Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Eletricista de Automação e Instrumentação Industrial pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do RN – Senai/RN.
Mestre em Engenharia de Petróleo e Gás com Ênfase em Automação Industrial pela Universidade Potiguar – UNP.
Sumário
Lista de Figuras............................................................................................................................................................................................................................... 6
Lista de Tabelas............................................................................................................................................................................................................................11
1. Apresentação ........................................................................................................................................................................................................................11
2. Primeiro contato com a eletricidade ..................................................................................................................................................................................13
3. Energia ...................................................................................................................................................................................................................................13
4. Eletroestática x eletrodinâmica...........................................................................................................................................................................................14
5. Eletroestática .........................................................................................................................................................................................................................14
6. Cargas elétricas ....................................................................................................................................................................................................................14
7. Modelo atômico .....................................................................................................................................................................................................................17
7.1. Quantização da carga elétrica ....................................................................................................................................................................................20
2
8. Princípios da eletroestática .................................................................................................................................................................................................21
8.1. Princípio da atração e repulsão ..................................................................................................................................................................................22
8.2. Princípio da conservação de cargas elétricas..........................................................................................................................................................22
9. Estados elétricos da matéria...............................................................................................................................................................................................23
9.1. Neutro .............................................................................................................................................................................................................................24
9.2. Eletrizado positivamente .............................................................................................................................................................................................24
9.3. Eletrizado negativamente ............................................................................................................................................................................................24
10. Eletrização dos corpos.....................................................................................................................................................................................................25
11. Tipos de eletrização .........................................................................................................................................................................................................26
Lista de Figuras
Figura 1- Possíveis transformações da energia. Disponível em: CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio. Ensino Modular: Eletricidade: Circuitos em
Corrente Contínua. São Paulo: Érica, 1999. ............................................................................................................................................................................14
Figura 2-Molécula de agua (H2O), constituída por átomos de oxigênio e hidrogênio. Disponível em: ALBURQUEQUE, Rômulo Oliveira. Análise
de circuitos em corrente contínua, Material de apoio. São Paulo: Érica, 1997. .................................................................................................................15
Figura 3- Repulsão entre cargas elétricas. Disponível em: < http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/ele12.htm > Acesso em: 21/05/2012.
.........................................................................................................................................................................................................................................................16 6
Figura 4-Atração entre cargas elétricas. Disponível em: < http://fisicomaluco.com/experimentos/2008/09/28/como-construir-um-eletroscopio-
com-materiais-caseiros-e-demonstrar-a-existencia-das-cargas-eletricas/ >. Acesso em: 21/05/2012. .........................................................................17
Figura 6- Constituição interna do átomo. Disponível em: < http://www.infoescola.com/quimica/atomo/ >. Acesso em: 21/05/2012. .......................19
Figura 7 - Atração e repulsão entre cargas elétricas. Disponível em: < http://www.brasilescola.com/fisica/os-tipos-carga-eletrica.htm >. Acesso
em: 21/05/2012. ............................................................................................................................................................................................................................22
Figura 8- Exemplo do princípio de conservação das cargas elétricas. Disponível em: <
http://dc140.4shared.com/doc/OE6NU9oy/preview003.png >. Acesso em: 21/05/2012. .................................................................................................23
Figura 9- Formação dos cátions. Disponível em: CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio. Ensino Modular: Eletricidade: Circuitos em Corrente
Contínua. São Paulo: Érica, 1999..............................................................................................................................................................................................25
Figura 10- Formação dos aníons. Disponível em: CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio. Ensino Modular: Eletricidade: Circuitos em Corrente
Contínua. São Paulo: Érica, 1999..............................................................................................................................................................................................26
Figura 11- Exemplo de eletrização por atrito. Disponível em: < http://ifserv.fis.unb.br/matdid/1_1999/Vildinei/eletro/intro.htm >. Acesso em:
31/07/2012. ....................................................................................................................................................................................................................................28
Figura 12- Exemplo de eletrização por contato. Disponível em: < http://ifserv.fis.unb.br/matdid/1_1999/Vildinei/eletro/intro.htm >. Acesso em:
31/07/2012. ....................................................................................................................................................................................................................................28
Figura 15- Linhas de campo convergente. Disponível em: CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio. Ensino Modular: Eletricidade: Circuitos em
Corrente Contínua. São Paulo: Érica, 1999. ............................................................................................................................................................................33
Figura 16- Comportamento das linhas de campo nas cargas positivas e negativas. Disponível em: <
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/775/imagens/Linhas_1.png >. Acesso em: 31/07/2012. ...........................................33
Figura 17- Comportamento das linhas de campo entre duas placas planas de cargas opostas. Disponível em: <
http://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_el%C3%A9trico >. Acesso em: 31/07/2012. ...............................................................................................................33
Figura 18- Comportamento das linhas de campo entre duas cargas opostas. Disponível em: <
http://hermes.ucs.br/ccet/defq/mlandreazza/CurAut01.htm >. Acesso em: 31/07/2012. .................................................................................................34
Figura 19- Comportamento das linhas de campo entre duas cargas positivas. Disponível em: <
http://hermes.ucs.br/ccet/defq/mlandreazza/CurAut01.htm >. Acesso em: 31/07/2012. .................................................................................................34
Figura 20- Linhas de campo divergentes e convergentes entre cargas de mesmo sinal. Disponível em: CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio.
Ensino Modular: Eletricidade: Circuitos em Corrente Contínua. São Paulo: Érica, 1999. ................................................................................................35
Figura 21- Comportamento dos materiais condutores. Disponível em: CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio. Ensino Modular: Eletricidade:
Circuitos em Corrente Contínua. São Paulo: Érica, 1999. .....................................................................................................................................................38
Figura 22- Comportamento dos materiais isolantes: poucos elétrons livres. Disponível em: CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio. Ensino Modular:
Eletricidade: Circuitos em Corrente Contínua. São Paulo: Érica, 1999. ..............................................................................................................................39
Figura 23- Dínamo instalado em bicicleta. Disponível em: ALBURQUEQUE, Rômulo Oliveira. Análise de circuitos em corrente contínua,
Material de apoio. São Paulo: Érica, 1997. ..............................................................................................................................................................................42
Figura 24- Geradores eletroquímicos: pilhas, baterias e baterias automotivas. Disponível em: ALBUR-QUEQUE, Rômulo Oliveira. Análise de 8
circuitos em corrente contínua, Material de apoio. São Paulo: Érica, 1997........................................................................................................................42
Figura 25- Geradores solares: célula de energia solar. Disponível em: ALBURQUEQUE, Rômulo Oliveira. Análise de circuitos em corrente
contínua, Material de apoio. São Paulo: Érica, 1997. .............................................................................................................................................................43
Figura 26- Gráfico da tensão elétrica fornecida por pilha de 1,5 volts. Disponível em: < http://eletronicanoel.blogspot.com.br/2012/02/curso-de-
eletronica.html >. Acesso em: 05/06/2012. ..............................................................................................................................................................................44
Figura 27- Gráfico da tensão elétrica contínua. Disponível em: < http://www.refrigeracao.net/Cursos/eletronica/fonte_alimentacao_linear.htm >.
