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Art.

4º A alienação de bens municipais,


LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO subordinada à existência de interesse público
DE IJUÍ/RS. devidamente justificado, será sempre precedida de
avaliação e obedecerá ao seguinte:
I - quando imóveis, dependerá de autorização
TÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS legislativa e concorrência pública, dispensada esta
nos casos de permuta;
Art. 1º O município de Ijuí, integrante do Estado do II - quando móveis, dependerá de licitação,
Rio Grande do Sul, nos limites de sua autonomia e dispensada esta nos casos de doação, que será
competência, proclama e adota os princípios permitida somente por interesse social.
estabelecidos nas Constituições Federal e
Estadual. Parágrafo Único - A venda, aos proprietários
lindeiros, respeitada a preferência do antigo
§ 1º O Município reger-se-á por esta Lei Orgânica proprietário, das áreas urbanas remanescentes e
e pelas demais Leis que adotar. inaproveitáveis para edificação resultantes de
obras públicas ou de modificação de alinhamento
§ 2º O Município, mantida sua unidade e dependerá de prévia avaliação e autorização
autonomia, buscará integração econômica, política, legislativa, dispensada a concorrência pública.
social e cultural com outros municípios,
especialmente com os de sua microrregião, Art. 4º A - O Município utilizará seus bens
visando ao atendimento de interesses coletivos dominiais como recursos fundamentais para a
comuns a essas comunidades.
realização de políticas urbanas, especialmente em
habitação popular e saneamento básico, podendo,
TÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL para essa finalidade, vendê-los ou permutá-los.
Capítulo I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
§ 1º Enquanto os bens dominiais municipais não
Art. 2º O município de Ijuí, organiza-se tiveram destinação definitiva, não poderão
autonomamente para atendimento de seus
permanecer ociosos, devendo ser ocupados em
interesses peculiares, mantendo seu território permissão de uso, nos termos da Lei.
atual, cujos limites, divisão em distritos e
subdistritos, só poderão ser alterados quando for
§ 2º Em casos de reconhecido interesse público e
preservada a sua unidade histórico-cultural e nos caráter social, o Município também poderá realizar
termos da legislação estadual. concessões reais de uso de seus bens dominiais,
contendo elas sempre cláusulas de reversão
§ 1º São poderes do Município, independentes e desses bens.
harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo,
sendo vedado a qualquer dos Poderes delegar § 3º O Município revogará as doações que tiverem
atribuições, e ao cidadão investido em um deles, destinação diversa da ajustada em contrato ou as
exercer função em outro, salvo nos casos previstos que não cumpriram as finalidades no prazo de
nesta Lei Orgânica. quatro anos.
§ 2º O dia 19 (dezenove) de Outubro é a data Art. 4º B - Os bens de uso comum do povo devem
magna do Município. ter sempre um conjunto mínimo de elementos
naturais ou de obras de urbanização que
§ 3º Os símbolos do Município são estabelecidos caracterizem sua destinação.
em Lei.
Parágrafo Único - As áreas verdes podem ser
§ 4º O território do Município poderá ser dividido cultivadas e mantidas com a participação da
em distritos e subdistritos, criados, organizados e comunidade.
extintos por Lei Municipal, observado o disposto
nesta Lei Orgânica. Art. 4º C - O uso de bens municipais por terceiros
poderá ser feito mediante concessão, permissão
Capítulo II - DOS BENS MUNICIPAIS ou autorização, conforme o caso, atendido o
interesse púbico, coletivo ou social, nas seguintes
Art. 3º Constituem o patrimônio municipal os bens condições:
imóveis, móveis e semoventes, e os direitos e I - a concessão de direito real de uso de bens
ações que, a qualquer título, pertençam ao dominiais para uso especial dar-se-á mediante
Município, declarandoos inalienáveis para todos os contrato, sob pena de nulidade do ato, e será
fins de direito.

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sempre precedida de concorrência pública; X - promover a proteção do patrimônio histórico-
II - a concessão de direito real de uso de bens cultural local, observada a legislação e a ação
comum somente poderá ser outorgada mediante fiscalizadora federal e estadual;
Lei e para finalidade de habitação e educação ou XI - promover, no que couber, adequado
assistência social; ordenamento territorial, mediante planejamento e
III - a permissão será feita por Decreto; controle do uso, do parcelamento e da ocupação
IV - a autorização será feita, por Decreto, pelo do solo urbano;
prazo máximo de noventa dias. XII - instituir a guarda municipal destinada a
proteção de seus bens, serviços e instalações,
Parágrafo Único - Em qualquer hipótese, o Poder conforme dispuser a Lei;
Público promoverá ampla discussão com a XIII - fomentar a produção agropecuária e demais
comunidade local. (Redação dada pela Emenda à atividades econômicas, inclusive a artesanal;
Lei Orgânica nº 12/2002) XIV - estabelecer normas de edificação, de
loteamento, de zoneamento urbano e rural, bem
Art. 4º D - Reverterão ao Município, ao termo da como as limitações urbanísticas convenientes à
vigência de toda concessão para o serviço público ordenação de seu território;
local, com privilégio exclusivo, todos os bens XV - fixar:
materiais do mesmo serviço, independentemente
de qualquer indenização. a) tarifas dos serviços públicos, inclusive dos
serviços de taxis;
Capítulo III - DAS COMPETÊNCIAS MUNICIPAIS b) horário de funcionamentos dos
estabelecimentos industriais, comerciais, de
Art. 5º A competência legislativa e administrativa serviços e das instituições financeiras do
do Município, estabelecida nas Constituições Município;
Federal e Estadual, será exercida na forma
disciplinada nas Leis e regulamentos municipais, e XVI - criar entidades intermunicipais para
abrange em essencial: realização de obras, atividades ou serviços
I - legislar sobre assunto de interesse local; específicos de interesse comum, devendo os
II - suplementar a legislação federal e a estadual mesmos ser aprovados por Lei dos municípios que
no que couber; dele participarem;
III - instituir e arrecadar os tributos de sua XVII - conceder título benemérito, ijuiense e
competência, bem como aplicar as suas rendas, honrífico ou homenagem, através de Lei, mediante
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas quorum de maioria qualificada, anualmente até
e publicar balancetes nos prazos fixados em Lei; seis pessoas, sendo três indicadas pelo Legislativo
IV - elaborar o Orçamento Anual, o Plano e três pelo Executivo;
Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias; XVIII - dispor sobre o serviço funerário e
V - celebrar convênios ou consórcios com a União, cemitérios, encarregando-se da administração
o Estado e com outros municípios para daqueles que forem públicos e fiscalizando os
desenvolvimento de programas, projetos e pertencentes a entidades privadas;
prestação de serviços; XIX - dispor sobre a administração, utilização e
VI - criar, organizar e suprimir distritos, observando alienação dos bens públicos;
o disposto nesta Lei Orgânica; XX - promover programas de construção de
VII - organizar e prestar, diretamente ou sob moradias e a melhoria das condições habitacionais
regime de concessão ou permissão os serviços e de saneamento básico;
públicos de interesse local, incluindo entre outros: XXI - combater as causas da pobreza e os fatores
de marginalização, promovendo a integração social
a) transporte coletivo urbano e intramunicipal, que dos setores desfavorecidos;
terá caráter essencial; XXII - fixar feriados municipais;
b) abastecimento de água e esgotos sanitários: XXIII - prover sobre a defesa da flora e da fauna,
c) Revogada; (Revogada pela Emenda à Lei assim como dos bens e locais de valor histórico,
Orgânica nº 23/2010) turístico ou arqueológico, cuja conservação e
d) iluminação pública; identificação dos locais e bens far-se-á na forma
e) limpeza pública, coleta domiciliar e destinação da Lei.
final do lixo.
VIII - manter os programas de educação infantil e Capítulo IV - DAS VEDAÇÕES
ensino fundamental;
IX - prestar, com a cooperação técnica e Art. 6º Ao Município é vedado:
financeira da União e do Estado, serviço de I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
atendimento à saúde da população; subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento

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ou manter com eles ou seus representantes sem a aprovação do projeto de Lei das diretrizes
relações de dependência ou aliança, ressalvada, orçamentárias.
na forma da Lei, a colaboração de interesse
público; § 5º Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara
II - recusar fé aos documentos públicos; Municipal somente deliberará sobre matéria para a
III - contrair empréstimos externos, sem prévia qual foi convocada, vedado o pagamento de
autorização do Senado Federal; parcela indenizatória em valor superior ao subsídio
IV - instituir ou aumentar tributos sem que a Lei o mensal.
estabeleça;
V - instituir impostos sobre: Art. 8º A Câmara Municipal é composta de
Vereadores eleitos pelo sistema proporcional à
a) o patrimônio, a renda ou serviços da União e população, como representantes do povo e com
dos Estados, no Município; mandato de quatro anos, observado o seguinte
b) os templos de qualquer culto; número:
c) o patrimônio, a renda ou os serviços dos I - 09 Vereadores, se a população do Município for
partidos políticos e de instituições de educação de até 15.000 habitantes;
de reconhecida utilidade pública, sem fins II - 11 Vereadores, se a população do Município for
lucrativos, ou assistência social, observados de mais de 15.000 habitantes e de até 30.000
os requisitos da Lei; habitantes;
d) livros, jornais e periódicos assim como o III - 13 Vereadores, se a população do Município
papel destinado à sua impressão. for de mais de 30.000 habitantes e de até 50.000
habitantes;
VI - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas IV - 15 Vereadores, se a população do Município
ou de bens por meio de tributos, ressalvada a for de mais de 50.000 habitantes e de até 80.000
cobrança de pedágio pela utilização de vias habitantes;
conservadas pelo Poder Público Municipal. V - 17 Vereadores, se a população do Município for
VII - estabelecer diferença tributária entre bens e de mais de 80.000 habitantes e de até 120.000
serviços de qualquer natureza em razão de sua habitantes;
procedência ou destino; VI - 19 Vereadores, se a população do Município
VIII - criar distinção entre brasileiros ou for de mais de 120.000 habitantes e de até
preferências entre si; 160.000 habitantes;
IX - conceder benefícios de natureza tributária sem VII - 21 Vereadores, se a população do Município
a observância do disposto em Lei. for de mais de 160.000 habitantes e de até
300.000 habitantes;
TÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES VIII - 23 Vereadores, se a população do Município
Capítulo I - DO PODER LEGISLATIVO for de mais de 300.000 habitantes e de até
SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 450.000 habitantes;
IX - 25 Vereadores, se a população do Município
Art. 7º O Poder Legislativo do Município é exercido for de mais de 450.000 habitantes e de até
pela Câmara Municipal e reger-se-á por Regimento 600.000 habitantes;
Interno. X - 27 Vereadores, se a população do Município for
de mais de 600.000 habitantes e de até 750.000
§ 1º A sessão legislativa ordinária compreende os habitantes;
períodos de primeiro de janeiro a quinze de janeiro, XI - 29 Vereadores, se a população do Município
de primeiro de março a vinte e um de julho e de for de mais de 750.000 habitantes e de até
primeiro de agosto a trinta e um de dezembro, 900.000 habitantes;
sendo que a Câmara Municipal realizará, no XII - 31 Vereadores, se a população do Município
mínimo, uma sessão plenária semanal. for de mais de 900.000 habitantes e de até
1.050.000 habitantes;
§ 2º As reuniões marcadas para essas datas serão XIII - 33 Vereadores, se a população do Município
transferidas para o primeiro dia útil subsequente, for de mais de 1.050.000 habitantes e de até
quando recaírem em sábados, domingos ou 1.200.000 habitantes;
feriados. XIV - 35 Vereadores, se a população do Município
for de mais de 1.200.000 habitantes e de até
§ 3º Nos meses não compreendidos nos períodos 1.350.000 habitantes; 12
legislativos ordinários, a Câmara Municipal estará XV - 37 Vereadores, se a população do Município
em recesso. for de mais de 1.350.000 habitantes e de até
1.500.000 habitantes;
§ 4º A sessão legislativa não será interrompida

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XVI - 39 Vereadores, se a população do Município poderão ser tratados os assuntos previstos na
for de mais de 1.500.000 habitantes e de até pauta de convocação.
1.800.000 habitantes;
XVII - 41 Vereadores, se a população do Município Art. 11 O Poder Executivo demonstrará e avaliará,
for de mais de 1.800.000 habitantes e de até até o final dos meses de maio, setembro e
2.400.000 habitantes; fevereiro, o cumprimento das metas fiscais de cada
XVIII - 43 Vereadores, se a população do quadrimestre, em audiência pública na comissão
Município for de mais de 2.400.000 habitantes e de competente da Câmara Municipal.
até 3.000.000 de habitantes;
XIX - 45 Vereadores, se a população do Município Parágrafo Único - O prazo de que trata este artigo
for de mais de 3.000.000 de habitantes e de até poderá ser ampliado para 90 dias, no ano em que
4.000.000 de habitantes; se inicia o mandato do Prefeito.
XX - 47 Vereadores, se a população do Município
for de mais de 4.000.000 de habitantes e de até SEÇÃO II - DOS VEREADORES
5.000.000 de habitantes;
XXI - 49 Vereadores, se a população do Município Art. 11 A - Os Vereadores serão remunerados
for de mais de 5.000.000 de habitantes e de até exclusivamente por subsídio fixado em parcela
6.000.000 de habitantes; única, vedado o acréscimo de qualquer
XXII - 51 Vereadores, se a população do Município gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
for de mais de 6.000.000 de habitantes e de até representação ou outra espécie remuneratória,
7.000.000 de habitantes; obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo
XXIII - 53 Vereadores, se a população do 48, X e XI, desta Lei.
Município for de mais de 7.000.000 de habitantes e
de até 8.000.000 de habitantes; Parágrafo Único - Os agentes políticos de que trata
XXIV - 55 Vereadores, se a população do este artigo terão direito ao recebimento de
Município for de mais de 8.000.000 de habitantes. gratificação natalina.

Parágrafo Único - Para fins de aplicação do Art. 12 Aos Vereadores aplica-se preceito
disposto neste artigo, considerase número de constitucional da inviolabilidade por opiniões,
habitantes aquele último oficialmente divulgado por palavras e votos no exercício do mandato e na
instituição pública. circunscrição do Município.

Art. 9º No primeiro ano de cada legislatura, a Art. 13 É vedado ao Vereador:


Câmara Municipal reunir-se-á no dia 1º (primeiro)
de Janeiro do ano subsequente ao da eleição, para I - desde a expedição do diploma:
dar posse aos Vereadores, ao Prefeito, ao Vice-
Prefeito, eleger a sua Mesa e compor a Comissão a) firmar ou manter contrato com o Município, com
Representativa e as Comissões Permanentes. suas autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista ou com empresas
§ 1º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei concessionárias de serviço público municipal, salvo
Orgânica nº 18/2008) quando o contrato obedecer a cláusulas
§ 2º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei uniformes;
Orgânica nº 18/2008) b) aceitar cargos, emprego ou função no âmbito da
administração pública municipal direta ou indireta,
Art. 10 A convocação para reunião extraordinária salvo mediante aprovação em concurso público.
da Câmara Municipal cabe ao seu Presidente por
iniciativa própria, por iniciativa de 1/3 (um terço) de II - desde a posse:
seus membros, da sua Comissão Representativa
ou do Prefeito Municipal. a) assumir cargo, emprego ou função na
administração pública municipal direta ou indireta,
§ 1º Apenas o Prefeito Municipal e a Comissão contrária às disposições de leis à investidura, bem
Representativa poderão convocar a Câmara como a de Secretário Municipal sem licenciar-se
Municipal para reuniões extraordinárias no período do exercício do mandato de vereança;
de recesso. b) exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou
municipal;
§ 2º As sessões extraordinárias, salvo motivo de c) ser proprietário, controlador ou diretor de
extrema urgência, serão convocadas com empresa que goze favor decorrente de contrato
antecedência mínima de 48 horas e nelas só com pessoa jurídica de direito público ou nela
exercer função remunerada;

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d) patrocinar causa junto ao Município em que seja b) o Plano Plurianual de Investimentos;
interessada qualquer das entidades a que se refere c) as Diretrizes Orçamentárias;
a alínea "a" do inciso I. d) o Plano de Auxílio de Subvenções Anuais;
e) Revogada. (Revogada pela Emenda à Lei
Art. 14 Perderá o mandato de Vereador: Orgânica nº 12/2002)

I - que infringir qualquer das proibições IV - autorizar a abertura de créditos suplementares


estabelecidas no artigo 13 desta Lei Orgânica; e especiais, bem como os créditos extraordinários,
II - cujo procedimento for declarado incompatível estabelecidos por Decreto;
com o decoro parlamentar ou atentatório às V - deliberar sobre a obtenção e concessão de
instituições vigentes: empréstimos e operações de créditos, bem como a
III - que se utilizar do mandato para a prática de forma e os meios de pagamento;
atos de corrupção ou da improbidade VI - autorizar a concessão e permissão de serviços
administrativa; públicos do Município;
IV - que deixar de comparecer, em cada sessão VII - autorizar a concessão de auxílios e
legislativa anual, à terça parte das sessões subvenções observado o disposto em Lei;
ordinárias da Câmara Municipal, salvo doença VIII - autorizar a alienação de bens imóveis;
comprovada, licença ou missão autorizada pela IX - autorizar a concessão e permissão de uso de
edilidade; bens do Município;
V - que fixar residência fora do município: X - autorizar a concessão de bens imóveis, salvo
VI - que perder ou tiver suspensos os direitos quando se tratar de doação sem encargo;
políticos, mediante processo de cassação, XI - criar e extinguir cargos, funções e empregos
assegurada ampla defesa; do Município e fixar os respectivos vencimentos,
VII - que se enquadrar nos demais casos previstos mediante proposta do Poder Executivo;
em Lei, para tal fim. XII - criar Conselhos de cooperação e
assessoramento governamental;
Parágrafo Único - São objeto de disposições XIII - criar, alterar e extinguir órgãos públicos do
regimentais os procedimentos a serem observados Município, mediante proposta do Poder Executivo;
na aplicação do previsto neste artigo. XIV - dividir o território do Município, observado o
disposto em Lei;
Art. 15 Nos casos de licença, legítimo XV - aprovar o plano Básico de Desenvolvimento
impedimento e vacância por morte ou renúncia, o Municipal;
Vereador será substituído pelo suplente, XVI - aprovar consórcios com entidades públicas
convocado nos termos da Lei. ou particulares a nível local ou com outros
municípios;
§ 1º O legítimo impedimento ou impedimento por XVII - delimitar o perímetro urbano;
abuso de poder, deve ser reconhecido como tais, XVIII - autorizar a denominação e a alteração da
pela Câmara Municipal. denominação de próprios, vias e logradouros
públicos municipais;
§ 2º Enquanto não for reconhecido o impedimento, XIX - autorizar a transferência temporária da sede
o Vereador será considerado como em pleno do município quando o interesse público assim o
exercício de seu mandato, sem prejuízo de exigir;
convocação de suplente. XX - autorizar a concessão de direito real de uso
de bens municipais;
SEÇÃO III - DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA XXI - aprovar o Plano Diretor;
MUNICIPAL XXII - estabelecer normas urbanísticas,
particularmente as relativas a zoneamento e
Art. 16 Cabe à Câmara Municipal, com sanção do loteamento.
Prefeito, dispor sobre as matérias de competência
do Município, atribuídas pelas Constituições Art. 17 É da competência exclusiva da Câmara
Federal e Estadual e por esta Lei Orgânica e, Municipal:
especialmente:
I - eleger sua Mesa, suas Comissões, elaborar seu
I - legislar sobre a fixação de tributos municipais; Regimento Interno e dispor sobre a organização e
II - autorizar a concessão de benefícios de funcionamento;
natureza tributária, observado o disposto em Lei; II - criar, alterar e extinguir os cargos e funções de
III - votar: seu quadro de servidores, dispor sobre o
provimento dos mesmos, bem como fixar seus
a) o Orçamento Anual; vencimentos e vantagens;

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III - promulgar os projetos de emenda a Lei Constituição Estadual;
Orgânica Municipal; XVIII - solicitar a intervenção do Estado no
IV - representar, pela maioria de seus membros, Município, nos termos das Constituições Federal e
para efeito de intervenção no Município, nos Estadual;
termos das Constituições Federal e Estadual; XIX - autorizar a realização de empréstimos,
operações ou acordos externos de qualquer
V - Revogado; (Revogado pela Emenda à Lei natureza de interesse do Município;
Orgânica nº 12/2002) XX - fixar através de Lei o horário de
funcionamento dos estabelecimentos industriais,
VI - exercer a fiscalização da administração comerciais e de serviços instalados no Município.
financeira e orçamentária do Município, com o XXI - fixar, mediante Lei especifica, o subsídio dos
auxílio do Tribunal de Contas do Estado e julgar as Secretários Municipais, observado o disposto na
contas do Prefeito; Constituição Federal e nesta Lei Orgânica;
VII - fixar o subsídio do Prefeito, Vice-Prefeito e XXII - elaborar, publicar e divulgar o seu Relatório
dos Vereadores em cada legislatura para a de Gestão Fiscal, nos termos e na forma
subsequente, mediante Lei, antes da realização determinada pela Lei Complementar Federal nº
das eleições, observado o que dispõe a 101, de 04 de Maio de 2000.
Constituição Federal, a Estadual e ao disposto XXIII - dispor, através de Resolução, sobre sua
nesta Lei Orgânica; organização, funcionamento, quadro de pessoal,
VIII - caso não for fixada a remuneração de seus folha de pagamento, regime disciplinar e poder de
membros, do Prefeito e Vice-Prefeito, no prazo polícia.
previsto no inciso anterior, será mantida a
remuneração fixada na legislatura em curso; Art. 18 No exercício de sua função legislativa e
IX - autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a se fiscalizadora cabe à Câmara Municipal, solicitar
afastar do Município por mais de quinze dias ou do informações por escritos aos órgãos estaduais da
País por qualquer tempo; administração direta e indireta, situados no
X - autorizar o Prefeito a contrair empréstimos, Município.
regulando as suas condições e respectivas
aplicações, respeitada a legislação federal; SEÇÃO IV - AS COMISSÕES
XI - convocar secretários, titulares de autarquias e
de instituições autônomas de que participe o Art. 19 A Câmara Municipal terá Comissões
Município, para prestarem informações: Permanentes e Especiais constituídas na forma e
com atribuições previstas no Regimento Interno ou,
a) nos 3 (três) dias úteis anteriores ao no ato que esultar a sua criação.
comparecimento do convocado deverá ser
enviada à Câmara Municipal exposição sobre Parágrafo Único - Nos recessos da Câmara
as informações solicitadas; Municipal funcionará uma Comissão
b) designar dia e hora para sua ouvida quando Representativa, de acordo com o Regimento
o Secretário ou titulares de autarquias, Interno.
independente de convocação, desejarem
prestar esclarecimentos ou pedidos de Art. 20 Poderão ser criadas mediante
providências legislativas a qualquer Comissão; requerimento de no mínimo 1/3 (um terço) de seus
membros, Comissões Parlamentares de inquérito,
XII - mudar temporária ou definitivamente a sede para a apuração de fatos, por prazo determinado.
da Câmara Municipal;
XIII - solicitar informações por escrito ao Poder Parágrafo Único - As Comissões Parlamentares de
Executivo através da Mesa Diretora, na forma Inquérito terão reconhecidos poderes de
regimental; investigações judiciais, além de outros previstos no
XIV - dar posse ao Prefeito e Vice-Prefeito, cassar Regimento Interno, sendo suas conclusões, se for
os seus mandatos, bem como dos Vereadores, nos o caso, encaminhadas ao Ministério Público para
casos previstos em Lei; que promova a responsabilidade civil ou criminal
XV - suspender a execução, no todo ou em parte, dos infratores.
de Lei ou Ato Normativo Municipal, que haja sido,
pelo Poder Judiciário, declarado inconstitucional; Art. 21 Nas Comissões da Câmara Municipal será
XVI - criar Comissão Parlamentar de Inquérito assegurada, tanto quanto possível, a
sobre fato determinado, mediante requerimento de representação proporcional dos partidos.
um terço de seus membros;
XVII - aprovar a participação do Município em SEÇÃO V - DOS ÓRGÃOS AUXILIARES DA
aglomerados urbanos ou microrregiões conforme a CÂMARA MUNICIPAL

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Art. 22 Os órgãos auxiliares da Câmara Municipal, § 1º São de iniciativa privativa do Prefeito
terão seu funcionamento e organização Municipal os projetos de Lei que disponham sobre:
disciplinados em Lei.
I - criação, alteração e extinção de cargo, função
Parágrafo Único - Revogado. (Revogado pela ou emprego do Poder Executivo e autarquias do
Emenda à Lei Orgânica nº 23/2010) Município;
II - criação de novas vantagens, de qualquer
SEÇÃO VI - DO PROCESSO LEGISLATIVO espécie, aos servidores públicos do Poder
Executivo;
Art. 23 O processo legislativo compreende a III - aumento de vencimentos, remuneração ou de
elaboração de: vantagens dos servidores públicos do Município;
I - emendas à Lei Orgânica Municipal; IV - organização administrativa dos servidores
II - leis complementares; públicos do Município;
III - leis ordinárias; V - matéria tributária;
IV - decretos legislativos; VI - plano plurianual, diretrizes orçamentárias e
V - resoluções. orçamento anual;
VII - servidor público e seu regime jurídico.
Parágrafo Único - Lei Complementar disporá sobre
a elaboração, redação, alteração e consolidação § 2º Nos projetos de Lei de iniciativa privativa do
das leis, no processo legislativo. Prefeito, não será admitida emenda que aumente a
despesa prevista, ressalvado o disposto no Art.
Art. 24 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei 166, §§ 3º e 4º da Constituição Federal.
Orgânica nº 23/2010)
Art. 27 No início, ou em qualquer fase de
Art. 25 A Lei Orgânica poderá ser emendada tramitação de projeto de iniciativa privativa do
mediante proposta: Prefeito, este poderá solicitar à Câmara Municipal
que o aprecie no prazo de 30 (trinta) dias a contar
I - de 1/3 (um terço), no mínimo, dos Vereadores; do pedido.
II - do Prefeito Municipal;
§ 1º Na falta de deliberação dentro do prazo
III - Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei estipulado neste artigo, o Presidente, a
Orgânica nº 12/2002) requerimento de qualquer Vereador, mandará
incluí-lo na Ordem do Dia para ser discutido e
§ 1º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na votado, na forma prevista no Regimento Interno.
vigência de estado de sítio ou de intervenção no
Município. § 2º Os prazos deste artigo e seus parágrafos não
correrão nos períodos de recesso da Câmara
§ 2º A proposta será discutida e votada em 2 (dois) Municipal.
turnos com interstício de 10 (dez) dias,
considerando-se aprovada quando obtiver, em § 3º O disposto neste artigo não se aplica aos
ambas as votações, o voto favorável de 2/3 (dois projetos de leis complementares.
terços) dos integrantes da Câmara Municipal.
§ 4º Mediante requerimento de Vereador, os
§ 3º A emenda à Lei Orgânica será promulgada projetos de Lei em tramitação na Câmara
pela Mesa, com o respectivo número de ordem. Municipal, decorridos 30 (trinta) dias de seu
recebimento, serão incluídos na Ordem do Dia, na
§ 4º A matéria constante de proposta de emenda, forma prevista no Regimento Interno.
rejeitada ou havida por prejudicada, não poderá
ser objeto de nova proposta na mesma sessão Art. 28 São objeto de Lei complementar, dentre
legislativa. outros previstos nesta Lei Orgânica:

SEÇÃO VII - DAS LEIS I - o Código Tributário e Fiscal do Município;


II - o Código de Obras;
Art. 26 A iniciativa das leis complementares e III - o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
ordinárias, nas formas previstas nesta Lei Orgânica IV - o Código de Posturas;
ou no Regimento Interno da Câmara Municipal, V - a Lei instituidora do Regime Jurídico dos
cabe a qualquer de seus membros ou Comissão, à Servidores Municipais;
sua Mesa, ao Prefeito e aos cidadãos.

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VI - Revogado; (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 12/2002)
Orgânica nº 12/2002)
VII - Revogado; (Revogado pela Emenda à Lei SEÇÃO VIII - DA INICIATIVA POPULAR
Orgânica nº 12/2002)
VIII - Revogado; (Revogado pela Emenda à Lei Art. 31 A iniciativa popular será exercida mediante
Orgânica nº 12/2002) projetos de Lei de interesse especifico do
Município, da cidade, ou de bairros, através de
IX - a Lei que dispor sobre a elaboração, redação, manifestação de, pelo menos, cinco por cento do
alteração e consolidação das Leis. eleitorado.
X - a Lei que dispor sobre o Sistema Municipal de
Ensino. I - Revogado; (Revogado pela Emenda à Lei
Orgânica nº 12/2002)
Art. 29 A matéria constante de projeto de Lei II - Revogado; (Revogado pela Emenda à Lei
rejeitado somente poderá constituir objeto de novo Orgânica nº 12/2002)
projeto na mesma sessão legislativa, mediante III - Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei
proposta da maioria absoluta dos membros da Orgânica nº 12/2002)
Câmara Municipal. Parágrafo Único - Revogado. (Revogado pela
Emenda à Lei Orgânica nº 12/2002)
Art. 30 A Câmara Municipal enviará o projeto de
Lei ao Prefeito Municipal que, aquiescendo, o Art. 32 A realização de plebiscito no Município
sancionará. obedecerá ao disposto em Lei.

§ 1º Se o Prefeito considerar inconstitucional o SEÇÃO IX - DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL,


projeto, no todo ou em parte, ou contrário ao FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA DO
interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, MUNICÍPIO
no prazo de quinze dias úteis, contados da data de
seu recebimento, sendo que após esse prazo, Art. 33 A fiscalização contábil, financeira,
dentro de 48 horas deve encaminhar ao Poder orçamentária e patrimonial do Município, quanto à
Legislativo os motivos do veto. legalidade, moralidade, publicidade,
impessoalidade e economicidade, será exercida
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto pela Câmara Municipal mediante controle externo
integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de e pelo sistema de controle interno de cada poder,
alínea. observado o disposto na legislação federal e
estadual e pelos conselhos populares.
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do
Prefeito Municipal importará em sanção. Capítulo II - DO PODER EXECUTIVO
SEÇÃO I - DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO
§ 4º O veto será apreciado em sessão plenária,
dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, Art. 34 O Poder Executivo Municipal é exercido
só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários
absoluta dos Vereadores, em escrutínio secreto. Municipais.

§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto Parágrafo Único - As condições de elegibilidade do
enviado para promulgação, ao Prefeito Municipal. Prefeito e do VicePrefeito são as previstas na
Constituição Federal.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo
estabelecido no § 4º, o veto será colocado na Art. 35 A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito
ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as realizar-se-á nos termos estabelecidos na
demais proposições até sua votação final. Constituição Federal.

§ 7º Se a Lei não for promulgada dentro de Art. 36 O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse
quarenta e oito horas pelo Prefeito Municipal, nos na Sessão Solene de Instalação da Câmara
casos dos §§ 3º e 5º, o Presidente da Câmara a Municipal, após a posse dos Vereadores e
promulgará, e, se este, não o fizer em igual prazo, prestarão o compromisso de "manter, defender e
caberá ao Vice-Presidente da Câmara fazê-lo. cumprir as Constituições, as leis e administrar o
Município visando o bem geral dos munícipes".
§ 8º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei
Orgânica nº 12/2002) § 1º Decorridos dez dias da data fixada para a
§ 9º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei posse, se esta não ocorrer, por qualquer dos

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eleitos, a Câmara municipal declarará vago o funções do Poder Executivo, bem como, na forma
cargo, salvo por motivo de doença grave ou de da Lei, nomear diretores das autarquias e
legítimo impedimento por ela reconhecido. dirigentes das instituições das quais o Município
participe;
§ 2º Em caso de impedimento do Prefeito, do Vice- VI - prover cargos, funções e empregos municipais,
Prefeito ou vacância dos respectivos cargos, praticar atos administrativos referentes aos
assume a Chefia do Executivo o Presidente da servidores municipais, na forma da Lei;
Câmara Municipal. VII - sancionar, promulgar e fazer publicar as Leis,
bem como expedir regulamentos para a fiel
§ 3º Igual designação poderá ser feita quando o execução das mesmas;
Prefeito se afastar do Município em períodos VIII - vetar, total ou parcialmente projetos de Lei
inferiores aos previstos no Art. 17, inciso IX desta aprovados nos termos desta Lei Orgânica
Lei. Municipal;
IX - dispor sobre a estruturação, atribuições e
§ 4º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei funcionamento dos órgãos da Administração
Orgânica nº 12/2002) Municipal;
X - apresentar, semestralmente, à Câmara
§ 5º Vagando os cargos de Prefeito e Vice- Municipal relatório sobre o estado das obras e
Prefeito, far-se-á nova eleição de acordo com a serviços municipais, bem como sobre suas
Lei. aplicações financeiras;
XI - enviar o projeto de Lei do plano plurianual, de
§ 6º Ocorrendo vacância nos dois últimos anos do Lei de diretrizes orçamentárias e Lei orçamentária
mandato, será realizada eleição na forma da Lei. anual à Câmara Municipal;
XII - prestar as informações solicitadas pela
Art. 36 A - O Prefeito e o Vice-Prefeito serão Câmara Municipal, através de pedidos de
remunerados exclusivamente por subsídio fixado informação referentes aos negócios públicos do
em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer Município, nos termos da Lei e do Regimento
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de Interno da Câmara Municipal no prazo de 15
representação ou outra espécie remuneratória, (quinze) dias úteis;
obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo XIII - convocar extraordinariamente a Câmara
48, X e XI, deste Diploma Legal. Municipal, nos períodos de recesso parlamentar;
XIV - contrair empréstimos, mediante prévia
Parágrafo Único - Os agentes políticos de que trata autorização da Câmara Municipal;
este artigo terão direito ao recebimento de XV - propor o arrendamento, o aforamento ou a
gratificação natalina e férias acrescidas de um alienação de bens municipais, bem como a
terço. aquisição de outros;
XVI - decretar a desapropriação por necessidade
SEÇÃO II - DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO ou utilidade pública ou interesse social;
XVII - realizar na fase de elaboração dos planos,
Art. 37 Ao Prefeito, como Chefe da Administração de Lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos a
Municipal cabe dirigir, fiscalizar e defender os participação popular, mediante a realização de
interesses do município, executar as deliberações audiências públicas;
da Câmara Municipal, e adotar, de acordo com a XVIII - administrar os bens e as rendas municipais,
Lei todas as medidas administrativas de utilidade promover o lançamento, a fiscalização e a
pública e acompanhar-lhes a execução. arrecadação dos tributos;
XIX - planejar e promover a execução dos serviços
Art. 38 Compete privativamente ao Prefeito: públicos municipais;
XX - dar iniciativa às leis que criem ou suprimam
I - representar o município em juízo e fora dele; órgãos a ele diretamente subordinados;
II - iniciar o processo legislativo na forma e nos XXI - propor convênios, ajustes e contratos de
casos previstos nesta Lei Orgânica Municipal; interesse municipal;
III - iniciar o processo legislativo das leis XXII - conceder auxílios, prêmios e subvenções,
orçamentárias, das que versem sobre matéria nos limites das respectivas verbas orçamentárias e
financeira e das que criem ou aumentem a do plano de distribuição prévia, anualmente
despesa pública; aprovado pela Câmara Municipal;
IV - iniciar o processo legislativo das leis que criem XXIII - encaminhar à Câmara Municipal nos prazos
ou extingam cargos e funções ou aumentem previstos nesta Lei, os projetos de Lei de sua
vencimentos; iniciativa exclusiva;
V - nomear e exonerar os titulares dos cargos e

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XXIV - encaminhar anualmente, à Câmara as infrações políticoadministrativas do Prefeito são
Municipal e ao Tribunal de Contas do Estado, até o passíveis de julgamento de acordo com a
dia trinta e um (31) de Março, as contas referentes Constituição Federal e as normas legais em vigor.
à gestão financeira do exercício anterior;
XXV - propor a divisão administrativa do Município, Parágrafo Único - Revogado. (Revogado pela
de acordo com as leis vigentes; Emenda à Lei Orgânica nº 23/2010)
XXVI - Revogado; (Revogado pela Emenda à Lei
Orgânica nº 12/2002) SEÇÃO IV - DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS
XXVII - decretar situação de emergência ou estado
de calamidade pública; Art. 43 Lei Municipal estabelecerá as atribuições
XXVIII - submeter a doação de bens públicos à dos Secretários Municipais definindo-lhes a
prévia autorização do Poder Legislativo, devendo a competência, deveres e responsabilidades.
escritura respectiva conter cláusulas de reversão
no caso de descumprimento das condições; Parágrafo Único - Os Secretários são de livre
XXIX - autorizar a execução, na forma da Lei, de nomeação e exoneração do Prefeito, dentre
serviços em propriedades particulares, no território brasileiros maiores de 18 (dezoito) anos, no gozo
do Município, tendo como objetivo o incentivo à de seus direitos políticos e ficam sujeitos, desde a
agropecuária, à indústria, ao comércio e ao posse, às mesmas incompatibilidades e proibições
turismo; previstas para os Vereadores.
XXX - realizar permuta ou cessão temporária de
equipamentos, para serviços, com outros Art. 44 Os Secretários Municipais serão
municípios; remunerados exclusivamente por subsídio fixado
XXXI - encaminhar ao Tribunal de Contas do por Lei de iniciativa da Câmara Municipal, em
Estado do Rio Grande do Sul o relatório resumido parcela única, com direito ao décimo terceiro
da execução orçamentária, nos prazos definidos salário com base na remuneração integral, vedado
em Lei; o acréscimo de qualquer gratificação, adicional,
XXXII - encaminhar ao Tribunal de Contas do abono, prêmio, verba de representação ou outra
Estado e à Câmara Municipal o relatório de gestão espécie remuneratória, obedecido, em qualquer
fiscal, nos prazos definidos em Lei. caso, o disposto no art. 48, X e XI, deste Diploma
XXXIII - dar ciência à Câmara Municipal da Legal.
assinatura de convênios ou contratos firmados
entre o Município e entidades públicas ou SEÇÃO V - DOS SUBPREFEITOS
privadas.
Art. 45 Os Subprefeitos, auxiliares do Poder
Art. 39 O Vice-Prefeito, além da responsabilidade Executivo Municipal, de livre nomeação e
de substituto e sucessor do Prefeito, cumprirá as exoneração do Prefeito, exercem atribuições
atribuições que lhe forem fixadas em Lei e auxiliará delegadas no âmbito circunscrito pelos limites do
o Chefe do Poder Executivo quando convocado Distrito para o qual foi nomeado.
por este.
Art. 46 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei
Art. 40 Compete ao Prefeito Municipal colocar à Orgânica nº 12/2002)
disposição da Câmara Municipal, na forma da Lei
Complementar nº 101, de 04 de Maio de 2000, e SEÇÃO VI - DA PROCURADORIA GERAL DO
da Emenda Constitucional nº 25, de 14 de MUNICÍPIO
Fevereiro de 2000, os recursos correspondentes
às dotações orçamentárias que lhes são próprias,
compreendidos os créditos suplementares e Art. 47 A Procuradoria Geral do Município é o
especiais, até o dia 20 de cada mês. órgão que representa o Município judicial e
extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da Lei
Art. 41 O Prefeito poderá gozar férias anuais de que dispuser sobre sua organização e
até 30 (trinta) dias contínuos ou intercalados e funcionamento, as atividades de consultoria e
comunicará à Câmara Municipal os períodos assessoramento jurídico ao Poder Executivo.
escolhidos.
§ 1º A Procuradoria Geral do Município tem por
SEÇÃO III - DAS RESPONSABILIDADES E chefe o Procurador Geral do Município, nomeado
INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS DO pelo Prefeito dentre os integrantes da carreira de
PREFEITO E DO VICE-PREFEITO Procurador Municipal, maiores de 30 (trinta) anos.

Art. 42 Os crimes de responsabilidade, bem como § 2º O ingresso na carreira de Procurador

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Municipal far-se-á mediante concurso público de sem distinção de índices;
provas e títulos, observadas as demais normas XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de
constantes no capítulo que trata dos servidores cargos, funções e empregos públicos da
municipais. administração direta, autárquica e fundacional, dos
membros de qualquer dos Poderes do Município,
Capítulo III - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA dos detentores de mandato eletivo e dos demais
MUNICIPAL agentes políticos e os proventos, pensões ou outra
espécie remuneratória, percebida cumulativamente
Art. 48 A administração pública direta e indireta de ou não, incluída as vantagens pessoais ou de
qualquer dos Poderes do Município obedecerá aos qualquer outra natureza, não poderão exceder o
princípios de legalidade, impessoalidade, subsídio mensal, em espécie, do Prefeito
moralidade, publicidade e eficiência e, também ao Municipal;
seguinte: XII - os vencimentos dos cargos do Poder
Legislativo não poderão ser superiores aos pagos
I - os cargos, empregos e funções públicas são pelo Poder Executivo;
acessíveis aos brasileiros que preencham os XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de
requisitos estabelecidos em Lei, assim como aos quaisquer espécie remuneratórias para efeito de
estrangeiros, na forma da Lei; remuneração de pessoal do serviço público;
II - a investidura em cargo ou emprego público XIV - os acréscimos pecuniários recebidos por
depende de aprovação prévia em concurso público servidor público não serão computados nem
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a acumulados para fins de concessão de acréscimos
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ulteriores;
na forma prevista em Lei, ressalvadas as XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes
nomeações para cargo em comissão declarado em de cargo e empregos públicos são irredutíveis,
Lei de livre nomeação e exoneração; ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV, deste
III - o prazo de validade do concurso público será artigo e nos Art.s 39, § 4º, 150, II. 153, III e 153, §
de até 2 (dois) anos, prorrogável um vez, por igual 2º, I, da Constituição Federal;
período; XVI - é vedada a acumulação remunerada de
IV - a convocação será feita com prioridade sobre cargos públicos, exceto quando houver
novos concursados para assumir cargos e compatibilidade de horários, observado em
empregos na carreira, daquele aprovado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
concurso público de provas ou de provas e títulos,
durante o prazo improrrogável previsto no edital de a) a de 2 cargos de professores;
convocação; b) a de 1 cargo de professor com outro técnico
V - as funções de confiança exercidas ou científico;
exclusivamente por servidores ocupantes de cargo c) a de 2 cargos privativos de profissionais de
efetivo, e os cargos em comissão, a serem saúde, com profissões regulamentadas;
preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais mínimos previstos em Lei, XVII - a proibição de acumular estende-se a
destinam-se apenas às atribuições de direção, empregos e funções e abrangem autarquias,
chefia e assessoramento; empresas públicas, sociedades de economia mista
VI - o direito à livre associação sindical é garantido e fundações mantidas pelo Poder Público;
ao servidor público civil; XVIII - a administração fazendária e seus
VII - o direito de greve será exercido nos termos e servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
nos limites estabelecidos em Lei especifica; competência e jurisdição, precedência sobre os
VIII - a reserva de cargos e empregos públicos demais setores administrativos, na forma da Lei;
para pessoas portadoras de deficiências, será feita XIX - somente por Lei especifica poderá ser criada
conforme percentual e critérios estabelecidos em autarquia e autorizada a instituição de empresa
Lei; pública, de sociedade de economia mista e de
IX - a fixação dos casos de contratação por tempo fundação, cabendo a lei complementar, neste
determinado para atender a necessidade último caso, definir as suas áreas de atuação;
temporária de excepcional interesse público terá XX - a criação de subsidiárias das entidades
como base os critérios previsto em Lei; mencionadas no inciso anterior, assim como a
X - a remuneração dos servidores públicos e o participação de qualquer delas em empresa
subsídio de que trata o § 4º, do art. 39, da privada, depende de autorização legislativa, em
Constituição Federal somente poderão ser fixados cada caso;
ou alterados por Lei especifica, observada a XXI - as obras, serviços, compras e alienações
iniciativa privativa em cada caso, assegurada serão contratados mediante processo de licitação
revisão geral anual, 24 sempre na mesma data e pública que assegure igualdade de condições a

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todos concorrentes, com cláusulas que II - investido no mandato de prefeito, será afastado
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
as condições efetivas da proposta, nos termos da optar pela sua remuneração;
Lei, exigindo-se a qualificação técnico-econômica III - investido no mandato de Vereador, havendo
indispensável à garantia do cumprimento das compatibilidade de horários, perceberá as
obrigações, ressalvados os casos especificados na vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem
legislação. prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
havendo compatibilidade, será aplicada a norma
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, do inciso anterior;
serviços, e campanhas dos órgãos públicos deverá IV - em qualquer caso que exija o afastamento
ter caráter educativo, informativo ou de orientação para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
social, dela não podendo constar, nomes, símbolos serviço será contado para todos os efeitos legais,
ou imagens que caracterizem promoção pessoal exceto para promoção por merecimento;
de autoridades ou serviços públicos. V - para efeito de benefício previdenciário, no caso
de afastamento, os valores serão determinados
§ 2º A não observância do disposto no inciso II e III como se no exercício estivesse.
deste artigo, implicará em nulidade do ato e a
punição da autoridade responsável, nos termos da SEÇÃO I - DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Lei. MUNICIPAIS
§ 3º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei
Orgânica nº 23/2010) Art. 50 O Município instituirá, no âmbito de sua
§ 4º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei competência, regime jurídico único e planos de
Orgânica nº 23/2010) carreira para os servidores da administração
§ 5º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei pública direta, das autarquias e das fundações
Orgânica nº 23/2010) públicas.
§ 6º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei
Orgânica nº 23/2010) § 1º A fixação dos padrões de vencimentos e dos
§ 7º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei demais componentes do sistema remuneratório
Orgânica nº 23/2010) observará:
§ 8º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei
Orgânica nº 23/2010) I - a natureza, o grau de responsabilidade e a
§ 9º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei complexidade dos cargos componentes de cada
Orgânica nº 23/2010) carreira;
II - os requisitos para a investidura;
§ 10 Os cargos em Comissão, de Confiança ou de III - as peculiaridades de cada cargo.
Função Gratificada não podem ser ocupados por
cônjuges, companheiros e parentes, em linha reta, § 2º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII,
compreendido o ajuste mediante designações XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, da
recíprocas: Constituição Federal, podendo a Lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a
I - do Prefeito e do Vice-Prefeito; natureza do cargo o exigir.
II - do Vereador, no âmbito da Câmara;
III - do servidor investido em cargo de direção ou § 3º O detentor de mandato eletivo e os
chefia, no âmbito de abrangência de seu cargo. Secretários Municipais serão remunerados
IV - do Presidente, Diretor, ou titular de cargo exclusivamente por subsidio fixado em parcela
equivalente, e do VicePresidente, Vice-Diretor ou única, vedado o acréscimo de qualquer
equivalente, no âmbito da respectiva Autarquia, gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista representação ou outra espécie remuneratória,
ou Fundação instituída ou mantida pelo Poder obedecido, em qualquer caso, o disposto no art.
Público. 48, X e XI, desta Lei Orgânica.

Art. 49 Ao servidor público com exercício de § 4º Lei Municipal poderá estabelecer a relação
mandato eletivo aplicam-se as seguintes entre a maior e a menor remuneração dos
disposições: servidores públicos, obedecido, em qualquer caso,
o disposto no art. 48, XI, desta Lei Orgânica.
I - tratando-se de mandato eletivo federal ou
estadual, ficará afastado de seu cargo, emprego ou § 5º Os Poderes Executivo e Legislativo publicarão
função; anualmente os valores do subsídio e da

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remuneração dos cargos e empregos públicos. terceiro) salário, será efetuado até o dia 20 de
dezembro do ano em curso.
§ 6º A remuneração dos servidores públicos
organizados em carreira poderá ser fixada nos Art. 54 As obrigações pecuniárias dos órgãos da
termos do § 3º, deste artigo. administração direta e indireta para com seus
servidores ativos e inativos ou pensionistas, não
§ 7º Cabe ao Presidente da Câmara Municipal as cumpridas até o último dia do mês da aquisição do
atribuições reservadas ao Prefeito Municipal direito, deverão ser liquidadas com valores
quando da aplicação do Regime Jurídico dos atualizados pelos índices aplicados para revisão
Servidores Públicos Municipal quanto aos geral da remuneração dos servidores públicos do
servidores do Poder Legislativo. Município.

§ 8º A aplicação do Regime Jurídico dos Art. 55 Dependerá de Lei municipal, em cada


Servidores Públicos Municipal aos servidores do caso, a cedência de servidores municipais a
Poder Legislativo será cabível, desde que não órgãos públicos e entidades privadas, bem como a
colidam com normas, plano de carreira, leis, concessão de auxílios materiais e financeiros.
resoluções e demais atos emanados e legislados
pelo próprio Poder Legislativo. Art. 56 Aos servidores titulares de cargos efetivos
do Município, incluídas suas autarquias e
Art. 51 O servidor público titular de cargo de fundações, são assegurado regime de previdência
provimento efetivo será aposentado na forma da de caráter contributivo, observados critérios que
Lei. preservem o equilíbrio financeiro e atuarial,
observado o disposto no art. 51.
Art. 52 São estáveis, após três anos de efetivo
exercício os servidores nomeados por cargo de Art. 57 Decorridos 30 (trinta) dias da data em que
provimento efetivo em virtude de concurso público. tiver sido protocolado o requerimento da
aposentadoria, o servidor público será considerado
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: em licença especial, podendo afastar-se do
serviço, salvo se antes tiver sido cientificado do
I - em virtude de sentença judicial transitada em indeferimento do pedido.
julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe Parágrafo Único - No período de licença de que
seja assegurada ampla defesa. trata este artigo o servidor público terá direito à
totalidade da remuneração, computando-se o
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do tempo como de efetivo exercício para todos os
servidor estável, será ele reintegrado e o eventual efeitos legais.
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao
cargo de origem sem direito a indenização, Art. 58 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei
aproveitado em outro cargo ou posto em Orgânica nº 12/2002)
disponibilidade com remuneração proporcional ao
tempo de serviço. SEÇÃO II - DOS CONSELHOS MUNICIPAIS

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua Art. 59 Os conselhos municipais são órgãos de


desnecessidade, o servidor estável ficará em cooperação e assessoramento governamental e,
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tem por finalidade auxiliar a administração na
tempo de serviço, até o seu adequado orientação, planejamento e interpretação em
aproveitamento em outro cargo. matérias de suas competências na forma da Lei.

§ 4º Como condição para a aquisição de Parágrafo Único - O Conselho Municipal de


estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de Educação de Ijuí - CMEI é um órgão normativo,
desempenho por comissão instituída para essa consultivo, deliberativo e fiscalizador do Sistema
finalidade. Municipal de Ensino.

Art. 53 O pagamento da remuneração mensal dos Art. 60 A Lei especificará outras funções,
servidores públicos municipais, será realizado até atribuições, bem como organização, composição e
o último dia útil do mês de trabalho prestado. funcionamento dos conselhos municipais e a forma
de nomeação e duração do mandato dos
Parágrafo Único - O pagamento de gratificação conselheiros.
natalina, também denominada 13º (décimo

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§ 1º Poderão ser instituídos conselhos municipais I - ser progressivo em razão do valor do imóvel;
nas áreas de:
I - educação; II - ter alíquotas diferentes de acordo com a
II - saúde; localização e uso do imóvel.
III - cultura;
IV - desporto; § 2º O imposto previsto na alínea "b" do inciso I
V - turismo; deste artigo não incide sobre a transmissão de
VI - desenvolvimento; bens ou direitos incorporados ao patrimônio de
VII - meio ambiente; pessoa jurídica em realização de capital, nem
VIII - segurança e defesa civil; sobre a transmissão de bens ou direitos
IX - defesa do consumidor; decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou
X - trânsito; extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses
XI - entorpecentes; casos, a atividade preponderante do adquirente for
XI - política agrícola; a compra e venda desses bens e direitos, locação
XIII - proteção à mulher; de bens imóveis ou arrendamento mercantil.
XIV - proteção à infância e à velhice;
XV - transporte coletivo. § 3º Sempre que possível os impostos terão
caráter pessoal e serão graduados segundo a
§ 2º Dentro das necessidades e interesses do capacidade econômica do contribuinte, facultado à
Município poderão ser criados outros conselhos administração municipal, especialmente para
que se fizerem necessários. conferir efetividade a esses objetivos, respeitados
os direitos individuais e nos termos da Lei, o
TÍTULO IV - DA TRIBUTAÇÃO E DO patrimônio, os rendimentos e as atividades
ORÇAMENTO econômicas do contribuinte.
Capítulo I - DA TRIBUTAÇÃO
SEÇÃO I - DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS SEÇÃO II - DA RECEITA E DA DESPESA

Art. 61 São tributos da competência do Município, Art. 62 A receita municipal constituir-se-á da


atendidos os princípios da Constituição Federal e arrecadação dos tributos municipais, da
normas gerais do direito tributário: participação em tributos da União e do Estado
assegurados pelas Constituições Federal e
I - imposto sobre: Estadual, e da utilização de seus bens, serviços,
atividades e outros ingressos.
a) propriedade predial e territorial urbana;
b) transmissão "inter-vivos" a qualquer título, por Art. 63 A despesa pública atenderá aos princípios
ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou a estabelecidos na Constituição Federal e às normas
cessão física e direitos reais sobre imóveis, exceto de Direito Financeiro.
os de garantia, bem como cessão de direitos para
a sua aquisição; Art. 64 Fica vedado ao titular de Poder, nos
c) Revogada; (Revogada pela Emenda à Lei últimos dois quadrimestre do seu mandato, contrair
Orgânica nº 19/2008) obrigações de despesas que não possam ser
d) serviço de qualquer natureza, não cumpridas integralmente dentro dele, ou que tenha
compreendidos no Art. 155, I, "b", da Constituição parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem
Federal, definidos em Lei complementar federal. que haja suficiente disponibilidade de caixa para
este efeito.
II - taxas, em razão do exercício do poder de
polícia ou pela instituição efetiva ou potencial Parágrafo Único - Na determinação da
de serviços públicos específicos e divisíveis, disponibilidade de caixa serão considerados os
prestados ao contribuinte ou postos a sua encargos e despesas compromissadas e pagas até
disposição; o final do exercício.

III - contribuição de melhoria, decorrente de Art. 65 É nulo de pleno direito o ato de que resulte
obras públicas. aumento da despesa com pessoal expedido nos
cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a do titular do respectivo Poder.
que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, da
Constituição Federal, o imposto previsto no inciso Art. 66 As disponibilidades de caixa do Município,
I, "a", poderá: de suas autarquias, fundações e das empresas por
ele controladas, serão depositadas em instituições

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financeiras oficiais, salvo os casos previstos em forma da Lei;
Lei. III - forma de aplicação do "superávit" orçamentário
ou do modo de cobrir o "déficit".
SEÇÃO III - O ORÇAMENTO
§ 6º A Lei Orçamentária Anual deverá incluir na
Art. 67 Leis de iniciativa do Poder Executivo previsão da receita, obrigatoriamente, sob pena de
estabelecerão: responsabilidade político-administrativa do
I - o Plano Plurianual; Prefeito, todos os recursos provenientes de
II - as Diretrizes Orçamentárias; transferências de qualquer natureza e de qualquer
III - os Orçamentos Anuais. origem, feitas a favor do Município, por pessoas
físicas e jurídicas bem como propor as suas
§ 1º O Plano Plurianual estabelecerá os objetivos e respectivas aplicações, como despesas
metas da administração municipal, compatibilizado, orçamentárias.
conforme o caso, com os planos previstos pelos
Governos Federal e Estadual. § 7º A transparência será assegurada também
mediante incentivo à participação popular e a
§ 2º O Plano de Diretrizes Orçamentárias, realização de audiências públicas, durante os
compatibilizado com o Plano Plurianual, processos de elaboração e de discussão dos
compreenderá as metas e prioridades da planos, Lei de diretrizes orçamentárias e
administração do Município para o exercício orçamento.
financeiro subseqüente, com vistas a elaboração
da proposta orçamentária anual, dispondo, ainda, Art. 68 Os Projetos de Lei previstos no artigo 67
quando for o caso, sobre as alterações da política serão enviados pelo Poder Executivo ao Poder
tributária e tarifária do Município. Legislativo nos seguintes prazos:

§ 3º O Orçamento Anual, compatibilizado com o I - o Projeto do Plano Plurianual (PPA) até o dia
Plano Plurianual e elaborado em conformidade 31 de Julho do primeiro ano do mandato do
com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, Prefeito Municipal.
compreenderá as receitas e despesas dos Poderes II - a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), até
do Município, seus órgãos e fundos. o dia 30 de Setembro.
III - o Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA)
§ 4º O Projeto de Orçamento Anual será até o dia 30 de Novembro de cada ano.
acompanhado:
Art. 69 Os Projetos de Lei previstos no artigo 68,
I - da consolidação dos orçamentos das entidades
após apreciação e deliberação do Poder
que desenvolverem ações voltadas à seguridade
Legislativo, deverão ser devolvidos ao Poder
social, compreendendo as receitas e despesas
relativas à saúde, previdência e assistência social, Executivo nos seguintes prazos:
incluídas obrigatoriamente, as oriundas das
transferências e será elaborado com base nos I - o Projeto do Plano Plurianual (PPA) até o dia 31
programas de trabalho dos órgãos incumbidos de de Agosto do primeiro ano do mandato do Prefeito
tais serviços na administração municipal; Municipal;
II - do demonstrativo dos efeitos, sobre a receita e
a despesa, decorrente de isenções, anistias, II - o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias
remissões, subsídios e benefícios de natureza (LDO), até o dia 30 de Outubro;
financeira, tributária, tarifária e creditícia; III - o Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA)
III - do quadro demonstrativo da receita e planos até o dia 30 de Dezembro de cada ano;
de aplicação das mesmas, quando houver
vinculação a determinado órgão, fundo ou
Art. 70 O Prefeito Municipal poderá encaminhar à
despesa.
Câmara Municipal, mensagem para propor
§ 5º A Lei Orçamentária Anual não conterá modificação do projeto do orçamento anual,
dispositivo estranho à previsão da receita e à enquanto não estiver concluída a votação da parte
fixação da despesa, não se incluindo na proibição: relativa à alteração proposta.

I - autorização para abertura de créditos Art. 71 As emendas aos projetos de Lei relativos
suplementares; aos orçamentos anuais ou aos projetos que os
II - autorização para contratação de operações de modifiquem, somente poderão ser aprovados caso:
crédito, inclusive por antecipação de receita, na

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I - sejam compatíveis com o plano plurianual e sem prévia autorização legislativa e sem indicação
com a Lei de diretrizes orçamentárias; dos recursos correspondentes;
II - indiquem os recursos financeiros VI - a transposição, o remanejamento ou a
necessários, admitidos apenas os provenientes transferência de recursos de uma categoria de
de anulação de despesas, excluídas as programação para outras ou de um órgão para
destinadas a: outro, sem prévia autorização legislativa;
a) pessoal e seus encargos; VII - a concessão ou utilização de créditos
b) serviços de dívida; suplementares;
c) educação; VIII - a utilização, sem autorização legislativa
d) saúde. específica, de recursos dos orçamentos fiscais e
III - sejam relacionadas com: de seguridade social para suprir necessidades ou
a) correção de erros ou omissões; cobrir déficit de empresas, fundações e fundos;
b) com os dispositivos do texto do projeto de Lei. IX - a instituição de fundos de qualquer natureza,
sem prévia autorização legislativa.
Art. 72 As emendas ao projeto de Lei de diretrizes
orçamentárias não poderão ser aprovadas quando § 1º Nenhum investimento cuja execução
incompatíveis com o plano plurianual. ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no Plano Plurianual ou
Art. 73 Aplicam-se aos projetos de Lei sem Lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
mencionados nos artigos anteriores, no que não de responsabilidade político-administrativa.
colidirem com o disposto nesta Lei e na
Constituição Federal, as demais normas relativas § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão
ao processo legislativo. vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for
Art. 74 Os recursos que, em decorrência do veto, promulgado nos 32 últimos 60 (sessenta) dias
emenda ou rejeição do projeto de Lei orçamentária daquele exercício, caso em que, reabertos nos
anual, ficarem sem despesas correspondentes, limites de seus saldos, serão incorporados ao
poderão ser utilizados como cobertura financeira Orçamento do exercício financeiro subseqüente.
para a abertura de créditos suplementares e
especiais, mediante prévia e específica § 3º A abertura de crédito extraordinário, somente
autorização legislativa. será admitida para atender as despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
Art. 75 São vedados: estado de emergência, de calamidade pública,
greve ou perturbação da ordem interna.
I - o início de programas ou projetos não incluídos
na Lei orçamentária anual; § 4º Os créditos extraordinários, serão abertos por
II - a realização de despesas ou a assunção de decreto do Prefeito Municipal, e deverão ser
obrigações diretas que excedam os créditos submetidos à aprovação da Câmara Municipal, no
orçamentários ou adicionais; prazo de 30 (trinta) dias.
III - a realização de operações de crédito que
excedam o montante das despesas de capital, Art. 76 A despesa com pessoal ativo e inativo do
ressalvadas as autorizadas mediante créditos Município não poderá exceder os limites que serão
suplementares ou especiais com finalidade estabelecidos em Lei complementar.
precisa, aprovada pela Câmara Municipal por
maioria absoluta; § 1º A concessão de qualquer vantagem ou
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, aumento de remuneração, a criação de cargos ou
fundo ou despesa, ressalvada a destinação de alteração da estrutura de carreiras, bem como a
recursos para as ações e serviços públicos de admissão de pessoal a qualquer título, pelos
saúde e para a manutenção e desenvolvimento do órgãos e entidades da administração municipal
ensino, como determinado, respectivamente, pelos direta ou indireta, só poderão ser feitas:
arts. 198, § 2º e 212 da Constituição Federal, e a
prestação de garantias às operações de crédito por I - se houver prévia dotação orçamentária
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, suficiente para atender às projeções de despesas
da Constituição Federal; de pessoal e os acréscimos dela decorrentes;
V - a abertura de crédito suplementar ou especial II - se houver autorização específica na Lei de

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diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas g) a economia predatória, e;
públicas e as sociedades de economia mista. h) todas as demais formas de degradação
humana.
§ 2º Para o cumprimento dos limites estabelecidos
com base neste artigo, durante o prazo fixado na II - promoverá:
Lei complementar referida no caput, o Município a) o bem estar do homem com o fim essencial da
adotará as seguintes providências: produção e do desenvolvimento econômico;
b) a integração dos municípios da região em
I - redução em pelo menos vinte por cento das programas cooparticipativos.
despesas com cargos em comissão e funções de
confiança; Art. 79 A Lei instituirá incentivos ao investimento e
II - exoneração dos servidores não estáveis. a fixação de atividades econômicas no território do
Município, objetivando desenvolver
§ 3º Se as medidas adotadas com base no potencialidades, observadas as peculiaridades
parágrafo anterior não forem suficientes para locais.
assegurar o cumprimento da determinação da Lei
complementar referida neste artigo, o servidor Art. 80 O Município manterá órgãos
estável poderá perder o cargo, desde que o ato especializados, incumbidos de exercer ampla
normativo motivado de cada um dos Poderes fiscalização dos serviços públicos por ele
especifique a atividade funcional, o órgão ou concedidos ou permitidos e da revisão de suas
unidade administrativa objeto da redução de tarifas.
pessoal.
Parágrafo Único - A fiscalização de que trata este
§ 4º O servidor que perder o cargo na forma do artigo compreende o exame contábil e as perícias
parágrafo anterior fará jus a indenização necessárias à apuração das inversões de capital e
correspondente a um mês de remuneração por ano dos lucros auferidos pelas empresas
de serviço. concessionárias ou permissionárias.

§ 5º O cargo objeto da redução prevista nos Art. 81 O Município dispensará à microempresa e


parágrafos anteriores será considerado extinto, à empresa de pequeno porte, assim definido em
vedado a criação de cargo, emprego ou função Lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a
com atribuições iguais ou assemelhadas pelo incentivá-las pela simplificação de suas obrigações
prazo de quatro anos. administrativas e tributárias, pela eliminação ou
redução destas, por meio de Lei.
§ 6º Lei federal disporá sobre as normas gerais a
serem obedecidas na efetivação do disposto no § Art. 82 O Município revogará as doações às
3º. instituições particulares se o donatário lhes der
destinação diversa da ajustada em contrato ou
TÍTULO V - A ORDEM ECONÔMICA quando, transcorridos 5 (cinco) anos, não tiver
Capítulo I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS dado cumprimento aos fins estabelecidos no ato de
doação, na forma da Lei.
Art. 77 A ordem econômica visa assegurar a todos
os munícipes uma existência digna e será Art. 83 O Município poderá instituir programas de
organizada com base nos princípios da prevenção e socorro em conjunto com a União,
Constituição Federal. Estados e outros municípios no caso de
calamidade pública em que a população não tenha
Art. 78 Na organização de sua ordem econômica o recursos, meios de abastecimento ou de
Município: sobrevivência.
I - combaterá:
a) o analfabetismo; Art. 84 Incumbe ao Município a prestação de
b) o desemprego; serviços públicos, diretamente, ou através de
c) a marginalização do indivíduo; licitação, sob regime de concessão ou permissão,
d) o êxodo rural; devendo garantir-lhes a qualidade.
e) a miséria;
f) a usura; Capítulo II - DA POLÍTICA URBANA

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cooperativas e outras entidades, estimulará a
Art. 85 A política de desenvolvimento urbano, criação de centrais de compra para abastecimento
executada pelo Poder Público Municipal, conforme de microempresas, microprodutores rurais e
diretrizes gerais fixadas em Lei, tem por objetivo empresas de pequeno porte com vistas à
ordenar o pleno desenvolvimento das funções diminuição do preço final as mercadorias e
sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus produtos na venda ao consumidor.
habitantes.
TÍTULO VI - DA ORDEM SOCIAL
§ 1º O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Capítulo I - DISPOSIÇÃO GERAL
Municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e da expansão urbana. Art. 89 A ordem social tem como base o primado
do trabalho e como jetivo o bem estar e a justiça
§ 2º A propriedade urbana cumpre a sua função social.
social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade, expressas no Plano Capítulo II - DA SEGURIDADE SOCIAL
Diretor.
Art. 90 O município poderá instituir contribuição,
Art. 86 O direito à propriedade é inerente à cobrada de seus servidores, para o custeio, em
natureza do homem, e seus limites e uso beneficio destes, de sistema de previdência social.
dependem da convivência social.
Art. 91 As receitas destinadas à seguridade social
§ 1º O Município poderá exigir, mediante Lei constarão de orçamento.
específica, para área incluída no Plano Diretor, nos
termos da Lei federal, do proprietário do solo Parágrafo Único - A proposta de orçamento da
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, seguridade social será elaborada de forma
que promova o seu adequado aproveitamento, sob integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde,
pena, sucessivamente, de: previdência e assistência ocial, tendo em vista as
metas e prioridades estabelecidas em Lei de
a) parcelamento ou edificação compulsórios; Diretrizes Orçamentárias.
b) imposto sobre a propriedade territorial urbana
progressivo no tempo. Capítulo III - DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

§ 2º A ampliação de áreas urbanas ou de Art. 92 O Município dentro de sua competência


expansão urbana deverá ser acompanhada do regulará o serviço social auxiliando as iniciativas
respectivo zoneamento de uso e regime particulares que visem a este objetivo.
urbanístico.
Art. 93 A assistência social no Município, nos
§ 3º O Município assegurará a participação das termos que a Lei estabelecer, terá por objetivo a
entidades comunitárias, legalmente constituídas, correção dos desequilíbrios do sistema social e a
na definição do Plano Diretor e das suas diretrizes recuperação dos indivíduos desajustados, visando
gerais de ocupação do território, bem como na a um desenvolvimento social harmônico, conforme
elaboração e implementação dos planos, o previsto na Constituição Federal.
programas e projetos que he sejam concernentes.
Art. 94 As ações municipais na área de assistência
Capítulo III- DA POLÍTICA AGRÍCOLA E DO social serão realizadas com recursos do orçamento
ABASTECIMENTO ALIMENTAR Municipal e da Seguridade Social obedecendo às
seguintes diretrizes:
Art. 87 No âmbito de sua competência o Município I - execução, pelo Município, com a coordenação
definirá a sua política agrícola e de abastecimento do Estado e da União;
alimentar em harmonia com o Plano Municipal de II - participação da população por meio de
Desenvolvimento, priorizando a assistência técnica organizações representativas, na ormulação das
e de extensão rural, o atendimento aos médicos e políticas e no controle das ações, em todos os
pequenos produtores e as formas associativas. níveis.

