
V é o volume de metal fundido, expresso em metros cúbicos (m 3)
ua,c é a queda de tensão “anodo-catodo” (assumido como constante) , expressa em volts [V]
Q é a carga da corrente da descarga atmosférica, expressa em coulombs [C]

γ é a densidade do material, expressa em quilograma por metros cúbicos [kg/m 3]
Cw é a capacidade térmica, expressa em joule por quilograma . kelvin [J/kgK]
)
5
1
0
2
θs é a temperatura de fusão, expressa em graus Celsius [°C]
/
5
0/
8
2
θu é a temperatura ambiente, expressa em graus Celsius [°C]
:
o
s Cs é o calor latente de fusão, expressa em joules por quilogramas [J/kg]
s
re
p
Im Os valores característicos dos parâmetros físicos descritos na Equação (D.9), para diferentes materiais
4
0
2
utilizados em SPDA, estão registrados na Tabela D.2.
2
3
o
5 Basicamente, a carga a ser considerada é a soma da carga da corrente de retorno e da corrente de
d
i continuidade. Experiências de laboratório têm mostrado que os efeitos da corrente de retorno têm
d
e
P
(
menor importância se comparados com os efeitos da corrente de continuidade.
3
1
-
1 D.4.2 Efeitos mecânicos
0
0
0
/
2 Os efeitos mecânicos causados pela corrente da descarga atmosférica dependem da amplitude e
0
4 .
7 da duração da corrente, assim como pelas características elásticas da estrutura mecânica afetada.
0
.9
7
Dependem também das forças de atrito que atuam entre as partes do SPDA em contato uma com as
0
- outras, se pertinente.
A
D
L
T D.4.2.1 Interação magnética
A
IC Forças magnéticas ocorrem entre dois condutores conduzindo correntes ou onde um condutor
F
Á
R
conduzindo corrente forma um ângulo ou um laço.
G
A Quando uma corrente ui por meio de umcircuito, a amplitude das forças eletrodinâmicas desenvolvidas
R
O nas várias posições do circuito depende da amplitude da corrente da descarga atmosférica e da
IT
D
E
conguração geométrica do circuito. O efeito mecânico destas forças, entretanto, depende não
T
E
somente das suas amplitudes, mas também da forma geral da corrente, sua duração, assim como da
R G conguração geométrica da instalação.
A
T
- D.4.2.1.1 Forças eletrodinâmicas
o
iv
s
lu
c
Forças eletrodinâmicas desenvolvidas pela corrente “i” uindo por condutores paralelos por um longo
x trecho de comprimento l e distância d (laço longo e estreito), como mostrado na Figura D.1, podem ser
e
o calculadas aproximadamente pela equação a seguir:
s
u
ra
p
a µ0 l l (D.10)
a
r F( t ) = × i 2×( t=) × × 2 10× −7 i 2( t )
l
p
2π d d
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
onde
F(t) é a força eletrodinâmica, expressa em newtons (N);
i é a corrente, expressa em ampères (A);