Acesso em: 05/06/2012. ..............................................................................................................................................................................................................45
Figura 28- Símbolos gráficos fonte de tensão contínua. Disponível em: < http://www.sabereletrico.com/leituraartigos.asp?valor=21 >. Acesso:
05/06/2012 e ALBURQUEQUE, Rômulo Oliveira. Análise de circuitos corrente contínua, Material apoio. São Paulo: Érica: 1997 .......................45
Figura 29- Representação da tensão na fonte e no resistor. Disponível em: CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio. Ensino Modular: Eletricidade:
Circuitos em Corrente Contínua. São Paulo: Érica, 1999. .....................................................................................................................................................45
Figura 30- Gráfico da tensão elétrica alternada. Disponível em: < http://www.refrigeracao.net/Cursos/eletronica/fonte_alimentacao_linear.htm >.
Acesso em: 05/06/2012. ..............................................................................................................................................................................................................47
Figura 31- Símbolo gráfico da fonte de tensão elétrica alternada senoidal. Disponível em: <
http://www.sabereletrico.com/leituraartigos.asp?valor=21 >. Acesso em: 05/06/2012. ....................................................................................................48
Figura 32- Símbolos gráficos das formas de onda alternada: senoidal, quadrada e dente de serra. Disponível em: <
http://www.sabereletronica.com.br/secoes/leitura/311 >. Acesso em: 08/06/2012............................................................................................................48
Figura 33- Pilhas de dimensões físicas diferentes fornecendo a mesma ddp: 1,5 volts. Disponível em: <
http://eletronicanoel.blogspot.com.br/2012/02/curso-de-eletronica.html >. Acesso em: 05/06/2012..............................................................................50
Figura 34 - Associação de fontes em série. Disponível em: < http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/ele08_2.gif >. Acesso em: 9
23/05/2012. ....................................................................................................................................................................................................................................51
Figura 35- Associação de fontes em série. Polaridade direta (a) e polaridade reversa (b). Disponível em: <
http://www.ufrgs.br/eng04030/aulas/teoria/cap_04/assocfon.htm >. Acesso em: 08/06/2012. .......................................................................................51
Figura 36- Associação de fontes com resistência interna em série na polaridade direta. Disponível em:<
http://www.ufrgs.br/eng04030/aulas/teoria/cap_04/assocfon.htm >. Acesso em: 08/06/2012. ......................................................................................52
Figura 37- Associação de fontes em paralelo. Disponível em: < http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/ele08_2.gif >. Acesso em:
23/05/2012. ....................................................................................................................................................................................................................................53
Figura 38- Movimento aleatório elétrons sem fonte externa e movimento ordenado cargas elétricas após aplicação ddp externa. Disponível em:
< http://www.followscience.com/content/fisica-aula-20-carga-eletrica-e-corrente-eletrica-3104 >. Acesso em: 23/05/2012 ....................................55
Figura 39- Sentido real e sentido convencional da corrente elétrica. Disponível em: < http://www.infoescola.com/fisica/corrente-eletrica/ >.
Acesso em: 23/05/2012. ..............................................................................................................................................................................................................56
Figura 40- Certa quantidade de cargas elétricas atravessando a secção transversal de um condutor. Disponível em: <
http://fisicanoblog.blogspot.com.br/2010_04_01_archive.html >. Acesso em: 23/05/2012. .............................................................................................57
Figura 41- Deslocamento de cargas negativas em sentido contrário ao campo elétrico. Disponível em: CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio.
Ensino Modular: Eletricidade: Circuitos em Corrente Contínua. São Paulo: Érica, 1999. ................................................................................................57
Figura 42- Propriedade gráfica da corrente elétrica. Disponível em: < http://www.colegioweb.com.br/fisica/propriedade-grafica.html >. Acesso
em: 23/05/2012. ............................................................................................................................................................................................................................58
Figura 43- Propriedade gráfica da corrente elétrica constante. Disponível em: < http://pt.scribd.com/doc/3370305/Fisica-Aula-20-Carga-eletrica-
e-Corrente-eletrica >. Acesso em: 23/05/2012. .......................................................................................................................................................................58
Figura 44- Símbolo gráfico resistor. Disponível em: < http://pt.scribd.com/doc/3370305/Fisica-Aula-20-Carga-eletrica-e-Corrente-eletrica >. 10
Acesso em: 08/06/2012. ..............................................................................................................................................................................................................60
Figura 48- Ponte de Wheatstone. Disponível em: < http://www.mspc.eng.br/elemag/celetr0250.shtml >. Acesso em: 02/01/2015. ......................65
Figura 49- Possíveis transformações da energia. Disponível em: CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio. Ensino Modular: Eletricidade: Circuitos em
Corrente Contínua. São Paulo: Érica, 1999. ............................................................................................................................................................................72
Lista de Tabelas
11
1. Apresentação
este texto apresentamos alguns conceitos ensino médio (lei n° 9394/96). Apresentamos ainda listas de
básicos associados ao entendimento mínimo exercícios como forma de desenvolver e verificar o aprendi-
N necessário acerca da eletricidade aplicada zado.
em nível técnico-profissionalizante, em especial aos cursos
Como toda apostila, este texto fornece apenas um pri-
técnicos da área industrial, tais quais eletrotécnica, eletroele-
meiro contato com o universo da eletricidade, não dispensan-
trônica, eletrônica, eletromecânica, automação industrial e
do a consulta a publicações técnicas mais aprofundadas so-
similares.
bre esta temática, tais quais os que são apresentados nas
No transcorrer do texto optamos por uma linguagem referências.
simples, clara e objetiva para abordar os temas, aproximando
Autorizamos previamente a reprodução deste material
e correlacionando os mesmos com o dia a dia dos estudantes,
de forma parcial ou total, por qualquer forma, meio ou proces- 12
hobbistas e profissionais que trabalham direta e indiretamente
so, desde que citada à fonte. Julgamos não ter ferido os direi-
com eletricidade. O objetivo maior é fazer com que a eletrici-
tos de propriedade intelectual uma vez que todas as imagens
dade não seja mais um mistério para os leitores, através de
e gráficos foram devidamente referenciados, tendo sido dado
um texto de leitura fácil e agradável.
o devido credito aos detentores de direitos autorais. Eventuais
Para tornar a leitura mais agradável, sempre que pos- falhas de direitos autorais serão prontamente retiradas.
sível, às fórmulas matemáticas são apresentadas sem sua
Mesmo empenhando-se ao máximo, estamos cientes
demonstração, garantindo maior dinâmica na exposição dos
que são inevitáveis erros no texto, portanto receberei com
conteúdos, buscando atender as demandas dos cursos técni-
atenção e gratidão eventuais correções, críticas e sugestões
cos integrados ao ensino médio e técnicos subsequentes ao
acerca do conteúdo, técnico e pedagógico, desta apostila, de animais manifestava o comportamento de atrair objetos
aprimorando eventuais futuras versões. leves tais como pequenas penas e fios de algodão.
1
mero de transformações ocorridas no referido
É bastante provável que outros povos que tivessem conhecimento dos
fenômenos elétricos, entretanto os relatos mais antigos remontam aos sistema.
gregos.
5. Eletroestática
6. Cargas elétricas
uma abordagem simplificada, sabemos que a Figura 2-Molécula de agua (H2O), constituída por átomos de oxigênio
e hidrogênio. Disponível em: ALBURQUEQUE, Rômulo Oliveira. Aná-
matéria é constituída por uma associação de lise de circuitos em corrente contínua, Material de apoio. São Paulo:
N partículas extremamente pequenas designa- Érica, 1997.
das de átomos, estes quando combinados O modo com que os átomos se associam entre si vai
(interligados quimicamente) formam as moléculas (qualquer dá origem aos infinitos tipos de substâncias químicas existen-
que seja seu estado físico) e estas últimas formam as subs- tes. Cada tipo de matéria corresponde a uma substância.
tâncias.
