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Ministério da Saúde
Como foi dito anteriormente, a existência de contrato fir-
1 Este entendimento é balizado pelo TMbunal de Contas da União conforme TC - 008.797/93-5, Projeto
de Resolução Relativamente à Assistência Médica. Neste Estudo Interno o eminente ministro Homero
Santos advoga a inexigibilidade da licitação e a realização de um processo público de contratação
muito semelhante ao aqui proposto. In verbis:
"1 -
dar ampla divulgação, mediante aviso publicado no Diário Oficial da UniSo e em jornal de grande
circulação local, podendo também a Administração utlllzar-se, suplementarmente e a qualquer tempo,
com vistas a ampliar o universo dos credenciados, de convites a interessados do ramo que gozem de
boa reputação profissional;
2 - fixar os critérios e exigências mínimas para que os interessados possam credenciar-se, de modo que
os profissionais, clínicas e laboratórios que vierem a ser credenciados tenham, de fato, condições de
prestar um bom atendimento, sem que isso signifique restrição indevida ao credenciamento;
3 - fixar, de forma criteriosa, a tabela de preços que remunerará os diversos itens de serviços médicos e
laboratoriais e os critérios de reajustamento, bem assim as condições e prazos para o pagamento dos
serviços faturados;
4 - consignar vedação expressa do pagamento de qualquer sobretaxa em relação à tabela adotada, ou
do cometimento a terceiros (associação de servidores, p. exj, da atribuiçSo de proceder ao credencia-
mento e/ou intermediação do pagamento dos serviços prestados;
5 - estabelecer as hipóteses de descredenciamento, de forma que os credenciados que não estejam
cumprindo as regras e condições fixadas para o atendimento sejam imediatamente excluídos do rol
de credenciados;
6 - permitir o credenciamento, a qualquer tempo, de qualquer interessado, pessoa física ou jurídica,
que preencha as condições mínimas exigidas;
7 - prever a possibilidade de denúncia do ajuste, a qualquer tempo, pelo credenciado, bastando que
notifique ao TCU, com a antecedência fixada no termo;
8 - possibilitar que os usuários denunciem qualquer irregularidade verificada na prestação dos serviços
e/ou no faturamertto;
9 - fixar as regras que devam ser observadas pelos credenciados no atendimento (como p. ex. proibição
de que o credenciado exija que o usuário assine fatura ou guia de atendimento em branco}*.
Este estudo do Tribunal de Contas da UniSo serviu de base para várias decisões desse tribunal, entre
as quais podem-se citar: Decisão 104/1995, Decisão 656/1995, Decisão 324/2000, Decisão 1027/2000,
Decisão 112/1997, Decisão 98/2000, Decisão 324/1998.
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justifique implantar uma rede completa de serviços em todos os seus
nfveis de complexidade. No entanto, a população desses locais tem
tanto direito à saúde quanto os moradores dos grandes centros. A
única forma de garantir o acesso, portanto, é organizar redes de
serviços, regionalizadas e hierarquizadas, onde um serviço de maior
complexidade deve servir a mais de um município. Os serviços de
maior grau de complexidade precisam de uma dimensão determi-
nada (que varia de acordo com a especialidade) para que a pesada
infra-estrutura de que necessitam funcione a custos operacionais
razoáveis.
2 A Portaria GM/MS n° 1.606, de 11 de setembro de 2001, determina que os gestores que resolverem
.
contratar serviços de saúde por preços superiores aos da Tabela SUS deverão utilizar recursos pró-
prios:
"
An 1°- Definir que os Estados, Distrito Federal e municípios que adotarem tabela diferenciada para
remuneração de serviços de saúde deverio, para efeito de complementação financeira, empregar
recursos próprios estaduais e/ou municipais, sendo vedada a utilização de recursos federais para essa
finalidade.
Art. 2° - Definir que a utilização de Tabela diferenciada para remuneração de serviços de saúde não
poderá acarretar, sob nenhuma circunstância, em discriminação no acesso ou no atendimento aos
usuários referenciados por outros municípios ou Estados no processo de Programação Pactuada e
Integrada/PPI.
