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O Afrofuturismo Feminino Na Música PDF
O Afrofuturismo Feminino Na Música PDF
São Paulo
2019
1. Introdução
Sun Ra, nome artístico do músico, produtor e filósofo Herman Poole Blount, foi
o líder da Sun Ra Arkestra. Misturando o gênero musical Jazz com críticas ao racismo,
ancestralidade e protagonismo negro no filme Space is the Place (1974), e em todas
as suas outras obras musicais, Sun Ra foi o expoente do movimento afrofuturista ao
reencontrar as narrativas e os elementos artísticos-culturais do Egito antigo e
adicionar aos mesmos o futuro espacial, os apresentando como uma possível
libertação do povo em africano em diáspora.
Usando disso, o afrofuturismo abraça sua ancestralidade egípcia para, junto com
a ideia de futuro high-tech e decolonial, onde o negro tem o seu devido lugar na mesa
da história, criar estéticas que exaltam a negritude e a majestosa ancestralidade da
África.
Para criar essa estética tão singular o afrofuturismo faz uso de elementos da
ancestralidade e da arte africana. Inspirados pela natureza, e não a copiando, os
artistas africanos sempre criaram formas e elementos completamente novos em
comparação a arte europeia. Com formas que somente sugerem uma forma pré-
existente e que deixam a cargo da imaginação criar um realismo conceitual, a arte
africana foi influência direta pra o modernismo surgido no ocidente da Europa.
Monáe lançou seu primeiro EP, Metropolis Suit I (The Chase) em 2007 e
dedicou três álbuns posteriores ao seu cenário futurístico conceitual, Metropolis, em
que a narrativa de uma androide fugitiva numa sociedade distópica traz elementos
para pensar a segregação racial e social no presente dos EUA, assim como a
identidade social negra e a libertação das opressões de raça e sexualidade.
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