Mesmo possuindo a mesma quantidade de átomos do
Comumente a matéria é descrita como tudo que possui mesmo elemento químico, dois corpos podem ser bastante
massa e ocupa lugar no espaço. Elemento químico é a desig- diferentes, dependo da forma com que as ligações são esta-
nação das matérias que possuem todos os seus átomos belecidas entre seus respectivos átomos.
15
iguais. Ex.: oxigênio, hidrogênio, ferro, etc.
A molécula pode ser descrita como a menor parte da
matéria (divisões sucessivas), ou ainda, a menor parte de
qualquer material que ainda possui suas propriedades bási-
cas, ou seja, ainda conserva as características originais da
substância.
Todo átomo é constituído por várias partículas suba- Diante do exposto no parágrafo anterior podemos afir-
tômicas, sendo que as mais diretamente relacionadas aos mar que os elétrons e os prótons interagem, exercendo forças
fenômenos elétricos são os prótons, os nêutrons e os elé- entre si.
trons.
Figura 4-Atração entre cargas elétricas. Disponível em: < Em síntese podemos associar o seguinte comporta-
http://fisicomaluco.com/experimentos/2008/09/28/como-construir-um- mento às cargas elétricas:
eletroscopio-com-materiais-caseiros-e-demonstrar-a-existencia-das-
cargas-eletricas/ >. Acesso em: 21/05/2012.
Prótons: carga elétrica positiva; 17
Elétrons: carga elétrica negativa;
Podemos resumir que: Nêutrons: não possuem carga elétrica (não exercem
ações elétricas).
a) Partículas carregadas, ou seja, com carga elétrica: Pró-
tons e elétrons;
7. Modelo atômico
b) Partículas descarregadas, ou seja, sem carga elétrica:
Nêutrons.
Átomo pode ser dividido basicamente em tro do átomo vale aproximadamente 10-10 m enquanto que
duas grandes regiões ou áreas: seu núcleo tem diâmetro de 10-15 m.
Figura 5- Regiões básicas do átomo. Disponível em: < vez que estes últimos estão fortemente presos dentro do nú-
http://enciclopediavirtual.vilabol.uol.com.br/quimica/atomistica/resum
odosmodelos.htm >. Acesso em: 21/05/2012. cleo.
A associação conjunta das duas forças, a de atração A análise dos valores nos permite afirmar que as car-
para dentro e a centrifuga para fora, gera o equilíbrio (ambas gas do próton e do elétron são iguais em módulo (mesmo va-
se anulam) que mantêm o elétron dentro de sua trajetória na lor absoluto), porém de sinais contrários. A este valor denomi-
respectiva órbita. O elétron só vai alterar sua trajetória ou sua namos de carga elementar.
órbita caso o mesmo sofra influência de alguma força externa.
Matematicamente podemos determinar a carga total de A carga elétrica fundamental, em Coulombs, vale apro-
um corpo através da expressão: ximadamente 1,6 x 10-19 C. (valor muito pequeno)! Daí temos
que, para conseguir cargas de 1 Coulomb, é necessária trans-
= ×
ferência de vários elétrons entre corpos.
Onde:
1 = 6,242 × 10 ≅ 6,25 × 10
: Representa a carga total;
1 Coulomb de carga positiva ou negativa teriam a
: Número de elétrons em falta ou excesso no material mesma intensidade ou magnitude, porém polaridades opos-
(elétrons inseridos ou retirados do corpo). Número de elétrons tas.
fornecidos (no caso de carga negativa) ou retirados (no caso
de cargas positivas) do corpo. 21
8. Princípios da eletroestática
: Corresponde a carga elementar: | | = 1,6 × 10 .
Chamada carga elétrica fundamental, que é a carga presente Eletroestática está fundamentada em dois
em cada próton ou elétron. princípios básicos, a saber:
Esfera A: Carga: ; Esfera B: Carga: " e Carga to- Os fenômenos elétricos são aqueles envolvendo trans-
tal: ∑ = + "; ferências de elétrons entre corpos. Há processos envolvendo
os prótons especificamente, que são do domínio da Física
Após o contato:
Nuclear, no entanto, tais eventos não fazem parte dos objeti-
%& '%(
Esfera A: Carga: ′ = ; Esfera B: Carga: ′" = vos deste curso.
"
%& '%(
; Carga total: ∑ = ′ + ′" 23
"
9. Estados elétricos da matéria
Pelo princípio da conservação teremos: +
" = ′ + ′" , ou seja, num sistema isolado a soma algébri-
odemos classificar os corpos em função de
ca das cargas é a mesma antes e depois do contato.
suas cargas elétricas. Os corpos podem as-
O princípio da conservação das cargas elétricas fica P sumir três estados:
evidenciado pelo fato de que a soma algébrica das cargas
antes e depois do contato vai permanecer a mesma.
a) Corpo neutro;
Conforme já citamos as cargas elétricas são medidas
b) Corpo eletrizado positivamente;
em Coulombs. Os principais submúltiplos do Coulomb são:
Num corpo neutro ou descarregado: ∑ = 0. São corpos que ganham elétrons e ficam com excesso
de cargas negativas ou ainda excesso de elétrons. Os elé-
Caso seja estabelecido um desequilíbrio nesta igualda-
trons se fixam em novos átomos criando um excesso de car-
de teremos a formação dos chamados íons.
gas negativas, tornando estes últimos negativos.
Em qualquer uma das situações citadas acima sempre A ionização pode gerar a formação de materiais que
haverá transferência de elétrons, nunca de prótons, uma vez manifestam dois comportamentos distintos denominados de:
que estes últimos se encontram fortemente presos dentro do
Íons positivos ou cátions: obtidos retirando elétrons dos
núcleo do átomo. Os elétrons são mais facilmente extraídos
átomos. Consequentemente teremos mais prótons do
do átomo uma vez que demandam menor energia para se
que elétrons;
deslocarem entre as camadas que constituem o referido áto-
Íons negativos ou aníons: obtidos fornecendo ou inse-
mo.
rindo elétrons aos átomos, logo teremos como conse-
quência uma maior quantidade de elétrons do que de
10. Eletrização dos corpos prótons.
25
ornecendo ou retirando cargas elétricas de um
átomo estaremos eletrizando o mesmo. Um
F corpo é considerado eletrizado quando o mes-
mo possuir quantidades distintas de prótons e Figura 9- Formação dos cátions. Disponível em: CIPELLI, Marco;
elétrons, ou seja, quando o mesmo estiver neutro. A partir da MARKUS, Otávio. Ensino Modular: Eletricidade: Circuitos em Corren-
te Contínua. São Paulo: Érica, 1999.
eletrização um corpo pode acumular em sua estrutura cargas
elétricas positivas e negativas. O processo de retirar ou forne-
cer cargas elétricas a um átomo, tornando o mesmo eletriza-
do, é designado de ionização.
Figura 10- Formação dos aníons. Disponível em: CIPELLI, Marco; eram capazes de atrair pequenos pedaços de materiais leves
MARKUS, Otávio. Ensino Modular: Eletricidade: Circuitos em Corren-
te Contínua. São Paulo: Érica, 1999. (ex.: palhas e penas).
Vidro
Mica
Lã
Pele de Gato
Seda
Algodão
Tendência de Eletrização
Madeira
27
Âmbar
Ebonite
Cobre
Enxofre
Celuloide
Negativa
Tabela 1-Exemplo de série triboelétrica
Série Triboelétrica
No caso do contato entre um corpo neutro e outro car- Figura 12- Exemplo de eletrização por contato. Disponível em: <
regado negativamente, os elétrons em excesso no corpo ne- http://ifserv.fis.unb.br/matdid/1_1999/Vildinei/eletro/intro.htm >. Aces-
so em: 31/07/2012.
gativo são transferidos (redistribuídos) para o corpo neutro até
ser atingido o equilíbrio, denominado de equilíbrio eletrostáti-
co (a carga elétrica tende a se estabilizar).
