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Aula 01
00000000000 - DEMO
CURSO DE DISCURSIVAS P/ PGM/MANAUS
Teoria e Questões
Aula 01 – Prof. Igor Maciel
AULA 01
CURSO DE DISCURSIVAS P/
PGM/MANAUS.
Sumário
Sumário .................................................................................................. 2
1- 0
Apresentação do Professor e do Curso ................................................. 5
AULA 01
Grande abraço,
Igor Maciel
profigormaciel@gmail.com
@ProfIgorMaciel
Olá pessoal, tudo bem? Meu nome é Igor Maciel, sou advogado e professor.
Graduado na Universidade Federal de Pernambuco, com extensão na
Universidade de Coimbra/Portugal. Especialista LLM em Direito Corporativo pelo
IBMEC/RJ. Mestre em Direito e Políticas Públicas pelo UNICEUB/DF.
Minha atuação profissional é centrada no Direito Tributário e no Direito
Administrativo, especialmente na defesa de servidores públicos. Assim, natural
que em minha atuação profissional, eu litigue diariamente contra a Fazenda
Pública.
Hoje iniciaremos nosso curso com foco na prova discursiva do cargo de
Procurador do Município de Manaus.
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/concurso-procurador/
https://www.youtube.com/watch?v=dPbA2GIpAzI&t=2927s
Análise do Edital
https://www.youtube.com/watch?v=GxjG1eP_h3k
Nosso curso irá, então, desenvolver os principais temas que envolvem estas
disciplinas cobradas na segunda fase.
profigormaciel@gmail.com
@ProfIgorMaciel
Prazos Fazenda
Pública
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal,
os Municípios e suas respectivas autarquias e
fundações de direito público gozarão de prazo
Novo CPC
em dobro para todas as suas manifestações
processuais, cuja contagem terá início a partir
da intimação pessoal.
(AI 349477 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em
11/02/2003, DJ 28-02-2003 PP-00013 EMENT VOL-02100-04 PP-00697)
Fazenda
Pública
Sociedades de
União Economia Mista
Estados
Empresas
Públicas
Municípios
Distrito Federal
Autarquia
Fundação Pública
prestam serviços públicos em regime não concorrencial. Apenas para se ter uma
ideia, tanto o Superior Tribunal de Justiça quanto o Supremo Tribunal Federal
entenderam que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), em que
pese ser constituída sob a forma de empresa pública, está abrangida dentro
do conceito de Fazenda Pública.
É que, por prestar de forma exclusiva serviço público de competência da
União (art. 21, X, CF)1, não desempenha a ECT atividade econômica, segundo
entenderam os julgadores. Assim, os Correios estariam incluídos no conceito de
Fazenda Pública, gozando de todos os benefícios e prerrogativas processuais
inerentes, conforme sedimentou o STF:
Ainda é cedo para se afirmar que toda e qualquer empresa estatal que
preste serviço público em regime não concorrencial deve ser considerada como
ente integrante da Fazenda Pública. Contudo, é cada vez mais comum o
deferimento de benefícios aplicáveis apenas às pessoas jurídicas de direito
público também a empresas estatais.
A título de exemplo, analisando o caso concreto referente à Companhia de
Águas do Estado de Alagoas, o Supremo Tribunal Federal entendeu ser possível
a sujeição das execuções desta ao regime de precatórios. Em decisão divulgada
no Informativo 812, o STF entendeu que às sociedades de economia mista
prestadoras de serviço público próprio do Estado e de natureza não concorrencial
devem ser aplicadas o regime de precatórios.
Neste sentido:
1
Art. 21. Compete à União: (...) X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
(RE 852302 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em
15/12/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-037 DIVULG 26-02-2016 PUBLIC 29-02-
2016)
§ 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este
artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.
(ADI 470, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, Tribunal Pleno, julgado em 01/07/2002,
DJ 11-10-2002 PP-00021 EMENT VOL-02086-01 PP-00001)
A resposta é negativa.
De acordo com o artigo 28, inciso I, do Estatuto da Advocacia (Lei
8.906/94), o exercício do Mandato de Chefe do Poder Executivo é incompatível
com a advocacia. Por esta razão, não poderá o Prefeito atuar em defesa do
Município em juízo, ainda que seja advogado regularmente inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil.
