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ANDROGENESIA UMBANDISTA
Gostaria de dizer que alguns assuntos são realmente de difícil compreensão, então é muito
importante a leitura e também é importante que mesmo que você não entenda de imediato, continue
estudando. Mesmo na leitura, se você estiver fazendo a leitura do livro de Doutrina e Teologia de
Umbanda, Código de Umbanda, Gênese de Umbanda e se por um acaso algum assunto você não
entender continue lendo. Mais para frente, o assunto que você não entendeu será explicado de outras
maneiras diferentes. Sei que não é fácil entender Androgenesia mas procure assistir ou ouvir essa aula,
ler uma duas três vezes sobre o assunto.
Eu recebi emails de alguns alunos com dúvidas e peço desculpas aos alunos que eu não
respondi por email, tenho uma dificuldade muito grande em responder email porque simplesmente eu
não consigo ler tudo o que chega, por favor me desculpem. Hoje eu não dou conta do que chega de
email e, pelo menos por enquanto, eu não colocaria outra pessoa para ler os emails. Por mais que a
sua pergunta seja pessoal ou de outro assunto, ainda é melhor colocar sua pergunta na plataforma do
que mandar por email. Na plataforma é mais fácil para eu responder.
Procure uma compreensão, faça uma leitura sobre esse assunto. Não entendeu ? Continue que
com o tempo nós vamos voltando e tentando entender melhor. Vou pegar um outro olhar sobre o
mesmo assunto que é a Androgenesia, um olhar que vai contemplar os planos da vida, as diferentes
realidades pelas quais já passamos e que chamamos de plano da vida.
A nossa origem é Deus. Eu posso explicar Deus de muitas maneiras, entre elas a fonte original
ou ainda um útero divino onde estamos na nossa origem como centelhas de Deus. Um número infinito
porque Deus é infinito de centelhas habitando esse útero divino. Essas centelhas são concebidas desta
realidade primeira ou desta realidade original, dela nós somos concebidos ou gerados para o primeiro
plano da vida. Isto não tem nada a ver com nascimento ou reencarnação porque nós estamos falando
da nossa origem muito antes de nos tornarmos humanos. Somos uma centelha dentro de Deus. Essa
centelha vai ser concebida, ou seja, vai sair de uma realidade para outra, vai virar luz para outra
realidade. Essa realidade primeira, a partir do útero divino, é chamado PRIMEIRO PLANO DA VIDA.
É um plano que acolhe apenas os seres chamados fatorais que são absolutamente
inconscientes do que está acontecendo. Para essa centelha vir do útero divino ao plano fatoral, é
necessário um pai e uma mãe, ou seja, um casal de divindades que envolvem energeticamente essa
centelha e a atraem ao primeiro plano da vida, é como uma concepção. Então vamos supor desta
maneira, uma estrela de cinco pontas simbolizando Oxalá, junto com qualquer mãe, no caso um
coração simbolizando Oxum. O pai e a mãe envolvem a centelha e atrai essa centelha para primeiro
plano da vida chamado de PLANO FATORAL.
Quando essa centelha chega ao plano fatoral, ela é envolvida pela energia do pai e a energia da
mãe, então é o primeiro pai e primeira mãe, o primeiro casal de divindades, nosso pai e mãe ancestral,
nossos orixás ancestrais. Nesse momento, um deles é dominante no modo de envolver e atrair o filho
ou a filha. Se o pai é dominante lhe dá uma natureza masculina, se a mãe é dominante lhe dá uma
natureza feminina. Vou considerar que o pai é dominante, simbolizo o filho por uma estrela de cinco
pontas que é o ser fatoral, é a centelha da vida envolvida pela energia do pai e da mãe.
Quando éramos seres encantados, éramos semi-conscientes e não tínhamos livre arbítrio.
O que quer dizer que não tínhamos livre arbítrio ?