11.3. Eletrização por indução A eletrização por contato não forma íons, a consequên-
cia direta deste processo vai ser a polarização do corpo neu-
tro, uma vez que este último vai ter falta de elétrons em uma
Tipo de eletrização que guarda relação direta com o
face e excesso na outra, formando um polo positivo em uma
princípio da atração e repulsão entre cargas elétricas. Serão
extremidade e outro negativo na outra.
aproximados um corpo eletrizado, designado de indutor, e um
corpo inicialmente neutro, intitulado de induzido. Desejando eletrizar o corpo neutro, deve-se após a po-
larização do mesmo, aterrar sua face positiva, até que os elé-
Aproximando-se um corpo neutro de outro previamente
trons fluam da terra para o corpo, neutralizando suas cargas
carregado, sem que ocorra contato entre os mesmos, haverá
positivas.
uma separação entre as cargas que constituem o corpo neu-
tro. Enfatizamos que os corpos não devem ser encostados, Para concluir o procedimento o aterramento é desfeito 29
uma vez que esta ação descaracteriza a eletrização por indu- e os dois corpos são afastados, fazendo com que o corpo ini-
ção e caracteriza a eletrização por contato. cialmente neutro fique eletrizado negativamente.
Quadruplicando a distancia a forma diminuirá para 1/16 da O símbolo correspondente ao campo elétrico é a letra
intensidade da forçã inicial. , tendo como unidade de medida o Newton/Coulomb: 4/ .
e modo análogo a terra, que possui um cam- Onde: : Intensidade do campo elétrico; : Carga ge-
po gravitacional, as cargas elétricas criam na radora do campo; 7: Carga de prova (carga que sofre a in-
D região do espaço que as envolve um campo fluência do campo elétrico).
elétrico, sendo este o espaço onde atuam as
32
Cargas positivas e negativas vão gerar linhas de cam-
forças elétricas. Graficamente este campo elétrico é represen-
po elétrico de sentidos diferentes, de modo que:
tado por linhas imaginárias que tem como origem a carga elé-
trica. As tais linhas são denominadas de linhas de força ele- Cargas positivas: formam campo divergente e as linhas
trostáticas ou simplesmente linhas de campo.7 As linhas de de campo são orientadas saindo da carga.
campo são responsáveis pelos efeitos da atração e da repul-
são entre os corpos.
Figura 14- Linhas de campo divergente. Disponível em: CIPELLI, Mar- Duas placas eletrizadas com cargas opostas, de mes-
co; MARKUS, Otávio. Ensino Modular: Eletricidade: Circuitos em Cor-
rente Contínua. São Paulo: Érica, 1999. mas dimensões e dispostas de forma paralela, vão gerar na
região entre as mesmas um campo elétrico uniforme, caracte-
Cargas negativas: formam campo convergente e as li-
rizado por possuir linhas de campo posicionadas de forma
nhas de campo são orientadas chegando à carga.
paralela. Abaixo um exemplo desta configuração.
desta configuração, onde pode-se notar que a força entre as divergentes para ambas, a depender da modalidade da carga
cargas elétricas é uma força de atração. elétrica (positiva ou negativa). Esta disposição das linhas de
campo caracteriza a força entre as cargas como sendo uma
força de repulsão.
34
Figura 20- Linhas de campo divergentes e convergentes entre cargas onforme já abordarmos anteriormente as par-
de mesmo sinal. Disponível em: CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio.
Ensino Modular: Eletricidade: Circuitos em Corrente Contínua. São tículas elementares que constituem os materi-
Paulo: Érica, 1999.
C ais são carregadas com a carga elementar
A análise das figuras acima nos permite afirmar que as cujo valor numérico é de = 1,6 × 10 .
linhas de campo não se cruzam, apenas sofrem deformações
Os diversos tipos de materiais podem ser classificados
quando aproximadas uma das outras. Outra aspecto relevante
em função de sua condutividade elétrica em:
a ser explicitado é fato de que as linhas de campo são invisí-
35
veis sendo perceptíveis apenas os efeitos associados as a) Condutores;
mesmas. b) Semicondutores;
c) Isolantes.
Em meios líquidos a eletricidade é estabelecida por in- livres (elétrons da última camada8 e que tem alta mobilidade e
termédio de íons (cátions e aníons). Ex.: Soluções eletrolíti- relativa facilidade de se libertar e se deslocar para entrar ou
cas, soluções iônicas. sair do átomo), ou seja, possuem elevada quantidade de por-
tadores de cargas livres. Ex.: Metais (ouro, prata, cobre, alu-
Nos gases teremos a condução de eletricidade associ-
mínio, zinco, ferro, tungstênio, etc.), gases contidos no interior
ada aos elétrons e íons. Ex.: Condução de eletricidade no in-
das lâmpadas fluorescentes convencionais, soluções aquosas
terior das lâmpadas fluorescentes, gases ionizados.
(ex.: água + sal), carvão.
16.1. Condutores
Estima-se que em uma polegada cúbica de cobre, con-
siderando o mesmo na temperatura ambiente, existem 1,4 x
São caracterizados por apresentarem facilidade em 1024 elétrons livres.
36
conduzir eletricidade, pois permitem que as cargas elétricas
Outra característica relevante associada aos conduto-
se desloquem com facilidade pelo mesmo, ou seja, deman-
res é o fato de que os mesmos possuem seus elétrons da úl-
dam de pouca energia para colocar os elétrons em movimen-
tima camada (camada de valência) fracamente ligados ao
to.
átomo, em virtude do afastamento existente entre o núcleo e a
Os bons condutores permitem, com relativa facilidade,
a passagem de um intenso fluxo de elétrons a partir de forças
8 Os elétrons das primeiras camadas, mais próximas ao núcleo, sofrem
(tensões elétricas) relativamente pequenas.
maior influência da força de atração e são mais difíceis de serem retirados
do átomo, pois necessitam de grande quantidade de energia para entrar
Possuem elevada quantidade de elétrons que podem
ou sair dos átomos, manifestando pouca influência no comportamento
ser facilmente libertados dos átomos, designados de elétrons elétrico do átomo.
órbita de valência, ou seja, a força existente entre os elétrons Materiais que oferecem baixa oposição à passagem da
de valência e o respectivo núcleo do átomo é muito fraca. corrente elétrica (baixa resistência elétrica) são ditos materiais
condutores.
Os condutores possuem poucos elétrons na camada de
valência, normalmente 1, 2 ou 3 elétrons, e muitos elétrons Quanto menor a resistência elétrica do material maior a
livres, ou seja, muitos elétrons que já se libertaram9 da cama- sua condutividade. Quanto mais próximo do zero absoluto (-
da de valência do átomo. 273,15 °C) menor torna-se a resistência elétrica dos materiais,
fazendo com que os mesmos se comportem como condutores
Após se tornarem elétrons livres os mesmos passam a
praticamente ideais.
desenvolver movimentos aleatórios (sem direção definida)
dentro do material. Posteriormente constataremos que estes A quantidade de elétrons livres que podem ser deslo-
elétrons vão ser responsáveis pela condução de eletricidade. cados a partir da aplicação de uma determinada quantidade 37
de energia é um dos parâmetros para avaliarmos se determi-
Todo meio material no qual as cargas elétricas tenham
nado material um bom condutor ou não.
facilidade de se deslocarem pode ser dito meio condutor ou
material condutor. Conforme explicitado no tópico anterior es-
tes meios podem ser sólidos, líquidos ou gasosos.
