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Aprendendo a calcular um Projeto Elétrico segundo

NBR5410
Circuito de Iluminação
Primeiro passo: Calcular Área dos cômodos das instalações.
Área (m²) - Para estabelecer a carga mínima do circuito de iluminação.
Perímetro (m) - Para estabelecer a carga mínima do circuito de TUG.

Dependência/Cômodo Dimensões – Perímetro (m) Dimensões – Área (m²)


L+L+L+L LxL
Sala 5,00+5,00+2,66+2,66 = 15,32 5,00 x 2,66 = 13,3
Dormitório 3,87+3,87+3,00+3,00 = 13,74 3,87 x 3,00 = 11,61
Cozinha 2,88+2,88+3,00+3,00 = 11,76 2,88 x 3,00 = 8,64
Área de serviço 2,85+2,85+1,23+1,23 = 8,16 2,85 x 1,23 = 3,50
Banheiro 2,66+2,66+1,75+1,75 = 8,82 2,66 x 1,75 = 4,65
Quintal 2,85+2,85+4,41+4,41 = 14,52 2,85 x 4,41 = 12,56

Segundo passo: Descobrir a carga mínima prevista para o circuito de


iluminação.
Para isso iremos aplicar a NBR5410 que diz o seguinte:

Condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz por dependência


ou cômodo:

- Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor de


parede; (9.5.2.1.1)
- Nas áreas externas, a determinação da quantidade de pontos de luz fica a critério do
instalador;
- Arandelas no banheiro devem estar distantes, no mínimo, 60 cm do limite do box ou
da banheira, para evitar o risco de acidentes com choques elétricos.

Previsão de cargas considerando:


9.5.2.1.2 Na determinação das cargas de iluminação, como alternativa à aplicação da
ABNT NBR 5413, conforme prescrito na alínea a) de 4.2.1.2.2, pode ser adotado o
seguinte critério:
a) em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m², deve ser prevista
uma carga mínima de 100 VA;
b) em cômodo ou dependências com área superior a 6 m², deve ser prevista uma
carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para cada
aumento de 4 m² inteiros.
NOTA Os valores apurados correspondem à potência destinada a iluminação para
efeito de dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal
das lâmpadas.
Aplicando a NBR5410 temos:

Dependência/Cômodo Área calculada (m²) Potência Atribuída (VA)


Sala 13,3 160
Dormitório 11,61 160
Cozinha 8,64 100
Área de serviço 3,5 100
Banheiro 4,65 100
Quintal 12,56 160
TOTAL 780 VA

Terceiro passo: Calcular a potência ativa do circuito de iluminação.


Potência ativa = Fator de potência x Potência aparente
Potência ativa = 1,00 x 780 VA (Volt Ampères)
Potência ativa = 780 Watts

Circuito de TUG
Primeiro passo: Calcular Perímetro dos cômodos das instalações.
Dependência/Cômodo Dimensões – Perímetro (m) Dimensões – Área (m²)
L+L+L+L LxL
Sala 5,00+5,00+2,66+2,66 = 15,32 5,00 x 2,66 = 13,3
Dormitório 3,87+3,87+3,00+3,00 = 13,74 3,87 x 3,00 = 11,61
Cozinha 2,88+2,88+3,00+3,00 = 11,76 2,88 x 3,00 = 8,64
Área de serviço 2,85+2,85+1,23+1,23 = 8,16 2,85 x 1,23 = 3,50
Banheiro 2,66+2,66+1,75+1,75 = 8,82 2,66 x 1,75 = 4,65
Quintal 2,85+2,85+4,41+4,41 = 14,52 2,85 x 4,41 = 12,56

Segundo passo: Descobrir a carga mínima prevista para o circuito de TUG


Para isso iremos aplicar a NBR5410 que diz o seguinte:

Condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de tomada por


dependência ou cômodo:
9.5.2.2 Pontos de tomada
9.5.2.2.1 Número de pontos de tomada
O número de pontos de tomada deve ser determinado em função da destinação do
local e dos equipamentos elétricos que podem ser aí utilizados, observando-se no
mínimo os seguintes critérios:
a) em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, próximo ao
lavatório, atendidas as restrições de 9.1; (Distância mínima de 60cm da banheira ou
box);
b) em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço,
lavanderias e locais análogos (semelhantes), deve ser previsto no mínimo um ponto
de tomada para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo que acima da bancada da
pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em
pontos distintos;
c) em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada;
NOTA - Admite-se que o ponto de tomada não seja instalado na própria varanda, mas
próximo ao seu acesso, quando a varanda, por razões construtivas, não comportar o
ponto de tomada, quando sua área for inferior a 2 m² ou, ainda, quando sua
profundidade for inferior a 0,80 m.
d) em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada para
cada 5 m, ou fração, de perímetro, devendo esses pontos ser espaçados tão
uniformemente quanto possível;
NOTA - Particularmente no caso de salas de estar, deve-se atentar para a
possibilidade de que um ponto de tomada venha a ser usado para alimentação de
mais de um equipamento, sendo recomendável equipá-lo, portanto, com a quantidade
de tomadas julgada adequada.
e) em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação devem ser
previstos pelo menos:
- Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for igual ou inferior a
2,25 m². Admite-se que esse ponto seja posicionado externamente ao cômodo ou
dependência, a até 0,80 m no máximo de sua porta de acesso;
- Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for superior a 2,25 m² e
igual ou inferior a 6 m²;
- Um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, se a área do cômodo
ou dependência for superior a 6 m², devendo esses pontos ser espaçados tão
uniformemente quanto possível.

Previsão de cargas considerando:


9.5.2.2.2 Potências atribuíveis aos pontos de tomada
A potência a ser atribuída a cada ponto de tomada é função dos equipamentos que ele
poderá vir a alimentar e não deve ser inferior aos seguintes valores mínimos:
a) em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e
locais análogos, no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA
por ponto para os excedentes, considerando-se cada um desses ambientes
separadamente. Quando o total de tomadas no conjunto desses ambientes for
superior a seis pontos, admite-se que o critério de atribuição de potências seja de no
mínimo 600 VA por ponto de tomada, até dois pontos, e 100 VA por ponto para os
excedentes, sempre considerando cada um dos ambientes separadamente;
b) nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de tomada.
Aplicando a NBR5410, temos:

Dependência/Cômodo Perímetro calculado Nº de tomadas Potência


(m) Atribuída (VA)
Sala 13,3 13,3/5 = 2,66 = 3 3 x 100 = 300
Dormitório 11,61 11,61/5 = 2,32 = 3 3 x 100 = 300
Cozinha 8,64 8,64/3,5 = 2,46 = 3 3 x 600 = 1800
Área de serviço 3,5 3,5/3,5 = 1 1 x 600 = 600
Banheiro 4,65 4,65 = 1 1 x 600 = 600
Quintal 12,56 12,56/5 = 2,51 = 3 3 x 600 = 1800
TOTAL 5400 VA

Terceiro passo: Calcular a potência ativa do circuito de TUG.


Potência ativa = Fator de potência x Potência aparente
Potência ativa = 0,80 x 5400 VA (Volt Ampères)
Potência ativa = 4320 Watts

Circuito de TUE
Primeiro passo: Considerar pela NBR5410 os seguintes termos:
Divisão de circuitos:
Os circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos de pontos de tomadas e
dos circuitos independentes (4.2.5.5);
- A quantidade de circuitos independentes é estabelecida de acordo com o número de
aparelhos com corrente nominal superior a 10 A; (9.5.3.1)
- Os circuitos independentes são destinados à ligação de equipamentos fixos, como
chuveiro, torneira elétrica e secadora de roupas.

Tensão do circuito:
- Bifásico (2 fases e 1 neutro) geralmente encontrado nas residências.
- Os circuitos de iluminação e de pontos de tomada serão ligados na menor tensão
(127 V), entre fase e neutro;
- Os circuitos independentes serão ligados na maior tensão (220 V), entre fase e fase.
Assim a corrente que passará por eles será menor;
- Quando o circuito de distribuição for bifásico ou trifásico, deve-se considerar sempre
a maior tensão (fase-fase). No exemplo, a tensão é de 220 V.
Atenção: os circuitos de 127 V não devem ser ligados em uma única fase, mas
distribuídos entre elas da forma mais balanceada possível.
Segundo passo: Calcular ou definir a potência ativa do circuito TUE.
Dependência/Cômodo Circuito independente Potência ativa (watts)
(TUE)
Cozinha Torneira elétrica 5400
Banheiro Chuveiro 7500
Dormitório Ar condicionado 3600
TOTAL 16500 W

NOTA - No caso de alguns aparelhos, como o chuveiro e a torneira elétrica, a potência


ativa já é fornecida pelo fabricante (sempre em watts). Quando a potência ativa já é
fornecida, podemos utilizá-la diretamente no cálculo da potência total.

