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CÓDIGO PENAL - CRIMES CONTRA A

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 3. A conduta de solicitar dinheiro a pretexto de influir


em órgão do Ministério Público, nos termos do Código
1. Tício, reclamante em uma ação trabalhista, arrola Penal, configura o crime de
como testemunha Caio, sendo certo que ambos já a) fraude processual.
haviam acertado que o depoimento seria mentiroso, b) tergiversação.
atestando condições de trabalho inexistentes. No dia do c) corrupção passiva.
depoimento, Caio, ao ser informado pelo Juízo que d) exploração de prestígio.
estava sob juramento e incorreria em crime de falso e) tráfico de influência.
testemunho caso faltasse com a verdade, conta que foi
arrolado para mentir, pois em realidade, sabia que Tício 4. Sobre o crime de peculato, previsto no Código Penal,
não tinha razão na ação proposta. Caio ainda afirmou verifica-se que,
não estar ganhando qualquer vantagem econômica a) na modalidade apropriação, pode se dar em favor
para compensar o risco de ser processado por mentir, de terceira pessoa.
sem contar que Tício nem era tão amigo, para ajudar b) como regra, admite a aplicação do princípio da
de graça. insignificância, segundo a jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça.
Diante da situação hipotética, e com base na Parte c) na modalidade desvio, não admite coautoria.
Geral e Especial do Código Penal, assinale a alternativa d) na modalidade culposa, a reparação do dano antes
correta. de sentença irrecorrível reduz à metade a pena
a) Caio, muito embora tenha permitido que fosse imposta.
arrolado, não incorreu em crime de falso testemunho, e) na modalidade furto, é prescindível que o agente se
sequer na modalidade tentada, pois o tipo penal exige valha da facilidade que lhe proporciona a qualidade de
o recebimento de vantagem patrimonial pelo agente, o funcionário.
que não se deu.
b) Caio, por não ter faltado com a verdade, no 5. No TRT do Estado X, Sinvaldo, servidor público, na
momento em que prestou compromisso, não incorreu função de chefe do setor de finanças, tomou
no crime de falso testemunho. Mas Tício, pelo ajuste, conhecimento (e, posteriormente presenciou) que seu
será investigado e processado pelo crime de falso subordinado Demerval, também servidor público,
testemunho. rotineiramente, registrava o horário de almoço das 11
c) Tício, pela instigação, deverá ser investigado e às 12 horas e se ausentava após esse horário para
processado como partícipe de crime de falso efetivamente almoçar, estendendo seu horário em duas
testemunho praticado por Caio, na modalidade horas todos os dias e contrariando as regras do órgão.
tentada. Sinvaldo soube que isso ocorria há mais de um mês, no
d) Caio e Tício não serão investigados ou processados entanto, por indulgência, deixou de apurar a infração
por crime de falso testemunho. Não se pune o ajuste disciplinar e nem mesmo comunicou o fato a seus
se o crime não chega a ser tentado. superiores. A conduta de Sinvaldo, estará sujeita ao
e) Caio deverá ser investigado e processado pelo previsto no crime de
crime de falso testemunho, na modalidade tentada, a) condescendência criminosa.
vez que a execução do crime iniciou no momento em b) corrupção ativa.
que permitiu que fosse arrolado. c) corrupção passiva.
d) concussão.
2. A respeito dos Crimes contra a Administração e) excesso de exação.
Pública, previstos no Código Penal, assinale a assertiva
correta. 6. São crimes contra as finanças públicas previstos no
a) Mévio, vendedor, ao oferecer vantagem econômica Código Penal:
a Tício, gerente de compras de rede de a) contratação de operação de crédito; violência ou
supermercado, para que seus produtos fossem fraude em arrematação judicial e favorecimento real.
adquiridos, pratica o crime de corrupção ativa, previsto b) ordenação de despesa não autorizada; não
no art. 333, do CP. cancelamento de restos a pagar e prestação de
b) Caio, funcionário público, por vingança, ao retardar, garantia graciosa.
indevidamente, a expedição de certidão de interesse c) inscrição de despesas não empenhadas em restos
de Tício, seu desafeto, a fim de o prejudicar, pratica a pagar; corrupção ativa e excesso de exação.
crime de prevaricação, previsto no art. 319, do CP. d) aumento de despesa total com pessoal no último
c) Tícia, funcionária pública, ao furtar a carteira da ano do mandato ou legislatura; emprego irregular de
colega, também funcionária pública, pratica o crime de verbas ou rendas públicas e concussão.
peculato-furto, previsto no parágrafo 1° , do art. 312, e) oferta pública ou colocação de títulos no mercado;
do CP. falso testemunho ou falsa perícia e favorecimento
d) Mévia, ao se opor à apreensão ilegal de seu filho pessoal.
menor pela Polícia Militar, pratica o crime de
resistência, definido no art. 329, do CP. 8. Historicamente, a expressão venditio fumi é
e) Semprônio, ao se recusar a assinar o mandado de identificada com o crime de
citação de ação de execução, perante o oficial de
a) tráfico de influência (CP, art. 332).
justiça, pratica o crime de desobediência, previsto no b) contrabando (CP, art. 334).
art. 330, do CP. c) usurpação de função pública (CP, art. 328).
d) estelionato (CP, art. 171). concurso de pessoas, não podendo os agentes
e) falsificação de moeda (CP, art. 289). responderem por crimes diferentes;
b) peculato, enquanto a conduta de Caio se ajusta ao
8. Policial Militar que forja situação de flagrância, a fim crime de furto qualificado em situação de repouso