Figura 21- Comportamento dos materiais condutores. Disponível em: Ao contrário dos condutores, os isolantes são caracte-
CIPELLI, Marco; MARKUS, Otávio. Ensino Modular: Eletricidade: Cir-
cuitos em Corrente Contínua. São Paulo: Érica, 1999. rizados pelo fato de ter seus elétrons da órbita de valência
fortemente ligados ao núcleo do átomo (forças interiores de
atração que dificultam a liberação dos elétrons), fazendo com
16.2. Isolantes
que a quantidade de elétrons livres seja muito baixa (poucos
elétrons conseguem se libertar do átomo).
São todos os materiais que oferecem elevada oposição
Qualquer meio no qual as cargas elétricas encontrem
à passagem de corrente elétrica (alta resistência elétrica). São
dificuldade de movimentação é dito isolante. Nos isolantes,
caracterizados pelo fato de possuírem pequena quantidade de
para libertar os elétrons de valência, ou seja, para que sejam
elétrons livres, minimizando as possibilidades de condução de
formados novos elétrons livres são demandadas quantidades
eletricidade nas condições normais, uma vez que possuem 38
elevadas de energia.
poucos portadores de cargas elétricas. Ex.: Borracha, ar, pa-
pel, porcelana, plástico, vidro, água pura (isenta de sais mine- Em termos de número de elétrons, os isolantes típicos
rais), madeira (seca), cerâmica, encapamento de fios condu- apresentam 5, 6 ou 7 elétrons na camada de valência.
tores.
Enfatizamos que não existe isolante perfeito uma vez
Em virtude da pouquíssima quantidade de elétrons li- que todos os materiais são capazes de conduzir eletricidade.
vres disponíveis, tem-se que aplicar potenciais (tensões) mui- O fator diferenciador é que determinadas classes de materiais
to elevadas para que sejam obtidas correntes mensuráveis. conduzem eletricidade com maior dificuldade uma vez que
sua quantidade de elétrons livres é praticamente desprezível.
Concluímos que não existem condutores perfeitos nem isolan- Possuem comportamento elétrico intermediário entre
tes perfeitos apenas bons condutores e maus condutores. os condutores e os isolantes. Em geral possuem 4 elétrons na
órbita de valência.
Mesmo os melhores isolantes, uma vez submetidos a
elevadas tensões, sofrem um processo de ruptura, através do Os principais semicondutores utilizados no universo da
qual passa a ocorrer um fluxo de cargas, de modo que o eletricidade são o silício e o germânio. Estes materiais têm
mesmo passa a funcionar como um condutor enquanto estiver vasta gama de aplicações na indústria eletroeletrônica, como
submetido a esta elevada d.d.p. por exemplo na fabricação de dispositivos eletrônicos e circui-
tos integrados. Outras misturas de átomos também podem
gerar substancias com características elétricas similares aos
dos semicondutores, como por exemplo o arseneto de gálio
39
(GaAs).
Uma das propriedades mais relevantes dos semicondu- força eletromotriz vai representar a capacidade de realizar
tores é fato de que estes materiais são classificados como trabalho objetivando provocar o movimento dos elétrons.
fotocondutores, ou seja, a incidência de fótons (pequenos pa-
No S.I. a tensão elétrica tem como unidade o volt: 8
cotes de energia) sobre tais materiais tem como consequên-
(homenagem ao cientista Alessandro Volta).
cia direta um aumento da densidade de cargas elétricas.
A literatura técnica descreve a tensão como uma espé-
17. Tensão elétrica cie de força ou pressão capaz de mover as cargas elétricas,
ou ainda, capaz de transferir energia para os elétrons subme-
tidos a sua ação. O movimento das cargas elétricas é propor-
pós ser eletrizado, um corpo passa a ter car-
cional à força fornecida as mesmas.
gas elétricas acumuladas, sendo que esta 40
A quantidade de cargas elétricas é usualmente A tensão elétrica é denominada ainda de diferença de
denominada de potencial elétrico, uma espé- potencial ou simplesmente d.d.p. Para que seja estabelecida
cie de energia concentrada ou armazenada (energia poten- a condução de eletricidade é necessário que as cargas elétri-
cial) que foi adquirida pelo corpo. cas sejam submetidas a uma diferença de potencial.
A tensão elétrica é representada pelas letras , 8 ou 9 A d.d.p. pode ocorrer entre dois corpos ou entre dois
a cada carga elétrica unitária que o atravessa, sendo portanto Em termos matemáticos temos:
um agente capaz de produzir movimento nos elétrons. Repre-
;<= ?
senta ainda a força eletromotriz-: ) associada ao gerador. A 9= ⇔9= ,
% %
sendo 9: tensão elétrica em Volts, @AB C D: energia Todos os equipamentos elétricos possuem uma tensão
elétrica em Joules, : carga em Coulombs. típica de trabalho10, ou seja, um valor de tensão para o qual o
mesmo foi projetado para atuar de forma segura e eficiente.
Pode-se afirmar ainda que a unidade de tensão elétrica
é o Joules/ Coulomb uma vez que: Devem ainda ser respeitados os valores de tensão
máxima de trabalho que correspondem ao máximo valor su-
;<= F
9= % portável pelo equipamento sem que o mesmo seja danificado.
⟹ 8 = G = Joules/ Coulomb.
Ex.: lâmpada com tensão nominal de 110 volts não pode ser
Necessita-se de 1 Joule de energia para mover uma
ligada em uma rede de 220 volts, pois a mesma será danifi-
carga de 1 Coulomb submetida a uma tensão de 1 V.
cada.
Ex.: Um gerador de 12 volts fornece 12 joules de ener-
A tensão elétrica pode ser classificada em duas moda- 41
gia a todas as cargas unitárias que o atravessam.
lidades:
Numa abordagem introdutória, a tensão elétrica pode
Tensão contínua: 8GG ou 8HG 11;
ser designada como diferença de potencial (d.d.p), voltagem,
tensão ou força eletromotriz (f.e.m.). Tensão alternada: VJK ou VKJ .
11
O termo DC, deriva do inglês e significa direct current.
fontes de alimentação ou fontes de tensão. As fontes de ten- Geradores Eletroquímicos: convertem energia química
são são, portanto, divididas em fontes contínuas e fontes al- em energia elétrica: Ex.: Pilhas e baterias;
ternadas.
42
Fontes de Alimentação: obtida a partir de circuitos ele- O valor permanecerá constante enquanto o tempo de-
trônicos retificadores (circuitos destinados a converter corre e a corrente vai fluir sempre do mesmo terminal da fon-
tensão alternada em tensão contínua). te.