Parágrafo Único - Para evitar que o Tesouro Municipal seja onerado pelos serviços prestados a cidadão
de outros municípios, os gestores municipais que decidirem por complementar os valores da tabela na-
cional de procedimentos deverão buscar, em articulação com os gestores dos municfpios que utilizem
sua rede assistencial, a implementação de mecanismos de cooperação para a provisão de serviços.*
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O gestor do SUS não deve praticar preços diferentes para os
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Um risco sempre presente é o de que os prestadores pri-
3 . 0 procedimento descrito foi Inspirado numa experiência ocorrida no município de Belo Horizonte.
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III.3 - CLASSIFICAÇÃO DOS PRESTADORES
DE SERVIÇOS DE SAÚDE
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III.3 - CLASSIFICAÇÃO DOS PRESTADORES
DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo I;
4 . Critérios expressos no Manual de Apolo aos Gestores do SUS: Organização da Rede dos Laboratórios
Clfnicos. Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde, Departamento de Descentralização da
Assistência (pgs. 12,13,14). Brasília, maio de 2001.
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A Lei n° 8.666/93 aduz as regras para contratação de ser-
viços no âmbito da administração pública, instituindo regras de
dispensa e de inexigibilidade de licitação para as circunstâncias
especiais. Dependendo do enfoque dado pode-se formalizar con-
tratos administrativos, contratos de gestão, convénios ou termos
de compromisso entre entes públicos (ver Tipos de Contrato), cujas
cláusulas essenciais ou necessárias são relativas ao objeto e seus ele-
mentos característicos; ao regime de execução; ao preço e às condi-
ções de pagamento; à vigência do contrato; ao reajuste dos preços
(se houver); à citação da dotação orçamentária, com a indicação
da classificação funcional e da categoria económica; aos direitos e
responsabilidades das partes; às penalidades cabíveis, bem como os
valores das multas; ao sistema de fiscalização e supervisão, o direito
da SMS ou SES rescindir unilateralmente o ajuste; aos motivos para
alterar o contrato; à legislação aplicável; ao foro etc. Para elaborar
os editais de cadastramento e chamada pública há que observar os
preceitos legais (Lei n° 8.666/93 e suas alterações e as normas locais),
e as minutas de convénio e contratos deverão ser feitas em conjunto
com as áreas técnicas, administrativa e jurídica.
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caso de rescisão administrativa (no caso de inexecução total ou par-
cial do contrato);
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O processo de contratação de serviços de saúde deve estar
ligado ao processo de planejamento. Visando oferecer a melhor
assistência à saúde possível à sua população, o gestor do SUS deve
realizar uma análise profunda da sua situação. Deve, também, exa-
minar a legislação pertinente, como a Lei de Responsabilidade Fiscal
(Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000) e a Lei n° 8.666, de
21 de junho de 1993, e estar atento às normas instituídas pelo Mi-
nistério da Saúde, em especial à Norma Operacional de Assistência à
Saúde NOAS/SUS 01/2002.
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pios com grande população sem suficiência de serviços; municípios
onde a predominância de serviços é particular; outros onde inexis-
tem entidades filantrópicas etc.
A diversidade de situações impõe ao gestor do SUS um tipo
específico de planejamento. A primeira diretriz é a de que, caso o
gestor municipal disponha de serviços públicos de saúde com su-
ficiência para o atendimento de suas necessidades, ele não deve
contratar serviços privados, com ou sem fins lucrativos, mesmo que
haja disponibilidade em sua base territorial.
As ações de Atenção Básica Ampliada5 previstas na NOAS
devem ser prestadas pela rede pública. O gestor municipal deve, no
menor tempo possível, programar a sua política de investimentos
em saúde para atender à sua população, de forma a garantir o aten-
dimento dos serviços de atenção básica. Na verdade, os principais
problemas de saúde de uma família podem ser resolvidos numa Uni-
dade Básica de baixa complexidade ou por uma equipe de Saúde da
Família, com o devido apoio do diagnóstico e de medicamentos.f A
instituição dessas equipes é preferível à contratação de prestadores
privados. O programa Saúde da Família já demonstrou ter impacto
significativo na redução da demanda por serviços de saúde ambu-
latoriais e hospitalares. Esse nível de assistência não deve se limitar
apenas ao atendimento de sua demanda, mas por ações de promo-
*6 1 Definir como áreas de atuaçio estratégica mínimas para habilitação na condição de Gestão Plena
.
