Você está na página 1de 50

VIDROS

Materiais de
Construção Civil I
Prof.ª Betina Hansen
2019A 1
Aula Data Assunto

- Apresentação da disciplina;
01 20/02
- Introdução aos materiais de construção e critérios de seleção de materiais.
CRONOGRAMA 02 27/02 Fundamentos de materiais
Materiais metálicos
03 06/03
Entrega do estudo independente 1
Área 1
04 13/03 Aula prática de materiais metálicos

05 20/03 Rochas ornamentais

Prova 1
06 27/03
Entrega do estudo independente 2
07 03/04 Madeiras
08 10/04 Materiais cerâmicos
Aula prática de materiais cerâmicos
09 17/04
Área 2 Entrega do estudo independente 3
10 24/04 Vidros
11 08/05 Prova 2
12 15/05 Materiais poliméricos
13 22/05 Materiais betuminosos
14 29/05 Aula prática de materiais betuminosos
15 05/06 Tintas
16 12/06 Materiais compósitos
Área 3
Seminários
17 19/06
Entrega do estudo independente 4
18 26/06 Prova 3
19 03/07 Exame
DEFINIÇÃO
O vidro é uma substância inorgânica, homogênea e amorfa, obtida através
do resfriamento de uma massa inorgânica em fusão, que enrijece SEM
CRISTALIZAR através de um aumento contínuo de viscosidade.

Industrialmente, é o produto resultante da fusão pelo calor de óxidos inorgânicos ou seus


derivados e misturas, tendo como constituinte primordial a sílica (óxido de silício), que, por
resfriamento, enrijece sem cristalizar.

Transparência Dureza
Principais
características Resistência química e
Inalterabilidade
mecânica
Propriedades térmicas, ópticas e acústicas.
ESTRUTURA
AMORFO! Vidro de sódio-silicato
Cristal de sílica Sílica vítrea

Átomos de Na se ligam ionicamente ao oxigênio,


provocando uma descontinuidade, quebrando
algumas ligações – por isso atuam como fundentes.
COMPOSIÇÃO E MATÉRIAS-PRIMAS
Vidro de sílica pura (areia) possui excelentes qualidades, porém sua produção é
cara devido à alta temperatura de fusão (2000°C). Portanto, outros elementos
são adicionados.
Vidro-formadores: são formados por elementos que conseguem
formar uma rede disposta aleatoriamente (SiO2, B2O3, GeO2...).
Fundentes: tem a função de baixar a temperatura de fusão da mistura
de matérias-primas (Na2O é o mais utilizado!).
Estabilizadores: como os fundentes tendem a produzir vidros de
resistência química precária, adicionam-se óxidos que estabilizam a
estrutura (CaO é o mais utilizado!).
Acessórios: introduzidos em pequenas quantidades e com uma função
específica. Exemplo: óxidos de metais pesados (corantes) e As2O3
(eliminação de bolhas).
Funções relativas dos Óxidos nos vidros
Devitrificação

Durabilidade
Óxido Cor
Densidade FeO Verde azulada
Fe2O3 Verde amarelada
Co2O3 Azul
CuO Azul esverdeada
Viscosidade
Cr2O3 verde

Fluidez
Alta expansão
Solubilidade Baixa expansão
Sílica fundida Elevada T de fusão, coeficiente de expansão
muito pequeno (resistente a choques
térmicos).
Sílica a 96% Resistente a choques térmicos e a ataques
(Vycor) químicos – usado em vidrarias de laboratório.
Borossilicato(Pyrex, Resistente a choques térmicos e a ataques
Marinex) químicos – usado em vidrarias para fornos.
Vasilhames (cal Baixa temperatura de fusão, facilmente
de soda) trabalhável e também durável.
Fibra de vidro Facilmente estirada na forma de fibras –
compósitos fibra de vidro-resina.
Sílex óptico Alta densidade e alto índice de refração –
lente ópticas.
Vidrocerâmica Facilmente fabricada, resiste a choques
(Pyroceram) térmicos – usadas em vidrarias para fornos.