μ0 é a permeabilidade magnética do ar (4 π × 10-7 H/m);
l é o comprimento dos condutores, expresso em metros (m);
d é a distância entre os trechos retos paralelos dos condutores, expressa em metros (m).
l
)
5
1
0
2/
5
0/
8
2 d
:
o
s
s
re
p
Im
4
0
2
2
3
5 i ou –i
o
d
i
d
e
P
( IEC 2631/10
3
1
-
1 Figura D.1 – Arranjo geral de dois condutores para o cálculo da força eletrodinâmica
0
0
0
/
0
2 Um exemplo típico em um SPDAé o arranjo de condutores nos cantos simétricos, formando um ângulo
4
7
. de 90° um com o outro, com uma abraçadeira posicionada nas vizinhanças do canto, como mostrado
0 na Figura D.2. O diagrama dos esforços para esta conguração é mostrado na FiguraD.3. A força axial
.9
7 no condutor horizontal tende a puxar o condutor para fora da abraçadeira. O valor numérico da força
0
-
A ao longo do condutor horizontal, considerando o valor de pico da corrente de 100 kA e o comprimento
D
L
T do condutor vertical de 0,5 m, é mostrado na Figura D.4.
A
IC
F
Á
R
G
A
R
O
IT
D
E l
T
E
R G a
a
A
T
-
o
iv
s
lu l
c
x
e
o
s IEC 2632 10
u
ra NOTA No exemplo em questão, a cota “a” mostra o local de uma eventual emenda capaz de suportar os
a esforços calculados neste ponto.
p
r
a
l
p
m Figura D.2 – Arranjo de condutor típico em um SPDA
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
IEC 2633/10
)
5
1
0 Figura D.3 – Diagrama de esforços F para a conguração da Figura D.2
2/
5
0/
8 80
2
:
o 70
s
s
re ) 60
p m
/
Im N50
4 (k
0 ' 40
2 F
2 30
3
5
o 20
d
i
d 10
e
P
(
3 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
1
-
1 l (m)
0 IEC 2634/10
0
0
/
2 NOTA Considerado o valor de pico de corrente de 100 kA e o comprimento do condutor vertical de 0,5 m.
0
4 .
7
0
.9 Figura D.4 – Força por unidade de comprimento F’ ao longo do condutor horizontal
7
0
- da Figura D.2
A
D
T D.4.2.1.2 Efeitos das forças eletrodinâmicas
L
A
IC Em termos da amplitude da força aplicada, o valor instantâneo da força eletrodinâmica, F(t),
F
Á
R é proporcional ao quadrado da corrente instantâneaI(t)2. Em termos de desenvolvimento dos esforços
G
A
na estrutura mecânica do SPDA, expresso pelo produto da deformação elástica δ(t) e a constante
O
R elástica k da estrutura do SPDA, os dois seguintes efeitos devem ser considerados. A frequência
IT natural mecânica (associada ao comportamento elástico da estrutura do SPDA), e a deformação
D
E permanente da estrutura do SPDA (associada ao seu comportamento plástico) são os parâmetros
T
E mais importantes. Além disso, em muitos casos, o efeito das forças de atrito da estrutura é importante.
R G
A
T
-
A amplitude das vibrações da estrutura elástica do SPDA causada pela força eletrodinâmica
o desenvolvida por uma corrente de descarga atmosférica pode ser avaliada por meios de equações
iv
lu
s diferenciais de segunda ordem, sendo que o fator-chave é a relação entre a duração do impulso de
c
x
e
corrente e o período da oscilação mecânica natural da estrutura do SPDA. A condição típica encontrada
o
s
em instalações de SPDA consiste em períodos de oscilação natural da estrutura muito maiores do que
u
aqueles da força aplicada (duração do impulso de corrente da descarga atmosférica). Neste caso, os
ra
p
a esforços mecânicos máximos ocorrem depois do término do impulso de corrente e têm um valor de
r
a
l pico que permanece mais baixo do que aquele da força aplicada, e podem, na maioria dos casos, ser
p
m desprezados.
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Uma deformação plástica ocorre quando os esforços de tensionamento excedem o limite elástico do
material. Se o material que compõe a estrutura do SPDA é dúctil, como alumínio ou cobre recozido,
as forças eletrodinâmicas podem deformar os condutores nos cantos e laços. Os componentes do
SPDA devem, portanto, ser projetados para suportar estas forças e mostrar essencialmente um
comportamento elástico.
O esforço mecânico total aplicado à estrutura do SPDA depende da integral no tempo da força aplicada
e, portanto, da energia especíca associada com o impulso de corrente, mas depende também da
forma de onda do impulso de corrente e da sua duração (comparada com o período de oscilação
natural da estrutura). Todos estes parâmetros devem, portanto,ser levados em conta duranteos ensaios.
D.4.2.2 Danos devido às ondas de choque acústicas
Quando a corrente de uma descarga atmosférica ui por meio de um arco, uma onda de choque
) é produzida. A severidade do choque é dependente do valor de pico e da taxa de subida da corrente.
5
1
0
2/ Em geral, os danos devido à onda de choque acústica são insignicantes nas partes metálicas do
5
0/ SPDA, mas podem causar danos nas proximidades.
8
2
:
o D.4.3 Efeitos combinados
s
s
re
p
Im
Na prática, ambos os efeitos, térmicos e mecânicos, ocorrem simultaneamente. Se o aquecimento
4
0
do material dos componentes (hastes, grampos etc.) é suciente para amolecer os materiais, danos
2 muito maiores podem ocorrer. Em casos extremos, o condutor pode se fundir explosivamente e causar
2
3
o
5 danos consideráveis nas proximidades da estrutura. Se a seção reta do metal é suciente para suportar
d
d
i toda a ação seguramente, somente a integridade mecânica deve ser vericada.
e
P
(
3 D.4.4 Centelhamento
1
-
1
0
0
0 Em geral, o centelhamento é importante em ambientes inamáveis ou na presença de materiais
/
0
2 combustíveis. Para os componentes do SPDA, na maioria dos casos práticos, o centelhamento não
4 . é crítico.
7
0
.9
7
0
Dois tipos diferentes de centelhamento podem ocorrer: centelhamento térmico e centelhamento por
-
A
tensão. O centelhamento térmico ocorre quando uma corrente muito alta é forçada a passar por
D
T
uma junção entre dois materiais condutores. A maioria dos centelhamentos térmicos ocorre perto das
L extremidades dentro de uma junção se a pressão da interface é bastante baixa; a causa primária é
A
IC a alta densidade de corrente e a pressão inadequada da interface. A intensidade do centelhamento
F
Á
R
térmico é associada à energia especíca e, portanto, a fase mais crítica da descarga atmosférica
G é a primeira descarga de retorno. O centelhamento por tensão ocorre quando a corrente é forçada
A
R a tomar caminhos curvos, por exemplo, dentro de uma junção, se a tensão induzida nestes laços
O
IT exceder a tensão disruptiva entre as partes metálicas. A tensão induzida é proporcional à indutância
D
E própria multiplicada pela taxa de subida da corrente da descarga atmosférica. A componente mais
T crítica da descarga atmosférica para o centelhamento por tensão é, portanto, a descarga atmosférica
E
R G subsequente negativa.
A
T
-
o
iv D.5 Componentes do SPDA, problemas relevantes e parâmetros de ensaios
s
lu
c
x
e
o D.5.1 Geral
s
u
ra Os sistemas de proteção contra descargas atmosféricas são construídos por vários componentes
a
p diferentes, cada qual com uma função especíca dentro do sistema. A natureza dos componentes e
r
a
l
p os esforços especícos aos quais eles estão sujeitos requerem considerações especiais no preparo
m
e
x
de ensaios de laboratórios para vericar seus desempenhos.
E
ABNT NBR 5419-1:2015
D.5.2 Captação
Os efeitos no subsistema de captação surgem de ambos os efeitos: mecânicos e térmicos (como

discutido a seguir, em D.5.3, mas deve ser notado que uma alta parcela da corrente da descarga
atmosférica ui no condutor de captação atingido) e também, em alguns casos, efeitos de erosão
de arcos, particularmente em componentes naturais de SPDA, como coberturas metálicas nas ou
acabamentos metálicos de paredes (onde perfuração ou elevação de temperatura na superfície interna
pode ocorrer) e condutores suspensos.
Para efeitos de erosão de arcos, dois parâmetros de ensaios principais devem ser considerados: a
carga da componente longa da descarga atmosférica e sua duração.
A carga impõe a entrada de energia na região de contato do arco. Em particular, as descargas