Eis o dispositivo legal para análise:
“a Administração Pública não é titular do interesse público, mas apenas sua guardiã;
ela tem que zelar pela sua proteção. Daí a indisponibilidade do interesse público.”
a) Prazos diferenciados
2
CPC/73, Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer
quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.
com o Novo Código de Processo Civil, que em seu artigo 183 estabeleceu o prazo
em dobro para todas as manifestações processuais da Fazenda Pública:
Novo CPC, Artigo 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas
respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro
para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a
partir da intimação pessoal.
CONTESTAR - PRAZO
EM QUÁDRUPLO.
CPC/73, Artigo
188.
Presentação RECORRER - PRAZO
Judicial da EM DOBRO.
Fazenda
Pública
b) Intimação pessoal
Parágrafo Único - A intimação de que trata este artigo poderá ser feita mediante
vista dos autos, com imediata remessa ao representante judicial da Fazenda
Pública, pelo cartório ou secretaria.
Com o Novo CPC, o artigo 183 estendeu tal prerrogativa para todos os
Entes Públicos e em todos os processos. Transcreve-se novamente o referido
dispositivo:
Novo CPC. Artigo 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas
respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro
para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir
da intimação pessoal.
Referida intimação poderá ser realizada por carga, remessa ou por meio
eletrônico, conforme disposto no parágrafo 1º, do Artigo 183:
Segundo Leonardo Cunha (2017, pg. 56), a contagem dos prazos deve ser
feita a depender da forma de intimação:
ii. Por remessa dos autos – o dia da remessa dos autos com vistas e não
da manifestação do ciente pela Administração Pública;
Art. 970. O relator ordenará a citação do réu, designando-lhe prazo nunca inferior
a 15 (quinze) dias nem superior a 30 (trinta) dias para, querendo, apresentar
resposta, ao fim do qual, com ou sem contestação, observar-se-á, no que couber,
o procedimento comum.
Art. 535. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial,
por carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias
e nos próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir:
Surgira, então, a seguinte dúvida: qual o início do prazo de cinco dias para
juntada dos originais? A data do protocolo da petição ou a data do término do
prazo processual?
Pacificando a matéria, decidiu o Superior Tribunal de Justiça que o prazo
para juntada dos originais deveria ser contado do término do prazo do recurso
que se estava protocolando, ainda que a petição tenha sido protocolada antes do
prazo final para sua propositura:
e) Mandados de Segurança
Lei 12.016/2009
Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o
interessado para integrar a relação processual.
Antes da citação, o processo já existe. Contudo, apenas com este ato formal
tem-se a angulação com a integração do réu à relação jurídica processual.
Exatamente por isto (DIDIER, 2016, pg. 615):
A citação é uma condição de eficácia do processo em relação ao réu (art. 312, CPC)
e, além disso, requisito de validade dos atos processuais que lhe seguirem (art.
239, CPC). A sentença, por exemplo, proferida em processo em que não houve
citação, é ato defeituoso, cuja nulidade pode ser decretada a qualquer tempo,
mesmo após o prazo para ação rescisória (art. 525, §1º, I, e art. 535, I, CPC) –
trata-se também de vício transrescisório (...).
Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do
representante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado. (...)
Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:
“(...) segundo esta teoria, é válido o ato citatório feito em pessoa que, estando no
estabelecimento comercial (ou na sede da pessoa jurídica demandada), aparenta
ter poderes para receber citação, mormente quando tal ato induz certeza de que o
destinatário tomou efetivo conhecimento da demanda.”
Assim, a citação deverá ser feita de forma pessoal, por intermédio de Oficial
de Justiça, através do respectivo órgão da Procuradoria do ente público.
Ressalte-se que o comparecimento espontâneo do réu supre a falta ou a
nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de
contestação (artigo 239, §1º, CPC).
Por fim, o Novo Código de Processo Civil trouxe uma novidade: quando o
processo tramitar de forma virtual, a citação da Fazenda Pública deverá ocorrer,
preferencialmente, por meio eletrônico (artigo 246, §1º e 2º).
