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AULA 14 – PARTE 02

ANDROGENESIA UMBANDISTA
Gostaria de dizer que alguns assuntos são realmente de difícil compreensão, então é muito
importante a leitura e também é importante que mesmo que você não entenda de imediato, continue
estudando. Mesmo na leitura, se você estiver fazendo a leitura do livro de Doutrina e Teologia de
Umbanda, Código de Umbanda, Gênese de Umbanda e se por um acaso algum assunto você não
entender continue lendo. Mais para frente, o assunto que você não entendeu será explicado de outras
maneiras diferentes. Sei que não é fácil entender Androgenesia mas procure assistir ou ouvir essa aula,
ler uma duas três vezes sobre o assunto.
Eu recebi emails de alguns alunos com dúvidas e peço desculpas aos alunos que eu não
respondi por email, tenho uma dificuldade muito grande em responder email porque simplesmente eu
não consigo ler tudo o que chega, por favor me desculpem. Hoje eu não dou conta do que chega de
email e, pelo menos por enquanto, eu não colocaria outra pessoa para ler os emails. Por mais que a
sua pergunta seja pessoal ou de outro assunto, ainda é melhor colocar sua pergunta na plataforma do
que mandar por email. Na plataforma é mais fácil para eu responder.
Procure uma compreensão, faça uma leitura sobre esse assunto. Não entendeu ? Continue que
com o tempo nós vamos voltando e tentando entender melhor. Vou pegar um outro olhar sobre o
mesmo assunto que é a Androgenesia, um olhar que vai contemplar os planos da vida, as diferentes
realidades pelas quais já passamos e que chamamos de plano da vida.
A nossa origem é Deus. Eu posso explicar Deus de muitas maneiras, entre elas a fonte original
ou ainda um útero divino onde estamos na nossa origem como centelhas de Deus. Um número infinito
porque Deus é infinito de centelhas habitando esse útero divino. Essas centelhas são concebidas desta
realidade primeira ou desta realidade original, dela nós somos concebidos ou gerados para o primeiro
plano da vida. Isto não tem nada a ver com nascimento ou reencarnação porque nós estamos falando
da nossa origem muito antes de nos tornarmos humanos. Somos uma centelha dentro de Deus. Essa
centelha vai ser concebida, ou seja, vai sair de uma realidade para outra, vai virar luz para outra
realidade. Essa realidade primeira, a partir do útero divino, é chamado PRIMEIRO PLANO DA VIDA.
É um plano que acolhe apenas os seres chamados fatorais que são absolutamente
inconscientes do que está acontecendo. Para essa centelha vir do útero divino ao plano fatoral, é
necessário um pai e uma mãe, ou seja, um casal de divindades que envolvem energeticamente essa
centelha e a atraem ao primeiro plano da vida, é como uma concepção. Então vamos supor desta
maneira, uma estrela de cinco pontas simbolizando Oxalá, junto com qualquer mãe, no caso um
coração simbolizando Oxum. O pai e a mãe envolvem a centelha e atrai essa centelha para primeiro
plano da vida chamado de PLANO FATORAL.
Quando essa centelha chega ao plano fatoral, ela é envolvida pela energia do pai e a energia da
mãe, então é o primeiro pai e primeira mãe, o primeiro casal de divindades, nosso pai e mãe ancestral,
nossos orixás ancestrais. Nesse momento, um deles é dominante no modo de envolver e atrair o filho
ou a filha. Se o pai é dominante lhe dá uma natureza masculina, se a mãe é dominante lhe dá uma
natureza feminina. Vou considerar que o pai é dominante, simbolizo o filho por uma estrela de cinco
pontas que é o ser fatoral, é a centelha da vida envolvida pela energia do pai e da mãe.