Não existe fórmula química para os vidros!


Sodo-cálcico (ou cal de soda): utilizados em embalagens em geral, como
garrafas, potes e frascos. O vidro plano é utilizado na indústria automobilística,
CONSTRUÇÃO CIVIL e eletrodomésticos.

Boro-silicato: utilizados em utensílios domésticos resistentes a choque


térmico.

Ao chumbo: utilizados na fabricação de taças, copos, cálices ornamentais e


peças artesanais (chumbo confere mais brilho ao vidro pelo alto índice de
refração).

Aluminoborossilicato: utilizados em tubos de combustão, fibras de vidro, vidros


com alta resistência química e vitrocerâmicos.
Relação volume específico X temperatura
• No resfriamento, com a diminuição da
Líquido temperatura, o vidro torna-se continuamente
mais e mais viscoso; não existe uma
temperatura definida na qual o líquido se
Volume específico

Líquido super- transforma em sólido.


resfriado
• Ocorre dependência do volume específico
Cristaliza- (volume por unidade de massa) com a
ção
Vidro temperatura.
• Volume diminui continuamente com a
temperatura.
Sólido • Abaixo da Tg (temperatura de transição vítrea) o
cristalino
material é considerado um vidro. Acima dela, o
material é primeiro um líquido super-resfriado
e, finalmente, um líquido.
Temperatura
Líquido

Líquido super resfriado


Volume específico

Líquido super-resfriado

Cristaliza- Temperatura de transição vítrea (Tg)


Vidro ção

Vidro
Sólido
cristalino

Temperatura
Líquido estável Ponto A: vidro encontra-se na forma de líquido estável.
A Ponto B: se a T for mantida neste ponto por um tempo
correto, haverá maior reordenação das moléculas de
sílica e uma consequente diminuição do volume, até o
Volume específico

B ponto C, formando os cristais.


Líquido super-resfriado
Entre pontos B e E: líquido super-resfriado, com início
de arranjo dos átomos de óxido de silício com os seus
Cristaliza- vizinhos.
Vidro ção
E Resfriamento lento: contínua diminuição do volume
até a T ambiente.
C Ponto E: temperatura de transição vítrea. A
viscosidade é tão alta que impossibilita qualquer
D Sólido movimentação de moléculas, umas em relação às
cristalino
outras, e portanto impede a cristalização. Abaixo desta
temperatura temos o estado vítreo.

Temperatura
Importância da velocidade de resfriamento
Resfriamento rápido: pouco
tempo para rearranjar os
átomos  maior volume
específico, menor densidade.

Paredes externas resfriam


mais rápido (ocupam maior
volume) que as internas (mais
lento, menor volume)

Surgimento de
tensões internas.
Relação viscosidade X temperatura

Ponto de deformação (Tg) (1013 Pa.s):


Para T inferiores, vidro.
Viscosidade (Pa.s)

Viscosidade (Pa)
Ponto de recozimento (1012 Pa.s):
Tensões residuais podem ser removidas em
15 minutos.

Ponto de amolecimento (106 Pa.s):


Abaixo dessa T: sólido.

Ponto de operação (103 Pa.s): vidro


é deformado com facilidade nessa
viscosidade.
Ponto de fusão (10 Pa.s): fluido
suficiente para ser considerado líquido.
Onde ocorrem as
operações de conformação.
Vidro de cal de soda (soda-lime glass) – 700°C
Viscosidade (Pa.s)

Vidro com 96% de sílica – 1550°C

Viscosidade (Pa)
Conformabilidade pode ser alterada em
grande parte pela composição.

Ponto de amolecimento

Ponto de operação
RESUMINDO...