Levantamento da potência total da instalação

Potência ativa dos pontos de iluminação = 780 Watts


Potência ativa dos pontos de TUG = 4320 Watts
Potência ativa dos pontos de TUE = 16500 Watts
Potência ativa total = 21600 Watts

Cálculo das correntes


Cálculo da corrente do circuito de distribuição:

Primeiro passo: Some as potências ativas da iluminação e TUG. Assim teremos


Potência instalada.
Potência ativa dos pontos de iluminação = 780 Watts
Potência ativa dos pontos de TUG = 4320 Watts
Potência instalada = 780 + 4320
Potência instalada TUG + Iluminação = 5100 Watts

Segundo passo: Multiplique fator de demanda pela potência instalada para achar a
real potência (demanda máxima) utilizada simultaneamente.
Potência Real = Potência instalada TUG + Iluminação x Fator de demanda
Potência Real = 5100 x 0,45
Potência Real = 2295 Watts
Fator de demanda encontrado na norma técnica (PND-2.4) da concessionária
Eletropaulo na página 4, segue tabela abaixo:

Terceiro passo: Some as potências instaladas dos circuitos independentes e


multiplique pelo fator de demanda correspondente e obtenha a real potência
(demanda máxima) do circuito independente.

Potência ativa dos pontos de TUE = 16500 Watts


Potência real = Potência instalada TUE x Fator de demanda (3 circuitos)
Potência real = 16500 x 0,84
Potência real = 13860 Watts
Fator de demanda encontrado na tabela da apostila da Schneider, “provavelmente”
pesquisada na rede concessionária.

Quarto passo: Some os valores das demandas máximas de iluminação, pontos de


tomada e circuitos independentes, esta é a demanda total.

Potência real total = Potência Real TUG + Iluminação + Potência real TUE
Potência real Total = 2295 + 13860
Potência real Total = 16155 Watts

Quinto passo: Transformar potência ativa em potência aparente para


encontrar a corrente.

Potência ativa = Fator de potência x Potência aparente ou seja,


Potência aparente = Potência ativa / Fator de potência
Potência aparente = 16155 / 0,95
Potência aparente = 17005,26 VA
*Fator de Potência para o circuito de distribuição = 0,95

Sexto passo: Calcular a corrente calculada (Ic) do circuito de distribuição.


Para calcular a corrente Ic do circuito de distribuição, utilize sempre a maior tensão
que ele fornece. Neste caso, como o circuito é composto de duas fases e um neutro,
utilize a tensão entre fase e fase (220Va). Logo:

Ic = Potência aparente/Tensão nominal


Ic = 17005,26 VA / 220V
Ic = 77,29 A - Corrente do circuito de distribuição

Ic = Potência aparente / Tensão Nominal


Cálculo das correntes dos circuitos terminais:

Primeiro passo: Monte a tabela de divisão dos circuitos e calcule a


potência total de cada circuito com base na tabela abaixo:
Dependência Potência Potência TUG Circuitos Independentes
Iluminação (VA) (VA) TUE
Sala 160 3 x 100 = 300 Torneira elétrica 5400
Dormitório 160 3 x 100 = 300 Chuveiro7500
Cozinha 100 3 x 600 = 1800 Ar condicionado 3600
Área de serviço 100 1 x 600 = 600
Banheiro 100 1 x 600 = 600
Quintal 160 3 x 600 = 1800
Total 780 VA 5400 VA 16500 VA

Circuito nº Tensão(V~) Local Potência Potência Tensão Corrente


Qtde x P total (VA) (V~) calculada
(VA) Ic = Pap/U
1 iluminação 127 Sala 1 x 160 420 127 3,3 A
social Dormitório 1 x 160
Banheiro 1 x 100
2 iluminação 127 Cozinha 1 x 100 360 127 2,83 A
serviço Área de 1 x 100
serviço 1 x 160
Quintal
3 pontos de 127 Cozinha 3 x 600 1800 127 14,17 A
tomada
4 pontos de 127 Área de 1 x 600 2400 127 18,89 A
tomada serviço
Quintal 3 x 600
5 pontos de 127 Sala 3 x 100 1200 127 9,44 A
tomada Dormitório 3 x 100
Banheiro 1 x 600
6 circuito 220 Chuveiro 1 x 7500 7500 220 34,09 A
independente
7 circuito 220 Torneira 1 x 5400 5400 220 24,54 A
independente Elétrica
8 circuito 220 Ar 1 x 3600 3600 220 16,36 A
independente condiciona
do
9 circuito de 220 Circuito Calculado no 17005,26 220 77,29 A
distribuição entre o 5ºpasso do
quadro de “Cáculo das
distribuiçã correntes”
oeo
quadro do
medidor