Teologia de Umbanda Sagrada / Tutor: Alexandre Cumino Página 1


Ela toma uma forma que é a forma do magnetismo, da vibração do pai e da mãe e aí se torna
uma estrela da vida (isso que nós chamamos de estrela da vida, está no primeiro plano da vida). Do
primeiro plano da vida, que é o plano fatoral, para o segundo plano da vida que é o PLANO
ESSENCIAL, outro pai e outra mãe envolvem este ser e o atrai do plano fatoral para o plano essencial.
E assim começa uma jornada, uma caminhada. Esse ser ou esse filho, que somos nós, de plano em
plano, realidade em realidade, vai se alimentando, absorvendo as qualidades do pai e da mãe, vai
crescendo e de um ser inconsciente que é o ser fatoral e o ser essencial inconsciente, de uma centelha
inconsciente ou um ser inconsciente no primeiro e no segundo plano da vida, vai se tornando um ser
ELEMENTAL INTUITIVO no terceiro plano, vai se tornar EMOCIONAL no quatro plano, SER
ENCANTADO SEMI-CONSCIENTE no quinto plano, ser NATURAL CONSCIENTE no sexto plano que
é o plano em que nós estamos.
O PLANO NATURAL tem 77 dimensões, nós estamos na dimensão humana. O sexto plano é
onde se aprende a lidar com o livre arbítrio e quando isso acontece sai do sexto plano para o sétimo,
CELESTIAL, que é o retorno para Deus. Os seres celestiais sentem-se na presença de Deus. Um pai e
uma mãe atraiu um ser fatoral para a realidade essencial e esse ser vai absorver essências do pai e da
mãe orixá essencial. Antes ele tinha um pai e uma mãe, orixás fatorais, agora um pai e uma mãe orixá
essencial. Tem um Oxalá fatoral, Oxum fatoral...na qualidade essencial tem Oxalá essencial, Oxum
essencial porque agora ele está se alimentando de essência, está nessa realidade que foi trazido por
um pai e uma mãe.
Quando ele alcançar um nível de maturidade ou de saturação, o ponto ideal de crescimento e
evolução no segundo plano da vida, então ele vai para o terceiro plano da vida que é o elemental, ou
seja, um pai e uma mãe orixás elementais. Qualquer pai e qualquer mãe porque em cada realidade eu
vou aprender, receber e absorver as qualidades de um e de outro pai e de outra mãe. Assim nós vamos
entendendo que somos filhos de todos os orixás. Na nossa origem, um pai e uma mãe são os pais
originais, os orixás ancestrais, mas em cada realidade um novo pai, uma nova mãe me recebe e me
acolhem.
Agora um pai e uma mãe elemental. A realidade elemental tem 7 dimensões. É como se fossem
sete portas, sete realidades que tenho para entrar, ou seja, todas múltiplas de sete: sete dimensões
elemental cristalina, elemental, mineral, elemental vegetal, elemental ígnea, elemental eólica, elemental
telúrica e elemental aquática. Um pai e uma mãe me atraem da realidade essencial para a realidade
elemental. Quando eu chego na realidade elemental começo a me tornar um ser intuitivo. Aqui, dizemos
que o ser começa a tomar formas, não tem nada a ver com ser humano, nascer na realidade humana, é
a infância do espírito, a infância e o crescimento da minha essência, do meu ser.
Agora sou um ser elemental em uma realidade que tem sete dimensões. TERCEIRO PLANO
DA VIDA com sete dimensões. Vou ficar aqui enquanto absorver o que tenho que absorver de energia
elemental até que eu seja atraído para a realidade dual. Nessa REALIDADE DUAL (dois elementos), já
tomando forma, eu tenho 33 dimensões. Na página 100 do livro Doutrina e Teologia De Umbanda, nós
encontramos as 33 dimensões da realidade dual em que se combina dimensão cristalina-eólica,
cristalina-vegetal, eólica-mineral. Alguns elementos não formam dimensão nessa realidade, como por
exemplo o fogo e a água, por isso são 33 e não 49. Então eu me torno um ser dual no quarto plano da
vida. Sou um ser emocional, já tenho intuição, estou desenvolvendo o campo emocional até que eu
alcance o quinto plano da vida, o PLANO ENCANTADO com 49 dimensões.
O PLANO DUAL tem 33 dimensões, o quinto plano da vida tem 49 dimensões. É como se eu
estabelecesse 49 realidades dentro do quinto plano, nós entramos em uma das 49 realidades, um pai
uma mãe que nos atraem para o plano encantado. No plano encantado estão os seres encantados que
nós costumamos chamar de encantados da natureza.

Teologia de Umbanda Sagrada / Tutor: Alexandre Cumino Página 2


Aqueles encantados que tem mais qualidades de Iemanjá, nós chamamos de Encantados de
Iemanjá. Os encantados que tem mais qualidade de Oxossi chamamos de Encantados de Oxossi. São
infantis com relação a nós, há algumas Crianças que incorporam na Umbanda que são seres
encantados. Há Crianças que incorporam na Umbanda que nunca encarnaram e há Crianças que só
encarnaram uma única vez e nunca foram adultos. Estou com um pé em uma realidade e o outro na
nossa. São mais encantados que naturais. Então o ser encantado lembra uma Criança para nós, ele é
visto como uma Criança por nós. Muitas das Crianças da Umbanda são seres encantados. Nós
permanecemos nessa realidade encantada difícil de ser explicada porque é outro mundo, outra
realidade, nós já passamos por lá e éramos mais puros do que somos hoje.
Mas hoje somos mais conscientes do que éramos ontem. As Crianças são puras, eu perdi essa
pureza mas ganhei em consciência, agora eu tenho que recuperar a pureza com consciência, esta é a
idéia de que o reino dos céus é das Crianças, eu não vou voltar a ser Criança inconsciente mas eu devo
me purificar consciente para me tornar Criança do ponto de vista de merecimento, de purificação. Da
realidade encantada, uma realidade que tem 49 dimensões, eu passo para o plano natural.
O sexto plano da vida que é o PLANO NATURAL, tem 77 dimensões, tem 77 realidades. O
plano natural é o plano da consciência e do livre arbítrio, uma realidade anterior a nossa.