3
CPC, Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade
da citação.
c) Apresentar defesa;
a) Reconhecimento do pedido
b) Revelia;
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:
a revelia, por si só, não tem o condão de afastar a presunção de legitimidade dos
atos administrativos. Daí a necessidade de haver prova a ser produzida pelo autor,
mesmo que a Fazenda Pública ostente a condição de revel.
c) Contestação;
A defesa apresentada pela Fazenda Pública, tal qual pelo particular, sujeita-
se aos princípios da concentração e eventualidade previstos nos artigos 336 e
342 do CPC. Assim, cabe ao ente público concentrar em sua contestação toda a
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando:
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e
grau de jurisdição
Lei 6.830/80
Art. 39 - A Fazenda Pública não está sujeita ao pagamento de custas e
emolumentos. A prática dos atos judiciais de seu interesse independerá de preparo
ou de prévio depósito.
Súmula 232 - STJ - A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica sujeita à
exigência do depósito prévio dos honorários do perito.
Lei 7.347/85.
Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de custas,
emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação
da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas
e despesas processuais.
De um lado, tem-se o argumento de que o artigo 150, inciso VI, alínea “a”,
da Constituição Federal estabelece a imunidade recíproca apenas em relação a
impostos, nada dispondo quanto às taxas. Ao mesmo tempo, o artigo 151, inciso
III, da Constituição Federal veda a concessão de isenções heterônomas.
Assim, tem-se que o disposto no artigo 24-A, da Lei Federal 9.028/95
possui constitucionalidade duvidosa por ferir ambos os dispositivos acima
elencados:
Lei 9.028/95. Art. 24-A. A União, suas autarquias e fundações, são isentas de
custas e emolumentos e demais taxas judiciárias, bem como de depósito prévio e
multa em ação rescisória, em quaisquer foros e instâncias.
Por outro lado, a Lei 9.289/96 está consoante a Constituição Federal eis
que a própria União concedera isenção de custas no âmbito da Justiça Federal,
quando Entes Púbicos estiverem litigando:
Lei 9289/96.
Art. 4° São isentos de pagamento de custas:
Súmula 483 – STJ - O INSS não está obrigado a efetuar depósito prévio do
preparo por gozar das prerrogativas e privilégios da Fazenda Pública.
Súmula 175 - STJ - Descabe o depósito prévio nas ações rescisórias propostas
pelo INSS.
c) Multas processuais
8-Honorários Advocatícios
Quando a Fazenda Pública for parte, além de tais critérios, deverão ser
obedecidos os seguintes percentuais, considerando-se o valor do salário mínimo
vigente à época da liquidação da sentença (parágrafo 3º):
III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou
do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até
20.000 (vinte mil) salários-mínimos;
Constituição Federal
Art. 37.
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.
Código Civil
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis
por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros,
ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte
destes, culpa ou dolo.
Ainda que a Administração Pública faça uso das vias legalmente previstas,
a conduta adotada pode sim sofrer responsabilização, visto que a teoria da
responsabilidade civil objetiva não afasta a responsabilidade do Estado mesmo a
ação tendo ocorrida de forma lícita.
Configurada a existência de ação (lícita ou não), o dano e entre eles o nexo
de causalidade, portanto é plenamente possível a responsabilização.
Assim, ainda que ação do estado seja dotada de licitude, se essa ação gerar
danos extraordinários, nasce o dever de indenização para o Estado perante os
danos sofridos pelos administrados.
Este caso fora o exemplo do julgamento do Supremo Tribunal Federal que
envolveu a Companhia Aérea VARIG e que foi assim ementado:
Com base na doutrina de Celso Antônio Bandeira de Mello e José dos Santos
Carvalho Filho é possível afirmarmos que a regra é a responsabilidade objetiva
do Estado aplicável aos atos comissivos, não devendo ser tal modalidade
invocada em relação a atos omissivos.
No que se refere a estes, a responsabilidade será subjetiva, por aplicação
da teoria da falta do serviço (culpa administrativa). Assim, a responsabilidade
civil do Estado, no caso de atos omissivos, somente se configurará quando
Sim.