Art. 88 O Município, em cooperação com o Estado, Capítulo IV - DA SAÚDE E DO SANEAMENTO

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BÁSICO § 1º O saneamento básico compreende a
captação, o tratamento e a distribuição de água
Art. 95 A saúde é um direito de todos os cidadãos potável, a coleta, o tratamento e a disposição final
e dever do Poder Público e da sociedade, de esgotos cloacais e do lixo, bem como a
garantida mediante políticas sociais com recursos drenagem urbana:
da Seguridade Social e outros, visando à sua
promoção, proteção e recuperação. a) o Município desenvolverá técnicas que visem o
tratamento, reciclagem e aproveitamento do lixo;
§ 1º Lei disporá sobre a organização, b) o Município promoverá o controle, a destinação
financiamento, controle e gestão do Sistema Único e a fiscalização do lixo, e dos resíduos urbanos.
de Saúde no âmbito do Município.
§ 2º Lei disporá sobre o serviço de saneamento
§ 2º O Município não destinará recursos públicos a básico, o controle, a destinação e fiscalização do
entidades privadas com fins lucrativos, sob forma processo do lixo e dos resíduos urbanos.
de auxílio ou subvenção.
§ 3º O Município estenderá progressivamente o
Art. 96 As ações e serviços de saúde no âmbito saneamento básico a toda a população urbana,
municipal integram uma rede regionalizada e como condição da qualidade de vida, da proteção
hierarquizada e constituem o Sistema Único de ambiental e do desenvolvimento social.
Saúde do Município, observadas as seguintes
diretrizes: § 4º Nos distritos industriais, os efluentes serão
I - descentralização político-administrativa; tratados e reciclados de forma integrada pelas
II - universalização e eqüidade em todos os níveis, empresas através de condomínio de tratamento de
de atenção a saúde à população urbana e rural; resíduos.
III - utilização do método epidemiológico, como
parâmetro na definição de prioridades; Art. 99 O Município formulará a política, o
IV - organização dos serviços, de forma a evitar a planejamento e a execução das ações de saúde e
duplicidade de meios para fins idênticos; saneamento básico, de acordo com o Plano
Municipal de Saúde, respeitadas as diretrizes
Parágrafo Único - A participação da comunidade federais e estaduais.
dar-se-á através do Conselho Municipal de Saúde:
Art. 100 O Município promoverá em conjunto com
a) o Conselho Municipal de Saúde terá caráter o Estado e a União:
permanente e deliberativo no que diz respeito à I - combate às moléstias específicas, contagiosas e
política de saúde do Município, gestão, infecto-contagiosas;
planejamento e avaliação; II - combate ao uso de tóxicos;
b) o Conselho Municipal de Saúde é composto III - serviços de assistência à maternidade, à
pelo Governo, prestadores de serviços infância, à adolescência e ao idoso;
profissionais de saúde e usuários. IV - inspeção médica aos estudantes dos
estabelecimentos de ensino do Município;
Art. 97 As ações de saúde são de relevância V - assistência odontológica preventiva aos
pública, devendo sua execução ser feita através de estudantes dos estabelecimentos de ensino do
serviço público. município;
VI - exigência da apresentação, no ato da
Parágrafo Único - As instituições privadas poderão matrícula, de atestado de vacina contra moléstia
participar de forma complementar do Sistema infecto-contagiosa;
Único de Saúde, tendo preferência as entidades VII - serviços de primeiros socorros através de
filantrópicas e sem fins lucrativos. agentes de saúde nas comunidades do interior do
Município.
Art. 98 O saneamento básico é serviço público
essencial e, como atividade preventiva das ações Parágrafo Único - Compete ao Município
de saúde e meio ambiente, tem abrangência suplementar, se necessário, a legislação federal e
municipal, podendo sua execução ser concedida a estadual que disponha sobre a regulamentação,
ou permitida na forma da Lei. a fiscalização e o controle das ações e serviços de
saúde.

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Capítulo V - DO MEIO AMBIENTE Art. 104 A Lei disporá sobre a organização do
Sistema Municipal de Proteção Ambiental definindo
Art. 101 O meio ambiente é bem e uso comum do a participação de entidades, associações
povo e a manutenção de seu equilíbrio são ecológicas e a integração com outros órgãos.
essenciais à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Município e à coletividade o dever de defendê- Art. 105 O Município implementará programas
lo, preservá-lo e restaurá-lo, cabendo a todos exigir próprios de produção de mudas frutíferas e de
a adoção de medidas necessárias nesse sentido, essências nativas, exóticas e ornamentais.
nos termos do disposto nas Constituições Federal
e Estadual. Capítulo VI - DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA
SEÇÃO I - DA EDUCAÇÃO
Parágrafo Único - Para assegurar a efetividade
desse direito o Município desenvolverá ação Art. 106 A educação, direito de todos e dever do
permanente de proteção, controle, restauração e Estado e da família, baseada na justiça social, na
fiscalização do meio ambiente, incumbindo-lhe democracia e no respeito aos direitos humanos, ao
primordialmente: meio ambiente e aos valores culturais, visa ao
desenvolvimento do educando como pessoa, a sua
I - cadastrar, fiscalizar e manter as áreas de qualificação para o trabalho e o exercício da
preservação e de domínio públicas, assim cidadania, devendo ser incentivada e promovida
declaradas por Lei municipal, impedindo sua com a participação da comunidade.
utilização predatória e promovendo sua
recuperação ecológica; Art. 107 O ensino será ministrado com base nos
II - adotar normas e critérios técnicos para seguintes princípios:
arborização, remoção, podas e tratamento I - igualdade de condições para o acesso e
fitosanitário; permanência na escola;
III - combater a destruição e promover a II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e
preservação permanente da fauna e da flora divulgar o pensamento, a arte e o saber;
natural, ao longo de matas ciliares, rodovias e III - pluralismo de idéias, de culturas e de
ferrovias, prevenindo e controlando a poluição e a concepções pedagógicas e coexistência de
erosão; instituições públicas e privadas de ensino;
IV - incentivar o aproveitamento de energia IV - gratuidade do ensino público nos
alternativa não poluidora; estabelecimentos mantidos pelo Município;
V - vedar a produção, o transporte, a V - valorização dos profissionais do ensino;
comercialização e uso de medicamentos, biocidas, VI - gestão democrática do ensino público;
agrotóxicos ou produtos químicos e biológicos cujo VII - garantia de padrão de qualidade.
emprego tenham sido comprovadamente como
nocivo em qualquer parte do território nacional por Art. 108 As escolas públicas municipais contarão
razões toxicológicas, farmacológicas ou de com Conselhos Escolares, constituídos pela
degradação ambiental; Direção da escola e representantes dos segmentos
VI - exigir das autoridades públicas ou privadas, da comunidade escolar, e seus diretores serão
causadoras de poluição, a implementação de escolhidos, mediante eleição direta e uninominal,
mecanismos técnicos capazes de evitar a pela comunidade escolar, na forma da Lei.
degradação da qualidade ambiental.
Art. 109 O Município promoverá política especial
Art. 102 Aquele que explorar recursos minerais para a formação, em nível médio, de professores
fica obrigado a recuperar o meio ambiente das séries iniciais do ensino fundamental, já o
degradado, de acordo com solução técnica exigida estágio relacionado com a formação mencionada
pelo órgão público competente, na forma da Lei. será remunerado, na forma da Lei.

Art. 103 As condutas e atividades consideradas Art. 110 O Sistema Municipal de Ensino será
lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, estabelecido em lei complementar, caracterizando
pessoas físicas ou jurídicas, às sanções a área de abrangência, níveis de escolaridade,
administrativas e penais, independente da diretrizes, planos, programas normas e condições
obrigação de reparar os danos causados. relativas à educação no Município.

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transferências, incluídas as transferências de
§ 1º O Sistema Municipal de Ensino de que trata recursos de programas, fundos e verbas especiais
este artigo será organizado em regime de à educação na manutenção e desenvolvimento do
colaboração com a União e o Estado. ensino público municipal.

§ 2º Para atendimento prioritário à escolaridade Parágrafo Único - O Poder Público Municipal


obrigatória, o Município buscará, poderá firmar convênios e acordos de cooperação
complementarmente, assistência técnica e com a União, o Estado, outros municípios e
financeira junto à União e ao Estado. entidades com vistas à realização de programas
complementares e suplementares à educação.
§ 3º O Município manterá ensino fundamental
inclusive para os que a ele não tiverem acesso em Art. 113 É assegurado aos pais, professores,
idade própria. alunos e funcionários o direito de organizar-se em
todos os estabelecimentos de ensino, através de
§ 4º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito, é associações, grêmios e outras formas.
direito público subjetivo.
Art. 114 Os recursos públicos serão destinados às
§ 5º É vedado às escolas públicas municipais a escolas públicas municipais.
cobrança de taxas de contribuições a qualquer
título. § 1º As escolas comunitárias de educação pré-
escolar e fundamental poderão merecer o amparo
§ 6º Compete ao Município, em conjunto com o técnico e financeiro do Município, através de
Estado, fazer a chamada anual para os educandos convênios, inclusive mediante concessão de
de ensino fundamental e recenseá-los. bolsas de estudos quando houver falta de vagas
em cursos regulares na rede pública, na forma da
§ 7º A oferta insuficiente ou irregular de vagas para Lei.
o ensino obrigatório gratuito, pelo Poder Público,
importa em responsabilidade de autoridade § 2º As atividades universitárias de pesquisa e
competente. extensão poderão receber apoio financeiro do
Poder Público.
Art. 111 A educação no Município orientar-se-á por
um Plano Municipal de Educação, de duração Art. 115 O Município, dentro de suas
plurianual, articulado com os Planos Nacional e possibilidades, deverá implantar Centros
Estadual de Educação, visando ao Integrados de Educação Municipal em regime de
desenvolvimento do ensino no Município em seus turno único.
diversos níveis e à integração das ações
educativas desenvolvidas pelas diversas redes. Parágrafo Único - Os critérios de implantação
serão estabelecidos pelo Plano Municipal de
§ 1º O plano de que trata este artigo contemplará: Educação definindo as áreas prioritárias.
I - a erradicação do analfabetismo;
II - a universalização do ensino fundamental; Art. 116 Anualmente, o Poder Público Municipal
III - padrões de qualidade para formação publicará relatório de execução financeira da
humanística, científica e tecnológica. despesa em educação, por fonte de recurso.

§ 2º Compete aos órgãos do Sistema Municipal de Parágrafo Único - A autoridade competente será
Ensino desencadear e supervisionar a elaboração responsabilizada pelo não cumprimento do
do Plano de que trata o "caput" deste artigo, bem disposto neste artigo.
como acompanhar a sua execução.
§ 3º O Plano referido neste artigo será submetido SEÇÃO II - DA CULTURA
anualmente ao Poder Público Municipal para a sua
compatibilização orçamentária. Art. 117 O Município estimulará a cultura em suas
múltiplas manifestações, garantindo o pleno e
Art. 112 O Município aplicará nunca menos de efetivo exercício dos respectivos direitos bem
trinta e cinco por cento da receita resultante de como o acesso às suas fontes, apoiando e
impostos, compreendidos e provenientes de incentivando a produção, a valorização e a difusão

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das manifestações culturais. Parágrafo Único - Para o cumprimento do disposto
neste artigo, cabe ao Município, promover:
§ 1º É dever do Município proteger e estimular as I - o inventário e regulamentação do uso, ocupação
manifestações culturais de seus diferentes grupos e fruição dos bens naturais e culturais de interesse
étnicos. turístico;
II - a infraestrutura básica necessária à pratica do
§ 2º O Município estimulará a realização de turismo;
atividades de caráter cultural e artístico. III - a implementação de ações que visem ao
permanente controle de qualidade dos bens e
Art. 118 O Município, com a colaboração da serviços turísticos;
comunidade, promoverá e protegerá o seu IV - o fomento ao intercâmbio permanente;
patrimônio cultural por meio de inventários, V - a construção de albergues populares,
registros, vigilâncias, tombamentos e favorecendo o lazer das camadas mais pobres da
desapropriações, e de outras formas de população.
acautelamento e preservação.
Capítulo VIII - DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO
Art. 119 Para dar atendimento e incentivo à ADOLESCENTE E DO IDOSO
produção local, proporcionar o acesso da
população à cultura de forma ativa e criativa, o Art. 125 O Município desenvolverá políticas e
Município poderá buscar recursos junto ao Estado, programas de proteção à família, à criança, ao
à União e a outras fontes. adolescente e ao idoso, portadores ou não de
deficiência, com a participação de entidades.
Art. 120 O Município, em colaboração com o
Estado e outras fontes, proporcionará acesso às § 1º Lei disporá sobre assistência aos idosos, à
obras de arte, com a exposição destas em locais maternidade, às crianças e aos excepcionais.
públicos, e incentivará a instalação e a
manutenção de bibliotecas nas sedes de distritos. § 2º Compete ao Município suplementar a
legislação federal e estadual dispondo sobre
Capítulo VII - DO DESPORTO, DO TURISMO E proteção à infância, à juventude, aos idosos e às
DO LAZER pessoas portadoras de deficiência, garantindo-lhes
o acesso a logradouros, edifícios públicos e
Art. 121 É dever do Município fomentar práticas veículos de transporte coletivo.
desportivas formais e não formais como direito do
cidadão, observados: § 3º Fica assegurada a gratuidade do transporte
I - a autonomia das entidades desportivas coletivo urbano aos:
dirigentes e associações, quanto à sua I - maiores de 65 anos;
organização e funcionamento; II - deficientes comprovadamente carentes, na
II - a destinação de recursos públicos para a forma da Lei.
promoção prioritária do desporto educacional e
amador; § 4º A definição da política e dos programas
III - o tratamento diferenciado para o desporto não previsto no "caput" deste artigo, bem como o
profissional e o profissional. acompanhamento e a fiscalização, caberá aos
conselhos municipais previstos nesta Lei Orgânica
Art. 122 O Município incentivará a prática de e disciplinados na forma da Lei.
educação física, do lazer e do esporte ao deficiente
físico, sensorial, mental e do idoso. § 5º Para execução do previsto neste artigo, serão
adotadas, entre outras, as seguintes medidas:
Art. 123 O Município dará incentivo e proteção às I - amparo às famílias carentes;
manifestações desportivas de iniciativa popular. II - ação contra os males que são instrumentos de
dissolução da família;
Art. 124 O Município, em ação conjunta com a III - estímulo aos pais e às organizações sociais
União e o Estado, instituirá política municipal de para a formação moral, cívica, física e intelectual
turismo como fator de desenvolvimento social e da juventude;
econômico. IV - colaboração com as entidades assistenciais
que visem à proteção e à educação da criança;

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V - amparo às pessoas idosas, assegurando a sua de pessoas, da fauna e da flora brasileira, de
participação na comunidade, defendendo a sua países, estados, cidades e outros.
dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à
vida; § 2º Para fins de denominação ou alteração poderá
VI - colaboração com a família, sociedade, ser homenageada qualquer pessoa.
entidades, associações, a União, o Estado e com
outros municípios para a solução do problema dos § 3º A alteração da denominação de logradouros,
menores desamparados ou desajustados, através vias, bens e serviços de qualquer natureza, serão
de processos adequados de permanente propostas privativamente pelo Poder Executivo,
recuperação. mediante Lei.

Art. 126 O Poder Público Municipal poderá Art. 133 Os cemitérios, no Município terão sempre
promover programas com a participação de caráter secular, serão administrados pelo Poder
entidades não governamentais, para: Público Municipal ou pela iniciativa privada, sendo
I - assistência integral à saúde da criança, do permitido a todas confissões religiosas praticar
adolescente e do idoso; neles seus ritos.
II - prevenção e atendimento especializado à
criança, ao adolescente dependente de Parágrafo Único - As associações religiosas e as
entorpecentes e drogas afins, e aos demais casos. particulares poderão, na forma da Lei, manter
cemitérios e capelas mortuárias próprias, em locais
Art. 127 As creches constituem-se em atividades adequados, autorizados e fiscalizados pelo
multiprofissionais, implicando em ações integradas Município.
das áreas da assistência, da saúde e da educação
e o seu funcionamento será regulamentado em Lei Art. 134 Incumbe ao Município, na forma da Lei, e
complementar. dentro de suas disponibilidades, facilitar uso de
sala de espetáculos, áreas, parques, estádios,
TÍTULO VII - DISPOSIÇÕES GERAIS complexos esportivos e outros próprios municipais
ou logradouros adequados, de sua propriedade,
Art. 128 É facultado ao Município, no interesse aos partidos políticos, às associações culturais e
educacional do povo, estimular a difusão de jornais científicas, desportivas, recreativas, educacionais e
e outras publicações periódicas, assim como as de classe.
transmissões pelo rádio e televisão, na forma da
Lei. Art. 135 O Município deve anualmente fazer
levantamento geral de seu patrimônio, mediante
Art. 129 A livre manifestação do pensamento, a inventário analítico, na sede de cada repartição de
criação, a expressão e a informação sob qualquer serviço, e registro sintético na contabilidade
forma, processo e veículo não sofrerão qualquer respectiva.
restrição, observado o disposto na Constituição
Federal. Parágrafo Único - Os bens patrimoniais do
Município devem ser classificados:
Art. 130 É lícito a qualquer cidadão obter I - pela sua natureza;
informações e certidões sobre assuntos referentes II - em relação a cada serviço.
à Administração Municipal.
Art. 136 O Município fará levantamento dos bens
Art. 131 Qualquer cidadão será parte legítima para imóveis de valor histórico e cultural de expressiva
pleitear a declaração de nulidade dos atos lesivos tradição para fins de tombamento e declaração de
ao patrimônio municipal. utilidade pública.

Art. 132 A denominação de logradouros, vias, Art. 137 O Município manterá atualizado o
bens e serviços de qualquer natureza, serão inventário de seus imóveis.
propostas pelo Poder Executivo ou pelo Poder
Legislativo, mediante Lei. Art. 138 Compete ao Município adotar medidas
para assegurar a celeridade na tramitação e
§ 1º Para fins de denominação ou alteração de que solução dos expedientes administrativos, punindo,
trata o caput do artigo poderá ser atribuído o nome disciplinarmente, nos termos da Lei, os servidores

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faltosos. 42 Art. 7º As demais leis complementares a esta Lei
Orgânica, serão editadas de conformidade com as
Art. 139 As autarquias municipais somente leis pertinentes.
poderão ser privatizadas, atendidas as disposições
legais, após a realização de plebiscito, com Art. 8º No prazo de 60 dias após a promulgação
resultado favorável à venda. desta Lei Orgânica o Poder Executivo deverá
encaminhar ao Poder Legislativo para exame,
relação nominal de servidores cedidos a entidades
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
públicas ou privadas com justificativa da
necessidade da cedência.
Art. 1º O Prefeito Municipal, o Presidente da
Câmara Municipal e os Vereadores de Ijuí, com
Art. 9º No prazo máximo de 1 (um) ano da
mandato eletivo por ocasião da promulgação desta
promulgação desta Lei Orgânica, o Poder Público
Lei, prestarão compromisso de manter, defender e
Municipal mandará imprimir e, distribuir
cumprir a Lei Orgânica no ato e na data de sua
gratuitamente exemplares desta Lei Orgânica, às
aprovação.
escolas municipais, às bibliotecas públicas
municipais, às entidades sindicais e associações
Art. 2º Até a promulgação da Lei complementar
de moradores, para facilitar o acesso dos
referida no artigo 74 desta Lei Orgânica, é vedado
munícipes a esta Lei Básica do Município.
ao município dispender com pessoal mais do que
65% do valor das receitas correntes.
Art. 10 A partir da promulgação desta Lei Orgânica
os edifícios públicos e os veículos de transporte
Art. 3º No prazo de 180 dias após a publicação da
coletivo urbano deverão facilitar o acesso dos
Lei do Sistema Estadual de Ensino, prevista na
deficientes físicos.
Constituição Estadual serão promulgadas as leis
municipais complementares relativas.
Parágrafo Único - Dentro de 180 (cento e oitenta)
dias a contar da promulgação desta Lei Orgânica o
I - à abrangência, estrutura, organização,
Poder Público Municipal definirá em Lei, as normas
manutenção e funcionamento do Sistema
cabíveis e necessárias às adaptações previstas
Municipal de Ensino;
neste artigo.
II - ao Plano de Carreira e Quadro de Cargos do
Magistério Público Municipal.
Art. 11 É estendido a todos os servidores de
Quadro de Carreira do Município de Ijuí, que
Art. 4º O Poder Público Municipal dentro de 180
tenham ingressado e permaneçam em atividade
dias contados da promulgação desta Lei Orgânica, até 31 de dezembro de 43 1991, o direito à
encaminhará projetos de Lei da saúde definindo o
averbação do tempo ficto, para efeito de
Sistema Único de Saúde ao nível municipal e o aposentadoria, constante da Lei Municipal nº 818,
Código Sanitário do Município, com natureza de
de 28 de novembro de 1963, a qual, após o tempo
Lei complementar. determinado neste artigo considerar-se-á
automaticamente revogada.
Art. 5º A malha urbana da sede do Município não
poderá ser ampliada na sua expansão, enquanto
Art. 12 O membro do magistério público municipal
não entrar em vigor na nova Lei que estabelecerá
detentor de dois cargos ou de um cargo e uma
o Plano Diretor.
função, poderá optar pelo regime de 40 horas
semanais de trabalho, desde que requeira,
Art. 6º No prazo de 160 dias da promulgação da
exonerando-se de um cargo ou de uma função,
Lei Orgânica Municipal, serão enviados ao Poder
nos termos a ser definidos em Lei, no prazo de 90
Legislativo:
dias da data de promulgação desta Lei Orgânica.
I - Código de Obras;
II - Código de Posturas;
Art. 13 Esta Lei Orgânica, aprovada e assinada
III - Código Tributário Fiscal;
pelos integrantes da Câmara Municipal, será
IV - Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento
promulgada pela Mesa e entrará em vigor na data
Integrado;
da sua promulgação, revogadas as disposições em
V - Código Municipal do Meio Ambiente.
contrário.

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TÍTULO II - DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA
Capítulo I - DO PROVIMENTO
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES
SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
PÚBLICOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA,
AUTÁRQUICA E FUNDACIONAL DO Art. 8º São requisitos básicos para ingresso no serviço
MUNICÍPIO DE IJUÍ público municipal:

I - ser brasileiro;
TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES II - ter idade mínima de dezoito anos, ou ter adquirido a
capacidade absoluta nos termos do Art. 9º do Código
Art. 1º O Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civil Brasileiro;
Municipais, da Administração Direta, bem como das III - estar quite com as obrigações militares e eleitorais;
Autarquias e Fundações Públicas do Município de Ijuí, é IV - gozar de boa saúde física e mental, comprovada
o Estatutário, instituído por esta Lei. mediante exame médico;
V - ter atendido a outras condições prescritas em lei.
Art. 2º Para efeitos desta Lei, Servidor Público é a
pessoa legalmente investida em cargo público. § 1º - as atribuições do cargo podem justificar a
exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.
Art. 3º Cargo Público é o criado em lei, em número certo,
com denominação própria, remunerado pelos cofres § 2º - Às pessoas portadoras de deficiência é
públicos municipais, ao qual corresponde um conjunto de assegurado o direito de se inscrever em concurso
atribuições e responsabilidades cometidas a servidor público para provimento de cargos cujas atribuições
público. sejam compatíveis com a deficiência de que são
portadoras, para as quais são reservadas até 10% (dez
Parágrafo Único. Os cargos públicos serão de por cento) das vagas oferecidas no concurso.
Provimento Efetivo ou em Comissão.
Art. 9º O provimento dos cargos públicos far-se-á,
Art. 4º Os Cargos de Provimento Efetivo da mediante ato da autoridade competente de cada poder,
Administração Direta, das Autarquias e Fundações do dirigente superior de autarquia ou de fundação
Públicas, são organizados e providos em Planos de pública.
Carreira específicos.
Art. 10 - Os cargos públicos serão providos por:
Art. 5º As carreiras são organizadas em Quadros de I - nomeação;
Provimento Efetivo e, Quadro de Cargos em Comissão e II - recondução;
Função Gratificada. III - readaptação;
IV - reversão;
Parágrafo Único. Somente poderão ser criados Cargos V - reintegração;
de Provimento em Comissão para atender encargos de VI - aproveitamento.
Direção, Chefia ou Assessoramento, e seu provimento,
nos casos, condições e percentuais mínimos, será SEÇÃO II - DO CONCURSO PÚBLICO
destinado aos Servidores de Carreira.
Art. 11 - A primeira investidura em Cargo de Provimento
Art. 6º Para efeito desta lei, considera-se: Efetivo é feita mediante concurso público de provas
escritas, podendo ser utilizadas, também, provas práticas
I - Quadro: o conjunto de cargos e funções gratificadas, ou prático-orais.
organizados em grupos, onde distribuem-se as classes
de cargos ou as funções gratificadas e cargos em § 1º - Nos concursos de provimento de cargo de nível
comissão, de acordo com a natureza específica das universitário, poderão ser realizadas também provas de
respectivas atribuições; títulos.
II - Grupo: o conjunto de classes ou de funções
gratificadas e cargos em comissão estruturado de acordo § 2º - A admissão de profissional de ensino far-se-á
com a natureza dos cargos ou funções que o integram; exclusivamente, por concurso de provas e títulos.
III - Classe: o agrupamento de cargos da mesma
profissão ou atividade, e do mesmo nível de dificuldade, Art. 12 - As normas gerais para realização de concurso
constituído de padrões e referências; serão estabelecidas em regulamento.
IV - Cargo: o conjunto de atribuições cometidas a um
servidor público, mediante retribuição pecuniária Parágrafo Único. Além das normas gerais, os concursos
padronizada; serão regidos por instruções especiais, constantes no
V - Referência: graduação da retribuição pecuniária edital, que deverão ser expedidas pelo órgão
dentro da classe; competente, com ampla publicidade.
VI - Padrão: a identificação numérica do valor pecuniário
da classe. Art. 13 - Os limites de idade para inscrição em concurso
público serão fixados em lei, de acordo com a natureza e
Art. 7º Fica vedado cometer ao servidor atribuições a complexidade de cada cargo.
diversas das de seu cargo, exceto encargos de direção,
chefia ou assessoramento e comissões legais. Parágrafo Único. O candidato deverá comprovar que, na
data de encerramento das inscrições, atingiu a idade
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mínima e não ultrapassou a idade máxima fixada para o
recrutamento, bem como preencheu todos os requisitos Art. 21 - Nos casos de reintegração, reversão e
constantes na lei e no edital. aproveitamento, o prazo de que trata o prazo de que
trata o § 1º do artigo anterior será contado da data da
Art. 14 - O prazo de validade do concurso público será publicação do ato.
de até dois anos, prorrogável, uma vez, por igual prazo.
Art. 22 - A promoção, a readaptação e a recondução,
SEÇÃO III - DA NOMEAÇÃO não interrompem o exercício.

Art. 15 - A nomeação é o ato de investidura em Cargo Art. 23 - O início, a interrupção e o reinicio do exercício
Público e será feita: serão registrados no assentamento individual do
servidor.
I - em Comissão, quando se tratar de cargo que, em
virtude de lei, assim deva ser provido; Art. 24 - O nomeado que, por prescrição legal, deva
II - em caráter efetivo, nos demais casos. prestar caução como garantia, não poderá entrar em
exercício sem prévia satisfação dessa exigência.
Art. 16 - A nomeação em caráter efetivo depende de
prévia habilitação em concurso público de provas ou de § 1º - A caução poderá ser feita por uma das
provas e títulos, obedecida a ordem de classificação modalidades seguintes:
obtida pelos candidatos no concurso público, bem como I - depósito em moeda corrente;
observado o prazo de validade do concurso. II - garantia hipotecária;
III - título de dívida pública;
Art. 17 - Ao ser nomeado o servidor apresentará, ao IV - seguro fidelidade funcional, emitido por instituição
órgão de pessoal a documentação necessária ao legalmente autorizada.
assentamento individual.
§ 2º - No caso de seguro, as contribuições referentes ao
SEÇÃO IV - DA POSSE E DO EXERCÍCIO prêmio serão descontadas do servidor segurado, em
folha de pagamento.
Art. 18 - Posse é a aceitação expressa das atribuições,
deveres e responsabilidades inerentes ao cargo público, § 3º - Não poderá ser autorizado o levantamento da
com o compromisso de bem servir, formalizada com a caução antes de tomadas as contas do Servidor.
assinatura de termo pela autoridade competente e pelo
nomeado. § 4º - O responsável por alcance ou desvio de material
não ficará isento da ação administrativa, cível e criminal,
§ 1º - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, ainda que o valor da caução seja superior ao montante
contados da data de publicação do ato de nomeação, do prejuízo causado.
podendo, a pedido, ser prorrogado por mais 10 (dez)
dias, a requerimento do interessado, desde que SEÇÃO V - DA ESTABILIDADE
acordado pela autoridade competente.
Art. 25 - O Servidor nomeado para Cargo de Provimento
§ 2º - Em se tratando de servidor em licença, ou em Efetivo em virtude de concurso público adquire
qualquer outro afastamento legal, o prazo será contado estabilidade após três (03) anos de efetivo exercício.
do término do impedimento.
§ 1º - O servidor estável só perderá o cargo:
§ 3º - No ato da posse o nomeado apresentará, I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
obrigatoriamente, declaração dos bens e valores que II - mediante processo administrativo em que lhe seja
constituem seu patrimônio e declaração sobre o assegurada ampla defesa;
exercício de outro cargo, emprego ou função pública. III - mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, conforme regulamento, assegurada ampla
Art. 19 - A posse em cargo público depende de prévia defesa.
inspeção médica oficial.
Art. 26 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado
Parágrafo Único. Só pode ser empossado o candidato para Cargo de Provimento Efetivo ficará sujeito a estágio
nomeado que for julgado apto física e mentalmente para probatório por período de 36 (trinta e seis) meses,
o exercício do cargo. durante o qual a sua aptidão, capacidade e desempenho
serão objeto de avaliação por Comissão Especial
Art. 20 - Exercício é o desempenho das atribuições do composta por 03 (três) servidores nomeados estáveis,
cargo pelo servidor. designada para esse fim, com vista à aquisição da
estabilidade, observados os seguintes quesitos:
§ 1º - É de 10 (dez) dias o prazo para o servidor entrar I - assiduidade;
em exercício, contados da data da posse. II - pontualidade;
III - disciplina;
§ 2º - Será tornado sem efeito o ato de nomeação, se IV - eficiência;
não ocorrer a posse ou o exercício, nos prazos legais. V - responsabilidade;
VI - relacionamento.
§ 3º - O exercício deve ser dado pelo chefe da repartição
para a qual o servidor for designado. § 1º - É condição para a aquisição da estabilidade a
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avaliação do desempenho no estágio probatório nos de sindicância ou processo administrativo disciplinar,
termos deste artigo. observadas as normas estatutárias, independente da
continuidade da apuração do estágio probatório pela
§ 2º - A avaliação será realizada por trimestre e a cada Comissão Especial.
uma corresponderá um competente boletim, sendo que
cada servidor será avaliado no efetivo exercício do cargo SEÇÃO VI - DA RECONDUÇÃO
para o qual foi nomeado.
Art. 28 - Recondução é o retorno do servidor estável ao
§ 3º - Somente os afastamentos decorrentes do gozo de cargo anteriormente ocupado.
férias legais não prejudicam a avaliação do trimestre.
§ 1º - A recondução decorrerá de:
§ 4º - Quando os afastamentos, no período considerado, a) falta de capacidade e eficiência no exercício de
forem superiores a trinta dias, a avaliação do estágio outro cargo de provimento efetivo ou
probatório ficará suspensa até o retorno do servidor ao b) reintegração do anterior ocupante.
exercício de suas atribuições, retomando-se a contagem
do tempo anterior para efeito do trimestre. § 2º - A hipótese de recondução de que trata a alínea "a"
do parágrafo anterior, será apurada nos termos dos
§ 5º Três meses antes de findo o período de estágio incisos e parágrafos do art. 26 e somente poderá ocorrer
probatório, a avaliação do desempenho do servidor, no prazo do estágio probatório em outro cargo.
realizada de acordo com o que dispuser a lei ou
regulamento, será submetida à homologação da § 3º - Inexistindo vaga, serão cometidas ao servidor as
autoridade competente, sem prejuízo da continuidade de atribuições do cargo de origem, assegurados os direitos
apuração dos quesitos enumerados nos incisos I a VI do e vantagens decorrentes, até o regular provimento.
"caput" deste artigo, sendo facultada a emissão de
boletim. SEÇÃO VII - DA READAPTAÇÃO

§ 6º - Em todo o processo de avaliação, o servidor Art. 29 - Readaptação é a investidura do servidor efetivo


deverá ter vistas de cada boletim de estágio, podendo se em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis
manifestar sobre os itens avaliados pela(s) respectiva(s) com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
chefia(s), devendo apor sua assinatura. física ou mental, verificada em inspeção médica.

§ 7º - O servidor que não preencher alguns dos § 1º - A readaptação será efetivada em cargo de igual
requisitos do estágio probatório deverá receber padrão de vencimento ou inferior.
orientação adequada para que possa corrigir as
deficiências. § 2º - Realizando-se a readaptação em cargo de padrão
inferior, ficará assegurado ao servidor vencimento
§ 8º - Verificado, em qualquer fase do estágio, resultado correspondente ao cargo que ocupava.
insatisfatório por três avaliações consecutivas, será
processada a exoneração do servidor. § 3º - Inexistindo vaga, serão cometidas ao servidor as
atribuições do cargo indicado, até o regular provimento.
§ 9º - Sempre que se concluir pela exoneração do
estagiário, ser-lhe-á assegurada vistas do processo, pelo SEÇÃO VIII - DA REVERSÃO
prazo de cinco dias úteis, para apresentar defesa e
indicar as provas que pretenda produzir. Art. 30 - Reversão é o retorno do servidor aposentado
por invalidez à atividade no serviço público municipal,
§ 10 - A defesa, quando apresentada, será apreciada em verificado, em processo, que não subsistem os motivos
relatório conclusivo, por comissão especialmente determinantes da aposentadoria.
designada pelo Prefeito, podendo, também, serem
determinadas diligências e ouvidas testemunhas. § 1º - A reversão far-se-á a pedido ou de ofício,
condicionada sempre à existência de vaga.
§ 11 - O servidor não aprovado no estágio probatório
será exonerado e reconduzido ao cargo anteriormente § 2º - Em nenhum caso poderá efetuar-se a reversão
ocupado, se era estável, observados os dispositivos sem que, mediante inspeção médica, fique provada a
pertinentes. capacidade para o exercício do cargo.

§ 12 - O estagiário, quando convocado, deverá participar § 3º - Somente poderá ocorrer reversão para cargo
de todo e qualquer curso específico referente às anteriormente ocupado ou, se transformado, no
atividades de seu cargo. resultante da transformação.

§ 13 Durante os 3 (três) primeiros meses de exercício Art. 31 - Será tornada sem efeito a reversão e cassada a
não haverá preenchimento do Boletim de Desempenho aposentadoria do Servidor que, dentro do prazo legal,
do Estagiário, devendo a Administração oportunizar não entrar no exercício do cargo para o qual haja sido
treinamento e adaptação ao servidor. revertido, salvo motivo de força maior, devidamente
comprovado.
Art. 27 - Nos casos de cometimento de falta disciplinar,
inclusive durante o primeiro e o último trimestre, o Art. 32 - Não poderá reverter o servidor que contar
estagiário terá a sua responsabilidade apurada através setenta anos de idade.
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Art. 33 - A reversão dará direito à contagem do tempo I - a pedido;
em que o servidor esteve aposentado, exclusivamente II - de ofício quando:
para nova aposentadoria. a) se tratar de cargo em comissão;
b) de servidor não estável nas hipóteses do art. 26, desta
SEÇÃO IX - DA REINTEGRAÇÃO Lei;
c) ocorrer posse de servidor não estável em outro cargo
Art. 34 - Reintegração é a investidura do servidor estável inacumulável, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do
no cargo anteriormente ocupado, quando invalidada a art. 161 desta Lei.
sua demissão por decisão judicial, com ressarcimento de
todas as vantagens determinadas na sentença. Art. 42 - A abertura de vaga ocorrerá na data da
publicação da lei que criar o cargo ou do ato que
Parágrafo Único. Reintegrado o servidor e não existindo formalizar qualquer das hipóteses previstas no art. 40.
vaga, aquele que houver ocupado o cargo será
reconduzido ao Cargo de origem, sem direito a Art. 43 - A vacância de função gratificada dar-se-á por
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em dispensa, a pedido ou de ofício, ou por destituição.
disponibilidade.
Parágrafo Único. A destituição será aplicada como
SEÇÃO X - DA DISPONIBILIDADE E DO penalidade, nos casos previstos nesta Lei.
APROVEITAMENTO
TÍTULO III - DAS MUTAÇÕES FUNCIONAIS
Art. 35 - Extinto o cargo ou declarada a sua Capítulo I - DA SUBSTITUIÇÃO
desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo Art. 44 - Dar-se-á a substituição de titular de Cargo em
de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro Comissão ou de Função Gratificada durante o seu
cargo. impedimento legal.

Art. 36 - O retorno à atividade de servidor em § 1º - Poderá ser organizada e publicada no mês de


disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento em janeiro a relação de substitutos para o ano todo.
cargo equivalente por sua natureza e retribuição àquele
de que era titular. § 2º - Na falta dessa relação, a designação será feita em
cada caso.
Parágrafo Único. No aproveitamento terá preferência o
servidor que estiver há mais tempo em disponibilidade e, Art. 45 - O substituto fará jus ao vencimento do cargo ou
no caso de empate, o que contar mais tempo de serviço do valor da função gratificada, se a substituição ocorrer
público municipal. por prazo superior a 15 (quinze) dias.

Art. 37 - O aproveitamento de servidor que se encontrar Capítulo II - DA REMOÇÃO


em disponibilidade há mais de doze meses dependerá
de prévia comprovação de sua capacidade física e Art. 46 - Remoção é o deslocamento do servidor de uma
mental, por junta médica oficial. para outra repartição.

Parágrafo Único. Verificada a incapacidade definitiva, o Parágrafo Único. A remoção poderá ocorrer:
servidor em disponibilidade será aposentado. I - a pedido, atendida a conveniência do serviço;
II - de ofício, no interesse da administração.
Art. 38 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e
cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em Art. 47 - A remoção será feita exclusivamente por ato da
exercício no prazo legal, contado da publicação do ato autoridade competente.
de aproveitamento, salvo doença comprovada por
inspeção médica. Art. 48 - A remoção por permuta será precedida de
requerimento firmado por ambos os interessados, com
SEÇÃO XI - DA PROMOÇÃO anuência da autoridade competente, sempre que
predominar o interesse da administração.
Art. 39 - As promoções obedecerão às regras
estabelecidas na lei que dispuser sobre os planos de Capítulo III - DA REDISTRIBUIÇÃO
carreira dos servidores municipais.
Art. 49 - Redistribuição é a movimentação do servidor,
Capítulo II - DA VACÂNCIA com o respectivo cargo para outro órgão ou entidade,
cujos planos de cargos e vencimentos sejam idênticos,
Art. 40 - A vacância do Cargo decorrerá de: observado sempre o interesse da administração.
I - exoneração;
II - demissão; § 1º - A redistribuição dar-se-á exclusivamente para
III - readaptação; ajustamento de quadros de pessoal às necessidades dos
IV - recondução; serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção
V - aposentadoria; ou criação de órgão ou entidade.
VI - falecimento.
§ 2º - Para efeito do que trata o "caput" deste artigo, a
Art. 41 - Dar-se-á a exoneração: redistribuição de cargo a outro órgão ou entidade far-se-
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á mediante lei. intervalo de trinta e seis (36) horas e/ou de vinte e quatro
(24) ininterruptas com intervalo de setenta e duas (72)
§ 3º - A do servidor, será feita na forma disciplinada no horas, aos atuais servidores que ingressaram no serviço
Capítulo II, deste Título. público municipal antes da vigência do estatuído no Art.
52-A.
TÍTULO IV - DO REGIME DO TRABALHO
Capítulo I - DO HORÁRIO E DO PONTO Art. 53 - A frequência do servidor será controlada:
I - pelo ponto;
Art. 50 - O Prefeito determinará, quando não II - pela forma determinada em regulamento, quanto
estabelecido em lei ou regulamento, o horário de aos servidores não sujeitos ao ponto.
expediente das repartições.
§ 1º - Ponto é o registro, mecânico ou não, que assinala
Art. 51 - O horário normal de trabalho de cada cargo ou o comparecimento do servidor ao serviço e pelo qual se
função é o estabelecido em legislação específica, não verifica, diariamente, a sua entrada e saída.
podendo ser superior a 8 hrs (oito horas) diárias e a
40hrs (quarenta horas) semanais. § 2º - Salvo nos casos do inciso II deste artigo, é vedado
dispensar o servidor do registro do ponto e abonar falta
Art. 52 - Atendendo a conveniência ou a necessidade do ao serviço.
serviço, e mediante acordo escrito entre servidor e
Administração Municipal, firmado com quarenta e oito Capítulo II - DO REPOUSO SEMANAL
(48) horas de antecedência, poderá ser instituído o
sistema de compensação de horário, hipótese em que a Art. 54 - O servidor terá direito a repouso remunerado,
jornada diária, quando cumprida em dois turnos, pode em 02 (dois) dias da semana, preferencialmente aos
ser superior a carga horária estabelecida para o cargo, sábados e domingos, bem como nos dias feriados civis e
sendo o excesso de horas compensado pela religiosos.
correspondente diminuição em outro dia.
§ 1º - A remuneração de cada dia de repouso
§ 1º A compensação de que trata este artigo, deverá corresponderá a 01(um)dia normal de trabalho.
ocorrer no prazo máximo de seis (06) meses, após a
efetivação da jornada em carga horária superior, § 2º - Na hipótese de servidores com remuneração por
conforme autorizada no caput, sendo acrescido para produção, peça ou tarefa, o valor do repouso
efeito de compensação a cada hora realizada, além da corresponderá ao total da produção da semana, dividido
carga horária do cargo, 50% nas realizadas em qualquer pelos dias úteis da mesma semana.
dias da semana, inclusive sábados, e 100% nas
realizadas aos domingos e feriados § 3º - Consideram-se já remunerados os dias de repouso
semanal do servidor mensalista ou quinzenalista, cujo
§ 2º É de responsabilidade do gestor do órgão em que o vencimento remunere trinta ou quinze dias,
servidor atua, a definição da data e horário das respectivamente.
compensações.
Art. 55 - Perderá a remuneração do repouso o servidor
§ 3º Não havendo a compensação na forma do parágrafo que tiver faltado sem motivo justificado, ao serviço
anterior, por omissão exclusiva do Município de Ijuí, será durante a semana, mesmo que em apenas um turno.
assegurado ao servidor o pagamento das horas
trabalhadas conforme art. 103 da Lei Municipal nº 3.871, Parágrafo Único. São motivos justificados as
de 19 de Novembro de 2001. concessões, licenças e afastamentos previstos em lei,
nas quais o servidor continuará com direito ao
Art. 52 A - Quando a natureza das atividades de vencimento normal, como se em exercício estivesse.
determinado órgão municipal exigir carga horária
diferenciada, poderá o Município de Ijuí, instituir cargos Art. 56 - Nos serviços públicos ininterruptos poderá ser
com carga horária no regime de trabalho de doze (12) exigido o trabalho nos dias feriados civis e religiosos,
horas ininterruptas com intervalo de trinta e seis (36) hipótese em que as horas trabalhadas serão pagas com
horas e/ou de vinte e quatro (24) horas ininterruptas com acréscimo de 100% (cem por cento), salvo a concessão
intervalo de setenta e duas (72) horas, para ingresso de de outro dia de folga compensatória.
novos servidores no quadro efetivo após o
correspondente concurso público. TÍTULO V - DOS DIREITOS E VANTAGENS
Capítulo I - DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
Parágrafo Único. Mediante escala preestabelecida,
deverá ser observada a alternância mensal de horário de Art. 57 - Vencimento é a retribuição paga ao servidor
trabalho dos servidores submetidos ao regime instituído pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao valor
no caput do presente artigo. fixado em lei.

Art. 52 B - Quando conveniente objetivando um melhor Art. 58 - Remuneração é o vencimento acrescido das
aproveitamento nas atividades de determinados órgãos vantagens permanentes, estabelecidas em lei.
municipais, fazendo-se necessária a adoção de carga
horária ininterrupta, poderá, mediante termo de acordo Art. 59 - Nenhum servidor poderá perceber
escrito entre o servidor e Município de Ijuí, ser instituído mensalmente, a título de remuneração ou subsídio,
escala de trabalho de doze (12) horas ininterruptas com importância maior do que a fixada como limite pela
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Constituição Federal, e sua interpretação, segundo o § 2º - As gratificações, os adicionais e os avanços
Supremo Tribunal Federal. somente se incorporam ao vencimento ou provento, nos
casos e condições indicados em lei.
Art. 60 - Excluem-se do teto de remuneração previsto no
art. 59 as diárias de viagem, Licença Prêmio, convertida Art. 67 - Os acréscimos pecuniários não serão
em numerário, o Auxílio para diferença de caixa, Auxílio computados nem acumulados para fim de concessão de
Transporte, Auxílio Alimentação e o acréscimo acréscimos ulteriores.
constitucional de 1/3 de férias.
SEÇÃO I - DAS INDENIZAÇÕES
Art. 61 - A lei fixará a relação de valores entre a maior e
a menor remuneração dos servidores municipais. Art. 68 - Constituem indenizações ao servidor:
I - ajuda de custo;
Art. 62 - O servidor perderá: II - diárias;
I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço, bem III - transporte.
como dos dias de repouso da respectiva semana,
sem prejuízo da penalidade disciplinar cabível; Art. 69 - Os valores das indenizações assim como as
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos condições para a sua concessão serão estabelecidas em
atrasos, ausências e saídas antecipadas, iguais ou regulamento.
superiores a 30 (trinta) minutos, sem prejuízo da
penalidade disciplinar cabível; SUBSEÇÃO I - DA AJUDA DE CUSTO
III - metade da remuneração na hipótese prevista no §
1º do Art. 172. Art. 70 - A ajuda de custo destina-se a cobrir as
despesas de viagem e instalação do servidor que for
Art. 63 - Salvo por imposição legal, ou mandato judicial, designado para exercer missão ou estudo fora do
nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou Município, por tempo que justifique a mudança
provento. temporária de residência.

Parágrafo Único. Mediante autorização do servidor, Parágrafo Único. A concessão da ajuda de custo ficará a
poderá haver consignação em folha de pagamento, favor critério da autoridade competente, que considerará os
de terceiros, a critério da administração e com reposição aspectos relacionados com a distância percorrida, o
dos custos, até o limite de setenta por cento da número de pessoas que acompanharão o servidor e a
remuneração. duração da ausência.

Art. 64 - As reposições devidas pelo servidor à Fazenda Art. 71 - A ajuda de custo não poderá exceder o dobro
Municipal poderão ser feitas em parcelas mensais, com do vencimento do servidor, salvo quando o
juros e correção monetária, e mediante desconto em deslocamento for para o exterior, caso em que poderá
folha de pagamento. ser até de quatro vezes o vencimento, desde que
arbitrada justificadamente.
§ 1º - O valor de cada parcela não poderá exceder a
vinte por cento da remuneração do Servidor. SUBSEÇÃO II - DAS DIÁRIAS

§ 2º - O Servidor será obrigado a repor, de uma só vez, a Art. 72 - O servidor que, a serviço, se afastar da sede
importância do prejuízo causado à Fazenda Municipal em caráter eventual ou transitório, para outro ponto do
em virtude de alcance, desfalque, ou omissão de efetuar território do estado ou do país, faz jus a transporte e
o recolhimento ou entradas nos prazos legais. diárias, para cobrir as despesas de alimentação,
pousada, e locomoção urbana.
Art. 65 - O Servidor em débito com o Erário, que for
demitido, exonerado, destituído do cargo em comissão, § 1º - A diária será concedida por dia de afastamento.
ou que tiver a sua disponibilidade cassada, terá de repor
a quantia de uma só vez. § 2º - Igualmente não serão concedidas diárias ao
servidor que utilizar meio de transporte que já inclua, em
Parágrafo Único. A não quitação de débito implicará em seu preço, a alimentação e pousada, pelo tempo em que
sua inscrição em dívida ativa e cobrança judicial. perdurar esta espécie de transporte.

Capítulo II - DAS VANTAGENS Art. 73 - Deverão constar de norma expedida pelo chefe
do Poder competente a tabela de diárias, bem como as
Art. 66 - Além do vencimento, poderão ser pagas ao autoridades que as concederão.
servidor as seguintes vantagens:
I - Indenização; Art. 74 - A lei estabelecerá a base de cálculo para
II - Avanços; concessão de diárias e seus respectivos reajustes,
III - Gratificações adicionais; visando cobrir os custos decorrentes com o
IV - Auxílio para diferença de caixa; deslocamento do servidor fora do Município de Ijuí e as
V - Auxílios pecuniários. demais despesas no art. 72 da presente lei.

§ 1º - As indenizações e os auxílios não se incorporarão Art. 75 - O servidor que perceber diárias e não se afastar
ao vencimento ou provento, para qualquer efeito. da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las
integralmente, no prazo de cinco dias.
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previsto neste artigo.
Parágrafo Único. Na hipótese do servidor retornar à sede
em prazo menor do que o previsto para o seu § 2º . O pagamento será autorizado pela autoridade
afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, competente, à vista da certidão de óbito e dos
em igual prazo. comprovantes de despesa, se for o caso.

Art. 76 - A concessão de diárias não impede a § 3º - Em caso de falecimento de servidor em serviço,


concessão de ajuda de custo e vice-versa. fora do local de trabalho, inclusive fora do Estado, as
despesas de transporte do corpo correrão à conta do
SUBSEÇÃO III - DO TRANSPORTE Município, autarquia ou fundação pública municipal.

Art. 77 - Conceder-se-á indenização de transporte ao SEÇÃO III - DAS GRATIFICAÇÕES ADICIONAIS


servidor que realizar despesas com a utilização de meio
de locomoção que não seja do município, para a Art. 83 - Além do vencimento e das vantagens previstas
execução de serviços externos, por força das atribuições nesta lei, serão deferidas aos servidores as seguintes
próprias do cargo, conforme regulamento. gratificações e adicionais:
I - gratificação pelo exercício de função de direção,
Parágrafo Único. Fará jus a indenização de transporte chefia, assessoramento ou assistência;
pelo seu valor integral o servidor que, haja efetivamente II - 13º (décimo terceiro) salário;
realizado o serviço externo, mediante autorização da III - adicional pelo exercício de atividades em
chefia imediata. condições penosas, insalubres ou perigosas;
IV - adicional pela prestação de serviço
SEÇÃO II - DOS AUXÍLIOS PECUNIÁRIOS extraordinário;
V - adicional de "sobreaviso";
Art. 78 - Serão concedidos aos servidores públicos, os VI - adicional de férias;
seguintes auxílios pecuniários: VII - adicional noturno;
I - Auxílio Alimentação; VIII - avanços trienais;
II - Auxílio Transporte. IX - adicional por tempo de serviço;
III - Auxílio Natalidade; e X - hora máquina; e
IV - Auxílio Funeral XI - gratificação por produtividade.

SUBSEÇÃO I - DO AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO SUBSEÇÃO I - DA GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO


DE DIREÇÃO, CHEFIA, ASSESSORAMENTO OU
Art. 79 - O Auxílio Alimentação será devido ao servidor ASSISTÊNCIA.
ativo, na forma e condições estabelecidas em
regulamento. Art. 84 - A Função de Direção, Chefia, Assessoramento
ou Assistência, a ser exercida exclusivamente pelo
SUBSEÇÃO II - DO AUXÍLIO TRANSPORTE Servidor Público Efetivo, poderá ocorrer sob a forma de
Função Gratificada.
Art. 80 - O Auxílio Transporte será devido ao servidor
ativo nos deslocamentos da residência para o trabalho e Art. 85 - A Função Gratificada é instituída por lei para
do trabalho para a residência, na forma estabelecida em atender encargos de Direção, Chefia, Assessoramento
regulamento. ou Assistência, que não justifiquem a criação de Cargos
em Comissão.
SUBSEÇÃO III - DO AUXÍLIO NATALIDADE
Parágrafo Único. a Função Gratificada poderá, também,
Art. 81 - O Auxílio Natalidade é devido à servidora, por ser criada em paralelo com o Cargo em Comissão, como
motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente a forma alternativa de provimento da posição de confiança,
01 (um) vencimento mínimo do órgão ou entidade, hipótese em que o valor da mesma não poderá ser
inclusive no caso de natimorto. superior a 50% do vencimento do Cargo em Comissão.

§ 1º - Na hipótese de parto múltiplo, serão devidos tantos Art. 86 - A designação para o exercício da Função
auxílios natalidade quantos forem os filhos nascidos. Gratificada, que nunca será cumulativa com o Cargo em
Comissão, será feita por ato expresso da autoridade
§ 2º - Não sendo a parturiente servidora do Município, o competente.
auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro, servidor
público municipal. Art. 87 - O valor da Função Gratificada será percebida
cumulativamente com o vencimento do Cargo de
SUBSEÇÃO IV - DO AUXÍLIO FUNERAL Provimento Efetivo.

Art. 82 - O Auxílio Funeral é devido à família do Servidor Art. 88 - O valor da Função Gratificada continuará sendo
público na atividade ou aposentado, em valor percebido pelo servidor que, sendo seu ocupante, estiver
equivalente a 02 (dois) vencimentos básicos do ausente em virtude de férias, luto, casamento, licença à
Município. gestante ou paternidade, serviços obrigatórios
decorrentes de seu cargo ou função.
§ 1º - Se o funeral for custeado por terceiro, este será
indenizado das despesas realizadas até o valor máximo Art. 89 - A remuneração pelo exercício do cargo em
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comissão, bem como as referentes as gratificações de SUBSEÇÃO III - DOS ADICIONAIS DE PENOSIDADE,
função, não serão incorporadas ao vencimento ou INSALUBRIDADE E DE PERICULOSIDADE
remuneração do Servidor, só assegurando-lhes direito a
percepção durante o período em que estiver exercendo o Art. 98 - Os servidores que executem atividades
cargo ou a função. penosas ou que trabalhem com habitualidade em locais
insalubres, ou em contato permanente com substâncias
Art. 90 - Será tornada sem efeito a designação do tóxicas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional
Servidor que não entrar em exercício da Função sobre o vencimento do cargo efetivo.
Gratificada no prazo de 02 (dois) dias a contar do ato de
investidura. Art. 99 - O servidor que fizer jus aos adicionais de
penosidade, insalubridade e de periculosidade, deve
Art. 91 - O provimento de Função Gratificada, com a optar por um deles, não sendo acumuláveis estas
respectiva remuneração desta, pode recair também em vantagens.
Servidor de outra entidade pública posto a disposição do
município na forma de cedência, sem prejuízo de seus Parágrafo Único. O direito ao adicional de penosidade,
vencimentos. insalubridade ou periculosidade, cessará com a
eliminação das condições ou dos riscos que deram
Art. 92 - Fica facultado ao servidor efetivo do município, causa a sua concessão, sendo sua concessão ou
quando indicado para o exercício de cargo em comissão, eliminação precedidas de laudo pericial, realizado por
optar pelo provimento sob a forma de função gratificada Médico ou Engenheiro do Trabalho.
correspondente.
Art. 100 - É proibido à servidora gestante ou lactante o
Art. 93 - A lei indicará os casos e condições em que os trabalho em atividades ou operações consideradas
Cargos em Comissão serão exercidos preferencialmente penosas, insalubres ou perigosas.
por servidores ocupantes de Cargos de Provimento
Efetivo. Art. 101 - O exercício de atividade em condições de
insalubridade assegura ao servidor a percepção de um
SUBSEÇÃO II - DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento),
20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento), segundo a
Art. 94 - O 13º (décimo terceiro) salário, também classificação nos graus máximo, médio e mínimo.
denominado de Gratificação Natalina, será pago,
anualmente, a todos os servidores municipais, Parágrafo Único. O adicional percebido pelo exercício de
independentemente da remuneração que fizer jus. atividade em condições penosas, insalubres ou
perigosas, será incorporado somente quando cessada as
§ 1º - O 13º (décimo terceiro) salário corresponderá a atividades nominadas, proporcionalmente aos anos
1/12 (um doze avos), por mês de efetivo exercício, da completos de exercício com percepção da vantagem, na
remuneração devida em dezembro do ano razão de 3% (três por cento) ao ano, até o máximo de
correspondente. 99% (noventa e nove por cento).

§ 2º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de Art. 102 - Os adicionais de periculosidade e de


exercício será tomada como mês integral, para efeito do penosidade serão, respectivamente, de 30% (trinta por
parágrafo anterior. cento).

§ 3º - Os adicionais de insalubridade, periculosidade, Parágrafo Único. O adicional de periculosidade,


penosidade, noturno, sobreaviso, média de horas-extras, percebido pelos servidores do Departamento Municipal
as gratificações de representação e o valor da função de Energia de Ijuí - DEMEI, serão calculados sobre o
gratificada, serão computados na razão de 1/12 (um vencimento do Cargo Efetivo, acrescido dos avanços e
doze avos) de seu valor vigente em dezembro por mês da qualificação adicional, vantagens previstas
de exercício em que o servidor percebeu a vantagem, no respectivamente nos artigos 111 e 113 da Lei Municipal
ano correspondente. nº 3.871, de 19 de novembro de 2001, e ainda acrescida
da Promoção Vertical constante no art.32 da Lei
§ 4º - O 13º (décimo terceiro) salário será estendido aos Municipal nº 2.669, de 05 de Setembro de 1991, alterada
inativos e pensionistas, como base nos proventos que pela 3.395, de 17 de dezembro de 1997, com vigência
perceberem na data do pagamento daquele. retroativa a 01 de junho de 2004.

Art. 95 - O 13º (décimo terceiro) salário será pago até o SUBSEÇÃO IV - DO ADICIONAL POR SERVIÇO
dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano. EXTRAORDINÁRIO

Art. 96 - Em caso de exoneração, falecimento ou Art. 103 - O serviço extraordinário será remunerado com
aposentadoria do servidor, o décimo terceiro será devido acréscimo de 50% nos dias úteis e de 100% nos
proporcionalmente aos meses de efetivo exercício, domingos e feriados, em relação à hora normal de
calculado sobre a remuneração do mês da exoneração, trabalho.
falecimento ou aposentadoria.
Art. 104 - A prestação de serviços extraordinários só
Art. 97 - O 13º salário não será considerado para cálculo poderá ocorrer por expressa determinação da autoridade
de qualquer outra vantagem pecuniária. competente, mediante solicitação fundamentada do
chefe da repartição, ou de ofício.
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Parágrafo Único. Salvo nos casos excepcionais, avos por mês de exercício ou fração superior a quatorze
devidamente justificados, não poderá o trabalho em dias.
horário extraordinário exceder a duas horas diárias.
Art. 105 - O serviço extraordinário, excepcionalmente, Art. 109 - O Servidor em regime de acumulação lícita
poderá ser realizado sob a forma de plantões para perceberá o adicional calculado sobre a remuneração
assegurar o funcionamento dos serviços municipais dos cargos cujo período aquisitivo lhe garante o gozo de
ininterruptos. férias.

Parágrafo Único. O plantão extraordinário visa a Parágrafo Único. O adicional de férias será devido em
substituição do plantonista titular legalmente afastado ou função de cada cargo exercido pelo Servidor.
em falta ao serviço.
SUBSEÇÃO VII - DO ADICIONAL NOTURNO
Art. 106 - O exercício do Cargo em Comissão ou de
Função Gratificada não sujeito ao controle do ponto Art. 110 - O serviço noturno prestado em horário
exclui a remuneração por serviço extraordinário. compreendido entre as 22:00 (vinte e duas) horas de um
dia e 05:00 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor
SUBSEÇÃO V - DO ADICIONAL DE "SOBREAVISO" hora acrescido de mais 80% (oitenta por cento).

Art. 107 - O adicional de sobreaviso será devido ao § 1º - Em se tratando de serviço extraordinário, o


servidor investido em cargo efetivo, quando, após o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre o valor
regular cumprimento da jornada diária, vier a ser da hora normal de trabalho acrescido do respectivo
formalmente designado a permanecer à disposição do percentual do extraordinário.
Município, aguardando a qualquer momento o chamado
para o exercício de suas atribuições. § 2º - Nos horários mistos, assim entendidos os que
abrangem períodos diurnos e noturnos, o adicional será
§ 1º A disponibilidade do servidor para o chamado pago proporcionalmente à horas de trabalho noturno.
eventual ocorrerá em sua própria residência ou em local
próximo à prestação dos serviços, que torne viável a § 3º - O adicional noturno de que trata o caput do art.
entrada em exercício em até vinte (20) minutos, contados 110, será incorporado ao vencimento do servidor,
do chamado. proporcionalmente aos anos completos de exercício com
percepção da vantagem, na razão de 3% (três por cento)
§ 2º O período de sobreaviso não poderá exceder a vinte ao ano, até o máximo de 99% (noventa e nove por
e quatro (24) horas em cada setenta e duas (72) horas, cento).
incluindo-se neste período, a jornada normal de trabalho.
SUBSEÇÃO VIII - DOS AVANÇOS
§ 3º O chamado para a prestação do serviço durante o
período de sobreaviso fará este cessar, sendo devido a Art. 111 - Por triênio de efetivo exercício ininterrupto,
proporcional contraprestação pelas horas efetivamente prestado ao Município, contado a partir da data de
trabalhadas, na forma do que dispuser a Lei. ingresso no serviço público, o servidor efetivo e estável,
terá direito a um avanço, até o máximo de 12 (doze),
Art. 107-A O sobreaviso será remunerado por hora de cada um no valor de 5% (cinco por cento) calculado
efetiva disponibilidade do servidor para o chamado ao sobre o valor do vencimento básico do padrão do cargo
trabalho, na razão de 1/3 (um terço) do valor da hora em que estiver investido, mais referência, ao qual se
normal. incorpora para fins de aposentadoria e todos efeitos
legais.
Parágrafo Único. Para efeito deste artigo, o valor da hora
normal será apurado através da divisão do vencimento I - as licenças para tratamento de saúde, até 90
básico do servidor pelo coeficiente que corresponder à (noventa) dias, bem como as licenças decorrentes de
sua carga horária, fixada na Lei Municipal de criação do acidentes em serviço, agressão não provocada ou
cargo no qual estiver investido. moléstia profissional, por qualquer prazo, serão contados
como de efetividade para fins de avanço;
SUBSEÇÃO VI - DO ADICIONAL DE FÉRIAS
II - as licenças para tratamento de saúde excedentes a
Art. 108 - Independentemente de solicitação será pago 90 (noventa) dias consecutivos ou não, salvo as
ao servidor, por ocasião das férias, um adicional de pelo decorrentes de acidente em serviço, agressão não
menos um terço (1/3) da remuneração correspondente provocada ou moléstia profissional, como também as
ao período de férias. faltas ao serviço sem justificativa legal, até 20 (vinte)
dias, protelam o triênio por igual período das licenças ou
§ 1º - No caso do servidor exercer função de direção, faltas ocorridas;
chefia, assessoramento ou assistência, ou ocupar cargo
em comissão, a respectiva vantagem será considerada III - interrompe o triênio para a concessão do avanço
no cálculo do adicional de que trata este artigo. prevista no art.111 a ocorrência de mais de 20 (vinte)
faltas não justificadas; e
§ 2º - As vantagens que não mais estejam sendo
percebidas no momento do gozo de férias serão IV - para efeito do inciso anterior a contagem do novo
computadas proporcionalmente aos meses de exercício triênio far-se-á a partir do último dia da interrupção,
no período aquisitivo de férias, na razão de um doze
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sendo ainda vedada a soma do tempo anteriormente
interrompido. Art. 115 A - Aos servidores investidos em cargos
efetivos com atribuições afetas à atividade fiscalizatória,
Parágrafo Único. Os triênios percebidos pelos servidores quando formalmente autorizados pelo superior
que possuem função gratificada ou cargo em comissão, hierárquico a conduzir veículos automotores da
incorporados ao vencimento com base na Lei 1.764, de Administração Municipal para desempenhar as demais
07 de novembro de 1979, são calculados além do atribuições legalmente previstas, será concedida a
constante no caput do art. 111, também sobre as vantagem funcional denominada hora-máquina, no
referidas incorporações. percentual de 4% (quatro por cento) sobre o vencimento
básico de cada cargo.
Art. 112 - O Servidor nomeado que se exonerar para
assumir nomeação em outro cargo através de concurso § 1º Os cargos a que refere o caput deste artigo
público, terá o tempo anterior computado para avanços correspondem exclusivamente a agente de trânsito,
no novo cargo com base no novo vencimento. analista ambiental-engenheiro agrônomo, analista
ambiental-engenheiro ambiental, analista ambiental-
SUBSEÇÃO IX - DO ADICIONAL POR TEMPO DE engenheiro civil, arquiteto, biólogo, engenheiro florestal,
SERVIÇO engenheiro químico, fiscal de defesa do consumidor,
fiscal de obras e infraestrutura, fiscal de obras, fiscal de
Art. 113 - Os Servidores Públicos Efetivos perceberão a posturas, fiscal sanitário, fiscal tributário, geólogo e
gratificação adicional de 15% (quinze por cento) e/ou médico veterinário.
25% (vinte e cinco por cento) sobre o vencimento básico
do padrão do cargo em que estiver investido, mais § 2º A vantagem de que trata este artigo poderá ser
referência, a partir da data em que completarem concedida aos servidores investidos em cargos efetivos
respectivamente 15 (quinze) e 25 (vinte e cinco) anos de de agente de vigilância em saúde, exclusivamente
efetivo serviço público, ao qual se incorpora para fins de quando designados através de portaria a exercer
aposentadoria e todos efeitos legais. (Redação dada funções de supervisão de campo, quando autorizados
pela Lei nº 4685/2007) por superior hierárquico a conduzir veículo da
Administração Municipal, nos limites e condições
§ 1º - A concessão de gratificação de 25% (vinte e cinco estabelecidos pelo caput.
por cento) fará cessar a percepção de 15% (quinze por
cento) anteriormente concedida. § 3º A aquisição do direito à vantagem instituída pelo
caput deste artigo condiciona-se à expedição de
§ 2º - Na contagem do tempo de serviço para efeito das autorização pelo superior hierárquico, a ser
gratificações adicionais previstas nesta subseção, regulamentada em lei específica.
somente se computará até o máximo de 1/5 (um quinto)
do serviço público estranho ao Município. § 4º A vantagem funcional de que trata este artigo será
devida apenas enquanto perdurar a autorização para a
§ 3º - Computar-se-á, no entanto integralmente, o tempo condução de veículo, não se incorporando aos
de serviço público Federal, Estadual e Municipal, que vencimentos dos servidores para quaisquer fins legais e
concederem idêntica vantagem ou a concediam quando não integrando a base de cálculo da contribuição
do ingresso do servidor no serviço público, mediante previdenciária.
comprovação efetuada pelo servidor.
SEÇÃO IV - DAS FÉRIAS
§ 4º - A gratificação adicional percebida pelos servidores
que possuem função gratificada ou cargo em comissão, Art. 116 - O Servidor fará jus, anualmente, ao gozo de
incorporados ao vencimento com base na Lei 1.764, de um período de férias, que podem ser acumuladas até o
07 de novembro de 1979, é calculada além do constante máximo de dois períodos, no caso de necessidade do
no caput do art. 113, também sobre as referidas serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação
incorporações. (Redação acrescida pela Lei específica.
nº 4685/2007)
Art. 117 - As férias somente podem ser interrompidas
Art. 114 - O Servidor fará jus ao adicional a partir do mês por motivo de calamidade pública, comoção interna ou
que completar 15 (quinze) ou 25 (vinte e cinco) anos de por motivo de superior interesse público.
efetivo exercício público.
Art. 118 - Após cada período de 12 (doze) meses de
SUBSEÇÃO X - DA HORA MÁQUINA vigência da relação entre o Município e o Servidor, terá
este direito a férias, na seguinte proporção:
Art. 115 - Aos operadores de máquinas rodoviárias, I - 30 (trinta) dias corridos quando não houver faltado
motoristas e operadores de usina e subestação, será ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;
pago, além do vencimento fixo previsto em lei, um II - 24 (vinte e quatro) dias corridos quando houver
vencimento-hora, a base de 20% (vinte por cento) do tido de 6 (seis) à 14 (quatorze) faltas;
vencimento básico percebido em cada caso. III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de
15 (quinze) à 23 (vinte e três) faltas;
Parágrafo Único. Cessadas as atividades aqui IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24
mencionadas, cessam também a percepção do benefício (vinte e quatro) à 32 (trinta e duas) faltas.
disciplinado neste Art. que se incorporará integralmente
ao vencimento básico, para efeitos de aposentadoria. § 1º Fica vedado descontar as faltas ao serviço do
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período de férias do servidor. (Redação dada pela Lei I - por motivo de doença em pessoa da família;
Complementar nº 6203/2015) II - para o serviço militar obrigatório;
III - para concorrer a cargo eletivo;
§ 2º Quando a vinculação do servidor ao Município tiver IV - para tratar de interesses particulares;
duração inferior a 12 (doze) meses, terá ele direito a V - para desempenho de mandato classista;
férias proporcionais, na razão de 1/12 (um doze avos) VI - licença-prêmio.
por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze)
dias. § 1º - O servidor não poderá permanecer em licença da
mesma espécie por período superior a vinte e quatro
Art. 119 - Não serão consideradas faltas ao serviço as meses, salvo nos casos dos incisos II, III e V.
concessões, licenças e afastamentos previstos em lei,
nos quais o servidor continua com direito ao vencimento § 2º - A licença concedida dentro de sessenta dias do
normal, como se em exercício estivesse. término de outra da mesma espécie será considerada
como prorrogação.
Art. 120 - O tempo de serviço anterior será somado ao
posterior para fins de aquisição do período de férias nos SEÇÃO II - DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA
casos de licenças previstas nos incisos III, V e VI do Art. EM PESSOA DA FAMÍLIA
127.
Art. 127 - Poderá ser concedida licença ao Servidor
Art. 121 - Não terá direito a férias o servidor que, no ocupante de Cargo Efetivo, por motivo de doença do
cômputo do período aquisitivo tiver gozado licenças para cônjuge ou companheiro, do pai ou da mãe, do filho ou
tratamento de saúde, por acidente em serviço ou por enteado e de irmão, mediante comprovação médica
motivo de doença em pessoa da família, por mais de 06 oficial do Município.
(seis) meses, embora descontínuos e, licença para
tratamento de interesse particular por qualquer prazo. § 1º - A licença somente será deferida se a assistência
direta do Servidor for indispensável e não puder ser
Parágrafo Único. Iniciar-se-á o decurso de novo período prestada simultaneamente com o exercício do cargo, o
aquisitivo quando o servidor, após o implemento de que deverá ser apurado, através de acompanhamento
condição prevista neste artigo, retornar ao trabalho. pela Administração Municipal.