*Atenção: as potências aparentes do chuveiro, da torneira elétrica e ar condicionado podem


ser consideradas iguais às suas respectivas potências ativas.
Segundo passo: Encontrar os fatores de agrupamento de cada circuito. O
fator de agrupamento de um circuito é encontrado em função do maior número de
circuitos que estão agrupados em um mesmo eletroduto. Isso pode ser localizado no
diagrama de passagem dos fios/cabos do projeto ou no diagrama de eletrodutos.
Quando vários fios são agrupados em um mesmo eletroduto, eles se aquecem, e o
risco de um curto-circuito ou princípio de incêndio aumenta. Para que isso não ocorra,
é necessário utilizar fios ou cabos de maior seção (bitola), para diminuir os efeitos
desse aquecimento.
NOTA – Como esse projeto é apenas para estudo e aprendizado não tem um
diagrama, logo esses números são fictícios para demonstração de cálculos.

Circuito nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Maior nº de circuitos agrupados no 4 4 3 4 4 3 3 3 1
mesmo eletroduto

Tabela 42 — Fatores de correção aplicáveis a condutores agrupados em feixe (em linhas


abertas ou fechadas) e a condutores agrupados num mesmo plano, em camada única

Número de circuitos ou de cabos multipolares Tabelas dos


Forma de agrupamento dos
Ref. 9a 12 a 16 a métodos de
condutores 1 2 3 4 5 6 7 8 t20
11 15 19 referência
Em feixe: ao ar livre ou 36 a 39
1 sobre superfície; embutidos; 1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38 (métodos
em conduto fechado A a F)

Fator de agrupamento dos circuitos terminais:

Circuito 1 = Circuito 3 = Circuito 5 = Circuito 7 = Circuito 9 =


0,65 0,70 0,65 0,70 1,0
Circuito 2 = Circuito 4 = Circuito 6 = Circuito 8 =
0,65 0,65 0,70 0,70

Quarto passo: Calcular a corrente de projeto (Ib) de todos os circuitos.


Ib = Ic / Fator de agrupamento
Circuito 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Corrente 3,3/0,65 2,83/0,65 14,17/0,70 18,89/0,65 9,44/0,65 34,09/0,70 24,54/0,70 16,36/0,70 77,29/1,0
Projeto = 5,07 = 4,35 = 20,24 = 29,06 = 14,52 = 48,70 = 35,05 = 23,37 = 77,29
(Ib)
Dimensionamento dos condutores
Condutores Fase:

Primeiro passo: Encontrar o método de referência das principais formas de


se instalar fios e cabos em uma residência.
Tabela 33 — Tipos de linhas elétricas

Método
Método de
de Esquema ilustrativo Descrição
referência1)
instalaçã
o número

Condutores isolados ou cabos unipolares em


1 eletroduto de seção circular embutido em A1
parede termicamente isolante2)

Cabo multipolar em eletroduto de seção


2 circular embutido em parede termicamente A2
isolante2)

Condutores isolados ou cabos unipolares em


eletroduto aparente de seção circular sobre
3 B1
parede ou espaçado desta menos de 0,3 vez
o diâmetro do eletroduto
Cabo multipolar em eletroduto aparente de
seção circular sobre parede ou espaçado
4 B2
desta menos de 0,3 vez o diâmetro do
eletroduto

Condutores isolados ou cabos unipolares em


5 eletroduto aparente de seção não-circular B1
sobre parede

Cabo multipolar em eletroduto aparente de


6 B2
seção não-circular sobre parede

Condutores isolados ou cabos unipolares em


7 eletroduto de seção circular embutido em B1
alvenaria

Cabo multipolar em eletroduto de seção


8 B2
circular embutido em alvenaria

Cabos unipolares em eletroduto( de seção


61A não-circular ou não) ou em canaleta não- D
ventilada enterrado(a)8)

