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A relação entre o Profissional/ Utente resulta na forma como o Profissional deve cuidar do
Utente, com respeito, como uma pessoa que tem o direito de tomar as suas decisões de ser
autodeterminação e que merece a defesa ou a confidencialidade das suas informações. Daí
existirem os Direitos do Homem, os quais expressam respeito, liberdade, justiça etc. É através
destes princípios que vamos chegar à pertinência do que é o sigilo/ segredo profissional.
As pessoas fogem às responsabilidades, e essa atitude é uma das causas de mal-estar. Pensam
que as responsabilidades desaparecem por si se as ignorarem ou evitarem. A base da evolução e
a realização é a responsabilidade. Responsabilidade é o preço a pagar pelo direito de fazermos as
nossas próprias escolhas. Responsabilidade é apenas outra palavra para designar oportunidade.
E tornamo-nos ricos ou pobres para sempre conforme aproveitarmos ou deixarmos fugir a
oportunidade.
Sigilo/ Segredo profissional: trata de manter em segredo informação valiosa, cujo domínio de
divulgação deva ser fechado, ou seja, restrito a uma pessoa, a uma organização ou a um grupo,
sobre a qual o profissional responsável possui inteira responsabilidade, uma vez que a ele é
confiada a manipulação da informação.
“Existir não significa viver porque os que simplesmente existem têm mais angústia pensando na
morte do que aqueles que vivem num caminho buscando uma meta, um ideal. Os que existem
buscam constantemente apenas o que melhor possam conseguir para si de uma maneira egoísta.
Já os que vivem têm um projecto entusiasta de vida. Para estes não importa o tamanho da sua
obra, mas sim, deixar qualquer coisa de muito positivo para o seu próximo. Acreditam que se
construírem algo positivo, mesmo que seja simplesmente cuidar da sua família, estão ajudando a
humanidade. Os seus filhos são para eles uma espécie de mensagem viva para um futuro que
não viverão, por isso o amor que oferecem e dedicação é a essência da sua própria vida.
A morte não significa velhice. Contrariamente, é uma certeza para atravessarmos a vida com
coragem e com objectivos. É necessário perdermos o medo ao inevitável e viver com qualidade.
Não devemos sofrer antecipadamente o nosso final anunciado. É essencial reflectir sobre a Vida,
dar-lhe significado, meditar e construir o nosso caminho da melhor maneira possível. Não
devemos mentir a nós mesmos escondendo a sua existência silenciosa.
A morte acompanha-nos desde o nascimento e, sendo cega, não escolhe idades. Nada nos
pertence e os nossos filhos também não. Somos só depositários fiéis desse tesouro. É muito
difícil depois de tanto amor, carinho e preocupações, ficarmos tão magoados e sem esperança.
A partir da sua ausência o que verdadeiramente importa é saber viver com esse vazio, sem dele
fugir como recorrer a crenças alucinantes. É preciso deixar fluir a vida naturalmente.”
Aida Nuno
“O Senhor é importante por ser quem é. Continua a ser importante até ao último momento da
sua vida e faremos tudo quanto pudermos, não só para que morra em paz, mas para que viva
até morrer.”
Cicely Saunders
“Assistir à morte em paz de um ser humano faz-nos recordar uma estrela cadente, uma de
milhões de luzes no vasto céu que brilha durante um curto instante para se extinguir para
sempre na noite sem fim.”
Elisabeth Kubler-Ross
A maioria das pessoas faz o seu Luto com ajuda da Família ou amigos, embora uma minoria
significativa sofra de incapacidades físicas ou mentais prolongadas, decorrentes de “Lutos
Patológicos”, que ocorrem quando, após um ano da perda, a pessoa não conseguiu aceitar ou
ultrapassar a referida situação. Nestes casos, é necessário recorrer a ajuda especializada.
Eutanásia
O termo eutanásia significa literalmente “boa morte”, morte sem sofrimento. Em linguagem
comum, porém, a palavra é utilizada como sinónimo de “assassínio de misericórdia”. As
definições úteis deste termo incluem: “Uma intervenção deliberada, realizada com a intenção
expressa de pôr termo à vida para aliviar o sofrimento intratável”; “Pôr fim, de forma
compassiva, deliberada, rápida e indolor à vida de alguém que sofre de uma doença progressiva
incurável. Se for realizada a pedido ou com o consentimento da pessoa, a eutanásia diz-se
voluntária; caso contrário diz-se não voluntária”.
Em muitas reflexões sobre a morte o tema da eutanásia e do suicídio assistido estão presentes.
A eutanásia em idosos assume uma importância muito grande, principalmente no que se refere
às questões de respeito à autonomia. O importante é caracterizar que esta decisão é plenamente
consciente, que ela não está sendo tomada devido a um estado depressivo.
Assim, numa situação extrema, embora possa ocasionalmente ser necessário (e aceitável) tornar
o doente inconsciente, continua a ser inaceitável (e desnecessário) causar deliberadamente a sua
morte. As afirmações de que a regra do duplo efeito constitui uma hipocrisia e uma cortina de
fumo para encobrir a eutanásia, derivam:
da falsa crença de que a morfina tem sempre, ou por vezes, o efeito de encurtar a vida de
um doente terminal.
Testamento de Vida
Os “testamentos de vida” (living wills) são declarações de vontade feitas por uma pessoa,
formulando recomendações para serem cumpridas na fase terminal da vida, ou seja, simples
declarações de vontade. O que o declarante pode pedir, com legitimidade plena, é que, em fase
terminal irreversível, seja poupado a uma inútil exacerbação/ obstinação terapêutica, por forma
a que o processo de morte decorra com respeito pela sua dignidade.
2. Conservar a esperança, sem falsas expectativas/ Ter respostas francas às suas perguntas;
1. Receber cuidados de saúde quando necessários, mesmo quando os objectivos de cura são
modificados para objectivos de conforto;
7. Não sofrer;
8. Conservar a individualidade e não ser julgado por decisões e escolhas que entrem em conflito
com os valores ou crenças de outros;
Morrer longe de casa é geralmente a sorte das pessoas de idade. A institucionalização aumenta o
seu sentimento de desapego e obriga-os a darem a outros, o controlo da sua vida e da sua
morte, o que fere a sua auto-estima e desintegra a sua identidade. Tornam-se pessoas
anónimas, Idosos entre outros Idosos. Deixam de ter qualquer poder e são muitas vezes
catalogados como pessoas confusas, dependentes e difíceis. Acontece mesmo o seu nome ser
esquecido e serem designados pelo nome da doença ou pelo número do quarto. Nesses casos os
Idosos, têm tendência a isolar-se completamente, a tornarem-se exigentes e coléricos, etc.
Observa-se muitas vezes nos profissionais, a tendência a empurrar os cuidados à Pessoa em fim
de vida, o que lhes permite não ver a morte e desmentir formalmente a realidade para se
protegerem contra a angústia. O moribundo é muitas vezes tratado como alguém sem direitos
nem opinião. Se as pessoas de idade não tiverem outra escolha senão morrer numa instituição, é
preciso então conseguir os meios necessários para satisfazer as suas necessidades físicas e
psicológicas e ajudar os seus familiares e amigos.