É que estávamos o tempo todo sob a tutela de um pai, de uma mãe, de um orientador
mostrando para nós o que faz, o que não faz, para onde vai e não vai, o que pode e não pode fazer,
mas quando entramos no plano natural nós ficamos soltos a mercê do nosso próprio livre arbítrio para
nos tornarmos seres conscientes e responsáveis por aquilo que fazemos. É como se fala na Umbanda,
“a semeadura é livre e a colheita é obrigatória” e isso é vivido na prática enquanto ser humano, isso é
uma verdade à todos os seres humanos. Somos oniscientes e estamos aprendendo a usar o livre
arbítrio e por isso nos tornamos humanos.
O mesmo livre arbítrio que me leva aos céus me leva também ao contrário, ele fica a mercê das
minhas vontades, desejos e escolhas. Nós nascemos para fazer escolhas, para aprender com as
nossas escolhas. A realidade humana neste plano é uma das 77 dimensões. Há outras dimensões em
que a presença deste ou daquele orixá é mais forte, então quando há uma dimensão natural em que a
presença de um orixá é mais forte, eu digo que aquela é uma Dimensão de Iemanjá ou o Reino de
Iemanjá. É de lá que vem os seres ou entidades Iemanjá que incorporam. Quando estes seres
incorporam é que nós dizemos que “incorporou uma Iemanjá”, um ser de uma realidade paralela ou de
um reino da natureza, ou seja, uma dimensão paralela a dimensão humana.
Os pontos de força na natureza são portais naturais entre dimensões que me nos permitem
transitar de uma dimensão a outra quando há autorização para isso. Quando evoluímos da condição
encantada para a condição natural, a gente chega ao sexto plano da vida: PLANO NATURAL e
especificamente nós humanos, ao chegarmos neste plano entramos na dimensão humana. A dimensão
humana tem contraparte material e espiritual. Nós, seres naturais humanos, vivemos em uma realidade
reencarnacionista, encarnamos e desencarnamos até que alcancemos um certo estágio de evolução e
não precisemos encarnar mais. Então em astral, acendemos até a sétima e quando alcançamos a
sétima faixa vibratória positiva, chegamos no sétimo plano da vida que é o PLANO CELESTIAL.
voltaram a Deus, essa volta é consciencial. No sexto plano da vida, eu sou um ser natural.
Especificamente nós somos seres naturais evoluindo em uma realidade humana que é a dimensão
humana.
Recapitulando: em cada encarnação, para cada encarnação, um pai e uma pais orixás diferentes
nos acolhe, então para cada encarnação um orixá de frente e um de juntó (ou adjunto). Orixá de frente
é o orixá que vibra no chakra coronal, pega a consciência e o racional. Orixá de juntó vibra na parte de
traz do mesmo chakra e pega a inconsciente e emocional. Todos nós temos um casal de orixás que
forma o orixá de frente e o orixá de juntó. A cada encarnação eles mudam, o que não muda é a minha
origem, meu orixá ancestral que vibra no centro do chakra coronal. Aquele que nós chamamos de pai
de cabeça é o orixá de frente que, muitas vezes é cuidado pela coroa mas ele vibra de frente, pai de
cabeça é o orixá de frente.
E o ancestral é quase impossível a leitura, é a essência original, por isso que não muda. Com
calma e devagar nós vamos entendendo o conceito de pai e mãe orixá. Eu espero que aqui tenha
ajudado a entender o que é o ser natural. Quando faz uma gira de Ogum (não Caboclos de Ogum), de
Oxum, Iemanjá, Nanã, Oxum...Quando incorpora uma Oxum e ela não fala é um ser natural, quer dizer
que veio de outra realidade.
Não fala porque não vem para falar, vem de uma realidade que não é humana, está ligada a nós
por afinidade.
Se ele está no mesmo plano que eu, como é que ele pode sair de lá e vir para cá ?
Digitação: Danaíra S. M.
Aluna do Curso de Teologia de Umbanda Sagrada