6 "Assume-se que serviços básicos estruturados podem resolver cerca de 80% dos problemas de saúde
.
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ao qual está referenciado no Plano Diretor de Regionalização.
Não é recomendável que municípios habilitados em Gestão
Plena da Assistência Básica Ampliada lancem mão de recursos pú-
blicos para a construção de hospitais e contratação de serviços de
média e de alta complexidade sem que a sua rede pública comprove
o atendimento efetivo dos procedimentos detalhados nos Anexo 1 e
2 da NOAS-5US 2001/01. Isso porque municípios que não conseguem
nem atender aos requisitos de Assistência Básica Ampliada estariam
desperdiçando recursos caso contratassem serviços especializados
que poderiam ser prestados com muito mais efetividade em municí-
pios habilitados em Gestão Plena do Sistema Municipal. O planeja-
mento do gestor do sistema de saúde deve examinar criteriosamen-
te a necessidade de contratação de serviços de saúde e justificá-la,
explicitando as razões que levaram a essa decisão, como o corte
populacional com escala que permita a contratação ou a grande
distância ou dificuldade de acesso em relação aos municípios-sede
que ponham em risco a saúde da população.
Os municípios habilitados em Gestão Plena do Sistema
Municipal devem prestar, além dos procedimentos previstos para os
municípios habilitados em Gestão Plena de Assistência Básica, outros
procedimentos, de maior complexidade, especificados no Anexo 3
da NOAS. Se esse município for sede de módulo, deverá prestar os
serviços de maior complexidade para toda a população residente em
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IV.1 - AJUSTE ENTRE NÍVEIS DE GOVERNO
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IV.2 - CONTRATAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE
PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS
9 . Conforme a Lei 9.732, que altera a redaçâo da Lei 8.212. Essa Lei dispõe:
"
§ 5® Considera-se também de assistência social beneficente, para os fins deste Artigo, a oferta e a
efetiva prestação de serviços de pelo menos sessenta por cento ao Sistema Único de Saúde, nos termos
de regulamento. *A regulamentação é dada pelo Decreto 2.536/1998, que diz: "§ 4° O disposto no
inciso VI nSo se aplica à entidade da área de saúde, a qual, em substituição àquele requisito, deverá
comprovar, anualmente, percentual de atendimentos decorrentes de convénio firmado com o Sistema
Único de Saúde - SUS igual ou superior a sessenta por cento do total de sua capacidade instalada.*
5) cronograma de desembolso;
6) previsão de Infcio e fim da execução do objeto, bem assim da
conclusão das etapas ou fases programadas.
As principais etapas e procedimentos a serem seguidos para a
1°
celebração de convénios são :
planilha de custos;
4. protocolo do ofício, que se transforma no processo
10. Essas orientações foram elaboradas baseadas em análises do Manual do Gestor - COSEMS/RJ,
maio de 2001.
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IV.2 - CONTRATAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE
PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS
d) cópia do CNPJ;
e) prova de seguridade relativa à Seguridade Social e ao
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço;
f) balanço patrimonial e demonstrações contábeis do úl-
timo exercício social, já exigíveis e apresentados na forma da Lei,
que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua
substituição por balancetes ou balanços provisórios;
g) indicação da capacidade física (leitos, equipamentos etc.)
para a produção dos serviços, com descrição detalhada desses servi-
ços, anexando a planta física do local;
h) indicação da disponibilidade dos serviços ofertados pelo SUS;
i) relação da equipe médica e técnica com descrição da
capacidade profissional, número de inscrição no conselho compe-
tente, carga horária, qualificação dos responsáveis pelos serviços
especializados, com títulos de especialista pela sociedade respectiva
ou residência reconhecida pelo MEC, juntando-se documentação
comprobatória;
j) indicação da média de atendimento dos últimos seis meses;
k) certificado de registro cadastral (somente para entidades
privadas com fins lucrativos);