Art. 122 - O Servidor perceberá durante as férias a § 2º - A licença de que trata o "caput" do artigo será
remuneração integral, acrescida de 1/3 (um terço) concedida com vencimento integral até 03 (três) meses,
e, após com os seguintes descontos:
Parágrafo Único. As vantagens que não mais estejam I - de 1/3 (um terço) do vencimento, quando exceder
sendo percebidas no momento do gozo de férias serão a 03 (três) meses até 06 (seis) meses;
computadas proporcionalmente aos meses de exercício II - de 2/3 (dois terços) do vencimento, quando
no período aquisitivo das férias, na razão de um doze exceder a 06 (seis) meses até 12 (doze) meses; e,
avos por mês de exercício ou fração superior a quatorze III - sem remuneração a partir do 12º (décimo
dias. segundo) mês até o máximo de 02 (dois) anos.

Art. 123 - Será permitida a conversão de 1/3 (um terço) Art. 128 - A licença prevista no art. 127, só será
das férias em dinheiro, mediante requerimento do concedida se não houver prejuízo para o serviço público.
servidor apresentado 30 (trinta) dias antes do seu início,
vedada qualquer outra hipótese de conversão em SEÇÃO III - DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR
dinheiro.
Art. 129 - Ao Servidor ocupante de Cargo Efetivo que for
Art. 124 - A concessão das férias, mencionando o convocado para o serviço militar ou outros encargos de
período de gozo, será participado, por escrito, ao Segurança Nacional, será concedida licença, sem
Servidor, com antecedência de, no mínimo, 15 (quinze) remuneração.
dias, cabendo a este assinar a respectiva notificação.
§ 1º - A licença será concedida à vista de documento
Art. 125 - No caso de exoneração, falecimento ou oficial que comprove a convocação.
aposentadoria, será devida a remuneração
correspondente ao período de férias cujo direito o § 2º - O Servidor desincorporado em outro estado da
Servidor tenha adquirido nos termos do art. 118. federação deverá reassumir o exercício do cargo dentro
do prazo de 30 (trinta) dias; se a desincorporação ocorrer
Parágrafo Único. O servidor exonerado, falecido ou dentro do Estado, o prazo será de 15 (quinze) dias.
aposentado, além do disposto no caput deste artigo, terá
direito à remuneração relativa ao período incompleto de SEÇÃO IV - DA LICENÇA PARA TRATAR DE
férias, na razão de 1/12 (um doze avos) por mês de INTERESSES PARTICULARES
serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
Art. 130 - A critério da administração, poderá ser
Capítulo III - DAS LICENÇAS concedida ao Servidor Efetivo e estável, licença para
SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS tratar de assuntos particulares, pelo prazo de 02 (dois)
anos consecutivos, sem remuneração.
Art. 126 - Conceder-se-á licença ao Servidor ocupante
de Cargo de Provimento Efetivo:
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§ 1º - A licença poderá ser negada quando o II - afastar-se do cargo em virtude de:
afastamento do Servidor for inconveniente ao interesse a) licença por motivo de doença na família, sem
do serviço. remuneração;
b) licença para tratar de interesses particulares;
§ 2º - O Servidor deve aguardar em exercício a c) para desempenho do serviço militar.
concessão da licença, salvo caso de imperiosa
necessidade, devidamente comprovada pela autoridade § 1º - As licenças para tratamento de saúde, até 90
a que estiver subordinado, considerando-se como faltas (noventa) dias, bem como as licenças decorrentes de
não justificadas os dias de ausência do serviço, caso a acidentes em serviço, agressão não provocada ou
licença seja negada. moléstia profissional, por qualquer prazo, serão contados
para efetividade para fins de licença prêmio. Já as
§ 3º - A licença poderá ser interrompida a qualquer licenças para tratamento de saúde excedentes a 90
tempo, a pedido do Servidor ou no interesse do serviço. (noventa) dias, consecutivos ou não, como também as
faltas ao serviço sem justificativa legal até 20 (vinte) dias,
Art. 131 - Não se concederá nova licença antes de protelam o qüinqüênio por igual período das licenças ou
decorridos dois anos do término da anterior. faltas ocorridas.

Art. 132 - Não se concederá licença, a servidor nomeado § 2º - Para efeitos da concessão da licença-prêmio, as
ou removido antes de completar 01 (um) ano de licenças a que alude o inciso II, alíneas "a", "b", "c", e o §
exercício no novo cargo ou repartição. 1º deste artigo, não se adicionam.

Art. 133 - Ao servidor ocupante de Cargo em Comissão § 3º - O quinquênio a considerar será aquele que não
não se concederá a licença de que trata o artigo anterior. abranja ocorrências ou as abranja em quantitativos que
não impliquem em sua perda.
SEÇÃO V - DA LICENÇA PARA CONCORRER A
CARGO ELETIVO Art. 138 - Interrompem o quinquênio e retardará a
concessão da licença prevista no art. 136, também as
Art. 134 - Salvo disposição diversa em lei federal, o seguintes ocorrências:
Servidor ocupante de Cargo de Provimento Efetivo fará I - faltas ao serviço sem justificativa legal, por qualquer
jus a licença remunerada, com vencimentos integrais, a prazo;
partir do registro de sua candidatura a cargo eletivo II - mais de 20 (vinte) faltas justificadas. (Suprimidos pela
perante a Justiça Eleitoral, até o dia seguinte ao do Lei nº 4758/2007)
pleito.
Parágrafo Único. Para efeitos deste artigo a contagem
Parágrafo Único. O Servidor candidato a cargo eletivo no do novo quinquênio far-se-á a partir de sua última
próprio Município e que exercer cargo ou função de interrupção, sendo ainda vedado a soma do tempo
direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou anteriormente interrompido.
fiscalização, dele será exonerado a partir do dia imediato
ao registro de sua candidatura perante a Justiça Art. 139 - O número de servidores em gozo simultâneo
Eleitoral, até o dia seguinte ao do pleito. de licença-prêmio não poderá ser superior a 1/3 (um
terço) da lotação da respectiva unidade administrativo do
SEÇÃO VI - DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE órgão ou entidade.
MANDATO CLASSISTA
Parágrafo Único. O Servidor aguardará em exercício o
Art. 135 - Fica assegurado ao Servidor o direito à licença despacho permissivo para entrar em gozo de licença
para o desempenho de mandato em confederação, prêmio.
federação ou sindicato representativo da categoria, sem
prejuízo da remuneração e direitos, exceto quando a Art. 140 - A licença-prêmio não gozada, a requerimento
atividade for remunerada pela entidade respectiva. do Servidor poderá ser convertida em numerário.

§ 1º - Somente poderão ser licenciados servidores Parágrafo Único. A conversão em numerário de que trata
eleitos para cargos de direção ou representação nas o caput deste artigo, deverá ser requerida até o último
referidas entidades, até o máximo de três, por entidade. dia do mês de junho do exercício, para pagamento no
exercício seguinte.
§ 2º - A licença tem duração igual à do mandato,
podendo ser prorrogada no caso de reeleição. Capítulo IV - DAS CONCESSÕES

SEÇÃO VII - DA LICENÇA PREMIO Art. 141 - Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor
ausentar-se do serviço:
Art. 136 - Após cada quinquênio ininterrupto de I - por um dia, em cada doze meses de trabalho, para
exercício, o Servidor Efetivo fará jus a 03 (três) meses de doação de sangue;
licença-prêmio, com remuneração do Cargo Efetivo. II - por um dia, por motivo de falecimento de tio ou
tia;
Art. 137 - A licença-prêmio não será concedida ao III - até dois dias, para se alistar como eleitor;
Servidor que, no período aquisitivo: IV - até dois dias consecutivos, por motivo de
I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão ou falecimento de avô ou avó;
multa; V - até cinco dias consecutivos, por motivo de:
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a) casamento; redução na jornada diária.
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta
ou padrasto, filhos ou enteados e irmãos; § 2º Quando necessário, o serviço médico do Município
c) nascimento do filho para o pai, a contar da data do poderá solicitar exame complementar e manifestação de
evento. especialista.

§ 1º - Para amamentar o próprio filho até que este § 3º Comprovado o atendimento dos elementos materiais
complete seis meses de idade, a servidora terá direito a constitutivos do direito, será editada portaria de redução
uma licença de uma hora por dia, que poderá ser da carga horária pelo período de seis (6) meses,
fracionada em duas de meia hora, se a jornada for de renovável por iguais períodos mediante requerimento do
dois turnos. Se a saúde do filho o exigir, o período de servidor.
seis meses poderá ser dilatado, por prescrição médica,
em até mais três meses. § 4º Tratando-se de deficiência irreversível que acarrete
o acompanhamento continuado e permanente,
§ 2º A Servidora que adotar ou obtiver a guarda judicial devidamente reconhecido pelo serviço médico oficial do
de criança para fins de adoção, fará jus à licença- Município, à época da renovação da redução da carga
maternidade na forma da legislação previdenciária. horária, o servidor fará apenas a comunicação à
Secretaria Municipal de Administração para fins de
Art. 141-A Os servidores estatutários efetivos da registro e providências.
Administração Direta e Indireta dos Poderes Executivo e
Legislativo, terão direito à redução de até 40% da carga § 5º A carga horária reduzida poderá ser aplicada
horária legalmente estabelecida para os cargos nos somente após a expedição de portaria, nos termos,
quais estiverem investidos, quando esta for superior a 20 períodos e condições que nela constar.
horas semanais, e comprovadamente tiverem filho
dependente, de qualquer idade, com deficiência que § 6º Em quaisquer situações, poderá o Município realizar
acarrete tratamento de saúde ou assistência do servidor inspeção para acompanhar o desenvolvimento da
no atendimento das necessidades básicas diárias. situação fática, especialmente quanto à efetiva
dedicação do período equivalente à carga horária do
§ 1º Considera-se deficiência para efeito deste artigo, as servidor reduzida, no acompanhamento do tratamento de
patologias congênitas e adquiridas definidas em decreto- saúde ou no atendimento das necessidades básicas
regulamentar. diárias da pessoa com deficiência.

§ 2º Equipara-se a filho as pessoas sob a tutela e guarda § 7º Apurados indícios de deturpação do instituto tratado
judicial do servidor. neste artigo, sem prejuízo das demais sanções previstas
em lei, ficará o servidor beneficiário sujeito ao regime
§ 3º A redução da carga horária prevista neste artigo não disciplinar do Município e ao imediato cancelamento do
acarretará prejuízo funcional ou remuneratório. benefício.

§ 4º Se ambos os cônjuges ou companheiros forem § 8º Considerando que os vencimentos auferidos


servidores municipais efetivos, a redução da carga mensalmente pelo servidor correspondem à totalidade da
horária será limitada a um deles. carga horária prevista em lei para o cargo no qual se
encontra investido, somente será devido o pagamento a
Art. 141-B Para fazer jus à redução da carga horária de título de horas extraordinárias quando ultrapassada a
que trata o art. 141-A, o servidor deverá encaminhar carga horária legal, independente da concessão de sua
requerimento à Secretaria Municipal de Administração, redução.
instruído com os documentos que comprovem:
I - condição de filho, tutelado ou menor sob guarda, § 9º Os casos omissos serão definidos através de
que dependa de seus cuidados; decreto.
II - atestado ou laudo médico que demonstre e
especifique a deficiência contendo CID; Art. 142 - Poderá ser concedido horário especial ao
III - atestado ou laudo médico contendo prescrição Servidor estudante quando comprovada a
de tratamento, quando for o caso. incompatibilidade entre o horário escolar e o da
repartição, desde que não haja prejuízo ao exercício do
§ 1º O requerimento instruído com os documentos de cargo.
que tratam os incisos deste artigo será submetido ao
serviço médico oficial do Município, que emitirá laudo Parágrafo Único. Para efeitos do disposto neste artigo,
conclusivo: será exigida a compensação de horários na repartição,
I - indicando a deficiência; respeitada a duração semanal do trabalho.
II - indicando a necessidade de tratamento de saúde
ou de assistência no atendimento das necessidades Capítulo V - DO EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO
básicas diárias, se for o caso;
III - recomendando a quantidade de horas a ser Art. 143 - Ao servidor municipal investido em mandato
reduzida no caso concreto, até o limite de quarenta eletivo, aplicam-se as disposições previstas na
por cento (40%) da carga horária legalmente Constituição Federal.
estabelecida para os cargos, para subsidiar decisão
administrativa fundamentada; Parágrafo Único. O Servidor investido em mandato
IV - recomendando a melhor forma de aplicar a eletivo municipal é inamovível de ofício pelo tempo de
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duração de seu mandato. despacho, a decisão ou ato.

Capítulo VI - DO TEMPO DE SERVIÇO Parágrafo Único. O pedido de reconsideração, que não


poderá ser renovado, será submetido à autoridade que
Art. 144 - A apuração do tempo de serviço será feita em houver prolatado o despacho, proferido a decisão ou
dias. praticado o ato.

Parágrafo Único. O número de dias será convertido em Art. 152 - Caberá recurso ao Prefeito, como última
anos, considerados de 365 dias. instância administrativa, sendo indelegável sua decisão.

Art. 145 - Além das ausências ao serviço previstas no Parágrafo Único. Terá caráter de recurso o pedido de
art. 141, são considerados como de efetivo exercício os reconsideração quando o prolator do despacho, decisão
afastamentos em virtude de: ou ato houver sido o Prefeito.
I - férias;
II - licença prêmio; Art. 153 - O prazo para interposição de pedido de
III - exercício de cargos em comissão, no Município; reconsideração ou de recurso, é de trinta dias, a contar
IV - convocação para o serviço militar; da publicação ou da ciência, pelo interessado, da
V - júri e outros serviços obrigatórios por lei; decisão recorrida.
VI - participação em programa de treinamento
regularmente instituído e autorizado pelo respectivo Parágrafo Único. O pedido de reconsideração e o
órgão ou repartição municipal recurso não terão efeito suspensivo e, se providos, seus
VII - licença: efeitos retroagirão à data do ato impugnado.
a) à gestante;
b) para tratamento de saúde, inclusive por acidente em Art. 154 - O direito de reclamação administrativa
serviço ou moléstia profissional; e prescreverá, salvo disposição legal em contrário, em
c) para tratamento de saúde de pessoa da família, cinco anos a contar do ato ou fato do qual se originar.
quando remunerada.
VIII - nos casos de cedência. § 1º - O prazo prescricional terá início na data da
publicação do ato impugnado ou da data da ciência, pelo
Art. 146 - Contar-se-á apenas para efeito de interessado, quando o ato não for publicado.
aposentadoria o tempo:
I - de contribuição no serviço público federal, § 2º - O pedido de reconsideração e o recurso
estadual e municipal, inclusive o prestado às suas interromperá a prescrição administrativa.
autarquias e fundações públicas;
II - de licença para desempenho de mandato Art. 155 - A representação será dirigida ao chefe
classista; imediato do servidor que, se a solução não for de sua
III - de licença para concorrer a cargo eletivo, e alçada, a encaminhará a quem de direito.
IV - em que o servidor esteve em disponibilidade
remunerada. Parágrafo Único. Se não for dado andamento à
representação, dentro do prazo de cinco dias, poderá o
Parágrafo Único. Para efeito de disponibilidade será servidor dirigi-la direta e sucessivamente às chefias
computado o tempo de serviço público federal, estadual superiores.
ou municipal.
Art. 156 - Fica assegurado o direito de vistas do
Art. 147 - Para efeito de aposentadoria, será computado processo ao servidor ou representante legal, pelo prazo
também o tempo de contribuição na atividade privada de dez (dez) dias.
rural, nos termos da legislação federal pertinente.
Capítulo VIII - DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A
Art. 148 - O tempo de afastamento para exercício de OUTRO ORGÃO OU ENTIDADE
mandato eletivo será contado na forma das disposições
constitucionais ou legais específicas. Art. 157 - O Servidor ocupante de Cago de Provimento
Efetivo e estável poderá ser cedido para ter exercício em
Art. 149 - Fica vedada a contagem acumulada de tempo outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos
de serviço simultâneo. Estados, dos Municípios, administração direta e indireta
e entidades privadas sem fins lucrativos, nas seguintes
Capítulo VII - DO DIREITO DE PETIÇÃO hipóteses:
I - para exercício de cargo em comissão ou função de
Art. 150 - Fica assegurado ao Servidor o direito de confiança;
requerer, pedir reconsideração, recorrer e representar, II - em casos previstos em leis específicas; e,
em defesa de direito ou de interesse legítimo. III - para cumprimento de convênio.

Parágrafo Único. As petições, salvo determinação § 1º - Na hipótese do inciso I deste artigo, a cedência
expressa em lei ou regulamento, serão dirigidas ao será sem ônus para o Município, nos demais casos
Prefeito Municipal e terão decisão no prazo de trinta dias. conforme dispuser a Lei ou Convênio.

Art. 151 - O pedido de reconsideração deverá conter § 2º - O Servidor Municipal escolhido Conselheiro, será
novos argumentos ou provas suscetíveis de reformar o cedido ao Conselho Tutelar da Criança e do
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Adolescente, podendo optar pelo vencimento do cargo de tomar as providências necessárias à sua apuração.
efetivo ou celetista estável que exerce no Município, ou
pelo valor da remuneração fixada para o exercício da § 2º - A representação de que trata o inciso XII será
função de Conselheiro, devendo a contribuição encaminhada pela via hierárquica e obrigatoriamente
previdenciária incidir sobre o valor optado, durante o apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual
período da cedência. é formulada, assegurando-se ao representado o direito
de defesa.
Art. 158 - O servidor estável poderá ausentar-se do
município para estudo, desde que autorizado pela maior SEÇÃO I - DAS PROIBIÇÕES
autoridade a que estiver subordinada, sem remuneração.
Art. 160 - Fica proibido ao Servidor qualquer ação ou
Parágrafo Único. A ausência de que trata este artigo não omissão capaz de comprometer a dignidade ou o decoro
excederá a 04 (quatro) anos e findo o período, somente da função pública, ferir a disciplina e a hierarquia,
decorrido outro, será permitido nova ausência, ou licença prejudicar a eficiência do serviço ou causar dano à
para tratar de interesse particular. administração pública, especialmente:
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem
TÍTULO VI - DO REGIME DISCIPLINAR prévia autorização do chefe imediato;
Capítulo I - DOS DEVERES II - retirar sem prévia anuência da autoridade
competente, qualquer documento ou objeto da
Art. 159 - São deveres dos Servidores: repartição;
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do III - recusar fé aos documentos públicos;
cargo; IV - opor resistência injustificada ao andamento de
II - ser leal às instituições a que servir; documento e processo, ou execução de serviço;
III - observar as normas legais e os regulamentos; V - promover manifestação de desapreço no recinto
IV - cumprir as ordens dos superiores, exceto da repartição;
quando manifestamente ilegais; VI - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso
V - atender com presteza: às autoridades públicas ou aos atos do poder
a) ao público em geral, prestando as informações público, mediante manifestação escrita ou oral;
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; VII - cometer à pessoa estranha a repartição, fora dos
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de casos previstos em lei, o desempenho de encargo
direito ou esclarecimento de situação de interesse que seja de sua competência ou de seu subordinado;
pessoal; VIII - compelir ou aliciar outro servidor no sentido de
c) à requisições para defesa da Fazenda Pública. filiação à associação profissional ou sindical, ou à
VI - levar ao conhecimento de autoridade superior as partido político;
irregularidades em que tiver ciência em razão do IX - manter sob sua chefia imediata cônjuge,
cargo; companheiro ou parente até 2º (segundo) grau civil,
VII - zelar pela economia do material e conservação salvo se decorrente de nomeação por concurso
do patrimônio público; público;
VIII - guardar sigilo sobre assuntos da repartição; X - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou
IX - manter conduta compatível com a moralidade de outrem, em detrimento da dignidade da função
administrativa; pública;
X - ser assíduo e pontual ao serviço; XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto à
XI - tratar com urbanidade as pessoas; repartições públicas, salvo quando se tratar de
XII - representar contra ilegalidade ou abuso do benefícios previdenciários ou assistenciais de
poder; parentes até 2º grau e do cônjuge ou companheiro;
XIII - apresentar-se ao serviço em boas condições de XII - participar de gerência ou de administração de
asseio e convenientemente trajado ou com uniforme empresa privada, de sociedade civil, ou exercer
que for determinado; comércio e, nessa qualidade, transacionar com o
XIV - freqüentar cursos de treinamentos instituídos, município, exceto se a transação for precedida de
para seu aperfeiçoamento e especialização; licitação;
XV - manter espírito de cooperação e solidariedade XIII - receber propina, comissão, presente ou
com os colegas de trabalho; vantagem de qualquer espécie, em razão de suas
XVI observar as normas de segurança e medicina do atribuições;
trabalho estabelecidas, bem como o uso obrigatório XIV - aceitar comissão, emprego ou pensão de
dos equipamentos de proteção individual que lhe estado estrangeiro sem licença prévia nos termos da
forem fornecidos; lei;
XVII - apresentar relatórios ou resumo de suas XV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
atividades nas hipóteses e prazos previstos em lei ou XVI - proceder de forma desidiosa no desempenho
regulamento, ou quando determinado pela das funções;
autoridade competente; XVII - utilizar pessoal ou recursos materiais da
XVIII - sugerir providências tendentes a melhoria ou repartição em serviços ou atividades particulares;
aperfeiçoamento do serviço; XVIII - cometer a outro servidor atribuições estranhas
às do cargo que ocupa, em situações transitórias de
§ 1º - Será considerado como coautor o superior emergência;
hierárquico que, recebendo denúncia ou representação XIX - exercer quaisquer atividades que sejam
escrita ou verbal, a respeito de irregularidades no serviço incompatíveis com o exercício do cargo ou função e
ou falta cometida por servidor, seu subordinado, deixar com o horário de trabalho;
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XX - permitir ingresso de terceiros nas repartições, SEÇÃO IV - DAS PENALIDADES
para fins de transações comerciais de quaisquer
espécie ou tratar assunto alheio à prestação dos Art. 168 - São penalidades disciplinares:
serviços inerente ao cargo que ocupa no órgão I - advertência;
municipal. II - suspensão
III - multa
SEÇÃO II - DA ACUMULAÇÃO IV - demissão
V - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
Art. 161 - Fica vedada a acumulação remunerada de VI - destituição do cargo em comissão ou função de
cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade confiança.
de horários:
a) a de dois cargos de professor; Art. 169 - Na aplicação das penalidades serão
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou consideradas a natureza e a gravidade da infração
científico; cometida, os danos que dela provierem para o serviço
c) a de dois cargos privativos de médico; público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os
antecedentes funcionais
§ 1º - Fica vedada a percepção simultânea de proventos
de aposentadoria decorrente dos artigos 40, 42 e 142 da Art. 170 - Não poderá ser aplicada mais de uma pena
Constituição Federal com a remuneração de cargos, disciplinar pela mesma infração.
empregos ou função pública, ressalvados os cargos
acumuláveis na forma do "caput", os cargos eletivos e os Parágrafo Único. No caso de infrações simultâneas, a
cargos em comissão declarados em lei de livre maior absorve as demais funcionando estas como
nomeação e exoneração. agravantes na gradação da penalidade.

§ 2º - A proibição de acumular estende-se a empregos e Art. 171 - A advertência será aplicada por escrito, nos
funções e abrange autarquias, fundações, empresas casos de violação de proibição constante no art. 160,
públicas, sociedades de economia mista, suas inciso I a IX e de inobservância do dever funcional
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou previsto em lei, regulamento ou norma interna, que não
indiretamente, pelo poder público. justifique imposição de penalidade mais grave.

SEÇÃO III - DAS RESPONSABILIDADES Art. 172 - Observado o disposto nos artigos precedentes,
a pena de advertência ou suspensão será aplicada, a
Art. 162 - O Servidor responde civil, penal e critério da autoridade competente, por escrito, na
administrativamente pelo exercício irregular de suas inobservância de dever funcional previsto em lei,
atribuições. regulamento ou norma interna, nos casos de violação de
proibição que não tipifique infração sujeita à penalidade
Art. 163 - A responsabilidade civil decorre de ato de demissão.
omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte
em prejuízo ao erário ou a terceiros. § 1º - A pena de suspensão não poderá ultrapassar a
sessenta dias.
§ 1º - A indenização de prejuízo dolosamente causado
ao erário somente será liquidada na forma prevista no § 2º - Quando houver conveniência para o serviço, a
Art. 65, na falta de outros bens que assegure a execução penalidade de suspensão poderá ser convertida em
do débito pela via judicial. multa na base de 50% por dia do vencimento ou
remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer
§ 2º - tratando-se de dano causado a terceiros, em serviço.
responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em
ação regressiva. Art. 173 - Será aplicada ao servidor a pena de demissão
nos casos de:
§ 3º - A obrigação de reparar o dano estende-se aos I - crime contra a administração pública;
sucessores e contra eles será executada, até o limite do II - abandono de cargo;
valor da herança recebida. III - inassiduidade ou impontualidade habituais;
IV - improbidade administrativa;
Art. 164 - A responsabilidade penal abrange os crimes e V - incontinência pública e conduta escandalosa;
contravenções imputados ao servidor, nessa qualidade. VI - indisciplina e insubordinação grave ou
reiteradas, em serviço;
Art. 165 - A responsabilidade administrativa resulta de VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a
ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do particular, salvo em legítima defesa ou defesa de
cargo ou função. outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiro público;
Art. 166 - As sanções civis, penais e administrativas IX - revelação de segredo apropriado em razão do
poderão cumular-se, sendo independentes entre si. cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do
Art. 167 - A responsabilidade civil ou administrativa do patrimônio municipal;
servidor será afastada no caso de absolvição criminal XI - corrupção;
que negue a existência do fato ou a sua autoria. XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou
funções públicas;
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XIII - transgressão do art. 160, incisos X a XVII; quando se tratar de demissão e cassação de
aposentadoria e disponibilidade de servidor
Art. 174 - A acumulação de que trata o inciso XII do vinculado ao respectivo poder, órgão ou entidade.
artigo anterior acarreta a demissão de um dos cargos, II - pelas autoridades administrativas de hierarquia
empregos ou funções, dando-se ao servidor o prazo de imediatamente inferior àquelas mencionadas no
cinco dias para opção. inciso I, nos casos de advertência ou de suspensão
por qualquer prazo.
§ 1º - Se comprovado que a acumulação se deu por má IIII - pela autoridade que houver feito a nomeação,
fé, o servidor será demitido de ambos os cargos e quando se tratar de destituição de cargo em
obrigado a devolver o que houver recebido dos cofres comissão ou função de confiança de não ocupante
públicos. de cargo efetivo.

§ 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos Art. 183 As penalidades aplicadas ao servidor serão
cargos, empregos ou funções exercido na União, nos registradas em sua ficha funcional.
Estados, no Distrito Federal ou em outro Município, a
demissão será comunicada ao outro órgão ou entidade Art. 184 - A ação disciplinar prescreverá:
onde ocorre acumulação. I - em 05 (cinco anos, quanto as infrações puníveis
com demissão, cassação de aposentadoria ou
Art. 175 - Será cassada a aposentadoria e a disponibilidade e destituição de Cargo em Comissão
disponibilidade se ficar provado que o inativo, quando na ou Função de confiança.
atividade: II - em 02 (dois) anos, quanto a suspensão.
I - praticou falta punível com a pena de demissão; III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto a
II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública; advertência.
III - praticou usura, em qualquer das suas formas.
§ 1º - A falta também prevista na lei penal como crime
Art. 176 - A destituição de cargo em comissão de não prescreverá juntamente com este.
ocupante de cargo efetivo implica na impossibilidade de
ser investido em funções dessa natureza durante o § 2º - O prazo de prescrição começa a correr da data em
período de 10 (dez) anos do ato de punição. que a autoridade municipal tomar conhecimento da
existência da falta.
Art. 177 - A demissão ou a destituição de cargo em
comissão dos casos dos incisos IV, VIII, X, do art. 173, § 3º - A abertura de sindicância ou instauração de
implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento processo disciplinar interrompe a prescrição, até a
ao erário, sem prejuízo de ação penal cabível. decisão final proferida por autoridade competente.

Art. 178 - A demissão ou a destituição de cargo em § 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o prazo


comissão ou função de confiança por infringência ao art. prescricional recomeçará a correr novamente, no dia
173, incisos X, XI, e XIII, incompatibiliza o ex-servidor imediato ao da interrupção.
para nova investidura em cargo ou função pública
municipal pelo prazo mínimo de 05 (cinco) anos. Capítulo II - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR EM GERAL
Parágrafo Único. Não poderá retornar ao serviço público
municipal o servidor que for demitido por infringência do Art. 185 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade
art. 173, incisos I, V, VIII, X e XI. no serviço público é obrigada a promover a sua
apuração imediata, mediante sindicância ou processo
Art. 179 - Configura abandono de cargo a ausência administrativo disciplinar, assegurada ao acusado a
intencional do servidor por mais de 30 (trinta) dias ampla defesa.
consecutivos.
Art. 186 - As denúncias sobre irregularidades serão
Art. 180 - A demissão por inassiduidade ou objeto de apuração, desde que contenham a
impontualidade somente será aplicada quando identificação e o endereço do denunciante e sejam
caracterizada a habitualidade de modo a representar formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.
séria violação dos deveres e obrigações do servidor,
após anteriores punições por advertência e suspensão. Parágrafo Único. Quando o fato narrado não configurar
evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia
Parágrafo Único. Entende-se por inassiduidade ou será arquivada, por falta de objeto.
impontualidade habitual, a falta ao serviço sem causa
justificada por35 (trinta e cinco) dias, intercaladamente, Art. 187 - Da Sindicância poderá resultar:
durante o período de 24 (vinte e quatro) meses. I - arquivamento do processo;
II - aplicação de penalidade de advertência ou
Art. 181 - O ato de imposição de penalidade mencionará suspensão de até 30 (trinta) dias;
sempre o fundamento legal e a causa da sanção III - instauração de processo disciplinar.
disciplinar.
Parágrafo Único. O prazo para conclusão da sindicância
Art. 182 - As penalidades disciplinares serão aplicadas: não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado
I - pelo Prefeito, pelo Presidente da Câmara Municipal por igual período, a critério da autoridade superior.
e pelo dirigente superior de autarquia ou fundação,
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Art. 188 - Sempre que o ilícito praticado pelo servidor relatório final.
ensejar a imposição de penalidade de suspensão por
mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de § 2º - As reuniões da comissão serão registradas em
aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.
cargo em comissão, será obrigatória a instauração de
processo disciplinar. SEÇÃO I - DO INQUÉRITO

Capítulo III - DO AFASTAMENTO PREVENTIVO Art. 195 - O inquérito administrativo obedecerá ao


princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla
Art. 189 - Como medida cautelar e a fim de que o defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos
servidor não venha a influir na apuração da em direito.
irregularidade, a autoridade instauradora do processo
disciplinar poderá determinar o seu afastamento do Art. 196 - Os autos da sindicância integrarão o processo
exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, disciplinar, como peça informativa da instrução.
sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo Único. Na hipótese de o relatório da
Parágrafo Único. O afastamento poderá ser prorrogado sindicância concluir que a infração está capitulada como
por igual período, findo o qual cessarão os seus efeitos, ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia
ainda que não concluído o processo. dos autos ao Ministério Público, independentemente da
imediata instauração do processo disciplinar.
Capítulo IV - DO PROCESSO DISCIPLINAR
Art. 197 - Na fase do inquérito, a comissão promoverá a
Art. 190 - O processo disciplinar é o instrumento tomada de depoimentos, acareações, investigações e
destinado a apurar responsabilidade de servidor por diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova,
infração praticada no exercício de suas atribuições, ou recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de
que tenha relação com as atribuições do cargo em que modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
se encontre investido.
Art. 198 - É assegurado ao servidor o direito de
Art. 191 - O processo disciplinar será conduzido por acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio
comissão composta por 3 (três) servidores estáveis de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir
designados pela autoridade competente, que indicará, provas e contraprovas e formular quesitos, quando se
dentre eles, o Presidente. tratar de prova pericial.

§ 1º - A comissão terá como Secretário servidor § 1º - O Presidente da comissão poderá denegar pedidos
designado pelo seu Presidente, podendo a indicação considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou
recair em um de seus membros. de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

§ 2º - Não poderá participar de comissão de sindicância § 2º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando
ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do a comprovação do fato independer de conhecimento
acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou especial do perito.
colateral, até o terceiro grau.
Art. 199 - As testemunhas serão intimadas a depor
Art. 192 - A comissão exercerá suas atividades com mediante mandado expedido pelo Presidente da
independência e imparcialidade, assegurado o sigilo comissão, devendo a segunda via, com o ciente do
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse interessado, ser anexado aos autos.
da administração.
Parágrafo Único. Se a testemunha for servidor público, a
Parágrafo Único. As reuniões e as audiências das expedição do mandado será imediatamente comunicada
comissões terão caráter reservado. ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do
dia e hora marcados para inquirição.
Art. 193 - O Processo Disciplinar se desenvolve nas
seguintes fases: Art. 200 - O depoimento será prestado oralmente e
I - instauração, com a publicação do ato que reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo
constituir a comissão; por escrito.
II - inquérito administrativo, que compreende
instrução, defesa e relatório; § 1º - As testemunhas serão inquiridas separadamente.
III - julgamento.
§ 2º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que
Art. 194 - O prazo para a conclusão do processo se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os
disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da depoentes.
data de publicação do ato que constituir a comissão,
admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as Art. 201 - Concluída a inquirição das testemunhas, a
circunstâncias o exigirem. comissão promoverá o interrogatório do acusado,
observados os procedimentos previstos nos arts. 199 e
§ 1º - Sempre que necessário, a comissão dedicará 200.
tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus
membros dispensados do ponto, até a entrega do § 1º - No caso de mais de um acusado, cada um deles
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será ouvido separadamente, e sempre que divergirem relatório minucioso, onde resumirá as peças principais
em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será dos autos e mencionará as provas em que se baseou
promovida a acareação entre eles. para formar a sua convicção.

§ 2º - O procurador do acusado poderá assistir ao § 1º - O relatório será sempre conclusivo quanto à


interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, inocência ou à responsabilidade do servidor.
sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas,
facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do § 2º - Reconhecida a responsabilidade do servidor, a
presidente da comissão. comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar
transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou
Art. 202 - Quando houver dúvida sobre a sanidade atenuantes.
mental do acusado, a comissão proporá à autoridade
competente que ele seja submetido a exame por junta Art. 208 - O processo disciplinar, com o relatório da
médica oficial, da qual participe pelo menos um médico comissão, será remetido à autoridade que determinou a
psiquiatra. sua instauração, para julgamento.

Parágrafo Único. O incidente de sanidade mental será SEÇÃO II - DO JULGAMENTO


processado em autos apartados e apenso ao processo
principal, após a expedição de laudo pericial. Art. 209 - No prazo de 20 (vinte) dias, contados do
recebimento do processo, a autoridade julgadora
Art. 203 - Tipificada a infração disciplinar, será formulada proferirá a sua decisão.
a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a
ele imputados e das respectivas provas. § 1º - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada
da autoridade instauradora do processo, este será
§ 1º - O indiciado será citado por mandado expedido pelo encaminhado à autoridade competente, que decidirá em
presidente da comissão para apresentar defesa escrita, igual prazo.
no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vistas do
processo na repartição. § 2º - Havendo mais de um indiciado e diversidade de
sanções, o julgamento caberá à autoridade competente
§ 2º - Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será para a imposição da pena mais grave.
comum e de 20 (vinte) dias.
§ 3º - Se a penalidade prevista for a demissão ou
§ 3º - O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o
dobro, para diligências reputadas indispensáveis. julgamento caberá às autoridades de que trata o inciso I
do art. 182.
§ 4º - No caso de recusa do indiciado em apor o ciente
na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da Art. 210 - O julgamento acatará o relatório da comissão,
data declarada, em termo próprio, pelo membro da salvo quando contrário às provas dos autos.
comissão que fez a citação, com a assinatura de 2
(duas) testemunhas. Parágrafo Único. Quando o relatório da comissão
contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora
Art. 204 - O indiciado que mudar de residência fica poderá motivadamente, agravar a penalidade proposta,
obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.
ser encontrado.
Art. 211 - Verificada a existência de vício insanável, a
Art. 205 - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não autoridade julgadora declarará a nulidade total ou parcial
sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial do processo e ordenará a constituição de outra
da União e em jornal de grande circulação na localidade comissão, para instauração de novo processo.
do último domicílio conhecido, para apresentar defesa.
§ 1º - O julgamento fora do prazo legal não implica
Parágrafo Único. Na hipótese deste artigo, o prazo para nulidade do processo.
defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última
publicação do edital. § 2º - A autoridade julgadora que der causa à prescrição
de que trata o art. 184, § 2º, será responsabilizada na
Art. 206 - Considerar-se-á revel o indiciado que, forma da Seção III, do Capítulo I do Título VI.
regularmente citado, não apresentar defesa no prazo
legal. Art. 212 - Extinta a punibilidade pela prescrição, a
autoridade julgadora determinará o registro do fato nos
§ 1º - A revelia será declarada, por termo, nos autos do assentamentos individuais do Servidor.
processo e devolverá o prazo para a defesa.
Art. 213 - Quando a infração estiver capitulada como
§ 2º - Para defender o indiciado revel, a autoridade crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério
instauradora do processo designará um Servidor como Público para instauração da ação penal, ficando
defensor dativo, ocupante de cargo de nível igual ou trasladado na repartição.
superior ao do indiciado.
Art. 214 - O Servidor que responder a processo
Art. 207 - Apreciada a defesa, a comissão elaborará disciplinar, só poderá ser exonerado a pedido, ou
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aposentado voluntariamente, após a conclusão do Art. 223 - O julgamento caberá à autoridade que aplicou
processo e o cumprimento da penalidade, acaso a penalidade, nos termos do art. 182.
aplicada.
Parágrafo Único. O prazo para julgamento será de 20
Parágrafo Único. Ocorrida a exoneração de que trata o (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no
inciso II, letra "b" do art. 40, o ato será convertido em curso do qual a autoridade poderá determinar
demissão, se for o caso. diligências.

Art. 215 - Serão assegurados transporte e diárias: Art. 224 - Julgada procedente a revisão, será declarada
sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se
I - ao Servidor convocado para prestar depoimento fora todos os direitos do servidor, exceto em relação à
da sede de sua repartição, na condição de testemunha, destituição do cargo em comissão, que será convertida
denunciado ou indiciado; em exoneração.

II - aos membros da comissão e ao secretário, quando Parágrafo Único. Da revisão do processo não poderá
obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a resultar agravamento de penalidades.
realização de missão essencial ao esclarecimento dos
fatos.
TÍTULO VII - DA SEGURIDADE SOCIAL DO
SEÇÃO III - DA REVISÃO DO PROCESSO SERVIDOR
Art. 225 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
Art. 216 - O processo disciplinar poderá ser revisto, a Art. 226 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se Art. 227 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de
justificar a inocência do punido ou a inadequação da Capítulo II - DOS BENEFÍCIOS
penalidade aplicada. Art. 228 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
Art. 229 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
§ 1º - Em caso de falecimento, ausência ou Art. 230 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
desaparecimento do Servidor, qualquer pessoa da Art. 231 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
família poderá requerer a revisão do processo. Art. 232 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
Art. 233 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
§ 2º - No caso de incapacidade mental do Servidor, a Art. 234 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
revisão será requerida pelo respectivo curador. Art. 235 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
Art. 236 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
Art. 217 - No processo revisional, o ônus da prova cabe Art. 237 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
ao requerente. Art. 238 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
Art. 239 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
Art. 218 - A simples alegação de injustiça da penalidade Art. 240 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
não constitui fundamento para a revisão, que requer Art. 241 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
elementos novos, ainda não apreciados no processo Art. 242 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
originário.
SEÇÃO III - LICENÇA PARA TRATAMENTO DE
Art. 219 - O requerimento de revisão do processo será SAÚDE
dirigido ao Prefeito Municipal, ao Presidente da Câmara
Municipal, ou ao dirigente superior de autarquia ou Art. 243 - Será concedida ao servidor, licença para
fundação, que, se autorizar a revisão, encaminhará o tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base
pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se em Atestado fornecido por profissional da área da saúde,
originou o processo disciplinar. legalmente habilitado para emissão do mesmo, sem
prejuízo da remuneração a que fizer jus, até o limite de
Parágrafo Único. Deferida a petição, a autoridade quinze (15) dias.
competente providenciará a constituição de comissão, na
forma do art. 191. Art. 244 - Para ser aceito o Atestado Médico, é
indispensável que nele conste o Código de Classificação
Art. 220 - A revisão correrá em apenso ao processo Internacional de Doenças - CID, ratificado por Médico
originário. Oficial do Município, quando for por prazo superior a dois
(02) dias.
Parágrafo Único. Na petição inicial, o requerente pedirá
dia e hora para a produção de provas e inquirição das § 1º Nos casos de prorrogação da licença de quinze (15)
testemunhas que arrolar. dias, o servidor deverá se dirigir à Secretaria Municipal
de Administração a fim de providenciar o
Art. 221 - A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias encaminhamento para realizar a inspeção médica oficial.
para a conclusão dos trabalhos.
§ 2º Os Atestados Médicos devidamente ratificados por
Art. 222 - Aplicam-se aos trabalhos da comissão Médico Oficial do Município, deverão ser entregues no
revisora, no que couber, as normas e procedimentos local de trabalho do servidor, dentro do mês a que se
próprios da comissão do processo disciplinar. refere o Atestado, não sendo aceito em hipótese alguma
fora do prazo referido.
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I - atender a situações de calamidade pública;
Art. 245 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012) II - combater surtos endêmicos;
Art. 246 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012) III - atender a disposições de leis ou convênios desde
Art. 247 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012) que não haja no quadro servidores qualificados para
tal fim;
Art. 248 - O Servidor licenciado para tratamento de IV - atender outras situações de emergência que
saúde não poderá dedicar-se a qualquer outra atividade vierem a ser definidas em lei específica;
remunerada, sob pena de ter cassada a licença.
Art. 272 - As contratações de que trata este Capítulo
SEÇÃO IV - DA LICENÇA À GESTANTE terão dotação orçamentária específica e serão efetuadas
Art. 249 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012) pelo prazo de até 12 (doze) meses, podendo ser
Art. 250 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012) renovado por igual período.
Art. 251 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
Parágrafo Único. As contratações de Agentes
SEÇÃO V - DA LICENÇA POR ACIDENTE EM Comunitários de Saúde e Agentes Epidemiológicos,
SERVIÇO vinculadas aos Programas de Saúde Pública Estadual e
federal, terão renovação automática enquanto
Art. 252 - Será licenciado com remuneração integral, o perdurarem os Convênios.
Servidor acidentado em serviço, ou no percurso da
residência para o trabalho ou vice-versa. Art. 273 - É vedado o desvio de função de pessoa
contratada, na forma deste título, sob pena de nulidade
Art. 253 - Configura acidente em serviço o dano físico ou do contrato e responsabilidade administrativa e civil da
mental sofrido pelo Servidor e que se relacione, mediata autoridade contratante.
ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.
Art. 274 - Os contratos serão de natureza administrativa,
Art. 254 - O Servidor acidentado em serviço que ficando assegurados os seguintes direitos ao contratado:
necessite de tratamento especializado poderá ser tratado I - remuneração equivalente à percebida pelos
em instituição privada à conta de recursos públicos. servidores de igual ou assemelhada função no
quadro permanente do Município;
Parágrafo Único. O tratamento de que trata este artigo, II - jornada de trabalho, serviço extraordinário,
recomendado por junta médica oficial, constitui medida repouso semanal remunerado, adicional noturno e
de exceção e somente será admissível quando gratificação natalina proporcional, nos termos desta
inexistirem meios e recursos adequados em instituição Lei;
pública. III - férias proporcionais, ao término do contrato;
IV - inscrição no Regime Geral da Previdência Social.
Art. 255 - A prova do acidente será feita no prazo de 10
(dez) dias prorrogável quando as circunstâncias o TÍTULO IX - DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
exigirem.
Art. 275 - A assistência à saúde do Servidor, Ativo e
SEÇÃO VI - DA PENSÃO POR MORTE Inativo, e de sua família, compreende assistência
Art. 256 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012) médica, hospitalar, odontológica, psicológica e
Art. 257 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012) farmacêutica, prestado pelo Sistema Único de Saúde ou
Art. 258 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012) diretamente pelo órgão ou entidade ao qual estiver
Art. 259 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012) vinculado o Servidor, ou, ainda, mediante convênio, na
Art. 260 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012) forma estabelecida em regulamento.
Art. 261 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
Art. 262 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
TÍTULO X - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS,
Art. 263 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
Art. 264 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012) TRANSITÓRIAS E FINAIS
SEÇÃO VII - DO AUXÍLIO RECLUSÃO Capítulo I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 265 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
Art. 266 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012) Art. 276 - O Dia do Servidor Público será comemorado a
Capítulo III - DO CUSTEIO 28 (vinte e oito) de outubro.
Art. 267 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
Art. 268 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012) Art. 277 - Os prazos previstos nesta Lei serão contados
Art. 269 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012) em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e
incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o
TÍTULO VIII - DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que
EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO
não haja expediente, salvo norma específica dispondo
de maneira diversa.
Art. 270 - Para atender a necessidades temporárias de
excepcional interesse público, poderão ser efetuadas
contratações de pessoal por tempo determinado. Art. 279 - Do exercício de encargos ou serviços
diferentes dos definidos em lei ou regulamento, como
Art. 271 - Consideram-se como de necessidade próprios de seu cargo ou função gratificada, não decorre
temporária de excepcional interesse público, as nenhum direito ao servidor.
contratações que visam a:
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Art. 280 - São isentos de taxas, emolumentos ou custas,
os requerimentos, certidões e outros papéis que, na
esfera administrativa, interessarem ao servidor
ANOTAÇÕES::
municipal, ativo ou inativo, nessa qualidade.

Art. 281 - Fica assegurado ao Servidor Público Municipal


o direito de associação e sindicalização e o de greve.

§ 1º - O direito de greve será exercido nos termos e nos


limites definidos em lei federal.

§ 2º - Fica admitida, na relação com o poder público,


organização representativa dos servidores.

Capítulo II - DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E


FINAIS

Art. 282 - As disposições desta Lei aplicam-se aos


servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, das
Autarquias e Fundações Públicas.

Art. 283 Os servidores não concursados e estáveis nos


termos do Art. 19, do Ato das Disposições Transitórias
da Constituição Federal de 1988, constituem quadro
especial em extinção, excepcionalmente regido pela
Consolidação das Leis do Trabalho.

Art. 284 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)


Art. 285 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
Art. 286 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)
Art. 287 - (Revogado pela Lei nº 5582/2012)

Art. 288 - Revogam-se as disposições em contrário, em


especial as leis municipais de nºs 2.656 de 11 de julho
de 1991, 2.854 de 30 de março de 1993; 3.316 de 04 de
julho de 1997; 3.612 de 29 de dezembro de 1999
e 3.687 de 31 de maio de 2000.

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LEI Nº 5436, DE 05 DE MAIO DE 2011 § 2º O segurado aposentado que exerça ou venha a
exercer cargo em comissão, cargo temporário, emprego
público ou mandato eletivo, vincula-se obrigatoriamente,
DISPÕE SOBRE A REESTRUTURAÇÃO DO ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS.
REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL E
DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS § 3º Na hipótese de lícita acumulação remunerada de
SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE IJUÍ - cargos efetivos, o servidor mencionado neste artigo será
PREVIJUÍ, DE QUE TRATA A LEI Nº 3862, DE 17 segurado obrigatório do RPPS em relação a cada um
DE OUTUBRO DE 2001; REVOGA LEIS QUE dos cargos ocupados.
MENCIONA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
§ 4º O servidor titular de cargo efetivo, amparado por
RPPS, que se afastar do cargo efetivo quando nomeado
TÍTULO I - DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA para o exercício de cargo em comissão, continua
SOCIAL DOS SERVIDORES EFETIVOS DO vinculado exclusivamente a esse regime previdenciário,
MUNICÍPIO DE IJUÍ não sendo devidas contribuições ao RGPS sobre a
Capítulo I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES E remuneração correspondente ao cargo em comissão,
DOS OBJETIVOS sendo-lhe facultado optar por recolher sobre essa
parcela ao RPPS, conforme previsto no Art. 16, § 1o.
Art. 1º Fica reestruturado, nos termos desta Lei, o
Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores § 5º Quando houver acumulação de cargo efetivo e
Efetivos do Município - RPPS, de que trata o Art. 40 da cargo em comissão, com exercício concomitante e
Constituição Federal. compatibilidade de horários, haverá o vínculo e o
recolhimento ao RPPS, pelo cargo efetivo e, ao RGPS,
Art. 2º O RPPS visa a dar cobertura aos riscos a que pelo cargo em comissão.
estão sujeitos os beneficiários, e compreende um
conjunto de benefícios que, nos termos desta Lei, Art. 5º O servidor público titular de cargo efetivo
atendam às seguintes finalidades: permanece vinculado ao RPPS nas seguintes situações:

I - cobertura de eventos de doença, invalidez, morte e I - Quando cedido, com ou sem ônus para o cessionário,
idade avançada; a órgão ou entidade da administração direta ou indireta
de quaisquer dos entes federativos;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
II - quando licenciado;
III - salário-família e auxílio reclusão, para os
dependentes dos beneficiários de baixa renda; III - durante o afastamento do cargo efetivo para o
exercício de mandato eletivo em quaisquer dos entes
IV - pensão por morte; federativos, e;

V - aposentadoria; IV - durante o afastamento do país por cessão ou


licenciamento com remuneração.
Capítulo II
DOS BENEFICIÁRIOS Parágrafo Único. O segurado de RPPS, investido no
mandato de Vereador, que exerça, concomitantemente,
Art. 3º São beneficiários do RPPS as pessoas físicas o cargo efetivo e o mandato, filia-se ao RPPS, pelo cargo
classificadas como segurados e dependentes, nos efetivo, e ao RGPS, pelo mandato eletivo.
termos das Seções I e II deste Capítulo.
Art. 6º O servidor efetivo requisitado da União, do
SEÇÃO I Estado, do Distrito Federal ou de outro Município
DOS SEGURADOS permanece filiado ao regime previdenciário de origem.

Art. 4º São segurados do RPPS: Art. 7º A perda da condição de segurado do RPPS


ocorrerá nas hipóteses de morte, exoneração ou
I - O servidor público municipal titular de cargo efetivo demissão.
dos órgãos dos Poderes Executivo e Legislativo, suas
autarquias, fundações públicas, e; SEÇÃO II
DOS DEPENDENTES
II - os aposentados nos cargos efetivos citados no inciso
I. Art. 8º São beneficiários do RPPS, na condição de
dependente do segurado:
§ 1º Fica excluído do disposto no caput o servidor
ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho
declarado em Lei de livre nomeação e exoneração, o não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte
contratado por prazo determinado para atender e um anos ou inválido;
necessidade temporária de excepcional interesse
público, e o ocupante de emprego público. II - os pais, ou;

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III - o irmão não emancipado, de qualquer condição,
menor de vinte e um anos ou inválido. Art. 10 A inscrição do segurado é automática e ocorre
quando da investidura no cargo.
§ 1º A existência de dependente indicado de qualquer
dos incisos deste artigo exclui do direito ao benefício os Art. 11 Incumbe ao segurado a inscrição de seus
indicados nos incisos subsequentes. dependentes, que poderão promovê-la se ele falecer
sem tê-la efetivado.
§ 2º Considera-se companheira ou companheiro a
pessoa que mantenha união estável com segurado ou § 1º A inscrição de dependente inválido requer sempre a
segurada. comprovação dessa condição por inspeção feita por
médico oficial do Município.
§ 3º Equiparam-se aos filhos, nas condições do inciso I,
mediante declaração escrita do segurado e comprovada § 2º As informações referentes aos dependentes
a dependência econômica, o enteado e o menor que deverão ser comprovadas documentalmente.
esteja sob sua tutela e desde que não possua bens
suficientes para o próprio sustento e educação. § 3º A perda da condição de segurado implica o
automático cancelamento da inscrição de seus
§ 4º O menor sob tutela somente poderá ser equiparado dependentes.
aos filhos do segurado quando, além de atender aos
requisitos do parágrafo anterior, houver a apresentação Capítulo III
de termo de tutela. DO CUSTEIO
SEÇÃO I
§ 5º A dependência econômica das pessoas indicadas DAS FONTES DE FINANCIAMENTO E DOS LIMITES
no inciso I é presumida e das demais deve ser DE CONTRIBUIÇÃO
comprovada.
Art. 12 São fontes de financiamento do plano de custeio
§ 6º Os documentos necessários à comprovação da do RPPS as seguintes receitas:
união estável e da dependência econômica serão
estabelecidos em regulamento. I - o produto da arrecadação referente às contribuições
de caráter compulsório dos servidores ativos de qualquer
Art. 9º A perda da qualidade de dependente ocorre: dos Poderes do Município, suas autarquias e fundações,
na razão de 11% (onze por cento) sobre a remuneração
I - para o cônjuge, pela separação judicial ou divórcio, de contribuição;
enquanto não lhe for assegurada a prestação de
alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou II - o produto da arrecadação referente às contribuições
por sentença judicial transitada em julgado; dos aposentados e pensionistas de qualquer dos
Poderes do Município, suas autarquias e fundações na
II - para a companheira ou companheiro, pela cessação razão de 11% (onze por cento), incidentes sobre a
da união estável com o segurado ou segurada, enquanto parcela dos proventos de aposentadoria e das pensões
não lhe for garantida a prestação de alimentos; concedidas pelo RPPS que supere o limite máximo
estabelecido para os benefícios do RGPS;
III - para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao
completarem vinte e um anos de idade, salvo se III - O produto da arrecadação da contribuição do
inválidos, desde que a invalidez tenha ocorrido antes: Município - Administração Centralizada, Câmara de
Vereadores, Autarquias e Fundações Públicas,
a) de completarem vinte e um anos de idade; equivalente a 13,92% (treze inteiros e noventa e dois
b) do casamento; centésimos por cento) sobre o valor da remuneração de
c) do início do exercício do cargo público; contribuição paga aos servidores ativos e da parcela dos
d) da constituição de estabelecimento civil ou comercial proventos de aposentadoria e das pensões concedidas
ou da existência de relação de emprego, desde que, em pelo RPPS que supere o limite máximo estabelecido
função deles, o menor com dezesseis anos completos para os benefícios do RGPS; (Redação dada pela Lei
tenha economia própria, ou; nº 6215/2015)
e) da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um
deles na falta do outro, mediante instrumento público, IV - as receitas decorrentes de investimentos e as
independentemente de homologação judicial, ou por patrimoniais;
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
dezesseis anos completos; V - os valores recebidos a título de compensação
financeira, prevista no § 9º do Art. 201 da Constituição
IV - para os dependentes em geral: Federal;

a) pela cessação da invalidez, ou; VI - os valores aportados pelo Município;


b) pelo falecimento.
VII - as demais dotações previstas no orçamento
SEÇÃO III municipal;
DAS INSCRIÇÕES

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VIII - quaisquer bens, direitos e ativos com finalidade
previdenciária. § 5º O recolhimento da arrecadação constante nos itens
I, II e III, do caput deverão ser efetuados ao Regime
§ 1º Fica fixado através da presente Lei, o Plano de Próprio de Previdência Social, até o décimo dia do mês
Amortização para equacionamento do déficit atuarial do seguinte àquele a que as contribuições se referirem.
Município de Ijuí, no valor de R$ 371.088.234,33
(trezentos e setenta e um milhões e oitenta e oito mil e Art. 13 O plano de custeio do RPPS será revisto
duzentos e trinta e quatro reais, trinta e três centavos), anualmente, observadas as normas gerais de atuária,
indicado no Parecer Atuarial do exercício de 2015. objetivando a manutenção de seu equilíbrio financeiro e
(Redação dada pela Lei nº 6215/2015) atuarial.

§ 2º O passivo atuarial será amortizado no curso de 28 § 1º As alíquotas de responsabilidade do Município,


(vinte e oito) anos, a contar da publicação desta Lei, a previstas no inciso III e § 2º do Art. 12, poderão ser
uma taxa suplementar inicial de 18,50% (dezoito inteiros revistas por Ato do Poder Executivo conforme
e cinquenta centésimos por cento), no ano de 2015 e reavaliação atuarial anual.
para os próximos 8 (oito) anos, sofrerá um acréscimo de
2,00% (dois inteiros por cento), revista anualmente, § 2º O Município é responsável pela cobertura de
quando da reavaliação atuarial em função do novo déficit eventuais insuficiências financeiras do RPPS,
da seguinte forma: (Vide Decreto nº 5922/2016) decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários.

Art. 14 As disponibilidades financeiras vinculadas ao


____________________________________________ RPPS serão depositadas em contas distintas das contas
_____ do Tesouro Municipal.
| PLANO DE AMORTIZAÇÃO |
|------------------------+------------------------| Parágrafo Único. Os recursos referidos no caput serão
| Ano | Alíquota Suplementar | aplicados nas condições de mercado, com observância
|========================|================== de regras de segurança, solvência, liquidez,
======| rentabilidade, proteção e prudência financeira, conforme
| 2015| 18,50%| as diretrizes estabelecidas em norma específica do
|------------------------|------------------------| Conselho Monetário Nacional e a Política de
| 2016| 20,50%| Investimentos do RPPS, vedada a concessão de
|------------------------|------------------------| empréstimos de qualquer natureza, inclusive ao
| 2017| 22,50%| Município, a entidades da administração indireta e aos
|------------------------|------------------------| respectivos segurados ou dependentes.
| 2018| 24,50%|
|------------------------|------------------------| Art. 15 A escrituração contábil do RPPS será distinta da
| 2019| 26,50%| contabilidade do ente federativo, inclusive quanto às
|------------------------|------------------------| rubricas destacadas no orçamento para pagamento de
| 2020| 28,50%| benefícios, e obedecerão às normas e princípios
|------------------------|------------------------| contábeis previstos na Lei Federal nº 4.320, de 17 de
| 2021| 30,50%| Março de 1964, e suas alterações, e demais atos
|------------------------|------------------------| normativos estabelecidos pelo Ministério da Previdência
| 2022| 32,50%| Social.
|------------------------|------------------------|
|2023 até 2044 | 41,36%| SEÇÃO II
|________________________|____________________ DA BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES
____| (Redação dada pela Lei nº 6215/2015) expandir ta
bela Art. 16 Entende-se por remuneração de contribuição, o
valor constituído pelo vencimento do cargo efetivo,
acrescido das vantagens pecuniárias permanentes
§ 3º O pagamento da taxa suplementar de que trata o § estabelecidas em Lei e dos adicionais de caráter
2º será efetuado por todos os Órgãos e Poderes do individual, excluídas:
Município, incluídas suas autarquias e fundações, e
incidirá sobre o valor da remuneração de contribuição I - as diárias para viagens;
dos servidores ativos e da parcela dos proventos de
aposentadoria e das pensões concedidas pelo RPPS II - os jetons;
que supere o limite máximo estabelecido para os
benefícios do RGPS. (Redação dada pela Lei III - a ajuda de custo;
nº 6215/2015)
IV - o auxílio para diferença de caixa;
§ 4º Quando o beneficiário, na forma da Lei, for portador
de doença incapacitante, a contribuição prevista no V - o auxílio para transporte;
inciso II incidirá apenas sobre a parcela de proventos de
aposentadoria e de pensão que supere o dobro do limite VI - o auxílio para alimentação;
máximo estabelecido para os benefícios do RGPS.

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VII - o salário-família; poderá ser inferior ao valor do salário mínimo nacional.

VIII - licença prêmio convertida em numerário; Art. 17 Incidirá contribuição de responsabilidade do


segurado, ativo e inativo, do pensionista e de todos os
IX - a gratificação por serviço extraordinário; Órgãos e Poderes do Município, incluídas suas
autarquias e fundações, sobre as parcelas que
X - as férias indenizadas; componham a base de cálculo, pagas retroativamente
em razão de determinação legal, administrativa ou
XI - o abono de permanência; judicial, observando-se que:

XII - a gratificação de difícil acesso; I - sendo possível identificar as competências a que se


refere o pagamento, aplicar-se-á a alíquota vigente em
XIII - a convocação de docente do magistério municipal; cada competência;

XIV - a gratificação pelo exercício de docência com II - em caso de impossibilidade de identificação das
alunos portadores de necessidades especiais; competências a que se refere o pagamento aplicar-se-á
a alíquota vigente na competência em que for efetuado o
XV - a gratificação pelo exercício em escola noturna; pagamento;

XVI - a Função Gratificada; III - em qualquer caso, as contribuições correspondentes


deverão ser repassadas à unidade gestora no mesmo
XVII - a gratificação à integrante de Sindicância e prazo fixado para o repasse das contribuições relativas à
Processo Administrativo; competência em que se efetivar o pagamento dos
valores retroativos, sob pena de incidirem os acréscimos
XVIII - 1/3 constitucional de férias; legais previstos no § 1º do art. 18.

XIX - outras parcelas cujo caráter indenizatório estejaArt. 18 Cabe às entidades mencionadas no inciso III do
definido em Lei. artigo 12 desta Lei proceder ao desconto da contribuição
de seus servidores na folha de pagamento e recolhê-la,
§ 1º O segurado ativo poderá optar pela inclusão na nos prazos constantes nos parágrafos 3º e 5º do mesmo
remuneração de contribuição de parcelas remuneratórias artigo.
percebidas em decorrência do exercício de cargo em
comissão ou de função de confiança, para efeito de Parágrafo Único. O não repasse das contribuições
cálculo do benefício a ser concedido com fundamento destinadas ao RPPS no prazo legal implicará na
nos artigos 26, 27, 28, 29, 30 e 52, respeitada em atualização destas de acordo com o índice de
qualquer hipótese, a limitação estabelecida no § 9º do atualização dos tributos municipais, além de juros de
art. 58. mora de 1% (um por cento) ao mês.

§ 2º Os segurados ativos contribuirão também sobre o Art. 19 Salvo na hipótese de recolhimento indevido ou
décimo terceiro salário, bem como sobre os benefícios maior que o devido, não haverá restituição de
de salário-maternidade e auxílio-doença, e os inativos e contribuições pagas ao RPPS.
pensionistas sobre a gratificação natalina.
SEÇÃO III
§ 3º O décimo terceiro salário e a gratificação natalina, DAS CONTRIBUIÇÕES DOS SERVIDORES CEDIDOS,
serão considerados, para fins contributivos, AFASTADOS E LICENCIADOS
separadamente da remuneração de contribuição relativa
ao mês em que for pago. Art. 20 Nas hipóteses de cessão, licenciamento ou
afastamento de servidor, o cálculo da contribuição ao
§ 4º Todos os Órgãos e Poderes do Município, incluídas RPPS será feito com base na remuneração do cargo
suas autarquias e fundações, contribuirão sobre o valor efetivo de que o servidor for titular, observando-se as
pago a título de auxílio-doença e repassarão os valores normas desta seção.
devidos ao RPPS durante o afastamento do servidor.
Art. 21 Na cessão de servidores ou no afastamento para
§ 5º Não incidirá contribuição sobre o valor do abono de exercício de mandato eletivo em que o pagamento da
permanência de que trata o art. 57 desta Lei. remuneração ou subsídio seja ônus do cessionário ou do
órgão de exercício do mandato será de responsabilidade
§ 6º Quando o pagamento mensal do servidor sofrer desse órgão ou entidade:
descontos em razão de faltas ou de quaisquer outras
ocorrências, a alíquota de contribuição deverá incidir I - o desconto da contribuição devida pelo segurado;
sobre o valor total da remuneração de contribuição
prevista em Lei, relativa à remuneração mensal do II - o custeio da contribuição devida pelo órgão ou
servidor no cargo efetivo, desconsiderados os descontos. entidade de origem;

§ 7º Havendo redução de carga horária, com prejuízo da III - o repasse das contribuições de que tratam os incisos
remuneração, a base de cálculo da contribuição não I e II, à unidade gestora a que está vinculado o servidor

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cedido ou afastado. pela Lei nº 6476/2016)

Art. 22 Na cessão ou afastamento de servidores sem Capítulo IV


ônus para o cessionário ou para o órgão do exercício do DO PLANO DE BENEFÍCIOS
mandato, continuará sob a responsabilidade do órgão ou
entidade de origem o recolhimento e o repasse à Art. 25 O RPPS compreende os seguintes benefícios:
unidade gestora do RPPS das contribuições relativas à
parcela devida pelo servidor e pelo Município. I - Quanto ao servidor:

Parágrafo Único. O disposto neste artigo se aplica aos a) aposentadoria por invalidez;
casos de afastamento para exercício de mandato eletivo b) aposentadoria compulsória;
de Prefeito ou de Vereador em que haja opção pelo c) aposentadoria voluntária por idade e tempo de
recebimento da remuneração do cargo efetivo de que o contribuição;
servidor seja titular. d) aposentadoria voluntária por idade;
e) aposentadoria especial;
Art. 23 O servidor cedido ou licenciado para exercício de f) auxílio-doença;
mandato em outro ente federativo poderá optar por g) salário-maternidade, e;
contribuir facultativamente ao RPPS de origem sobre as h) salário-família.
parcelas remuneratórias não componentes da
remuneração do cargo efetivo, para efeito de cálculo do II - Quanto ao dependente:
benefício a ser concedido com fundamento nos artigos
26, 27, 28, 29, 30 e 52, respeitada, em qualquer a) pensão por morte, e;
hipótese, a limitação estabelecida no § 9º do art.58. b) auxílio-reclusão.

SEÇÃO IV SEÇÃO I
DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
PREVIDENCIÁRIOS E DA TAXA DE ADMINISTRAÇÃO
Art. 26 O servidor que, estando ou não em gozo de
Art. 24 As receitas de que trata o art. 12 somente auxílio-doença, for considerado incapaz de readaptação
poderão ser utilizadas para pagamento de benefícios para o exercício de seu cargo ou outro de atribuições e
previdenciários do RPPS e para o custeio da taxa de atividades compatíveis com a limitação que tenha
administração destinada à manutenção do regime, sofrido, respeitada a habilitação exigida, será
respeitado o disposto no art. 6º, da Lei Federal nº 9.717, aposentado por invalidez.
de 27 de Novembro de 1998.
§ 1º Os proventos da aposentadoria por invalidez serão
§ 1º O valor anual da taxa de administração será de 2% proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se
(dois por cento) do valor total da remuneração de decorrentes de acidente em serviço, moléstia profissional
proventos e pensões pagos aos segurados e ou doença grave, contagiosa ou incurável, hipóteses em
dependentes do RPPS no exercício financeiro anterior, e que os proventos serão integrais, observado, quanto ao
será destinada exclusivamente ao custeio das despesas seu cálculo, o disposto no art. 58.
correntes e de capital necessárias à organização e ao
funcionamento do RPPS. § 2º A aposentadoria por invalidez será concedida com
base na legislação vigente na data em que o laudo
§ 2º O RPPS poderá constituir reserva com as sobras do médico pericial definir como início da incapacidade total
custeio das despesas do exercício, cujos valores serão e definitiva para o trabalho, assegurada ao servidor a
utilizados para os fins a que se destina a taxa de opção prevista no art. 66 desta Lei.
administração.
§ 3º O pagamento do benefício de aposentadoria por
§ 3º O descumprimento dos critérios fixados neste artigo invalidez decorrente de doença mental somente será
para a taxa de administração do RPPS representará feito ao curador do segurado, condicionado à
utilização indevida dos recursos previdenciários. apresentação do termo de curatela, ainda que provisório.