Exemplo: no circuito 1, supondo que o teto seja de laje e que os eletrodutos serão
embutidos nela, podemos utilizar “condutores isolados ou cabos unipolares em
eletroduto de seção circular embutido em alvenaria”. É o sétimo esquema na tabela.
Seu método de referência é B1.
Segundo passo: Conhecer o número de condutores carregados do
circuito.
Tabela 46 — Número de condutores carregados a ser considerado, em função do tipo de
circuito

Esquema de condutores Número de condutores


vivos do circuito carregados a ser adotado
Monofásico a dois condutores 2
Monofásico a três condutores 2
Duas fases sem neutro 2
Duas fases com neutro 3
Trifásico sem neutro 3
Trifásico com neutro 3 ou 41)
1)
Ver 6.2.5.6.1.

Terceiro Passo: Escolher a seção (bitola) do fio.


Considerar Tabela 33 (método de referência), 46 (nº de condutores carregados) e
corrente corrigida de projeto (Ib) de cada circuito.
Tabela 36 — Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos
de referência A1, A2, B1, B2, C e D
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: PVC
Temperatura do condutor: 70ºC
Temperaturas de referência do ambiente: 30°C (ar), 20°C (solo)
Métodos de referência indicados na tabela 33
Seções
nominais A1 A2 B1 B2 C D
mm2 Número de condutores carregados
2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13)
Cobre
0,5 7 7 7 7 9 8 9 8 10 9 12 10
0,75 9 9 9 9 11 10 11 10 13 11 15 12
1 11 10 11 10 14 12 13 12 15 14 18 15
1,5 14,5 13,5 14 13 17,5 15,5 16,5 15 19,5 17,5 22 18
2,5 19,5 18 18,5 17,5 24 21 23 20 27 24 29 24
4 26 24 25 23 32 28 30 27 36 32 38 31
6 34 31 32 29 41 36 38 34 46 41 47 39
10 46 42 43 39 57 50 52 46 63 57 63 52
16 61 56 57 52 76 68 69 62 85 76 81 67
25 80 73 75 68 101 89 90 80 112 96 104 86
35 99 89 92 83 125 110 111 99 138 119 125 103
50 119 108 110 99 151 134 133 118 168 144 148 122
70 151 136 139 125 192 171 168 149 213 184 183 151
95 182 164 167 150 232 207 201 179 258 223 216 179
120 210 188 192 172 269 239 232 206 299 259 246 203
150 240 216 219 196 309 275 265 236 344 299 278 230
Exemplo: No circuito 1, há dois condutores carregados (uma fase e um neutro).
Conforme calculado, sua corrente corrigida é aproximadamente 3,3 A, e o método de
referência que devemos utilizar é B1. Portanto, de acordo com a tabela 36 da
NBR5410, a seguir, a seção (bitola) mínima do condutor deve ser 0,5 mm². Faça isso
para os demais circuitos.

Circuito Método Nº condutor Ib – Corrente Seção nominal


Referência carregado de projeto (mm²)
(aproximado)
1 B1 2 (F+N) 5,07 A 0,5
2 B1 2 (F+N) 4,35 A 0,5
3 B1 2 (F+N) 20,24 A 2,5
4 B1 2 (F+N) 29,06 A 4,0
5 B1 2 (F+N) 14,52 A 1,5
6 B1 2 (F+F) 48,70 A 10,0
7 B1 2 (F+F) 35,05 A 6,0
8 B1 2 (F+F) 23,37 A 2,5
9 Distribuição D 3 (F+F+N) 77,29 A 25,0

Porém, a norma ABNT NBR 5410 determina seções mínimas para os condutores de acordo
com a sua utilização.

Tabela 47 — Seção mínima dos condutores1)

Tipo de linha Utilização do circuito Seção mínima do condutor mm2 -


material

1,5 Cu
Circuitos de iluminação
16 Al

Condutores e 2,5 Cu
Circuitos de força2)
cabos isolados 16 Al

Instalações fixas Circuitos de sinalização e circuitos de


0,5 Cu3)
em geral controle
10Cu
Circuitos de força
16 Al
Condutores nus
Circuitos de sinalização e circuitos de
4 Cu
controle
Como especificado na norma do
Para um equipamento específico
equipamento
Linhas flexíveis com cabos isolados Para qualquer outra aplicação 0,75 Cu4)