)
atmosféricas de longa duração mostram-se as mais severas para este efeito, enquanto que as
5
1 descargas atmosféricas de curta duração podem ser desprezadas.
0
2/
5
0/ A duração da corrente tem um importante papel no fenômeno de transferência de calor para
8
:
2 o material. A duração da corrente aplicada durante os ensaios deve ser comparável às das descargas
o
s
s atmosféricas de longa duração (0,5 s a 1 s).
re
p
Im D.5.3 Descidas
4
0
2
2
3
5
Os efeitos em condutores de descida causados pelas descargas atmosféricas podem ser divididos em
o
d
i
duas categorias principais:
d
e
P
(
3 a) efeitos térmicos devido ao aquecimento resistivo;
1
-
1
0
0
b) efeitos mecânicos relacionados às interações magnéticas, onde a corrente da descarga atmosférica
0
/ é dividida entre condutores posicionados próximos um do outro, ou quando há mudanças de
2
0
4 .
direção da corrente (dobras ou conexões entre condutores posicionados em um dado ângulo, um
7
0 em relação ao outro).
.9
7
0
- Na maioria dos casos, estes dois efeitos atuam independentemente um do outro, e ensaios de
A
D
T
laboratório separados podem ser feitos para se vericar cada efeito. Esta aproximação pode ser
L
A
adotada em todos os casos em que o aquecimento desenvolvido pela passagem da corrente das
IC descargas atmosféricas não modique substancialmente as características mecânicas.
F
Á
R
G D.5.3.1 Aquecimento resistivo
A
R
O Cálculos e medições do aquecimento de condutores de diferentes seções retas e materiais causado
IT
D
E
pelo uxo da corrente da descarga atmosférica têm sido publicados por vários autores. Os principais
T resultados em termos de curvas e formulas estão resumidos em D.4.1.1. Nenhum ensaio de laboratório
E
R G é, portanto, necessário, em geral, para vericar o comportamento de um condutor sob o ponto de vista
T
A de elevação de temperatura.
-
o
iv
s
Em todos os casos para os quais um ensaio de laboratório é requisitado, as seguintes considerações
lu devem ser levadas em conta:
c
x
e
o
u
s a) os parâmetros principais de ensaio a serem considerados são a energia especíca e a duração
ra
a
da corrente de impulso;
p
r
a
l
p b) a energia especíca determina a elevação de temperatura devido ao aquecimento por efeito
m
e Joule causada pela passagem da corrente da descarga atmosférica. Valores numéricos a serem
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
considerados são aqueles relevantes à primeira descarga atmosférica. Dados conservativos são
obtidos considerando-se descargas atmosféricas positivas;
c) a duração da corrente de impulso tem uma inuência decisiva no processo de troca de calor com
respeito ao ambiente ao redor do condutor considerado. Na maioria dos casos, a duração do
impulso de corrente é tão curta que o processo de aquecimento pode ser considerado adiabático.
D.5.3.2 Efeitos mecânicos
aComo discutido
corrente em D.4.2.1,
da descarga as interações
atmosférica. mecânicas
A força são desenvolvidas
é proporcional ao produto entre condutores
das correntes conduzindo
que uem pelos
condutores (ou ao quadrado da corrente se um condutor com dobra simples for considerado) e é
inversamente proporcional à distância entre os condutores.
)
5
Uma situação usual, onde um efeito visível pode ocorrer, é quando um condutor forma um laço ou é
1
0
2
dobrado. Quando este condutor conduz a corrente da descarga atmosférica, ele é submetido a uma
/
5
0
força mecânica que tentará estender o laço e endireitar o canto e então dobrá-lo para fora. A magnitude
/
8
2
desta força é proporcional ao quadrado da amplitude de corrente. Uma distinção clara deve ser feita,
: entretanto, entre a força eletrodinâmica, a qual é proporcional ao quadrado da amplitude da corrente,
o
s
s e o esforço correspondente que depende das características elásticas da estrutura mecânica do SPDA.
e
r
p Para estruturas do SPDA de frequências naturais relativamente baixas, o esforço desenvolvido dentro
Im
4 da estrutura do SPDA deve ser consideravelmente mais baixo que a força eletrodinâmica. Neste caso,
0
2
2 nenhum ensaio de laboratório é necessário para vericar o comportamento de um condutor dobrado
3
5 em um ângulo reto sob o ponto de vista mecânico, desde que as áreas das seções transversais
o
d
i prescritas nesta Norma sejam cumpridas.
d
e
P
(
3 Em todosas
os seguintes
casos paraconsiderações
os quais um ensaio
1
-
1
dúcteis), devemdeser
laboratório
levadas éem
requerido (especialmente
consideração. para materiais
Três parâmetros da
0
0
0 primeira descarga atmosférica de retorno devem ser considerados: a duração, a energia especíca da
/
0
2 corrente de impulso e, no caso de sistemas rígidos, a amplitude da corrente.
4 .
7
0 A duração do impulso de corrente, comparado com o período da oscilação mecânica natural da
.9
7
0 estrutura do SPDA, determina o tipo de resposta mecânica do sistema em termos de deslocamento:
-
A
D
T
a) se a duração do impulso é muito menor que o período de oscilação mecânica natural da estrutura
L do SPDA (caso normal para estruturas de SPDA submetidas aos impulsos de descargas
A
IC atmosféricas), a massa e a elasticidade do sistema impedem que a estrutura seja deslocada
F
Á apreciavelmente, e o esforço mecânico relevante é essencialmente relacionado à energia
R
G especíca do impulso de corrente. O valor de pico do impulso de corrente tem um efeito limitado;
A
R
O b) se a duração do impulso é comparável ou maior que o período da oscilação mecânica natural
IT
D
E
da estrutura, o deslocamento do sistema é mais sensível à forma de onda do esforço aplicado:
T neste caso, o valor de pico do impulso de corrente e sua energia especíca necessitam ser
E
R G reproduzidos durante o ensaio.
A
T
- A energia especíca de um impulso de corrente determina o esforço que causa as deformações
o
iv
s
elástica e plástica da estrutura do SPDA. Os valores numéricos a serem considerados são aqueles
lu
c
relevantes à primeira componente da descarga atmosférica.
x
e
o Os valores máximos do impulso de corrente determinam a extensão do deslocamento máximo da
s
u
ra
estrutura do SPDA, no caso de sistemas rígidos com alta frequência de oscilação natural. Os valores
a
p numéricos a serem considerados são aqueles pertinentes à primeira componente da descarga
r
a
l
p
atmosférica.
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
D.5.3.3 Componentes de conexão
Os componentes de conexão entre condutores adjacentes de um SPDA são possíveis pontos fracos,
térmicos e mecânicos, sujeitos a altíssimos esforços.
No caso de um conector instalado de maneira a fazer com que o condutor forme um ângulo reto,
os efeitos principais dos esforços estão associados às forças mecânicas as quais tendem a endireitar o
conjunto de condutores e vencer as forças de atrito entre os componentes de conexão e os condutores,
tracionando as conexões, podendo, portanto, abri-las. É possível que ocorram arcos nos pontos de
contato de
corrente diferentes
sobre partes.
pequenas Além disto,
superfícies o efeito
de contato temde
umaquecimento causado pela concentração da
efeito não desprezível.
Ensaios de laboratório têm mostrado que é difícil separar os efeitos um do outro, uma vez que uma
complexa interação de efeitos se estabelece: a resistência mecânica é afetada pela fusão localizada
)
5
da área de contato; deslocamentos relativos entre partes dos componentes de conexão promovem a
0
1 ocorrência de arcos e a consequente geração de calor intenso.
2/
5
0/ Na ausência de um modelo válido, os ensaios de laboratório devem ser conduzidos de forma a
8
:
2 representar o mais próximo possível os parâmetros adequados da corrente da descarga atmosférica
o
s
s nas situações mais críticas, isto é, os parâmetros da corrente da descarga atmosférica devem ser
e
p
r aplicados por meio de um único ensaio elétrico.
Im
4
0
Três parâmetros devem ser considerados neste caso: o valor de pico, a energia especíca e a duração
2
2 do impulso de corrente.
3
5
o Os valores máximos do impulso de corrente determinam a força máxima, ou a extensão do deslocamento
d
i
d
e máximo da estrutura do SPDA, se a força de tração eletrodinâmica exceder as forças de atrito. Os
P
(
3 valores numéricos
1
-
1
atmosférica. Dadosaconservativos
serem considerados são aqueles
são obtidos pertinentes
considerando-se à primeira componente
as descargas atmosféricas da descarga
positivas.
0
0
0
/ A energia especíca de um impulso de corrente determina o aquecimento nas superfícies de contato,
2
0 onde a corrente se concentra em áreas pequenas. Os valores numéricos a serem considerados são
4 .
7
0 aqueles pertinentes a primeira componente da descarga atmosférica. Dados conservativos são obtidos
.9
7
0