§ 4º O pagamento da taxa de administração referida no § § 4º O segurado aposentado por invalidez permanente e


1º deste artigo, deverá ser efetuado ao Regime Próprio o dependente inválido deverão, sob pena de suspensão
de Previdência Social, pelos Poderes Executivo e do benefício, submeter-se a exames médicos-periciais a
Legislativo, suas autarquias e fundações, até o décimo realizarem-se anualmente, nos primeiros cinco (05) anos,
dia do mês seguinte àquele a que as contribuições se a partir da data da concessão do benefício, a cargo do
referirem. órgão competente, mediante convocação.

§ 5º Quando a reserva constituída importar em valor § 5º O não comparecimento do segurado no prazo


superior a 50% (cinquenta por cento) do valor a ser designado para a realização da perícia médica implicará
recebido a título de taxa de administração no exercício, na suspensão do pagamento do benefício.
poderá, mediante autorização do Conselho de
Administração, ser realizado aporte do saldo da reserva § 6º O aposentado que voltar a exercer atividade laboral
constituída no fundo previdenciário. (Redação acrescida terá a aposentadoria por invalidez permanente cessada,

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a partir da data do retorno, inclusive em caso de hepatopatia grave, e contaminação por radiação, com
exercício de cargo eletivo. base em conclusão da medicina especializada.

§ 7º Acidente em serviço é aquele ocorrido no exercício SEÇÃO II


do cargo, que se relacione, direta ou indiretamente, com DA APOSENTADORIA COMPULSÓRIA
as atribuições deste, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a perda ou redução, Art. 27 O servidor, homem ou mulher, será aposentado
permanente ou temporária, da capacidade para o compulsoriamente aos setenta anos de idade, com
trabalho. proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
calculados na forma estabelecida no Art. 58 observado
§ 8º Equiparam-se ao acidente em serviço, para os ainda o disposto no art. 70.
efeitos desta Lei:
Parágrafo Único. A aposentadoria será declarada por ato
I - o acidente ligado ao serviço que, embora não tenha da autoridade competente, com vigência a partir do dia
sido a causa única, haja contribuído diretamente para a em que o servidor atingir a idade-limite de permanência
redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou no serviço, assegurada a opção prevista no art. 66 desta
produzido lesão que exija atenção médica para a sua Lei.
recuperação;
SEÇÃO III
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário DA APOSENTADORIA POR IDADE E TEMPO DE
do trabalho, em conseqüência de: CONTRIBUIÇÃO

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado Art. 28 O servidor fará jus à aposentadoria voluntária por
por terceiro ou colega de serviço; idade e tempo de contribuição com proventos calculados
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por na forma prevista no art. 58, desde que preencha,
motivo de disputa relacionada ao serviço; cumulativamente, os seguintes requisitos:
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de
terceiro ou de companheiro de serviço; I - tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no
d) ato de pessoa privada do uso da razão, e; serviço público na União, nos Estados, no Distrito
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos Federal ou nos Municípios;
fortuitos ou decorrentes de força maior.
II - tempo mínimo de cinco anos de efetivo exercício no
III - a doença proveniente de contaminação acidental do cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, e;
servidor no exercício do cargo, e;
III - sessenta anos de idade e trinta e cinco anos de
IV - o acidente sofrido pelo servidor, ainda que fora do tempo de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco
local e horário de serviço: anos de idade e trinta anos de tempo de contribuição, se
mulher.
a) na execução de ordem ou na realização de serviço
relacionado ao cargo; SEÇÃO IV
b) na prestação espontânea de qualquer serviço ao DA APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA POR IDADE
Município para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito; Art. 29 O servidor fará jus à aposentadoria voluntária por
c) em viagem a serviço, inclusive para estudo quando idade, com proventos proporcionais ao tempo de
financiada pelo Município, dentro de seus planos para contribuição, calculados na forma prevista no art. 58,
melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente desde que preencha, cumulativamente, os seguintes
do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de requisitos:
propriedade do servidor, e;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou I - tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no
deste para aquela, qualquer que seja o meio de serviço público na União, nos estados, no Distrito
locomoção, inclusive veículo de propriedade do servidor. Federal ou nos Municípios;

§ 9º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou II - tempo mínimo de cinco anos de efetivo exercício no
por ocasião da satisfação de outras necessidades cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, e;
fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o
servidor é considerado no exercício do cargo. III - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e
sessenta anos de idade, se mulher.
§ 10. Consideram-se doenças graves, contagiosas ou
incuráveis, a que se refere o parágrafo primeiro, as Parágrafo Único. Conforme critérios estabelecidos em
seguintes: tuberculose ativa; hanseníase; alienação Lei específica, os proventos de aposentadoria por idade
mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversível concedidos de acordo com este artigo serão reajustados
e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson; para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real.
espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado
avançado da doença de Paget (osteíte deformante); SEÇÃO V
síndrome da deficiência imunológica adquirida - Aids; DA APOSENTADORIA ESPECIAL DE PROFESSOR

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Art. 30 O professor que comprove, exclusivamente, DO SALÁRIO-MATERNIDADE
tempo de efetivo exercício das funções de magistério na
educação infantil, no ensino fundamental e médio, Art. 33 Será devido salário-maternidade à segurada
quando da aposentadoria prevista no art. 28, terá os gestante, por 120 (cento e vinte dias consecutivos, com
requisitos de idade e de tempo de contribuição reduzidos início entre vinte e oito dias antes do parto e a data de
em cinco anos. ocorrência deste.

Parágrafo Único. São consideradas funções de § 1º O salário-maternidade consistirá numa renda


magistério as exercidas por professores no desempenho mensal igual à última remuneração da segurada.
de atividades educativas, quando exercidas em
estabelecimento de educação básica, formada pela § 2º A remuneração a ser considerada para efeito do
educação infantil, ensino fundamental e médio, em seus parágrafo anterior é aquela composta pelas parcelas
diversos níveis e modalidades, incluídas, além do permanentes, assim definidas pela Lei local, na data da
exercício de docência, as de direção de unidade escolar concessão do benefício.
e as de coordenação e assessoramento pedagógico.
§ 3º Em caso de aborto não criminoso, comprovado
SEÇÃO VI mediante atestado médico, a segurada terá direito ao
DO AUXÍLIO-DOENÇA salário-maternidade correspondente a duas semanas.

Art. 31 O auxílio-doença será devido ao servidor que § 4º O salário-maternidade não poderá ser acumulado
ficar incapacitado para o trabalho por mais de quinze com benefício por incapacidade.
(15) dias consecutivos, e consistirá numa renda mensal
correspondente a remuneração do cargo efetivo, Art. 34 À segurada que adotar, ou obtiver guarda judicial
conforme estabelecido no Art. 16 desta Lei. para fins de adoção de criança, é devido salário-
maternidade pelos seguintes períodos:
§ 1º O auxílio-doença será concedido, a pedido ou de
ofício, com base em exame médico-pericial que definirá I - 120 (cento e vinte) dias, se a criança tiver até 1 (um)
o prazo de afastamento. ano de idade;

§ 2º Findo o prazo do benefício, o segurado será II - 60 (sessenta) dias, se a criança tiver entre 1 (um) e 4
submetido a novo exame pericial, que concluirá pela (quatro) anos de idade;
volta ao serviço, pela prorrogação do auxílio-doença,
pela readaptação ou pela aposentadoria por invalidez. III - 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 4 (quatro) a 8
(oito) anos de idade.
§ 3º Nos primeiros quinze dias consecutivos de
afastamento do segurado por motivo de doença, é SEÇÃO VIII
responsabilidade dos Poderes Executivo e Legislativo, DO SALÁRIO-FAMÍLIA
suas autarquias e fundações o pagamento da sua
remuneração. Art. 35 Será devido o salário-família, em cotas mensais,
ao segurado ativo ou inativo, que tenha renda bruta
§ 4º Se concedido novo benefício decorrente da mesma mensal igual ou inferior à fixada pela legislação federal
doença dentro dos sessenta dias seguintes à cessação para a concessão do mesmo benefício pelo Regime
do benefício anterior, este será prorrogado, ficando os Geral de Previdência Social, na proporção do número de
Poderes Executivo e Legislativo, suas autarquias e filhos e equiparados, nos termos do § 3º do art. 8º, de
fundações, desobrigados do pagamento relativo aos até quatorze anos ou inválidos.
primeiros quinze dias.
§ 1º A invalidez do filho ou equiparado maior de quatorze
Art. 32 O segurado em gozo de auxílio-doença, anos de idade deve ser comprovada por laudo médico
insusceptível de readaptação para exercício do seu pericial.
cargo, ou em outro de atribuições e atividades
compatíveis com a limitação que tenha sofrido, § 2º Para aferir a renda bruta mensal do segurado em
respeitada a habilitação exigida, será aposentado por acúmulo constitucional de cargos, deverá ser somada a
invalidez. remuneração percebida em cada um deles.

§ 1º Em caso de acúmulo de cargos, o servidor será § 3º O valor da cota do salário família será em valor igual
afastado em relação à atividade para a qual estiver ao fixado pela legislação federal para os segurados do
incapacitado, devendo a perícia médica ser conhecedora Regime Geral de Previdência Social, corrigidos pelos
de todas as atividades e cargos que o servidor estiver mesmos índices aplicados aos benefícios do RGPS.
exercendo.
Art. 36 Quando pai e mãe forem segurados do RPPS,
§ 2º Se nos cargos acumulados o servidor exercer a ambos terão direito ao salário-família.
mesma atividade, deverá ser afastado de todos, com
base em laudo médico pericial. Parágrafo Único. Em caso de divórcio, separação judicial
ou de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente
SEÇÃO VII caracterizado ou perda do poder familiar, o salário-

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família passará a ser pago diretamente àquele a cujo acrescida de setenta por cento da parcela excedente a
cargo ficar o sustento do menor. este limite, se o falecimento ocorrer quando o servidor
ainda estiver em atividade.
Art. 37 O pagamento do salário-família ficará
condicionado à apresentação da certidão de nascimento § 1º Na hipótese de cálculo de pensão oriunda de
do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou falecimento de servidor em atividade, é vedada a
ao inválido, e à apresentação anual de atestado de inclusão de parcelas remuneratórias pagas em
vacinação obrigatória e de comprovação de frequência à decorrência de local de trabalho, de função de confiança,
escola do filho ou equiparado. de cargo em comissão, de outras parcelas de natureza
temporária, ou de abono de permanência de que trata o
§ 1º A documentação referida no caput deste artigo, art. 57, bem como a incorporação de tais parcelas
deverá ser apresentada anualmente de 01 a 30 de Abril. diretamente no valor da pensão ou na remuneração,
apenas para efeito de concessão do benefício.
§ 2º A não apresentação anual de atestado de vacinação
obrigatória e de comprovação de freqüência à escola do § 2º O direito à pensão configura-se na data da morte do
filho ou equiparado no prazo constante no parágrafo segurado, sendo o benefício concedido com base na
anterior, implicará na suspensão do benefício, até que a legislação vigente na data do óbito, vedado o recálculo
documentação seja apresentada. em razão do reajustamento do limite máximo dos
benefícios do RGPS.
§ 3º Não será devido o salário família no período entre a
suspensão do benefício motivada pela falta de § 3º Em caso de falecimento de segurado em exercício
comprovação da frequência escolar e a sua reativação, de cargos acumuláveis ou que acumulava proventos ou
salvo se comprovada a frequência escolar regular no remuneração com proventos decorrentes de cargos
período. acumuláveis, o cálculo da pensão será feito
separadamente, por cargo ou provento, conforme incisos
§ 4º O direito ao salário-família cessa: I e II do caput deste artigo.

I - por morte do filho ou equiparado, a contar do mês § 4º Será concedida pensão provisória nos seguintes
seguinte ao do óbito; casos:

II - quando o filho ou equiparado completar quatorze I - por ausência de segurado declarada em sentença, e;
anos de idade, salvo se inválido, a contar do mês
seguinte ao da data de aniversário; II - por morte presumida do segurado decorrente do seu
desaparecimento em acidente, desastre ou catástrofe.
III - pela recuperação da capacidade do filho ou
equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da § 5º A pensão provisória será transformada em definitiva
cessação da incapacidade, ou; quando declarado o óbito do segurado ausente ou
daquele cuja morte era presumida, e será cessada na
IV - pela exoneração, demissão ou falecimento do hipótese do eventual reaparecimento do segurado,
servidor. ficando os dependentes desobrigados da reposição dos
valores recebidos, salvo má-fé.
Art. 38 As cotas de salário família não serão
incorporadas, para qualquer efeito, à remuneração ou ao Art. 40 A pensão por morte será devida aos
benefício. dependentes a contar da data:

SEÇÃO IX I - do óbito, quando requerida até 30 (trinta) dias depois


DA PENSÃO POR MORTE deste;

Art. 39 A pensão por morte será devida ao conjunto dos II - do requerimento, quando requerida após o prazo
dependentes do segurado, definidos no art. 8º, quando previsto no inciso anterior;
do seu falecimento e constituirá numa renda mensal
correspondente à: III - da decisão judicial, no caso de declaração de
ausência;
I - totalidade dos proventos percebidos pelo aposentado
na data anterior à do óbito, até o limite máximo IV - da ocorrência do desaparecimento do segurado por
estabelecido para os benefícios do RGPS, acrescida de motivo de acidente, desastre ou catástrofe, mediante
setenta por cento da parcela excedente a este limite, ou; prova idônea.

II - totalidade da remuneração do servidor no cargo Art. 41 A pensão será rateada entre todos os
efetivo na data anterior a do óbito, constituída pelos dependentes em partes iguais e não será protelada pela
vencimentos e pelas vantagens pecuniárias falta de habilitação de outro possível dependente.
permanentes do respectivo cargo estabelecidas em lei
municipal, acrescidos dos adicionais de caráter individual § 1º O cônjuge ausente não excluí do direito à pensão
e das vantagens pessoais permanentes, até o valor do por morte o companheiro ou a companheira, que
limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, somente fará jus ao benefício mediante prova de

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dependência econômica. perceba remuneração dos cofres públicos, nem esteja
em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria, desde
§ 2º A habilitação posterior que importe inclusão ou que a última remuneração ou subsídio do cargo efetivo
exclusão de dependentes só produzirá efeitos a contar seja igual ou inferior ao valor limite definido no âmbito do
da data da inscrição ou habilitação. RGPS.

Art. 42 O beneficiário da pensão provisória de que trata § 1º O auxílio-reclusão consistirá numa importância
o § 4º do art. 26, deverá anualmente declarar que o mensal correspondente à última remuneração ou
segurado permanece desaparecido, ficando obrigado a subsídio do cargo efetivo do servidor recluso, observado
comunicar imediatamente ao Município o reaparecimento o limite definido como de baixa renda.
deste, sob pena de ser responsabilizado civil e
penalmente pelo ilícito. § 2º O valor limite referido no caput será corrigido pelos
mesmos índices aplicados aos benefícios do RGPS.
Art. 43 A pensão poderá ser requerida a qualquer
tempo, observadas as disposições dos artigos 40 e 67. § 3º O benefício de auxílio-reclusão será devido aos
dependentes do servidor recluso a partir da data em que
Art. 44 Será admitido o recebimento, pelo dependente, o segurado preso deixar de receber remuneração
de até 02 (duas) pensões no âmbito do RPPS, vedada a decorrente do seu cargo, e será pago enquanto o
acumulação de pensão deixada por cônjuge, servidor for titular do respectivo cargo efetivo.
companheiro ou companheira, ressalvado o direito de
opção pela mais vantajosa. § 4º O auxílio-reclusão será rateado em cotas-partes
iguais entre os dependentes do segurado.
Art. 45 A condição legal de dependente, para fins desta
Lei, é aquela verificada na data do óbito do segurado, § 5º Na hipótese de fuga do segurado, o benefício será
observados os critérios de comprovação de dependência restabelecido a partir da data da recaptura ou da
econômica. reapresentação à prisão, nada sendo devido aos seus
dependentes enquanto estiver o segurado evadido e
Parágrafo Único. A invalidez ou alteração de condições durante o período da fuga.
quanto ao dependente, supervenientes à morte do
segurado, não darão origem a qualquer direito à pensão. § 6º Para a instrução do processo de concessão deste
benefício, além da documentação que comprovar a
Art. 46 Não terá direito à pensão o cônjuge que, ao condição de segurado e de dependentes, serão exigidos:
tempo do falecimento do segurado, estiver dele
divorciado ou separado judicialmente. I - documento que certifique o não pagamento da
remuneração ao segurado pelos cofres públicos, em
Parágrafo Único. Não perderá o direito à pensão o razão da prisão, e;
cônjuge que, em virtude do divórcio ou separação judicial
ou de fato, recebia pensão de alimentos. II - certidão emitida pela autoridade competente sobre o
efetivo recolhimento do segurado à prisão e o respectivo
Art. 47 A pensão devida à dependente incapaz, por regime de cumprimento da pena, sendo tal documento
motivo de alienação mental comprovada, será paga ao renovado trimestralmente.
curador judicialmente designado.
§ 7º Caso o segurado venha a ser ressarcido com o
Art. 48 O pagamento da cota individual da pensão por pagamento da remuneração correspondente ao período
morte cessa: em que esteve preso, e seus dependentes tenham
recebido auxílio-reclusão, o valor correspondente ao
I - pela morte do pensionista; período de gozo do benefício deverá ser restituído ao
RPPS pelo segurado ou por seus dependentes,
II - para o dependente menor de idade, ao completar aplicando-se os juros e índices de atualização até a
vinte e um anos, salvo se for inválido, ou pela efetiva devolução.
emancipação, ainda que inválido, exceto, neste caso, se
a emancipação for decorrente de colação de grau § 8º Aplicar-se-ão ao auxílio-reclusão, no que couberem,
científico em curso de ensino superior, ou; as disposições atinentes à pensão por morte.

III - pela cessação da invalidez, confirmada por laudo § 9º Se o segurado preso vier a falecer na prisão, o
médico pericial. benefício de auxílio-reclusão será convertido em pensão
por morte.
Art. 49 Com a extinção da cota do último pensionista, a
pensão por morte era encerrada. Capítulo V
DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO
SEÇÃO X
DO AUXÍLIO-RECLUSÃO Art. 51 O 13o (décimo terceiro) salário, também
denominado de Gratificação Natalina, será devido ao
Art. 50 O auxílio-reclusão será concedido aos segurado ou dependente que, durante o ano, tiver
dependentes do servidor recolhido à prisão que não recebido proventos de aposentadoria, pensão por morte,

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auxílio-reclusão, salário-maternidade ou auxílio-doença, previsto no § 9º do mesmo artigo.
pagos pelo RPPS.
§ 4º O segurado professor, de qualquer nível de ensino,
Parágrafo Único. O décimo terceiro de que trata o caput que, até a data de publicação da Emenda Constitucional
será proporcional em cada ano ao número de meses de no 20, tenha ingressado, regularmente, em cargo efetivo
benefício pago pelo RPPS, onde cada mês de magistério na União, Estados, Distrito Federal ou
corresponderá a um doze avos, e terá por base o valor Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, e que
do benefício do mês de dezembro, exceto quando o opte por aposentar-se na forma do disposto no caput,
benefício encerrar-se antes deste mês, quando o valor terá o tempo de serviço exercido até a publicação
será o do mês da cessação. daquela Emenda contado com o acréscimo de dezessete
por cento, se homem, e de vinte por cento, se mulher,
Capítulo V desde que se aposente, exclusivamente, com tempo de
DAS REGRAS DE TRANSIÇÃO PARA CONCESSÃO efetivo exercício nas funções de magistério, observado o
DE APOSENTADORIA disposto nos §§ 1º, 2º e 3o.

Art. 52 Ao servidor que tenha ingressado por concurso § 5º As aposentadorias concedidas conforme este artigo
público de provas ou de provas e títulos em cargo efetivo serão reajustadas de acordo com o disposto no art. 59.
na administração pública direta, autárquica fundacional
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Art. 53 Ressalvado o direito de opção à aposentadoria
Municípios, até 16 de Dezembro de 1998, é facultado pelas normas estabelecidas nos art. 28 ou pelas regras
aposentar-se com proventos calculados de acordo com o estabelecidas pelo art. 52, o segurado do RPPS que tiver
art. 58, quando o servidor cumulativamente: ingressado no serviço público na administração pública
direta, autárquica e fundacional da União, Estados,
I - tiver cinquenta e três anos de idade, se homem, e Distrito Federal e Municípios, até 31 de Dezembro de
quarenta e oito anos de idade, se mulher; 2003, poderá aposentar-se com proventos integrais, que
corresponderão à totalidade da remuneração do servidor
II - tiver cinco anos de efetivo exercício no cargo em que no cargo efetivo em que se der a aposentadoria quando,
se der a aposentadoria; observadas as reduções de idade e tempo de
contribuição contidas no art. 30, vier a preencher,
III - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à cumulativamente, as seguintes condições:
soma de:
I - sessenta anos de idade, se homem, e cinquenta e
a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se cinco anos de idade, se mulher;
mulher, e;
b) um período adicional de contribuição equivalente a II - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta
vinte por cento (20 %) do tempo que, na data prevista no anos de contribuição, se mulher;
caput, faltava para atingir o limite de tempo constante na
alínea "a". III - vinte anos de efetivo exercício no serviço público
federal, estadual, distrital ou municipal;
§ 1º O servidor de que trata este artigo, que cumprir as
exigências para aposentadoria na forma do caput, terá IV - dez anos de carreira e cinco anos de efetivo
os seus proventos de inatividade reduzidos para cada exercício no cargo em que se der a aposentadoria.
ano antecipado em relação aos limites de idade
estabelecidos no inciso, III, do art. 28, observado o art. Parágrafo Único. Os proventos das aposentadorias
30, na seguinte proporção: concedidas conforme este artigo serão revistos na
mesma proporção e na mesma data, sempre que se
I - três inteiros e cinco décimos por cento (3,5 %), para modificar a remuneração dos servidores em atividade,
aquele que tiver completado as exigências para observado o disposto no art. 37, XI, da Constituição
aposentadoria na forma do caput, até 31 de Dezembro Federal, sendo também estendidos aos aposentados
de 2005, independentemente de a concessão do quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente
benefício ocorrer em data posterior àquela, ou; concedidas aos servidores em atividade, inclusive
quando decorrentes da transformação ou reclassificação
II - cinco por cento (5 %), para aquele que completar as do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.
exigências para aposentadoria na forma do caput, a
partir de 1º de Janeiro de 2006. Art. 54 Ressalvado o direito de opção à aposentadoria
pelas normas estabelecidas nos art. 28 e 30, ou pelas
§ 2º O número de anos antecipados para cálculo da regras estabelecidas nos artigos 52 e 53 desta Lei, o
redução de que trata o § 1º será verificado no momento servidor, que tiver ingressado no serviço público da
da concessão do beneficio. União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
incluídas suas autarquias e fundações, até 16 de
§ 3º Os percentuais de redução de que tratam os incisos Dezembro de 1998, poderá aposentar-se com proventos
I e II do § 1º serão aplicados sobre o valor do benefício integrais, desde que preencha, cumulativamente, as
inicial, calculado pela média das contribuições segundo o seguintes condições:
art. 58, verificando-se previamente a observância ao
limite da remuneração do servidor no cargo efetivo, I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, trinta

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anos de contribuição, se mulher; posteriormente concedidos aos servidores em atividade,
inclusive quando decorrentes da transformação ou
II - vinte e cinco anos de efetivo exercício no serviço reclassificação do cargo ou função em que se deu a
público federal, estadual, distrital ou municipal, quinze aposentadoria ou que serviu de referência para a
anos de carreira e cinco anos no cargo em que se der a concessão da pensão.
aposentadoria;
Capítulo VII
III - idade mínima resultante da redução, relativamente DO ABONO DE PERMANÊNCIA
aos limites de idade do art. 28, III, de um ano de idade
para cada ano de contribuição que exceder a condição Art. 57 O servidor titular de cargo efetivo que tenha
prevista no inciso I do caput deste artigo. completado as exigências para aposentadoria voluntária
estabelecidas nos artigos 28 e 52 e que opte por
§ 1º Na aplicação dos limites de idade previsto no inciso permanecer em atividade, fará jus a um abono de
II do caput, não se aplica a redução prevista no art. 30, permanência equivalente ao valor da sua contribuição
relativa ao professor. previdenciária até completar as exigências para
aposentadoria compulsória contidas no art. 27.
§ 2º Aplica-se ao valor dos proventos de aposentadorias
concedidas com base neste artigo o disposto no art. 56, § 1º O abono previsto no caput será concedido, nas
observando-se igual critério de revisão às pensões mesmas condições, ao servidor que, até 31 de
derivadas dos proventos de servidores falecidos que Dezembro de 2003, tenha cumprido todos os requisitos
tenham se aposentado em conformidade com este para obtenção da aposentadoria voluntária, com
artigo. proventos integrais ou proporcionais, com base nos
critérios da legislação então vigente, como previsto no
Art. 55 É assegurada a concessão de aposentadoria e art. 55, desde que conte com, no mínimo, vinte e cinco
pensão, a qualquer tempo, aos segurados e seus anos de contribuição, se mulher, ou trinta anos, se
dependentes que, até 31 de dezembro de 2003, tenham homem.
cumprido os requisitos para a obtenção destes
benefícios, com base nos critérios da legislação então § 2º O recebimento do abono de permanência pelo
vigente, observado o disposto no inciso XI da servidor que cumpriu todos os requisitos para obtenção
Constituição Federal. da aposentadoria voluntária, com proventos integrais ou
proporcionais, em qualquer das hipóteses previstas nos
§ 1º Os proventos da aposentadoria a ser concedida aos artigos 28, 52 e 55, conforme previsto no caput e § 1º,
segurados referidos no caput, em termos integrais ou não constitui impedimento à concessão de benefício de
proporcionais ao tempo de contribuição já exercido até acordo com outra regra vigente, inclusive as previstas
31 de dezembro de 2003, bem como as pensões de nos artigos 53 e 54, desde que cumpridos os requisitos
seus dependentes, serão calculados de acordo com a previstos para essas hipóteses, garantida ao servidor a
legislação em vigor à época em que foram atendidas as opção pela mais vantajosa.
prescrições nela estabelecidas para a concessão desses
benefícios ou nas condições da legislação vigente, § 3º O valor do abono de permanência será equivalente
conforme opção do segurado. ao valor da contribuição efetivamente descontada do
servidor, ou recolhida por este, relativamente a cada
§ 2º No cálculo do benefício concedido de acordo com a competência.
legislação em vigor à época da aquisição do direito, será
utilizada a remuneração do servidor no cargo efetivo no § 4º O pagamento do abono de permanência é de
momento da concessão da aposentadoria. responsabilidade do Município e será devido a partir do
cumprimento dos requisitos para obtenção do benefício
§ 3º Em caso de utilização de direito adquirido à conforme disposto no caput e § 1º, mediante opção
aposentadoria com proventos proporcionais, considerar- expressa do servidor pela permanência em atividade.
se-á o tempo de contribuição cumprido até 31 de
Dezembro de 2003, observando-se que o cômputo de § 5º Cessará o direito ao pagamento do abono de
tempo de contribuição posterior a essa data, somente permanência quando da concessão do benefício de
será admitido para fins de cumprimento dos requisitos aposentadoria ao servidor titular do cargo efetivo.
exigidos para outra regra vigente de aposentadoria, com
proventos integrais ou proporcionais. Capítulo VIII
DAS REGRAS DE CÁLCULO DOS PROVENTOS E
Art. 56 Observado o disposto no art. 37, XI, da REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS
Constituição Federal, os proventos de aposentadoria dos
segurados do RPPS e as pensões de seus dependentes, Art. 58 No cálculo dos proventos das aposentadorias
em fruição em 31 de Dezembro de 2003, bem como os referidas nos artigos 26, 27, 28, 29, 30 e 52, concedidas
proventos de aposentadoria dos servidores e as pensões a partir de 20 de Fevereiro de 2004, será considerada a
dos dependentes abrangidos pelo art. 55 serão revistos média aritmética simples das maiores remunerações
na mesma proporção e na mesma data, sempre que se utilizadas como base para as contribuições do servidor
modificar a remuneração dos servidores em atividade, aos regimes de previdência a que esteve vinculado,
sendo também estendidos aos aposentados e correspondentes a oitenta por cento de todo o período
pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens contributivo desde a competência Julho de 1994 ou

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desde a do início da contribuição, se posterior àquela § 10. Considera-se remuneração do cargo efetivo o valor
competência. constituído pelos vencimentos e vantagens pecuniárias
permanentes do respectivo cargo, estabelecidas em lei,
§ 1º As remunerações consideradas no cálculo do valor acrescido dos adicionais de caráter individual e das
inicial dos proventos terão os seus valores atualizados, vantagens pessoais permanentes.
mês a mês, de acordo com a variação integral do índice
fixado para a atualização dos salários-de-contribuição, § 11. Para o cálculo do valor inicial dos proventos
considerados no cálculo dos benefícios do RGPS, proporcionais ao tempo de contribuição, será utilizada
conforme portaria editada mensalmente pelo Ministério fração cujo numerador será o total desse tempo e o
da Previdência Social - MPS. denominador, o tempo necessário à respectiva
aposentadoria voluntária com proventos integrais,
§ 2º Nas competências a partir de Julho de 1994, em que conforme inciso III do art. 28, não se aplicando a redução
não tenha havido contribuição do servidor vinculado a no tempo de idade e contribuição de que trata o art. 30,
regime próprio, a base de cálculo dos proventos será a relativa à aposentadoria especial do professor.
remuneração do servidor no cargo efetivo, inclusive nos
períodos em que houve isenção de contribuição ou § 12. A fração de que trata o § 11 será aplicada sobre o
afastamento do cargo, desde que o respectivo valor dos proventos calculado conforme o caput deste
afastamento seja considerado como de efetivo exercício. artigo, observando-se previamente a aplicação do limite
de que trata o § 9o.
§ 3º Na ausência de contribuição do servidor não titular
de cargo efetivo vinculado a regime próprio até § 13. Os períodos de tempo utilizados no cálculo previsto
Dezembro de 1998, será considerada a sua neste artigo serão considerados em número de dias.
remuneração no cargo ocupado no período
correspondente. Art. 59 Os benefícios de aposentadoria e pensão, de
que tratam os artigos 26, 27, 28, 29, 39 e 52, serão
§ 4º Os valores das remunerações a serem utilizadas no reajustados, para preservar-lhes, em caráter
cálculo de que trata este artigo serão comprovados permanente, o valor real, nas mesmas datas e índices
mediante documento fornecido pelos órgãos e entidades utilizados para fins de reajustes dos benefícios do RGPS,
gestoras dos regimes de previdência aos quais o aplicado de forma proporcional entre a data da
servidor esteve vinculado ou por outro documento concessão e a do primeiro reajustamento.
público, de acordo com as normas emanadas pelo MPS.
Capítulo IX
§ 5º Para os fins deste artigo, as remunerações DAS DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE OS BENEFÍCIOS
consideradas no cálculo da média da aposentadoria,
depois de atualizadas na forma do § 1º, não poderão ser: Art. 60 É vedada a inclusão nos benefícios, para efeito
de percepção destes, de parcelas remuneratórias pagas
I - inferiores ao valor do salário mínimo; em decorrência de local de trabalho, de função de
confiança, de cargo em comissão, de outras parcelas
II - superiores ao limite máximo do salário-de- temporárias de remuneração ou do abono de
contribuição, quanto aos meses em que o servidor permanência de que trata o art. 57.
esteve vinculado ao RGPS.
Parágrafo Único. O disposto no caput não se aplica às
§ 6º As maiores remunerações de que trata o caput parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local
serão definidas depois da aplicação dos fatores de de trabalho, de função de confiança, de cargo em
atualização e da observância, mês a mês, dos limites comissão que tiverem integrado a remuneração de
estabelecidos no § 5º. contribuição do servidor que se aposentar com proventos
calculados conforme art. 58 respeitado, em qualquer
§ 7º Na determinação do número de competências hipótese, como limite, a remuneração do servidor no
correspondentes a oitenta por cento (80 %) de todo o cargo efetivo.
período contributivo de que trata o caput, desprezar-se-á
a parte decimal. Art. 61 Ressalvado o disposto nos artigos 26 e 27, a
aposentadoria vigorará a partir da ata da publicação do
§ 8º Se a partir de Julho de 1994 houver lacunas no respectivo ato.
período contributivo do segurado por não vinculação a
regime previdenciário, decorrente de ausência de Art. 62 A vedação prevista no § 10 do art. 37, da
prestação de serviço ou de contribuição, esse período Constituição Federal, não se aplica aos membros de
será desprezado do cálculo de que trata este artigo. poder e aos inativos, servidores e militares, que, até 16
de dezembro de 1998, tenham ingressado novamente no
§ 9º O valor inicial dos proventos, calculado de acordo serviço público por concurso público de provas ou de
com o caput, por ocasião de sua concessão, não poderá provas e títulos, e pelas demais formas previstas na
exceder a remuneração do respectivo servidor no cargo Constituição Federal, sendo-lhes proibida a percepção
efetivo em que se deu a aposentadoria, sendo vedada a de mais de uma aposentadoria pelo regime de
inclusão de parcelas temporárias conforme previsto no previdência a que se refere o art. 40 da Constituição
art. 60. Federal, aplicando-lhes, em qualquer hipótese, o limite
de que trata o § 11 deste mesmo artigo.

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segurados e aos dependentes:
Parágrafo Único. Aos segurados de que trata este artigo
é resguardado o direito de opção pela aposentadoria I - a contribuição prevista no inciso I e II do art. 12;
mais vantajosa.
II - o valor devido pelo beneficiário ao Município;
Art. 63 Para fins de concessão de aposentadoria pelo
RPPS é vedada a contagem de tempo de contribuição III - o valor da restituição do que tiver sido pago
fictício. indevidamente pelo RPPS;

Art. 64 Será computado, integralmente, o tempo de IV - o imposto de renda retido na fonte;


contribuição no serviço público federal, estadual, distrital
e municipal, prestado sob a égide de qualquer regime V - a pensão de alimentos prevista em decisão judicial, e;
jurídico, bem como o tempo de contribuição junto ao
RGPS. VI - as contribuições associativas ou sindicais
autorizadas pelos beneficiários.
Art. 65 Ressalvadas as aposentadorias decorrentes de
cargos acumuláveis na forma da Constituição Federal, Art. 70 Salvo em caso de rateio entre os dependentes do
será vedada a percepção de mais de uma aposentadoria segurado e nas hipóteses dos artigos 35 e 51, nenhum
por conta do RPPS. benefício previsto nesta Lei terá valor inferior ao do
salário mínimo.
Parágrafo Único. O servidor inativo, para ser investido
em cargo público efetivo não acumulável com aquele Art. 71 A concessão de benefícios previdenciários pelo
que gerou a aposentadoria, deverá renunciar aos RPPS independe de carência, ressalvada a observância
proventos dessa. de cumprimento dos prazos mínimos previstos nos
artigos 28, 29, 30, 52, 53 e 54 para concessão de
Art. 66 Na ocorrência das hipóteses previstas para a aposentadoria.
concessão de aposentadoria compulsória ou por
invalidez a segurado que tenha cumprido os requisitos Parágrafo Único. Para efeito do cumprimento dos
legais para concessão de aposentadoria voluntária em requisitos de concessão das aposentadorias
qualquer regra, o RPPS deverá facultar que, antes da mencionadas no caput, o tempo de efetivo exercício no
concessão da aposentadoria de ofício, o servidor, ou seu cargo em que se dará a aposentadoria deverá ser
representante legal, opte pela aposentadoria de acordo cumprido no cargo efetivo do qual o servidor seja titular
com a regra mais vantajosa. na data imediatamente anterior à concessão do
benefício.
Art. 67 Prescreve em cinco anos, a contar da data em
que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação do Art. 72 Concedida a aposentadoria ou a pensão, será o
beneficiário para haver prestações vencidas ou ato publicado e encaminhado pelo órgão concessor ao
quaisquer restituições ou diferenças devidas pelo RPPS, Tribunal de Contas para homologação.
salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na
forma do Código Civil. Parágrafo Único. Caso o ato de concessão não seja
aprovado pelo Tribunal de Contas, o processo do
Art. 68 Qualquer dos benefícios previstos nesta Lei será benefício será imediatamente revisto e promovidas às
pago diretamente ao beneficiário. medidas administrativas e jurídicas pertinentes.

§ 1º O disposto no caput não se aplica na ocorrência das Art. 73 É vedada a celebração de convênio, consórcio
seguintes hipóteses, devidamente comprovadas: ou outra forma de associação para a concessão dos
benefícios previdenciários de que trata esta Lei com a
I - ausência, na forma da lei civil; União, Estado, Distrito Federal ou outro Município.

II - moléstia contagiosa, ou; Capítulo X


DOS REGISTROS FINANCEIRO, CONTÁBIL E DAS
III - impossibilidade de locomoção. APLICAÇÕES FINANCEIRAS

§ 2º Na hipótese prevista no parágrafo anterior, o Art. 74 O RPPS observará as normas de contabilidade


benefício poderá ser pago a procurador legalmente específicas fixadas pelo órgão competente da União.
constituído, cujo mandato específico não exceda de seis
meses, renováveis. § 1º A escrituração contábil do RPPS será distinta da
mantida pelo tesouro municipal.
§ 3º O valor não recebido em vida pelo segurado será
pago somente aos seus dependentes habilitados à § 2º O Município e/ou o órgão gestor do RPPS, sujeita-
pensão por morte, ou, na falta deles, aos seus se às inspeções e auditorias de natureza atuarial,
sucessores, independentemente de inventário ou contábil, financeira, orçamentária e patrimonial dos
arrolamento, na forma da Lei. órgãos de controle interno e externo.

Art. 69 Serão descontados dos benefícios pagos aos Art. 75 O controle contábil do RPPS será realizado pelo

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Município e/ou pelo órgão gestor do RPPS, que deve administração do RPPS, Conselho de Administração e o
elaborar, com base em sua escrituração contábil e na Conselho Fiscal do RPPS, adotarão as medidas
forma fixada pelo Ministério da Previdência Social, necessárias para a imediata implantação das
demonstrações financeiras que expressem com clareza recomendações dele constantes.
a situação do patrimônio do respectivo regime e as
variações ocorridas no exercício, a saber: Art. 79 Será mantido registro individualizado dos
segurados do regime próprio que conterá as seguintes
I - balanço orçamentário; informações:

II - balanço financeiro; I - nome e demais dados pessoais, inclusive dos


dependentes;
III - balanço patrimonial, e;
II - matrícula e outros dados funcionais;
IV - demonstração das variações patrimoniais.
III - remuneração de contribuição, mês a mês;
§ 1º A escrituração obedecerá às normas e princípios
contábeis previstos na Lei nº 4.320, de 17 de Março de IV - valores mensais da contribuição do segurado, e;
1964 e alterações posteriores, e demais legislação.
V - valores mensais da contribuição do ente federativo.
§ 2º O Município e/ou o órgão de administração do
RPPS, adotará registros contábeis auxiliares para Parágrafo Único. Ao segurado e, na sua falta, aos
apuração de depreciações, de reavaliações dos direitos dependentes devidamente identificados, serão
e ativos, inclusive dos investimentos e da evolução das disponibilizadas as informações constantes de seu
reservas. registro individualizado.

§ 3º As demonstrações contábeis serão Art. 80 O Poder Executivo Municipal e/ou órgão gestor
complementadas por notas explicativas e outros quadros do RPPS, encaminhará ao Poder Legislativo, a cada
demonstrativos necessários ao minucioso semestre, relatórios contendo posições dos saldos e o
esclarecimento da situação patrimonial e dos detalhamento da receita e da despesa.
investimentos mantidos pelo RPPS.
Art. 81 Os Poderes Executivo e Legislativo, suas
Art. 76 O Município e/ou órgão gestor do RPPS, autarquias e fundações encaminharão mensalmente ao
encaminhará ao Ministério da Previdência Social, na órgão gestor do RPPS, relação nominal dos segurados e
forma e nos prazos definidos por este, os seguintes seus dependentes, valores de remunerações e
documentos: contribuições respectivas.

I - Demonstrativo Previdenciário do RPPS; Art. 82 O Município poderá, por lei específica de


iniciativa do Poder Executivo, instituir regime de
II - Comprovante do Repasse e Recolhimento ao RPPS previdência complementar ao RPPS para os seus
dos valores decorrentes das contribuições, aporte de servidores titulares de cargo efetivo, observado o
recursos e débitos de parcelamento, e; disposto no art. 202 da Constituição Federal, no que
couber, por intermédio de entidade fechada de
III - Demonstrativo de Investimentos e Disponibilidades previdência complementar, de natureza pública, que
Financeiras. oferecerá aos respectivos participantes planos de
benefícios somente na modalidade de contribuição
Parágrafo Único. O Município e/ou o órgão gestor do definida.
RPPS também deverá encaminhar ao Ministério da
Previdência, na forma e nos prazos definidos por este, os § 1º Somente após a aprovação da lei de que trata o
seguintes documentos: caput, o município poderá fixar, para o valor das
aposentadorias e pensões a ser concedidas pelo RPPS,
a) legislação do RPPS acompanhada do comprovante de o limite máximo estabelecido para os benefícios do
publicação e alterações; RGPS de que trata o art. 201 da Constituição Federal.
b) Demonstrativo de Resultado da Avaliação Atuarial -
DRAA; § 2º Somente mediante sua prévia e expressa opção, o
c) Demonstrativos Contábeis, e; disposto neste artigo poderá ser aplicado ao servidor que
d) Demonstrativo da Política de Investimentos. tiver ingressado no serviço público até a data da
publicação do ato de instituição do correspondente
Art. 77 Na avaliação atuarial anual serão observados as regime de previdência complementar.
normas gerais de atuária e os parâmetros discriminados
nas Portarias editadas pelo MPS. TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DA UNIDADE GESTORA
Art. 78 Os Poderes Executivo e Legislativo, as Capítulo I
autarquias e fundações públicas municipais deverão DA REESTRUTURAÇÃO DO INSTITUTO DE
acatar as orientações contidas no parecer técnico PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO
atuarial anual, e em conjunto com a Direção do órgão de MUNICÍPIO DE IJUÍ

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Art. 83 Fica reestruturado, o INSTITUTO DE SEÇÃO I
PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
MUNICÍPIO DE IJUÍ - PREVIJUÍ, criado pela Lei
Municipal nº 3.862, de 17 de Outubro de 2001, entidade Art. 85 Fica o Conselho de Administração, órgão de
fundacional com personalidade jurídica de direito público, deliberação colegiada, composto de 09 (nove) membros
integrante da administração indireta do Município, com titulares e respectivos suplentes, sendo observada a
autonomia administrativa e financeira, ao qual compete a seguinte representatividade:
administração, o gerenciamento, e a operacionalização
do RPPS, incluindo a arrecadação e gestão de recursos I - 04 (quatro) servidores segurados do RPPS,
e fundos previdenciários, homologação dos benefícios representantes do Poder Executivo;
de aposentadoria e pensão, o pagamento e a
manutenção dos benefícios de aposentadoria e pensão, II - no máximo 04 (quatro) servidores segurados do
observados os critérios estabelecidos nesta Lei, de forma RPPS, representantes dos servidores ativos, e;
a garantir o equilíbrio financeiro e atuarial do RPPS, em
conformidade com a avaliações atuariais realizadas em III - no mínimo 01 (um) representante dos servidores
cada exercício financeiro. inativos e pensionistas do RPPS, ficando assegurada a
participação dos mesmos nas seguintes condições:
§ 1º Os processos de benefício de aposentadoria e
pensão serão encaminhados ao PREVIJUÍ, pelos órgãos a) estar entre os 05 (cinco) candidatos mais votados;
centralizados de cada Poder, suas autarquias e b) não havendo candidato inativo ou pensionista entre os
entidades fundacionais, aos quais estão vinculados os 05 (cinco) mais votados, fica reservada a 5ª (quinta)
servidores, para análise criteriosa e posterior vaga para o candidato inativo ou pensionista com maior
homologação dos benefícios. número de votos;
c) não havendo candidatos inativos ou pensionistas
§ 2º No caso de não homologação dos processos eleitos, caberá ao chefe do Poder Executivo nomear
referidos no § 1º deste artigo, deverão ser dentre os 04 (quatro) membros indicados, pelo menos 01
acompanhados de relatório informando as razões. (um) representante dos inativos e pensionistas.

§ 3º A publicação dos atos de concessão dos benefícios § 1º Os representantes do Poder Executivo, inclusive os
de aposentadoria e pensão, somente ocorrerá após a suplentes, serão indicados pelo Prefeito Municipal, e os
homologação efetuada pelo Instituto de Previdência dos representantes dos servidores ativos, dos inativos e
Servidores Públicos do Município de Ijuí - PREVIJUÍ. pensionistas e seus suplentes, serão eleitos por
assembléia geral especialmente convocada para esse
Parágrafo Único. O Instituto de Previdência dos fim.
Servidores Públicos do Município de Ijuí - PREVIJUÍ, tem
sede e foro na cidade de Ijuí. § 2º Os segurados do RPPS eleitos e indicados para o
Conselho de Administração deverão ter a formação
Capítulo II mínima no Ensino Médio Completo.
DA ESTRUTURA DO PREVIJUÍ
§ 3º O mandato dos conselheiros representantes do
Art. 84 A estrutura técnico-administrativa do PREVIJUÍ Poder Executivo, terão um mandato de 03 (três) anos
compõe-se dos seguintes órgãos: ininterruptos ou intercalados, permitida uma recondução
após o término do primeiro mandato, devendo haver um
I - Conselho de Administração; intervalo de 03 (três) anos, para um novo mandato e a
respectiva recondução.
II - Diretoria Executiva;
§ 4º Os conselheiros representantes dos servidores
III - Conselho Fiscal. ativos, inativos e pensionistas, eleitos por assembléia
terão um mandato de 03 (três) anos, permitido um
IV - Comitê de Investimentos. (Redação acrescida pela segundo mandato imediatamente após o término do
Lei nº 5786/2013) primeiro, na forma estabelecida no § 1º deste artigo,
devendo haver um intervalo mínimo de 03 (três) anos,
§ 1º Não poderão integrar o Conselho de Administração para um novo mandato e a respectiva recondução.
e a Diretoria Executiva do PREVIJUÍ, ao mesmo tempo,
representantes que guardem entre si relação conjugal ou § 5º Independente da forma de escolha dos
de parentesco, consanguíneo ou afim, até o segundo conselheiros, o novo mandato e sua recondução não
grau. poderá exceder ao estabelecido nos §§ 2º e 3º do
presente artigo.
§ 2º A cada mandato de cargo e respectiva recondução,
deverá ser obedecido o interstício de três (3) anos entre § 6º Os Membros do Conselho de Administração não
os órgãos que compõe a Estrutura Técnica do serão destituíveis ad nutum, somente podendo ser
PREVIJUÍ, como também entre os cargos pertencentes à afastados de suas funções depois de julgados em
Diretoria Executiva, com exceção dos membros processo administrativo, culpados por falta grave ou
integrantes do Comitê de Investimentos. (Redação dada infração punível com demissão, ou em caso de vacância,
pela Lei nº 6832/2019) assim entendida a ausência não justificada em três

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reuniões consecutivas ou em quatro intercaladas no I - estabelecer e normatizar as diretrizes gerais do RPPS;
mesmo ano, ou em caso de falecimento.
II - apreciar e aprovar a proposta orçamentária do RPPS;
§ 7º A Presidência do Conselho de Administração será
exercida por um dos seus Membros, escolhido pelo III - sugerir em relação à estrutura administrativa,
conjunto dos Conselheiros, com mandato de um ano, financeira e técnica do PREVIJUÍ;
permitida a recondução, uma vez, por igual período.

§ 8º Ficando vaga a Presidência do Conselho de IV - conceber, acompanhar e avaliar à gestão


Administração, será realizada nova eleição para o operacional, econômica e financeira dos recursos do
RPPS;
preenchimento da função para o restante do mandato
vago, na forma do § 6o.
V - examinar e emitir parecer sobre propostas de
alteração da política previdenciária do Município;
§ 9º No acaso de ausência ou impedimento temporário
de membro efetivo do Conselho de Administração, este
VI - autorizar sobre a contratação de empresas
será substituído por seu suplente.
especializadas para a realização de auditorias contábeis
e estudos atuariais ou financeiros;
§ 10. No caso de vacância do cargo de membro efetivo
do Conselho de Administração, o respectivo suplente
VII - autorizar a aquisição, alienação, hipoteca ou
assumirá o cargo até a conclusão do mandato.
gravame dos bens imóveis integrantes do patrimônio do
§ 11. Perderá o mandato o membro do Conselho de RPPS, observada a legislação pertinente;
Administração que deixar de comparecer a 03 (três)
VIII - aprovar a contratação de agentes financeiros, bem
sessões consecutivas ou a 04 (quatro) alternadas, sem
como a celebração de contratos, convênios e ajustes;
motivo justificado.

SUBSEÇÃO I IX - deliberar sobre a aceitação de doações, cessões de


DO FUNCIONAMENTO DO CONSELHO DE direitos e legados, quando onerados por encargos;
ADMINISTRAÇÃO
X - adotar as providências cabíveis para a correção de
Art. 86 O Conselho de Administração reunir-se-á, atos e fatos, decorrentes de gestão, que prejudiquem o
desempenho e o cumprimento das finalidades do
ordinariamente, em sessões mensais e,
PREVIJUÍ;
extraordinariamente, quando convocado pelo seu
Presidente ou por, pelo menos, três de seus Membros,
com antecedência mínima de quarenta e oito (48) horas. XI - acompanhar e fiscalizar a aplicação da legislação
pertinente ao RPPS;
§ 1º Das reuniões do Conselho de Administração, serão
XII - apreciar e aprovar a prestação de contas anual a
lavradas atas em livro próprio.
ser remetida ao Tribunal de Contas;
§ 2º Os Conselheiros de Administração estão
XIII - solicitar a elaboração de estudos e pareceres
dispensados das atribuições de seus efetivos, durante o
técnicos relativos a aspectos atuariais, jurídicos,
horário das reuniões mensais e extraordinárias do
financeiros e organizacionais relativos a assuntos de sua
Conselho de Administração.
competência;
Art. 87 As decisões do Conselho de Administração serão
XIV - dirimir dúvidas quanto à aplicação das normas
tomadas por maioria, exigido o quorum mínimo de cinco
regulamentares, relativas ao RPPS, nas matérias de sua
Membros.
competência;
Parágrafo Único. O voto do Presidente decidirá os casos
XV - garantir o pleno acesso dos segurados às
de empate.
informações relativas ao RPPS, nas matérias de sua
competência;
Art. 88 Incumbirá ao PREVIJUÍ proporcionar ao
Conselho de Administração os meios necessários ao
XVI - deliberar sobre os casos omissos no âmbito das
exercício de suas competências.
regras aplicáveis ao RPPS, desde que observada à
legislação pertinente;
SUBSEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA DO CONSELHO DE
XVII - manifestar-se em projetos de lei de acordos de
ADMINISTRAÇÃO
composição de débitos previdenciários do Município para
Art. 89 Compete ao Conselho de Administração: com o RPPS;

XVIII - deliberar sobre assuntos de interesse do RPPS.

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SUBSEÇÃO III efetivo.
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DO CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO Parágrafo Único. Quando a escolha do Diretor
Presidente recair em servidor ativo pertencente a um dos
Art. 90 São atribuições do Presidente do Conselho de órgãos que compõe o RPPS, este será cedido sem ônus
Administração: pelo órgão de origem ao Instituto, em turno integral.

I - dirigir e coordenar as atividades do Conselho; SUBSEÇÃO I


DAS COMPETÊNCIAS DA DIRETORIA EXECUTIVA
II - convocar, instalar e presidir as reuniões do Conselho;
Art. 94 Compete à Diretoria Executiva:
III - designar o seu substituto eventual;
I - Aplicar a legislação pertinente ao RPPS e demais
IV - encaminhar a prestação de contas anual do RPPS, normas legais a que o PREVIJUÍ, está sujeito;
para apreciação dos membros do Conselho;
II - cumprir e fazer cumprir as diretrizes gerais do RPPS,
V - praticar os demais atos atribuídos por esta Lei como estabelecidas e normatizadas pelo Conselho de
de sua competência. Administração;

SEÇÃO II III - submeter à apreciação e sugestão do Conselho de


DA DIRETORIA EXECUTIVA Administração a proposta orçamentária do RPPS;

Art. 91 A Diretoria Executiva, é o órgão superior de IV - submeter à apreciação do Conselho de


administração do Instituto de Previdência dos Servidores Administração e Conselho Fiscal a prestação de contas
Públicos do Município de Ijuí - PREVIJUÍ. anual;

Art. 92 Ficam criados junto ao PREVIJUÍ, para compor a V - submeter à autorização de aquisição e alienação de
Diretoria Executiva do Instituto, (01) um cargo de Diretor- bens imóveis integrantes do patrimônio do PREVIJUÍ,
Presidente, (01) um cargo de Diretor Administrativo- observada a legislação pertinente;
Financeiro e (01) um de Diretor Previdenciário,
escolhidos sempre que possível, dentre os segurados VI - julgar recursos interpostos pelos segurados do
com formação em qualquer curso superior, com RPPS;
reconhecida capacidade e experiência comprovada,
preferencialmente em uma das seguintes áreas: VII - expedir as normas gerais reguladoras das
seguridade social, administração, economia, atividades administrativas do PREVIJUÍ;
contabilidade, engenharia, direito e gestão pública, para
um mandato de 03 (três) anos ininterruptos ou VIII - definir a política anual de investimentos dos
intercalados, permitida uma recondução imediatamente recursos do RPPS, de acordo com a legislação superior;
após o término do primeiro mandato.
IX - decidir sobre a celebração de acordos, convênios e
§ 1º Após 06 (seis) anos consecutivos ou intercalados de contratos em todas as suas modalidades, inclusive a
mandato, somente será permitido um novo mandato para prestação de serviços por terceiros, de acordo com as
cargos da Diretoria Executiva e a respectiva recondução, normas legais superiores;
após o intervalo de 03 (três) anos.
SUBSEÇÃO II
§ 2º O Diretor-Presidente será substituído, nas ausências DAS COMPETÊNCIAS DOS DIRETORES
ou impedimentos temporários, pelo Diretor
Administrativo-Financeiro, sem prejuízo das atribuições Art. 95 Ao Diretor-Presidente compete:
deste cargo.
I - Cumprir e fazer cumprir a legislação que compõe o
§ 3º O Diretor Administrativo-Financeiro e o Diretor Regime de Previdência de que trata esta Lei;
Previdenciário serão substituídos, nas ausências ou
impedimentos temporários, por um membro do Conselho II - Convocar as reuniões da Diretoria, presidir e orientar
de Administração, designado pelo Diretor-Presidente, os respectivos trabalhos;
sem prejuízo das atribuições do respectivo cargo.
III - Designar, nos casos de ausências ou impedimentos
Art. 93 O Diretor Presidente do PREVIJUÍ deverá temporários dos Diretores de Previdência e
cumprir turno integral junto ao Instituto, e os demais Administrativo-Financeiro, os servidores que os
Diretores poderão ficar a disposição do Instituto de substituirão;
Previdência pelo período de até 05 (cinco) horas
semanais, sem prejuízo da remuneração de seu cargo IV - Representar o PREVIJUÍ em suas relações com

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terceiros; gerais, inclusive quando prestados por terceiros;

V - Coordenar a elaboração do orçamento anual e XII - Avaliar em conjunto com os demais Diretores a
plurianual do PREVIJUÍ e submetê-lo ao Conselho de performance dos gestores quando das aplicações
Administração; financeiras e investimentos.

VI - Constituir comissões; Art. 97 Ao Diretor Previdenciário compete:

VII - Celebrar e rescindir acordos, convênios e contratos I - Tratar de todos os assuntos relacionados com os
em todas as suas modalidades, inclusive a prestação de segurados do RPPS, ativos, inativos e pensionistas;
serviços por terceiros;
II - Supervisionar e examinar a concessão dos benefícios
VIII - Definir, conjuntamente com os Diretores, a política previdenciários de que trata esta Lei;
de investimentos dos recursos do RPPS, de acordo com
a legislação superior, encaminhando-a para apreciação III - Acompanhar processos de interesse de aposentados
do Conselho de Administração; e pensionistas;

IX - Avaliar em conjunto com os demais Diretores a IV - Acompanhar a legislação relativa aos benefícios
performance dos gestores das aplicações financeiras e previdenciários;
investimentos;
V - Acompanhar e controlar a execução do plano de
X - Avocar o exame e a solução de quaisquer assuntos benefícios do RPPS;
pertinentes ao PREVIJUÍ;
VI - Acompanhar a discussão de projetos de lei no
XI - praticar os atos executórios pertinentes à Congresso Nacional quando tratar de questões
consecução da política de investimento dos recursos do previdenciárias;
RPPS, definida conjuntamente com os Diretores e
devidamente aprovada pelo Conselho de Administração. VII - Desenvolver estudos e preparar relatórios sobre
questões previdenciárias;
Art. 96 Ao Diretor Administrativo-Financeiro compete:
VIII - Participar de fóruns e organismos que tratam de
I - Programar os reajustes dos benefícios na forma da questões previdenciárias;
Lei;
IX - Avaliar em conjunto com os demais Diretores a
II - Administrar e controlar as ações administrativas do performance dos gestores quando das aplicações
PREVIJUÍ; financeiras e investimentos;

III - Supervisionar e examinar a folha de pagamento dos X - Definir, conjuntamente com os Diretores, a política de
benefícios; investimentos dos recursos do RPPS, de acordo com a
legislação superior, encaminhando-a para apreciação do
IV - Substituir o Diretor-Presidente nas ausências ou Conselho de Administração;
impedimentos temporários;
SEÇÃO III
V - Controlar as ações referentes aos serviços gerais e DO CONSELHO FISCAL E DO COMITÊ DE
de patrimônio; INVESTIMENTOS (Redação dada pela Lei
nº 5786/2013)
VI - Praticar os atos de gestão orçamentária e de
planejamento financeiro; Art. 98 Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização da
gestão do Instituto de Previdência dos Servidores
VII - Controlar e disciplinar os recebimentos e Públicos do Município de Ijuí - PREVIJUÍ.
pagamentos;
Art. 99 O Conselho Fiscal é composto por 03 (três)
VIII - Acompanhar o fluxo de caixa do PREVIJUÍ, zelando membros efetivos e respectivos suplentes, com formação
pela sua solvabilidade; mínima no Ensino Médio Completo, eleitos entre
servidores segurados do RPPS, por assembléia geral
IX - Coordenar e supervisionar os assuntos relacionados especialmente convocada para esse fim.
com a área contábil;
§ 1º Os candidatos eleitos para o Conselho Fiscal terão
X - Administrar os bens pertencentes ao PREVIJUÍ; um mandato de 03 (três) anos, permitida uma
recondução imediatamente, após o término do primeiro
XI - Administrar os recursos humanos e os serviços mandato, devendo haver um intervalo de 03 (três) anos,

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para um novo mandato e a respectiva recondução. balancetes;

§ 2º Exercerá a função de presidente do Conselho Fiscal X - Praticar quaisquer outros atos julgados
um dos conselheiros efetivos eleito entre seus pares. indispensáveis aos trabalhos de fiscalização;

§ 3º No caso de ausência ou impedimento temporário, o XI - Sugerir medidas para sanar irregularidades


Presidente do Conselho Fiscal será substituído pelo encontradas.
conselheiro que for por ele designado.
Parágrafo Único. Compete ao Presidente do Conselho
§ 4º Ficando vaga a Presidência do Conselho Fiscal, Fiscal convocar e presidir as reuniões do Conselho.
caberá aos conselheiros em exercício eleger, entre seus
pares, aquele que preencherá o cargo até a conclusão Art. 100-A O Comitê de Investimentos é órgão auxiliar
do mandato. no processo decisório quanto à execução da política de
investimentos do Regime Próprio de Previdência Social.
§ 5º No caso de ausência ou impedimento temporário de (Redação acrescida pela Lei nº 5786/2013)
membro efetivo do Conselho Fiscal, este será substituído
por seu suplente. Art. 100-B O Comitê de Investimentos será composto
pelos seguintes membros: (Redação acrescida pela Lei
§ 6º Perderá o mandato o membro efetivo do Conselho nº 5786/2013)
Fiscal que deixar de comparecer a 03 (três) reuniões
consecutivas, sem motivo justificado, a critério do mesmo I - dois (2) servidores segurados do RPPS, indicados
conselho. pelo Poder Executivo, assegurada nesta hipótese, a
participação permanente do servidor ocupante do cargo
§ 7º O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamente, uma de analista financeiro do Instituto de Previdência dos
vez por mês, ou, extraordinariamente, quando Servidores Públicos do Município de Ijuí - Previjuí;
convocado por seu Presidente, ou por, no mínimo 02 (Redação dada pela Lei nº 6832/2019)
(dois) de seus membros;
II - 01 (um) servidor segurado do RPPS, indicado pelo
§ 8º O quórum mínimo para instalação de reunião do Conselho de Administração do Previjuí; (Redação
Conselho Fiscal é de 03 (três) membros. acrescida pela Lei nº 5786/2013)

SUBSEÇÃO I III - dois (2) servidores segurados do RPPS,


DA COMPETÊNCIA DO CONSELHO FISCAL pertencentes ao quadro efetivo do Instituto de
Previdência dos Servidores Públicos do Município de Ijuí
Art. 100 Compete ao Conselho Fiscal: - Previjuí, indicados pela Diretoria Executiva do Instituto.
(Redação dada pela Lei nº 6832/2019)
I - Eleger seu presidente;
§ 1º Os membros do Comitê serão indicados para
II - Elaborar e aprovar o regimento interno do Conselho períodos de quatro (4) anos, ininterruptos ou
Fiscal; intercalados, coincidindo cada período com o mandato
do Chefe do Poder Executivo, sendo permitidas até três
III - Examinar os balancetes e balanços do PREVIJUÍ, (3) reconduções, e as substituições, quando houver
bem como as contas e os demais aspectos econômico- necessidade, se farão na ordem de até dois quintos (2/5)
financeiros; dos membros. (Redação dada pela Lei nº 6832/2019)

IV - Examinar quaisquer operações ou atos de gestão do § 2º Os servidores indicados para compor o Comitê de
PREVIJUÍ; Investimentos, deverão ser escolhidos sempre que
possível, dentr os segurados com formação em qualquer
V - Emitir parecer sobre as atividades do PREVIJUÍ; curso superior, com reconhecida capacidade e
experiência comprovada, preferencialmente em uma das
VI - Fiscalizar o cumprimento da legislação e normas em seguintes áreas: seguridade social, administração,
vigor; economia, contabilidade, engenharia, direito e gestão
pública; (Redação acrescida pela Lei nº 5786/2013)
VII - Requerer ao Conselho de Administração, caso
necessário, a contratação de assessoria técnica; § 3º O membro do Comitê de Investimentos que não
tenha participado e sido aprovado em Curso de
VIII - Lavrar as atas de suas reuniões, inclusive os Certificação deverá fazê-lo no prazo máximo de dez (10)
pareceres e os resultados dos exames procedidos; meses a contar da designação, apresentando nesse
prazo a cópia da Certificação de Gestores de Regime
IX - Remeter, ao Conselho de Administração, parecer Próprio de Previdência Social - CGRPPS. (Redação
sobre as contas anuais do PREVIJUÍ, bem como dos dada pela Lei nº 6832/2019)

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§ 4º O Comitê reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por XIV - acompanhar a execução da política de
mês, ou extraordinariamente, quando convocado por seu investimentos;
Presidente, ou por, no mínimo dois (02) de seus
membros; (Redação acrescida pela Lei nº 5786/2013) XV - lavrar atas de suas reuniões;

§ 5º O quórum mínimo para instalação de reunião do XVI - elaborar o Regimento Interno do Comitê no prazo
Comitê é de três (03) membros. (Redação acrescida pela de três (03) meses, a contar da designação de seus
Lei nº 5786/2013) membros. (Redação acrescida pela Lei nº 5786/2013)

§ 6º O mandato dos atuais membros do Comitê de SEÇÃO IV


Investimentos fica prorrogado até o dia 31 de dezembro DA REMUNERAÇÃO DOS DIRETORES E
de 2020, em atenção ao disposto no § 1º deste artigo. CONSELHEIROS
(Redação acrescida pela Lei nº 6832/2019)
Art. 101 Pelo exercício das funções de Diretor os
SUBSEÇÃO II membros da Diretoria Executiva e os membros do
DA COMPETÊNCIA DO COMITÊ DE INVESTIMENTOS Conselho de Administração perceberão um valor
(Redação acrescida pela Lei nº 5786/2013) pecuniário a título de gratificação, exclusivamente para
esta finalidade, em número e valor a seguir
Art. 100 C - Compete ao Comitê de Investimentos: discriminados:

I - eleger seu Presidente; I - 01 (uma) Gratificação mensal no valor de R$ 4.000,00


(quatro mil reais) para o cargo de Diretor-Presidente;
II - formular as propostas de política anual de
investimento dos recursos do RPPS, obedecendo as II - 01 (uma) Gratificação mensal no valor de R$ 795,00
normas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (setecentos e noventa e cinco reais), para o cargo de
- CNM, bem como as previstas na legislação do Diretor Administrativo-Financeiro;
Ministério da Previdência Social;
III - (01) Gratificação mensal no valor de R$ 795,00
III - encaminhar a proposta de política anual de (setecentos e noventa e cinco reais) para o cargo de
investimentos, aos órgãos competentes para Diretor Previdenciário.
deliberação;
§ 1º Ao servidor municipal ativo nomeado para o
IV - zelar pela execução da programação econômico- exercício do cargo de Diretor-Presidente, cedido para o
financeira dos valores patrimoniais; PREVIJUÍ em turno integral, é facultado optar pela
gratificação desse cargo ou pela percepção do
V - subsidiar o Conselho de Administração de vencimento e vantagens fixas do cargo efetivo.
informações necessárias à sua tomada de decisões;
§ 2º Quando o servidor optar pela percepção da
VI - opinar e sugerir sobre as realocações dos recursos gratificação do cargo de Diretor-Presidente, perceberá
(mudança nas aplicações); também as vantagens pecuniárias estabelecidas no
Regime Jurídico dos Servidores e as decorrentes dos
VII - opinar e sugerir sobre as novas aplicações; Planos de Carreira e de Cargos, calculadas sobre o
vencimento básico e referência do seu cargo efetivo.
VIII - opinar e sugerir sobre os desinvestimentos (resgate
para pagamento de benefícios); § 3º O cálculo da contribuição ao RPPS, do servidor
cedido de que trata o parágrafo 1º deste artigo, será
IX - analisar os cenários macroeconômicos, observando efetuado com base na remuneração do cargo efetivo de
os possíveis reflexos no patrimônio; que o servidor for titular.

X - propor estratégias de investimentos para um § 4º O Diretor-Presidente, fará juz além da gratificação


determinado período; mensal acrescida das vantagens do cargo efetivo, ao
13o salário, cujo pagamento ocorrerá na mesma data
XI - reavaliar as estratégias de investimentos em dos servidores ativos e inativos;
decorrência de fatos conjunturais relevantes;
Art. 102 Ficam criadas nove (09) Gratificações para os
XII - fornecer subsídios para a elaboração ou alteração membros do Conselho de Administração, no valor
da política de investimentos; unitário de R$ 513,81 (quinhentos e treze reais e oitenta
e um centavos), três (03) Gratificações para os membros
XIII - acompanhar o grau de risco das operações, do Conselho Fiscal no valor unitário de R$ 257,18
reportando aos gestores do RPPS e conselhos qualquer (duzentos e cinquenta e sete reais e dezoito) e quatro
situação de risco elevado; (04) Gratificações a ser paga aos membros do Comitê de

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Investimentos, no valor individual de R$ 385,35 bancárias do PREVIJUÍ serão autorizadas em conjunto
(trezentos e oitenta e cinco reais e trinta e cinco pelo Diretor-Presidente e pelo Diretor Administrativo-
centavos). (Redação dada pela Lei nº 5786/2013) Financeiro.