Abaixo o gráfico corresponde à tensão contínua forne- representada por uma linha reta tal qual apresentamos abai-
Figura 27- Gráfico da tensão elétrica contínua. Disponível em: < A tensão elétrica pode ser representada diretamente
http://www.refrigeracao.net/Cursos/eletronica/fonte_alimentacao_line
ar.htm >. Acesso em: 05/06/2012. dos terminais da fonte que o produziu ou nos terminais de um
dispositivo em que a mesma está presente, como por exem-
plo, a tensão sobre um resistor elétrico conforme representa-
Nos diagramas de circuitos elétricos as fontes de ten-
ção abaixo12:
são contínua são representadas por símbolos gráficos tais
como os que estão apresentados abaixo:
Em laboratórios e oficinas profissionais de eletricida- O principal exemplo de tensão alternada que podemos
de/eletrônica faz-se uso de fontes de tensão eletrônicas ajus- citar é a tensão fornecida pelas tomadas residenciais (energia
táveis ou variáveis, destinadas a converter a tensão CA da proveniente dos sistemas da rede distribuição das concessio-
rede em CC visando efetuar testes, com níveis de tensão dife- nárias de energia elétrica13). Nas tomadas temos dois polos
rentes, em inúmeros equipamentos eletroeletrônicos. Essen- distintos denominados fase e neutro (referencial). Nas toma-
cialmente fornecem em seus terminais (bornes) de saída uma das residenciais situadas na região nordeste, por exemplo,
tensão contínua e livre de transientes (oscilações), teremos uma tensão elétrica de 220 V.
Encontram-se ainda as fontes de alimentação destina- As tensões CA podem ser analisadas a partir de quatro
das a conversão CA/CC com o propósito de alimentar equi- características fundamentais, a saber:
pamentos eletrônicos portáteis. Algumas bibliografias se refe-
a) Ciclo; 46
rem a estes circuitos como a designação de circuitos elimina-
b) Período;
dores de bateria.
c) Frequência;
17.2. Tensão alternada d) Forma de onda.
uma vez que ao mesmo tempo cada um dos polos pode ser As grandezas alternadas são caracterizadas por possu- 47
positivo ou negativo dependendo do instante de tempo que ir frequência L0M e período LNM. Mais adiante nesta apostila
estivermos analisando. apresentaremos outros conceitos essenciais associados às
grandezas alternadas tais como: tensão de pico, tensão de
Abaixo o gráfico representativo de uma fonte de tensão
pico-a-pico e tensão eficaz (RMS).
alternada senoidal:
Neste momento, podemos afirmar apenas que as ten-
sões alternadas são caracterizadas por possuírem frequência
diferente de zero, sendo a frequência definida como o número
de ciclos de um sinal alternado que ocorrem num determinado
intervalo de tempo. Sua unidade é o Hertz (Hz).
designados de transformadores. Tais dispositivos permitem Uma pilha corresponde a um dispositivo constituído in-
elevar ou abaixar os valores de tensão CA, viabilizando a ternamente de uma solução química eletrolítica que a partir de
transmissão de energia a longas distâncias. processos químicos transforma energia química em energia
elétrica. A reação química que ocorre na pilha é finita conse-
junta no mesmo circuito. volts. A durabilidade da pilha guarda ligação intrínseca com a
qualidade de seu eletrólito interno e suas dimensões físicas
Numa analogia com sistemas hidráulicos, podemos
uma vez que pilhas de tamanho maior possuem maior quanti-
considerar a pilha como sendo uma bomba que empurra elé-
dade de material químico tendo, portanto, maior durabilidade.
trons de uma extremidade para outra do circuito elétrico, for-
necendo tensão e corrente as cargas elétricas conectadas ao
14 Comercialmente e com ótima confiabilidade, já existem as pilhas e bate-
circuito.
rias recarregáveis quase sempre associadas a equipamentos de uso con-
tinuo ou de alto consumo tais como celulares e câmeras fotográficas.
Ex1: Pilha tipo C dura mais tempo (quando submetidas Figura 33- Pilhas de dimensões físicas diferentes fornecendo a mes-
ma ddp: 1,5 volts. Disponível em: <
às mesmas condições de operação) que a pilha tipo AAA, http://eletronicanoel.blogspot.com.br/2012/02/curso-de-
pois possui mais eletrólito. eletronica.html >. Acesso em: 05/06/2012.
Série;
Nos equipamentos domésticos teremos pilhas peque-
Paralelo;
nas alimentando equipamentos de baixo consumo (ex.: con-
Mista.
trole remoto) e pilhas grandes fornecendo energia a equipa-
mentos de maior consumo energético (aparelhos de som). 18.1. Associação em série
50
A associação de fontes pode ser efetuada levando em Quando as pilhas são ligadas de tal modo que suas po-
consideração a resistência interna das mesmas quando se laridades não estejam no mesmo sentido, elas vão se opor
deseja um cálculo mais preciso da f.e.m fornecida pelo gera- mutuamente. 51
dor. Quando a resistência interna da fonte for desprezível po-
demos suprimi-la do cálculo.
15No caso da d.d.p. entre dois pontos de mesma polaridade teremos como
tensão resultante a diferença entre suas respectivas tensões. Figura 35- Associação de fontes em série. Polaridade direta (a) e po-
laridade reversa (b). Disponível em: <
http://www.ufrgs.br/eng04030/aulas/teoria/cap_04/assocfon.htm >. vidual da fonte (pilha), uma vez que vai ocorrer uma divisão
Acesso em: 08/06/2012.
do fluxo de elétrons que sai de cada pilha. Apresenta como
vantagem um aumento da vida útil da pilha, pois a mesma
está fornecendo apenas uma fração de sua corrente total.
Quanto à interligação teremos a ligação de positivo com posi-
tivo e negativo com negativo, ou seja, ligam-se os terminais
positivos e negativos entre si.
AQ = + " + * +⋯+ P
16Neste caso esta corrente não vai ser fornecida para a carga, logo a
A associação em paralelo normalmente é utilizada mesma será perdida, o que não é proposito de uma associação de gera-
dores.
quando a corrente do circuito excede o valor da corrente indi-
ralelo obteremos como resultado uma tensão: potencial que provocará o alinhamento e o consequente mo-
vimento ordenado das cargas elétricas no interior do condutor,
AQ = = " = * =⋯= P ou seja, pode-se fazer com que este fluxo de elétrons possa
17
O fluxo líquido de elétrons em qualquer direção especifica é igual a zero.
ser utilizado para realizar trabalho elétrico, dependo do con- Não pode existir corrente elétrica sem que exista previ-
trole de sua direção e magnitude. amente uma tensão elétrica. A corrente elétrica surge como
uma consequência da tensão elétrica, ou seja, a corrente elé-
Os elétrons passam a se deslocar em direção ao polo
trica é uma reação a tensão aplicada.
positivo do gerador, gerando um fluxo de elétrons do terminal
negativo para o terminal positivo da fonte, uma vez que o polo Na física do ensino médio os autores também definem
positivo da fonte estabelece um campo elétrico positivo capaz a corrente como sendo o fluxo de elétrons de um ponto com
de atrair elétrons livres e o polo negativo por sua vez gera um excesso de elétrons para um ponto com falta de elétrons ou
campo elétrico negativo que vai repelir os elétrons livres em ainda como a movimentação ordenada destas cargas negati-
circulação. Ex. uma lâmpada de lanterna ligada através ten- vas em sentido contrário ao campo elétrico.
são fornecida por uma pilha (estabelecendo um caminho fe-
A corrente elétrica é representada pela letra S e sua 54
chado entre os polos da pilha passando pela lâmpada a
unidade de medida é o Ampere: A (homenagem ao cientista
mesma acenderá com resultado da passagem dos elétrons
André Marie Ampére).
pelo seu filamento.).
1 X = 6,28 × 10 / [C 2
19.1. Intensidade da corrente elétrica ( )
Uma análise da expressão acima nos permite afirmar
56
que, considerando-se intervalos iguais de tempo, quanto mai-
A intensidade da corrente elétrica é representada pela or a carga elétrica que atravessa a secção transversal do fio,
letra S e corresponde a quantidade ou a rapidez no qual certa maior será a respectiva corrente resultante.
quantidade de cargas elétricas ( ) atravessa a secção trans-
versal de um condutor elétrico em um determinado instante de
tempo .