Circuitos a extrabaixa tensão para


0,75 Cu
aplicações especiais
1)
Seções mínimas ditadas por razões mecânicas
2)
Os circuitos de tomadas de corrente são considerados circuitos de força.
3)
Em circuitos de sinalização e controle destinados a equipamentos eletrônicos é admitida uma seção mínima de 0,1 mm2.
4)
Em cabos multipolares flexíveis contendo sete ou mais veias é admitida uma seção mínima de 0,1 mm2.
Logo a seção dos condutores por circuito será de:

Circuito Método Nº condutor Ib – Corrente Seção nominal


Referência carregado de projeto (A) (mm²)
1 B1 2 (F+N) 5,07 A 1,5
2 B1 2 (F+N) 4,35 A 1,5
3 B1 2 (F+N) 20,24 A 2,5
4 B1 2 (F+N) 29,06 A 4,0
5 B1 2 (F+N) 14,52 A 2,5
6 B1 2 (F+F) 48,70 A 10,0
7 B1 2 (F+F) 35,05 A 6,0
8 B1 2 (F+F) 23,37 A 2,5
9 Distribuição D 3 (F+F+N) 77,29 A 25,0

Condutor Neutro:
De acordo com a NBR5410 o condutor neutro até 25mm² tem que ser da mesma
seção do condutor fase. Após esse valor aplicar a tabela 48;
6.2.6.2 Condutor neutro

6.2.6.2.1 O condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito.

6.2.6.2.2 O condutor neutro de um circuito monofásico deve ter a mesma seção do


condutor de fase.

Tabela 48 — Seção reduzida do condutor neutro1)

Seção dos condutores de fase Seção reduzida do condutor neutro


mm2 mm2
S ≤ 25 S
35 25
50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150
400 185
1)
As condições de utilização desta tabela são dadas em 6.2.6.2.6.

Condutor de Proteção:
De acordo com a NBR5410 o condutor de proteção até 16mm² tem que ser da
mesma seção do condutor fase. Após esse valor aplicar a tabela 58;

6.4.3.1.2 Em alternativa ao método de cálculo de 6.4.3.1.2, a seção do


condutor de proteção pode ser determinada através da tabela 58. Quando a
aplicação da tabela conduzir a seções não padronizadas, devem ser escolhidos
condutores com a seção padronizada mais próxima. A tabela 58 é válida apenas
se o condutor de proteção for constituído do mesmo metal que os condutores
de fase. Quando este não for o caso, ver IEC 60364-5-54.
6.4.3.1.3
Tabela 58 — Seção mínima do condutor de proteção

Seção mínima do condutor de


Seção dos condutores de fase S
proteção correspondente
mm2
mm2
S ≤ 16 S
16 < S ≤ 35 16
S > 35 S/2

6.4.3.1.4 Um condutor de proteção pode ser comum a dois ou mais circuitos,


desde que esteja instalado no mesmo conduto que os respectivos condutores
de fase e sua seção seja dimensionada conforme as seguintes opções:

a) calculada de acordo com 6.4.3.1.2, para a mais severa corrente de falta


presumida e o mais longo tempo de atuação do dispositivo de
seccionamento automático verificados nesses circuitos; ou

b) selecionada conforme a tabela 58, com base na maior seção de condutor de fase desses
circuitos.

Queda de tensão devido ao comprimento dos condutores


Nos casos em que o quadro de distribuição, ou do medidor, ficam distantes da casa,
deve-se levar em conta o comprimento máximo do condutor em função da queda de
tensão.
ABNT NBR 6148

Seção nominal Capacidade de condução Comprimento máximo do circuito em função da queda de tensão (m)
(mm2) de corrente (A)