de increpar indivíduo que sabe inocente e, com isso, dá noturno, tendo em vista que o peculato é crime
causa à instauração de inquérito policial, comete crime classificado como próprio;
de c) furto qualificado, sem a causa de aumento do
a) falso testemunho (CP, art. 342). repouso noturno, assim como a de Caio, tendo em
b) calúnia qualificada (CP, art. 138, § 3 o ). vista que o crime foi praticado por Vitor na condição de
c) exercício arbitrário (CP, art. 350). particular;
d) denunciação caluniosa (CP, art. 339). d) peculato, assim como a de Caio, apesar de o crime
e) comunicação falsa de crime (CP, art. 340). contra a Administração Pública ser classificado como
próprio;
9. Sobre os crimes contra a Administração Pública, e) peculato, assim como a de Caio, tendo em vista que
comete o crime de o crime de peculato não é classificado como próprio.
a) corrupção ativa aquele que exige, para si, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função, mas em 12. Zeca, funcionário público do Tribunal de Justiça, em
razão dela, vantagem indevida. dificuldades financeiras, para satisfazer um interesse
b) prevaricação aquele que, por indulgência, deixa de pessoal de comprar um aparelho de telefonia celular
responsabilizar subordinado que cometeu infração no novo, exige R$1.500,00 de parte em processo judicial
exercício do cargo. para apresentar manifestação favorável a ela. A parte,
c) condescendência criminosa aquele que se opõe à porém, inconformada com a conduta do funcionário, de
execução de ato legal, mediante violência ou ameaça imediato informa o fato ao juiz de direito titular da Vara
a funcionário competente para executá-lo. vinculada ao seu processo.
d) denunciação caluniosa aquele que provoca a ação A conduta de Zeca configura crime de:
de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime a) prevaricação, na forma consumada;
que sabe não ter ocorrido. b) corrupção passiva, na forma tentada;
e) peculato aquele que se apropria de dinheiro, valor c) corrupção passiva, na forma consumada;
ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de d) concussão, na forma consumada;
que tem a posse em razão do cargo, em proveito e) concussão, na forma tentada.
próprio ou alheio.
13. Arquimedes, funcionário público, estando em gozo
10. Astolfo, é surpreendido na prática de crime de roubo de férias, exigiu de Peterson a quantia de R$ 50.000,00
e recebe ordem de prisão por dois policiais militares do para não devassar a escrituração de sua empresa e
Estado X que estão devidamente fardados e com autuá-lo por sonegação de impostos, quando reassumir
viatura. Para evitar a prisão, Astolfo arremessa pedras seu cargo de fiscal de rendas. Arquimedes
em direção aos policiais ferindo a ambos que, ainda a) cometeu crime de corrupção passiva.
assim, conseguem prendê-lo com o uso da força b) cometeu crime de corrupção ativa.
necessária. Em relação à ação contra a execução de c) cometeu crime de concussão.
ordem legal praticada por Astolfo, sem prejuízo de d) cometeu crime de prevaricação.
outros crimes decorrentes da violência, ele poderá e) não cometeu nenhum delito porque estava em gozo
responder pelo crime de de férias.
a) Desacato.
b) Desobediência. 14. O funcionário público que, embora não tendo a
c) Resistência. posse em razão do cargo de dinheiro, valor ou qualquer
d) Obstrução à justiça. outro bem móvel, público ou particular, o subtrai, ou
e) Desinteligência. concorre para que seja subtraído, em proveito próprio
ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona
11. Vitor atua como servidor de determinado cartório a qualidade de funcionário, comete crime de:
judicial de Tribunal de Justiça. Surpreso, ao verificar a) concussão.
que o computador do cartório era avaliado em b) peculato.
R$5.000,00, decide subtrair o bem, na parte da noite, c) furto.
utilizando-se, para tanto, da chave do cartório que d) roubo.
permanecia em sua posse. Precisando de ajuda para e) apropriação indébita.
impedir que as câmeras de segurança captassem sua
ação, narra o seu plano criminoso para seu vizinho 15. Nos termos do Código Penal, é correto afirmar que
Caio, e este, sabendo que Vitor, em razão de sua a) o homicídio qualificado constitui crime apenado com
função, tinha acesso ao local, confia na empreitada detenção.
delitiva e aceita dela participar. b) não é crime o uso de documento falso.
Após a subtração do computador da forma arquitetada, c) o crime de peculato admite modalidade culposa.
já do lado de fora do Fórum, Vitor e Caio são abordados d) ofender a integridade corporal ou a saúde própria
e presos em flagrante. ou de outrem é considerado crime de lesão corporal.
A conduta de Vitor tipifica o crime de: e) subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel
a) furto qualificado com a causa de aumento do constitui crime de roubo.
repouso noturno, já que o delito foi praticado em
16. Assinale a alternativa correta. d) injúria aquele que ofende a dignidade de alguém
a) O furto possui modalidade culposa. com utilização de elementos referentes à condição de
b) Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa pessoa idosa.
da estabelecida em lei não é considerado crime. e) desacato aquele que ofende a dignidade da Polícia
c) A calúnia é crime apenado com reclusão. Militar ao expor opinião pejorativa sobre a instituição.
d) O atentado violento ao pudor é apenado com
reclusão. Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06
e) A corrupção passiva é crime apenado com reclusão : 07: 08: 09: 10: 11: 12: 13:
e multa. 14: 15: 16: 17: 18: 19: 20:

17. O servidor público que exige para outrem,


indiretamente, fora da função, mas em razão dela,
vantagem indevida
a) comete o crime de concussão.
b) não comete qualquer crime.
c) comete o crime de corrupção passiva.
d) comete o crime de prevaricação.
e) comete o crime de corrupção ativa.

18. Sobre os crimes contra a Administração Pública,


assinale a alternativa CORRETA.
a) O crime de peculato não é previsto na modalidade
culposa.
b) Somente considera-se funcionário público, para os
efeitos penais, quem, com remuneração, exerce
cargo, emprego ou função pública.
c) O exercício arbitrário das próprias razões é um
crime contra a Administração Pública.
d) Oferecer, dar ou prometer vantagem indevida a
funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir
ou retardar ato de ofício, caracteriza o crime de
corrupção ativa.
e) No crime de corrupção passiva, a pena é
aumentada pela metade, se, em consequência da
vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa
de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica
infringindo dever funcional.

19. Um médico trazia consigo, enquanto realizava sua


corrida noturna em um parque da cidade, uma arma de
fogo calibre 9 mm. Um policial militar, após tomar
ciência do fato, abordou o médico e lhe deu voz de
prisão. Ato contínuo, já no interior da viatura, o policial
disse que poderia fazer vista grossa, caso lhe desse
um agrado.
Então, o médico entregou a quantia de R$ 100,00 (cem
reais) ao policial, que permitiu que ele fosse embora,
levando consigo a mencionada arma.

Diante do exposto, é CORRETO afirmar que o


a) policial cometeu crime de corrupção ativa e o
médico cometeu crime de corrupção passiva.
b) policial cometeu crime de corrupção passiva.
c) policial cometeu crime de prevaricação.
d) médico cometeu crime de corrupção ativa.

20. Comete o crime de


a) difamação aquele que ofende a dignidade de
pessoa morta.
b) denunciação caluniosa aquele que provoca ação de
autoridade comunicando-lhe ocorrência de vias de fato
que sabe não ter se verificado.
c) calúnia aquele que imputa crime sabendo ser a
pessoa inocente e dá causa à instauração de inquérito
policial.

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