Os vidros pertencem a um estado particular da matéria conhecido como


Estado Vítreo, que tem as seguintes propriedades:
• Ausência de estruturas cristalinas (são amorfos);
• Não tem ponto de fusão definido. Quando é aquecido vai amolecendo
gradualmente até ter a sua viscosidade tão reduzida, que se comporta como
um líquido;
• Não desvia o plano da luz quando é por esta atravessado;
• Mau condutor de calor e eletricidade (na temperatura ambiente).
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
 Para a fabricação do vidro, trabalha-se com a VISCOSIDADE DA MASSA.
 A viscosidade não pode ser muito baixa pois assim não seria possível dar forma ao vidro;
Não pode ser muito alta, pois muito viscoso também dificulta a conformação (implicando
em maior custo energético e limitando a moldagem);
 Durante a conformação o vidro vai se esfriando e ficando mais viscoso, e ao final quando a
peça já está na sua forma definitiva, tem que estar viscoso o bastante para não continuar a
fluir, perdendo a forma que se busca;
 Após a etapa de conformação, e dependendo da aplicação posterior, o vidro pode receber
um tratamento que alterará sua estrutura e, logo, suas propriedades finais. Isso altera seu
desempenho frente a esforços (mecânicos, impacto) e exigências de uso (exposição ao
calor).
Vidro comum: SÍLICA + SODA + CÁLCIO
areia barrilha (Na2CO3) calcário(CaCO3)

Aquecimento das matérias-primas (+sucata) até uma T elevada, acima da qual


ocorre a fusão dos materiais.

4 métodos de conformação

1. Prensagem: produtos de paredes grossas e uso de prensas;


2. Sopro: produtos ocos e uso de máquinas ou homens;
3. Laminação  substituído pelo vidro float;
4. Conformação de fibras: produtos em filamentos.
Prensagem Sopro

Produção de peças de parede grossa Produção de materiais de geometria


como pratos e louças; complexa:
Usa-se molde em fofo (ferro fundido) Garrafas
aquecido. Vidraria para perfumes
Lâmpadas
2. Conformação mecânica
1. Pré forma
de partida
3. Sopro

4. Desmolde
Prensagem + Sopro

Técnica de prensagem e sopro para a produção de uma


garrafa de vidro. (Adaptado de C. J. Phillips, Glass: The
miracle Maker.)
Fonte: William D. Callister, Jr.
Laminação vs. Vidro float
Produção de vidros planos e contínuos.
Até o final da década de 1950, o vidro em chapas
(ou placas) era produzido por laminação, seguido
por esmerilhamento de ambas as faces para torná-
las planas e paralelas, e finalmente pelo polimento
das faces para tornar a chapa transparente 
processo relativamente caro!

Em 1959, um processo de flutuação (vidro float) foi


patenteado na Inglaterra.

• Faces perfeitamente planas e paralelas, com


espessura uniforme.
• Sem necessidade de esmerilhamento e
polimento. Estanho líquido
Processo do vidro float

Como se fabrica o vidro float


- 8”
https://www.youtube.com/watch?v=KiSY
dFXPJgc

• As matérias-primas são misturadas com precisão e fundidas no


forno. O vidro fundido é continuamente derramado num
tanque de estanho liquefeito, quimicamente controlado. Ele
flutua no estanho, espalhando-se uniformemente.
• A espessura é controlada pela velocidade da chapa de vidro
que se solidifica à medida que continua avançando. Após o
recozimento (resfriamento controlado), o processo termina
com o vidro apresentando superfícies polidas e paralelas.

www.cebrace.com.br
Fibras de vidro contínuas
Produção de fibras de vidro

Produção de lã de vidro
Vidro líquido e, recipiente em rotação atravessa minúsculos furos e caem, esfriando e
recebendo cobertura protetiva. Caem entrelaçados sobre esteira metálica que os leva ao
forno, comprimindo-os por outra esteira e formando a lã de vidro.

Produção de fibra de vidro


Vidro líquido aquecido passa por minúsculos orifícios ao fundo de
bulbo de platina e é estirado mecanicamente até ficar com 8 a 25
microns de diâmetro.
http://www.abividro.org.br/
VIDRO É 100%
RECICLÁVEL!

O Segredo das Coisas - Como se


fabrica vidro - 5”
https://www.youtube.com/watch?v=JNba
YGCSOoQ
TRATAMENTOS TÉRMICOS

Recozimento

A dissipação térmica não ocorre com a mesma velocidade em toda a massa


em um resfriamento rápido, pois o vidro possui BAIXA condutividade térmica!