Eletroduto não-metálico Eletroduto metálico

127 Va 220 Va 127 Va 220 Va

1,5 15,5 8m 14 m 7m 12 m

2,5 21 10 m 17 m 9m 15 m

4 28 12 m 20 m 10 m 17 m

6 36 13 m 23 m 12 m 21 m

10 50 32 m 56 m 29 m 50 m

16 68 37 m 64 m 33 m 57 m

25 89 47 m 81 m 38 m 66 m
35 111 47 m 81 m 41 m 71 m

50 134 50 m 86 m 44 m 76 m

70 171 54 m 94 m 46 m 80 m

95 207 57 m 99 m 49 m 85 m

120 239 59 m 102 m 51 m 88 m

150 275 60 m 103 m 50 m 86 m

185 314 60 m 104 m 51 m 88 m

240 369 60 m 104 m 47 m 82 m

300 420 58 m 100 m 45 m 78 m

Observação: os comprimentos máximos indicados foram calculados considerando-se


circuitos trifásicos com carga concentrada na extremidade, corrente igual à capacidade
de condução respectiva, com fator de potência 0,8 e quedas de tensão máximas de
2% nas seções de 1,5 a 6 mm², inclusive, e de 4% nas demais seções (pior situação
possível).
De acordo com a tabela acima, o comprimento máximo de um condutor de 10 mm² é
de 56 m. Portanto, se o quadro do medidor estiver a 60m do quadro de distribuição,
por exemplo, haverá uma queda de tensão significativa na entrada do quadro de
distribuição. A solução nesse caso é utilizar um condutor de seção maior, que na
mesma situação possa conduzir sem queda de tensão. Pela tabela, esse condutor
deve ter 16 mm² ou mais.

Limite de temperatura do condutor mais comum


Tipo de isolação Temperatura Temperatura limite Temperatura limite
máxima de serviço de carga ºC de curto-circuito ºC
contínuo ºC
PVC com seção 70 100 160
até 300 mm²

Coloração dos condutores de acordo com a norma ABNT NBR


5410
Os condutores deverão ter as colorações abaixo.
- Condutor de proteção (PE ou terra): verde ou verde-amarelo (brasileirinho).
- Condutor de neutro: azul claro.
- Condutor de fase: qualquer cor, exceto as utilizadas no condutor de proteção e no
condutor de neutro e se possível evitar a cor amarela para fase quando se for usar o
condutor de proteção (PE) verde e amarelo (brasileirinho), para não confundir.
- Condutor de retorno (utilizado em circuitos de iluminação): utilizar preferencialmente
a cor preta. Porém a norma não obriga e nem menciona este condutor.
Observação: Os condutores não precisam ser identificados somente pela cor, o que a
norma nos diz é que em caso de identificação por cores usar estas acima, mas o
importante que a norma ressalta é que precisa ter algum tipo de identificação nos
cabos. Seja ele por anilhas, fitas coloridas, etiquetas, plaquetas, etc. Nestes outros
casos identifica-los em todas caixas de passagem inclusive no QDC. Isso vale para
todos os condutores inclusive o condutor neutro e o condutor de proteção (PE).

Dimensionamento dos eletrodutos


Com as seções dos fios e dos cabos de todos os circuitos já dimensionadas, o
próximo passo é o dimensionamento dos eletrodutos. O tamanho nominal é o diâmetro
externo do eletroduto expresso em mm, padronizado por norma. Esse diâmetro deve
permitir a passagem fácil dos condutores. Por isso, recomenda-se que os condutores
não ocupem mais que 40% da área útil dos eletrodutos. Proceda da seguinte maneira
em cada trecho da instalação:
- conte o número de condutores que passarão pelo trecho; - dimensione o eletroduto a
partir do condutor com a maior seção (bitola) que passa pelo trecho. Tendo em vista
as considerações acima, a tabela a seguir fornece diretamente o tamanho do
eletroduto.
Seção nominal (mm2) Número de condutores dentro do eletroduto

2 3 4 5 6 7 8 9 10

1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20

Tamanho nominal do eletroduto (mm)


2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25

4 16 16 20 20 20 25 25 25 25

6 16 20 20 25 25 25 25 32 32

10 20 20 25 25 32 32 32 40 40

16 20 25 25 32 32 40 40 40 40

25 25 32 32 40 40 40 50 50 50

35 25 32 40 40 50 50 50 50 60

50 32 40 40 50 50 60 60 60 75

70 40 40 50 60 60 60 75 75 75

95 40 50 60 60 75 75 75 85 85

120 50 50 60 75 75 75 85 85

150 50 60 75 75 85 85

185 50 75 75 85 85

240 60 75 85

Exemplo: O circuito de distribuição possui três cabos de 10 mm2 de seção (fase 1,


fase 2 e neutro). Portanto, segundo a tabela, o tamanho nominal do eletroduto será 20
mm.
6.2.11.1.1 As dimensões internas dos eletrodutos e de suas conexões
devem permitir que, após montagem da linha, os condutores possam ser
instalados e retirados com facilidade. Para tanto:

a) a taxa de ocupação do eletroduto, dada pelo quociente entre a soma das


áreas das seções transversais dos condutores previstos, calculadas com
base no diâmetro externo, e a área útil da seção transversal do eletroduto,
não deve ser superior a:

ʊ 53% no caso de um condutor;


ʊ 31% no caso de dois condutores;

ʊ 40% no caso de três ou mais condutores;

b) os trechos contínuos de tubulação, sem interposição de caixas ou


equipamentos, não devem exceder 15 m de comprimento para linhas
internas às edificações e 30 m para as linhas em áreas externas às
edificações, se os trechos forem retilíneos. Se os trechos incluírem curvas,
o limite de 15 m e o de 30 m devem ser reduzidos em 3 m para cada curva
de 90°.

NOTA Quando não for possível evitar a passagem da linha por locais que
impeçam, por algum motivo, a colocação de caixa intermediária, o
comprimento do trecho contínuo pode ser aumentado, desde que seja utilizado
um eletroduto de tamanho nominal imediatamente superior para cada 6 m, ou
fração, de aumento da distância máxima calculada segundo os critérios da
alínea b). Assim, um aumento, por exemplo, de 9 m implica um eletroduto com
tamanho dois degraus acima do inicialmente definido, com base na taxa de
ocupação máxima indicada na alínea a).

Temos os circuitos, correntes, condutores, eletrodutos de todos os circuitos incluindo


o de distribuição. Podemos ir para o dimensionamento dos componentes do QDP.
Não foi usado fator de correção de temperatura, pois consideramos a temperatura
ideal para os condutores tanto em ambiente 30ºC como em solo 20ºC. Mas para fins
de consulta futuramente caso o projeto necessite, segue tabela 40 da NBR5410 abaixo:
Tabela 40 — Fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes de 30ºC
para linhas não-subterrâneas e de 20ºC (temperatura do solo) para linhas
subterrâneas.

Temperatura Isolação
o
C PVC EPR ou XLPE
Ambiente
10 1,22 1,15
15 1,17 1,12
20 1,12 1,08
25 1,06 1,04
35 0,94 0,96
40 0,87 0,91
45 0,79 0,87
50 0,71 0,82
55 0,61 0,76
60 0,50 0,71
65 – 0,65
70 – 0,58
75 – 0,50
80 – 0,41
Do solo
10 1,10 1,07
15 1,05 1,04
25 0,95 0,96
30 0,89 0,93
35 0,84 0,89
40 0,77 0,85
45 0,71 0,80
50 0,63 0,76
55 0,55 0,71
60 0,45 0,65
65 – 0,60
70 – 0,53
75 – 0,46
80 – 0,38

Se fosse considerar a temperatura do ambiente diferente da do


projeto temos que aplicar o fator de correção da tabela acima para o cálculo da
corrente corrigida de projeto.

Informações coletadas por pesquisa, para fins de discussão e


estudo.
Caso haja correções por favor envie um email para:
and_u@hotmail.com

“Sua tarefa é descobrir o seu trabalho e, então, com todo o


coração, dedicar-se a ele.”
-Buda-

Aluno: André Mk
Professor: Gênesis
Escola Pipping : http://www.escolapiping.com.br/

Fontes de pesquisa:

https://suporte.altoqi.com.br/hc/pt-br/articles/115003776554-Como-%C3%A9-
calculada-a-corrente-corrigida-
NBR5410 – 2004 – versão corrigida 2008
Apostila schneider
Projeto Residencial - Modelo

6.5.4.1 Nos quadros de distribuição, deve ser previsto espaço de reserva para
ampliações futuras, com base no número de circuitos com que o quadro for
efetivamente equipado, conforme tabela 59.

Tabela 59 — Quadros de distribuição – Espaço de reserva

Quantidade de circuitos Espaço mínimo


efetivamente disponível destinado a reserva
(em número de circuitos)
N
até 6 2
7 a 12 3
13 a 30 4
N >30 0,15 N
NOTA A capacidade de reserva deve ser considerada no cálculo do
alimentador do respectivo quadro de distribuição.

Resumo final do projeto para começar o calculo do QDP (EM ANDAMENTO)


Circuitos

Correntes dos circuitos

Seção dos Condutores FNT / seção do distribuição subiu para

16mm² pois estamos considerando uma distância de 62m

Eletroduto não metálico.

Distancia queda tensão

Eletrodutos

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