considerando-se as descargas atmosféricas positivas.
-
A
D
A duração do impulso de corrente determina o deslocamento máximo da estrutura, depois que as
T
L forças de atrito são excedidas, e tem um importante papel no fenômeno de transferência de calor
A dentro do material.
IC
F
Á
R D.5.3.4 Aterramento
G
A
R Os problemas reais com eletrodos de aterramento são relacionados com corrosão química e danos
O
IT mecânicos causados por outras forças que não as eletrodinâmicas. Em casos práticos, a erosão do
D
E eletrodo de aterramento na região de contato de arcos é de menor importância. Deve-se, portanto,
T considerar que, contrariamente à captação, um SPDA típico tem vários componentes em contato
E
R G com a terra, e a corrente de da descarga atmosférica é dividida entre vários eletrodos, causando
A
T assim efeitos menos importantes associados a arcos. Dois parâmetros de ensaios principais devem ser
-
o considerados neste caso:
iv
s
lu a) a carga determina a entrada de energia na região de contato do arco. Em particular, a contribuição
c
x
e da primeira descarga atmosférica pode ser desprezada, uma vez que descargas de longa duração
o
s
u apresentam-se como mais severas para este subsistema;
ra
a
p
r
b) a duração do impulso de corrente tem um papel importante no fenômeno de transferência de
a
l calor para o material. A duração dos impulsos de corrente aplicados durante os ensaios deve ser
p
m
e comparável às durações das descargas atmosféricas de longa duração (0,5 s a 1 s).
x
E
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D.6 Dispositivo de proteção contra surtos (DPS)
D.6.1 Geral
Os efeitos dos esforços em um DPS causados pelas descargas atmosféricas dependem do tipo de
DPS considerado, com atenção especial à presença ou ausência deum centelhador.
D.6.2 DPS contendo centelhadores
Os efeitos em centelhadores causados pelas descargas atmosféricas podem ser divididos em duas
categorias importantes:
a) a erosão dos eletrodos dos centelhadores por aquecimento, fusão e vaporização do material;
)
5 b) os esforços mecânicos causados pela onda de choque da descarga atmosférica.
1
0
2/
5 É extremamente difícil investigar estes efeitos separadamente, uma vez que ambos são relacionados
0/
8 com os principais parâmetros da corrente da descarga atmosférica por meio de relações complexas.
2
:
o
s
s Para centelhadores, os ensaios de laboratório devem ser conduzidos de maneira que representem
e
r
p o mais próximo possível, os parâmetros da corrente das descargas atmosféricas na situação mais
Im crítica, isto é, todos os parâmetros adequados da corrente da descarga devem ser aplicados por meio
4
0
2 de um estresse elétrico único.
2
3
5
o Cinco parâmetros devem ser considerados neste caso: o valor de pico, a carga, a duração, a energia
d
i
d especíca e a taxa de subida do impulso de corrente.
e
P
(
3 O valor de pico de corrente determina a severidade da onda de choque. Os valores numéricos a
1
-
0
1 serem considerados são aqueles pertinentes à primeira componente da descarga atmosférica. Dados
0
0
/
conservativos são obtidos considerando-se as descargas atmosféricas positivas.
2
0
4
7
. A carga determina a entrada de energia no arco. A energia do arco vai aquecer, fundir e possivelmente
0
.9 vaporizar parte do material do eletrodo no ponto de contato do arco. Os valores numéricos a serem
7
0
-
considerados são aqueles pertinentes à descarga atmosférica completa. Entretanto, a carga da
A componente de longa duração da corrente pode ser desprezada em muitos casos, dependendo da
D
L
T conguração do sistema de fornecimento de energia (TN, TT ou IT).
A
IC A duração do impulso de corrente controla o fenômeno de transferência de calor para a massa do
F
Á
R eletrodo e a consequente propagação da frente de onda de fusão.
G
A
R A energia especíca do impulso de corrente determina a autocompressão magnética do arco e a física
O
IT dos jatos de plasma no eletrodo, desenvolvidos na interface entre a superfície do eletrodo e o arco
D (os quais podem expelir uma signicante quantidade de material fundido). Os valores numéricos a
E
T
E
serem considerados são aqueles pertinentes à primeira componente da descarga atmosférica. Dados
R G conservativos são obtidos considerando-se as descargas atmosféricas positivas.
A
T
- NOTA Para centelhadores utilizados em sistemas de fornecimento de energia, a possível amplitude
o
iv da corrente subsequente à frequência industrial constitui um importante fator de estresse, e recomenda-se,
s
lu
c
por sua vez, que seja levado em consideração.
x
e
o
u
s D.6.3 DPS contendo varistores de óxido metálico
ra
a
p O esforço nos varistores de óxido metálico causados pelas descargas atmosféricas pode ser dividido
r
a
l
p
em duas categorias principais: sobrecarga e descarga disruptiva. Cada categoria é caracterizada
m
e
pelos modos de falha gerados por diferentes fenômenos e dominados por diferentes parâmetros. A
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
falha de um DPS de óxido metálico é relacionada com as suas características mais fracas, sendo,
portanto, improvável que ocorra uma sinergia entre diferentes esforços danosos. É, portanto, aceitável
realizar ensaios separados para vericar o comportamento em cada condição de falha.
Sobrecargas são causadas por uma quantidade de energia absorvida que excede a capacidade do
dispositivo. O excesso de energia considerado aqui é relacionado aos próprios esforços impostos pela
descarga atmosférica. Entretanto, para DPS conectado aos sistemas de fornecimento de energia,
a corrente subsequente injetada no dispositivo pelo sistema de potência imediatamente após a
passagem da corrente da descarga atmosférica pode também apresentar um importante papel nos
danos fatais do DPS. Finalmente, um DPS pode ser fatalmente danicado pela instabilidade térmica
sob a tensão aplicada relativa ao coeciente de temperatura negativo das características volt-ampère
dos resistores. Para a simulação de sobrecarga de varistores de óxido metálico, o parâmetro principal
a ser considerado é a carga.
)
5
1 A carga determina a entrada de energia no bloco do resistor de óxido-metálico, considerando a
0
2/ tensão residual do bloco do resistor de óxido-metálico uma constante. Os valores numéricos a serem
5
0/ considerados são aqueles relevantes à descarga atmosférica.
8
2
:
o
s
s Descargas disruptivas e trincas sãocausadas pela amplitude dosimpulsos de corrente que excedem
e
r as capacidades dos resistores. O modo de falha é geralmente evidenciado por uma descarga disruptiva
p
Im externa sobre a isolação do bloco, algumas vezes penetrando no interior do bloco resistor e causando
4
0 uma trinca ou uma cavidade perpendicular à superfície da isolação do bloco. A falha é principalmente
2
2
3 relacionada com o colapso das propriedades dielétricas da isolação do bloco resistor.
5
o
d
d
i Para a simulação do fenômeno da descarga atmosférica, dois parâmetros principais devem ser
e
P
( considerados: o valor máximo e a duração do impulso de corrente.
3
1
-
0
1 O valor máximo do impulso de corrente determina, por meio do nível de tensão residual corresp
ondente,
0
0
/ se o esforço dielétrico máximo na isolação do resistor é excedido. Os valores numéricos a serem
2
0
4
considerados são aqueles pertinentes à primeira componente da descarga atmosférica. Dados
.
7
0
conservativos são obtidos considerando-se as descargas atmosféricas positivas.
.9
7
0
- A duração dos impulsos de corrente determina a duração da aplicação dos esforços dielétricos na
A isolação do resistor.
D
T
L
A
IC
F
Á D.7 Resumo dos parâmetros de ensaios a serem adotados nos ensaios de
R
G componentes de SPDA
A
R
O A Tabela D.1 resume os aspectos mais críticos de cada componente do SPDA durante o desempenho
IT
D
E
da sua função e fornece os parâmetros da corrente da descarga atmosférica a serem reproduzidos
T em ensaios de laboratório.
E
R G
A Os valores numéricos dados na Tabela D.1 são pertinentes aos parâmetros das descargas atmosféricas
T
- de importância no ponto de impacto.
o
iv
s
lu Os valores de ensaios devem ser calculados considerando a distribuição da corrente a qual pode ser
c
x
e expressa por meio de um fator de distribuição de corrente, como apresentado em D.3.
o
s
u
ra Os valores numéricos dos parâmetros a serem utilizados durante os ensaios podem, portanto,
a
p
r
ser calculados com base nos dados fornecidos na Tabela D.1, aplicando-se os fatores de redução
a
l relacionados com a distribuição de corrente, como expresso pelas fórmulas descritas em D.3.
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Anexo E
(informativo)
Surtos devido às descargas atmosféricas em diferentes pontos da