Se estabelece um gradiente térmico desde o centro até a


superfície!
• Superfície: resfria mais rápido – alcançam a rigidez e contraem.
• Centro: mais aquecido – ainda em estado plástico demora a tornar-se rígido.

Surgem tensões internas, que podem levar à fratura por


choque térmico!
O RECOZIMENTO é o processo de elevar o material à temperatura de
recozimento e resfriá-lo lentamente, para eliminar ou diminuir tais tensões.

Ponto de recozimento (1012 Pa.s):

O vidro deve passar do estado rígido com tempo


suficiente para relaxar a sua estrutura o mais
uniformemente possível, para que adquira em todos
os pontos o mesmo volume específico.
Têmpera do vidro

A têmpera térmica tem a função de


Tg
aumentar a resistência mecânica do
material através do
desenvolvimento de tensões
superficiais residuais compressivas.
Temp.
O processo ocorre em duas etapas: amoleci-
a) vidro é aquecido acima da Tg, mento.
mas abaixo da temperatura de
amolecimento;
b) resfriado rapidamente, por jato
de ar até temperatura ambiente.
As camadas superficiais atingem a temperatura ambiente e não mais se contraem,
restringindo a contração das camadas interiores, que ainda estão acima da temperatura
ambiente.
Tensão (10 psi) 3 Desta forma, as camadas interiores ficam sob
tração e exercendo grande compressão nas
paredes externas.
Como resultado final a superfície fica em
Região próxima Região interna
à superfície: compressão e o núcleo em tração.
da placa: tração
compressão
Estando a camada superficial em compressão
ela dificulta a propagação de trincas, que
quebrariam um vidro que fosse simplesmente
Compressão Tensão (Mpa) Tração recozido e consequentemente aumenta a sua
resistência.
Distribuição de tensões residuais à temperatura ambiente ao
longo da seção transversal de uma chapa de vidro temperado.
Fonte: William D. Callister, Jr. A fase de aquecimento, normalmente, leva
40 segundos por mm de espessura.
MAS COMO O VIDRO TEMPERADO FRATURA?
O núcleo está em tração mas, como está protegido pela camada externa comprimida, não há
risco de uma trinca se propagar.
Porém, ao sofrer um grande impacto que anula a compressão superficial, a placa se quebra
numa infinidade de pequenos cubos, que não causam tantos ferimentos.

Vidro temperado
visto através de
lentes
polarizadas. É
possível ver as É chamado de vidro de segurança, pois
tensões internas quando se quebra produz fragmentos
no material. não cortantes.
NORMAS TÉCNICAS E PROPRIEDADES
• ABNT NBR 7199:2016 – Projeto, execução e aplicações de vidros na
construção civil.
• ABNT NBR NM 293:2004 - Terminologia de vidros planos e dos componentes
acessórios a sua aplicação.

PROPRIEDADES
CLASSIFICAÇÃO
TÉRMICAS
PROPRIEDADES
ESPESSURAS
MECÂNICAS
Algumas classificações:

Quanto à transparência:
a) Vidro transparente – transmite a luz
Quanto ao tipo: e permite visão nítida através dele;
a) Vidro recozido; b) Vidro translúcido – transmite a luz
b) Vidro de segurança temperado; em vários graus de difusão, não
c) Vidro de segurança laminado; permitindo visão nítida;
d) Vidro de segurança aramado; c) Vidro opaco – impede a passagem
e) Vidro termo absorvente; de luz.
f) Vidro termo refletor (metalizados ou
refletivos e low e);
Quanto à coloração:
g) Vidro composto (duplo ou insulado).
a) Vidro incolor;
b) Vidro colorido.
PROPRIEDADES MECÂNICAS

• O vidro é um material frágil, porém não fraco;