Matematicamente:
| | 7
S= CS= ⟹ 7 = S × ΔU 18 Popularmente muitos técnicos se referem à corrente elétrica utilizando o
ΔU ΔU
termo amperagem.
elétrica em calor, aumentando a temperatura do material e do associada principalmente aos dispositivos denominados de
meio circundante ao mesmo. resistores.
Normalmente a resistência elétrica é representada pela Os resistores são dispositivos destinados a transformar
letra ^. energia elétrica exclusivamente em calor (convertem energia
elétrica em energia térmica). Desejando-se medir a resistên-
No caso de circuitos de corrente alternada o conceito
cia de um resistor ou de outro dispositivo faremos uso de um
de resistência é substituído pela grandeza impedância, con-
instrumento intitulado ohmímetro, sendo este conectado em
forme estudaremos em momento mais oportuno.
paralelo com o dispositivo a ser medido. Outro aspecto rele-
Qualquer elemento ou dispositivo que ofereça dificul- vante relacionado aos ohmímetros é o fato de que os mesmos
dade ou oposição ao fluxo de elétrons vai corresponder a uma só podem ser ligados a circuitos que estão desenergizados,
59
resistência elétrica. Ex.: Filamento da lâmpada incandescente, sob pena de que, em caso contrário o valor apresentado pelo
resistência de um chuveiro elétrico, resistência de um ferro de equipamento será impreciso ou em casos mais extremos po-
passar roupa, aquecedores elétricos, estufas, dentre inúmeros de ocorrer a queima do ohmímetro.
outros.
Nas situações nas quais o resistor está ligado direta-
A unidade de resistência elétrica no sistema internacio- mente na placa, o mesmo deve ter pelo menos um de seus
nal de unidades é o Ohm representado pela letra grega ôme- terminais desconectados da mesma, pois a resistência indica-
ga: Ω (homenagem ao cientista alemão George Simon Ohm). da pelo instrumento pode não corresponder ao valor real, uma
Nos circuitos elétricos e eletrônicos a resistência elétrica é vez que os demais dispositivos da placa podem influenciar na
medição.
A simbologia gráfica de uma resistência elétrica (resis- res comuns ou convencionais) e 2% e 1% (resistores
tor) é apresentada abaixo: de precisão: utilizados em circuitos cujos valores de re-
sistência são críticos).
Não são mais fabricados. Seu corpo é constituído por 22. Associação de resistores
porcelana isolante.
O primeiro anel a ser lido é aquele que se localiza mais 22.1. Associação série
próximo de um dos terminais do resistor.
^ % = _ ^`
os resistores de forma sequenciada (seguindo um único traje-
`]
to, ou seja, um seguido do outro) de modo a oferecer um úni-
co percurso ou caminho para a passagem da corrente elétrica Onde ^ % : Resistência elétrica equivalente total em
durante toda a extensão do circuito, ou seja, nesta associação ohms (Ω), 4: Número total de resistores associados em série.
a corrente que passa por todos os resistores é a mesma.
circuito elétrico, ou seja, nesta associação as correntes de- Onde ^ % : Resistência elétrica equivalente total em
pendem dos valores dos resistores. ohms (Ω), 4: Número total de resistores associados em para-
lelo.
No caso da associação paralela que permanece cons-
tante é a tensão, logo a tensão nos terminais dos resistores Outro caso particular corresponde à associação parale-
será a mesma. la entre vários resistores de mesmo valor, onde o resistor
equivalente vai corresponder ao valor do resistor dividido pela
A associação de múltiplos resistores em paralelo pode
quantidade total de resistores associados. Matematicamente:
ser reduzida a um resistor equivalente total cuja expressão é
apresentada abaixo: ^
^ % =
4
1 1 1 1 1
=
^ % ^
+ +
^" ^*
+ ⋯+
^\ Onde ^ % : Resistência elétrica equivalente total em
63
ohms (Ω), 4: Número total de resistores associados em para-
Ou escrevendo de outra maneira:
lelo e ^: Valor dos resistores associados em ohms.
\
1
^ % = _ Em todos os casos o resistor equivalente total deve ter
^`
`] valor sempre menor que a menor resistência associada.
^ × ^"
^ % =
^ + ^"
^bd × ^dc
^e =
^bc + ^bd + ^dc
^dc × ^bc
^G =
^bc + ^bd + ^dc
Transformação Y – Δ:
^b ^d + ^d ^c + ^c ^b
^bc =
^d
^b ^d + ^d ^c + ^c ^b
^bd = Figura 48- Ponte de Wheatstone. Disponível em: <
^c
http://www.mspc.eng.br/elemag/celetr0250.shtml >. Acesso em:
02/01/2015. 65
^b ^d + ^d ^c + ^c ^b
^dc =
^b O circuito ponte pode ser analisado segundo dois com-
portamentos:
22.5. Ponte de Wheatstone
a) Ponte equilibrada;
b) Ponte desequilibrada.
Configuração especial para ligação de resistores muito
Dizemos que a ponte está equilibrada quando o ramo
utilizada na instrumentação eletrônica. Abaixo apresentamos
central da mesma (resistor R5) não é percorrido por corrente
este arranjo:
elétrica (A tensão nos terminais de R5 será igual a zero). Nes-
ta configuração teremos:
A análise da lei de ohm nos permite afirmar que: iguais submetidos a inúmeros ensaios permaneciam com os
mesmos valores de resistências.
18
1Ω =
1X Para cada material foi associado uma constante de
rial. Logo, a resistência elétrica é diretamente proporcional ao las e elétrons do material, dificultando o movimento das car-
comprimento do condutor. gas elétricas, logo temos um aumento da resistência.
23.2.3. Área da secção transversal Para vencer esta dependência da temperatura são utili-
zadas ligas metálicas especialmente preparadas para, mesmo
com grandes aumentos de temperatura, sofrer apenas pe-
Em laboratório foi constatado que a resistência elétrica
quenas variações em sua resistência. Outra exceção são al-
de um condutor é inversamente proporcional à área de sua
guns compostos iônicos e a grafita, onde aumentos de tempe-
secção transversal. Logo, quanto maior a área da secção me-
ratura geram a diminuição da resistência, fato que pode ser
nor a resistência elétrica do mesmo.
explicado pelo aumento do número de elétrons livres criado
pela quebra das ligações ocasionado pelo aumento da tempe-
68
23.2.4. Temperatura ratura (a geração de elétrons livres supera o aumento do grau
de agitação das partículas).
O aumento da temperatura implica em aumento da re- Outro comportamento a ser destacado é a diminuição
sistência elétrica, em função do proporcional aumento do grau da resistência dos líquidos com o aumento da temperatura. O
de agitação (vibração interna e movimento) das partículas acréscimo de temperatura provoca uma diminuição da visco-
constituintes do material. sidade dos líquidos, que gera maior mobilidade dos íons, logo
gera uma menor resistência no líquido.
Esta maior agitação ou maior mobilidade faz com que
aumente a quantidade de choques e colisões entre as partícu- De um modo geral, pode-se afirmar que, quando com-
parados com os outros parâmetros, a temperatura tem menor
influência sob a resistência elétrica de um determinado mate- Quanto maior o comprimento do condutor, maior a re-
rial. sistência;
Quanto maior a área de um condutor, menor sua resis-
Matematicamente a 2ª Lei de Ohm corresponde ao
tência.
equacionamento abaixo:
Uma avaliação da equação matemática que rege a 2° Quanto às aplicações podemos citar: Chuveiro elétrico,
lei de Ohm nos permite concluir que: torradeira, ferro de passar roupa, torneiras elétricas, etc.