Quando éramos seres encantados, éramos semi-conscientes e não tínhamos livre arbítrio.
O que quer dizer que não tínhamos livre arbítrio ?

É que estávamos o tempo todo sob a tutela de um pai, de uma mãe, de um orientador
mostrando para nós o que faz, o que não faz, para onde vai e não vai, o que pode e não pode fazer,
mas quando entramos no plano natural nós ficamos soltos a mercê do nosso próprio livre arbítrio para
nos tornarmos seres conscientes e responsáveis por aquilo que fazemos. É como se fala na Umbanda,
“a semeadura é livre e a colheita é obrigatória” e isso é vivido na prática enquanto ser humano, isso é
uma verdade à todos os seres humanos. Somos oniscientes e estamos aprendendo a usar o livre
arbítrio e por isso nos tornamos humanos.
O mesmo livre arbítrio que me leva aos céus me leva também ao contrário, ele fica a mercê das
minhas vontades, desejos e escolhas. Nós nascemos para fazer escolhas, para aprender com as
nossas escolhas. A realidade humana neste plano é uma das 77 dimensões. Há outras dimensões em
que a presença deste ou daquele orixá é mais forte, então quando há uma dimensão natural em que a
presença de um orixá é mais forte, eu digo que aquela é uma Dimensão de Iemanjá ou o Reino de
Iemanjá. É de lá que vem os seres ou entidades Iemanjá que incorporam. Quando estes seres
incorporam é que nós dizemos que “incorporou uma Iemanjá”, um ser de uma realidade paralela ou de
um reino da natureza, ou seja, uma dimensão paralela a dimensão humana.
Os pontos de força na natureza são portais naturais entre dimensões que me nos permitem
transitar de uma dimensão a outra quando há autorização para isso. Quando evoluímos da condição
encantada para a condição natural, a gente chega ao sexto plano da vida: PLANO NATURAL e
especificamente nós humanos, ao chegarmos neste plano entramos na dimensão humana. A dimensão
humana tem contraparte material e espiritual. Nós, seres naturais humanos, vivemos em uma realidade
reencarnacionista, encarnamos e desencarnamos até que alcancemos um certo estágio de evolução e
não precisemos encarnar mais. Então em astral, acendemos até a sétima e quando alcançamos a
sétima faixa vibratória positiva, chegamos no sétimo plano da vida que é o PLANO CELESTIAL.

Teologia de Umbanda Sagrada / Tutor: Alexandre Cumino Página 3


Neste plano tudo é luz, não há forma. Todos os seres são seres de luz, posso simbolizá-los por
uma estrela. Aqui estão aqueles que voltaram ao pai, a Deus porque eles tem a consciência de que nós
e Deus somos um. Não consciência teórica, intelectual, eles sentem-se na presença e unidos a Deus,

voltaram a Deus, essa volta é consciencial. No sexto plano da vida, eu sou um ser natural.
Especificamente nós somos seres naturais evoluindo em uma realidade humana que é a dimensão
humana.
Recapitulando: em cada encarnação, para cada encarnação, um pai e uma pais orixás diferentes
nos acolhe, então para cada encarnação um orixá de frente e um de juntó (ou adjunto). Orixá de frente
é o orixá que vibra no chakra coronal, pega a consciência e o racional. Orixá de juntó vibra na parte de
traz do mesmo chakra e pega a inconsciente e emocional. Todos nós temos um casal de orixás que
forma o orixá de frente e o orixá de juntó. A cada encarnação eles mudam, o que não muda é a minha
origem, meu orixá ancestral que vibra no centro do chakra coronal. Aquele que nós chamamos de pai
de cabeça é o orixá de frente que, muitas vezes é cuidado pela coroa mas ele vibra de frente, pai de
cabeça é o orixá de frente.
E o ancestral é quase impossível a leitura, é a essência original, por isso que não muda. Com
calma e devagar nós vamos entendendo o conceito de pai e mãe orixá. Eu espero que aqui tenha
ajudado a entender o que é o ser natural. Quando faz uma gira de Ogum (não Caboclos de Ogum), de
Oxum, Iemanjá, Nanã, Oxum...Quando incorpora uma Oxum e ela não fala é um ser natural, quer dizer
que veio de outra realidade.

Por que não fala ? Por que não sabe falar ?

Não fala porque não vem para falar, vem de uma realidade que não é humana, está ligada a nós
por afinidade.

Para que um orixá incorpora ?