• Tem grande resistência à ruptura, podendo mesmo ser utilizado em pisos;
• É duro e rígido, porém não é tenaz não sendo apropriado para aplicações
sujeitas a impactos.
Lembrando...
• O vidro não se deforma
plasticamente à temperatura
ambiente;
• Ao passar seu limite de resistência
ele se rompe catastroficamente;
• Seu limite de resistência é igual ao
limite de ruptura.
Segundo NBR 7199 - Projeto, Execução e Aplicações de Vidros na
Construção Civil:
PROPRIEDADES FÍSICAS
Segundo NBR 7199 - Projeto, Execução e Aplicações de Vidros na Construção Civil:

Porosidade
Maior resistência em
Aço é 39. vidros com alta
Polímero é ~0,016. condutividade
térmica, baixo E e
baixo coeficiente de
expansão térmica.

Vidro de cal de soda.


Vidro de
borossilicato (Pyrex)
Aço é ~12. = 3 x 10-6 (°C)-1
Polímero é mais de 100.
PROPRIEDADES ÓTICAS
• Radiação ultravioleta A, B e C: vidro comum bloqueia B e C, mas passa a UV-A
(bronzeamento, desbotamento e deterioração). Vidros laminados ou com películas
protetivas impedem as ações do UV;
• Visível: olho humano é sensível. É desejável que essa radiação entre nos ambientes;
• Infravermelho: toda essa radiação se transforma em calor e afeta no conforto
ambiental.

Seletividade às radiações depende:


composição química do material, sua
cor, absorção ótica dentro do material e
características superficiais.
PROPRIEDADES ACÚSTICAS

Redução acústica (Rw) em relação à espessura e peso do


vidro plano comum.
O isolamento a ruídos varia
de acordo com a espessura e
a composição do vidro.
Maior espessura, utilização de
vidros duplos ou triplos: maior
redução acústica (Rw).
Vidros laminados tem ganho
significativo de isolamento
devido ao filme de polivinil
butiral (PVB).
APLICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL
• Revestimento de parede – bloco de vidro, tijolo de vidro.
• Revestimento de fachadas.
• Piso e coberturas.
• Esquadrias - portas e janelas.
• Divisória de ambientes.
• Isolante térmico e acústico – lã e manta de vidro.
Escolha do Vidro:
1. O local de aplicação – caraterísticas do
ambiente de aplicação (fluxo de pessoas, local de
proteção, iluminação e insolação, sujeito à
choque térmico, etc)
2. Estética – efeito que o cliente deseja para o
produto final.
3. A resistência mecânica exigida do vidro, em
função do seu uso.
4. O intemperismo sofrido pelo ambiente,
especialmente no caso de fachadas.
5. Conforto térmico e isolamento acústico.
TIPOS DE VIDROS
 Vidro float;  Vidro serigrafado;
 Vidro temperado;  Vidro jateado;
 Vidro laminado;  Vidro impresso...
 Vidro aramado;
 Vidro duplo ou insulado;
 Vidros metalizados ou refletivos;
 Vidros de baixa emissividade (low-e);
 Vidros coloridos;
 Vidros pintados;
 Vidros auto limpantes
 Vidro inteligentes;
ABNT NBR NM 294:2004 – Vidro float
Vidro float

• Processo de fabricação deste vidro é utilizado como


base para a produção em grande escala dos outros tipos
de vidros, como os coloridos, laminados e refletivos;
• Vidro plano transparente;
• Incolor ou colorido (adição de aditivos minerais, como
Selênio, óxido de ferro e óxido de cobalto – diminuição
da transmitância solar);
• Perfeita visibilidade (sem distorção óptica);
• Pode ser laminado, temperado, curvo, serigrafado,
duplo envidraçamento;
• Aplicações: automobilística, construção civil,
eletrodomésticos, móveis e decorações;
• Está disponível nas espessuras de 2 mm a 19 mm.
ABNT NBR 14698:2001 – Vidro temperado
Vidro temperado

 Classificado como vidro de segurança;