Art. 103 A revisão do valor das gratificações dos Parágrafo Único. Nas ausências ou impedimentos
Diretores e Conselheiros, dar-se-ão, na mesma data e temporários de um dos Diretores acima mencionado,
nos mesmos percentuais que a revisão dos vencimentos será substituído pelo Diretor Previdenciário.
dos servidores do PREVIJUÍ.
Art. 109 Os benefícios de aposentadoria e pensões
Capítulo III transferidos à responsabilidade do PREVIJUÍ por força
DO PATRIMÔNIO DO INSTITUTO do art. 4º da Lei Municipal nº 4.037, de 22 de Novembro
de 2002, serão custeados com recursos do RPPS.
Art. 104 O Patrimônio do PREVIJUÍ é autônomo, livre e
desvinculado de qualquer fundo do Município, e os Parágrafo Único. O pagamento e a operacionalização da
recursos geridos e arrecadados na forma do art. 12, concessão dos benefícios de auxílio-doença, salário-
serão utilizados exclusivamente em pagamentos de maternidade, salário-família e auxílio-reclusão, previstos
benefícios previdenciários aos beneficiários do RPPS, no art. no 25 desta Lei, serão custeados e pagos pelos
excetuado o que dispõe o § 4º do art. 24 desta Lei. órgãos centralizados de cada Poder, suas autarquias e
entidades fundacionais, aos quais estão vinculados os
Parágrafo Único. O patrimônio do PREVIJUÍ é formado servidores.
de:
Art. 110 O Instituto procederá o recenseamento
I - bens móveis e imóveis, valores e rendas; previdenciário, com periodicidade não superior a cinco
anos, abrangendo todos os aposentados e pensionistas
II - os bens de direito que, a qualquer título, lhe sejam do RPPS. (Vide Decretos nº 5083/2012 e nº 6192/2017)
adjudicados e transferidos;
Art. 111 As formas e condições da realização das
III - que vierem a ser constituídos na forma legal. eleições para a escolha dos membros dos Conselhos de
Administração e Fiscal, serão estabelecidas em
Art. 105 Fica o Poder Executivo autorizado a doar ou regulamento.
destinar, pelas modalidades previstas em Lei, bens
móveis ou imóveis ao PREVIJUÍ. Art. 112 Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 106 Ao Instituto é vedado:

I - a utilização de seus bens, direitos e ativos do Regime


Próprio de Previdência Social para empréstimos de
qualquer natureza, inclusive ao Município, a entidades
da administração direta e aos respectivos segurados;

II - atuar como instituição financeira, bem como prestar


fiança, aval, ou obrigar-se por qualquer outra
modalidade.

Capítulo IV
DA DESPESA ADMINISTRATIVA DO INSTITUTO

Art. 107 Os recursos para cobertura das despesas do


Instituto na gestão do RPPS são os oriundos da taxa de
administração definida no § 1º do art. 24 e os locados
especificamente na Lei de Orçamento do Município de
Ijuí.

Parágrafo Único. Poderá o Poder Executivo Municipal


dotar em Orçamento Municipal, recursos destinados a
estruturação, instalação e funcionamento do PREVIJUÍ.

Capítulo V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Art. 108 As despesas e a movimentação das contas

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA O SERVIÇO DE
LIMPEZA – ABORDAGEM TÉCNICA E PRÁTICA
SUMÁRIO

Introdução 08
Classificação das Áreas:
Critica 09
Semi-crítica 09
Não critica 09
Tipos de Limpeza:
Limpeza concorrente 10
Limpeza terminal 10
Métodos e Equipamentos de Limpeza de superfície:
Limpeza Manual Úmida 11
Limpeza Manual Molhada 11
Limpeza com máquina de lavar tipo enceradeira elétrica 11
Limpeza Seca 12
Protocolo de Higienização das Mãos 12
Protocolo de Limpeza Concorrente 14
Protocolo de Limpeza Terminal 15
Protocolo dos Procedimentos corretos das etapas:
Espanação 16
Varrição 17
Lavagem 18
Limpeza de teto 18
Limpeza de janela 19
Lavagem de parede 19
Limpeza de portas 21
Limpeza de pias 21
Limpeza de sanitários 22
Limpeza de móveis e utensílios de aço cromados e fórmicas 23
Produtos de limpeza e desinfecção 23
Protocolo de uso de EPI 25
Protocolo de coleta de lixo 26
Princípios básicos na operacionalização do processo de limpeza 29

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INTRODUÇÃO

A iniciativa do presente estudo partiu da observação da prática das atividades


laborais dos funcionários do Serviço de Limpeza da Faculdade de Odontologia de
São José dos Campos (FOSJC) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho” (Unesp), que até o momento não disponibilizam de referencial
teórico para embasar suas atividades. Acredita-se que a atividade laboral
fundamentada em bases científicas pode evitar o desperdício de produtos, o
desgaste e a corrosão precoce de artigos e superfícies, contribuir para a saúde
ocupacional dos funcionários, evitando exposição a agentes químicos, biológicos,
riscos ergonômicos e para a saúde ambiental.
O presente trabalho tem por objetivo elaborar um manual para o Serviço de
Limpeza da FOSJC, onde serão descritos os tipos de limpeza, freqüência que as
mesmas devem ser executadas e a descrição de protocolos de trabalho.
O processamento descrito neste trabalho, refere-se aos métodos de limpeza e
desinfecção de superfícies, que engloba os mobiliários, bancadas, pias, equipos,
computadores, pisos, paredes, divisórias, portas e maçanetas, tetos, janelas, vidros,
equipamentos elétricos, instalações sanitárias, grades de aparelho de ar
condicionado, ventilador, exaustor, luminárias, bebedouro, aparelho telefônico e
outros.
Para iniciar este trabalho, faz-se necessário apresentar algumas definições:

LIMPEZA

A Limpeza Técnica é o processo de remoção de sujidades, mediante a


aplicação de agentes químicos, mecânicas ou térmicos, num determinado período
de tempo. Consiste-se na limpeza de todas as superfícies fixas (verticais e
horizontais) e equipamentos permanentes, das diversas áreas do recinto. Com o
objetivo de orientar o fluxo de pessoas, materiais, equipamentos e a freqüência

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necessária de limpeza, sendo imprescindível o uso de critérios de classificação das
áreas para o adequado procedimento de limpeza.

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

ÁREAS CRÍTICAS - são as que oferecem maior risco de transmissão de


infecções, ou seja, áreas onde se realizam procedimentos invasivos e/ou que
possuem pacientes de risco ou com sistema imunológico comprometido, como UTI,
clinicas, salas de cirurgias, pronto socorro, central de materiais e esterilização, áreas
de descontaminação e preparo de materiais, cozinha, lavanderia etc.

ÁREAS SEMICRÍTICAS - são áreas ocupadas por pacientes com doenças


infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas, isto é, aquelas
ocupadas por pacientes que não exijam cuidados intensivos ou de isolamento, como
sala de pacientes, central de triagem etc.

ÁREAS NÃO-CRÍTICAS - são todas aquelas áreas não ocupadas por


pacientes e onde não se realizam procedimentos clínicos, como as áreas
administrativas e de circulação.

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DESENVOLVIMENTO

Este é um trabalho qualitativo de levantamento bibliográfico, onde foram


utilizadas as seguintes palavras-chave: Serviços de Limpeza, Biossegurança e
Higiene Hospitalar
Frente ao rico referencial teórico encontrado e considerando o tipo de
atividade que a FOSJC presta a sua comunidade (assistencial, educação e
pesquisa), passamos a relacionar e definir os tipos de limpeza que deverão ser
aplicadas nas diferentes áreas e nas situações específicas.

TIPOS DE LIMPEZA

Limpeza Concorrente

É o processo de limpeza diária de todas as áreas críticas, objetivando a


manutenção do asseio, o abastecimento e a reposição dos materiais de consumo
diário (sabonete líquido, papel higiênico, papel toalha interfolhado etc.), a coleta de
resíduos de acordo com a sua classificação, higienização molhada dos banheiros,
limpeza de pisos, superfícies horizontais e equipamentos mobiliários,
proporcionando ambientes limpos e agradáveis.

Limpeza Terminal

É o procedimento de limpeza e/ou desinfecção, de todas as áreas da


Unidade, objetivando a redução da sujidade e, conseqüentemente, da população
microbiana, reduzindo a possibilidade de contaminação ambiental. É realizada
periodicamente de acordo com a criticidade das áreas (crítica, semi-crítica e não-
crítica), com data, dia da semana e horário pré-estabelecidos em cronograma

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mensal. Inclui todas as superfícies e mobiliários. Portanto, é realizada em todas as
superfícies horizontais e verticais, das áreas críticas, semi-críticas, não-críticas,
infra-estrutura e área comum.
Deverá ser realizada ao final de cada procedimento envolvendo pacientes.

MÉTODOS E EQUIPAMENTOS DE LIMPEZA DE SUPERFÍCIES

Limpeza Manual Úmida

Realizada com a utilização de rodos, mops ou esfregões, panos ou esponjas


umedecidas em solução detergente, com enxágüe posterior com pano umedecido
em água limpa. No caso de pisos é utilizado o mesmo procedimento com mops ou
pano e rodo. Esse procedimento é indicado para a limpeza de paredes, divisórias,
mobiliários e de equipamentos de grande porte. Este procedimento requer muito
esforço do profissional e o submete ao risco de contaminação. Panos e mops
utilizados na limpeza devem ser encaminhados para lavagem na lavanderia e
guardados secos por medidas de higiene e conservação. É importante ressaltar que
a limpeza úmida é considerada a mais adequada e higiênica, todavia ela é limitada
para a remoção de sujidade muito aderida. Na limpeza terminal é necessária a
utilização de métodos mais eficientes para a remoção de sujidades, como a
mecanizada.

Limpeza Manual Molhada

O procedimento consiste em espalhar uma solução detergente no piso e


esfregar com escova ou esfregão, empurrar com rodo a solução suja para o ralo,
enxaguar várias vezes com água limpa em sucessivas operações de empurrar com
o rodo ou mop para o ralo.

Limpeza com máquina de lavar tipo enceradeira automática

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É utilizado para limpeza de pisos com máquinas que possuem tanque para
soluções de detergente que é dosado diretamente para a escova o que diminui o
esforço e risco para o trabalhador.

Limpeza Seca

Consiste-se na retirada de sujidade, pó ou poeira, mediante a utilização de


vassoura (varreduras seca), e/ou aspirador.
A limpeza com vassouras é recomendável em áreas descobertas, como
estacionamentos, pátios etc. Já nas áreas cobertas, se for necessário a limpeza
seca, esta deve ser feita com aspirador.

1. PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Ato simples e fundamental para prevenção e controle de infecção nos


serviços de saúde.
Lavar as mãos com água e sabonete líquido, com técnica correta, pode
interromper a cadeia de transmissão de infecção entre pacientes e profissionais da
área da saúde.
Praticada entre procedimentos, antes e após o atendimento individual, ao
adentrar e antes de sair do ambiente de trabalho, antes e após uso do banheiro.
Antes de calçar as luvas, para não contaminá-las, devem-se higienizar as
mãos. Após o uso de luvas também, pois essas freqüentemente têm micro
perfurações.
Devem ser retirados os acessórios que podem servir de reservatório para
microorganismos (anéis, pulseiras, relógios de pulso). As unhas devem estar sempre
aparadas, pois podem abrigar microorganismos causadores de infecção.

PASSO A PASSO HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

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1. Abrir a torneira com a mão não dominante e molhar as mãos, sem
encostar-se à pia ou lavatório.

2. Ensaboar as mãos, friccionando a palma, o dorso, os espaços interdigitais,


polegar, articulações, unhas e extremidades, dedos, punhos.

3. Enxaguar as mãos

4. Fechar a torneira com o auxílio de papel toalha.

A descrição da maneira correta de lavar as mãos está ilustrada no anexo 01

http://vocesabendomais.blogspot.com/2009_08_01_archive.html

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2. PROTOCOLO DA LIMPEZA CONCORRENTE

Freqüência que deverá ser realizada a limpeza concorrente:


Classificação das áreas Freqüência Observação

Áreas Críticas 1x por dia Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

Semi-Crítica 1x por dia Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

Não-Crítica 1x por dia ou dias Data e horário pré


alternados estabelecido, e sempre
que necessário

Áreas comuns 1x por dia Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

Áreas externas 2x por semana Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

MÉTODO:

Método - Limpeza úmida para todas superfícies,


utilizando baldes de cores diferenciadas
(um contendo solução detergente e outro
água limpa);
- Trocar a solução dos baldes, a cada
ambiente;
- Limpeza banheiro: lavar;

Técnica - Iniciar sempre da área mais limpa

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para a mais suja;
- Utilizar movimento único, em um só
sentido, para a limpeza de todas as
superfícies;
- Do mais distante para o mais próximo;
- Do fundo para a porta;

3. PROTOCOLO DA LIMPEZA TERMINAL

Freqüência que deverá ser realizada a limpeza terminal:

Classificação das áreas Freqüência Observação

Áreas Críticas Semanal Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

Semi-Crítica Quinzenal Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

Não-Crítica Mensal Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

Áreas comuns Mensal Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

Áreas externas Semanal Data e horário pré


estabelecido, e sempre
que necessário

MÉTODO:
Reunir e organizar todo o material necessário no carrinho de limpeza.
Colocar o carrinho de limpeza do lado da porta de entrada do ambiente, sempre

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do lado de fora.
Utilizar os EPIs necessários e indicados para a realização do procedimento de
limpeza.
Realizar, quando necessárias, a desinfecção/descontaminação de matéria
orgânica conforme as normas vigentes.
Trocar as luvas para execução das demais etapas.
Recolher os sacos de lixo do local, separados, fechando-os com dois nós e
depositando-os, seguindo o Manual de Gerenciamento de Resíduo.
Iniciar a limpeza pelo mobiliário com solução detergente para remoção da
sujidade.
Realizar o enxágüe e sempre que necessário, realizar fricção com álcool 70%.
Proceder a limpeza da porta, do visor e da maçaneta com solução detergente.
Proceder a limpeza do piso com solução padronizada.
Realizar a limpeza do banheiro, iniciando pela pia, o vaso sanitário e por último o
piso e ralos (não esquecer de limpar o porta papel toalha, o porta papel higiênico,
o espelho, a válvula de descarga). Reorganizar o ambiente
Desprezar as soluções dos baldes, no local indicado pela chefia imediata.
Realizar a higienização dos baldes.
Proceder a limpeza do recipiente para resíduos, com solução detergente, em local
específico.
Repor os sacos de lixo, conforme Manual de Gerenciamento dos Resíduos.
Retirar e lavar as luvas.
Lavar as mãos.
Repor os produtos de higiene pessoal (sabonete, papel toalha e higiênico).

4. PROTOCOLO DAS ETAPAS DOS PROCEDIMENTOS

Espanação

• Material (Panos macios, baldes, água, equipamentos de proteção


individual)
Separar todo material que será utilizado e levá-lo para área a ser limpa.
Umedecer o pano no balde com água, torcê-lo para retirar o excesso da solução.
Cada vez que verificar presença de sujidade lavar o pano mergulhando-o no balde
para lavar.

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Esfregar o local com movimentos longos e retos, segurando o pano frouxamente
de maneira que absorva mais facilmente a sujidade.
Começar sempre limpando de cima para baixo
Procurar as manchas de sujeira mais fixadas sobre as superfícies e remova-as
completamente.
Utilizar solução desinfetante nas áreas criticas e semi-criticas.
Verificar a harmonia do local antes de sair
Lavar e guardar todo material de limpeza
Lavar e pendurar os equipamentos de proteção individual.

Varrição

• Material (balde, esfregão, mops, água, equipamentos de proteção


individual, sinalização de segurança).

A varrição úmida deve ser feita diariamente e mais intensamente nas áreas de
maior trafego. Não utilizar vassoura nas áreas assistenciais, evitando a suspensão
de partículas contaminantes.
Separar todo material que será utilizado e levá-lo para área a ser limpa.
Remover móveis, utensílios ou equipamentos do local se necessário.
Molhar o esfregão na água e remover o excesso de água
Aplicar sobre o piso, uma linha reta começando a limpeza do extremo da área,
trabalhando progressivamente em direção a saída, sempre em linhas paralelas.
Utilizar o identificador de piso molhado, evitando circulação de pessoas na área a
ser limpa.
Inspecionar seu trabalho, o piso não deve possuir vestígios de poeira ou resíduos.
Utilizar o equipamento de proteção individual, na execução do trabalho. Após o
seu uso lavar e pendurar para secar.
Escolher o horário de menor tráfego para realizar a operação, evitando acidentes.

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Nas clínicas odontológicas só realizar a limpeza do piso após terminar a limpeza
dos equipamentos.

Lavagem

• Material (pano de chão lavado e limpo, balde, rodos, maquinas elétricas


ou vassoura de piaçava, água, solução detergente e desinfetante,
equipamentos de proteção individual, sinalização de segurança)
Retirar o mobiliário do local sempre que possível e iniciar o procedimento.
Despejar uma quantidade de água e sabão, procedendo a esfregação em sentido
lateral com uso de maquina ou vassoura.
Esfregar toda a extensão traçando linhas paralelas.
Remova a água e o sabão com rodo e sear inicialmente com mop, torcendo o
excesso em um balde. Evitar que a solução corra para outras dependências.
Proceder ao enxágüe.
Secar com rodo e mop limpo e seco
Os cantos devem ser limpos com vassouras, pois as maquinas não chegam até o
mesmo.
Lavar sempre as dependências do fundo para a porta com exceção dos banheiros
que devem ser lavados da entrada para o fundo.

LIMPEZA DE TETOS

Utilize óculos de proteção ou máscara de proteção facial, para realizar a


limpeza do teto. A operação deve ser realizada antes de qualquer outra, respeitando
sempre a ordem de cima para baixo e do fundo para a porta. Limpe os cantos
removendo as teias de aranha ou outras sujeiras visíveis.

• Material (escada, rodo, pano limpo, água, luvas, óculos de segurança)

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Com o material no local subir na escada com um pano umedecido em água.
Dobrar o pano em quadrados para obter mais faces de limpeza ou envolve-lo em
um rodo.
Fazer o uso da aplicação das linhas paralelas de forma que toda a área seja limpa.
Trocar a água da limpeza sempre que necessário
Inspecionar seu trabalho, lavar e guardar todo material utilizado no local indicado

LIMPEZA DE JANELAS

• Material (baldes, panos macios, esponjas, rodo de mão, escada,


equipamento de proteção individual, óculos de segurança)

Remover os acessórios da janela (telas protetoras). Escovar ou lavar as telas.


Limpar o peitoril da janela, por dentro e por fora com pano úmido.
Limpar a janela primeiramente por fora com esponja e agente de limpeza.
Ao terminar a limpeza externa inicie a limpeza interna.
Comece a limpeza do alto a esquerda do vidro da janela e mover a sua mão para
a direita. Quando alcançar o lado direito, volte para a esquerda, ligeiramente
abaixo e continuar a limpeza dessa forma.
Utilizar pano macio para secagem. Realizar os mesmos movimentos
recomendados para lavagem.
Inspecionar seu trabalho, limpe e guarde todo material
Lavar os equipamentos de proteção individual e guarda-los de forma adequada.

LAVAGEM DE PAREDES

Verificar o tipo de revestimento das paredes e adotar a técnica correta

Parede de Pintura Lavável

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• Material (baldes, panos macios, luvas, escadas, escova macia, solução
detergente/desinfetante, equipamento de proteção individual, óculos de
segurança)

Retirar o pó com rodo envolto com pano úmido de cima para baixo
Utilizar escada para limpeza
Mergulhar outro pano na solução de limpeza, torcendo para retirar o excesso.
Passar o pano com auxilio de um rodo em linhas paralelas, sempre de cima para
baixo.
Caso haja manchas na parede, utilizar escova macia com solução de limpeza no
local.
Encher um balde com água limpa para enxaguar, mergulhando o pano na água,
torcendo-o para retirar o excesso. Realizar o enxágüe, com pano úmido, repetindo
a ação.
Repitir a operação com um pano limpo quase seco com movimentos retos de cima
para baixo em toda a área, a fim de secá-lo.
Inspecionar seu trabalho, limpar e guardar todo material

Para facilitar o trabalho, e evitar longos movimentos paralelos, dividir


imaginariamente a parede ao meio, limpando primeiro a parte mais alta.

Parede Revestimento Cerâmico

• Material (baldes, panos macios, luvas, escadas, escova macia, solução


detergente/desinfetante, equipamento de proteção individual, óculos de
segurança)

Colocar a solução de limpeza em um balde (água e sabão)


Mergulhar a esponja na solução, esfregando-a em movimentos únicos.

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Iniciar a operação pela parte mais alta.
Enxaguar com pano embebido em água executando movimentos retos de cima
para baixo.
Após a limpeza aplicar solução desinfetante com auxilio de um pano, realizando
movimentos paralelos de cima para baixo.
Inspecionar seu trabalho e limpar todo material
Guardar os utensílios utilizados.

LIMPEZA DE PORTAS

Realizar essa operação após a limpeza das paredes.

• Material (baldes, panos macios, luvas de borracha, solução de limpeza)

Iniciar a operação com o material no local.


Com auxilio de um pano umedecido, remover o pó da porta em movimentos
paralelos de cima para abaixo.
Aplicar a solução de limpeza com outro pano
Remover o sabão com pano umedecido.
Inspecionar seu trabalho e guardar o material de trabalho.
Evitar aplicar produtos em dobradiças e fechaduras
Limpar bem as maçanetas com soluções desinfetantes.

LIMPEZA DE PIAS

• Material (solução desinfetante e solução detergente, esponja abrasiva,


luvas de borracha, jarro, pano macio)

Juntar o material e levá-lo a área desejada.
Coloque as luvas de borracha

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Molhar a esponja na solução de limpeza
Esfregue toda a pia, inclusive colunas e torneiras
Enxágüar a pia e o lavatório com água da própria torneira (utilize um jarro)
Utilizar escovas de cerdas para remoção da sujeira aderida
Executar movimentos da extremidade para o centro da cuba
Lavar e guardar o equipamento de proteção individual utilizado.

LIMPEZA DE SANITÁRIOS

• Material (baldes, solução detergente e desinfetante, esponja e/ou


escova, luvas de borracha, pano e vassoura, equipamento de proteção
individual)

Calçar luvas de borracha


Levantar a tampa dos vasos e puxar a descarga
Despejar hipoclorito de sódio a 1% dentre e nas bordas do vaso.
Esfregar cuidadosamente todo o interior do vaso com vassoura devendo atingir o
mais fundo possível. Deixar em contato por 10 minutos, enquanto realiza a
limpeza dos lavatórios.
Puxar a descarga para enxaguar o interior do vaso.
Remover a sujeira aderida, usando vassoura com saponáceo, até atingir a limpeza
desejada.
Lavar a parte externa do vaso esfregando com um pano ou esponja molhados na
solução detergente, tomando especial cuidado com as dobradiças
Enxaguar bem o vaso e o assento com jarro
Puxar a descarga para o enxágüe final do interior do vaso
Aplicar na parte externa do vaso a solução desinfetante.
Despejar pequenas quantidades do desinfetante dentro do vaso.

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LIMPEZA DE MÓVEIS E UTENSILIOS DE AÇO CROMADOS E FORMICAS

Superfícies diferentes dos moveis seguir a técnica básica de limpeza geral


Pano macio e solução de água e sabão neutro em balde
Utilizar esponjas macias ou escovas de cerdas macias para remoção da sujidade
aderida.
Realizar fricção com leve pressão, utilizando sempre sentido único nos
movimentos.
Remover com pano macio úmido, trocando a fase do pano e trocando a água
quantas vezes forem necessárias, até que a água esteja limpa.
Realizar a desinfecção com álcool 70% quando for recomendado.

PRODUTOS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO

A utilização de produtos de limpeza e de desinfecção, quando for o caso,


precisa estar de acordo com as determinações da Comissão de controle e infecção
da instituição se houver. A sua seleção também deverá considerar os seguintes
critérios:
• Natureza da superfície a ser limpa ou desinfetada, e se pode sofrer
corrosão ou ataque químico.

• Tipo e grau de sujidade e sua forma de eliminação.

• Tipo de contaminação e sua forma de eliminação, observando


microrganismos envolvidos, com ou sem matéria orgânica presente.

• Qualidade da água e sua influência na limpeza e desinfecção.

• Método de limpeza e desinfecção, tipo de máquina e acessórios


existentes.

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• Medidas de segurança na manipulação e uso. Caso o germicida entre
em contato direto com funcionários, considerar a irritação dérmica e
toxidade.

Produtos Químicos

Todos os produtos químicos apresentam algum risco para quem os manuseia.


O ideal é que a empresa responsável pelo fornecimento oriente e treine os usuários,
demonstrando como utilizar corretamente e sem riscos para a saúde e/ou para as
áreas a serem limpas, com o uso de medidas simples como a utilização de EPI
(Equipamento de Proteção Individual)
Em qualquer diluição de produtos concentrados, os usuários devem seguir as
orientações do fabricante para obter o resultado esperado. As diluições devem ser
feitas com muito cuidado, evitando respingos de produtos concentrados, tanto no
auxiliar de limpeza como no ambiente onde está sendo feita a manipulação. Alguns
produtos, principalmente os concentrados, podem causar irritação na pele, olhos,
mucosas e até queimaduras nos operadores. Deve-se estar atentos às dosagens
recomendadas, uma vez que nas dosagens manuais podem ocorrer erros na
diluição, o que inclusive compromete a eficácia do produto. O recipiente onde está
sendo diluído o produto deve estar limpo e ser lavado entre a diluição de um produto
e outro. As diluições devem ser feitas sempre acrescentado ao produto água e não
ao contrário, é obrigatório utilizar sempre um dosador para proceder à diluição.
O armazenamento deve ser feito em locais onde a temperatura ambiente não
apresente calor ou frio excessivos, distante de crianças e animais e/ou conforme
outras orientações do fabricante, além de sempre estarem devidamente
identificados. Produtos são conhecidos por seus nomes e não por suas cores. Um
cuidado adicional é o de armazenar a solução de uso em recipientes fechados,
evitando a contaminação do mesmo.
Engano comum no manuseio de produtos químicos para limpeza é achar que
misturar produtos aumenta eficácia, o que não é verdade. Essa mistura pode

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produzir gases tóxicos, níveis de calor perigosos, danos a saúde e ao meio
ambiente, sem contar que a mistura pode neutralizar os produtos, invalidando a
aplicação.

5. PROTOCOLO DO USO DE EPI

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

Protege contra o contato com fluidos orgânicos e contra


umidade gerada pelo aerossol e respingos provenientes
dos procedimentos de limpeza e desinfecção de artigos e
superfícies, e de acidente térmico, mecânico e químico. O
AVENTAL
impermeável deve ser usado nos procedimentos de
limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, sendo que
para o profissional de limpeza protege a roupa contra
umidade.

Indicada para área de isolamento, recolhimento de


MÁSCARA resíduo, diluição de produtos, vidrarias de laboratório, etc.
OBS.: A máscara não deve ser tocada com as mãos
enluvadas

Utilizado nos procedimentos de limpeza e desinfecção de


superfícies quando houver risco de contaminação por
secreções, aerossóis e produtos químicos. Protege os
PROTETOR OCULAR
olhos do impacto de partículas volantes, de luminosidade
intensa, de radiação ultravioleta e de respingos de
produtos químicos e material biológico. Deve ser
confortável, ter boa vedação, ser transparente, permitir

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lavagem com água e sabão e desinfecção quando
indicada.

BOTAS Indicada para as atividades de lavagem em geral

Para a proteção das mãos, sendo usadas duas


colorações:
VERDE - usadas nas superfícies onde a sujidade é maior

LUVAS DE (Ex: lixeiras, pisos, banheiro, rodízios de mobiliários,


BORRACHA janelas, tubulações na parte alta, etc.).
AMARELA – usadas em mobiliários (Ex: cama do
paciente, mesa, cadeiras, paredes, portas e portais, pias,
etc).

A escolha do EPI dependerá do procedimento a ser realizado pelo


profissional.
Os EPI não descartáveis são de uso individual. Quando for atingido por
sangue/secreções, deve ser higienizado após o uso. Diariamente os calçados, luvas
e avental de borracha, devem ser lavados, desinfetados, secos e armazenados em
local arejado.

6. PROTOCOLO DE COLETA DE LIXO

Recolher o lixo antes de qualquer tipo de limpeza.


As lixeiras deverão ser esvaziadas ao atingir 2/3 de sua capacidade.
Lavar as lixeiras diariamente e sempre que necessário.
O lixo deve ser recolhido sempre que for necessário.
Acondicionar o resíduo biológico (Resolução 306-ANVISA, 358 CONAMA e NT
426001 - COMLURB) em saco plástico branco leitoso.
Acondicionar o resíduo comum (Resolução 306-ANVISA e 358 CONAMA e NT

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426001 - COMLURB) em saco plástico nas cores verde, azul ou outra cor que o
EAS (estabelecimento de assistência a saúde) recomendar.
O EAS que adotar o sistema de reciclagem, acondicioná-los em sacos
transparentes ( Lei municipal 3273 de.2001 -COMLURB).
Manter os recipientes de lixo em locais afastados do tráfego de pessoas e
fechados.
Não colocar sacos de lixo pelos corredores, os mesmos devem ser
armazenados no container do abrigo interno e encaminhados para o abrigo
externo. No setor que não dispor de abrigo interno os resíduos deverão ser
transportados (em container) para o abrigo externo.
As caixas para materiais perfurocortante,deverão ser transportadas em
container específico, alternando com os outros tipos de resíduos.
Não desprezar o conteúdo de um saco de lixo em outro saco maior.
O carrinho que transporta o lixo não deve ser deixado nos corredores e nem em
outro local de acesso a paciente, funcionários e ao público.
No caso de haver derramamento de resíduos no piso ou em outra superfície, o
mesmo deverá ser removido. Em seguida, proceder a técnica de limpeza do
local, seguida por desinfecção quando necessário.

A descrição dos tipos de resíduos está ilustrada na figura 02.

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http://www.resol.com.br/cartilha9/pdf/manual_do_funcionario.pdf

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PRINCÍPIOS BÁSICOS NA OPERACIONALIZAÇÃO DO PROCESSO DE
LIMPEZA

• Utilizar equipamento de proteção individual (EPI), sempre.


• Começar do ambiente menos contaminado para o mais contaminado.
• Iniciar a limpeza pelo teto ou áreas mais altas.
• Proceder a varredura úmida.
• Corredores: dividir corredor ao meio, deixando um lado livre para o trânsito de
pessoal enquanto procede a limpeza do outro.
• Usar a técnica de dois ou três baldes:
• Área crítica, usar três baldes:
• Balde 1: Água pura;
• Balde 2: Água e sabão;
• Balde 3: Com solução padronizada desinfetante
• Área semi-crítica e não-crítica, usar dois baldes:
• Balde 1: Água pura
• Balde 2: Água e sabão.
• Limpar em único sentido, de cima para baixo e em linhas paralelas, nunca em
movimentos de vai e vem.
• Nos banheiros, lavar por último o vaso sanitário, onde será desprezada toda
água suja (contaminada).
• Todo material usado para limpeza (baldes, panos, vassouras etc.), deverá ser
limpo e guardado em local apropriado.
• Não utilizar material de limpeza de pisos e banheiros, na limpeza de móveis e
de outras superfícies.
• Ao término da limpeza de cada área, o material deverá ser lavado em água
corrente, com detergente neutro, assim como proceder à troca da água e/ou
da solução utilizada.
• Manter todos os pisos higienizados.

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• Os equipamentos metálicos ou de madeira, devem ser limpos com água e
pano úmido, usando detergente conforme a necessidade.
• Os equipamentos elétricos e eletrônicos devem ser limpos com pano seco.
• Os corredores devem ser limpos após todas as outras superfícies.
• As águas devem ser renovadas de sala para sala, os panos devem ser
higienizados de superfície para superfície.
• Não tocar em maçanetas, telefones ou superfícies limpas calçando as luvas
de trabalho.

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NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

Publicação D.O.U.
Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 05, de 07 de maio de 1982 17/05/82
Portaria SSMT n.º 06, de 09 de março de 1983 14/03/83
Portaria DSST n.º 05, de 28 de outubro de 1991 30/10/91
Portaria DSST n.º 03, de 20 de fevereiro de 1992 21/02/92
Portaria DSST n.º 02, de 20 de maio de 1992 21/05/92
Portaria DNSST n.º 06, de 19 de agosto de 1992 20/08/92
Portaria SSST n.º 26, de 29 de dezembro de 1994 30/12/94
Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001 17/10/01
Portaria SIT n.º 48, de 25 de março de 2003 28/03/04
Portaria SIT n.º 108, de 30 de dezembro de 2004 10/12/04
Portaria SIT n.º 191, de 04 de dezembro de 2006 06/12/06
Portaria SIT n.º 194, de 22 de dezembro de 2006 22/12/06
Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009 27/08/09
Portaria SIT n.º 125, de 12 de novembro de 2009 13/11/09
Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010 08/12/10
Portaria SIT n.º 292, de 08 de dezembro de 2011 09/12/11
Portaria MTE n.º 1.134, de 23 de julho de 2014 24/07/14
Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015 17/04/15
Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017 07/06/17
Portaria MTb n.º 877, de 24 de outubro de 2018 Repub. 26/10/18

(Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001)


6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual -
EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos,
que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.2 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou
utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho
ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.

6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3, o empregador deve
fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR.

6.4.1 As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I, desta NR, sejam considerados
como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a
ser constituída pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP,
sendo as conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.

6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ouvida a
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI
adequado ao risco existente em determinada atividade. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.5.1 Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco,
mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e

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trabalhadores usuários. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.6 Responsabilidades do empregador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:


a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.
(Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009)

6.7 Responsabilidades do trabalhador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:


a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

6.8 Responsabilidades de fabricantes e/ou importadores. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de
2010)

6.8.1 O fabricante nacional ou o importador deverá:


a) cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; (Alterado pela
Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
b) solicitar a emissão do CA; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
c) solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde do trabalho; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
d) requerer novo CA quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado; (Alterado pela Portaria
SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação - CA;
f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;
g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho quaisquer alterações dos
dados cadastrais fornecidos;
h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e
demais referências ao seu uso;
i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,
j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o caso;
k) fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de seus EPI, indicando quando for o
caso, o número de higienizações acima do qual é necessário proceder à revisão ou à substituição do equipamento,
a fim de garantir que os mesmos mantenham as características de proteção original. (Inserido pela Portaria SIT n.º
194, de 07 de dezembro de 2010)
l) promover adaptação do EPI detentor de Certificado de Aprovação para pessoas com deficiência. (Inserida pela
Portaria MTb n.º 877, de 24 de outubro de 2018)

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6.8.1.1 Os procedimentos de cadastramento de fabricante e/ou importador de EPI e de emissão e/ou renovação de CA
devem atender os requisitos estabelecidos em Portaria específica. (Inserido pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de
dezembro de 2010)

6.9 Certificado de Aprovação - CA

6.9.1 Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade:


(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no
âmbito do SINMETRO;
b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso.

6.9.2 O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando necessário e mediante
justificativa, poderá estabelecer prazos diversos daqueles dispostos no subitem 6.9.1.

6.9.3 Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o
lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o
número do CA.

6.9.3.1 Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma alternativa de gravação, a ser proposta pelo fabricante ou
importador, devendo esta constar do CA.

6.9.3.2 A adaptação do Equipamento de Proteção Individual para uso pela pessoa com deficiência feita pelo fabricante
ou importador detentor do Certificado de Aprovação não invalida o certificado já emitido, sendo desnecessária a
emissão de novo CA. (Inserido pela Portaria MTb n.º 877, de 24 de outubro de 2018)

6.10 (Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.10.1 (Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

6.11 Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego / MTE

6.11.1 Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho:


a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;
b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;
c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;
d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;
e) fiscalizar a qualidade do EPI;
f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e
g) cancelar o CA.

6.11.1.1 Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho,
poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o número de referência, além de outros
requisitos.

6.11.2. Cabe ao órgão regional do MTE:


a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;
b) recolher amostras de EPI; e,
c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta NR.

6.12 e Subitens
(Revogados pela Portaria SIT n.º 125, de 12 de novembro de 2009)

ANEXO I
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

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A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA
A.1 - Capacete

a) capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;

b) capacete para proteção contra choques elétricos;

c) capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.

A.2 - Capuz ou balaclava

a) capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;

b) capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra agentes químicos;


(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

c) capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes;

d) capuz para proteção da cabeça e pescoço contra umidade proveniente de operações com uso de água.
(Inserida pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

B.1 - Óculos

a) óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;

b) óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;

c) óculos para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;

d) óculos para proteção dos olhos contra radiação infravermelha;

e) óculos de tela para proteção limitada dos olhos contra impactos de partículas volantes.
(Inserida pela Portaria MTE n.º 1.134, de 23 de julho de 2014)

B.2 - Protetor facial

a) protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes;

b) protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha;

c) protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;

d) protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica;

e) protetor facial para proteção da face contra radiação ultravioleta.

B.3 - Máscara de Solda

a) máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes, radiação ultra-violeta,
radiação infra-vermelha e luminosidade intensa.

C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA

C.1 - Protetor auditivo

a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao
estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;

b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao
estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;

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c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao
estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2.

D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

D.1 - Respirador purificador de ar não motorizado:

a) peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas;

b) peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos;

c) peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;

d) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material particulado tipo P1 para proteção das vias
respiratórias contra poeiras e névoas; e ou P2 para proteção contra poeiras, névoas e fumos; e ou P3 para proteção
contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;

e) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos e ou combinados para proteção das vias
respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado.

D.2 - Respirador purificador de ar motorizado:

a) sem vedação facial tipo touca de proteção respiratória, capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias contra
poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores;

b) com vedação facial tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas,
fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores.

D.3 - Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido:

a) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em atmosferas com
concentração de oxigênio maior que 12,5%;

b) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em operações de
jateamento e em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

c) com vedação facial de fluxo contínuo tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em
atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

d) de demanda com pressão positiva tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em
atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

e) de demanda com pressão positiva tipo peça facial inteira combinado com cilindro auxiliar para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas
Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

D.4 - RESPIRADOR DE ADUÇÃO DE AR TIPO MÁSCARA AUTONOMA

a) de circuito aberto de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com
concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde
(IPVS);

b) de circuito fechado de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com
concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde
(IPVS).

D.5 - Respirador de fuga

a) respirador de fuga tipo bocal para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado em
condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO

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E.1 - Vestimentas

a) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem térmica;

b) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica;

c) vestimentas para proteção do tronco contra agentes químicos;


(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

d) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem radioativa;

e) vestimenta para proteção do tronco contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica;


(NR)
(Alterada pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017)

f) vestimentas para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com uso de água.

E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, para proteção do
tronco contra riscos de origem mecânica.

F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

F.1 - Luvas

a) luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;

b) luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;

c) luvas para proteção das mãos contra choques elétricos;

d) luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos;

e) luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos;

f) luvas para proteção das mãos contra agentes químicos;

g) luvas para proteção das mãos contra vibrações;

h) luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água;

i) luvas para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

F.2 - Creme protetor

a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos.

F.3 - Manga

a) manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;

b) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes;

c) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes;

d) manga para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações com uso de água;

e) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos;

f) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes químicos.


(Inserida pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

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F.4 - Braçadeira

a) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes cortantes;

b) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes escoriantes.

F.5 - Dedeira

a) dedeira para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.

G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G.1 - Calçado

a) calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;

b) calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica;

c) calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;

d) calçado para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes;

e) calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes;

f) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água;

g) calçado para proteção dos pés e pernas contra agentes químicos.


(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

G.2 - Meia

a) meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

G.3 - Perneira

a) perneira para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;

b) perneira para proteção da perna contra agentes térmicos;

c) perneira para proteção da perna contra agentes químicos;


(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

d) perneira para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;

e) perneira para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de água.

G.4 - Calça

a) calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;

b) calça para proteção das pernas contra agentes químicos;


(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

c) calça para proteção das pernas contra agentes térmicos;

d) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água.

e) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. (NR)
(Inserida pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017)

H - EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO

H.1 - Macacão

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a) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;

b) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes químicos;
(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

c) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com
uso de água.

d) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de precipitação
pluviométrica. (NR)
(Inserida pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017)

H.2 - Vestimenta de corpo inteiro

a) vestimenta para proteção de todo o corpo contra riscos de origem química;


(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

b) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações com água;

c) vestimenta condutiva para proteção de todo o corpo contra choques elétricos.

d) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. (NR)
(Inserida pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017)

I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL


(Alterado pela Portaria SIT n.º 292, de 08 de dezembro de 2011)

I.1 - CINTURAO DE SEGURANÇA COM Dispositivo trava-queda

a) cinturão de segurança com dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra quedas em operações com
movimentação vertical ou horizontal.

I.2 - Cinturão DE SEGURANÇA COM TALABARTE

a) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;

b) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em
trabalhos em altura.

ANEXO II
(Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

ANEXO III
(Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

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NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

Publicação D.O.U.
Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSST n.º 25, de 29 de dezembro de 1994 30/12/94
Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014 14/08/14
Portaria MTE n.º 1.471, de 24 de setembro de 2014 25/09/14
Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016 22/09/16
Portaria MTb n.º 871, de 06 de julho de 2017 07/07/17

(Texto dado pela Portaria SSST n.º 25, 29 de dezembro de 1994)


9.1 Do objeto e campo de aplicação.

9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de
todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que
venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos
naturais.

9.1.2 As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a
responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade
dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle.

9.1.2.1 Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação ou reconhecimento, descritas nos
itens 9.3.2 e 9.3.3, o PPRA poderá resumir-se às etapas previstas nas alíneas "a" e "f" do subitem 9.3.1.

9.1.3 O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da
saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com
o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR-7.

9.1.4 Esta NR estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução do PPRA,
podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.

9.1.5 Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos
ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são
capazes de causar danos à saúde do trabalhador.

9.1.5.1 Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores,
tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não
ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.

9.1.5.2 Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo
pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da
atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.

9.1.5.3 Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.

9.2 Da estrutura do PPRA.

9.2.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:
a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
b) estratégia e metodologia de ação;
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

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9.2.1.1 Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do PPRA para
avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e
prioridades.

9.2.2 O PPRA deverá estar descrito num documento-base contendo todos os aspectos estruturais constantes do item
9.2.1.

9.2.2.1 O documento-base e suas alterações e complementações deverão ser apresentados e discutidos na CIPA,
quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas desta Comissão.

9.2.2.2 O documento-base e suas alterações deverão estar disponíveis de modo a proporcionar o imediato acesso às
autoridades competentes.

9.2.3 O cronograma previsto no item 9.2.1 deverá indicar claramente os prazos para o desenvolvimento das etapas e
cumprimento das metas do PPRA.

9.3 Do desenvolvimento do PPRA.

9.3.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:


a) antecipação e reconhecimentos dos riscos;
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
e) monitoramento da exposição aos riscos;
f) registro e divulgação dos dados.

9.3.1.1 A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT ou por pessoa ou equipe de
pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR.

9.3.2 A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho,
ou de modificação dos já existentes, visando a identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para
sua redução ou eliminação.

9.3.3 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis:
a) a sua identificação;
b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho;
d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;
f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do
trabalho;
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica;
h) a descrição das medidas de controle já existentes.

9.3.4 A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para:
a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência riscos identificados na etapa de reconhecimento;
b) dimensionar a exposição dos trabalhadores;
c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle.

9.3.5 Das medidas de controle.

9.3.5.1 Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle dos
riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações:

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a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;
b) constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à saúde;
c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos
limites previstos na NR-15 ou, na ausência destes os valores limites de exposição ocupacional adotados pela
ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Higyenists, ou aqueles que venham a ser
estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais
estabelecidos;
d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde
os trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos.

9.3.5.2 O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá obedecer à seguinte
hierarquia:
a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde;
b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho;
c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho.

9.3.5.3 A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos trabalhadores
quanto os procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as eventuais limitações de proteção
que ofereçam.

9.3.5.4 Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de
proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou
implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-
se à seguinte hierarquia:
a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI.

9.3.5.5 A utilização de EPI no âmbito do programa deverá considerar as Normas Legais e Administrativas em vigor
e envolver no mínimo:
a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida,
considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo
avaliação do trabalhador usuário;
b) programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e orientação sobre as limitações de
proteção que o EPI oferece;
c) estabelecimento de normas ou procedimento para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a
conservação, a manutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condições de proteção originalmente
estabelecidas;
d) caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificação dos EPI’s utilizados
para os riscos ambientais.

9.3.5.6 O PPRA deve estabelecer critérios e mecanismos de avaliação da eficácia das medidas de proteção
implantadas considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e no controle médico da saúde previsto na NR-
7.

9.3.6 Do nível de ação.

9.3.6.1 Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações
preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites
de exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o
controle médico.

9.3.6.2 Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional acima dos
níveis de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem:
a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional considerados de acordo com a alínea "c"
do subitem 9.3.5.1;

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b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR-15, Anexo I, item 6.

9.3.7 Do monitoramento.

9.3.7.1. Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle, deve ser realizada uma
avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando à introdução ou modificação das medidas
de controle, sempre que necessário.

9.3.8 Do registro de dados.

9.3.8.1 Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de dados, estruturado de forma a constituir
um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA.

9.3.8.2 Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos.

9.3.8.3 O registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus representantes e
para as autoridades competentes.

9.4 Das responsabilidades.

9.4.1 Do empregador:
I. estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou
instituição.

9.4.2 Dos trabalhadores:


I. colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;
II. seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA;
III. informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde
dos trabalhadores.

9.5 Da informação.

9.5.1 Os trabalhadores interessados terão o direito de apresentar propostas e receber informações e orientações a fim
de assegurar a proteção aos riscos ambientais identificados na execução do PPRA.

9.5.2 Os empregadores deverão informar os trabalhadores de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos
ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais
riscos e para proteger-se dos mesmos.

9.6 Das disposições finais.

9.6.1 Sempre que vários empregadores realizem simultaneamente atividades no mesmo local de trabalho terão o
dever de executar ações integradas para aplicar as medidas previstas no PPRA visando a proteção de todos os
trabalhadores expostos aos riscos ambientais gerados.

9.6.2 O conhecimento e a percepção que os trabalhadores têm do processo de trabalho e dos riscos ambientais
presentes, incluindo os dados consignados no Mapa de Riscos, previsto na NR-5, deverão ser considerados para fins
de planejamento e execução do PPRA em todas as suas fases.

9.6.3 O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais nos locais de trabalho que coloquem em
situação de grave e iminente risco um ou mais trabalhadores, os mesmos possam interromper de imediato as suas
atividades, comunicando o fato ao superior hierárquico direto para as devidas providências.

ANEXO 1

VIBRAÇÃO
(Aprovado pela Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014)

Sumário:
1. Objetivos

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2. Disposições Gerais
3. Avaliação Preliminar da Exposição
4. Avaliação Quantitativa da Exposição
5. Medidas Preventivas e Corretivas

1. Objetivos

1.1 Definir critérios para prevenção de doenças e distúrbios decorrentes da exposição ocupacional às Vibrações em
Mãos e Braços - VMB e às Vibrações de Corpo Inteiro - VCI, no âmbito do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais.

2. Disposições Gerais

2.1 Os empregadores devem adotar medidas de prevenção e controle da exposição às vibrações mecânicas que
possam afetar a segurança e a saúde dos trabalhadores, eliminando o risco ou, onde comprovadamente não houver
tecnologia disponível, reduzindo-o aos menores níveis possíveis.

2.1.1 No processo de eliminação ou redução dos riscos relacionados à exposição às vibrações mecânicas devem ser
considerados, entre outros fatores, os esforços físicos e aspectos posturais.

2.2 O empregador deve comprovar, no âmbito das ações de manutenção preventiva e corretiva de veículos,
máquinas, equipamentos e ferramentas, a adoção de medidas efetivas que visem o controle e a redução da exposição
a vibrações.

2.3 As ferramentas manuais vibratórias que produzam acelerações superiores a 2,5 m/s2 nas mãos dos operadores
devem informar junto às suas especificações técnicas a vibração emitida pelas mesmas, indicando as normas de
ensaio que foram utilizadas para a medição.

3. Avaliação Preliminar da Exposição

3.1 Deve ser realizada avaliação preliminar da exposição às VMB e VCI, no contexto do reconhecimento e da
avaliação dos riscos, considerando-se também os seguintes aspectos:
a) ambientes de trabalho, processos, operações e condições de exposição;
b) características das máquinas, veículos, ferramentas ou equipamentos de trabalho;
c) informações fornecidas por fabricantes sobre os níveis de vibração gerados por ferramentas, veículos,
máquinas ou equipamentos envolvidos na exposição, quando disponíveis;
d) condições de uso e estado de conservação de veículos, máquinas, equipamentos e ferramentas, incluindo
componentes ou dispositivos de isolamento e amortecimento que interfiram na exposição de operadores ou
condutores;
e) características da superfície de circulação, cargas transportadas e velocidades de operação, no caso de VCI;
f) estimativa de tempo efetivo de exposição diária;
g) constatação de condições específicas de trabalho que possam contribuir para o agravamento dos efeitos
decorrentes da exposição;
h) esforços físicos e aspectos posturais;
i) dados de exposição ocupacional existentes;
j) informações ou registros relacionados a queixas e antecedentes médicos relacionados aos trabalhadores
expostos.

3.2 Os resultados da avaliação preliminar devem subsidiar a adoção de medidas preventivas e corretivas, sem
prejuízo de outras medidas previstas nas demais NR.

3.3 Se a avaliação preliminar não for suficiente para permitir a tomada de decisão quanto à necessidade de
implantação de medidas preventivas e corretivas, deve-se proceder à avaliação quantitativa.

4. Avaliação Quantitativa da Exposição

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4.1 A avaliação quantitativa deve ser representativa da exposição, abrangendo aspectos organizacionais e ambientais
que envolvam o trabalhador no exercício de suas funções.

4.1.1 Os procedimentos de avaliação quantitativa para VCI e VMB, a serem adotados no âmbito deste anexo, são
aqueles estabelecidos nas Normas de Higiene Ocupacional publicadas pela FUNDACENTRO.

4.2 Avaliação quantitativa da exposição dos trabalhadores às VMB

4.2.1 A avaliação da exposição ocupacional à vibração em mãos e braços deve ser feita utilizando-se sistemas de
medição que permitam a obtenção da aceleração resultante de exposição normalizada (aren), parâmetro
representativo da exposição diária do trabalhador.

4.2.2 O nível de ação para a avaliação da exposição ocupacional diária à vibração em mãos e braços corresponde a
um valor de aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 2,5 m/s2.

4.2.3 O limite de exposição ocupacional diária à vibração em mãos e braços corresponde a um valor de aceleração
resultante de exposição normalizada (aren) de 5 m/s2.

4.2.4 As situações de exposição ocupacional superior ao nível de ação, independentemente do uso de equipamentos
de proteção individual, implicam obrigatória adoção de medidas de caráter preventivo, sem prejuízo do disposto no
item 9.3.5.1 da NR-9.

4.2.5 As situações de exposição ocupacional superior ao limite de exposição, independentemente do uso de


equipamentos de proteção individual, implicam obrigatória adoção de medidas de caráter corretivo, sem prejuízo do
disposto no item 9.3.5.1 da NR-9.

4.3 Avaliação quantitativa da exposição dos trabalhadores às VCI

4.3.1 A avaliação da exposição ocupacional à vibração de corpo inteiro deve ser feita utilizando-se sistemas de
medição que permitam a determinação da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) e do valor da dose
de vibração resultante (VDVR), parâmetros representativos da exposição diária do trabalhador.

4.3.2 O nível de ação para a avaliação da exposição ocupacional diária à vibração de corpo inteiro corresponde a um
valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 0,5m/s2, ou ao valor da dose de vibração
resultante (VDVR) de 9,1m/s1,75.

4.3.3 O limite de exposição ocupacional diária à vibração de corpo inteiro corresponde ao:
a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s2; ou
b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75.

4.3.3.1 Para fins de caracterização da exposição, o empregador deve comprovar a avaliação dos dois parâmetros
acima descritos.

4.3.4 As situações de exposição ocupacional superiores ao nível de ação implicam obrigatória adoção de medidas de
caráter preventivo, sem prejuízo do disposto no item 9.3.5.1 da NR-9.

4.3.5 As situações de exposição ocupacional superiores ao limite de exposição ocupacional implicam obrigatória
adoção de medidas de caráter corretivo, sem prejuízo do disposto no item 9.3.5.1 da NR-9.

5. Medidas Preventivas e Corretivas

5.1 As medidas preventivas devem contemplar:


a) Avaliação periódica da exposição;
b) Orientação dos trabalhadores quanto aos riscos decorrentes da exposição à vibração e à utilização adequada
dos equipamentos de trabalho, bem como quanto ao direito de comunicar aos seus superiores sobre níveis
anormais de vibração observados durante suas atividades;
c) Vigilância da saúde dos trabalhadores focada nos efeitos da exposição à vibração;
d) Adoção de procedimentos e métodos de trabalho alternativos que permitam reduzir a exposição a vibrações
mecânicas.

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5.1.1 As medidas de caráter preventivo descritas neste item não excluem outras medidas que possam ser
consideradas necessárias ou recomendáveis em função das particularidades de cada condição de trabalho.

5.2 As medidas corretivas devem contemplar, no mínimo, uma das medidas abaixo, obedecida a hierarquia prevista
na NR-9:
a) No caso de exposição às VMB, modificação do processo ou da operação de trabalho, podendo envolver: a
substituição de ferramentas e acessórios; a reformulação ou a reorganização de bancadas e postos de trabalho; a
alteração das rotinas ou dos procedimentos de trabalho; a adequação do tipo de ferramenta, do acessório
utilizado e das velocidades operacionais;
b) No caso de exposição às VCI, modificação do processo ou da operação de trabalho, podendo envolver: o
reprojeto de plataformas de trabalho; a reformulação, a reorganização ou a alteração das rotinas ou dos
procedimentos e organização do trabalho; a adequação de veículos utilizados, especialmente pela adoção de
assentos antivibratórios; a melhoria das condições e das características dos pisos e pavimentos utilizados para
circulação das máquinas e dos veículos;
c) Redução do tempo e da intensidade de exposição diária à vibração;
d) Alternância de atividades ou operações que gerem exposições a níveis mais elevados de vibração com outras
que não apresentem exposições ou impliquem exposições a menores níveis.

5.2.1 As medidas de caráter corretivo mencionadas não excluem outras medidas que possam ser consideradas
necessárias ou recomendáveis em função das particularidades de cada condição de trabalho.

6. (Suprimido pela Portaria MTE n.º 1.471, de 24 de setembro de 2014)

ANEXO 2
(Aprovado pela Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO BENZENO EM POSTOS REVENDEDORES DE COMBUSTÍVEIS
Sumário:
1. Objetivo e Campo de Aplicação
2. Responsabilidades
3. Dos Direitos dos Trabalhadores
4. Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
5. Da Capacitação dos Trabalhadores
6. Do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO
7. Da Avaliação Ambiental
8. Procedimentos Operacionais
9. Atividades Operacionais
10. Ambientes de Trabalho Anexos
11. Uniformes
12. Equipamentos de Proteção Individual - EPI
13. Sinalização referente ao Benzeno
14. Controle Coletivo de Exposição durante o abastecimento

1. Objetivo e Campo de Aplicação

1.1 Este anexo estabelece os requisitos mínimos de segurança e saúde no trabalho para as atividades com exposição
ocupacional ao benzeno em Postos Revendedores de Combustíveis - PRC contendo essa substância. Estes requisitos
devem complementar as exigências e orientações já previstas na legislação de Segurança e Saúde no Trabalho - SST
em vigor no Brasil.

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1.1.1 Para fins deste anexo, consideram-se Postos Revendedores de Combustíveis - PRC contendo benzeno o
estabelecimento localizado em terra firme que revende, a varejo, combustíveis automotivos e abastece tanque de
consumo dos veículos automotores terrestres ou em embalagens certificadas pelo INMETRO.

2. Responsabilidades

2.1 Cabe ao empregador:

2.1.1 Cumprir e fazer cumprir o presente anexo.

2.1.2 Só permitir a contratação de serviços de outras empresas desde que faça constar no contrato a obrigatoriedade
do cumprimento das medidas de SST previstas neste anexo.

2.1.2.1 Os PRC devem adequar os contratos de prestação de serviços vigentes às disposições desta norma.
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

2.1.3 Interromper todo e qualquer tipo de atividade que exponha os trabalhadores a condições de risco grave e
iminente para a sua segurança ou saúde.

2.1.4 Fornecer às empresas contratadas as informações sobre os riscos potenciais e às medidas preventivas de
exposição ao benzeno, na área da instalação em que desenvolvem suas atividades.

2.1.5 Prestar as informações que se fizerem necessárias, quando solicitadas formalmente pelos órgãos fiscalizadores
competentes com relação às disposições objeto deste anexo.

2.1.6 Informar os trabalhadores sobre os riscos potenciais de exposição ao benzeno que possam afetar sua segurança
e saúde, bem como as medidas preventivas necessárias.

2.1.7 Manter as Fichas com Dados de Segurança de Produto Químico dos combustíveis à disposição dos
trabalhadores, em local de fácil acesso para consulta.

2.1.8 Dar conhecimento sobre os procedimentos operacionais aos trabalhadores com o objetivo de informar sobre os
riscos da exposição ao benzeno e as medidas de prevenção necessárias.

2.2 Cabe aos trabalhadores:

2.2.1 Zelar pela sua segurança e saúde ou de terceiros que possam ser afetados pela exposição ao benzeno.

2.2.2 Comunicar imediatamente ao seu superior hierárquico as situações que considerem representar risco grave e
iminente para sua segurança e saúde ou para a de terceiros.

2.2.3 Não utilizar flanela, estopa e tecidos similares para a contenção de respingos e extravasamentos, conforme
previsto no item 9.7 deste anexo.

2.2.4 Usar os Equipamentos de Proteção Individual - EPI apenas para a finalidade a que se destinam,
responsabilizando-se pela sua guarda e conservação, devendo comunicar ao empregador qualquer alteração que o
torne impróprio para o uso, bem como cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

3. Dos Direitos dos Trabalhadores

3.1 São direitos dos trabalhadores, além do previsto na legislação vigente:

3.1.1 Serem informados sobre os riscos potenciais de exposição ao benzeno que possam afetar sua segurança e
saúde, bem como as medidas preventivas necessárias.

3.1.2 Quando o trabalhador tiver convicção, fundamentada em sua capacitação e experiência, de que exista risco
grave e iminente para a sua segurança e saúde ou para a de terceiros, deve suspender a tarefa e informar
imediatamente ao seu superior hierárquico para que sejam tomadas todas as medidas de correção adequadas. Após
avaliar a situação e se constatar a existência da condição de risco grave e iminente, o superior hierárquico manterá a
suspensão da tarefa, até que venha a ser normalizada a referida situação.

4. Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

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4.1 Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-5.

4.1.1 O conteúdo do treinamento referente ao item 5.33 da NR-5, dado aos membros da CIPA ou designado, nos
PRC que operem com combustíveis líquidos contendo benzeno, deve enfatizar informações sobre os riscos da
exposição ocupacional a essa substância, assim como as medidas preventivas, observando o conteúdo do item 5.1.1
deste anexo.

5. Da Capacitação dos Trabalhadores

5.1 Os trabalhadores que exerçam suas atividades com risco de exposição ocupacional ao benzeno devem receber
capacitação com carga horária mínima de 4 (quatro) horas.
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

5.1.1 O conteúdo da capacitação a que se refere o item 5.1 deve contemplar os seguintes temas:
a) riscos de exposição ao benzeno e vias de absorção;
b) conceitos básicos sobre monitoramento ambiental, biológico e de saúde;
c) sinais e sintomas de intoxicação ocupacional por benzeno;
d) medidas de prevenção;
e) procedimentos de emergência;
f) caracterização básica das instalações, atividades de risco e pontos de possíveis emissões de benzeno;
g) dispositivos legais sobre o benzeno.

5.1.1.1 A capacitação referida no item 5.1 deve enfatizar a identificação das situações de risco de exposição ao
benzeno e as medidas de prevenção nas atividades de maior risco abaixo elencadas:
a) conferência do produto no caminhão-tanque no ato do descarregamento;
b) coleta de amostras no caminhão-tanque com amostrador específico;
c) medição volumétrica de tanque subterrâneo com régua;
d) estacionamento do caminhão, aterramento e conexão via mangotes aos tanques subterrâneos;
e) descarregamento de combustíveis para os tanques subterrâneos;
f) desconexão dos mangotes e retirada do conteúdo residual;
g) abastecimento de combustível para veículos;
h) abastecimento de combustíveis em recipientes certificados;
i) análises físico-químicas para o controle de qualidade dos produtos comercializados;
j) limpeza de válvulas, bombas e seus compartimentos de contenção de vazamentos;
k) esgotamento e limpeza de caixas separadoras;
l) limpeza de caixas de passagem e canaletas;
m) aferição de bombas de abastecimento;
n) manutenção operacional de bombas;
o) manutenção e reforma do sistema de abastecimento subterrâneo de combustível (SASC);
p) outras operações e atividades passíveis de exposição ao benzeno.

5.2 A capacitação referida no item 5.1 deve ser renovada com a periodicidade de 2 (dois) anos.

5.3 A capacitação referida no item 5.1 poderá ser realizada na modalidade de ensino a distância, desde que haja
previsão em acordo ou convenção coletiva.

6. Do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO

6.1 Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-7 e adicionalmente o que se segue.

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6.2 Os trabalhadores que exerçam suas atividades com risco de exposição ocupacional ao benzeno devem realizar,
com frequência mínima semestral, hemograma completo com contagem de plaquetas e reticulócitos,
independentemente de outros exames previstos no PCMSO.

6.2.1 Os casos de dispensa de aplicação dos exames previstos no item 6.2 devem ser justificados tecnicamente nos
PPRA e PCMSO dos PRC.

6.3 Os resultados dos hemogramas devem ser organizados sob a forma de séries históricas, de fácil compreensão,
com vistas a facilitar a detecção precoce de alterações hematológicas.

6.4 As séries históricas dos hemogramas devem ficar em poder do Médico Coordenador do PCMSO.

6.5 Ao término de seus serviços, o Médico Coordenador do PCMSO, responsável pela guarda das séries históricas,
deve repassá-las ao médico que o sucederá na função.

6.6 Os resultados dos hemogramas semestrais e a série histórica atualizada devem ser entregues aos trabalhadores,
mediante recibo, em no máximo 30 dias após a emissão dos resultados.

6.7 Ao final do contrato de trabalho, a série histórica dos hemogramas deve ser entregue ao trabalhador.

6.8 Aplicam-se aos trabalhadores dos PRC as disposições da Portaria n.° 776, de 28/04/2004, do Ministério da
Saúde, e suas eventuais atualizações, especialmente, no que tange aos critérios de interpretação da série histórica dos
hemogramas.

7. Da Avaliação Ambiental

7.1 Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-9 e adicionalmente o que se segue.

7.2 O documento base do PPRA, referido no item 9.2.2 da NR-9, deve conter o reconhecimento de todas as
atividades, setores, áreas, operações, procedimentos e equipamentos onde possa haver exposição dos trabalhadores a
combustíveis líquidos contendo benzeno, seja pela via respiratória, seja pela via cutânea, incluindo as atividades
relacionadas no subitem 5.1.1.1 deste anexo, no que couber.

7.2.1 As informações a serem levantadas na fase de reconhecimento devem incluir os procedimentos de operação
normal, os de manutenção e os de situações de emergência.

8. Procedimentos Operacionais

8.1 Os PRC devem possuir procedimentos operacionais, com o objetivo de informar sobre os riscos da exposição ao
benzeno e as medidas de prevenção necessárias, para as atividades que se seguem:
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)
a) abastecimento de veículos com combustíveis líquidos contendo benzeno;
b) limpeza e manutenção operacional de:
- reservatório de contenção para tanques (sump de tanque);
- reservatório de contenção para bombas (sump de bombas);
- canaletas de drenagem;
- tanques e tubulações;
- caixa separadora de água-óleo (SAO);
- caixas de passagem para sistemas eletroeletrônicos;
- aferição de bombas.
c) de emergência em casos de extravazamento de combustíveis líquidos contendo benzeno, atingindo pisos,
vestimentas dos trabalhadores e o corpo dos trabalhadores, especialmente os olhos;
d) medição de tanques com régua e aferição de bombas de combustível líquido contendo benzeno;
e) recebimento de combustíveis líquidos contendo benzeno, contemplando minimamente:
- identificação e qualificação do profissional responsável pela operação;

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- isolamento da área e aterramento;
- cuidados durante a abertura do tanque;
- equipamentos de proteção coletiva e individual;
- coleta, análise e armazenamento de amostras;
- descarregamento.
f) manuseio, acondicionamento e descarte de líquidos e resíduos sólidos contaminados com derivados de petróleo
contendo benzeno.

8.2 Os PRC devem exigir das empresas contratadas para prestação de serviços de manutenção técnica a
apresentação dos procedimentos operacionais, que informem os riscos da exposição ao benzeno e as medidas de
prevenção necessárias, para as atividades que se seguem:
a) troca de tanques e linhas;
b) manutenção preventiva e corretiva de equipamentos;
c) sistema de captação e recuperação de vapores;
d) teste de estanqueidade;
e) investigação para análise de risco de contaminação de solo;
f) remediações de solo.

8.3 Os procedimentos citados nos itens 8.1 e 8.2 devem ser mantidos, por escrito, no local de trabalho, à disposição
da fiscalização e para consulta dos trabalhadores.

8.4 Os conteúdos dos procedimentos citados nos itens 8.1 e 8.2 podem ser incluídos no documento sobre os
procedimentos operacionais exigidos pelo item 20.7.1 da NR-20.

9. Atividades Operacionais

9.1 Os PRC que entrarem em operação após a vigência deste item devem possuir sistema eletrônico de medição de
estoque.
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

9.2 Os PRC em operação e que já possuem tanques de armazenamento com viabilidade técnica para instalação de
sistemas de medição eletrônica devem instalar o sistema eletrônico de medição de estoque.
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

9.2.1 Os tanques de armazenamento com viabilidade técnica para a instalação de sistemas de medição eletrônica são
aqueles que possuem boca de visita e que já realizaram obras para adequação ambiental.

9.2.2 Os PRC não enquadrados nos itens 9.1 e 9.2 devem adotar o sistema eletrônico de medição de estoque quando
da reforma com troca dos tanques de armazenamento.

9.3 A medição de tanques com régua é admitida nas seguintes situações:


a) para aferição do sistema eletrônico;
b) em situações em que a medição eletrônica não puder ser realizada por pane temporária do sistema;
c) para a verificação da necessidade de drenagem dos tanques;
d) para fins de testes de estanqueidade.

9.3.1 Nas situações em que a medição de tanques tiver que ser realizada com o uso de régua, é obrigatória a
utilização dos EPIs referidos no item 12 deste anexo.

9.4 Todas as bombas de abastecimento de combustíveis líquidos contendo benzeno devem estar equipadas com
bicos automáticos.
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

9.5 Ficam vedadas nos PRC as seguintes atividades envolvendo combustíveis líquidos contendo benzeno:

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a) transferência de combustível líquido contendo benzeno de veículo a veículo automotor ou de quaisquer
recipientes para veículo automotor com uso de mangueira por sucção oral;
b) transferência de combustível líquido contendo benzeno entre tanques de armazenamento por qualquer meio, salvo
em situações de emergência após a adoção das medidas de prevenção necessárias e com equipamentos
intrinsecamente seguros e apropriados para áreas classificadas;
c) armazenamento de amostras coletadas de combustíveis líquidos contendo benzeno em áreas ou recintos fechados
onde haja a presença regular de trabalhadores em quaisquer atividades;
d) enchimento de tanques veiculares após o desarme do sistema automático, referido no item 9.4, exceto quando
ocorrer o desligamento precoce do bico, em função de características do tanque do veículo;
e) comercialização de combustíveis líquidos contendo benzeno em recipientes que não sejam certificados para o seu
armazenamento;
f) qualquer tipo de acesso pessoal ao interior de tanques do caminhão ou de tubulações por onde tenham circulado
combustíveis líquidos contendo benzeno;
g) abastecimento com a utilização de bicos que não disponham de sistema de desarme automático.

9.6 Para a contenção de respingos e extravasamentos de combustíveis líquidos contendo benzeno durante o
abastecimento e outras atividades com essa possibilidade, só podem ser utilizados materiais que tenham sido
projetados para esta finalidade.

9.7 Cabe ao empregador proibir a utilização de flanela, estopa e tecidos similares para a contenção de respingos e
extravasamentos nas atividades referidas no item 9.6.

9.8 Para a limpeza de superfícies contaminadas com combustíveis líquidos contendo benzeno, será admitido apenas
o uso de tolhas de papel absorvente, desde que o trabalhador esteja utilizando luvas impermeáveis apropriadas.

9.8.1 O material referido no item 9.8 só pode ser utilizado uma única vez, devendo, a seguir, ser acondicionado para
posterior descarte em recipiente apropriado para esta finalidade, que deve estar disponível próximo à área de
operação.