instalação
E.1 Visão geral

Recomenda-se que, para o dimensionamento de condutores, DPS e aparelhos, a intensidade dos
)
5
surtos em um ponto particular da instalação seja determinada. Os surtos podem surgir das correntes
1 das descargas atmosféricas (parcialmente) e dos efeitos de indução dos laços da instalação.
0
2/
5 Recomenda-se que o nível de surto seja menor do que o nível de suportabilidade dos componentes
0/
8
2
utilizados (denidos por ensaios adequados conforme necessário).
:
o
s
s
re
p E.2 Surtos devido às descargas atmosféricas na estrutura (fonte de danos S1)
Im
4
0
2 E.2.1 Surtos uindo por meio de partes condutoras externas e linhas conectadas à
2
3
5 estrutura
o
d
i
d
e A corrente da descarga atmosférica, quando conduzida para terra, é dividida entre o sistema de
P
(
3 aterramento, as partes condutoras externas e as linhas externas, diretamente ou por meio de DPS
1
-
0
1 conectados a elas.
0
0
/
0
2 Se IF = ke × I (E.1)
4 .
7
0
.9 é a parte da corrente da descarga atmosférica pertinente a cada parte condutora ou linha externa,
7
0
-
então o fator de divisão da corrente ke depende de:
A
D
L
T a) o número de caminhos paralelos;
A
IC b) suas impedâncias convencionais de aterramento para as partes enterradas ou suas resistências de
F
Á
R aterramento para as partes aéreas, onde estas partes se conectem com outras partes enterradas;
G
A
O
R c) a impedância convencional de aterramento do subsistema de aterramento.
IT
D
E Z
T
E
ke =
Z
G Para instalação enterrada: Z1Z+ × n n+ 1× 2 1
 (E.2)
R
A Z2 
T
-
o
iv Z
lu
s ke =
c Para
instalação
aérea:  Z2  (E.3)
x 2 + ×  +2 ×
ZZnn 1 
o
e  Z1 
s
u
ra
p
a onde
r
a
l
m
p Z é a impedância convencional de aterramento do subsistema de aterramento;
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Z1 é a impedância convencional de aterramento das partes externas ou linhas externas

(Tabela E.1) instaladas enterradas;
Z2 é a resistência de terra do arranjo de aterramento que conecta a linha aérea à terra.

Se a resistência de terra do ponto de aterramento não for conhecida, o valor deZ1 pode
ser utilizado (observando, na Tabela E.1, a resistividade do solo no ponto de aterramento).
NOTA 1 Assume-se que o valor de ke é o mesmo em cada ponto de aterramento. Se este não for o caso,
recomenda-se que sejam utilizadas equações mais complexas.
n1 é o número total de partes externas ou linhas enterradas;
n2 é o número total de partes externas ou linhas aéreas;
) I é a corrente da descarga atmosférica pertinente ao nível de proteção (NP) considerado.