Ante a dificuldade de se provar em juízo a culpa estatal – o dolo ou a culpa
do agente administrativo – a jurisprudência brasileira tem sido trilhada no sentido
de se distinguir a omissão genérica da omissão específica.
É que, em relação à omissão específica, o Estado tem o dever legal de evitar
um dano ao cidadão e assume o risco de cuidar da saúde e integridade do
particular que – em geral - está sob sua guarda ou custódia.
É o caso, por exemplo, da responsabilidade nas relações que envolvem a
morte ou suicídio de presidiários.
Em razão dos riscos inerentes ao meio em que os indivíduos foram inseridos
pelo próprio Estado, no caso de custódia, e, sobretudo, em razão de seu dever
de zelar pela integridade física e moral desses indivíduos (art. 5.º, XLIX, da CF),
o Estado deve responder objetivamente pelos danos causados a sua integridade
física e moral.
Assim, em razão desta especial relação de supremacia entre o Estado e o
indivíduo, é dever do Estado garantir a incolumidade física dos indivíduos
custodiados, seja contra atos de terceiro, seja contra ato do próprio indivíduo, a
exemplo do suicídio referido na questão.
Portanto, deve o Estado responder objetivamente pela morte de detento,
ocorrida no interior do estabelecimento prisional ou de hospital psiquiátrico.
Neste sentido, pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:
Constituição Federal
Art. 37.
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.
A resposta é negativa.
Neste sentido:
(AI 782929 ED, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em
27/10/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-223 DIVULG 09-11-2015 PUBLIC 10-11-
2015)
Art. 22. Os notários e oficiais de registro responderão pelos danos que eles e seus
prepostos causem a terceiros, na prática de atos próprios da serventia, assegurado
aos primeiros direito de regresso no caso de dolo ou culpa dos prepostos.
(DISPOSITIVO ALTERADO)
Mas atenção!
A lei 13.286/2016 alterou a redação deste dispositivo para afirmar que os
notários e registradores devem responder na modalidade subjetiva e não
objetiva:
Art. 22. Os notários e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os
prejuízos que causarem a terceiros, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos
substitutos que designarem ou escreventes que autorizarem, assegurado o direito
de regresso.
Para Márcio André Cavalcante4, o dispositivo deve ser interpretado da
seguinte forma:
4
Disponível em: http://www.dizerodireito.com.br/2016/05/lei-132862016-responsabilidade-
civil.html.
Constituição Federal
Artigo 37.
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.
PROCESSO N.
DOS FATOS
Item dispensado conforme enunciado da questão.
Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do
representante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.
(...)
§ 3o A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas
respectivas autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão
de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial.
DO MÉRITO
DA PREJUDICIAL DE MÉRITO – PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo
e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja
qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato
do qual se originarem.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
(...)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.
Por fim, mas não menos importante, necessário que o Poder Judiciário
combata as aventuras jurídicas perpetradas pelos jurisdicionados que buscam
enriquecer-se ilicitamente às custas do Erário.
Foge aos padrões da razoabilidade e proporcionalidade o deferimento de
danos morais no importe de R$. 1.000.000,00 (um milhão de reais) quando o
autor sofrera apenas e tão somente uma pequena lesão na perna esquerda.
Assim, requer-se, de forma alternativa, em caso de condenação da
Administração Pública, que a indenização por danos morais seja razoável e
deferida em patamar muito inferior ao pedido pelo Autor da demanda.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se:
Local/DATA.
11 - Questões Discursivas
a) Direito Administrativo
b) Direito Tributário
c) Direito Civil
Marcelo Feijão, astuto empreendedor de Manaus, ocupa mansa e
pacificamente há mais de 30 anos, uma extensão de terra pública municipal
onde construiu um grande restaurante com toda a infraestrutura necessária
para bem receber sua clientela.
3- A ocupação do bem por Marcelo Feijão pode ser considerada uma posse?
a) Direito Administrativo
Sugestão
Comentários – Item a
José dos Santos Carvalho Filho5, trazendo doutrina já tratada por Celso
Antônio Bandeira de Mello, afirma que o poder de polícia comporta dois sentidos:
um amplo e um estrito.
5
Manual de Direito Administrativo, 30ª edição, São Paulo: Editora Atlas, 2017, p.83.