9.9 As análises físico-químicas de combustíveis líquidos contendo benzeno devem ser realizadas em local ventilado
e afastado das outras áreas de trabalho, do local de tomada de refeições e de vestiários.

9.9.1 As análises em ambientes fechados devem ser realizadas sob sistema de exaustão localizada ou em capela com
exaustão.

10. Ambientes de Trabalho Anexos

10.1 Os PRC devem dispor de área exclusiva para armazenamento de amostras coletadas de combustíveis líquidos
contendo benzeno, dotada de ventilação e temperatura adequadas e afastada de outras áreas de trabalho, dos locais
de tomada de refeições e de vestiários.

10.2 Os PRC devem adotar medidas para garantir a qualidade do ar em seus ambientes internos anexos às áreas de
abastecimentos, de descarregamento e de respiros de tanques de combustíveis líquidos contendo benzeno, como
escritórios, lojas de conveniência e outros.
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

10.2.1 Os sistemas de climatização que captam ar do ambiente externo ou outro de igual eficiência devem ser
instalados de forma a evitar a contaminação dos ambientes internos por vapores de combustíveis líquidos contendo
benzeno provenientes daquelas áreas.

11. Uniforme

11.1 Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-24, especialmente, no que se refere à separação entre o uniforme e
aquelas vestimentas de uso comum.

11.2 Aos trabalhadores de PRC com atividades que impliquem em exposição ocupacional ao benzeno, serão
fornecidos, gratuitamente, pelo empregador, uniforme e calçados de trabalho adequados aos riscos.

11.3 A higienização dos uniformes será feita pelo empregador com frequência mínima semanal.

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11.4 O empregador deverá manter à disposição, nos PRC, um conjunto extra de uniforme, para pelo menos 1/3 (um
terço) do efetivo dos trabalhadores em atividade expostos a combustíveis líquidos contendo benzeno, a ser
disponibilizado em situações nas quais seu uniforme venha a ser contaminado por tais produtos.

12. Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

12.1 Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-6, da Instrução Normativa n.° 1, de 11 de abril de 1994, e
adicionalmente o que se segue.

12.1.1 Os trabalhadores que realizem, direta ou indiretamente, as atividades críticas listadas no subitem 5.1.1.1,
exceto as alíneas "d", "g" e "h", e, inclusive, no caso de atividade de descarga selada, alínea "e", devem utilizar
equipamento de proteção respiratória de face inteira, com filtro para vapores orgânicos, assim como, equipamentos
de proteção para a pele. (Alterado pela Portaria MTb n.º 871, de 06 de julho de 2017)

12.1.1.1 Quando o sistema de exaustão previsto no item 9.9.1 estiver sob manutenção, deve ser utilizado o
equipamento de proteção respiratória de forma provisória, atendendo à especificação do item 12.1.1.

12.1.1.2 O empregador pode optar por outro equipamento de proteção respiratória, mais apropriado às características
do processo de trabalho do PRC do que aquele sugerido no item 12.1.1, desde que a mudança represente uma
proteção maior para o trabalhador.

12.1.1.3 A substituição periódica dos filtros das máscaras é obrigatória e deve obedecer às orientações do fabricante
e da IN n.º 01/94 do MTE.

12.2 Os trabalhadores que realizem a atividade de abastecimento de veículos, citada nas alíneas “g” e “h” do item
5.1.1.1, em função das características inerentes à própria atividade, estão dispensados do uso de equipamento de
proteção respiratória.

13. Sinalização referente ao Benzeno

13.1 Os PRC devem manter sinalização, em local visível, na altura das bombas de abastecimento de combustíveis
líquidos contendo benzeno, indicando os riscos dessa substância, nas dimensões de 20 x 14 cm com os dizeres: “A
GASOLINA CONTÉM BENZENO, SUBSTÂNCIA CANCERÍGENA. RISCO À SAÚDE.”

14. Controle Coletivo de Exposição durante o abastecimento

14.1 Os PRC devem instalar sistema de recuperação de vapores.


(vide prazos Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

14.2 Para fins do presente anexo, considera-se como sistema de recuperação de vapores um sistema de captação de
vapores, instalado nos bicos de abastecimento das bombas de combustíveis líquidos contendo benzeno, que
direcione esses vapores para o tanque de combustível do próprio PRC ou para um equipamento de tratamento de
vapores.

14.3 Os PRC novos, aprovados e construídos após três anos da publicação deste anexo, devem ter instalado o
sistema previsto no item 14.1.
(vide prazo Portaria MTb n.º 1.109, de 21 de setembro de 2016)

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NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

Publicação D.O.U.
Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983 14/06/83
Portaria MTE n.º 598, de 07 de dezembro de 2004 08/09/04
Portaria MTPS n.º 508, de 29 de abril de 2016 02/05/16

(Texto dado pela Portaria GM n.º 598, de 07 de dezembro de 2004)


10.1 - OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO

10.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a


implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

10.1.2 Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto,
construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas
proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou
omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do
risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e
a saúde no trabalho.

10.2.2 As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, no âmbito da
preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho.

10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus
estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de
proteção.

10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de
Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:
a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e
relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes;
b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos
elétricos;
c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme
determina esta NR;
d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos
treinamentos realizados;
e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva;
f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;
g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações, contemplando as
alíneas de “a” a “f”.

10.2.5 As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência devem
constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4 e acrescentar ao prontuário os documentos a seguir listados:
a) descrição dos procedimentos para emergências;
b) certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual;

10.2.5.1 As empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema Elétrico de Potência devem constituir
prontuário contemplando as alíneas “a”, “c”, “d” e “e”, do item 10.2.4 e alíneas “a” e “b” do item 10.2.5.

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10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou pessoa
formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas
instalações e serviços em eletricidade.

10.2.7 Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por
profissional legalmente habilitado.

10.2.8 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

10.2.8.1 Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente,
medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores.

10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica conforme


estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança.

10.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2., devem ser utilizadas outras
medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de
seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático.

10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos
órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes.

10.2.9 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

10.2.9.1 Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente
inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual
específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6.

10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade,
inflamabilidade e influências eletromagnéticas.

10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades.

10.3 - SEGURANÇA EM PROJETOS

10.3.1 É obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos de desligamento de circuitos
que possuam recursos para impedimento de reenergização, para sinalização de advertência com indicação da
condição operativa.

10.3.2 O projeto elétrico, na medida do possível, deve prever a instalação de dispositivo de seccionamento de ação
simultânea, que permita a aplicação de impedimento de reenergização do circuito.

10.3.3 O projeto de instalações elétricas deve considerar o espaço seguro, quanto ao dimensionamento e a
localização de seus componentes e as influências externas, quando da operação e da realização de serviços de
construção e manutenção.

10.3.3.1 Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como: comunicação, sinalização, controle e tração
elétrica devem ser identificados e instalados separadamente, salvo quando o desenvolvimento tecnológico permitir
compartilhamento, respeitadas as definições de projetos.

10.3.4 O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou não da interligação
entre o condutor neutro e o de proteção e a conexão à terra das partes condutoras não destinadas à condução da
eletricidade.

10.3.5 Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser projetados dispositivos de seccionamento que
incorporem recursos fixos de equipotencialização e aterramento do circuito seccionado.

10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento temporário.

10.3.7 O projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos trabalhadores autorizados, das autoridades
competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado.

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10.3.8 O projeto elétrico deve atender ao que dispõem as Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança no
Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais estabelecidas, e ser assinado por profissional legalmente habilitado.

10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes itens de segurança:
a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos
adicionais;
b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde - “D”, desligado e Vermelho -
“L”, ligado);
c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo dispositivos de manobra,
de controle, de proteção, de intertravamento, dos condutores e os próprios equipamentos e estruturas, definindo
como tais indicações devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações;
d) recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes das instalações;
e) precauções aplicáveis em face das influências externas;
f) o princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto, destinados à segurança das pessoas;
g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica.

10.3.10 Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos trabalhadores iluminação adequada e
uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 - Ergonomia.

10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

10.4.1 As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e
inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários, e serem supervisionadas
por profissional autorizado, conforme dispõe esta NR.

10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle dos
riscos adicionais, especialmente quanto a altura, confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade,
umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-se a sinalização de segurança.

10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas
compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as características de proteção, respeitadas as
recomendações do fabricante e as influências externas.

10.4.3.1 Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento elétrico devem estar adequados às
tensões envolvidas, e serem inspecionados e testados de acordo com as regulamentações existentes ou
recomendações dos fabricantes.

10.4.4 As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sistemas de
proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e
definições de projetos.

10.4.4.1 Os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de equipamentos e instalações elétricas são
exclusivos para essa finalidade, sendo expressamente proibido utilizá-los para armazenamento ou guarda de
quaisquer objetos.

10.4.5 Para atividades em instalações elétricas deve ser garantida ao trabalhador iluminação adequada e uma
posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 - Ergonomia, de forma a permitir que ele disponha dos
membros superiores livres para a realização das tarefas.

10.4.6 Os ensaios e testes elétricos laboratoriais e de campo ou comissionamento de instalações elétricas devem
atender à regulamentação estabelecida nos itens 10.6 e 10.7, e somente podem ser realizados por trabalhadores que
atendam às condições de qualificação, habilitação, capacitação e autorização estabelecidas nesta NR.

10.5 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS

10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os
procedimentos apropriados, obedecida a seqüência abaixo:
a) seccionamento;

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b) impedimento de reenergização;
c) constatação da ausência de tensão;
d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos;
e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo II);
(Alterada pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)
f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

10.5.2 O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização para reenergização, devendo ser
reenergizada respeitando a seqüência de procedimentos abaixo:
a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;
b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de reenergização;
c) remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais;
d) remoção da sinalização de impedimento de reenergização;
e) destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento.

10.5.3 As medidas constantes das alíneas apresentadas nos itens 10.5.1 e 10.5.2 podem ser alteradas, substituídas,
ampliadas ou eliminadas, em função das peculiaridades de cada situação, por profissional legalmente habilitado,
autorizado e mediante justificativa técnica previamente formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível de
segurança originalmente preconizado.

10.5.4 Os serviços a serem executados em instalações elétricas desligadas, mas com possibilidade de energização,
por qualquer meio ou razão, devem atender ao que estabelece o disposto no item 10.6.

10.6 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS

10.6.1 As intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 Volts em corrente alternada ou
superior a 120 Volts em corrente contínua somente podem ser realizadas por trabalhadores que atendam ao que
estabelece o item 10.8 desta Norma.

10.6.1.1 Os trabalhadores de que trata o item anterior devem receber treinamento de segurança para trabalhos com
instalações elétricas energizadas, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no
Anexo III desta NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

10.6.1.2 As operações elementares como ligar e desligar circuitos elétricos, realizadas em baixa tensão, com
materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado de conservação, adequados para operação, podem ser
realizadas por qualquer pessoa não advertida.

10.6.2 Os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada devem ser realizados mediante procedimentos
específicos respeitando as distâncias previstas no Anexo II. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril
de 2016)

10.6.3 Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades devem ser suspensos de imediato na
iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo.

10.6.4 Sempre que inovações tecnológicas forem implementadas ou para a entrada em operações de novas
instalações ou equipamentos elétricos devem ser previamente elaboradas análises de risco, desenvolvidas com
circuitos desenergizados, e respectivos procedimentos de trabalho.

10.6.5 O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar situação ou condição
de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível.

10.7 - TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO (AT)

10.7.1 Os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com alta tensão, que exerçam suas
atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas e de risco, conforme Anexo II, devem atender
ao disposto no item 10.8 desta NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

10.7.2 Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de segurança, específico em

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segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades, com currículo mínimo, carga horária e
demais determinações estabelecidas no Anexo III desta NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril
de 2016)

10.7.3 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles executados no Sistema Elétrico
de Potência – SEP, não podem ser realizados individualmente.

10.7.4 Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aquelas que interajam com o SEP,
somente pode ser realizado mediante ordem de serviço específica para data e local, assinada por superior
responsável pela área.

10.7.5 Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe, responsáveis pela
execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem
desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança em
eletricidade aplicáveis ao serviço.

10.7.6 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser realizados quando houver
procedimentos específicos, detalhados e assinados por profissional autorizado.

10.7.7 A intervenção em instalações elétricas energizadas em AT dentro dos limites estabelecidos como zona de
risco, conforme Anexo II desta NR, somente pode ser realizada mediante a desativação, também conhecida como
bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de religamento automático do circuito, sistema ou equipamento. (Alterado
pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

10.7.7.1 Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com identificação da condição de
desativação, conforme procedimento de trabalho específico padronizado.

10.7.8 Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao
trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-
se as especificações do fabricante, os procedimentos da empresa e na ausência desses, anualmente.

10.7.9 Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos em atividades
no SEP devem dispor de equipamento que permita a comunicação permanente com os demais membros da equipe
ou com o centro de operação durante a realização do serviço.

10.8 - HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES

10.8.1 É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na área elétrica
reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.

10.8.2 É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no
competente conselho de classe.

10.8.3 É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente:
a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado; e
b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.

10.8.3.1 A capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas condições estabelecidas pelo
profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação.

10.8.4 São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capacitados e os profissionais habilitados,


com anuência formal da empresa.

10.8.5 A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a qualquer tempo conhecer a abrangência
da autorização de cada trabalhador, conforme o item 10.8.4.

10.8.6 Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem ter essa condição consignada no
sistema de registro de empregado da empresa.

10.8.7 Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser submetidos a exame de saúde
compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR 7 e registrado em seu
prontuário médico.

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10.8.8 Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir treinamento específico sobre
os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em
instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no Anexo III desta NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509,
de 29 de abril de 2016)

10.8.8.1 A empresa concederá autorização na forma desta NR aos trabalhadores capacitados ou qualificados e aos
profissionais habilitados que tenham participado com avaliação e aproveitamento satisfatórios dos cursos
constantes do Anexo III desta NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

10.8.8.2 Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma das situações a
seguir:
a) troca de função ou mudança de empresa;
b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três meses;
c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e organização do trabalho.

10.8.8.3 A carga horária e o conteúdo programático dos treinamentos de reciclagem destinados ao atendimento das
alíneas “a”, “b” e “c” do item 10.8.8.2 devem atender as necessidades da situação que o motivou.

10.8.8.4 Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento especifico de acordo com risco
envolvido.

10.8.9 Os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações elétricas desenvolvidas em zona livre e na
vizinhança da zona controlada, conforme define esta NR, devem ser instruídos formalmente com conhecimentos
que permitam identificar e avaliar seus possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis.

10.9 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO

10.9.1 As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção contra incêndio e
explosão, conforme dispõe a NR 23 – Proteção Contra Incêndios.

10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de
ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito
do Sistema Brasileiro de Certificação.

10.9.3 Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de
proteção específica e dispositivos de descarga elétrica.

10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões,
devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões,
sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.

10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão ser realizados mediante
permissão para o trabalho com liberação formalizada, conforme estabelece o item 10.5 ou supressão do agente de
risco que determina a classificação da área.

10.10 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à
advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 – Sinalização de Segurança, de forma a atender,
dentre outras, as situações a seguir:
a) identificação de circuitos elétricos;
b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos;
c) restrições e impedimentos de acesso;
d) delimitações de áreas;
e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de cargas;
f) sinalização de impedimento de energização;
g) identificação de equipamento ou circuito impedido.

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10.11 - PROCEDIMENTOS DE TRABALHO

10.11.1 Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em conformidade com
procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo,
assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR.

10.11.2 Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço especificas, aprovadas por
trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho
a serem adotados.

10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica,
competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações finais.

10.11.4 Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a autorização de que trata o item 10.8
devem ter a participação em todo processo de desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, quando houver.

10.11.5 A autorização referida no item 10.8 deve estar em conformidade com o treinamento ministrado, previsto no
Anexo III desta NR. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

10.11.6 Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições de exercer a supervisão e
condução dos trabalhos.

10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o responsável pela execução do
serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no
local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço.

10.11.8 A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das tarefas e a competência dos
trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

10.12 - SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

10.12.1 As ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com eletricidade devem constar do plano
de emergência da empresa.

10.12.2 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar primeiros socorros a
acidentados, especialmente por meio de reanimação cardio-respiratória.

10.12.3 A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades, disponibilizando
os meios para a sua aplicação.

10.12.4 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de prevenção e combate
a incêndio existentes nas instalações elétricas.

10.13 - RESPONSABILIDADES

10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos contratantes e contratados
envolvidos.

10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão
expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem
adotados.

10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços em eletricidade,
propor e adotar medidas preventivas e corretivas.

10.13.4 Cabe aos trabalhadores:


a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no
trabalho;
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive
quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e

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c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de risco para sua
segurança e saúde e a de outras pessoas.

10.14 - DISPOSIÇÕES FINAIS

10.14.1 Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem
evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis.

10.14.2 As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por outrem em suas instalações
elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos órgãos competentes.

10.14.3 Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR, o MTE adotará as providências
estabelecidas na NR-03.

10.14.4 A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição dos trabalhadores que atuam
em serviços e instalações elétricas, respeitadas as abrangências, limitações e interferências nas tarefas.

10.14.5 A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição das autoridades
competentes.

10.14.6 Esta NR não é aplicável a instalações elétricas alimentadas por extra-baixa tensão.

GLOSSÁRIO

1. Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre
fases ou entre fase e terra.

2. Área Classificada: local com potencialidade de ocorrência de atmosfera explosiva.

3. Aterramento Elétrico Temporário: ligação elétrica efetiva confiável e adequada intencional à terra, destinada a
garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante a intervenção na instalação elétrica.

4. Atmosfera Explosiva: mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis na forma de
gás, vapor, névoa, poeira ou fibras, na qual após a ignição a combustão se propaga.

5. Baixa Tensão (BT): tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua e igual
ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.

6. Barreira: dispositivo que impede qualquer contato com partes energizadas das instalações elétricas.

7. Direito de Recusa: instrumento que assegura ao trabalhador a interrupção de uma atividade de trabalho por
considerar que ela envolve grave e iminente risco para sua segurança e saúde ou de outras pessoas.

8. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC): dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel de abrangência
coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros.

9. Equipamento Segregado: equipamento tornado inacessível por meio de invólucro ou barreira.

10. Extra-Baixa Tensão (EBT): tensão não superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente
contínua, entre fases ou entre fase e terra.

11. Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção de medidas de proteção
para segurança das pessoas e desempenho dos componentes da instalação.

12. Instalação Elétrica: conjunto das partes elétricas e não elétricas associadas e com características coordenadas
entre si, que são necessárias ao funcionamento de uma parte determinada de um sistema elétrico.

13. Instalação Liberada para Serviços (BT/AT): aquela que garanta as condições de segurança ao trabalhador
por meio de procedimentos e equipamentos adequados desde o início até o final dos trabalhos e liberação para uso.

14. Impedimento de Reenergização: condição que garante a não energização do circuito através de recursos e
procedimentos apropriados, sob controle dos trabalhadores envolvidos nos serviços.

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15. Invólucro: envoltório de partes energizadas destinado a impedir qualquer contato com partes internas.

16. Isolamento Elétrico: processo destinado a impedir a passagem de corrente elétrica, por interposição de
materiais isolantes.

17. Obstáculo: elemento que impede o contato acidental, mas não impede o contato direto por ação deliberada.

18. Perigo: situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou dano à saúde das pessoas por
ausência de medidas de controle.

19. Pessoa Advertida: pessoa informada ou com conhecimento suficiente para evitar os perigos da eletricidade.

20. Procedimento: seqüência de operações a serem desenvolvidas para realização de um determinado trabalho,
com a inclusão dos meios materiais e humanos, medidas de segurança e circunstâncias que impossibilitem sua
realização.

21. Prontuário: sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica de informações pertinentes às
instalações e aos trabalhadores.

22. Risco: capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde das pessoas.

23. Riscos Adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos elétricos, específicos de cada ambiente
ou processos de Trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no trabalho.

24. Sinalização: procedimento padronizado destinado a orientar, alertar, avisar e advertir.

25. Sistema Elétrico: circuito ou circuitos elétricos inter-relacionados destinados a atingir um determinado
objetivo.

26. Sistema Elétrico de Potência (SEP): conjunto das instalações e equipamentos destinados à geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição, inclusive.

27. Tensão de Segurança: extra baixa tensão originada em uma fonte de segurança.

28. Trabalho em Proximidade: trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona controlada, ainda que
seja com uma parte do seu corpo ou com extensões condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou
equipamentos que manipule.

29. Travamento: ação destinada a manter, por meios mecânicos, um dispositivo de manobra fixo numa
determinada posição, de forma a impedir uma operação não autorizada.

30. Zona de Risco: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível inclusive acidentalmente, de
dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais
autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos apropriados de trabalho.

31. Zona Controlada: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de dimensões
estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados.

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NR 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS

Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SIT n.º 56, de 17 de julho de 2003 06/07/03
Portaria SIT n.º 82, de 01 de junho de 2004 02/06/04

11.1 Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas
transportadoras.

11.1.1 Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, solidamente, em toda sua altura, exceto as
portas ou cancelas necessárias nos pavimentos.

11.1.2 Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a abertura deverá estar protegida por
corrimão ou outros dispositivos convenientes.

11.1.3 Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga,
guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de
diferentes tipos, serão calculados e construídos demaneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e
segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho.

11.1.3.1 Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que deverão ser
inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas.

11.1.3.2 Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida.

11.1.3.3 Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão exigidas condições especiais de
segurança.

11.1.4 Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos.

11.1.5 Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber treinamento específico,
dado pela empresa, que o habilitará nessa função.

11.1.6 Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir se
durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível.

11.1.6.1 O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o empregado deverá passar
por exame de saúde completo, por conta do empregador.

11.1.7 Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora (buzina).

11.1.8 Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças defeituosas, ou que
apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas.

11.1.9 Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por máquinas transportadoras, deverá
ser controlada para evitar concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos limites permissíveis.

11.1.10 Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de máquinas transportadoras, movidas a
motores de combustão interna, salvo se providas de dispositivos neutralizadores adequados.

11.2 Normas de segurança do trabalho em atividades de transporte de sacas.

11.2.1 Denomina-se, para fins de aplicação da presente regulamentação a expressão "Transporte manual de sacos"
toda atividade realizada de maneira contínua ou descontínua, essencial ao transporte manual de sacos, na qual o peso
da carga é suportado, integralmente, por um só trabalhador, compreendendo também o levantamento e sua
deposição.

11.2.2 Fica estabelecida a distância máxima de 60,00m (sessenta metros) para o transporte manual de um saco.

11.2.2.1 Além do limite previsto nesta norma, o transporte descarga deverá ser realizado mediante impulsão de

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vagonetes, carros, carretas, carros de mão apropriados, ou qualquer tipo de tração mecanizada.

11.2.3 É vedado o transporte manual de sacos, através de pranchas, sobre vãos superiores a 1,00m (um metro) ou
mais de extensão.

11.2.3.1 As pranchas de que trata o item 11.2.3 deverão ter a largura mínima de 0,50m (cinqüenta centímetros).

11.2.4 Na operação manual de carga e descarga de sacos, em caminhão ou vagão, o trabalhador terá o auxílio de
ajudante.

11.2.5 As pilhas de sacos, nos armazéns, devem ter altura máxima limitada ao nível de resistência do piso, à forma e
resistência dos materiais de embalagem e à estabilidade, baseada na geometria, tipo de amarração e inclinação das
pilhas. (Alterado pela Portaria SIT n.º 82, de 01 de junho de 2004)

11.2.6 (Revogado pela Portaria SIT n.º 82, de 01 de junho de 2004)

11.2.7 No processo mecanizado de empilhamento, aconselha-se o uso de esteiras-rolantes, dadas ou empilhadeiras.

11.2.8 Quando não for possível o emprego de processo mecanizado, admite-se o processo manual, mediante a
utilização de escada removível de madeira, com as seguintes características:
a) lance único de degraus com acesso a um patamar final;
b) a largura mínima de 1,00m (um metro), apresentando o patamar as dimensões mínimas de 1,00m x 1,00m (um
metro x um metro) e a altura máxima, em relação ao solo, de 2,25m (dois metros e vinte e cinco centímetros);
c) deverá ser guardada proporção conveniente entre o piso e o espelho dos degraus, não podendo o espelho ter
altura superior a 0,15m (quinze centímetros), nem o piso largura inferior a 0,25m (vinte e cinco centímetros);
d) deverá ser reforçada, lateral e verticalmente, por meio de estrutura metálica ou de madeira que assegure sua
estabilidade;
e) deverá possuir, lateralmente, um corrimão ou guarda-corpo na altura de 1,00m (um metro) em toda a extensão;
f) perfeitas condições de estabilidade e segurança, sendo substituída imediatamente a que apresente qualquer
defeito.

11.2.9 O piso do armazém deverá ser constituído de material não escorregadio, sem aspereza, utilizando-se, de
preferência, o mastique asfáltico, e mantido em perfeito estado de conservação.

11.2.10 Deve ser evitado o transporte manual de sacos em pisos escorregadios ou molhados.

11.2.11 A empresa deverá providenciar cobertura apropriada dos locais de carga e descarga da sacaria.

11.3 Armazenamento de materiais.

11.3.1 O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada para o piso.

11.3.2 O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra
incêndio, saídas de emergências, etc.

11.3.3. Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma distância de pelo menos
0,50m (cinqüenta centímetros).

11.3.4 A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o acesso às saídas de emergência.

11.3.5 O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada tipo de material.

11.4 Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Mármore, Granito e outras rochas. (Acrescentado
pela Portaria SIT n.º 56, de 17 de setembro de 2003)

11.4.1 A movimentação, armazenagem e manuseio de chapas de mármore, granito e outras rochas deve obedecer ao
disposto no Regulamento Técnico de Procedimentos constante no Anexo I desta NR. (Acrescentado pela Portaria
SIT n.º 56, de 17 de setembro de 2003)

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NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Publicação D.O.U.
Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Atualizações D.O.U.
Portaria SSST n.º 12, de 06 de junho de 1983 14/06/83
Portaria SSST n.º 13, de 24 de outubro de 1994 26/10/94
Portaria SSST n.º 25, de 28 de janeiro de 1996 05/12/96
Portaria SSST n.º 04, de 28 de janeiro de 1997 04/03/97
Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010 24/12/10
Portaria SIT n.º 293, de 08 de dezembro de 2011 09/12/11
Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013 11/12/13
Portaria MTE n.º 857, de 25 de junho de 2015 26/06/15
Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015 10/12/15
Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016 02/05/16
Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016 22/09/16
Portaria MTb n.º 1.111, de 21 de setembro de 2016 22/09/16
Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017 06/07/17
Portaria MTb n.º 98, de 08 de fevereiro de 2018 09/02/18
Portaria MTb n.º 252, de 10 de abril de 2018 12/04/18
Portaria MTb n.º 1.083, de 18 de dezembro de 2018 19/12/18

Notas Técnicas D.O.U.


Nota Técnica DSST/SIT n.º 48/2016
Nota Técnica DSST/SIT n.º 179/2016
Nota Técnica DSST/SIT n.º 253/2016
Nota Técnica DSST/SIT n.º 254/2016
Nota Técnica DSST/SIT n.º 02/2017

Instruções Normativas D.O.U.


Instrução Normativa DSST/SIT n.º 129/2017

(Redação dada pela Portaria SIT n.º 197, de 17/12/10)


Princípios Gerais

12.1 Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de
proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção
de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e
ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades
econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR aprovadas pela
Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978, nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão destas, nas normas
internacionais aplicáveis.

12.1.1 Entende-se como fase de utilização o transporte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção,
inspeção, desativação e desmonte da máquina ou equipamento. (Alterado pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.2 As disposições desta Norma referem-se a máquinas e equipamentos novos e usados, exceto nos itens em que
houver menção específica quanto à sua aplicabilidade.

12.2A As máquinas e equipamentos comprovadamente destinados à exportação estão isentos do atendimento dos
requisitos técnicos de segurança previstos nesta norma. (Inserido pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.2B Esta norma não se aplica às máquinas e equipamentos: (Item e alíneas inseridos pela Portaria MTE n.º 857, de
25/06/2015)
a) movidos ou impulsionados por força humana ou animal;
b) expostos em museus, feiras e eventos, para fins históricos ou que sejam considerados como antiguidades e não
sejam mais empregados com fins produtivos, desde que sejam adotadas medidas que garantam a preservação da
integridade física dos visitantes e expositores;
c) classificados como eletrodomésticos.

12.2C É permitida a movimentação segura de máquinas e equipamentos fora das instalações físicas da empresa para
reparos, adequações, modernização tecnológica, desativação, desmonte e descarte. (Inserido pela Portaria MTE n.º 857,

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de 25/06/2015).

12.3 O empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos, capazes de garantir
a saúde e a integridade física dos trabalhadores, e medidas apropriadas sempre que houver pessoas com deficiência
envolvidas direta ou indiretamente no trabalho.

12.4 São consideradas medidas de proteção, a ser adotadas nessa ordem de prioridade:
a) medidas de proteção coletiva;
b) medidas administrativas ou de organização do trabalho; e
c) medidas de proteção individual.

12.5 Na aplicação desta Norma e de seus anexos, devem-se considerar as características das máquinas e equipamentos,
do processo, a apreciação de riscos e o estado da técnica. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016
- Vide Nota Técnica DSST/SIT n.º 48/20016)

12.5A Cabe aos trabalhadores: (Item e alíneas inseridos pela Portaria MTE n.º 857, de 25 de junho de 2015)
a) cumprir todas as orientações relativas aos procedimentos seguros de operação, alimentação, abastecimento, limpeza,
manutenção, inspeção, transporte, desativação, desmonte e descarte das máquinas e equipamentos;
b) não realizar qualquer tipo de alteração nas proteções mecânicas ou dispositivos de segurança de máquinas e
equipamentos, de maneira que possa colocar em risco a sua saúde e integridade física ou de terceiros;
c) comunicar seu superior imediato se uma proteção ou dispositivo de segurança foi removido, danificado ou se perdeu
sua função;
d) participar dos treinamentos fornecidos pelo empregador para atender às exigências/requisitos descritos nesta Norma;
e) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma.

12.5.1 Não é obrigatória a observação de novas exigências advindas de normas técnicas publicadas posteriormente à
data de fabricação, importação ou adequação das máquinas e equipamentos, desde que atendam a Norma
Regulamentadora n.º 12, publicada pela Portaria n.º 197/2010, seus anexos e suas alterações posteriores, bem como às
normas técnicas vigentes à época de sua fabricação, importação ou adequação. (Inserido pela Portaria MTb n.º 1.111,
de 21 de setembro de 2016)

Arranjo físico e instalações.

12.6 Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de circulação devem ser devidamente demarcadas e
em conformidade com as normas técnicas oficiais.

12.6.1 (Excluído pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

12.6.2 As áreas de circulação devem ser mantidas desobstruídas. (Alterado pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro
de 2018)

12.7 Os materiais em utilização no processo produtivo devem ser alocados em áreas especificas de armazenamento,
devidamente demarcadas com faixas na cor indicada pelas normas técnicas oficiais ou sinalizadas quando se tratar de
áreas externas.

12.8 Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser adequados ao seu tipo e ao tipo de operação, de
forma a prevenir a ocorrência de acidentes e doenças relacionados ao trabalho.

12.8.1 A distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas características e aplicações, deve garantir a
segurança dos trabalhadores durante sua operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a movimentação
dos segmentos corporais, em face da natureza da tarefa.

12.8.2 As áreas de circulação e armazenamento de materiais e os espaços em torno de máquinas devem ser projetados,
dimensionados e mantidos de forma que os trabalhadores e os transportadores de materiais, mecanizados e manuais,
movimentem-se com segurança.

12.9 Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos e das áreas de circulação devem:
a) ser mantidos limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que ofereçam riscos de acidentes;
b) ter características de modo a prevenir riscos provenientes de graxas, óleos e outras substâncias e materiais que os
tornem escorregadios; e
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c) ser nivelados e resistentes às cargas a que estão sujeitos.

12.10 As ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser organizadas e armazenadas ou dispostas em locais
específicos para essa finalidade.

12.11 As máquinas estacionárias devem possuir medidas preventivas quanto à sua estabilidade, de modo que não
basculem e não se desloquem intempestivamente por vibrações, choques, forças externas previsíveis, forças dinâmicas
internas ou qualquer outro motivo acidental.

12.11.1 A instalação das máquinas estacionárias deve respeitar os requisitos necessários fornecidos pelos fabricantes ou,
na falta desses, o projeto elaborado por profissional legalmente habilitado, em especial quanto à fundação, fixação,
amortecimento, nivelamento, ventilação, alimentação elétrica, pneumática e hidráulica, aterramento e sistemas de
refrigeração.

12.12 Nas máquinas móveis que possuem rodízios, pelo menos dois deles devem possuir travas.

12.13 As máquinas, as áreas de circulação, os postos de trabalho e quaisquer outros locais em que possa haver
trabalhadores devem ficar posicionados de modo que não ocorra transporte e movimentação aérea de materiais sobre os
trabalhadores.

Instalações e dispositivos elétricos.

12.14 As instalações elétricas das máquinas e equipamentos devem ser projetadas e mantidas de modo a prevenir, por
meios seguros, os perigos de choque elétrico, incêndio, explosão e outros tipos de acidentes, conforme previsto na NR-
10.

12.15 Devem ser aterrados, conforme as normas técnicas oficiais vigentes, as instalações, carcaças, invólucros,
blindagens ou partes condutoras das máquinas e equipamentos que não façam parte dos circuitos elétricos, mas que
possam ficar sob tensão.

12.16 As instalações elétricas das máquinas e equipamentos que estejam ou possam estar em contato direto ou indireto
com água ou agentes corrosivos devem ser projetadas com meios e dispositivos que garantam sua blindagem,
estanqueidade, isolamento e aterramento, de modo a prevenir a ocorrência de acidentes.

12.17 Os condutores de alimentação elétrica das máquinas e equipamentos devem atender aos seguintes requisitos
mínimos de segurança:
a) oferecer resistência mecânica compatível com a sua utilização;
b) possuir proteção contra a possibilidade de rompimento mecânico, de contatos abrasivos e de contato com
lubrificantes, combustíveis e calor;
c) localização de forma que nenhum segmento fique em contato com as partes móveis ou cantos vivos;
d) não dificultar o trânsito de pessoas e materiais ou a operação das máquinas; (Alterada pela Portaria MTb n.º 98, de
08 e fevereiro de 2018)
e) não oferecer quaisquer outros tipos de riscos na sua localização; e
f) ser constituídos de materiais que não propaguem o fogo. (Alterada pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de
2018)

12.18 Os quadros de energia das máquinas e equipamentos devem atender aos seguintes requisitos mínimos de
segurança:
a) possuir porta de acesso, mantida permanentemente fechada;
b) possuir sinalização quanto ao perigo de choque elétrico e restrição de acesso por pessoas não autorizadas;
c) ser mantidos em bom estado de conservação, limpos e livres de objetos e ferramentas;
d) possuir proteção e identificação dos circuitos; e
e) atender ao grau de proteção adequado em função do ambiente de uso.

12.19 As ligações e derivações dos condutores elétricos das máquinas e equipamentos devem ser feitas mediante
dispositivos apropriados e conforme as normas técnicas oficiais vigentes, de modo a assegurar resistência mecânica e
contato elétrico adequado, com características equivalentes aos condutores elétricos utilizados e proteção contra riscos.

12.20 As instalações elétricas das máquinas e equipamentos que utilizem energia elétrica fornecida por fonte externa

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devem possuir dispositivo protetor contra sobrecorrente, dimensionado conforme a demanda de consumo do circuito.

12.20.1 As máquinas e equipamentos devem possuir dispositivo protetor contra sobretensão quando a elevação da
tensão puder ocasionar risco de acidentes.

12.20.2 Nas máquinas e equipamentos em que a falta ou a inversão de fases da alimentação elétrica puder ocasionar
riscos, deve haver dispositivo que impeça a ocorrência de acidentes. (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de
setembro de 2016)

12.21 São proibidas nas máquinas e equipamentos:


a) a utilização de chave geral como dispositivo de partida e parada;
b) a utilização de chaves tipo faca nos circuitos elétricos; e
c) a existência de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam energia elétrica.

12.22 As baterias devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança:


a) localização de modo que sua manutenção e troca possam ser realizadas facilmente a partir do solo ou de uma
plataforma de apoio;
b) constituição e fixação de forma a não haver deslocamento acidental; e
c) proteção do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto-circuito.

12.23 Os serviços e substituições de baterias devem ser realizados conforme indicação constante do manual de
operação.

Dispositivos de partida, acionamento e parada.

12.24 Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas devem ser projetados, selecionados e instalados
de modo que:
a) não se localizem em suas zonas perigosas;
b) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador;
c) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra forma acidental;
d) não acarretem riscos adicionais; e
e) não possam ser burlados.

12.25 Os comandos de partida ou acionamento das máquinas devem possuir dispositivos que impeçam seu
funcionamento automático ao serem energizadas.

12.26 Quando forem utilizados dispositivos de acionamento do tipo comando bimanual, visando a manter as mãos do
operador fora da zona de perigo, esses devem atender aos seguintes requisitos mínimos do comando:
a) possuir atuação síncrona, ou seja, um sinal de saída deve ser gerado somente quando os dois dispositivos de atuação
do comando -botões- forem atuados com um retardo de tempo menor ou igual a 0,5 s (meio segundo); (Retificado
pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
b) estar sob monitoramento automático por interface de segurança;
c) ter relação entre os sinais de entrada e saída, de modo que os sinais de entrada aplicados a cada um dos dois
dispositivos de atuação do comando devem juntos se iniciar e manter o sinal de saída do dispositivo de comando
bimanual somente durante a aplicação dos dois sinais;
d) o sinal de saída deve terminar quando houver desacionamento de qualquer dos dispositivos de atuação de comando;
e) possuir dispositivos de comando que exijam uma atuação intencional a fim de minimizar a probabilidade de
comando acidental;
f) possuir distanciamento e barreiras entre os dispositivos de atuação de comando para dificultar a burla do efeito de
proteção do dispositivo de comando bimanual; e
g) tornar possível o reinício do sinal de saída somente após a desativação dos dois dispositivos de atuação do
comando.

12.27 Nas máquinas e equipamentos operados por dois ou mais dispositivos de acionamento bimanual, a atuação
síncrona é requerida somente para cada um dos dispositivos de acionamento bimanual e não entre dispositivos

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diferentes, que devem manter simultaneidade entre si. (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de
2016)

12.28 Os dispositivos de acionamento bimanual devem ser posicionados a uma distância segura da zona de perigo,
levando em consideração: (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)
a) a forma, a disposição e o tempo de resposta do dispositivo de acionamento bimanual; (Alterada pela Portaria MTb
n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)
b) o tempo máximo necessário para a paralisação da máquina ou para a remoção do perigo, após o término do sinal de
saída do dispositivo de acionamento bimanual; e (Alterada pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de
2016)
c) a utilização projetada para a máquina.

12.29 Os dispositivos de acionamento bimanual móveis instalados em pedestais devem: (Alterado pela Portaria MTb
n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)
a) manter-se estáveis em sua posição de trabalho; e
b) possuir altura compatível com o alcance do operador em sua posição de trabalho. (Alterada pela Portaria MTb n.º
1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.30 Nas máquinas e equipamentos cuja operação requeira a participação de mais de uma pessoa, o número de
dispositivos de acionamento bimanual simultâneos deve corresponder ao número de operadores expostos aos perigos
decorrentes de seu acionamento, de modo que o nível de proteção seja o mesmo para cada trabalhador. (Alterado pela
Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.30.1 Deve haver seletor do número de dispositivos de acionamento em utilização, com bloqueio que impeça a sua
seleção por pessoas não autorizadas.

12.30.2 O circuito de acionamento deve ser projetado de modo a impedir o funcionamento dos dispositivos de
acionamento bimanual habilitados pelo seletor enquanto os demais comandos não habilitados não forem desconectados.
(Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.30.3 Quando utilizados dois ou mais dispositivos de acionamento bimanual simultâneos, devem possuir sinal
luminoso que indique seu funcionamento. (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.31 As máquinas ou equipamentos concebidos e fabricados para permitir a utilização de vários modos de comando ou
de funcionamento que apresentem níveis de segurança diferentes, devem possuir um seletor que atenda aos seguintes
requisitos:
a) bloqueio em cada posição, impedindo a sua mudança por pessoas não autorizadas;
b) correspondência de cada posição a um único modo de comando ou de funcionamento;
c) modo de comando selecionado com prioridade sobre todos os outros sistemas de comando, com exceção da parada
de emergência; e
d) a seleção deve ser visível, clara e facilmente identificável.

12.32 As máquinas e equipamentos, cujo acionamento por pessoas não autorizadas possam oferecer risco à saúde ou
integridade física de qualquer pessoa, devem possuir sistema que possibilite o bloqueio de seus dispositivos de
acionamento.

12.33 O acionamento e o desligamento simultâneo por um único comando de um conjunto de máquinas e equipamentos
ou de máquinas e equipamentos de grande dimensão devem ser precedidos da emissão de sinal sonoro ou visual.
(Alterado pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

12.34 Devem ser adotadas, quando necessárias, medidas adicionais de alerta, como sinal visual e dispositivos de
telecomunicação, considerando as características do processo produtivo e dos trabalhadores.

12.35 As máquinas e equipamentos comandados por radiofreqüência devem possuir proteção contra interferências
eletromagnéticas acidentais.

12.36 Os componentes de partida, parada, acionamento e controles que compõem a interface de operação das máquinas
e equipamentos fabricados a partir de 24 de Março de 2012 devem: (Item e alíneas alterados pela Portaria MTE n.º
857, de 25/06/2015)

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a) possibilitar a instalação e funcionamento do sistema de parada de emergência, quando aplicável, conforme itens e
subitens do capítulo sobre dispositivos de parada de emergência, desta norma; e
b) operar em extrabaixa tensão de até 25VCA(vinte e cinco volts em corrente alternada) ou de até 60VCC (sessenta
volts em corrente contínua), ou ser adotada outra medida de proteção contra choques elétricos, conforme Normas
Técnicas oficiais vigentes.

12.36.1 Os componentes de partida, parada, acionamento e controles que compõem a interface de operação das
máquinas e equipamentos fabricados até 24 de março de 2012 devem: (Item e alíneas inseridos pela Portaria MTE n.º
857, de 25/06/2015)
a) possibilitar a instalação e funcionamento do sistema de parada de emergência, quando aplicável, conforme itens e
subitens do capítulo dispositivos de parada de emergência, desta norma; e
b) quando a apreciação de risco indicar a necessidade de proteções contra choques elétricos, operar em extrabaixa
tensão de até 25VCA (vinte e cinco volts em corrente alternada) ou de até 60VCC (sessenta volts em corrente
contínua), ou ser adotada outra medida de proteção, conforme Normas Técnicas oficiais vigentes.

12.37 Se indicada pela apreciação de riscos a necessidade de redundância dos dispositivos responsáveis pela prevenção
de partida inesperada ou pela função de parada relacionada à segurança, conforme a categoria de segurança requerida, o
circuito elétrico da chave de partida de motores de máquinas e equipamentos deve: (Item e alíneas alterado pela
Portaria MTb n.º 1.083 de 18 de dezembro de 2019)
a) possuir estrutura redundante;
b) permitir que as falhas que comprometem a função de segurança sejam monitoradas; e
c) ser adequadamente dimensionado de acordo com o estabelecido pelas normas técnicas nacionais vigentes e, na
ausência ou omissão destas, pelas normas técnicas internacionais.

12.37.1 Para o atendimento aos requisitos do item 12.37, alíneas “b”, “c” e “d”, é permitida a parada controlada do
motor, desde que não haja riscos decorrentes de sua parada não instantânea. (Inserido pela Portaria MTPS n.º 509, de
29 de abril de 2016)

Sistemas de segurança.

12.38 As zonas de perigo das máquinas e equipamentos devem possuir sistemas de segurança, caracterizados por
proteções fixas, proteções móveis e dispositivos de segurança interligados, que garantam proteção à saúde e à
integridade física dos trabalhadores.

12.38.1 A adoção de sistemas de segurança, em especial nas zonas de operação que apresentem perigo, deve considerar
as características técnicas da máquina e do processo de trabalho e as medidas e alternativas técnicas existentes, de modo
a atingir o nível necessário de segurança previsto nesta Norma.

12.39 Os sistemas de segurança devem ser selecionados e instalados de modo a atender aos seguintes requisitos: (Vide
prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)
a) ter categoria de segurança conforme prévia análise de riscos prevista nas normas técnicas oficiais vigentes;
b) estar sob a responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado;
c) possuir conformidade técnica com o sistema de comando a que são integrados;
d) instalação de modo que não possam ser neutralizados ou burlados;
e) manterem-se sob vigilância automática, ou seja, monitoramento, de acordo com a categoria de segurança requerida,
exceto para dispositivos de segurança exclusivamente mecânicos; e
f) paralisação dos movimentos perigosos e demais riscos quando ocorrerem falhas ou situações anormais de trabalho.

12.40 Os sistemas de segurança, se indicado pela apreciação de riscos, devem exigir rearme (“reset”) manual. (Alterado
pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

12.40.1 Depois que um comando de parada tiver sido iniciado pelo sistema de segurança, a condição de parada deve ser
mantida até que existam condições seguras para o rearme. (Inserido pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de
2016)

12.41 Para fins de aplicação desta Norma, considera-se proteção o elemento especificamente utilizado para prover
segurança por meio de barreira física, podendo ser:
a) proteção fixa, que deve ser mantida em sua posição de maneira permanente ou por meio de elementos de fixação

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que só permitam sua remoção ou abertura com o uso de ferramentas; (Alterada pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09
de dezembro de 2013)
b) proteção móvel, que pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente ligada por elementos mecânicos à
estrutura da máquina ou a um elemento fixo próximo, e deve se associar a dispositivos de intertravamento.

12.42 Para fins de aplicação desta Norma, consideram-se dispositivos de segurança os componentes que, por si só ou
interligados ou associados a proteções, reduzam os riscos de acidentes e de outros agravos à saúde, sendo classificados
em:
a) comandos elétricos ou interfaces de segurança: dispositivos responsáveis por realizar o monitoramento, que
verificam a interligação, posição e funcionamento de outros dispositivos do sistema e impedem a ocorrência de
falha que provoque a perda da função de segurança, como relés de segurança, controladores configuráveis de
segurança e controlador lógico programável - CLP de segurança;
b) dispositivos de intertravamento: chaves de segurança eletromecânicas, magnéticas e eletrônicas codificadas,
optoeletrônicas, sensores indutivos de segurança e outros dispositivos de segurança que possuem a finalidade de
impedir o funcionamento de elementos da máquina sob condições específicas; (Alterada pela Portaria MTPS n.º
211, de 09 de dezembro de 2015)
c) sensores de segurança: dispositivos detectores de presença mecânicos e não mecânicos, que atuam quando uma
pessoa ou parte do seu corpo adentra a zona de detecção, enviando um sinal para interromper ou impedir o início de
funções perigosas, como cortinas de luz, detectores de presença optoeletrônicos, laser de múltiplos feixes, barreiras
óticas, monitores de área, ou scanners, batentes, tapetes e sensores de posição; (Alterada pela Portaria MTPS n.º
211, de 09 de dezembro de 2015)
d) válvulas e blocos de segurança ou sistemas pneumáticos e hidráulicos de mesma eficácia;
e) dispositivos mecânicos, tais como: dispositivos de retenção, limitadores, separadores, empurradores,
inibidores/defletores, retráteis, ajustáveis ou com auto fechamento; e (Alterada pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21
de setembro de 2016)
f) dispositivos de validação: dispositivos suplementares de controle operados manualmente, que, quando aplicados de
modo permanente, habilitam o dispositivo de acionamento. (Alterada pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de
setembro de 2016)

12.43 Os componentes relacionados aos sistemas de segurança e comandos de acionamento e parada das máquinas,
inclusive de emergência, devem garantir a manutenção do estado seguro da máquina ou equipamento quando ocorrerem
flutuações no nível de energia além dos limites considerados no projeto, incluindo o corte e restabelecimento do
fornecimento de energia. (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)

12.44 A proteção deve ser móvel quando o acesso a uma zona de perigo for requerido uma ou mais vezes por turno de
trabalho, observando-se que: (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)
a) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento quando sua abertura não possibilitar o acesso à
zona de perigo antes da eliminação do risco; e
b) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento com bloqueio quando sua abertura possibilitar o
acesso à zona de perigo antes da eliminação do risco.

12.45 As máquinas e equipamentos dotados de proteções móveis associadas a dispositivos de intertravamento devem:
(Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)
a) operar somente quando as proteções estiverem fechadas;
b) paralisar suas funções perigosas quando as proteções forem abertas durante a operação; e
c) garantir que o fechamento das proteções por si só não possa dar inicio às funções perigosas

12.45.1 A utilização de proteções intertravadas com comando de partida, como exceção ao previsto na alínea “c”, deve
ser limitada e aplicada conforme as exigências específicas previstas em normas técnicas. (Inserido pela Portaria MTb
n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.46 Os dispositivos de intertravamento com bloqueio associados às proteções móveis das máquinas e equipamentos
devem: (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)
a) permitir a operação somente enquanto a proteção estiver fechada e bloqueada;
b) manter a proteção fechada e bloqueada até que tenha sido eliminado o risco de lesão devido às funções perigosas da
máquina ou do equipamento; e
c) garantir que o fechamento e bloqueio da proteção por si só não possa dar inicio às funções perigosas da máquina ou

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do equipamento.

12.46.1 A utilização de proteções intertravadas com comando de partida, como exceção ao previsto na alínea “c”, deve
ser limitada e aplicada conforme as exigências específicas previstas em normas técnicas. (Inserido pela Portaria MTb
n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.47 As transmissões de força e os componentes móveis a elas interligados, acessíveis ou expostos, devem possuir
proteções fixas, ou móveis com dispositivos de intertravamento, que impeçam o acesso por todos os lados.

12.47.1 Quando utilizadas proteções móveis para o enclausuramento de transmissões de força que possuam inércia,
devem ser utilizados dispositivos de intertravamento com bloqueio. (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de
17 de dezembro de 2010)

12.47.2 O eixo cardã deve possuir proteção adequada, em perfeito estado de conservação em toda a sua extensão, fixada
na tomada de força da máquina desde a cruzeta até o acoplamento do implemento ou equipamento.

12.48 As máquinas e equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes, projeção de materiais, partículas ou
substâncias, devem possuir proteções que garantam a saúde e a segurança dos trabalhadores.

12.49 As proteções devem ser projetadas e construídas de modo a atender aos seguintes requisitos de segurança:
a) cumprir suas funções apropriadamente durante a vida útil da máquina ou possibilitar a reposição de partes
deterioradas ou danificadas;
b) ser constituídas de materiais resistentes e adequados à contenção de projeção de peças, materiais e partículas;
c) fixação firme e garantia de estabilidade e resistência mecânica compatíveis com os esforços requeridos;
d) não criar pontos de esmagamento ou agarramento com partes da máquina ou com outras proteções;
e) não possuir extremidades e arestas cortantes ou outras saliências perigosas;
f) resistir às condições ambientais do local onde estão instaladas;
g) impedir que possam ser burladas;
h) proporcionar condições de higiene e limpeza;
i) impedir o acesso à zona de perigo;
j) ter seus dispositivos de intertravamento protegidos adequadamente contra sujidade, poeiras e corrosão, se
necessário;
k) ter ação positiva, ou seja, atuação de modo positivo; e
l) não acarretar riscos adicionais.

12.50 Quando a proteção for confeccionada com material descontínuo, devem ser observadas as distâncias de segurança
para impedir o acesso às zonas de perigo, conforme previsto no Anexo I, item A.

12.51 Sempre que forem utilizados sistemas de segurança, inclusive proteções distantes, com possibilidade de alguma
pessoa ficar na zona de perigo, deve ser adotada uma das seguintes medidas adicionais de proteção coletiva para
impedir a partida da máquina enquanto houver pessoas nessa zona: (Alterado pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e
fevereiro de 2018)
a) sensoriamento da presença de pessoas; (Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)
b) proteções móveis ou sensores de segurança na entrada ou acesso à zona de perigo, associadas a rearme (“reset”)
manual. (Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

12.51.1 A localização dos atuadores de rearme (“reset”) manual deve permitir uma visão completa da zona protegida
pelo sistema. (Inserido pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

12.51.2 Quando não for possível o cumprimento da exigência do item 12.51.1, deve ser adotado o sensoriamento da
presença de pessoas nas zonas de perigo com a visualização obstruída, ou a adoção de sistema que exija a ida à zona de
perigo não visualizada, como, por exemplo, duplo rearme (“reset”). (Inserido pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e
fevereiro de 2018)

12.51.3 Deve haver dispositivos de parada de emergência localizados no interior da zona protegida pelo sistema, bem
como meios de liberar pessoas presas dentro dela. (Inserido pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

12.52 As proteções também utilizadas como meio de acesso por exigência das características da máquina ou do
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equipamento devem atender aos requisitos de resistência e segurança adequados a ambas as finalidades.

12.53 Deve haver proteção no fundo dos degraus da escada, ou seja, nos espelhos, sempre que uma parte saliente do pé
ou da mão possa contatar uma zona perigosa.

12.54 As proteções, dispositivos e sistemas de segurança devem integrar as máquinas e equipamentos, e não podem ser
considerados itens opcionais para qualquer fim.

12.55. Em função do risco, poderá ser exigido projeto, diagrama ou representação esquemática dos sistemas de
segurança de máquinas, com respectivas especificações técnicas em língua portuguesa. (Vide prazos no Art. 4ª da
Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)

12.55.1 Quando a máquina não possuir a documentação técnica exigida, o seu proprietário deve constituí-la, sob a
responsabilidade de profissional legalmente habilitado e com respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica do
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura - ART/CREA. (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de
dezembro de 2010)

Dispositivos de parada de emergência.

12.56 As máquinas devem ser equipadas com um ou mais dispositivos de parada de emergência, por meio dos quais
possam ser evitadas situações de perigo latentes e existentes.

12.56.1 Os dispositivos de parada de emergência não devem ser utilizados como dispositivos de partida ou de
acionamento.

12.56.2 Excetuam-se da obrigação do item 12.56 as máquinas manuais, as máquinas autopropelidas e aquelas nas quais
o dispositivo de parada de emergência não possibilita a redução do risco. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 211, de 09
de dezembro de 2015)

12.57 Os dispositivos de parada de emergência devem ser posicionados em locais de fácil acesso e visualização pelos
operadores em seus postos de trabalho e por outras pessoas, e mantidos permanentemente desobstruídos.

12.58 Os dispositivos de parada de emergência devem:


a) ser selecionados, montados e interconectados de forma a suportar as condições de operação previstas, bem como as
influências do meio;
b) ser usados como medida auxiliar, não podendo ser alternativa a medidas adequadas de proteção ou a sistemas
automáticos de segurança;
c) possuir acionadores projetados para fácil atuação do operador ou outros que possam necessitar da sua utilização;
d) prevalecer sobre todos os outros comandos;
e) provocar a parada da operação ou processo perigoso em período de tempo tão reduzido quanto tecnicamente
possível, sem provocar riscos suplementares;
f) ter sua função disponível e operacional a qualquer tempo, independentemente do modo de operação; e (Alterada
pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)
g) ser mantidos em perfeito estado de funcionamento.

12.59 A função parada de emergência não deve:


a) prejudicar a eficiência de sistemas de segurança ou dispositivos com funções relacionadas com a segurança;
b) prejudicar qualquer meio projetado para resgatar pessoas acidentadas; e
c) gerar risco adicional.

12.60 O acionamento do dispositivo de parada de emergência deve também resultar na retenção do acionador, de tal
forma que quando a ação no acionador for descontinuada, este se mantenha retido até que seja desacionado.

12.60.1 O desacionamento deve ser possível apenas como resultado de uma ação manual intencionada sobre o
acionador, por meio de manobra apropriada;

12. 61 Quando usados acionadores do tipo cabo, deve-se:


a) utilizar chaves de parada de emergência que trabalhem tracionadas, de modo a cessarem automaticamente as
funções perigosas da máquina em caso de ruptura ou afrouxamento dos cabos;

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b) considerar o deslocamento e a força aplicada nos acionadores, necessários para a atuação das chaves de parada de
emergência; e
c) obedecer à distância máxima entre as chaves de parada de emergência recomendada pelo fabricante.

12.62 As chaves de parada de emergência devem ser localizadas de tal forma que todo o cabo de acionamento seja
visível a partir da posição de desacionamento da parada de emergência.

12.62.1 Se não for possível o cumprimento da exigência do item 12.62, deve-se garantir que, após a atuação e antes do
desacionamento, a máquina ou equipamento seja inspecionado em toda a extensão do cabo.

12.63 A parada de emergência deve exigir rearme, ou reset manual, a ser realizado somente após a correção do evento
que motivou o acionamento da parada de emergência.

12.63.1 A localização dos acionadores de rearme deve permitir uma visualização completa da área protegida pelo cabo.

Meios de acesso permanentes.

12.64 As máquinas e equipamentos devem possuir acessos permanentemente fixados e seguros a todos os seus pontos
de operação, abastecimento, inserção de matérias-primas e retirada de produtos trabalhados, preparação, manutenção e
intervenção constante.

12.64.1 Consideram-se meios de acesso elevadores, rampas, passarelas, plataformas ou escadas de degraus.

12.64.2 Na impossibilidade técnica de adoção dos meios previstos no subitem 12.64.1, poderá ser utilizada escada fixa
tipo marinheiro.

12.64.3 Nas máquinas e equipamentos, os meios de acesso permanentes devem ser localizados e instalados de modo a
prevenir riscos de acidente e facilitar o seu acesso e utilização pelos trabalhadores.

12.65 O emprego dos meios de acesso deve considerar o ângulo de lance conforme Figura 1 do Anexo III. (Vide prazos
no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)

12.66 Os locais ou postos de trabalho acima do piso em que haja acesso de trabalhadores, para operação ou quaisquer
outras intervenções habituais nas máquinas e equipamentos, como abastecimento, preparação, ajuste, inspeção, limpeza
e manutenção, devem possuir plataformas de trabalho estáveis e seguras. (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21
de setembro de 2016)

12.66.1 Na impossibilidade técnica de aplicação do previsto no item 12.66, poderá ser adotado o uso de plataformas
móveis ou elevatórias.

12.67 As plataformas móveis devem ser estáveis, de modo a não permitir sua movimentação ou tombamento durante a
realização do trabalho.

12.68 As passarelas, plataformas, rampas e escadas de degraus devem propiciar condições seguras de trabalho,
circulação, movimentação e manuseio de materiais e:
a) ser dimensionadas, construídas e fixadas de modo seguro e resistente, de forma a suportar os esforços solicitantes e
movimentação segura do trabalhador;
b) ter pisos e degraus constituídos de materiais ou revestimentos antiderrapantes;
c) ser mantidas desobstruídas; e
d) ser localizadas e instaladas de modo a prevenir riscos de queda, escorregamento, tropeçamento e dispêndio
excessivo de esforços físicos pelos trabalhadores ao utilizá-las.

12.69 As rampas com inclinação entre 10º (dez) e 20º (vinte) graus em relação ao plano horizontal devem possuir peças
transversais horizontais fixadas de modo seguro, para impedir escorregamento, distanciadas entre si 0,40 m (quarenta
centímetros) em toda sua extensão quando o piso não for antiderrapante. (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º
197, de 17 de dezembro de 2010)

12.69.1 É proibida a construção de rampas com inclinação superior a 20º (vinte) graus em relação ao piso.

12.70 Os meios de acesso, exceto escada fixa do tipo marinheiro e elevador, devem possuir sistema de proteção contra
quedas com as seguintes características:
a) ser dimensionados, construídos e fixados de modo seguro e resistente, de forma a suportar os esforços solicitantes;

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b) ser constituídos de material resistente a intempéries e corrosão;
c) possuir travessão superior de 1,10 m (um metro e dez centímetros) a 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de
altura em relação ao piso ao longo de toda a extensão, em ambos os lados;
d) o travessão superior não deve possuir superfície plana, a fim de evitar a colocação de objetos; e
e) possuir rodapé de, no mínimo, 0,20 m (vinte centímetros) de altura e travessão intermediário a 0,70 m (setenta
centímetros) de altura em relação ao piso, localizado entre o rodapé e o travessão superior.

12.71 Havendo risco de queda de objetos e materiais, o vão entre o rodapé e o travessão superior do guarda corpo deve
receber proteção fixa, integral e resistente.

12.71.1 A proteção mencionada no item 12.71 pode ser constituída de tela resistente, desde que sua malha não permita a
passagem de qualquer objeto ou material que possa causar lesões aos trabalhadores.

12.72 Para o sistema de proteção contra quedas em plataformas utilizadas em operações de abastecimento ou que
acumulam sujidades, é permitida a adoção das dimensões da Figura 5 do Anexo III.

12.73 As passarelas, plataformas e rampas devem ter as seguintes características: (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria
SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010)
a) largura útil mínima de 0,60 m (sessenta centímetros);
b) meios de drenagem, se necessário; e
c) não possuir rodapé no vão de acesso.

12.74 As escadas de degraus sem espelho devem ter: (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro
de 2010)
a) largura útil mínima de 0,60 m (sessenta centímetros); (Alterada pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de
2016)
b) degraus com profundidade mínima de 0,15 m (quinze centímetros);
c) degraus e lances uniformes, nivelados e sem saliências;
d) altura máxima entre os degraus de 0,25 m (vinte e cinco centímetros);
e) plataforma de descanso com largura útil mínima de 0,60 m (sessenta centímetros) e comprimento a intervalos de,
no máximo, 3,00 m (três metros) de altura; (Alterada pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)
f) projeção mínima de 0,01 m (dez milímetros) de um degrau sobre o outro; e
g) degraus com profundidade que atendam à fórmula: 600≤ g +2h ≤ 660 (dimensões em milímetros), conforme Figura
2 do Anexo III.

12.75 As escadas de degraus com espelho devem ter: (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de
dezembro de 2010)
a) largura útil mínima de 0,60 m (sessenta centímetros); (Alterada pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de
2016)
b) degraus com profundidade mínima de 0,20 m (vinte centímetros);
c) degraus e lances uniformes, nivelados e sem saliências;
d) altura entre os degraus de 0,20 m (vinte centímetros) a 0,25 m (vinte e cinco centímetros);
e) plataforma de descanso com largura útil mínima de 0,60 m (sessenta centímetros) e comprimento a intervalos de,
no máximo, 3,00 m (três metros) de altura. (Alterada pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.76 As escadas fixas do tipo marinheiro devem ter:


a) dimensionamento, construção e fixação seguras e resistentes, de forma a suportar os esforços solicitantes; (Alterada
pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
b) constituição de materiais ou revestimentos resistentes a intempéries e corrosão, caso estejam expostas em ambiente
externo ou corrosivo;
c) gaiolas de proteção, caso possuam altura superior a 3,50 m (três metros e meio), instaladas a partir de 2,0 m (dois
metros) do piso, ultrapassando a plataforma de descanso ou o piso superior em pelo menos de 1,10 m (um metro e
dez centímetros) a 1,20 m (um metro e vinte centímetros);

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d) corrimão ou continuação dos montantes da escada ultrapassando a plataforma de descanso ou o piso superior de
1,10 m (um metro e dez centímetros) a 1,20 m (um metro e vinte centímetros);
e) largura de 0,40 m (quarenta centímetros) a 0,60 m (sessenta centímetros), conforme Figura 3 do Anexo III;
f) altura total máxima de 10,00 m (dez metros), se for de um único lance;
g) altura máxima de 6,00 m (seis metros) entre duas plataformas de descanso, se for de múltiplos lances, construídas
em lances consecutivos com eixos paralelos, distanciados no mínimo em 0,70 m (setenta centímetros), conforme
Figura 3 do Anexo III;
h) espaçamento entre barras horizontais de 0,25 m (vinte e cinco centímetros) a 0,30 m (trinta centímetros), conforme
Figura 3 do Anexo III; (Alterada pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
i) espaçamento entre o piso da máquina ou da edificação e a primeira barra não superior a 0,55 m (cinqüenta e cinco
centímetros), conforme Figura 3 do Anexo III;
j) distância em relação à estrutura em que é fixada de, no mínimo, 0,15 m (quinze centímetros), conforme Figura 4C
do Anexo III; (Alterada pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
k) barras horizontais de 0,025m (vinte e cinco milímetros) a 0,038 m (trinta e oito milímetros) de diâmetro ou
espessura; e (Alterada pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
l) barras horizontais com superfícies, formas ou ranhuras a fim de prevenir deslizamentos. (Alterada pela Portaria
MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)

12.76.1 As gaiolas de proteção devem ter diâmetro de 0,65m (sessenta e cinco centímetros) a 0,80 m (oitenta
centímetros), conforme Figura 4 C do Anexo III; e: (Alterado pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
a) possuir barras verticais com espaçamento máximo de 0,30m (trinta centímetros) entre si e distância máxima de
1,50m (um metro e cinquenta centímetros) entre arcos, conforme figuras 4A e 4B do Anexo III; ou (Alterada pela
Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)
b) vãos entre arcos de, no máximo, 0,30m (trinta centímetros), conforme Figura 3 do Anexo III, dotadas de barra
vertical de sustentação dos arcos. (Alterada pela Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013)

Componentes pressurizados.

12.77 Devem ser adotadas medidas adicionais de proteção das mangueiras, tubulações e demais componentes
pressurizados sujeitos a eventuais impactos mecânicos e outros agentes agressivos, quando houver risco.

12.78 As mangueiras, tubulações e demais componentes pressurizados devem ser localizados ou protegidos de tal forma
que uma situação de ruptura destes componentes e vazamentos de fluidos, não possa ocasionar acidentes de trabalho.

12.79 As mangueiras utilizadas nos sistemas pressurizados devem possuir indicação da pressão máxima de trabalho
admissível especificada pelo fabricante.

12.80 Os sistemas pressurizados das máquinas devem possuir meios ou dispositivos destinados a garantir que:
a) a pressão máxima de trabalho admissível nos circuitos não possa ser excedida; e
b) quedas de pressão progressivas ou bruscas e perdas de vácuo não possam gerar perigo.

12.81 Quando as fontes de energia da máquina forem isoladas, a pressão residual dos reservatórios e de depósitos
similares, como os acumuladores hidropneumáticos, não pode gerar risco de acidentes.

12.82 Os recipientes contendo gases comprimidos utilizados em máquinas e equipamentos devem permanecer em
perfeito estado de conservação e funcionamento e ser armazenados em depósitos bem ventilados, protegidos contra
quedas, calor e impactos acidentais.

12.83 Nas atividades de montagem e desmontagem de pneumáticos das rodas das máquinas e equipamentos não
estacionários, que ofereçam riscos de acidentes, devem ser observadas as seguintes condições:
a) os pneumáticos devem ser completamente despressurizados, removendo o núcleo da válvula de calibragem antes da
desmontagem e de qualquer intervenção que possa acarretar acidentes; e
b) o enchimento de pneumáticos só poderá ser executado dentro de dispositivo de clausura ou gaiola adequadamente
dimensionada, até que seja alcançada uma pressão suficiente para forçar o talão sobre o aro e criar uma vedação
pneumática.

12.84 Em sistemas pneumáticos e hidráulicos que utilizam dois ou mais estágios com diferentes pressões como medida
de proteção, a força exercida no percurso ou circuito de segurança - aproximação - não pode ser suficiente para
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provocar danos à integridade física dos trabalhadores.

12.84.1 Para o atendimento ao disposto no item 12.84, a força exercida no percurso ou circuito de segurança deve estar
limitada a 150 N (cento e cinquenta Newtons) e a pressão de contato limitada a 50 N/cm2 (cinquenta Newtons por
centímetro quadrado), exceto nos casos em que haja previsão de outros valores em normas técnicas oficiais vigentes
especificas.

Transportadores de materiais.

12.85 Os movimentos perigosos dos transportadores contínuos de materiais devem ser protegidos, especialmente nos
pontos de esmagamento, agarramento e aprisionamento formados pelas esteiras, correias, roletes, acoplamentos, freios,
roldanas, amostradores, volantes, tambores, engrenagens, cremalheiras, correntes, guias, alinhadores, região do
esticamento e contrapeso e outras partes móveis acessíveis durante a operação normal.

12.85.1 Os transportadores contínuos de correia cuja altura da borda da correia que transporta a carga esteja superior a
2,70 m (dois metros e setenta centímetros) do piso estão dispensados da observância do item 12.85, desde que não haja
circulação nem permanência de pessoas nas zonas de perigo.

12.85.2 Os transportadores contínuos de correia em que haja proteção fixa distante, associada a proteção móvel
intertravada que restrinja o acesso a pessoal especializado para a realização de inspeções, manutenções e outras
intervenções necessárias, estão dispensados da observância do item 12.85, desde que atendido o disposto no item 12.51.