5
1
0
2/
5
0
Assumindo, como uma primeira aproximação, que metade da corrente da descarga atmosférica ui no
/
8
2 subsistema de aterramento e que Z2 = Z1, o valor de ke pode ser estimado para uma parte condutora
:
o
s
externa ou linha externa por:
s
e
r
p ke = 0,5 / (n1 + n2) (E.4)
Im
4
0
2
2
Se as linhas que adentram a estrutura (por exemplo, linhas elétricas e de sinal) não são blindadas
3
5 ou não estão instaladas em condutos metálicos, cada condutor da linha conduz uma parte igual da
o
d
i corrente da descarga atmosférica.
d
e
P
(
3 k’e = ke / n’ (E.5)
1
-
1
0 sendo n’ o número total de condutores.
0
0
/
2
0
4 . Para linhas blindadas e interligadas na entrada, os valores do fator de divisão de corrente k’e para
7
0
.9
cada condutor de uma linha blindada são dados por:
7
0
-
A
k’e = ke × RS / (n’ × RS + RC) (E.6)
D
T
L
A
onde
IC
F
Á RS é a resistência ôhmica por unidade de comprimento da blindagem;
R
G
A RC é a resistência ôhmica por unidade de comprimento do condutor interno.
R
O
IT
D NOTA 2 Esta fórmula pode subestimar o papel da blindagem no desvio da corrente da descarga atmosférica
E
T devido à indutância mútua entre o condutor interno e a blindagem.
E
R G
A
T
-
o
iv
s
lu
c
x
e
o
s
u
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Z e Z1 de acordo com a
Tabela E.1 – Valores de impedâncias convencionais de aterramento
resistividade do solo
Impedância convencional de aterramento relativa ao tipo de

ρ Z1a
SPDAb
Z
Ωm Ω Ω
I II III – IV
≤ 100 8 4 4 4
200 11 6 6 6
500 16 10 10 10
) 1 000 22 10 15 20
5
1
0 2 000 28 10 15 40
2/
5 3 000 35 10 15 60
0/
8
2
: NOTA Os valores apresentados nesta tabela se referem à impedância convencional de aterramento de um condutor
o
s enterrado sob condição de impulso (10/350 µs).
s
e
r
p a
Im
Valores referidos a partes externas com comprimento acima de 100 m. Para comprimentos de partes
4 externas inferiores a 100 m em solos de alta resistividade (> 500
Ωm), os valores de Z1 podem ser o dobro.
0
2 b
2 Subsistema de aterramento conforme a ABNT NBR 5419-3:2015, 5.4.
3
5
o
d
i
d
e
P
( E.2.2 Fatores que inuenciam a divisão da corrente da descarga atmosférica em
3
1
-
linhas de energia
1
0
0
0
/
2
Para cálculos detalhados, vários fatores podem inuenciar a amplitude e a forma dos surtos:
0
4 .
7
0 a) o comprimento do cabo pode inuenciar a divisão da corrente e as características da forma de
.9 onda devido à relação L/R;
7
0
-
A
D b) diferentes impedâncias decondutores de neutro e fase podem inuenciar a divisão da corrente ao
T
L longo dos condutores da linha;
A
IC
F
Á
NOTA 1 Por exemplo, se o condutor neutro (N) tem múltiplos aterramentos, a menor impedância do N
R comparada com os condutores de fases L1, L2, e L3 pode resultar em 50 % da corrente uindo por meio do
G
A condutor N com os 50 % restantes sendo dividido pelos outros três condutores de fase (17 % cada). Se N,
R L1, L2, e L3 possuem a mesma impedância, cada condutor irá conduzir aproximadamente 25 % da corrente.
O
IT
D
E c) diferentes impedâncias de transformador podem inuenciar a divisão de corrente (este efeito pode
T
E ser desprezado se o transformador for protegido por DPS que curto-circuita a sua impedância);
R G
A
T
-
d) a relação entre as resistências convencionais de aterramento do transformador e dos itens do lado
o da carga pode inuenciar a divisão de corrente (quanto menor a impedância do transformador,
iv
lu
s maior será o surto de corrente uindo para o sistema de alimentação de baixa tensão);
c
x
e
o
s
e) consumidores emparalelo causamuma redução da impedância efetivado sistema de alimentação
u de baixa tensão; isto pode aumentar a parcela da corrente da descarga atmosférica que ui para
ra
p
a este sistema.
r
a
l
p NOTA 2 Ver ABNT NBR 5419-4:2015, Anexo D, para maiores informações.
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
E.3 Surtos pertinentes às linhas conectadas à estrutura
E.3.1 Surtos devido às descargas atmosféricas nas linhas (fonte de danos S3)
Para descargas atmosféricas diretas nas linhas conectadas, a divisão da corrente da descarga
atmosférica em ambas as direções da linha e a ruptura da isolação devem ser levadas em conta.
A seleção do valor de Iimp pode ser baseada nos valores dados nas Tabelas E.2 e E.3, para sistemas
de baixa tensão, e Tabela E.3, para sistemas de sinais, onde os valores preferenciais de Iimp são
associados com o nível de proteção (NP).
Tabela E.2 – Surtos de correntes devido às descargas atmosféricas previstos em sistemas

de baixa tensão
)
5
1 Sistemas de baixa tensão
0
2/
5 Descargas Descargas
0/ Descargas atmosféricas diretas e
8 atmosféricas perto atmosféricas na
2
: indiretas na linha
o
s
da estruturaa estruturaa
s
e
r
p Fonte de danos
NP Fonte de danos
Im S4 (descarga Fonte de danos S2 Fonte de danos S1
4 (classe) S3 (descarga
0 atmosférica (corrente induzida) (corrente induzida)
2
2 atmosférica direta)b
3
5
indireta)c Forma de onda da Forma de onda da
o Forma de onda da
d
i Forma de onda da corrente: corrente:d
d corrente:
e corrente: 8/20 µs 8/20 µs
P
( 10/350 µs
3 8/20 µs kA kA
1
-
kA
1 kA
0
0
0
/ III - IV 5 2,5 0,1 5
2
0
4
7
. II 7,5 3,75 0,15 7,5
0
.9
7 I 10 5 0,2 10
0
-
A NOTA Todos os valores referidos a cada condutor da linha.
D
T a
L O roteamento do laço dos condutores e a distância da corrente indutora afetam os valores dos surtos de corrente
A
IC
previstos. Os valores da Tabela E.2 referem-se a laço fechado de condutores não blindados e com diferentes
F
Á
roteamentos em grandes edifícios (áreas de laços da ordem de 50 m 2, largura = 5 m), a 1 m da parede, dentro de
R uma estrutura não blindada ou edifício com SPDA ( kc = 0,5). Para outras características de laço e de estrutura, os
G
A valores podem ser multiplicados pelos fatores KS1, KS2, KS3 (ver ABNT NBR 5419-2:2015, B.4).
R b
O Valores pertinentes ao caso onde a descarga atmosférica atinge o último poste da linha perto do consumidor e linha
IT de vários condutores (três fases + neutro).
D
E c
T Valores referidos a linhas aéreas. Para linhas enterradas, os valores podem ser a metade.
E
R G d A resistência e a indutância do laço afetam a forma de onda da corrente induzida. Onde a resistência do laço for
A desprezível, a forma de onda 10/350 µs pode ser assumida. Este é o caso onde um DPS do tipo de chaveamento é
T
- instalado no circuito induzido.
o
iv
s
lu
c
x
e
o
s
u
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Tabela E.3 – Surtos de correntes devido às descargas atmosféricas previstos em sistemas