6
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Op. Cit. p. 84.
requisitos elencados na norma jurídica. Este ciclo do poder de polícia poderá ser
delegado;
b) Direito Tributário
Sugestão
Comentários – Item b
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou
7
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário esquematizado. Rio de Janeiro: Método, 2016, p.116.
no paragrafo 2. desse dispositivo, que, quanto a tal tributo, não se aplica "o art.
150, III, "b" e VI", da Constituição, porque, desse modo, violou os seguintes
princípios e normas imutaveis (somente eles, não outros): 1. - o princípio da
anterioridade, que é garantia individual do contribuinte (art. 5., par. 2., art.
60, par. 4., inciso IV e art. 150, III, "b" da Constituição); 2. - o princípio da
imunidade tributaria reciproca (que veda a União, aos Estados, ao Distrito Federal
e aos Municípios a instituição de impostos sobre o patrimônio, rendas ou serviços
uns dos outros) e que e garantia da Federação (art. 60, par. 4., inciso I,e art. 150,
VI, "a", da C.F.); 3. - a norma que, estabelecendo outras imunidades impede a
criação de impostos (art. 150, III) sobre: "b"): templos de qualquer culto; "c"):
patrimônio, renda ou serviços dos partidos politicos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistencia
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; e "d"): livros, jornais,
periodicos e o papel destinado a sua impressão; 3. Em consequencia, e
inconstitucional, também, a Lei Complementar n. 77, de 13.07.1993, sem redução
de textos, nos pontos em que determinou a incidencia do tributo no mesmo ano
(art. 28) e deixou de reconhecer as imunidades previstas no art. 150, VI, "a", "b",
"c" e "d" da C.F. (arts. 3., 4. e 8. do mesmo diploma, L.C. n. 77/93). 4. Ação Direta
de Inconstitucionalidade julgada procedente, em parte, para tais fins, por maioria,
nos termos do voto do Relator, mantida, com relação a todos os contribuintes, em
caráter definitivo, a medida cautelar, que suspendera a cobrança do tributo no ano
de 1993. (ADI 939, Relator(a): Min. SYDNEY SANCHES, Tribunal Pleno, julgado em
15/12/1993, DJ 18-03-1994 PP-05165 EMENT VOL-01737-02 PP-00160 RTJ VOL-
00151-03 PP-00755)artigos:”
Ressalte-se que são exceções ao princípio da anterioridade do exercício
financeiro: II, IE, IPI e IOF, Impostos Extraordinários de Guerra, Empréstimos
Compulsórios no caso de Guerra ou de Calamidade Pública, Contribuições para
Financiamento da Seguridade Social, e no caso do ICMS-Combustível e do ICMS-
Combustível, exceção parcial referente apenas a redução e reestabelecimento de
alíquotas.
Encontramos ainda as seguintes exceções em julgados dos tribunais
superiores: não é necessário seguir o princípio da anterioridade do exercício
tributário para a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo e
para a fixação do prazo para recolhimento da obrigação tributária. Este último
julgado fora, inclusive, sumulado:
8
Op Cit. p. 115.
anterioridade, geral e nonagesimal, constante das alíneas “b” e “c” do inciso III
do artigo 150, da Carta. Precedente – Medida Cautelar na Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 2.325/DF, de minha relatoria, julgada em 23 de setembro
de 2004. MULTA – AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
Surgindo do exame do agravo o caráter manifestamente infundado, impõe-se a
aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil.
(RE 564225 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em
02/09/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-226 DIVULG 17-11-2014 PUBLIC 18-11-
2014)”
c) Direito Civil
Marcelo Feijão, astuto empreendedor de Manaus, ocupa mansa e
pacificamente há mais de 30 anos, uma extensão de terra pública municipal
onde construiu um grande restaurante com toda a infraestrutura necessária
para bem receber sua clientela.
3- A ocupação do bem por Marcelo Feijão pode ser considerada uma posse?
Comentários – Item c
Artigo 183.
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Artigo 191.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.’
Código Civil
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
13 – Considerações Finais
Igor Maciel
profigormaciel@gmail.com
@ProfIgorMaciel