12.86 Os transportadores contínuos de correia, cuja altura da borda da correia que transporta a carga esteja superior a
2,70 m (dois metros e setenta centímetros) do piso, devem possuir, em toda a sua extensão, passarelas em ambos os
lados, atendidos os requisitos do item 12.66. (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de
2010)

12.86.1 Os transportadores cuja correia tenha largura de até 762 mm (setecentos e sessenta e dois milímetros ou 30
(trinta) polegadas podem possuir passarela em apenas um dos lados, devendo-se adotar o uso de plataformas móveis ou
elevatórias para quaisquer intervenções e inspeções. (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro
de 2010)

12.86.2 Os transportadores móveis articulados em que haja possibilidade de realização de quaisquer intervenções e
inspeções a partir do solo ficam dispensados da exigência do item 12.86. (Vide prazos no Art. 4ª da Portaria SIT n.º
197, de 17 de dezembro de 2010)

12.87 Os transportadores de materiais somente devem ser utilizados para o tipo e capacidade de carga para os quais
foram projetados.

12.88 Os cabos de aço, correntes, eslingas, ganchos e outros elementos de suspensão ou tração e suas conexões devem
ser adequados ao tipo de material e dimensionados para suportar os esforços solicitantes.

12.89 Nos transportadores contínuos de materiais que necessitem de parada durante o processo é proibida a reversão de
movimento para esta finalidade.

12.90 É proibida a permanência e a circulação de pessoas sobre partes em movimento, ou que possam ficar em
movimento, dos transportadores de materiais, quando não projetadas para essas finalidades.

12.90.1 Nas situações em que haja inviabilidade técnica do cumprimento do disposto no item 12.90 devem ser adotadas
medidas que garantam a paralisação e o bloqueio dos movimentos de risco, conforme o disposto no item 12.113 e
subitem 12.113.1.

12.90.2 A permanência e a circulação de pessoas sobre os transportadores contínuos devem ser realizadas por meio de
passarelas com sistema de proteção contra quedas, conforme item 12.70.

12.90.3 É permitida a permanência e a circulação de pessoas sob os transportadores contínuos somente em locais
protegidos que ofereçam resistência e dimensões adequadas contra quedas de materiais.

12.91 Os transportadores contínuos acessíveis aos trabalhadores devem dispor, ao longo de sua extensão, de
dispositivos de parada de emergência, de modo que possam ser acionados em todas as posições de trabalho.

12.91.1. Os transportadores contínuos acessíveis aos trabalhadores ficam dispensados do cumprimento da exigência do
item 12.91 se a análise de risco assim indicar.

12.92 Os transportadores contínuos de correia devem possuir dispositivos que garantam a segurança em caso de falha

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durante sua operação normal e que interrompam seu funcionamento quando forem ultrapassados os limites de
segurança, conforme especificado em projeto, e devem contemplar, no mínimo, as seguintes condições: (Alterado pela
Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)
a) desalinhamento anormal da correia; e
b) sobrecarga de materiais.

12.93. Durante o transporte de materiais suspensos devem ser adotadas medidas de segurança visando a garantir que
não haja pessoas sob a carga.

12.93.1 As medidas de segurança previstas no item 12.93 devem priorizar a existência de áreas exclusivas para a
circulação de cargas suspensas devidamente delimitadas e sinalizadas.

Aspectos ergonômicos.

12.94 As máquinas e equipamentos devem ser projetados, construídos e mantidos com observância aos os seguintes
aspectos:
a) atendimento da variabilidade das características antropométricas dos operadores;
b) respeito às exigências posturais, cognitivas, movimentos e esforços físicos demandados pelos operadores;
c) os componentes como monitores de vídeo, sinais e comandos, devem possibilitar a interação clara e precisa com o
operador de forma a reduzir possibilidades de erros de interpretação ou retorno de informação;
d) os comandos e indicadores devem representar, sempre que possível, a direção do movimento e demais efeitos
correspondentes;
e) os sistemas interativos, como ícones, símbolos e instruções devem ser coerentes em sua aparência e função;
f) favorecimento do desempenho e a confiabilidade das operações, com redução da probabilidade de falhas na
operação;
g) redução da exigência de força, pressão, preensão, flexão, extensão ou torção dos segmentos corporais;
h) a iluminação deve ser adequada e ficar disponível em situações de emergência, quando exigido o ingresso em seu
interior.

12.95 Os comandos das máquinas e equipamentos devem ser projetados, construídos e mantidos com observância aos
seguintes aspectos:
a) localização e distância de forma a permitir manejo fácil e seguro;
b) instalação dos comandos mais utilizados em posições mais acessíveis ao operador;
c) visibilidade, identificação e sinalização que permita serem distinguíveis entre si;
d) instalação dos elementos de acionamento manual ou a pedal de forma a facilitar a execução da manobra levando em
consideração as características biomecânicas e antropométricas dos operadores; e
e) garantia de manobras seguras e rápidas e proteção de forma a evitar movimentos involuntários.

12.96 As Máquinas e equipamentos devem ser projetados, construídos e operados levando em consideração a
necessidade de adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza
dos trabalhos a executar, oferecendo condições de conforto e segurança no trabalho, observado o disposto na NR-17.

12.97 Os assentos utilizados na operação de máquinas devem possuir estofamento e ser ajustáveis à natureza do
trabalho executado, além do previsto no subitem 17.3.3 da NR-17.

12.98 Os postos de trabalho devem ser projetados para permitir a alternância de postura e a movimentação adequada
dos segmentos corporais, garantindo espaço suficiente para operação dos controles nele instalados.

12.99 As superfícies dos postos de trabalho não devem possuir cantos vivos, superfícies ásperas, cortantes e quinas em
ângulos agudos ou rebarbas nos pontos de contato com segmentos do corpo do operador, e os elementos de fixação,
como pregos, rebites e parafusos, devem ser mantidos de forma a não acrescentar riscos à operação.

12.100 Os postos de trabalho das máquinas e equipamentos devem permitir o apoio integral das plantas dos pés no piso.

12.100.1 Deve ser fornecido apoio para os pés quando os pés do operador não alcançarem o piso, mesmo após a
regulagem do assento.

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12.101. As dimensões dos postos de trabalho das máquinas e equipamentos devem:
a) atender às características antropométricas e biomecânicas do operador, com respeito aos alcances dos segmentos
corporais e da visão;
b) assegurar a postura adequada, de forma a garantir posições confortáveis dos segmentos corporais na posição de
trabalho; e
c) evitar a flexão e a torção do tronco de forma a respeitar os ângulos e trajetórias naturais dos movimentos corpóreos,
durante a execução das tarefas.

12.102 Os locais destinados ao manuseio de materiais em processos nas máquinas e equipamentos devem ter altura e ser
posicionados de forma a garantir boas condições de postura, visualização, movimentação e operação.

12.103 Os locais de trabalho das máquinas e equipamentos devem possuir sistema de iluminação permanente que
possibilite boa visibilidade dos detalhes do trabalho, para evitar zonas de sombra ou de penumbra e efeito
estroboscópico.

12.103.1 A iluminação das partes internas das máquinas e equipamentos que requeiram operações de ajustes, inspeção,
manutenção ou outras intervenções periódicas deve ser adequada e estar disponível em situações de emergência, quando
for exigido o ingresso de pessoas, com observância, ainda das exigências específicas para áreas classificadas.

12.104 O ritmo de trabalho e a velocidade das máquinas e equipamentos devem ser compatíveis com a capacidade física
dos operadores, de modo a evitar agravos à saúde.

12.105 O bocal de abastecimento do tanque de combustível e de outros materiais deve ser localizado, no máximo, a
1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) acima do piso ou de uma plataforma de apoio para execução da tarefa.

Riscos adicionais.

12.106 Para fins de aplicação desta Norma, devem ser considerados os seguintes riscos adicionais:
a) substâncias perigosas quaisquer, sejam agentes biológicos ou agentes químicos em estado sólido, líquido ou gasoso,
que apresentem riscos à saúde ou integridade física dos trabalhadores por meio de inalação, ingestão ou contato
com a pele, olhos ou mucosas;
b) radiações ionizantes geradas pelas máquinas e equipamentos ou provenientes de substâncias radiativas por eles
utilizadas, processadas ou produzidas;
c) radiações não ionizantes com potencial de causar danos à saúde ou integridade física dos trabalhadores;
d) vibrações;
e) ruído;
f) calor;
g) combustíveis, inflamáveis, explosivos e substâncias que reagem perigosamente; e
h) superfícies aquecidas acessíveis que apresentem risco de queimaduras causadas pelo contato com a pele.

12.107 Devem ser adotadas medidas de controle dos riscos adicionais provenientes da emissão ou liberação de agentes
químicos, físicos e biológicos pelas máquinas e equipamentos, com prioridade à sua eliminação, redução de sua emissão
ou liberação e redução da exposição dos trabalhadores, nessa ordem.

12.108 As máquinas e equipamentos que utilizem, processem ou produzam combustíveis, inflamáveis, explosivos ou
substâncias que reagem perigosamente devem oferecer medidas de proteção contra sua emissão, liberação, combustão,
explosão e reação acidentais, bem como a ocorrência de incêndio.

12.109 Devem ser adotadas medidas de proteção contra queimaduras causadas pelo contato da pele com superfícies
aquecidas de máquinas e equipamentos, tais como a redução da temperatura superficial, isolação com materiais
apropriados e barreiras, sempre que a temperatura da superfície for maior do que o limiar de queimaduras do material
do qual é constituída, para um determinado período de contato.

12.110 Devem ser elaborados e aplicados procedimentos de segurança e permissão de trabalho para garantir a utilização
segura de máquinas e equipamentos em trabalhos em espaços confinados.

Manutenção, inspeção, preparação, ajuste, reparo e limpeza. (Alterado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de
setembro de 2016)

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12.111 As máquinas e equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva e corretiva, na forma e
periodicidade determinada pelo fabricante, conforme as normas técnicas oficiais nacionais vigentes e, na falta destas, as
normas técnicas internacionais.

12.111.1 As manutenções preventivas com potencial de causar acidentes do trabalho devem ser objeto de planejamento
e gerenciamento efetuado por profissional legalmente habilitado.

12.112 As manutenções preventivas e corretivas devem ser registradas em livro próprio, ficha ou sistema informatizado,
com os seguintes dados:
a) cronograma de manutenção;
b) intervenções realizadas;
c) data da realização de cada intervenção;
d) serviço realizado;
e) peças reparadas ou substituídas;
f) condições de segurança do equipamento;
g) indicação conclusiva quanto às condições de segurança da máquina; e
h) nome do responsável pela execução das intervenções.

12.112.1 O registro das manutenções deve ficar disponível aos trabalhadores envolvidos na operação, manutenção e
reparos, bem como à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, ao Serviço de Segurança e Medicina do
Trabalho - SESMT e à fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.

12.113 A manutenção, inspeção, reparos, limpeza, ajuste e outras intervenções que se fizerem necessárias devem ser
executadas por profissionais capacitados, qualificados ou legalmente habilitados, formalmente autorizados pelo
empregador, com as máquinas e equipamentos parados e adoção dos seguintes procedimentos:
a) isolamento e descarga de todas as fontes de energia das máquinas e equipamentos, de modo visível ou facilmente
identificável por meio dos dispositivos de comando;
b) bloqueio mecânico e elétrico na posição “desligado” ou “fechado” de todos os dispositivos de corte de fontes de
energia, a fim de impedir a reenergização, e sinalização com cartão ou etiqueta de bloqueio contendo o horário e a
data do bloqueio, o motivo da manutenção e o nome do responsável;
c) medidas que garantam que à jusante dos pontos de corte de energia não exista possibilidade de gerar risco de
acidentes;
d) medidas adicionais de segurança, quando for realizada manutenção, inspeção e reparos de equipamentos ou
máquinas sustentados somente por sistemas hidráulicos e pneumáticos; e
e) sistemas de retenção com trava mecânica, para evitar o movimento de retorno acidental de partes basculadas ou
articuladas abertas das máquinas e equipamentos.

12.113.1 Para situações especiais de regulagem, ajuste, limpeza, pesquisa de defeitos e inconformidades, em que não
seja possível o cumprimento das condições estabelecidas no item 12.113, e em outras situações que impliquem a
redução do nível de segurança das máquinas e equipamentos e houver necessidade de acesso às zonas de perigo, deve
ser possível selecionar um modo de operação que:
a) torne inoperante o modo de comando automático;
b) permita a realização dos serviços com o uso de dispositivo de acionamento de ação continuada associado à redução
da velocidade, ou dispositivos de comando por movimento limitado;
c) impeça a mudança por trabalhadores não autorizados;
d) a seleção corresponda a um único modo de comando ou de funcionamento;
e) quando selecionado, tenha prioridade sobre todos os outros sistemas de comando, com exceção da parada de
emergência; e
f) torne a seleção visível, clara e facilmente identificável.

12.114 manutenção de máquinas e equipamentos contemplará, quando indicado pelo fabricante, dentre outros itens, a
realização de ensaios não destrutivos - END, nas estruturas e componentes submetidos a solicitações de força e cuja
ruptura ou desgaste possa ocasionar acidentes. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

12.114.1 Os ensaios não destrutivos - END, quando realizados, devem atender às normas técnicas oficiais nacionais

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vigentes e, na falta destas, normas técnicas internacionais.

12.115. Nas manutenções das máquinas e equipamentos, sempre que detectado qualquer defeito em peça ou
componente que comprometa a segurança, deve ser providenciada sua reparação ou substituição imediata por outra peça
ou componente original ou equivalente, de modo a garantir as mesmas características e condições seguras de uso.

Sinalização.

12.116 As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se encontram, devem possuir sinalização de
segurança para advertir os trabalhadores e terceiros sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e
manutenção e outras informações necessárias para garantir a integridade física e a saúde dos trabalhadores.

12.116.1 A sinalização de segurança compreende a utilização de cores, símbolos, inscrições, sinais luminosos ou
sonoros, entre outras formas de comunicação de mesma eficácia.

12.116.2 A sinalização, inclusive cores, das máquinas e equipamentos utilizadas nos setores alimentícios, médico e
farmacêutico deve respeitar a legislação sanitária vigente, sem prejuízo da segurança e saúde dos trabalhadores ou
terceiros.

12.116.3 A sinalização de segurança deve ser adotada em todas as fases de utilização e vida útil das máquinas e
equipamentos.

12.117 A sinalização de segurança deve:


a) ficar destacada na máquina ou equipamento;
b) ficar em localização claramente visível; e
c) ser de fácil compreensão.

12.118 Os símbolos, inscrições e sinais luminosos e sonoros devem seguir os padrões estabelecidos pelas normas
técnicas nacionais vigentes e, na falta dessas, pelas normas técnicas internacionais.

12.119 As inscrições das máquinas e equipamentos devem:


a) ser escritas na língua portuguesa - Brasil; e
b) ser legíveis.

12.119.1 As inscrições devem indicar claramente o risco e a parte da máquina ou equipamento a que se referem, e não
deve ser utilizada somente a inscrição de “perigo”.

12.120 As inscrições e símbolos devem ser utilizados nas máquinas e equipamentos para indicar as suas especificações
e limitações técnicas.

12.121 Devem ser adotados, sempre que necessário, sinais ativos de aviso ou de alerta, tais como sinais luminosos e
sonoros intermitentes, que indiquem a iminência de um acontecimento perigoso, como a partida ou a velocidade
excessiva de uma máquina, de modo que:
a) sejam emitidos antes que ocorra o acontecimento perigoso;
b) não sejam ambíguos;
c) sejam claramente compreendidos e distintos de todos os outros sinais utilizados; e
d) possam ser inequivocamente reconhecidos pelos trabalhadores.

12.122 (Revogado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)

12.123 As máquinas e equipamentos fabricados a partir da vigência desta Norma (24/12/2011) devem possuir em local
visível as seguintes informações indeléveis: (Alterado pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)
a) razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador;
b) informação sobre tipo, modelo e capacidade;
c) número de série ou identificação, e ano de fabricação;
d) número de registro do fabricante/importador ou do profissional legalmente habilitado no CREA; e (Alterado pela
Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)
e) peso da máquina ou equipamento.
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12.123.1 As máquinas e equipamentos fabricados antes da vigência desta Norma (24/12/2011) devem possuir em local
visível as seguintes informações: (Inserido pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)
a) informação sobre tipo, modelo e capacidade;
b) número de série ou identificação

12.124 Para advertir os trabalhadores sobre os possíveis perigos, devem ser instalados, se necessários, dispositivos
indicadores de leitura qualitativa ou quantitativa ou de controle de segurança.

12.124.1 Os indicadores devem ser de fácil leitura e distinguíveis uns dos outros.

Manuais.

12.125 As máquinas e equipamentos devem possuir manual de instruções fornecido pelo fabricante ou importador, com
informações relativas à segurança em todas as fases de utilização.

12.126 Quando inexistente ou extraviado, o manual de máquinas ou equipamentos que apresentem riscos deve ser
reconstituído pelo empregador ou pessoa por ele designada, sob a responsabilidade de profissional qualificado ou
legalmente habilitado. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015)

12.126.1 As microempresas e empresas de pequeno porte que não disponham de manual de instruções de máquinas e
equipamentos fabricados antes de 24/6/2012 devem elaborar ficha de informação contendo os seguintes itens: (Item e
alíneas inseridos pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)
a) tipo, modelo e capacidade;
b) descrição da utilização prevista para a máquina ou equipamento;
c) indicação das medidas de segurança existentes;
d) instruções para utilização segura da máquina ou equipamento;
e) periodicidade e instruções quanto às inspeções e manutenção;
f) procedimentos a serem adotados em situações de emergência, quando aplicável.

12.126.1.1 A ficha de informação indicada no item 12.126.1 pode ser elaborada pelo empregador ou pessoa designada
por este. (Inserido pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.127 Os manuais devem:


a) ser escritos na língua portuguesa - Brasil, com caracteres de tipo e tamanho que possibilitem a melhor legibilidade
possível, acompanhado das ilustrações explicativas;
b) ser objetivos, claros, sem ambiguidades e em linguagem de fácil compreensão;
c) ter sinais ou avisos referentes à segurança realçados; e
d) permanecer disponíveis a todos os usuários nos locais de trabalho.

12.128 Os manuais das máquinas e equipamentos fabricados ou importados a partir da vigência desta Norma devem
conter, no mínimo, as seguintes informações:
a) razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador;
b) tipo, modelo e capacidade;
c) número de série ou número de identificação e ano de fabricação;
d) normas observadas para o projeto e construção da máquina ou equipamento;
e) descrição detalhada da máquina ou equipamento e seus acessórios;
f) diagramas, inclusive circuitos elétricos, em especial a representação esquemática das funções de segurança;
g) definição da utilização prevista para a máquina ou equipamento;
h) riscos a que estão expostos os usuários, com as respectivas avaliações quantitativas de emissões geradas pela
máquina ou equipamento em sua capacidade máxima de utilização;
i) definição das medidas de segurança existentes e daquelas a serem adotadas pelos usuários;
j) especificações e limitações técnicas para a sua utilização com segurança;

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k) riscos que podem resultar de adulteração ou supressão de proteções e dispositivos de segurança;
l) riscos que podem resultar de utilizações diferentes daquelas previstas no projeto;
m) informações técnicas para subsidiar a elaboração dos procedimentos de trabalho e segurança durante todas as fases
de utilização; (Alterada pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015)
n) procedimentos e periodicidade para inspeções e manutenção;
o) procedimentos a serem adotados em situações de emergência;
p) indicação da vida útil da máquina ou equipamento e/ou dos componentes relacionados com a segurança. (Alterada
pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

12.129 Em caso de manuais reconstituídos, estes devem conter as informações previstas nas alíneas “b”, “e”, “g”, “i”,
“j”, “k", “m”, “n” e “o” do item 12.128, bem como diagramas de sistemas de segurança e diagrama unifilar ou trifilar do
sistema elétrico, conforme o caso. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015)

12.129.1 No caso de máquinas e equipamentos cujos fabricantes não estão mais em atividade, a alínea “j” do item
12.128 poderá ser substituída pelo procedimento previsto no item 12.130, contemplados os limites da máquina.
(Inserido pela Portaria MTPS n.º 211, de 09 de dezembro de 2015)

Procedimentos de trabalho e segurança.

12.130 Devem ser elaborados procedimentos de trabalho e segurança específicos, padronizados, com descrição
detalhada de cada tarefa, passo a passo, a partir da análise de risco.

12.130.1 Os procedimentos de trabalho e segurança não podem ser as únicas medidas de proteção adotadas para se
prevenir acidentes, sendo considerados complementos e não substitutos das medidas de proteção coletivas necessárias
para a garantia da segurança e saúde dos trabalhadores.

12.131 Ao inicio de cada turno de trabalho ou após nova preparação da máquina ou equipamento, o operador deve
efetuar inspeção rotineira das condições de operacionalidade e segurança e, se constatadas anormalidades que afetem a
segurança, as atividades devem ser interrompidas, com a comunicação ao superior hierárquico.

12.132 Os serviços que envolvam risco de acidentes de trabalho em máquinas e equipamentos, exceto operação, devem
ser planejados e realizados em conformidade com os procedimentos de trabalho e segurança, sob supervisão e anuência
expressa de profissional habilitado ou qualificado, desde que autorizados. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29
de abril de 2016)

12.132.1 Os serviços que envolvam risco de acidentes de trabalho em máquinas e equipamentos, exceto operação,
devem ser precedidos de ordens de serviço - OS - específicas, contendo, no mínimo: (Alterado pela Portaria MTPS n.º
509, de 29 de abril de 2016)
a) a descrição do serviço;
b) a data e o local de realização;
c) o nome e a função dos trabalhadores; e
d) os responsáveis pelo serviço e pela emissão da OS, de acordo com os procedimentos de trabalho e segurança.

12.132.2 As empresas que não possuem serviço próprio de manutenção de suas máquinas ficam desobrigadas de
elaborar procedimentos de trabalho e segurança para essa finalidade. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de
abril de 2016)

Projeto, fabricação, importação, venda, locação, leilão, cessão a qualquer título e exposição. (Alterado pela
Portaria MTE n.º 857, de 25 de junho de 2015)

12.133 O projeto deve levar em conta a segurança intrínseca da máquina ou equipamento durante as fases de
construção, transporte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação, desmonte e
sucateamento por meio das referências técnicas indicadas nesta Norma, a serem observadas para garantir a saúde e a
integridade física dos trabalhadores.

12.133.1 O projeto da máquina ou equipamento não deve permitir erros na montagem ou remontagem de determinadas
peças ou elementos que possam gerar riscos durante seu funcionamento, especialmente quanto ao sentido de rotação ou
deslocamento.

12.133.2 O projeto das máquinas ou equipamentos fabricados ou importados após a vigência desta Norma deve prever

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meios adequados para o seu levantamento, carregamento, instalação, remoção e transporte.

12.133.3 Devem ser previstos meios seguros para as atividades de instalação, remoção, desmonte ou transporte, mesmo
que em partes, de máquinas e equipamentos fabricados ou importados antes da vigência desta Norma.

12.134 É proibida a fabricação, importação, comercialização, leilão, locação, cessão a qualquer título e exposição de
máquinas e equipamentos que não atendam ao disposto nesta Norma. (Alterado pela Portaria MTE n.º 857, de
25/06/2015)

Capacitação.

12.135 A operação, manutenção, inspeção e demais intervenções em máquinas e equipamentos devem ser realizadas
por trabalhadores habilitados, qualificados, capacitados ou autorizados para este fim.

12.136 Os trabalhadores envolvidos na operação, manutenção, inspeção e demais intervenções em máquinas e


equipamentos devem receber capacitação providenciada pelo empregador e compatível com suas funções, que aborde
os riscos a que estão expostos e as medidas de proteção existentes e necessárias, nos termos desta Norma, para a
prevenção de acidentes e doenças.

12.137 (Revogado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

12.138 A capacitação deve:


a) ocorrer antes que o trabalhador assuma a sua função;
b) ser realizada sem ônus para o trabalhador; (Alterada pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)
c) ter carga horária mínima que garanta aos trabalhadores executarem suas atividades com segurança, sendo
distribuída em no máximo oito horas diárias e realizada durante o horário normal de trabalho;
d) ter conteúdo programático conforme o estabelecido no Anexo II desta Norma; e
e) ser ministrada por trabalhadores ou profissionais qualificados para este fim, com supervisão de profissional
legalmente habilitado que se responsabilizará pela adequação do conteúdo, forma, carga horária, qualificação dos
instrutores e avaliação dos capacitados.

12.138.1 A capacitação dos trabalhadores de microempresas e empresas de pequeno porte poderá ser ministrada por
trabalhador da própria empresa que tenha sido capacitado nos termos do item 12.138 em entidade oficial de ensino de
educação profissional. (Inserido pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.138.1.1 O empregador é responsável pela capacitação realizada nos termos do item 12.138.1. (Inserido pela Portaria
MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.138.1.2 A capacitação dos trabalhadores de microempresas e empresas de pequeno porte, prevista no item 12.138.1,
deve contemplar o disposto no item 12.138, exceto a alínea “e”. (Inserido pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.138.2 É considerado capacitado o trabalhador de microempresa e empresa de pequeno porte que apresentar
declaração ou certificado emitido por entidade oficial de ensino de educação profissional, desde que atenda o disposto
no item 12.138. (Inserido pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.139 O material didático escrito ou audiovisual utilizado no treinamento e o fornecido aos participantes, devem ser
produzidos em linguagem adequada aos trabalhadores, e ser mantidos à disposição da fiscalização, assim como a lista
de presença dos participantes ou certificado, currículo dos ministrantes e avaliação dos capacitados.

12.140 Considera-se trabalhador ou profissional qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na
área de atuação, reconhecido pelo sistema oficial de ensino, compatível com o curso a ser ministrado.

12.141 Considera-se profissional legalmente habilitado para a supervisão da capacitação aquele que comprovar
conclusão de curso específico na área de atuação, compatível com o curso a ser ministrado, com registro no competente
conselho de classe.

12.142 A capacitação só terá validade para o empregador que a realizou e nas condições estabelecidas pelo profissional
legalmente habilitado responsável pela supervisão da capacitação, exceto quanto aos trabalhadores capacitados nos
termos do item 12.138.2. (Alterada pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)

12.142.1 Fica dispensada a exigência do item 12.142 para os operadores de injetoras com curso de capacitação
conforme o previsto no item 12.147 e seus subitens.

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12.143 São considerados autorizados os trabalhadores qualificados, capacitados ou profissionais legalmente habilitados,
com autorização dada por meio de documento formal do empregador.

12.143.1 Até a data da vigência desta Norma, será considerado capacitado o trabalhador que possuir comprovação por
meio de registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS ou registro de empregado de pelo menos dois
anos de experiência na atividade e que receba reciclagem conforme o previsto no item 12.144 desta Norma.

12.144 Deve ser realizada capacitação para reciclagem do trabalhador sempre que ocorrerem modificações
significativas nas instalações e na operação de máquinas ou troca de métodos, processos e organização do trabalho.

12.144.1 O conteúdo programático da capacitação para reciclagem deve atender às necessidades da situação que a
motivou, com carga horária mínima que garanta aos trabalhadores executarem suas atividades com segurança, sendo
distribuída em no máximo oito horas diárias e realizada durante o horário normal de trabalho.

12.145 A função do trabalhador que opera e realiza intervenções em máquinas deve ser anotada no registro de
empregado, consignado em livro, ficha ou sistema eletrônico e em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social -
CTPS.

12.146 Os operadores de máquinas autopropelidas devem portar cartão de identificação, com nome, função e fotografia
em local visível, renovado com periodicidade máxima de um ano mediante exame médico, conforme disposições
constantes das NR-7 e NR-11.

12.147 O curso de capacitação para operadores de máquinas injetoras deve possuir carga horária mínima de oito horas
por tipo de máquina citada no Anexo IX desta Norma.

12.147.1 O curso de capacitação deve ser específico para o tipo máquina em que o operador irá exercer suas funções e
atender ao seguinte conteúdo programático:
a) histórico da regulamentação de segurança sobre a máquina especificada;
b) descrição e funcionamento;
c) riscos na operação;
d) principais áreas de perigo;
e) medidas e dispositivos de segurança para evitar acidentes;
f) proteções - portas, e distâncias de segurança;
g) exigências mínimas de segurança previstas nesta Norma e na NR 10;
h) medidas de segurança para injetoras elétricas e hidráulicas de comando manual; e
i) demonstração prática dos perigos e dispositivos de segurança.

12.147.2 O instrutor do curso de capacitação para operadores de injetora deve, no mínimo, possuir:
a) formação técnica em nível médio;
b) conhecimento técnico de máquinas utilizadas na transformação de material plástico;
c) conhecimento da normatização técnica de segurança; e
d) capacitação específica de formação.

Outros requisitos específicos de segurança.

12.148 As ferramentas e materiais utilizados nas intervenções em máquinas e equipamentos devem ser adequados às
operações realizadas.

12.149 Os acessórios e ferramental utilizados pelas máquinas e equipamentos devem ser adequados às operações
realizadas.

12.150 É proibido o porte de ferramentas manuais em bolsos ou locais não apropriados a essa finalidade.

12.151 As máquinas e equipamentos tracionados devem possuir sistemas de engate padronizado para reboque pelo
sistema de tração, de modo a assegurar o acoplamento e desacoplamento fácil e seguro, bem como a impedir o
desacoplamento acidental durante a utilização.

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12.151.1 A indicação de uso dos sistemas de engate padronizado mencionados no item 12.151 deve ficar em local de
fácil visualização e afixada em local próximo da conexão.

12.151.2 Os equipamentos tracionados, caso o peso da barra do reboque assim o exija, devem possuir dispositivo de
apoio que possibilite a redução do esforço e a conexão segura ao sistema de tração.

12.151.3 A operação de engate deve ser feita em local apropriado e com o equipamento tracionado imobilizado de
forma segura com calço ou similar.

12.152 Para fins de aplicação desta Norma, os Anexos contemplam obrigações, disposições especiais ou exceções que
se aplicam a um determinado tipo de máquina ou equipamento, em caráter prioritário aos demais requisitos desta
Norma, sem prejuízo ao disposto em Norma Regulamentadora específica. (Alterado pela Portaria MTE n.º 857, de
25/06/2015)

12.152.1 Nas situações onde os itens dos Anexos conflitarem com os itens da parte geral da Norma, prevalecem os
requisitos do anexo. (Inserido pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016)

Disposições finais.

12.153 O empregador deve manter inventário atualizado das máquinas e equipamentos com identificação por tipo,
capacidade, sistemas de segurança e localização com representação esquemática, elaborado por profissional qualificado
ou legalmente habilitado. (Alterado pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de 2018)

12.153.1 As informações do inventário devem subsidiar as ações de gestão para aplicação desta Norma.

12.153.2 O item 12.153 não se aplica: (Item e alíneas inseridos pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015)
a) às microempresas e as empresas de pequeno porte, que ficam dispensadas da elaboração do inventário de máquinas
e equipamentos;
b) a máquinas autopropelidas, automotrizes e máquinas e equipamentos estacionários utilizados em frentes de
trabalho.
c) as ferramentas manuais e ferramentas transportáveis. (Inserida pela Portaria MTb n.º 98, de 08 e fevereiro de
2018)

12.154 Toda a documentação referida nesta norma, inclusive o inventário previsto no item 12.153, deve ficar disponível
para o SESMT, CIPA ou Comissão Interna de Prevenção de Acidentes na Mineração - CIPAMIN, sindicatos
representantes da categoria profissional e fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.

12.155 As máquinas autopropelidas agrícolas, florestais e de construção em aplicações agro-florestais e respectivos


implementos devem atender ao disposto no Anexo XI desta Norma.

12.156 As máquinas autopropelidas não contempladas no item 12.155 devem atender ao disposto nos itens e subitens
12.1, 12.1.1, 12.2, 12.3, 12.4, 12.5, 12.22, 12.23, 12.38, 12.38.1, 12.47, 12.47.2, 12.48, 12.49, 12.52, 12.53, 12.54,
12.64, 12.64.3, 12.66, 12.77, 12.78, 12.94, 12.95, 12.96, 12.101, 12.105, 12.107, 12.108, 12.111, 12.112, 12.115,
12.116, 12.116.3, 12.117, 12.118, 12.121, 12.130, 12.130.1, 12.131, 12.132, 12.132.1, 12.133, 12.133.1, 12.133.2,
12.133.3, 12.134, 12.135, 12.136, 12.137, 12.138, 12.139, 12.140, 12.141, 12.142, 12.143, 12.144, 12.144.1, 12.145,
12.146, 12.151, 12.151.1, 12.151.2, 12.151.3 e itens e subitens 14, 14.1 e 14.2 do Anexo XI desta Norma.

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NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

Publicação D.O.U.
Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 12, de 12 de novembro de 1979 23/11/79
Portaria SSMT n.º 01, de 17 de abril de 1980 25/04/80
Portaria SSMT n.º 05, de 09 de fevereiro de 1983 17/02/83
Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983 14/06/83
Portaria SSMT n.º 24, de 14 de setembro de 1983 15/09/83
Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990 26/11/90
Portaria DSST n.º 01, de 28 de maio de 1991 29/05/91
Portaria DNSST n.º 08, de 05 de outubro de 1992 08/10/92
Portaria DNSST n.º 09, de 05 de outubro de 1992 14/10/92
Portaria SSST n.º 04, de 11 de abril de 1994 14/04/94
Portaria SSST n.º 22, de 26 de dezembro de 1994 27/12/94
Portaria SSST n.º 14, de 20 de dezembro de 1995 22/12/95
Portaria SIT n.º 99, de 19 de outubro de 2004 21/10/04
Portaria SIT n.º 43, de 11 de março de 2008 (Rep.) 13/03/08
Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011 01/02/11
Portaria SIT n.º 291, de 08 de dezembro de 2011 09/12/11
Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014 14/08/14
Portaria MTb n.º 1.084, de 18 de dezembro de 2018 19/12/18

15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem:

15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12;

15.1.2 (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990)

15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14;

15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10.

15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou
mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador,
durante a sua vida laboral.

15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item anterior, assegura ao
trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a:

15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;

15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;

15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;

15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para
efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.

15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo.

15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:


a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;
b) com a utilização de equipamento de proteção individual.

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15.4.1.1 Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, comprovada a
insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente habilitado,
fixar adicional devido aos empregados expostos à insalubridade quando impraticável sua eliminação ou neutralização.

15.4.1.2 A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de avaliação pericial por órgão
competente, que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador.

15.5 É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do
Trabalho, através das DRTs, a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e
classificar ou determinar atividade insalubre.

15.5.1 Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, desde que comprovada a insalubridade, o perito do
Ministério do Trabalho indicará o adicional devido.

15.6 O perito descreverá no laudo a técnica e a aparelhagem utilizadas.

15.7 O disposto no item 15.5. não prejudica a ação fiscalizadora do MTb nem a realização ex-officio da perícia, quando
solicitado pela Justiça, nas localidades onde não houver perito.

ANEXO N.º 1
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE

NÍVEL DE RUÍDO dB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL


85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos

1. Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que não
seja ruído de impacto.

2. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão
sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas
próximas ao ouvido do trabalhador.

3. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados no Quadro deste
anexo.

4. Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima exposição diária permissível

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relativa ao nível imediatamente mais elevado.

5. Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente
protegidos.

6. Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser
considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes frações:

C1 + C2 + C3 ____________________ + Cn
T1 T2 T3 Tn

exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância.

Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico, e Tn indica a
máxima exposição diária permissível a este nível, segundo o Quadro deste Anexo.

7. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a
115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente.

ANEXO N.º 2
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDOS DE IMPACTO

1. Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo,
a intervalos superiores a 1 (um) segundo.

2. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora operando no
circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O
limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá
ser avaliado como ruído contínuo.

3. Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta para impacto, será válida a
leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação "C". Neste caso, o limite de tolerância será
de 120 dB(C).

4. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a níveis de ruído de impacto
superiores a 140 dB(LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no
circuito de resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente.

ANEXO N.º 3
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR

1. A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo" - IBUTG definido
pelas equações que se seguem:
Ambientes internos ou externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
Ambientes externos com carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
onde:
tbn = temperatura de bulbo úmido natural
tg = temperatura de globo
tbs = temperatura de bulbo seco.

2. Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e
termômetro de mercúrio comum.

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3. As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida.

Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no
próprio local de prestação de serviço.

1. Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no Quadro N.º 1.

QUADRO N.º 1

REGIME DE TRABALHO TIPO DE ATIVIDADE


INTERMITENTE COM DESCANSO NO
PRÓPRIO LOCAL DE TRABALHO LEVE MODERADA PESADA
(por hora)
Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0
45 minutos trabalho
30,1 a 30,5 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
15 minutos descanso
30 minutos trabalho
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
30 minutos descanso
15 minutos trabalho
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
45 minutos descanso
Não é permitido o trabalho, sem a adoção de
acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0
medidas adequadas de controle

2. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.

3. A determinação do tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) é feita consultando-se o Quadro n.º 3.

Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período de descanso em
outro local (local de descanso).

1. Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais ameno, com o trabalhador
em repouso ou exercendo atividade leve.

2. Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro n.º 2.

QUADRO N.° 2

M (Kcal/h) MÁXIMO IBUTG


175 30,5
200 30,0
250 28,5
300 27,5
350 26,5
400 26,0
450 25,5
500 25,0

Onde: M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte fórmula:

M = Mt x Tt + Md x Td
60
Sendo:
Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho.
Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho.

149
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Md - taxa de metabolismo no local de descanso.
Td - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.

______
IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora, determinado pela seguinte fórmula:
______
IBUTG = IBUTGt x Tt + IBUTG d xTd
60
Sendo:
IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho.
IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso.
Tt e Td = como anteriormente definidos.
Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, sendo Tt + Td = 60 minutos
corridos.

3. As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se o Quadro n.º 3.

4. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.

QUADRO N.º 3

TAXAS DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE

TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h


SENTADO EM REPOUSO 100
TRABALHO LEVE
Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia). 125
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir). 150
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços. 150
TRABALHO MODERADO
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas. 180
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação. 175
De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação. 220
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar. 300
TRABALHO PESADO
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá). 440
Trabalho fatigante 550

ANEXO N.º 4

(Anexo revogado pela Portaria MTPS n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990)

ANEXO N.º 5
RADIAÇÕES IONIZANTES

Nas atividades ou operações onde trabalhadores possam ser expostos a radiações ionizantes, os limites de tolerância, os
princípios, as obrigações e controles básicos para a proteção do homem e do seu meio ambiente contra possíveis efeitos
indevidos causados pela radiação ionizante, são os constantes da Norma CNEN-NN-3.01: "Diretrizes Básicas de
Proteção Radiológica", de março de 2014, aprovada pela Resolução CNEN n.º 164/2014, ou daquela que venha a
substituí-la. (Atualizado pela Portaria MTb n.º 1.084, de 18 de dezembro de 2018)

ANEXO N.º 6
TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS
(Título alterado pela Portaria SSMT n.º 24, de 14 de setembro de 1983)

Este Anexo trata dos trabalhos sob ar comprimido e dos trabalhos submersos.

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1. TRABALHOS SOB AR COMPRIMIDO
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 05, de 09 de fevereiro de 1983)

1.1 Trabalhos sob ar comprimido são os efetuados em ambientes onde o trabalhador é obrigado a suportar pressões
maiores que a atmosférica e onde se exige cuidadosa descompressão, de acordo com as tabelas anexas.

1.2 Para fins de aplicação deste item, define-se:


a) Câmara de Trabalho - É o espaço ou compartimento sob ar comprimido, no interior da qual o trabalho está sendo
realizado;
b) Câmara de Recompressão - É uma câmara que, independentemente da câmara de trabalho, é usada para tratamento
de indivíduos que adquirem doença descompressiva ou embolia e é diretamente supervisionada por médico
qualificado;
c) Campânula - É uma câmara através da qual o trabalhador passa do ar livre para a câmara de trabalho do tubulão e
vice-versa;
d) Eclusa de Pessoal - É uma câmara através da qual o trabalhador passa do ar livre para a câmara de trabalho do túnel
e vice-versa;
e) Encarregado de Ar Comprimido - É o profissional treinado e conhecedor das diversas técnicas empregadas nos
trabalhos sob ar comprimido, designado pelo empregador como o responsável imediato pelos trabalhadores;
f) Médico Qualificado - É o médico do trabalho com conhecimentos comprovados em Medicina Hiperbárica,
responsável pela supervisão e pelo programa médico;
g) Operador de Eclusa ou de Campânula - É o indivíduo previamente treinado nas manobras de compressão e
descompressão das eclusas ou campânulas, responsável pelo controle da pressão no seu interior;
h) Período de Trabalho - É o tempo durante o qual o trabalhador fica submetido a pressão maior que a do ar
atmosférico excluindo-se o período de descompressão;
i) Pressão de Trabalho - É a maior pressão de ar à qual é submetido o trabalhador no tubulão ou túnel durante o
período de trabalho;
j) Túnel Pressurizado - É uma escavação, abaixo da superfície do solo, cujo maior eixo faz um ângulo não superior a
45º (quarenta e cinco graus) com a horizontal, fechado nas duas extremidades, em cujo interior haja pressão superior
a uma atmosfera;
l) Tubulão de Ar Comprimido - É uma estrutura vertical que se estende abaixo da superfície da água ou solo, através
da qual os trabalhadores devem descer, entrando pela campânula, para uma pressão maior que atmosférica. A
atmosfera pressurizada opõe-se à pressão da água e permite que os homens trabalhem em seu interior.

1.3 O disposto neste item aplica-se a trabalhos sob ar comprimido em tubulões pneumáticos e túneis pressurizados.

1.3.1 Todo trabalho sob ar comprimido será executado de acordo com as prescrições dadas a seguir e quaisquer
modificações deverão ser previamente aprovadas pelo órgão nacional competente em segurança e medicina do trabalho.

1.3.2 O trabalhador não poderá sofrer mais que uma compressão num período de 24 (vinte e quatro) horas.

1.3.3 Durante o transcorrer dos trabalhos sob ar comprimido, nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão superior a
3,4 kgf/cm2, exceto em caso de emergência ou durante tratamento em câmara de recompressão, sob supervisão direta do
médico responsável.

1.3.4 A duração do período de trabalho sob ar comprimido não poderá ser superior a 8 (oito) horas, em pressões de
trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm2; a 6 (seis) horas em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 kgf/cm2; e a 4 (quatro) horas, em
pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm2.

1.3.5 Após a descompressão, os trabalhadores serão obrigados a permanecer, no mínimo, por 2 (duas) horas, no canteiro
de obra, cumprindo um período de observação médica.

1.3.5.1 O local adequado para o cumprimento do período de observação deverá ser designado pelo médico responsável.

151
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1.3.6 Para trabalhos sob ar comprimido, os empregados deverão satisfazer os seguintes requisitos:
a) ter mais de 18 (dezoito) e menos de 45 (quarenta e cinco) anos de idade;
b) ser submetido a exame médico obrigatório, pré-admissional e periódico, exigido pelas características e
peculiaridades próprias do trabalho;
c) ser portador de placa de identificação, de acordo com o modelo anexo (Quadro I), fornecida no ato da admissão, após
a realização do exame médico.

1.3.7 Antes da jornada de trabalho, os trabalhadores deverão ser inspecionados pelo médico, não sendo permitida a
entrada em serviço daqueles que apresentem sinais de afecções das vias respiratórias ou outras moléstias.

1.3.7.1 É vedado o trabalho àqueles que se apresentem alcoolizados ou com sinais de ingestão de bebidas alcoólicas.

1.3.8 É proibido ingerir bebidas gasosas e fumar dentro dos tubulões e túneis.

1.3.9 Junto ao local de trabalho, deverão existir instalações apropriadas à Assistência Médica, à recuperação, à
alimentação e à higiene individual dos trabalhadores sob ar comprimido.

1.3.10 Todo empregado que vá exercer trabalho sob ar comprimido deverá ser orientado quanto aos riscos decorrentes
da atividade e às precauções que deverão ser tomadas, mediante educação audiovisual.

1.3.11 Todo empregado sem prévia experiência em trabalhos sob ar comprimido deverá ficar sob supervisão de pessoa
competente, e sua compressão não poderá ser feita se não for acompanhado, na campânula, por pessoa hábil para instruí-
lo quanto ao comportamento adequado durante a compressão.

1.3.12 As turmas de trabalho deverão estar sob a responsabilidade de um encarregado de ar comprimido, cuja principal
tarefa será a de supervisionar e dirigir as operações.

1.3.13 Para efeito de remuneração, deverão ser computados na jornada de trabalho o período de trabalho, o tempo de
compressão, descompressão e o período de observação médica.

1.3.14 Em relação à supervisão médica para o trabalho sob ar comprimido, deverão ser observadas as seguintes
condições:
a) sempre que houver trabalho sob ar comprimido, deverá ser providenciada a assistência por médico qualificado, bem
como local apropriado para atendimento médico;
b) todo empregado que trabalhe sob ar comprimido deverá ter uma ficha médica, onde deverão ser registrados os dados
relativos aos exames realizados;
c) nenhum empregado poderá trabalhar sob ar comprimido, antes de ser examinado por médico qualificado, que
atestará, na ficha individual, estar essa pessoa apta para o trabalho;
d) o candidato considerado inapto não poderá exercer a função, enquanto permanecer sua inaptidão para esse trabalho;
e) o atestado de aptidão terá validade por 6 (seis) meses;
f) em caso de ausência ao trabalho por mais de 10 (dez) dias ou afastamento por doença, o empregado, ao retornar,
deverá ser submetido a novo exame médico.

1.3.15 Exigências para Operações nas Campânulas ou Eclusas.

1.3.15.1 Deverá estar presente no local, pelo menos, uma pessoa treinada nesse tipo de trabalho e com autoridade para
exigir o cumprimento, por parte dos empregados, de todas as medidas de segurança preconizadas neste item.

1.3.15.2 As manobras de compressão e descompressão deverão ser executadas através de dispositivos localizados no
exterior da campânula ou eclusa, pelo operador das mesmas. Tais dispositivos deverão existir também internamente,
porém serão utilizados somente em emergências. No início de cada jornada de trabalho, os dispositivos de controle
deverão ser aferidos.

152
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1.3.15.3 O operador da campânula ou eclusa anotará, em registro adequado (Quadro II) e para cada pessoa o seguinte:
a) hora exata da entrada e saída da campânula ou eclusa;
b) pressão do trabalho;
c) hora exata do início e do término de descompressão.

1.3.15.4 Sempre que as manobras citadas no subitem 1.3.15.2 não puderem ser realizadas por controles externos, os
controles de pressão deverão ser dispostos de maneira que uma pessoa, no interior da campânula, de preferência o
capataz, somente possa operá-lo sob vigilância do encarregado da campânula ou eclusa.

1.3.15.5 Em relação à ventilação e à temperatura, serão observadas as seguintes condições:


a) durante a permanência dos trabalhadores na câmara de trabalho ou na campânula ou eclusa, a ventilação será
contínua, à razão de, no mínimo, 30 (trinta) pés cúbicos/min./homem;
b) a temperatura, no interior da campânula ou eclusa, da câmara de trabalho, não excederá a 27ºC (temperatura de globo
úmido), o que poderá ser conseguido resfriando-se o ar através de dispositivos apropriados (resfriadores), antes da
entrada na câmara de trabalho, campânula ou eclusa, ou através de outras medidas de controle;
c) a qualidade do ar deverá ser mantida dentro dos padrões de pureza estabelecidos no subitem 1.3.15.6, através da
utilização de filtros apropriados, colocados entre a fonte de ar e a câmara de trabalho, campânula ou eclusa.

1.3.15.6

CONTAMINANTE LIMITE DE TOLERÂNCIA


Monóxido de carbono 20 ppm
Dióxido de carbono 2.500 ppm
5 mg/m³ (PT>2kgf/cm 2)
Óleo ou material particulado
3 g/m³ (PT<2kgf/cm 2)
Metano 10% do limite inferior de explosividade
Oxigênio mais de 20%

1.3.15.7 A comunicação entre o interior dos ambientes sob pressão de ar comprimido e o exterior deverá ser feita por
sistema de telefonia ou similar.

1.3.16 A compressão dos trabalhadores deverá obedecer às seguintes regras:


a) no primeiro minuto, após o início da compressão, a pressão não poderá ter incremento maior que 0,3 kgf/cm 2;
b) atingido o valor 0,3 kgf/cm2, a pressão somente poderá ser aumentada após decorrido intervalo de tempo que permita
ao encarregado da turma observar se todas as pessoas na campânula estão em boas condições;
c) decorrido o período de observação, recomendado na alínea "b", o aumento da pressão deverá ser feito a uma
velocidade não-superior a 0,7 kgf/cm 2, por minuto, para que nenhum trabalhador seja acometido de mal-estar;
d) se algum dos trabalhadores se queixar de mal-estar, dores no ouvido ou na cabeça, a compressão deverá ser
imediatamente interrompida e o encarregado reduzirá gradualmente a pressão da campânula até que o trabalhador se
recupere e, não ocorrendo a recuperação, a descompressão continuará até a pressão atmosférica, retirando-se, então,
a pessoa e encaminhado-a ao serviço médico.

1.3.17 Na descompressão de trabalhadores expostos à pressão de 0,0 a 3,4 kgf/cm2, serão obedecidas as tabelas anexas
(Quadro III) de acordo com as seguintes regras:
a) sempre que duas ou mais pessoas estiverem sendo descomprimidas na mesma campânula ou eclusa e seus períodos
de trabalho ou pressão de trabalho não forem coincidentes, a descompressão processar-se-á de acordo com o maior
período ou maior pressão de trabalho experimentada pelos trabalhadores envolvidos;
b) a pressão será reduzida a uma velocidade não superior a 0,4 kgf/cm2, por minuto, até o primeiro estágio de
descompressão, de acordo com as tabelas anexas; a campânula ou eclusa deve ser mantida naquela pressão, pelo
tempo indicado em minutos, e depois diminuída a pressão à mesma velocidade anterior, até o próximo estágio e
assim por diante; para cada 5 (cinco) minutos de parada, a campânula deverá ser ventilada à razão de 1 (um) minuto.
1.3.18 Para o tratamento de caso de doença descompressiva ou embolia traumática pelo ar, deverão ser empregadas as
tabelas de tratamento de VAN DER AUER e as de WORKMAN e GOODMAN.

1.3.19 As atividades ou operações realizadas sob ar comprimido serão consideradas insalubres de grau máximo.

1.3.20 O não-cumprimento ao disposto neste item caracteriza o grave e iminente risco para os fins e efeitos da NR-3.

153
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NR 16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS

Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 02, de 02 de fevereiro de 1979 08/02/79
Portaria MTb n.º 3.393, de 17 de dezembro de 1987 (Rev.) 23/12/87
Portaria SSST n.º 25, de 29 de dezembro de 1994 (Rep. )17/02/83
Portaria MTE n.º 545, de 10 de julho de 2000 11/07/00
Portaria SIT n.º 26, de 02 de agosto de 2000 03/08/00
Portaria MTE n.º 496, de 11 de dezembro de 2002 (Rev.) 12/12/02
Portaria MTE n.º 518, de 4 de abril de 2003 07/04/03
Portaria MTE n.º 1.885, de 02 de dezembro de 2013 03/12/13
Portaria MTE n.º 1.078, de 16 de julho de 2014 17/07/14
Portaria MTE n.º 1.565, de 13 de outubro de 2014 14/10/14
Portaria MTE n.º 1.930, de 16 de dezembro de 2014 17/12/14
Portaria MTE n.º 05, de 07 de janeiro de 2015 08/01/15

16.1 São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos Anexos desta Norma Regulamentadora - NR.

16.2 O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 30%
(trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos
lucros da empresa.

16.2.1 O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.

16.3 É responsabilidade do empregador a caracterização ou a descaracterização da periculosidade, mediante laudo técnico


elaborado por Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, nos termos do artigo 195 da CLT.

16.4 O disposto no item 16.3 não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho nem a realização ex-officio da
perícia.

16.5 Para os fins desta Norma Regulamentadora - NR são consideradas atividades ou operações perigosas as executadas
com explosivos sujeitos a:
a) degradação química ou autocatalítica;
b) ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos sísmicos, choque e atritos.

16.6 As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em quaisquer vasilhames e a granel, são
consideradas em condições de periculosidade, exclusão para o transporte em pequenas quantidades, até o limite de 200
(duzentos) litros para os inflamáveis líquidos e 135 (cento e trinta e cinco) quilos para os inflamáveis gasosos liquefeitos.

16.6.1 As quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques de consumo próprio dos veículos, não serão consideradas para
efeito desta Norma.

16.7 Para efeito desta Norma Regulamentadora considera-se líquido combustível todo aquele que possua ponto de fulgor
maior que 60ºC (sessenta graus Celsius) e inferior ou igual a 93ºC (noventa e três graus Celsius).
(Alterado pela Portaria SIT n.º 312, de 23 de março de 2012)

16.8 Todas as áreas de risco previstas nesta NR devem ser delimitadas, sob responsabilidade do empregador.
(Incluído pela Portaria SSST n.º 25, de 29 de dezembro de 1994)

ANEXO 1

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPLOSIVOS


(Redação dada pela Portaria SSMT n.º 2, de 2 de fevereiro de 1979)

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1. São consideradas atividades ou operações perigosas as enumeradas no Quadro n.° 1, seguinte:

QUADRO N.º 1
ATIVIDADES ADICIONAL DE 30%
a) no armazenamento de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade ou que
permaneçam na área de risco.
b) no transporte de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividades
c) na operação de escorva dos cartuchos de Todos os trabalhadores nessa atividade
explosivos
d) na operação de carregamento de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade
e) na detonação Todos os trabalhadores nessa atividade
f) na verificação de denotações falhadas Todos os trabalhadores nessa atividade
g) na queima e destruição de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade
deteriorados
h) nas operações de manuseio de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade

2. O trabalhador, cuja atividade esteja enquadrada nas hipóteses acima discriminadas, faz jus ao adicional de 30% (trinta por
cento) sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros ou participações
nos lucros da empresa, sendo-lhe ressalvado o direito de opção por adicional de insalubridade eventualmente devido.

3. São consideradas áreas de risco:


a) nos locais de armazenagem de pólvoras químicas, artifícios pirotécnicos e produtos químicos usados na fabricação de
misturas explosivas ou de fogos de artifício, a área compreendida no Quadro n.º 2:

QUADRO N.º 2
FAIXA DE TERRENO ATÉ A DISTÃNCIA
QUANTIDADE ARMAZENADA EM QUILO
MÁXIMA DE
até 4.500 45 metros
mais de 4.500 até 45.000 90 metros
mais de 45.000 até 90.000 110 metros
mais de 90.000 até 225.000* 180 metros
* quantidade máxima que não pode ser ultrapassada.

b) nos locais de armazenagem de explosivos iniciadores, a área compreendida no Quadro n.º 3:

QUADRO N.º 3
FAIXA DE TERRENO ATÉ A DISTÃNCIA
QUANTIDADE ARMAZENADA EM QUILO
MÁXIMA
até 20 75 metros
mais de 20 até 200 220 metros
mais de 200 até 900 300 metros
mais de 900 até 2.200 370 metros
mais de 2.200 até 4.500 460 metros
mais de 4.500 até 6.800 500 metros
mais de 6.800 até 9.000* 530 metros
* quantidade máxima que não pode ser ultrapassada.

c) Nos locais de armazenagem de explosivos de ruptura e pólvoras mecânicos (pólvora negra e pólvora chocolate ou
parda), área de operação compreendida no Quadro n.º 4:

QUADRO N.º 4
FAIXA DE TERRENO ATÉ A DISTÃNCIA
QUANTIDADE EM QUILO
MÁXIMA

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até 23 45 metros
mais de 23 até 45 75 metros
mais de 45 até 90 110 metros
mais de 90 até 135 160 metros
mais de 135 até 180 200 metros
mais de 180 até 225 220 metros
mais de 225 até 270 250 metros
mais de 270 até 300 265 metros
mais de 300 até 360 280 metros
mais de 360 até 400 300 metros
mais de 400 até 450 310 metros
mais de 450 até 680 345 metros
mais de 680 até 900 365 metros
mais de 900 até 1.300 405 metros
mais de 1.300 até 1.800 435 metros
mais de 1.800 até 2.200 460 metros
mais de 2.200 até 2.700 480 metros
mais de 2.700 até 3.100 490 metros
mais de 3.100 até 3.600 510 metros
mais de 3.600 até 4.000 520 metros
mais de 4.000 até 4.500 530 metros
mais de 4.500 até 6.800 570 metros
mais de 6.800 até 9.000 620 metros
mais de 9.000 até 11.300 660 metros
mais de 11.300 até 13.600 700 metros
mais de 13.600 até 18.100 780 metros
mais de 18.100 até 22.600 860 metros
mais de 22.600 até 34.000 1.000 metros
mais de 34.000 até 45.300 1.100 metros
mais de 45.300 até 68.000 1.150 metros
mais de 68.000 até 90.700 1.250 metros
mais de 90.700 até 113.300 1.350 metros

d) quando se tratar de depósitos barricados ou entricheirados, para o efeito da delimitação de área de risco, as distâncias
previstas no Quadro n.º 4 podem ser reduzidas à metade.

e) será obrigatória a existência física de delimitação da área de risco, assim entendido qualquer obstáculo que impeça o
ingresso de pessoas não autorizadas.

ANEXO 2

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS

1. São consideradas atividades ou operações perigosas, conferindo aos trabalhadores que se dedicam a essas
atividades ou operações, bem como aqueles que operam na área de risco adicional de 30 (trinta) por cento, as
realizadas:

Atividades Adicional de 30%


a.
na produção, transporte, processamento e armazenamento de na produção, transporte, processamento e
gás liqüefeito. armazenamento de gás liqüefeito.
b.
no transporte e armazenagem de inflamáveis líquidos e todos os trabalhadores da área de operação.
gasosos liqüefeitos e de vasilhames vazios não-
desgaseificados ou decantados.
c.
nos postos de reabastecimento de aeronaves. todos os trabalhadores nessas atividades ou que
operam na área de risco.

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d.
nos locais de carregamento de navios-tanques, vagões- todos os trabalhadores nessas atividades
tanques e caminhões-tanques e enchimento de vasilhames, ou que operam na área de risco.
com inflamáveis líquidos ou gasosos liqüefeitos.
e.
nos locais de descarga de navios-tanques, vagões-tanques e todos os trabalhadores nessas atividades
caminhões-tanques com inflamáveis líquidos ou gasosos ou que operam na área de risco
liqüefeitos ou de vasilhames vazios não-desgaseificados ou
decantados.
f.
nos serviços de operações e manutenção de navios-tanque, todos os trabalhadores nessas atividades
vagões-tanques, caminhões-tanques, bombas e vasilhames, ou que operam na área de risco.
com inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, ou vazios
não-desgaseificados ou decantados.
g.
nas operações de desgaseificação, decantação e Todos os trabalhadores nessas atividades
reparos de vasilhames não-desgaseificados ou decantados. ou que operam na área de risco.
h.
nas operações de testes de aparelhos de consumo do gás e Todos os trabalhadores nessas atividades
seus equipamentos. ou que operam na área de risco.
i.
no transporte de inflamáveis líquidos e gasosos liqüefeitos motorista e ajudantes.
em caminhão-tanque.
j.
no transporte de vasilhames (em caminhão de carga), motorista e ajudantes
contendo inflamável líquido, em quantidade total igual ou
superior a 200 litros, quando não observado o disposto nos
subitens 4.1 e 4.2 deste Anexo.
(Alterado pela Portaria GM n.º 545, de 10 de julho de 2000)
l.
no transporte de vasilhames (em carreta ou caminhão de motorista e ajudantes.
carga), contendo inflamável gasosos e líquido, em quantidade
total igual ou superior a 135 quilos.
m.
nas operação em postos de serviço e bombas de operador de bomba e trabalhadores que operam na área
abastecimento de inflamáveis líquidos. de risco.

2. Para os efeitos desta Norma Regulamentadora - NR entende-se como:

I. Serviços de operação e manutenção de embarcações, vagões-tanques, caminhões-tanques, bombas e vasilhames de


inflamáveis:
a) atividades de inspeção, calibração, medição, contagem de estoque e colheita de amostra em tanques ou quaisquer
vasilhames cheios;
b) serviços de vigilância, de arrumação de vasilhames vazios não-desgaseificados, de bombas propulsoras em recinto
fechados e de superintendência;
c) atividades de manutenção, reparos, lavagem, pintura de embarcações, tanques, viaturas de abastecimento e de quaisquer
vasilhames cheios de inflamáveis ou vazios, não desgaseificados;
d) atividades de desgaseificação e lavagem de embarcações, tanques, viaturas, bombas de abastecimento ou quaisquer
vasilhames que tenham contido inflamáveis líquidos;
e) quaisquer outras atividades de manutenção ou operação, tais como: serviço de almoxarifado, de escritório, de laboratório
de inspeção de segurança, de conferência de estoque, de ambulatório médico, de engenharia, de oficinas em geral, de
caldeiras, de mecânica, de eletricidade, de soldagem, de enchimento, fechamento e arrumação de quaisquer vasilhames
com substâncias consideradas inflamáveis, desde que essas atividades sejam executadas dentro de áreas consideradas
perigosas, ad referendum do Ministério do Trabalho.

II. Serviços de operação e manutenção de embarcações, vagões-tanques, caminhões-tanques e vasilhames de inflamáveis


gasosos liquefeitos:
a) atividades de inspeção nos pontos de vazamento eventual no sistema de depósito de distribuição e de medição de

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tanques pelos processos de escapamento direto;
b) serviços de superintendência;
c) atividades de manutenção das instalações da frota de caminhões-tanques, executadas dentro da área e em torno dos
pontos de escapamento normais ou eventuais;
d) atividades de decantação, desgaseificação, lavagem, reparos, pinturas e areação de tanques, cilindros e botijões cheios de
GLP;
e) quaisquer outras atividades de manutenção ou operações, executadas dentro das áreas consideradas perigosas pelo
Ministério do Trabalho.

III . Armazenagem de inflamáveis líquidos, em tanques ou vasilhames:


a) quaisquer atividades executadas dentro da bacia de segurança dos tanques;
b) arrumação de tambores ou latas ou quaisquer outras atividades executadas dentro do prédio de armazenamento de
inflamáveis ou em recintos abertos e com vasilhames cheios inflamáveis ou não-desgaseificados ou decantados.

IV. Armazenagem de inflamáveis gasosos liquefeitos, em tanques ou vasilhames:


a) arrumação de vasilhames ou quaisquer outras atividades executadas dentro do prédio de armazenamento de inflamáveis
ou em recintos abertos e com vasilhames cheios de inflamáveis ou vazios não desgaseificados ou decantados.

V. Operações em postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos:


a) atividades ligadas diretamente ao abastecimento de viaturas com motor de explosão.

VI. Outras atividades, tais como: manutenção, lubrificação, lavagem de viaturas, mecânica, eletricidade, escritório de
vendas e gerência, ad referendum do Ministério do Trabalho.

VII. Enchimento de quaisquer vasilhames (tambores, latas), com inflamáveis líquidos:


a) atividades de enchimento, fechamento e arrumação de latas ou caixas com latas.

VIII. Enchimento de quaisquer vasilhames (cilindros, botijões) com inflamáveis gasosos liquefeitos:
a) atividades de enchimento, pesagem, inspeção, estiva e arrumação de cilindros ou botijões cheios de GLP;
b) outras atividades executadas dentro da área considerada perigosa, ad referendum do Ministério do Trabalho.
3. São consideradas áreas de risco:

ATIVIDADE ÁREA DE RISCO


a. Poços de petróleo em produção de gás. círculo com raio de 30 metros, no mínimo, com centro na
boca do poço.
b. Unidade de processamento das refinarias. Faixa de 30 metros de largura, no mínimo, contornando a
área de operação.
c. Outros locais de refinaria onde se realizam operações com Faixa de 15 metros de largura, no mínimo, contornando a
inflamáveis em estado de volatilização ou possibilidade de área de operação.
volatilização decorrente de falha ou defeito dos sistemas de
segurança e fechamento das válvulas.
d. Tanques de inflamáveis líquidos Toda a bacia de segurança
e. Tanques elevados de inflamáveis gasosos Círculo com raio de 3 metros com centro nos pontos de
vazamento eventual (válvula registros, dispositivos de
medição por escapamento, gaxetas).
f. Carga e descarga de inflamáveis líquidos contidos em Afastamento de 15 metros da beira do cais, durante a
navios, chatas e batelões. operação, com extensão correspondente ao comprimento
da embarcação.

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g. Abastecimento de aeronaves Toda a área de operação.
h. Enchimento de vagões –tanques e caminhões –tanques com Círculo com raio de 15 metros com centro nas bocas de
inflamáveis líquidos. enchimento dos tanques.
i. Enchimento de vagões-tanques e caminhões-tanques Círculo com 7,5 metros centro nos pontos de vazamento
inflamáveis gasosos liquefeitos. eventual (válvula e registros).
j. Enchimento de vasilhames com inflamáveis gasosos Círculos com raio de 15 metros com centro nos bicos de
liquefeitos. enchimentos.

l. Enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em Círculo com raio de 7,5 metros com centro nos bicos de
locais abertos. enchimento.
m. Enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em Toda a área interna do recinto.
recinto fechado.
n. Manutenção de viaturas-tanques, bombas e vasilhames que Local de operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de
continham inflamável líquido. largura em torno dos seus pontos externos.
o. Desgaseificação, decantação e reparos de vasilhames não Local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de
desgaseificados ou decantados, utilizados no transporte de largura em torno dos seus pontos externos.
inflamáveis.
p. Testes em aparelhos de consumo de gás e seus Local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de
equipamentos. largura em torno dos seus pontos extremos.
q. abastecimento de inflamáveis Toda a área de operação, abrangendo, no mínimo, círculo
com raio de 7,5 metros com centro no ponto de
abastecimento e o círculo com raio de 7,5 metros com
centro na bomba de abastecimento da viatura e faixa de
7,5 metros de largura para ambos os lados da máquina.
r. Armazenamento de vasilhames que contenham inflamáveis Faixa de 3 metros de largura em torno dos seus pontos
líquidos ou vazios não desgaseificados ou decantados, em externos.
locais abertos.
s. Armazenamento de vasilhames que contenham inflamáveis Toda a área interna do recinto.
líquidos ou vazios não desgaseificados, ou decantados, em
recinto fechado.
t. Carga e descarga de vasilhames contendo inflamáveis Afastamento de 3 metros da beira do cais, durante a
líquidos ou vasilhames vazios não desgaseificados ou operação, com extensão correspondente ao comprimento
decantados, transportados pôr navios, chatas ou batelões. da embarcação.

(Incluído pela Portaria GM n.º 545, de 10 de julho de 2000)


4 - Não caracterizam periculosidade, para fins de percepção de adicional:

4.1 - o manuseio, a armazenagem e o transporte de líquidos inflamáveis em embalagens certificadas, simples, compostas ou
combinadas, desde que obedecidos os limites consignados no Quadro I abaixo, independentemente do número total de
embalagens manuseadas, armazenadas ou transportadas, sempre que obedecidas as Normas Regulamentadoras expedidas
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a Norma NBR 11564/91 e a legislação sobre produtos perigosos relativa aos meios
de transporte utilizados;

4.2 - o manuseio, a armazenagem e o transporte de recipientes de até cinco litros, lacrados na fabricação, contendo líquidos
inflamáveis, independentemente do número total de recipientes manuseados, armazenados ou transportados, sempre que
obedecidas as Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e a legislação sobre produtos
perigosos relativa aos meios de transporte utilizados.