de sinais
Sistemas de sinaisa
Descargas Descargas
Descargas atmosféricas diretas e
atmosféricas perto atmosféricas na
indiretas na linha
da estruturab estruturab
NP Fonte de danos S3 Fonte de danos S4

Fonte de danos S2 Fonte de danos S1
(classe) (descarga c (descarga d (corrente induzida) (corrente induzida)
atmosférica direta) atmosférica indireta)
Forma de onda da Forma de onda da
Forma de onda da Forma de onda da
corrente: corrente:
corrente: corrente:
8/20 µs 8/20 µs
10/350 µs 8/20 µs
)
5 kA kA
1 kA kA
0
2/
5
0
III - IV 1 0,035 0,1 5
/
8
2 II 1,5 0,085 0,15 7,5
:
o
s
s
e
r
I 2 0,16 0,2 10
p
Im NOTA Todos os valores referidos a cada condutor da linha.
4
0
2 a Ver recomendação K.67 do ITU-T[19] para mais informações.
2
3
5 b O roteamento do laço dos condutores e a distância da corrente indutora afetam os valores dos surtos de
o
d
i corrente previstos. Os valores da Tabela E.3 referem-se a laço fechado de condutores não blindados e
d
e
P com diferentes roteamentos em grandes edifícios (áreas de laços da ordem de 50 m 2, largura = 5 m), a 1 m
(
3 da parede da estrutura, dentro de uma estrutura não blindada ou edifício com SPDA (kc = 0,5). Para outras
1
-
1 características de laço e de estrutura, os valores podem ser multiplicados pelos fatores KS1, KS2, KS3
0
0 (ver ABNT NBR 5419-2:2015, B.4).
0
/
2 c Valores referidos a linhas não blindadas com muitos pares. Para os externos não blindados (o “drop”),
0
4 . os valores podem ser cinco vezes maiores.
7
0 d
.9 Valores referidos a linhas aéreas não blindadas. Para linhas enterradas, os valores podem ser a metade.
7
0
-
A Para linhas blindadas, os valores das sobrecorrentes dados na Tabela E.2 podem ser reduzidos por
D
L
T um fator de 0,5.
A
IC NOTA Assume-se que a resistência da blindagem é aproximadamente igual à resistência de todos os
F
Á condutores da linha em paralelo.
R
G
A
R
O E.3.2 Surtos devido às descargas atmosféricas próximas às linhas (fonte de danos S4)
IT
D
T
E Os surtos das descargas atmosféricas próximas às linhas possuem energias muito menores do que
E
R G aqueles associadas às descargas atmosféricas diretas na linha (fonte de danos S3).
A
T
-
As sobrecorrentes previstas, associadas a um nível de proteção (NP) especíco, são dadas nas
o
iv
Tabelas E.2 e E.3.
s
lu
c
x
e
Para linhas blindadas, os valores de sobrecorrentes dados nas Tabelas E.2 e E.3 podem ser reduzidos
o
s
por um fator 0,5.
u
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
E.4 Surtos devido aos efeitos de indução (fontes de danos S1 ou S2)
E.4.1 Geral
Surtos devido aos efeitos de indução de campos magnéticos gerados pelas descargas atmosféricas
nas imediações (fonte S2), ou da corrente da descarga atmosférica uindo no SPDA externo ou em
uma blindagem espacial da ZPR 1 (fonte S1), têm uma forma de onda de corrente tipicamente de 8/20
μs. Estes surtos devem ser considerados próximos de ou no terminal do dispositivo dentro da ZPR 1
e na interface das ZPR 1/2.
E.4.2 Surtos dentro de uma ZPR 1 não blindada
Dentro de uma ZPR 1 não blindada (por exemplo, protegida somente por um SPDA externo de acordo
)
5 com a ABNT NBR 5419-3 com uma largura de malha maior que 5 m), surtos de intensidades relati-
1
0
2
vamente altas são previstos devido aos efeitos de indução dos campos magnéticos não amortecidos.
/
5
0/
8
2
As sobrecorrentes previstas, associadas aos níveis de proteção (NP), são fornecidas nas Tabelas E.2
: e E.3.
o
s
s
re
p
Im
E.4.3 Surtos dentro de ZPR blindadas
4
0
2 Dentro de ZPR com blindagem espacial efetiva (o que requer largura de malha abaixo de 5 m de
2
3
5 acordo com a ABNT NBR 5419-4:2015, Anexo A, a geração de surtos devido aos efeitos de indução
o
d
d
i dos campos magnéticos é fortemente reduzida. Nestes casos, os surtos são muito menores do que
e aqueles dados em E.4.2.
P
(
3
1
-
1 Dentro da ZPR 1 os efeitos de indução são menores devido ao efeito de amortecimento da sua
0
0
/
0 blindagem espacial.
2
0
4
7
. Dentro da ZPR 2 os surtos são ainda mais reduzidos devido ao efeito cascata de ambas as blindagens
0
.9 espaciais de ZPR 1 e ZPR 2.
7
0
-
A
D
T E.5 Informações gerais relativas aos DPS
L
A
IC
F O uso de DPS depende da sua capacidade de suportabilidade, classicada na ABNT NBR IEC 61643-1,
Á
R para sistemas de energia, e na IEC 61643-21, para sistemas de sinais.
G
A
O
R Os DPS a serem utilizados de acordo com as suas posições na instalação são como a seguir:
IT
D
E a) no ponto de entrada da linha na estrutura (na periferia da ZPR 1, por exemplo, no quadro de
T
E distribuição principal):
R G
A
T — DPS ensaiado com Iimp (forma de onda de corrente típica 10/350), por exemplo, DPS ensaiado
-
o de acordo com a classe I;
iv
s
lu
c
x — DPS ensaiado com In (forma de onda de corrente típica 8/20), por exemplo, DPS ensaiado
e
o de acordo com a classe II.
s
u
ra b) perto do dispositivo a ser protegido (na periferia daZPR 2 e superior, por exemplo, no quadro de
a
p
a
l
r distribuição secundário ou em uma tomada):
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
— DPS ensaiado com Iimp (forma de onda de corrente típica 10/350), por exemplo, DPS ensaiado
de acordo com a classe I para DPS de potência;
— DPS ensaiado com In (forma de onda de corrente típica 8/20), por exemplo, DPS ensaiado
de acordo com a classe II;
— DPS ensaiado com a onda combinada (corrente típica forma de onda de corrente 8/20), por
exemplo, DPS ensaiado de acordo com a classe III.
)
5
1
0
2/
5
0/
8
2
:
o
s
s
e
r
p
Im
4
0
2
2
3
5
o
d
i
d
e
P
(
3
1
-
1
0
0
0
/
2
0
4 .
7
0
.9
7
0
-
A
D
T
L
A
IC
F
Á
R
G
A
R
O
IT
D
E
T
E
R G
A
T
-
o
iv
s
lu
c
x
e
o
s
u
ra
a
p
r
a
l
p
m
e
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
Bibliograa
[1] ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão
[2] ABNT NBR 6323, Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido – Especicação
[3] ABNT NBR 13571, Haste de aterramento aço-cobreado e acessórios
[4] ABNT NBR 15749, Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície do solo
em sistemas de aterramento
)
5 [5] ABNT NBR IEC 60079-10-1, Atmosferas explosivas – Parte 10-1: Classicação de áreas –
1
0
2
Atmosferas explosivas de gás
/
5
0/
8
2 [6] ABNT NBR IEC 60079-10-2, Atmosferas explosivas – Parte 10-2: Classicação de áreas –
:
o
s
Atmosferas de poeiras combustíveis
s
e
r
p
Im
[7] ABNT NBR IEC 60079-14, Atmosferas explosivas – Parte 14: Projeto, seleção e montagem de
4
0 instalações elétricas
2
2
3
5
o
[8] ABNT NBR IEC 61643-1, Dispositivos de proteção contra surtos em baixa tensão – Parte 1:
d
i
d Dispositivos de proteção conectados a sistemas de distribuição de energia de baixa tensão –
e
P
( Requisitos de desempenho e métodos de ensaio
3
1
-
1 [9] IEC 60364 (all parts), Low-voltage electrical installations
0
0
0
/
2
0 [10] IEC/TS 60479 (all parts), Effects of current on human beings and livestock
4 .
7
0
.9
7
0
[11] IEC 60664-1, Insulation coordination for equipment within low-voltage systems – Part 1: Principles,
- requirements and tests
A
D
T
L
A
[12] IEC 61000-4-5, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-5: Testing and measurement
IC techniques – Surge immunity test
F
Á
R
G
A
[13] IEC 61400-24, Wind turbines – Part 24: Lightning protection
R
O
IT [14] IEC 61557-4, Electrical safety in low-voltage distribution systems up to 1 000 V a.c. and 1 500 V
D
E d.c. – Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures – Part 4: Resistance
T
E of earth connection and equipotential bonding
R G
A
T
-
[15] IEC 61643-12, Low-voltage surge protective devices – Part 12: Surge protective devices connected
o to low-voltage power distribution systems – Selection and application principles
iv
s
lu
c
x
e [16] IEC 61643-21, Low-voltage surge protective devices – Part 21: Surge protective devices connected
o to telecommunications and signalling networks – Performance requirements and testing methods
s
u
ra
a
p
r
[17] IEC 62305 (all parts), Protection against lightning
a
l
p
m
e [18] IEC 62561(all parts), Lightning protection system components (LPSC)
x
E
ABNT NBR 5419-1:2015
[19] ITU-T Recommendation K.67, Expected surges on telecommunications and signalling networks
due to lightning
[20] BERGER K., ANDERSON R.B., KRÖNINGER H., Parameters of lightning ashes. CIGRE Electra
No 41 (1975), p. 23 – 37
[21] ANDERSON R.B., ERIKSSON A.J., Lightning parameters for engineering application. CIGRE
Electra No 69 (1980), p. 65 – 102
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Arquivo de impressão gerado em 06/11/2015 16:46:26 de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

