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Aluno: Rafael Augusto de Brito Lópes – Psicologia Noturno

Professora: Drª. Marianne Ramos Feijó

Disciplina: Bases epistemológicas do pensamento sistêmico e complexo

Atividade sobre o capítulo 9 – A visão sistêmica da vida, do livro Ponto de


mutação de Fritjof Capra

No capítulo 9, Capra apresenta uma necessidade de formulação de um novo


paradigma - modelo adotado para realizar ciência, o mesmo parte da apresentação
de uma crítica frente ao modelo atual que possui um caráter redutor e mecanicista.

Esse novo paradigma, deveria então ultrapassar a redutibilidade que é a ideia


de disciplinas, em que o conhecimento se restringe a uma área específica
comunicando-se pouco ou não havendo comunicação entre si, ou seja, é importante
a busca pela interdependência dos fenômenos, sendo eles muito mais abrangentes
do que então é defendido. Dessa forma apresentando uma visão globalista que
passa a tratar os problemas de forma mais abrangentes e eficazes.

Sua defesa pela interdependência surge através da constatação de que os


organismos possuem um caráter de não-somatividade, ou seja, funcionam de forma
sistemática em que a soma das partes é inferior ao resultado final. Exemplificando,
um ecossistema possui diversas interações que não podem ser descritas
simplesmente pelo conjunto de itens presentes, múltiplas características destes são
dependentes de interações, fatores como clima, e até a sobrevivência de alguns
seres só ocorrem dada a essa coexistência. E nesse novo paradigma, todas as
partes que afetam o individuo devem ser enxergados como igualmente relevantes.

É identificável também a presença de princípios de auto-organização nos


organismos, consiste em dizer que os organismos possuem certo grau de autonomia
em que sua estrutura e função são estabelecidas pelo próprio sistema. Apontando
também que cada organismo possui certa diferenciação que não é possível
encontrar em máquinas.

Esse conceito de auto-organização é contrário ao mecânico, pois as


máquinas são criadas de forma que sua estrutura e função são previamente
estabelecidas, operando de forma linear, por exemplo, se uma peça X é
comprometida ela interfere nas outras que estão linearmente conectadas. Pensando
de forma sistêmica isso não é possível de constatar, já que em cada momento é
possível obter um resultado diferente, um exemplo é imaginar os fenômenos que
interferem na vida de uma pessoa, as mesmas possuem aspectos biológicos,
sociais, históricos, psicológicos e culturais com todos eles interferindo ao mesmo
tempo, não sendo possível afirmar que existe uma causa única para os fenômenos,
tendo então um sistema em que todos os fatores estão relacionados e interferindo
entre si, o conceito utilizado para isso seria o de Circularidade. A própria estrutura
do organismo possui um estado de não-equílibrio, ou seja, o mesmo está em
constante mudança e exigindo necessidades diversas a todo o momento.

Outro fator que possui uma relevância muito importante para entender essa
mudança paradigmática é o conceito de equifinalidade, que seria as diversas formas
de se obter o mesmo resultado, saindo dessa concepção fechada e determinista.

Concluindo, nesse capítulo Capra critica os paradigmas atuais, propõe então


uma nova forma de atuar e enxergar os seres para que seja mais abrangente e
assim promova uma forma mais efetiva de lidar com a vida.

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