Quanto maior a resistividade, maior a resistência do Todos os materiais, em maior ou menor proporção,
condutor, e esta depende da temperatura, por este mo- manifestam o efeito joule ao serem percorridos por corrente
tivo normalmente a 2° lei de Ohm é aplicada a materi- elétrica. Determinadas aplicações, tais quais as descritas no
ais que estão localizados na temperatura ambiente; parágrafo anterior, transformam esta característica em um
benefício, entretanto existem situações em que estas perdas A potência elétrica no sistema internacional de unida-
térmicas são indesejadas como, por exemplo, em motores des (SI) tem com unidade de medida o watt (W). A potência
elétricos, pois nestes o calor influencia diretamente no seu elétrica é representada pela letra P.
rendimento (a resistência elétrica, dos fios das bobinas do
A fórmula matemática para o cálculo da potência elétri-
motor, se aquecem por efeito joule).
ca dissipada em circuitos de tensão contínua é:
Este calor gerado é considera uma energia perdida ou
r =8×S
de forma mais técnica uma energia dissipada, uma vez que
ocorre uma troca de calor com o meio ambiente. Sendo: r: Potência elétrica em watts (W), 8: Tensão
elétrica em volts (V) e S: Corrente elétrica em amperes (A).
25. Potência elétrica em corrente contínua A associação da expressão da potência elétrica com a 70
primeira lei de ohm nos permite obter mais duas expressões
Ex.: Calcule a potência de um resistor de 200 ohms carga que a mesma alimenta, ou escrevendo de outra forma:
alimentado por uma fonte DC de 10 volts. a máxima transferência de potência ocorre quando a impe-
dância da fonte é igual à impedância fora da fonte. Este as-
s( t(
r= pecto é chamado de casamento de impedância.
g
= "tt = 0,5 Watts.
Do mesmo modo que os equipamentos e dispositivos Ex.: A impedância de saída de um amplificador de áu-
possuem uma tensão máxima de trabalho, os mesmos vão dio deve ser igual à impedância de suas caixas de som. Se
possuir uma potência máxima de dissipação. Se este parâme- esta condição for satisfeita o máximo de potência gerada pelo
tro for ultrapassado o dispositivo aquecerá excessivamente e amplificador será transferida para as caixas. Ressaltamos que
vai queimar. as caixas devem ser dimensionadas para suportar esta po-
tência máxima.
Nos circuitos alimentados por tensão alternada, a po- 71
tência a ser calculada é a potência RMS, exceto quando se
desejar a potência de pico ou pico a pico. 27. Circuitos elétricos em corrente contí-
nua
cela da corrente da fonte. Por consequência afirmamos que 28.1. Conceitos Básicos de Analise de Circuitos
num circuito paralelo a corrente da fonte vai se dividir sobre
O entendimento das técnicas de análise de circuitos
cada elemento que constitui o mesmo, entretanto a tensão
depende diretamente do entendimento das definições que se
nos terminais dos bipolos vai permanecer constante.
seguem:
27.3. Circuito misto Nó: ponto de interligação entre dois ou mais elementos
Reúne resistores interligados de modo aleatório (série do circuito;
e paralelo simultaneamente). Possui características das duas Ramo: caminho único de um nó até outro;
características anteriores. Laço: qualquer percurso fechado do circuito;
Malha: percurso fechado do circuito sem subdivisão.
19
Resistor equivalente total ou simplesmente resistor total.
3° Passo: Aplicar a lei de Ohm nos diversos ramos do positiva e sai negativa).
circuito obtendo assim as correntes e tensões nos bipo- b) Ao atravessar uma fonte de tensão deve-se manter o
28.3. Resolução por leis de Kirchhoff Na resolução de circuitos com mais de duas fontes po-
demos utilizar duas técnicas principais:
Trata-se da aplicação da 1° e da 2° lei de kirchhoff
apresentadas a seguir. a) Resolução por correntes de ramo;
b) Resolução por correntes de malha/laço.
28.3.1. 1° lei de Kirchhoff – Lei das correntes
74
A soma das correntes que chegam ao nó deve ser igual Resolução por correntes de malha/laço
a soma das correntes que saem do nó, ou ainda, a soma al-
gébrica das correntes em um nó deve ser igual a zero. Em geral aplica-se a sequência de passos listados
abaixo:
28.3.2. 2° lei de Kirchhoff – Lei das tensões
1° Passo: Atribuir uma corrente para cada malha;
Num percurso fechado do circuito a soma algébrica das
quedas de tensão deve ser igual a zero. 2° Passo: Polarizar os bipolos elétricos;
Para resolução dos circuitos devem ser respeitadas as 3° Passo: Aplicar a lei das tensões para cada uma das ma-
regras abaixo: lhas e obter as respectivas equações;
4° Passo: Montar o correspondente sistema de equações e 2° Passo: Calcular o RTH neste ponto, desligando as fontes
resolver o mesmo. do circuito;
Neste tópico abordaremos os teoremas de Thévenin e 4° Passo: Substituir o circuito original apenas por VTH e RTH;
Norton utilizados como alternativa a resolução de circuitos
5° Passo: Reconectar o trecho de interesse e calcular as
elétricos pelos métodos apresentados anteriormente.
grandezas desejadas.
29.1. Teorema de Thévenin
75
Uma rede de resistores e fontes pode ser substituída 30. Capacitores
por uma única fonte de tensão e uma única resistência equi-
valente, ao qual chamaremos respectivamente de tensão de
ispositivos elétricos, em geral, de dois termi-
Thevenin (VTH) e resistência equivalente Thevenin (RTH).
nais, constituídos internamente por duas pla-
Para utilização deste teorema devem ser seguidos os D cas metálicas separadas fisicamente por um
Múltiplos de 10
f 1 1
1000 10* 0,0001 10
10f 10000
10000 10f 1 1
h
0,00001 10
10h 100000
100000 10h
1000000 10,
A representação de números muito grandes ou muito 77
pequenos na forma de potências de 10 simplifica as opera-
Tabela 3-Exemplo de submúltiplos de base 10 ções matemáticas entre tais números. Abaixo alguns exem-
plos destas manipulações algébricas:
Submúltiplos de 10
Potência Potência de
Forma Forma
de Base Base 10 Ex1:
Convencional Fracionária
10 Fracionária
100 × 1000 = 10" × 10* = 10 L"'*M = 10h
1 1
0,1 10 Ex2:
10 10
Ex3:
Submúltiplos
Mili ) 10 *
[ 0,001] MARKUS, Otávio. Circuitos Elétricos: Corrente Con-
tínua e Corrente Alternada. 4. ed. São Paulo: Érica, 2001.
,
Micro + 10 [ 0,000001]
LOURENÇO, Antônio Carlos de; CRUZ, Eduardo Cesar
Nano 10 [ 0,000000001] Alves; CHOUERI Júnior, Salomão. Circuitos em Corrente
" Contínua. 2. ed. São Paulo: Érica, 1996.
Pico - 10 [ 0,000000000001]
ALBURQUEQUE, Rômulo Oliveira. Circuitos em Cor-
rente Alternada. São Paulo: Érica, 1997.
Referências
SILVA FILHO, Matheus Teodoro da. Fundamentos de
Eletricidade. Rio de Janeiro: LTC, 2007.
TORRES, Gabriel. Fundamentos de Eletrônica. Rio 79
de Janeiro: Axcel Books, 2002.