NORMA ABNT NBR

Proteção contra descargas atmosféricas

ABNT NBR 5419-1:2015

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4 Parâmetros da corrente da descarga atmosférica.................................... ...................... 8

ABNT NBR 5419-1:2015

Anexo C (informativo) Simulação da corrente da descarga atmosférica com a nalidade de

sobre os componentes do SPDA.................................. .................................... .............. 43

ABNT NBR 5419-1:2015

E.5 Informações gerais relativas aos DPS ...........................................................................64

ABNT NBR 5419-1:2015

Figura D.2 – Arranjo de condutor típico em um SPDA ................................. ................................. 51

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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas

ABNT NBR 5419-1:2015

ABNT NBR 5419-1:2015

Não há dispositivos ou métodos capazes de modicar os fenômenos climáticos naturais a ponto de se

NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 5419-1:2015

Proteção contra descargas atmosféricas

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5.1.1 Efeitos das descargas atmosféricas sobre uma estrutura

c) ocupantes e conteúdos (pessoas e animais, presença ou não de materiais combustíveis ou

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5.1.2.1 Descargas atmosféricas na estrutura

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características do próprio objeto.

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Risco Risco Risco Risco

Tipo de Perda Perda de Perda de Perda

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7.3 Medidas de proteção para redução de danos físicos

c) subsistema de aterramento;

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8 Critérios básicos para proteção de estruturas

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8.4.1.1 Um SPDA consiste em:

a) interceptar uma descarga atmosférica para a estrutura (com um subsistema de captação);

b) conduzir a corrente dadescarga atmosférica segura

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Parâmetros da corrente das descargas atmosféricas

A.1 Descarga atmosférica para a terra

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Positivo ou negativo t Positivo ou negativo t

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A.2 Parâmetros da corrente da descarga atmosférica

Uma relação de polaridade de 10 % de descargas atmosféricas positivas e 90 % negativas