Agente fala “incorporação de orixá” mas é a incorporação de um ser natural na vibração de um


orixá. Quando incorporo uma Oxum, ou seja, um ser natural que veio de uma dimensão natural paralela
regida por Oxum, quando essa entidade incorpora em mim a vibração no campo de Oxum em mim
alcança um ponto que sozinho eu não chego porque eu sou humano. Então o ser natural Oxum quando
está em mim, eleva a vibração em mim e no ambiente. Há um ponto que eu não chego sozinho e que
uma cabocla de Oxum não costuma chegar, mas uma natural de chega num ponto que muda toda
vibração do ambiente, muda toda vibração interna e permite uma experiência religiosa e mística com a
divindade.
Ela em si não é a divindade, mas o contato que ela tem com a divindade é tão grande que no
momento em que eu incorporo eu estou tendo uma experiência mística de encontro com a divindade de
uma maneira que eu não tenho quando estou incorporando um espírito, porque estou incorporando um
ser natural. Estamos falando mais especificamente de incorporação de orixá na Umbanda porque esse
curso é de Teologia de Umbanda. O ser encantado também é um ser que tem uma energia do orixá
muito forte e a diferença do ser encantado e do ser natural, é que o ser natural está no sexto plano da
vida, no mesmo plano que a gente, mas em outra dimensão.

Se ele está no mesmo plano que eu, como é que ele pode sair de lá e vir para cá ?

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Porque vem na condição de mestre, assim como um Caboclo, um Preto-Velho que também são
seres naturais que podem vir e se manifestar. Um ser natural de outra dimensão vem e se manifesta
porque tem autorização para isso por estar realizando um trabalho espiritual em prol da humanidade.
Quando ele se manifesta, acelera nossa evolução e eles levam algo do fator humano para a realidade
deles que lá também acelera. Quando um ser encantado incorpora em mim, a energia dele propicia
uma experiência minha na força do orixá que ele está. O contato de um ser encantado com um ser
humano acelera a evolução do ser encantado, então esse é o porque incorporar os seres encantados e
seres naturais, para ter uma experiência mística religiosa com uma força que eu desconheço ou que eu
não alcanço sozinho e, permitir que outras pessoas alcancem essa realidade por meio da manifestação
física no ambiente de terreiro.
É assim quando incorporamos Crianças na Umbanda, agente não precisa entender uma Criança
de Umbanda intelectualmente e não precisa explicar os problemas para ela, precisamos apenas brincar,
nos permitir envolver com a energia da Criança e quando estamos envolvidos com a energia daquela
Criança, a energia propicia uma experiência religiosa que envolve e faz uma cura, uma limpeza,
desobsessão, descarga de forma inconsciente. A energia por si só realiza o que deve ser realizado. O
contato meu com um ser mais puro permite uma experiência, um trabalho que acontece de forma
natural. Esses são os sete planos da vida que chamamos de Androgenesia.
Eu sei que é complexo então por favor, façam leituras sobre esse tema. Quem puder ter a
oportunidade de ler Orixás Ancestrais e gênese divina de Umbanda sagrada também. Quando
perguntaram a Einstein se ele acreditava em Deus ele respondeu que acreditava no Deus de Espinosa.
Eu também acredito no Deus do Espinosa, eu acredito em todas as formas de pensar Deus, mas uma
coisa é certa: é mais fácil entender a Androgenesia do que entender o Deus de Espinosa, embora seja
muito interessante o conceito de Deus a partir desse filósofo chamado Espinosa, um dos primeiros a
questionar a forma de pensar Deus a partir da Bíblia ou a visão de Deus Judaico-Cristã. Espinosa
questiona e apresenta uma nova forma de pensar Deus. É complexo porque tem muita informação, mas
não é algo complicado ou que agente se perca.
Se não entendeu assista / ouça a aula, leia o texto, espere uns dias, volte a ler outra vez. Se não
entendeu, mude de assunto depois volte para este assunto. Muito obrigado pela oportunidade de
estarmos juntos neste curso de Teologia de Umbanda, me desculpe por alguma falha, por algum erro,
algum atraso. Às vezes, por conta de assumir muitos compromissos eu atraso com algum...Atraso de
texto, vídeo, então me desculpe tenha absoluta certeza que nós estamos de corpo, mente e espírito
neste projeto do EAD, nos esforçando ao máximo. Estamos muito felizes e contentes com os
resultados, tanto eu quanto os Rodrigo Queiroz, Tais, toda equipe está envolvida de cabeça, alma e
muito satisfeitos com todos os resultados.
Muito obrigado a todos, que todos sintam que fazem parte deste trabalho que nós não
caminhamos sozinhos. Que Deus e nosso pai Oxalá nos abençoe aqui, agora e sempre.

Digitação: Danaíra S. M.
Aluna do Curso de Teologia de Umbanda Sagrada

Teologia de Umbanda Sagrada / Tutor: Alexandre Cumino Página 5

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