 Aplicações:
 Grande alturas / Painéis maiores;
 Resistência mecânica maior ao vidro;
 Geralmente é o vidro float que passa pelo
tratamento de têmpera para criar um estado de
tensões;
 Resistência 5 X maior que o vidro comum;
 Resistência a flambagem, ao choque térmico
(diferenças de até 200°C), ao impacto e à flexão;
 Fragmentos em pequenos pedaços e sem bordas
cortantes.
ABNT NBR 14697:2001 – Vidro laminado
Vidro laminado

 Classificado como vidro de segurança;


 Composto de duas ou mais lâminas de vidros coladas
pela intercalação de um até 4 filmes de policarbonato
ou polivinil butiral (PVB), um material resistente, com
aderência ao vidro e boa elasticidade;
 A ligação filme-vidro é feita por tratamento térmico
sob pressão;
 Em caso de quebra, os fragmentos ficam retidos e a
lâmina permanece íntegra;
 Grande gama de opções: vidros incolores, coloridos,
refletivos, diferentes cores e tipos de filmes,
diferentes espessuras e camadas, etc.
 Aplicação: vitrines, parapeitos, janelas, automóveis.
Vidro comum Vidro laminado Vidro temperado
ABNT NBR NM 295:2004 – Vidro aramado
Vidro aramado

 Classificado como vidro de segurança, mas com


resistência inferior ao temperado;
 Pode ser incolor ou colorido, com malhas hexagonais,
em losango;
 Contém em seu interior uma malha metálica a qual
resiste à corrosão, ao fogo e não produz estilhaços;
 Tela protege contra corpos estranhos, não deixando
que eles trespassem o vidro.
 Aplicação: sacadas, peitoris, coberturas, porta corta-
fogo, janelas.
Temperado Segundo a NBR 7199,
uso obrigatório em:
• Parapeitos e sacadas;
• Clarabóias e telhados;
• Vitrines;
Vidros de
segurança • Vidraças que dão para o
exterior, sem proteção
adequada...
Aramado Laminado
ABNT NBR 16015:2012 – Vidro Insulado
Vidro duplo ou insulado

 Composto por 2 ou mais lâminas de vidros, separadas por


gás inerte (argônio, criptônio ou xenônio) ou ar;
 Bordas são hermeticamente fechadas;
 Diversas variedades: vidro incolor ou colorido, temperado,
metalizado ou laminado;
 Desempenho varia com o tipo de lâminas utilizadas,
espaçamento entre elas e com o tipo de gás utilizado;
 Bom isolamento acústico, baixa transferência de calor e
segurança;
 É indicado para ambientes com necessidade de isolamento
acústico e térmico, como áreas com ruído intenso (estúdios
de música), hospitais, indústrias, etc.
Vidros metalizados ou refletivos

 Tem como base o vidro float incolor ou colorido;


 É depositada, em uma de suas faces, uma camada de óxido
metálico;
 Grande reflexão devido ao filme metálico, reduzindo a
passagem de calor para o interior dos ambientes;
 É o vidro que possui melhor desempenho para controle do
calor solar em sua forma monolítica (sem a combinação de
outros vidros ou com sistemas com câmara de ar interna);
 Custo 4 x superior ao vidro comum;
 Aplicação: Fachadas de edifícios residenciais e comerciais,
coberturas, portas e janelas, sacadas.
Configurações
mais comuns
de vidros.
Bibliografia
• Akerman, M. Natureza, estrutura e propriedades do vidro. CETEV, Saint-Gobain, 2000.
• Barata, M. Material didático da disciplina Materiais de Construção II;
• Barros, C. Apostila de Vidros. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia;
• Callister Jr., William D. Fundamentos da ciência e engenharia de materiais: uma
abordagem integrada. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. Classificação: 620.1 C162f (ENG);
• Isaia, G. C. Materiais de construção civil e princípios de ciência e engenharia de
materiais. São Paulo: IBRACON, 2007. Classificação: 691 M425 (ENG)
• Maia, S. B. O Vidro e Sua Fabricação. Rio de Janeiro: Interciência, 2003.
• Müller, F. Material didático da disciplina Tecnologia de Materiais cerâmicos, vítreos e
metálicos.

Você também pode gostar