QUADRO l

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Capacidade Máxima para Embalagens de Líquidos Inflamáveis
Embalagem combinada
Embalagem interna Embalagem Grupo de Grupo de Grupo de
Externa Embalagens* I Embalagens* lI Embalagens* III
Tambores de:
Metal 250 kg 400 kg 400 kg
Plástico 250 kg 400 kg 400 kg
Madeira Compensada 150 kg 400 kg 400 kg
Recipientes de Vidro com Fibra 75 kg 400 kg 400 kg
mais de 5 e até 10 litros; Caixas
Plástico com mais de 5 e Aço ou Alumínio 250 kg 400 kg 400 kg
até 30 litros; Metal com Madeira Natural ou 150 kg 400 kg 400 kg
mais de 5 e até 40 litros. compensada
Madeira Aglomerada 75 kg 400 kg 400 kg
Papelão 75 kg 400 kg 400 kg
Plástico Flexível 60 kg 60 kg 60 kg
Plástico Rígido 150 kg 400 kg 400 kg
Bombonas
Aço ou Alumínio 120 kg 120 kg 120 kg
Plástico 120 kg 120 kg 120 kg
Embalagens Simples
Grupo de Grupo de Embalagens* Grupo de
Embalagens* II Embalagens*
I III
Tambores
Aço, tampa não removível 250 L
Aço, tampa removível 250 L**
Alumínio, tampa não 250 L
removível
Alumínio, tampa removível 250 L** 450 L 450 L
Outros metais, tampa não 250 L
removível
Outros metais, tampa 250 L**
removível
Plástico, tampa não removível 250 L**
Plástico, tampa removível 250 L**
Bombonas
Aço, tampa não removível 60 L
Aço, tampa removível 60 L**
Alumínio, tampa não 60 L
removível
Alumínio, tampa removível 60 L** 60 L 60 L
Outros metais, tampa não 60 L
removível
Outros metais, tampa 60 L**
removível
Plástico, tampa não removível 60 L
Plástico, tampa removível 60 L**

Embalagens Compostas
Grupo de Grupo de Grupo de
Embalagens* Embalagens* Embalagens*
I II III
Plástico com tambor externo de aço ou alumínio
Plástico com tambor externo de fibra, plástico ou 250 L 250 L 250 L
compensado
Plástico com engradado ou caixa externa de aço
ou alumínio ou madeira externa ou caixa externa
120 L 250 L 250 L

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de compensado ou de cartão ou de plástico rígido
Vidro com tambor externo de aço, alumínio,
fibra,
Compensado, plástico flexível ou 60 L 60 L 60 L
Em caixa de aço, alumínio, madeira, papelão ou
60 L 60 L 60 L
compensado
* Conforme definições NBR 11564 – ABNT.
** Somente para substâncias com viscosidades maior que 200 mm²/seg

GLOSSÁRIO
(Publicado pela Portaria SIT n.º 26, de 2 de agosto de 2000)

Bombonas: Elementos de metal ou plástico, com seção retangular ou poligonal.

Caixas: Elementos com faces retangulares ou poligonais, feitas de metal, madeira, papelão, plástico flexível, plástico rígido
ou outros materiais compatíveis.

Embalagens ou Embalagens Simples: Recipientes ou quaisquer outros componentes ou materiais necessários para
embalar, com a função de conter e proteger líquidos inflamáveis.

Embalagens Combinadas: Uma combinação de embalagens, consistindo em uma ou mais embalagens internas
acondicionadas numa embalagem externa.

Embalagens Compostas: Consistem em uma embalagem externa e um recipiente interno, construídos de tal forma que o
recipiente interno e a embalagem externa formam uma unidade que permanece integrada, que se enche, manuseia,
armazena, transporta e esvazia como tal.

Embalagens Certificadas: São aquelas aprovadas nos ensaios e padrões de desempenho fixados para embalagens, da NBR
11564/91.

Embalagens Externas: São a proteção exterior de uma embalagem composta ou combinada, juntamente com quaisquer
outros componentes necessários para conter e proteger recipientes ou embalagens.
Embalagens Internas: São as que para serem manuseadas, armazenadas ou transportadas, necessitam de uma embalagem
externa.

Grupo de Embalagens: Os líquidos inflamáveis classificam-se para fins de embalagens segundo 3 grupos, conforme o
nível de risco:
* Grupo de Embalagens I - alto risco
* Grupo de Embalagens II - risco médio
* Grupo de Embalagens III - baixo risco
Para efeito de classificação de Grupo de Embalagens, segundo o risco, adotar-se-á a classificação descrita na tabela do item
4 - Relação de Produtos Perigosos, da Portaria n.º 204, de 20 de maio de 1997, do Ministério dos Transportes.

Lacrados: Fechados, no processo de envazamento, de maneira estanque para que não venham a apresentar vazamentos nas
condições normais de manuseio, armazenamento ou transporte, assim como decorrentes de variações de temperatura,
umidade ou pressão ou sob os efeitos de choques e vibrações.

Líquidos Inflamáveis: Para os efeitos do adicional de periculosidade estão definidos na NR 20 - Portaria n.º 3.214/78.

Recipientes: Elementos de contenção, com quaisquer meio de fechamento, destinados a receber e conter líquidos
inflamáveis. Exemplos: latas, garrafas, etc.

Tambores: Elementos cilíndricos de fundo plano ou convexo, feitos de metal, plástico, madeira, fibra ou outros materiais
adequados. Esta definição inclui, também, outros formatos, excluídas bombonas. Por exemplo: redondo de bocal cintado ou
em formato de balde.

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ANEXO 3
(Aprovado pela Portaria MTE n.º 1.885, de 02 de dezembro de 2013)

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPOSIÇÃO A ROUBOS OU OUTRAS ESPÉCIES DE


VIOLÊNCIA FÍSICA NAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PESSOAL OU PATRIMONIAL

1. As atividades ou operações que impliquem em exposição dos profissionais de segurança pessoal ou patrimonial a roubos
ou outras espécies de violência física são consideradas perigosas.

2. São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os trabalhadores que atendam a uma das seguintes
condições:
a) empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de segurança privada ou que integrem serviço orgânico
de segurança privada, devidamente registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça, conforme lei 7102/1983 e suas
alterações posteriores.
b) empregados que exercem a atividade de segurança patrimonial ou pessoal em instalações metroviárias, ferroviárias,
portuárias, rodoviárias, aeroportuárias e de bens públicos, contratados diretamente pela administração pública direta ou
indireta.

3. As atividades ou operações que expõem os empregados a roubos ou outras espécies de violência física, desde que
atendida uma das condições do item 2, são as constantes do quadro abaixo:

ATIVIDADES OU OPERAÇÕES DESCRIÇÃO

Segurança patrimonial e/ou pessoal na preservação do


Vigilância patrimonial patrimônio em estabelecimentos públicos ou privados e da
incolumidade física de pessoas.

Segurança patrimonial e/ou pessoal em espaços públicos ou


Segurança de eventos
privados, de uso comum do povo.

Segurança patrimonial e/ou pessoal nos transportes coletivos e


Segurança nos transportes coletivos
em suas respectivas instalações.

Segurança patrimonial e/ou pessoal em áreas de conservação


Segurança ambiental e florestal
de fauna, flora natural e de reflorestamento.

Transporte de valores Segurança na execução do serviço de transporte de valores.

Segurança no acompanhamento de qualquer tipo de carga ou


Escolta armada
de valores.

Acompanhamento e proteção da integridade física de pessoa


Segurança pessoal
ou de grupos.

Supervisão e/ou fiscalização direta dos locais de trabalho para


Supervisão/fiscalização Operacional
acompanhamento e orientação dos vigilantes.

Execução de controle e/ou monitoramento de locais, através de


Telemonitoramento/telecontrole
sistemas eletrônicos de segurança.

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ANEXO 4
(Aprovado pela Portaria MTE n.º 1.078, de 16 de julho de 2014)

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM ENERGIA ELÉTRICA

1. Têm direito ao adicional de periculosidade os trabalhadores:


a) que executam atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos energizados em alta tensão;
b) que realizam atividades ou operações com trabalho em proximidade, conforme estabelece a NR-10;
c) que realizam atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos energizados em baixa tensão no sistema
elétrico de consumo - SEC, no caso de descumprimento do item 10.2.8 e seus subitens da NR10 - Segurança em
Instalações e Serviços em Eletricidade;
d) das empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência - SEP, bem como
suas contratadas, em conformidade com as atividades e respectivas áreas de risco descritas no quadro I deste anexo.

2. Não é devido o pagamento do adicional nas seguintes situações:


a) nas atividades ou operações no sistema elétrico de consumo em instalações ou equipamentos elétricos desenergizados e
liberados para o trabalho, sem possibilidade de energização acidental, conforme estabelece a NR-10;
b) nas atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos alimentados por extra-baixa tensão;
c) nas atividades ou operações elementares realizadas em baixa tensão, tais como o uso de equipamentos elétricos
energizados e os procedimentos de ligar e desligar circuitos elétricos, desde que os materiais e equipamentos elétricos
estejam em conformidade com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou
omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

3. O trabalho intermitente é equiparado à exposição permanente para fins de pagamento integral do adicional de
periculosidade nos meses em que houver exposição, excluída a exposição eventual, assim considerado o caso fortuito ou
que não faça parte da rotina.

4. Das atividades no sistema elétrico de potência - SEP.

4.1 Para os efeitos deste anexo entende-se como atividades de construção, operação e manutenção de redes de linhas aéreas
ou subterrâneas de alta e baixa tensão integrantes do SEP:
a) Montagem, instalação, substituição, conservação, reparos, ensaios e testes de: verificação, inspeção, levantamento,
supervisão e fiscalização; fusíveis, condutores, para-raios, postes, torres, chaves, muflas, isoladores, transformadores,
capacitores, medidores, reguladores de tensão, religadores, seccionalizadores, carrier (onda portadora via linhas de
transmissão), cruzetas, relé e braço de iluminação pública, aparelho de medição gráfica, bases de concreto ou
alvenaria de torres, postes e estrutura de sustentação de redes e linhas aéreas e demais componentes das redes aéreas;
b) Corte e poda de árvores;
c) Ligações e cortes de consumidores;
d) Manobras aéreas e subterrâneas de redes e linhas;
e) Manobras em subestação;
f) Testes de curto em linhas de transmissão;
g) Manutenção de fontes de alimentação de sistemas de comunicação;
h) Leitura em consumidores de alta tensão;
i) Aferição em equipamentos de medição;
j) Medidas de resistências, lançamento e instalação de cabo contra-peso;
k) Medidas de campo eletromagnético, rádio, interferência e correntes induzidas;

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l) Testes elétricos em instalações de terceiros em faixas de linhas de transmissão (oleodutos, gasodutos etc);
m)Pintura de estruturas e equipamentos;
n) Verificação, inspeção, inclusive aérea, fiscalização, levantamento de dados e supervisão de serviços técnicos;
o) Montagem, instalação, substituição, manutenção e reparos de: barramentos, transformadores, disjuntores, chaves e
seccionadoras, condensadores, chaves a óleo, transformadores para instrumentos, cabos subterrâneos e
subaquáticos, painéis, circuitos elétricos, contatos, muflas e isoladores e demais componentes de redes subterrâneas;
p) Construção civil, instalação, substituição e limpeza de: valas, bancos de dutos, dutos, condutos, canaletas, galerias,
túneis, caixas ou poços de inspeção, câmaras;
q) Medição, verificação, ensaios, testes, inspeção, fiscalização, levantamento de dados e supervisões de serviços técnicos.

4.2 Para os efeitos deste anexo entende-se como atividades de construção, operação e manutenção nas usinas, unidades
geradoras, subestações e cabinas de distribuição em operações, integrantes do SEP:
a) Montagem, desmontagem, operação e conservação de: medidores, relés, chaves, disjuntores e religadoras, caixas de
controle, cabos de força, cabos de controle, barramentos, baterias e carregadores, transformadores, sistemas anti-
incêndio e de resfriamento, bancos de capacitores, reatores, reguladores, equipamentos eletrônicos, eletromecânico e
eletroeletrônicos, painéis, para-raios, áreas de circulação, estruturas-suporte e demais instalações e equipamentos
elétricos;
b) Construção de: valas de dutos, canaletas, bases de equipamentos, estruturas, condutos e demais instalações;
c) Serviços de limpeza, pintura e sinalização de instalações e equipamentos elétricos;
d) Ensaios, testes, medições, supervisão, fiscalizações e levantamentos de circuitos e equipamentos elétricos, eletrônicos
de telecomunicações e telecontrole.
QUADRO I

ATIVIDADES ÁREAS DE RISCO

I. Atividades, constantes no item 4.1, de construção, a) Estruturas, condutores e equipamentos de linhas


operação e manutenção de redes de linhas aéreas ou aéreas de transmissão, subtransmissão e distribuição,
subterrâneas de alta e baixa tensão integrantes do SEP, incluindo plataformas e cestos aéreos usados para
energizados ou desenergizados, mas com possibilidade execução dos trabalhos;
de energização acidental ou por falha operacional.
b) Pátio e salas de operação de subestações;

c) Cabines de distribuição;

d) Estruturas, condutores e equipamentos de redes de


tração elétrica, incluindo escadas, plataformas e cestos
aéreos usados para execução dos trabalhos;

e) Valas, bancos de dutos, canaletas, condutores, recintos


internos de caixas, poços de inspeção, câmaras,
galerias, túneis, estruturas terminais e aéreas de
superfície correspondentes;

f) Áreas submersas em rios, lagos e mares.

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II. Atividades, constantes no item 4.2, de construção, a) Pontos de medição e cabinas de distribuição, inclusive
operação e manutenção nas usinas, unidades de consumidores;
geradoras, subestações e cabinas de distribuição em
operações, integrantes do SEP, energizados ou b) Salas de controles, casa de máquinas, barragens de
desenergizados, mas com possibilidade de usinas e unidades geradoras;
energização acidental ou por falha operacional.
c) Pátios e salas de operações de subestações, inclusive
consumidoras.

III. Atividades de inspeção, testes, ensaios, calibração, a) Áreas das oficinas e laboratórios de testes e manutenção
medição e reparos em equipamentos e materiais elétrica, eletrônica e eletromecânica onde são executados
elétricos, eletrônicos, eletromecânicos e de testes, ensaios, calibração e reparos de equipamentos
segurança individual e coletiva em sistemas energizados ou passíveis de energização acidental;
elétricos de potência de alta e baixa tensão.
b) Sala de controle e casas de máquinas de usinas e
unidades geradoras;

c) Pátios e salas de operação de subestações, inclusive


consumidoras;

d) Salas de ensaios elétricos de alta tensão;

e) Sala de controle dos centros de operações.

IV. Atividades de treinamento em equipamentos ou a) Todas as áreas descritas nos itens anteriores.
instalações integrantes do SEP, energizadas ou
desenergizadas, mas com possibilidade de
energização acidental ou por falha operacional.

ANEXO 5
(Aprovado pela Portaria MTE n.º 1.565, de 13 e outubro de 2014)

ATIVIDADES PERIGOSAS EM MOTOCICLETA

1. As atividades laborais com utilização de motocicleta ou motoneta no deslocamento de trabalhador em vias públicas são
consideradas perigosas.

2. Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo:

a) a utilização de motocicleta ou motoneta exclusivamente no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela;

b) as atividades em veículos que não necessitem de emplacamento ou que não exijam carteira nacional de habilitação para
conduzi-los;

c) as atividades em motocicleta ou motoneta em locais privados.

d) as atividades com uso de motocicleta ou motoneta de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo
habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.

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ANEXO (*)
(Adotado pela Portaria GM n.º 518, de 04 de abril de 2003)

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM RADIAÇÕES IONIZANTES OU SUBSTÂNCIAS


RADIOTIVAS

ATIVIDADES/ÁREAS DE RISCO

ATIVIDADES ÁREAS DE RISCO

1. Produção, utilização, processamento, transporte, guarda, Minas e depósitos de materiais radioativos.


estocagem e manuseio de materiais radioativos, selados e não
selados, de estado físico e forma química quaisquer, naturais ou Plantas-piloto e Usinas de beneficiamento de minerais
artificiais, incluindo: radioativos.

Outras áreas sujeitas a risco potencial devido às


radiações ionizantes

1.1. Prospecção, mineração, operação, beneficiamento e Lixiviação de mineiras radiativos para a produção de
processamento de minerais radioativos. concentrados de urânio e tório.

Purificação de concentrados e conversão em outras


formas para uso como combustível nuclear.

1.2. Produção, transformação e tratamento de materiais Produção de fluoretos de urânio para a produção de
nucleares para o ciclo do combustível nuclear. hexafluoretos e urânio metálico.

Instalações para enriquecimento isotópico e


reconversão.

Fabricação de elemento combustível nuclear.

Instalações para armazenamento dos elementos


combustíveis usados.

Instalações para o retratamento do combustível


irradiado.

Instalações para o tratamento e deposições, provisórias


e finais, dos rejeitos radioativos naturais e artificiais.

1.3. Produção de radioisótopos para uso em medicina, Laboratórios para a produção de radioisótopos e
agricultura, agropecuária, pesquisa científica e tecnológica. moléculas marcadas.

1.4. Produção de Fontes Radioativas Instalações para tratamento de material radioativo e


confecção de fontes.

Laboratórios de testes, ensaios e calibração de fontes,


detectores e monitores de radiação, com fontes
radioativas.

1.5. Testes, ensaios e calibração de detectores e monitores de Laboratórios de ensaios para materiais radioativos
radiação com fontes de radiação.
Laboratórios de radioquímica.

1.6. Descontaminação de superfícies, instrumentos, máquinas, Laboratórios para descontaminação de peças e

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ferramentas, utensílios de laboratório, vestimentas e de materiais radioativos.
quaisquer outras áreas ou bens duráveis contaminados com
material radioativos. Coleta de rejeitos radioativos em instalações, prédios e
em áreas abertas.

Lavanderia para roupas contaminadas.

Transporte de materiais e rejeitos radioativos,


condicionamento, estocagens e suas deposição.

1.7. Separação isotópica e processamento radioquímico. Instalações para tratamento, condicionamento,


contenção, estabilização, estocagem e deposição de
rejeitos radioativos.

Instalações para retenção de rejeitos radioativos.

1.8. Manuseio, condicionamento, liberação, monitoração, Sítios de rejeitos.


estabilização, inspeção, retenção e deposição de rejeitos
radioativos. Instalações para estocagem de produtos radioativos
para posterior aproveitamento.

2. Atividades de operação e manutenção de reatores nucleares, Edifícios de reatores.


incluindo:
Edifícios de estocagem de combustível.

2.1. Montagem, instalação, substituição e inspeção de Instalações de tratamento e estocagem de rejeitos


elementos combustíveis. radioativos.

2.2. Manutenção de componentes integrantes do reator e dos Instalações para tratamento de água e reatores e
sistemas hidráulicos mecânicos e elétricos, irradiados, separação e contenção de produtos radioativos.
contaminados ou situados em áreas de radiação.
Salas de operação de reatores.

Salas de amostragem de efluentes radioativos.

2.3. Manuseio de amostras irradiadas. Laboratórios de medidas de radioativos.

2.4. Experimentos utilizados canais de irradiação. Outras áreas sujeitas a risco potencial às radiações
ionizantes, passíveis de serem atingidas por dispersão
de produtos voláteis.

2.5 Medição de radiação, levantamento de dados radiológicos e Laboratórios semiquentes e quentes.


nucleares, ensaios, testes, inspeções, fiscalização e supervisão
de trabalhos técnicos. Minas de urânio e tório.

Depósitos de minerais radiativos e produtos do


tratamento de minerais radioativos.

2.6 Segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento e Coletas de materiais e peças radioativas, materiais
armazenamento de rejeitos radioativos. contaminados com radiosótopos e águas radioativas.

3. atividades de operação e manutenção de aceleradores de Áreas de irradiação de alvos.


partículas, incluindo:

3.1. Montagem, instalação substituição e manutenção de Oficinas de manutenção de componentes irradiados ou


componentes irradiados ou contaminados. contaminados.

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Salas de operação de aceleradores.

3.2. Processamento de alvos irradiados. Laboratórios para tratamento de alvos irradiados e


separação de radioisótopos.

3.3. Experimentos com feixes de partículas. Laboratórios de testes com radiação e medidas
nucleares.

3.4. Medição de radiação, levantamento de dados radiológicos e Áreas de tratamento e estocagem de rejeitos
nucleares, testes, inspeções e supervisão de trabalhos técnicos. radioativos.

3.5. Segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento e Laboratórios de processamento de alvos irradiados.


armazenamento de rejeitos radioativos.

4. Atividades de operação com aparelhos de raios-X, com Salas de irradiação e de operação de aparelhos de
irradiadores de radiação gama, radiação beta ou radiação de raios-X e de irradiadores gama, beta ou neutrons
nêutrons, incluindo:

4.1. Diagnostico médico e odontológico. Laboratórios de testes, ensaios e calibração com as


fontes de radiação descritas.

4.2. Radioterapia.

4.3. Radiografia industrial, gamagrafia e neutronradiografia. Manuseio de fontes.

4.4. Análise de materiais por difratometria. Manuseio do equipamento.

4.5. Testes ensaios e calibração de detectores e monitores e Manuseio de fontes amostras radioativas.
radiação.

4.6. Irradiação de alimentos. Manuseio de fontes e instalações para a irradiação de


alimentos.

4.7. Estabilização de instrumentos médico-hospitalares. Manuseio de fontes e instalações para a operação.

4.8. Irradiação de espécimes minerais e biológicos. Manuseio de amostras irradiadas.

4.9. Medição de radiação, levantamento de dados radiológicos, Laboratórios de ensaios e calibração de fontes e
ensaios, testes, inspeções, fiscalização de trabalhos técnicos. materiais radioativos.

5. Atividades de medicina nuclear. Sala de diagnósticos e terapia com medicina nuclear.

5.1. Manuseio e aplicação de radioisótopos para diagnóstico Enfermaria de pacientes, sob tratamento com
médico e terapia. radioisótopos.

Enfermaria de pacientes contaminados com


radioisótopos em observação e sob tratamento de
descontaminação.

5.2. Manuseio de fontes seladas para aplicação em Área de tratamento e estocagem de rejeitos radioativos.
braquiterapia.

5.3. Obtenção de dados biológicos de pacientes com Manuseio de materiais biológicos contendo
radioisótopos incorporados. radioisótopos ou moléculas marcadas.

5.4. Segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento e Laboratórios para descontaminação e coleta de rejeitos

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estocagem de rejeitos radioativos. radioativos.

6. Descomissionamento de instalações nucleares e radioativas, Áreas de instalações nucleares e radioativas


que inclui: contaminadas e com rejeitos.

6.1 Todas as descontaminações radioativas inerentes. Depósitos provisórios e definitivos de rejeitos


radioativos.

6.2. Gerenciamento dos rejeitos radioativos existentes, ou Instalações para contenção de rejeitos radioativos.
sejam; tratamento e acondicionamento dos rejeitos líquidos,
sólidos, gasosos e aerossóis; transporte e deposição dos Instalações para asfaltamento de rejeitos radioativos.
mesmos.
Instalações para cimentação de rejeitos radioativos.

7. Descomissionamento de minas, moinhos e usinas de Tratamento de rejeitos minerais.


tratamento de minerais radioativos.
Repositório de rejeitos naturais (bacia de contenção de
rádio e outros radioisótopos).

Deposição de gangas e rejeitos de mineração.


Nota Explicativa:
(Inserida pela Portaria MTE n.º 595, de 07 de maio de 2015)
1. Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo, as atividades desenvolvidas em áreas que utilizam equipamentos
móveis de Raios X para diagnóstico médico.
2. Áreas tais como emergências, centro de tratamento intensivo, sala de recuperação e leitos de internação não são
classificadas como salas de irradiação em razão do uso do equipamento móvel de Raios X.

(*) Anexo acrescentado pela Portaria n.º 3.393, de 17-12-1987.

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NR 23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

23.1 Disposições gerais.

23.1.1 Todas as empresas deverão possuir:


a) proteção contra incêndio;
b) saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio;
c) equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;
d) pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos.

Saídas.

23.2 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se
encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência.

23.2.1 A largura mínima das aberturas de saída deverá ser de 1,20m (um metro e vinte centímetros).

23.2.2 O sentido de abertura da porta não poderá ser para o interior do local de trabalho.

23.2.3 Onde não for possível o acesso imediato às saídas, deverão existir, em caráter permanente e completamente
desobstruídos, circulações internas ou corredores de acesso contínuos e seguros, com largura mínima de 1,20m (um
metro e vinte centímetros).

23.2.4 Quando não for possível atingir, diretamente, as portas de saída, deverão existir, em caráter permanente, vias de
passagem ou corredores, com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) sempre rigorosamente
desobstruídos.

23.2.5 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos,
indicando a direção da saída.

23.2.6 As saídas devem ser dispostas de tal forma que, entre elas e qualquer local de trabalho não se tenha de percorrer
distância maior que 15,00m (quinze metros) nas de risco grande e 30,00m (trinta metros) nas de risco médio ou pequeno.

23.2.6.1 Estas distâncias poderão ser modificadas, para mais ou menos, a critério da autoridade competente em
segurança do trabalho, se houver instalações de chuveiros (sprinklers), automáticos, e segundo a natureza do risco.

23.2.7 As saídas e as vias de circulação não devem comportar escadas nem degraus; as passagens serão bem iluminadas.

23.2.8 Os pisos, de níveis diferentes, deverão ter rampas que os contornem suavemente e, neste caso, deverá ser
colocado um "aviso" no início da rampa, no sentido do da descida.

23.2.9 Escadas em espiral, de mãos ou externas de madeira, não serão consideradas partes de uma saída.

23.3 Portas.

23.3.1 As portas de saída devem ser de batentes ou portas corrediças horizontais, a critério da autoridade competente em
segurança do trabalho.

23.3.2 As portas verticais, as de enrolar e as giratórias não serão permitidas em comunicações internas.

23.3.3 Todas as portas de batente, tanto as de saída como as de comunicações internas, devem:
a) abrir no sentido da saída;
b) situar-se de tal modo que, ao se abrirem, não impeçam as vias de passagem.

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23.3.4 As portas que conduzem às escadas devem ser dispostas de maneira a não diminuírem a largura efetiva dessas
escadas.

23.3.5 As portas de saída devem ser dispostas de maneira a serem visíveis, ficando terminantemente proibido qualquer
obstáculo, mesmo ocasional, que entrave o seu acesso ou a sua vista.

23.3.6 Nenhuma porta de entrada, ou saída, ou de emergência de um estabelecimento ou local de trabalho, deverá ser
fechada a chave, aferrolhada ou presa durante as horas de trabalho.

23.3.7 Durante as horas de trabalho, poderão ser fechadas com dispositivos de segurança, que permitam a qualquer
pessoa abri-las facilmente do interior do estabelecimento ou do local de trabalho.

23.3.7.1 Em hipótese alguma, as portas de emergência deverão ser fechadas pelo lado externo, mesmo fora do horário de
trabalho.

23.4 Escadas.

23.4.1 Todas as escadas, plataformas e patamares deverão ser feitos com materiais incombustíveis e resistentes ao fogo.

23.5 Ascensores.

23.5.1 Os poços e monta-cargas respectivos, nas construções de mais de 2 (dois) pavimentos, devem ser inteiramente de
material resistente ao fogo.

23.6 Portas corta-fogo.

23.6.1 As caixas de escadas deverão ser providas de portas corta-fogo, fechando-se automaticamente e podendo ser
abertas facilmente pelos 2 (dois) lados.

23.7 Combate ao fogo.

23.7.1 Tão cedo o fogo se manifeste, cabe:


a) acionar o sistema de alarme;
b) chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros;
c) desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do desligamento não envolver riscos adicionais;
d) atacá-lo, o mais rapidamente possível, pelos meios adequados.

23.7.2 As máquinas e aparelhos elétricos que não devam ser desligados em caso de incêndio deverão conter placa com
aviso referente a este fato, próximo à chave de interrupção.

23.7.3 Poderão ser exigidos, para certos tipos de indústria ou de atividade em que seja grande o risco de incêndio,
requisitos especiais de construção, tais como portas e paredes corta-fogo ou diques ao redor de reservatórios elevados de
inflamáveis.

23.8 Exercício de alerta.

23.8.1 Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos periodicamente, objetivando:


a) que o pessoal grave o significado do sinal de alarme;
b) que a evacuação do local se faça em boa ordem;
c) que seja evitado qualquer pânico;
d) que sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos empregados;
e) que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas.

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23.8.2 Os exercícios deverão ser realizados sob a direção de um grupo de pessoas, capazes de prepará-los e dirigi-los,
comportando um chefe e ajudantes em número necessário, segundo as características do estabelecimento.

23.8.3 Os planos de exercício de alerta deverão ser preparados como se fossem para um caso real de incêndio.

23.8.4 Nas fábricas que mantenham equipes organizadas de bombeiros, os exercícios devem se realizar periodicamente,
de preferência, sem aviso e se aproximando, o mais possível, das condições reais de luta contra o incêndio.

23.8.5 As fábricas ou estabelecimentos que não mantenham equipes de bombeiros deverão ter alguns membros do
pessoal operário, bem como os guardas e vigias, especialmente exercitados no correto manejo do material de luta contra
o fogo e o seu emprego.

23.9 Classes de fogo.

23.9.1 Será adotada, para efeito de facilidade na aplicação das presentes disposições, a seguinte classificação de fogo:
Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que
deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibra, etc.;
Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que queimem somente em sua superfície, não deixando resíduos,
como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.;
Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores, quadros de
distribuição, fios, etc.

23.9.2 Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.

23.10 Extinção por meio de água.

23.10.1 Nos estabelecimentos industriais de 50 (cinqüenta) ou mais empregados, deve haver um aprisionamento
conveniente de água sob pressão, a fim de, a qualquer tempo, extinguir os começos de fogo de Classe A.

23.10.2 Os pontos de captação de água deverão ser facilmente acessíveis, e situados ou protegidos de maneira a não
poderem ser danificados.

23.10.3 Os pontos de captação de água e os encanamentos de alimentação deverão ser experimentados, freqüentemente,
a fim de evitar o acúmulo de resíduos.

23.10.4 A água nunca será empregada:


a) nos fogos da Classe B, salvo quando pulverizada sob a forma de neblina;
b) nos fogos da Classe C, salvo quando se tratar de água pulverizada;
c) nos fogos da Classe D;
d) chuveiros (sprinklers) automáticos.

23.10.5 Os chuveiros automáticos devem ter seus registros sempre abertos, e só poderão ser fechados em casos de
manutenção ou inspeção, com ordem da pessoa responsável.

23.10.5.1 Um espaço livre de pelo menos 1,00m (um metro) deve existir abaixo e ao redor das cabeças dos chuveiros, a
fim de assegurar uma inundação eficaz.

23.11 Extintores.

23.11.1 Em todos os estabelecimentos ou locais de trabalho só devem ser utilizados extintores de incêndio que obedeçam
às normas brasileiras ou regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial - INMETRO, garantindo essa exigência pela aposição nos aparelhos de identificação de conformidade de
órgãos de certificação credenciados pelo INMETRO.

23.12 Extintores portáteis.

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23.12.1 Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de chuveiros automáticos, deverão ser providos de extintores
portáteis, a fim de combater o fogo em seu início. Tais aparelhos devem ser apropriados à classe do fogo a extinguir.

23.13 Tipos de extintores portáteis.

23.13.1 O extintor tipo "Espuma" será usado nos fogos de Classe A e B.

23.13.2 O extintor tipo "Dióxido de Carbono" será usado, preferencialmente, nos fogos das Classes B e C, embora
possa ser usado também nos fogos de Classe A em seu início.

23.13.3 O extintor tipo "Químico Seco" usar-se-á nos fogos das Classes B e C. As unidades de tipo maior de 60 a 150
kg deverão ser montadas sobre rodas. Nos incêndios Classe D, será usado o extintor tipo "Químico Seco", porém o pó
químico será especial para cada material.

23.13.4 O extintor tipo "Água Pressurizada", ou "Água-Gás", deve ser usado em fogos Classe A, com capacidade
variável entre 10 (dez) e 18 (dezoito) litros.

23.13.5 Outros tipos de extintores portáteis só serão admitidos com a prévia autorização da autoridade competente em
matéria de segurança do trabalho.

23.13.6 Método de abafamento por meio de areia (balde areia) poderá ser usado como variante nos fogos das Classes B e
D.

23.13.7 Método de abafamento por meio de limalha de ferro fundido poderá ser usado como variante nos fogos Classe
D.

23.14 Inspeção dos extintores.

23.14.1 Todo extintor deverá ter 1 (uma) ficha de controle de inspeção (ver modelo no anexo).

23.14.2 Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, examinando-se o seu aspecto externo, os lacres,
os manômetros, quando o extintor for do tipo pressurizado, verificando se o bico e válvulas de alívio não estão
entupidos.

23.14.3 Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo, com data em que foi carregado, data
para recarga e número de identificação. Essa etiqueta deverá ser protegida convenientemente a fim de evitar que esses
dados sejam danificados.

23.14.4 Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser pesados semestralmente. Se a perda de peso for além
de 10% (dez por cento) do peso original, deverá ser providenciada a sua recarga.

23.14.5 O extintor tipo "Espuma" deverá ser recarregado anualmente.

23.14.6 As operações de recarga dos extintores deverão ser feitas de acordo com normas técnicas oficiais vigentes no
País.

23.15 Quantidade de extintores.

23.15.1 Nas ocupações ou locais de trabalho, a quantidade de extintores será determinada pelas condições seguintes,
estabelecidas para uma unidade extintora conforme o item 23.16.

CLASSE DE OCUPAÇÃO DISTÂNCIA


ÁREA COBERTA P/ RISCO DE
* Segundo Tarifa de Seguro MÁXIMA A SER
UNIDADE DE EXTINTORES FOGO
Incêndio do Brasil - IRB(*) PERCORRIDA
500 m² pequeno "A" - 01 e 02 20 metros
250 m² médio "B" - 02, 04, 05 e 06 10 metros
150 m² grande "C" - 07, 08, 09, 10, 11, 12 e 13 10 metros

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(*) Instituto de Resseguros do Brasil

23.15.1.1 Independentemente da área ocupada, deverá existir pelo menos 2 (dois) extintores para cada pavimento.

23.16 Unidade extintora.

NÚMERO DE EXTINTORES QUE


CAPACIDADE DOS
SUBSTÂNCIAS CONSTITUEM UNIDADE
EXTINTORES
EXTINTORA
10 litros 1
Espuma
5 litros 2
1
Água Pressurizada ou Água Gás 10 litros
2
6 quilos 1
4 quilos 2
Gás Carbônico (CO2)
2 quilos 3
1 quilo 4
4 quilos 1
Pó Químico Seco 2 quilos 2
1 quilo 3

23.17 Localização e Sinalização dos Extintores.

23.17.1 Os extintores deverão ser colocados em locais:


a) de fácil visualização;
b) de fácil acesso;
c) onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.

23.17.2 Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo vermelho ou por uma seta larga,
vermelha, com bordas amarelas.

23.17.3 Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do extintor, a qual não poderá ser obstruída por
forma nenhuma. Essa área deverá ser no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro).

23.17.4 Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) acima do
piso. Os baldes não deverão ter seus rebordos a menos de 0,60m (sessenta centímetros) nem a mais de 1,50m (um metro
e cinqüenta centímetros) acima do piso.

23.17.5 Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas.

23.17.6 Os extintores sobre rodas deverão ter garantido sempre o livre acesso a qualquer ponto de fábrica.

23.17.7 Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais.

23.18 Sistemas de alarme.

23.18.1 Nos estabelecimentos de riscos elevados ou médios, deverá haver um sistema de alarme capaz de dar sinais
perceptíveis em todos os locais da construção.

23.18.2 Cada pavimento do estabelecimento deverá ser provido de um número suficiente de pontos capazes de pôr em
ação o sistema de alarme adotado.

23.18.3 As campainhas ou sirenes de alarme deverão emitir um som distinto em tonalidade e altura, de todos os outros
dispositivos acústicos do estabelecimento. 23.18.4 Os botões de acionamento de alarme devem ser colocados nas áreas
comuns dos acessos dos pavimentos.

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23.18.5 Os botões de acionamento devem ser colocados em lugar visível e no interior de caixas lacradas com tampa de
vidro ou plástico, facilmente quebrável. Esta caixa deverá conter a inscrição "Quebrar em caso de emergência".

ANEXO DO ITEM 23.14

MARCA: TIPO: EXTINTOR N.º:


ATIVO FIXO: LOCAL: ABNT N.º:
HISTÓRICO
Código e reparos
Data Recebido Inspecionado Reparado Instrução Incêndio
1. Substituição de Gatilho

2. Substituição de Difusor

3. Mangote

4. Válvula de Segurança

5. Válvula Completa

6. Válvula Cilindro Adicional

7. Pintura

8. Manômetro

9. Teste Hidrostático

10. Recarregado

11. Usado em Incêndio

12. Usado em Instrução

13. Diversos
CONTROLE DE EXTINTORES

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NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Atualizações/Alterações D.O.U.
Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993 21/09/93

24.1 Instalações sanitárias.

24.1.1 Denomina-se, para fins de aplicação da presente NR, a expressão:


a) aparelho sanitário: o equipamento ou as peças destinadas ao uso de água para fins higiênicos ou a receber águas servidas
(banheira, mictório, bebedouro, lavatório, vaso sanitário e outros);
b) gabinete sanitário: também denominado de latrina, retrete, patente, cafoto, sentina, privada, WC, o local destinado a fins
higiênicos e dejeções;
c) banheiro: o conjunto de peças ou equipamentos que compõem determinada unidade e destinado ao asseio corporal.

24.1.2 As áreas destinadas aos sanitários deverão atender às dimensões mínimas essenciais. O órgão regional competente em
Segurança e Medicina do Trabalho poderá, à vista de perícia local, exigir alterações de metragem que atendam ao mínimo
de conforto exigível. É considerada satisfatória a metragem de 1 metro quadrado, para cada sanitário, por 20 operários em
atividade.

24.1.2.1 As instalações sanitárias deverão ser separadas por sexo.

24.1.3 Os locais onde se encontrarem instalações sanitárias deverão ser submetidos a processo permanente de higienização,
de sorte que sejam mantidos limpos e desprovidos de quaisquer odores, durante toda a jornada de trabalho.

24.1.4 Os vasos sanitários deverão ser sifonados e possuir caixa de descarga automática externa de ferro fundido, material
plástico ou fibrocimento.

24.1.5 Os chuveiros poderão ser de metal ou de plástico, e deverão ser comandados por registros de metal a meia altura na
parede;

24.1.6 O mictório deverá ser de porcelana vitrificada ou de outro material equivalente, liso e impermeável, provido de
aparelho de descarga provocada ou automática, de fácil escoamento e limpeza, podendo apresentar a conformação do tipo
calha ou cuba.

24.1.6.1 No mictório do tipo calha, de uso coletivo, cada segmento, no mínimo de 0,60m, corresponderá a um mictório do
tipo cuba.

24.1.7 Os lavatórios poderão ser formados por calhas revestidas com materiais impermeáveis e laváveis, possuindo torneiras
de metal, tipo comum, espaçadas de 0,60m, devendo haver disposição de 1 (uma) torneira para cada grupo de 20 (vinte)
trabalhadores.

24.1.8 Será exigido, no conjunto de instalações sanitárias, um lavatório para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou
operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou
substâncias que provoquem sujidade.

24.1.8.1 O disposto no item 24.1.8 deverá também ser aplicado próximo aos locais de atividades.

24.1.9 O lavatório deverá ser provido de material para a limpeza, enxugo ou secagem das mãos, proibindo-se o uso de
toalhas coletivas.

24.1.10 Deverá haver canalização com tomada d’água, exclusivamente para uso contra incêndio.

24.1.11 Os banheiros, dotados de chuveiros, deverão:


a) ser mantidos em estado de conservação, asseio e higiene;

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b) ser instalados em local adequado;
c) dispor de água quente, a critério da autoridade competente em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho;
d) ter portas de acesso que impeçam o devassamento, ou ser construídos de modo a manter o resguardo conveniente;
e) ter piso e paredes revestidos de material resistente, liso, impermeável e lavável.

24.1.12 Será exigido 1 um chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou operações insalubres, ou nos
trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem
sujidade, e nos casos em que estejam expostos a calor intenso.

24.1.13 Não serão permitidos aparelhos sanitários que apresentem defeitos ou soluções de continuidade que possam
acarretar infiltrações ou acidentes.

24.1.14 Quando os estabelecimentos dispuserem de instalações de privadas ou mictórios anexos às diversas seções fabris,
devem os respectivos equipamentos ser computados para efeito das proporções estabelecidas na presente Norma.

24.1.15 Nas indústrias de gêneros alimentícios ou congêneres, o isolamento das privadas deverá ser o mais rigoroso
possível, a fim de evitar poluição ou contaminação dos locais de trabalho.

24.1.16 Nas regiões onde não haja serviço de esgoto, deverá ser assegurado aos empregados um serviço de privadas, seja
por meio de fossas adequadas, seja por outro processo que não afete a saúde pública, mantidas as exigências legais.

24.1.17 Nos estabelecimentos comerciais, bancários, securitários, de escritório e afins, poderá a autoridade local competente
em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho, em decisão fundamentada, submetida à homologação do Delegado
Regional do Trabalho, dispensar ou reduzir o número de mictórios e de chuveiros estabelecidos nesta Norma.

24.1.18 As paredes dos sanitários deverão ser construídas em alvenaria de tijolo comum ou de concreto e revestidas com
material impermeável e lavável.

24.1.19 Os pisos deverão ser impermeáveis, laváveis, de acabamento liso, inclinado para os ralos de escoamento providos de
sifões hidráulicos. Deverão também impedir a entrada de umidade e emanações no banheiro, e não apresentar ressaltos e
saliências.

24.1.20 A cobertura das instalações sanitárias deverá ter estrutura de madeira ou metálica, e as telhas poderão ser de barro
ou de fibrocimento.

24.1.20.1 Deverão ser colocadas telhas translúcidas, para melhorar a iluminação natural, e telhas de ventilação de 4 em 4
metros.

24.1.21 As janelas das instalações sanitárias deverão ter caixilhos fixos, inclinados de 45º, com vidros inclinados de 45º,
com vidros incolores e translúcidos, totalizando uma área correspondente a 1/8 da área do piso.

24.1.21.1 A parte inferior do caixilho deverá se situar, no mínimo, à altura de 1,50 m a partir do piso.

24.1.22 Os locais destinados às instalações sanitárias serão providos de uma rede de iluminação, cuja fiação deverá ser
protegida por eletrodutos.

24.1.23 Com o objetivo de manter um iluminamento mínimo de 100 lux, deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de
100 W/8,00 m² de área com pé-direito de 3,00m máximo, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.

24.1.24 A rede hidráulica será abastecida por caixa d’água elevada, a qual deverá ter altura suficiente para permitir bom
funcionamento nas tomadas de água e contar com reserva para combate a incêndio de acordo com posturas locais.

24.1.24.1 Serão previstos 60 litros diários de água por trabalhador para o consumo nas instalações sanitárias.

24.1.25 As instalações sanitárias deverão dispor de água canalizada e esgotos ligados à rede geral ou à fossa séptica, com
interposição de sifões hidráulicos.

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24.1.25.1 Não poderão se comunicar diretamente com os locais de trabalho nem com os locais destinados às refeições.

24.1.25.2 Serão mantidas em estado de asseio e higiene.

24.1.25.3 No caso de se situarem fora do corpo do estabelecimento, a comunicação com os locais de trabalho deve fazer-se
por passagens cobertas.

24.1.26 Os gabinetes sanitários deverão:


a) ser instalados em compartimentos individuais, separados;
b) ser ventilados para o exterior;
c) ter paredes divisórias com altura mínima de 2,10m e seu bordo inferior não poderá situar-se a mais de 0,15 m acima do
pavimento;
d) ser dotados de portas independentes, providas de fecho que impeçam o devassamento;
e) ser mantidos em estado de asseio e higiene;
f) possuir recipientes com tampa, para guarda de papéis servidos, quando não ligados diretamente à rede ou quando sejam
destinados às mulheres.

24.1.26.1 Cada grupo de gabinete sanitário deve ser instalado em local independente, dotado de antecâmara.

24.1.27 É proibido o envolvimento das bacias ou vasos sanitários com quaisquer materiais (caixas) de madeira, blocos de
cimento e outros.

24.2 Vestiários.

24.2.1 Em todos os estabelecimentos industriais e naqueles em que a atividade exija troca de roupas ou seja imposto o uso
de uniforme ou guarda-pó, haverá local apropriado para vestiário dotado de armários individuais, observada a separação de
sexos.

24.2.2 A localização do vestiário, respeitada a determinação da autoridade regional competente em Segurança e Medicina do
Trabalho, levará em conta a conveniência do estabelecimento.

24.2.3 A área de um vestiário será dimensionada em função de um mínimo de 1,50 m² para 1 trabalhador.

24.2.4 As paredes dos vestiários deverão ser construídas em alvenaria de tijolo comum ou de concreto, e revestidas com
material impermeável e lavável.

24.2.5 Os pisos deverão ser impermeáveis, laváveis e de acabamento liso, inclinados para os ralos de escoamento providos
de sifões hidráulicos. Deverão também impedir a entrada de umidade e emanações no vestiário e não apresentar ressaltos e
saliências.

24.2.6 A cobertura dos vestiários deverá ter estrutura de madeira ou metálica, e as telhas poderão ser de barro ou de
fibrocimento.

24.2.6.1 Deverão ser colocadas telhas translúcidas para melhorar a iluminação natural.

24.2.7 As janelas dos vestiários deverão ter caixilhos fixos inclinados de 45º, com vidros incolores e translúcidos,
totalizando uma área correspondente a 1/8 da área do piso.

24.2.7.1 A parte inferior do caixilho deverá se situar, no mínimo, à altura de 1,50 a partir do piso.

24.2.8 Os locais destinados às instalações de vestiários serão providos de uma rede de iluminação, cuja fiação deverá ser
protegida por eletrodutos.

24.2.9 Com objetivo de manter um iluminamento mínimo de 100 lux, deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de
100 W/ 8,00 m² de área com pé-direito de 3.00 m, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.

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24.2.10 Os armários, de aço, madeira, ou outro material de limpeza, deverão ser essencialmente individuais.

24.2.10.1 Deverão possuir aberturas para ventilação ou portas teladas podendo também ser sobrepostos.

24.2.10.2 Deverão ser pintados com tintas laváveis, ou revestidos com fórmica, se for o caso.

24.2.11 Nas atividades e operações insalubres, bem como nas atividades incompatíveis com o asseio corporal, que
exponham os empregados a poeiras e produtos graxos e oleosos, os armários serão de compartimentos duplos.

24.2.12 Os armários de compartimentos duplos terão as seguintes dimensões mínimas:


a) 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros) de largura e 0,40m (quarenta centímetros)
de profundidade, com separação ou prateleira, de modo que um compartimento, com a altura de 0,80m (oitenta
centímetros), se destine a abrigar a roupa de uso comum e o outro compartimento, com altura de 0,40m (quarenta
centímetros) a guardar a roupa de trabalho; ou
b) 0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,50m (cinqüenta centímetros) de largura e 0,40m (quarenta centímetros) de
profundidade, com divisão no sentido vertical, de forma que os compartimentos, com largura de 0,25m (vinte e cinco
centímetros), estabeleçam, rigorosamente, o isolamento das roupas de uso comum e de trabalho.

24.2.13 Os armários de um só compartimento terão as dimensões mínimas de 0,80m (oitenta centímetros) de altura por
0,30m (trinta centímetros) de largura e 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade.

24.2.14 Nas atividades comerciais, bancárias, securitárias, de escritório e afins, nas quais não haja troca de roupa, não será o
vestiário exigido, admitindo-se gavetas, escaninhos ou cabides, onde possam os empregados guardar ou pendurar seus
pertences.

24.2.15 Em casos especiais, poderá a autoridade local competente em matéria de segurança e medicina do trabalho, em
decisão fundamentada submetida à homologação do MTb, dispensar a exigência de armários individuais para determinadas
atividades.

24.2.16 É proibida a utilização do vestiário para quaisquer outros fins, ainda em caráter provisório, não sendo permitido, sob
pena de autuação, que roupas e pertences dos empregados se encontrem fora dos respectivos armários.

24.3 Refeitórios.

24.3.1 Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 300 (trezentos) operários, é obrigatória a existência de refeitório,
não sendo permitido aos trabalhadores tomarem suas refeições em outro local do estabelecimento.

24.3.2 O refeitório a que se refere o item 24.3.1 obedecerá aos seguintes requisitos:
a) área de 1,00m² (um metro quadrado) por usuário, abrigando, de cada vez, 1/3 (um terço) do total de empregados por
turno de trabalho, sendo este turno o que tem maior número de empregados;
b) a circulação principal deverá ter a largura mínima de 75 cm, e a circulação entre bancos e banco/parede deverá ter a
largura mínima de 55 cm.

24.3.3 Os refeitórios serão providos de uma rede de iluminação, cuja fiação deverá ser protegida por eletrodutos.

24.3.4 Deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de 150 W/6,00 m² de área com pé direito de 3,00 m máximo ou
outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.

24.3.5 O piso será impermeável, revestido de cerâmica, plástico ou outro material lavável.

24.3.6 A cobertura deverá ter estrutura de madeira ou metálica e as telhas poderão ser de barro ou fibrocimento.

24.3.7 O teto poderá ser de laje de concreto, estuque, madeira ou outro material adequado.

24.3.8 Paredes revestidas com material liso, resistente e impermeável, até a altura de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros).

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24.3.9 Ventilação e iluminação de acordo com as normas fixadas na legislação federal, estadual ou municipal.

24.3.10 Água potável, em condições higiênicas, fornecida por meio de copos individuais, ou bebedouros de jato inclinado e
guarda-protetora, proibindo-se sua instalação em pias e lavatórios, e o uso de copos coletivos.

24.3.11 Lavatórios individuais ou coletivos e pias instalados nas proximidades do refeitório, ou nele próprio, em número
suficiente, a critério da autoridade competente em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho.

24.3.12 Mesas providas de tampo liso e de material impermeável, bancos ou cadeiras, mantidos permanentemente limpos.

24.3.13 O refeitório deverá ser instalado em local apropriado, não se comunicando diretamente com os locais de trabalho,
instalações sanitárias e locais insalubres ou perigosos.

24.3.14 É proibida, ainda que em caráter provisório, a utilização do refeitório para depósito, bem como para quaisquer
outros fins.

24.3.15 Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 30 (trinta) até 300 (trezentos) empregados, embora não seja
exigido o refeitório, deverão ser asseguradas aos trabalhadores condições suficientes de conforto para a ocasião das
refeições.

24.3.15.1 As condições de conforto de que trata o item 24.3.15 deverão preencher os seguintes requisitos mínimos:
a) local adequado, fora da área de trabalho;
b) piso lavável;
c) limpeza, arejamento e boa iluminação;
d) mesas e assentos em número correspondente ao de usuários;
e) lavatórios e pias instalados nas proximidades ou no próprio local;
f) fornecimento de água potável aos empregados;
g) estufa, fogão ou similar, para aquecer as refeições.

24.3.15.2 Nos estabelecimentos e frentes de trabalho com menos de 30 (trinta) trabalhadores deverão, a critério da
autoridade competente, em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho, ser asseguradas aos trabalhadores condições
suficientes de conforto para as refeições em local que atenda aos requisitos de limpeza, arejamento, iluminação e
fornecimento de água potável.

24.3.15.3 Ficam dispensados das exigências desta NR:


a) estabelecimentos comerciais bancários e atividades afins que interromperem suas atividades por 2 (duas) horas, no
período destinado às refeições;
b) estabelecimentos industriais localizados em cidades do interior, quando a empresa mantiver vila operária ou residirem,
seus operários, nas proximidades, permitindo refeições nas próprias residências.

24.3.15.4 Em casos excepcionais, considerando-se condições especiais de duração, natureza do trabalho, exigüidade de área,
peculiaridades locais e tipo de participação no PAT, poderá a autoridade competente, em matéria de Segurança e Medicina
no Trabalho, dispensar as exigências dos subitens 24.3.1 e 24.3.15.2, submetendo sua decisão à homologação do Delegado
Regional do Trabalho. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.3.15.5 Nos estabelecimentos em que trabalhem 30 (trinta) ou menos trabalhadores, poderão, a critério da autoridade
competente, em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho, ser permitidas às refeições nos locais de trabalho, seguindo
as condições seguintes:
a) respeitar dispositivos legais relativos à segurança e medicina do trabalho;
b) haver interrupção das atividades do estabelecimento, nos períodos destinados às refeições;
c) não se tratar de atividades insalubres, perigosas ou incompatíveis com o asseio corporal.

24.4 Cozinhas.

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24.4.1 Deverão ficar adjacentes aos refeitórios e com ligação para os mesmos, através de aberturas por onde serão servidas
as refeições.

24.4.2 As áreas previstas para cozinha e depósito de gêneros alimentícios deverão ser de 35% (trinta e cinco por cento) e
20% (vinte por cento) respectivamente, da área do refeitório.

24.4.3 Deverão ter pé-direito de 3,00 (três) no mínimo.

24.4.4 As paredes das cozinhas serão construídas em alvenaria de tijolo comum, em concreto ou em madeira, com
revestimento de material liso, resistente e impermeável - lavável em toda a extensão.

24.4.5 Pisos-idênticos ao item 24.2.5.

24.4.6 As portas deverão ser metálicas ou de madeira, medindo no mínimo 1,00 metro por 2,10 metros.

24.4.7 As janelas deverão ser de madeira ou de ferro, de 60 cm x 60 cm, no mínimo.

24.4.7.1 As aberturas, além de garantir suficiente aeração, devem ser protegidas com telas, podendo ser melhorada a
ventilação através de exaustores ou coifas.

24.4.8 Pintura - idêntico ao item 24.5.17.

24.4.9 A rede de iluminação terá sua fiação protegida por eletrodutos.

24.4.10 Deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de 150 W/4,00m² com pé-direito de 3,0 m máximo, ou outro tipo
de luminária que produza o mesmo efeito.

24.4.11 Lavatório dotado de água corrente para uso dos funcionários do serviço de alimentação e dispondo de sabão e
toalhas.

24.4.12 Tratamento de lixo, de acordo com as normas locais do Serviço de Saúde Pública.

24.4.13 É indispensável que os funcionários da cozinha encarregados de manipular gêneros, refeições e utensílios,
disponham de sanitário e vestiário próprios, cujo uso seja vedado aos comensais e que não se comunique com a cozinha.

24.5 Alojamento.

24.5.1 Conceituação.

24.5.1.1 Alojamento é o local destinado ao repouso dos operários.

24.5.2 Características gerais.

24.5.2.1 A capacidade máxima de cada dormitório será de 100 (cem) operários.

24.5.2.2 Os dormitórios deverão ter áreas mínimas dimensionadas de acordo com os módulos (camas/armários) adotados e
capazes de atender ao efeito a ser alojado, conforme o Quadro I.

Nº de tipos de cama e área área de circulação lateral à área de armário lateral à áreta total
Operários respectiva (m2) cama (m2) cama (m2) (m²)
simples
1
1,9 x 0,7 = 1,33 1,45 x 0,6 = 0,87 0,6 x 0,45 = 0,27 2,47
dupla
2
1,9 x 0,7 = 1,33 1,45 x 0,6 = 0,87 0,6 x 0,45 = 0,27 2,47
Serão permitidas o máximo de 2 (duas) camas na mesma vertical.

24.5.3 Os alojamentos deverão ser localizados em áreas que permitam atender não só às exigências construtivas como

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também evitar o devassamento aos prédios vizinhos.

24.5.4 Os alojamentos deverão ter um pavimento, podendo ter, no máximo, dois pisos quando a área disponível para a
construção for insuficiente.

24.5.5 Os alojamentos deverão ter área de circulação interna, nos dormitórios, com a largura mínima de 1,00 metro.

24.5.6 O pé-direito dos alojamentos deverá obedecer às seguintes dimensões mínimas.


a) 2,6m para camas simples;
b) 3,0m para camas duplas.

24.5.7 As paredes dos alojamentos poderão ser construídas em alvenaria de tijolo comum, em concreto ou em madeira.

24.5.8 Os pisos dos alojamentos deverão ser impermeáveis, laváveis e de acabamento áspero. Deverão impedir a entrada de
umidade e emanações no alojamento. Não deverão apresentar ressaltos e saliências, sendo o acabamento compatível com as
condições mínimas de conforto térmico e higiene.

24.5.9 A cobertura dos alojamentos deverá ter estrutura de madeira ou metálica, as telhas poderão ser de barro ou de
fibrocimento, e não haverá forro.

24.5.9.1 O ponto do telhado deverá ser de 1:4, independentemente do tipo de telha usada.

24.5.10 As portas dos alojamentos deverão ser metálicas ou de madeira, abrindo para fora, medindo no mínimo 1,00m x
2,10m para cada 100 operários.

24.5.11 Existindo corredor, este terá, no mínimo, uma porta em cada extremidade, abrindo para fora.

24.5.12 As janelas dos alojamentos deverão ser de madeira ou de ferro, de 60cm x 60cm, no mínimo.

24.5.12.1 A parte inferior do caixilho deverá se situar, no mínimo, no plano da cama superior (caso de camas duplas) e à
altura de 1,60 do piso no caso de camas simples.

24.5.13 A ligação do alojamento com o sanitário será feita através de portas, com mínimo de 0,80 m x 2,10 m.

24.5.14 Todo alojamento será provido de uma rede de iluminação, cuja fiação deverá ser protegida por eletrodutos.

24.5.15 Deverá ser mantido um iluminamento mínimo de 100 lux, podendo ser instaladas lâmpadas incandescentes de
100W/8,00 m² de área com pé-direito de 3 (três) metros máximo, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.

24.5.16 Nos alojamentos deverão ser instalados bebedouros de acordo com o item 24.6.1.

24.5.17 As pinturas das paredes, portas e janelas, móveis e utensílios, deverão obedecer ao seguinte:
a) alvenaria - tinta de base plástica;
b) ferro - tinta a óleo;
c) madeira - tinta especial retardante à ação do fogo.

24.5.18 As camas poderão ser de estrutura metálica ou de madeira, oferecendo perfeita rigidez.

24.5.19 A altura livre das camas duplas deverá ser de, no mínimo, 1,10m contados do nível superior do colchão da cama de
baixo, ao nível inferior da longarina da cama de cima.

24.5.19.1 As camas superiores deverão ter proteção lateral e altura livre, mínima, de 1,10 m do teto do alojamento.

24.5.19.2 O acesso à cama superior deverá ser fixo e parte integrante da estrutura da mesma.

24.5.19.3 Os estrados das camas superiores deverão ser fechados na parte inferior.

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24.5.20 Deverão ser colocadas caixas metálicas com areia, para serem usadas como cinzeiros.

24.5.21 Os armários dos alojamentos poderão ser de aço ou de madeira, individuais, e deverão ter as seguintes dimensões
mínimas: 0,60m de frente x 0,45m de fundo x 0,90m de altura.

24.5.22 No caso de alojamentos com dois pisos deverá haver, no mínimo, duas escadas de saída, guardada a
proporcionalidade de 1,0m de largura para cada 100 operários;

24.5.23 Escadas e corredores coletivos principais terão largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros), podendo
os secundários ter 0,80m.

24.5.24.1 Estes vãos poderão dar para prisma externo descoberto, devendo este prisma ter área não menor que 9m² e
dimensão linear mínima de 2,00 m.

24.5.24.2 Os valores enumerados no item são aplicáveis ao caso de edificações que tenham altura máxima de 6,00m (seis
metros) entre a laje do teto mais alto e o piso mais baixo.

24.5.25 No caso em que a vertical Vm entre o teto mais alto e o piso mais baixo for superior a 6,00 m, a área do prisma, em
metros quadrados, será dada pela expressão V2/4 (o quadrado do valor V em metros dividido por quatro), respeitando-se,
também, o mínimo linear de 2,00m para uma dimensão do prisma.

24.5.26 Não será permitido ventilação em dormitório, feita somente de modo indireto.

24.5.27 Os corredores dos alojamentos com mais de 10 metros de comprimento terão vãos para o exterior com área não-
inferior a 1/8 (um oitavo) do respectivo piso.

24.5.28 Nos alojamentos deverão ser obedecidas as seguintes instruções gerais de uso:
a) todo quarto ou instalação deverá ser conservado limpo e todos eles serão pulverizados de 30 em 30 dias;
b) os sanitários deverão ser desinfetados diariamente;
c) o lixo deverá ser retirado diariamente e depositado em local adequado;
d) é proibida, nos dormitórios, a instalação para eletrodomésticos e o uso de fogareiro ou similares.

24.5.29 É vedada a permanência de pessoas com moléstias infectocontagiosas.

24.5.30 As instalações sanitárias, além de atender às exigências do item 24.1, deverão fazer parte integrante do alojamento
ou estar localizadas a uma distância máxima de 50,00 (cinqüenta metros) do mesmo.

24.5.31 O pé-direito das instalações sanitárias será, no mínimo, igual ao do alojamento onde for contíguo sendo permitidos
rebaixos para as instalações hidráulicas de, no máximo, 0,40m (quarenta centímetros).

24.6 Condições de higiene e conforto por ocasião das refeições. (Alteração dada pela Portaria nº 13, de 17/09/93)

24.6.1 As empresas urbanas e rurais, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, e os
órgãos governamentais devem oferecer a seus empregados e servidores condições de conforto e higiene que garantam
refeições adequadas por ocasião dos intervalos previstos na jornada de trabalho. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17
de setembro de 1993)

24.6.1.1 A empresa que contratar terceiros para a prestação de serviços em seus estabelecimentos deve estender aos
trabalhadores da contratada as mesmas condições de higiene e conforto oferecidas aos seus próprios empregados. (Alterado
pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.6.2 A empresa deverá orientar os trabalhadores sobre a importância das refeições adequadas e hábitos alimentares
saudáveis. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.6.3 Na hipótese de o trabalhador trazer a própria alimentação, a empresa deve garantir condições de conservação e

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higiene adequadas e os meios para o aquecimento em local próximo ao destinado às refeições. (Alterado pela Portaria SSST
n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.6.3.1 Aos trabalhadores rurais e aos ocupados em frentes de trabalho devem ser oferecidos dispositivos térmicos que
atendam ao disposto neste item, em número suficiente para todos os usuários. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de
setembro de 1993)

24.6.3.2 Os recipientes ou marmitas utilizados pelos trabalhadores deverão ser fornecidos pelas empresas, devendo atender
às exigências de higiene e conservação e serem adequados aos equipamentos de aquecimento disponíveis. (Alterado pela
Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.6.4 Caberá à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do
Trabalho Rural - CIPATR, ao Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e ao Serviço
Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural - SEPATR, quando houver, promoverem a divulgação e zelar
pela observância desta Norma. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.6.5 Os sindicatos de trabalhadores que tiverem conhecimento de irregularidades quanto ao cumprimento desta Norma,
poderão denunciá-las ao Ministério do Trabalho e solicitar a fiscalização dos respectivos órgãos regionais. (Alterado pela
Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.6.6 As empresas que concederem o benefício da alimentação aos seus empregados poderão inscrever-se no Programa de
Alimentação do Trabalhador - PAT, do Ministério do Trabalho, obedecendo aos dispositivos legais que tratam da matéria.
(Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.7 Disposições gerais. (Renumerado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)

24.7.1 Em todos os locais de trabalho deverá ser fornecida aos trabalhadores água potável, em condições higiênicas, sendo
proibido o uso de recipientes coletivos. Onde houver rede de abastecimento de água, deverão existir bebedouros de jato
inclinado e guarda protetora, proibida sua instalação em pias ou lavatórios, e na proporção de 1 (um) bebedouro para cada
50 (cinqüenta) empregados.

24.7.1.1 As empresas devem garantir, nos locais de trabalho, suprimento de água potável e fresca em quantidade superior a
1/4 (um quarto) de litro (250ml) por hora/homem trabalho.

24.7.1.2 Quando não for possível obter água potável corrente, essa deverá ser fornecida em recipientes portáteis
hermeticamente fechados de material adequado e construídos de maneira a permitir fácil limpeza.

24.7.2 A água não-potável para uso no local de trabalho ficará separada e deve ser afixado aviso de advertência da sua não-
potabilidade.

24.7.3 Os poços e as fontes de água potável serão protegidos contra a contaminação.

24.7.4 Nas operações em que se empregam dispositivos que sejam levados à boca, somente serão permitidos os de uso
estritamente individual, substituindo, sempre que for possível, por outros de processos mecânicos.

24.7.5 Os locais de trabalho serão mantidos em estado de higiene compatível com o gênero de atividade. O serviço de
limpeza será realizado, sempre que possível, fora do horário de trabalho e por processo que reduza ao mínimo o
levantamento de poeiras.

24.7.6 Deverão os responsáveis pelos estabelecimentos industriais dar aos resíduos destino e tratamento que os tornem
inócuos aos empregados e à coletividade.

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NR 26 - Sinalização de Segurança (126-000-6)

Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 DOU - 06/07/78

26.1 Cor na segurança do trabalho.


26.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para
prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações
empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases e advertindo contra riscos.
26.1.2 Deverão ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir
acerca dos riscos existentes. (126.001-4 / I2)
26.1.3 A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.
26.1.4 O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao
trabalhador.
26.1.5 As cores aqui adotadas serão as seguintes:
- vermelho;
- amarelo;
- branco;
- preto;
- azul;
- verde;
- laranja;
- púrpura;
- lilás;
- cinza;
- alumínio;
- marrom.
26.1.5.1 A indicação em cor, sempre que necessária, especialmente quando em área de trânsito para pessoas estranhas ao
trabalho, será acompanhada dos sinais convencionais ou da identificação por palavras. (126.002-2/I2)
26.1.5.2 Vermelho. (126.003-0 / I2)
O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. Não
deverá ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta
visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta).
É empregado para identificar:
- caixa de alarme de incêndio;
- hidrantes;
- bombas de incêndio;
- sirenes de alarme de incêndio;
- caixas com cobertores para abafar chamas;
- extintores e sua localização;
- indicações de extintores (visível a distância, dentro da área de uso do extintor);
- localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada no carretel, suporte, moldura da caixa ou nicho);
- baldes de areia ou água, para extinção de incêndio;
- tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de água;
- transporte com equipamentos de combate a incêndio;
- portas de saídas de emergência;

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- rede de água para incêndio (sprinklers);
- mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica).
A cor vermelha será usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo:
- nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras obstruções temporárias;
- em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência.
26.1.5.3 Amarelo. (126.004-9 / I2)
Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos.
O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!", assinalando:
- partes baixas de escadas portáteis;
- corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco;
- espelhos de degraus de escadas;
- bordas desguarnecidos de aberturas no solo (poços, entradas subterrâneas, etc.) e de plataformas que não possam ter
corrimões;
- bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente;
- faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de carregamento;
- meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção;
- paredes de fundo de corredores sem saída;
- vigas colocadas a baixa altura;
- cabines, caçambas e gatos-de-pontes-rolantes, guindastes, escavadeiras, etc.;
- equipamentos de transporte e manipulação de material, tais como empilhadeiras, tratores industriais, pontes-
rolantes, vagonetes, reboques, etc.;
- fundos de letreiros e avisos de advertência;
- pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes de estruturas e equipamentos em que se possa esbarrar;
- cavaletes, porteiras e lanças de cancelas;
- bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto);
- comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco;
- pára-choques para veículos de transporte pesados, com listras pretas.Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados
pretos serão usados sobre o amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização.
26.1.5.4 Branco. (126.005-7 / I2)
O branco será empregado em:
- passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização e largura);
- direção e circulação, por meio de sinais;
- localização e coletores de resíduos;
- localização de bebedouros;
- áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de
emergência;
- áreas destinadas à armazenagem;
- zonas de segurança.
26.1.5.5 Preto. (126.006-5 / I2)
O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo

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lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, etc.).
O preto poderá ser usado em substituição ao branco, ou combinado a este, quando condições especiais o exigirem.
26.1.5.6 Azul. (126.007-3 / I2)
O azul será utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso e movimentação de
equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço.
- empregado em barreiras e bandeirolas de advertência a serem localizadas nos pontos de comando, de partida, ou fontes
de energia dos equipamentos.
Será também empregado em:
- canalizações de ar comprimido;
- prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em manutenção;
- avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência.
26.1.5.7 Verde. (126.008-1 / I2)
O verde é a cor que caracteriza "segurança".
Deverá ser empregado para identificar:
- - canalizações de água;
- - caixas de equipamento de socorro de urgência;
- - caixas contendo máscaras contra gases;
- - chuveiros de segurança;
- - macas;
- - fontes lavadoras de olhos;
- - quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança, etc.;
- - porta de entrada de salas de curativos de urgência;
- - localização de EPI; caixas contendo EPI;
- - emblemas de segurança;
- - dispositivos de segurança;
- - mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica).
26.1.5.8 Laranja. (126.009-0 / I2)
O laranja deverá ser empregado para identificar:
- canalizações contendo ácidos;
- partes móveis de máquinas e equipamentos;
- partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas;
- faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos;
- faces externas de polias e engrenagens;
- botões de arranque de segurança;
- dispositivos de corte, borda de serras, prensas.
26.1.5.9 Púrpura. (126.010-3 / I2)
A púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas
nucleares.
Deverá ser empregada a púrpura em:
- portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais radioativos ou materiais

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contaminados pela radioatividade;
- locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados;
- recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e equipamentos contaminados;
- sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas
nucleares.
26.1.5.10 Lilás. (126.011-1 / I2)
O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis. As refinarias de petróleo poderão utilizar o lilás
para a identificação de lubrificantes.
26.1.5.11 Cinza. (126.012-0 / I2)
a) Cinza claro - deverá ser usado para identificar canalizações em vácuo;
b) Cinza escuro - deverá ser usado para identificar eletrodutos.
26.1.5.12 Alumínio. (126.013-8 / I2)
O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade (ex.
óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante, etc.).
26.1.5.13 Marrom. (126.014-6 / I2)
O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluído não identificável pelas demais cores.
26.2 O corpo das máquinas deverá ser pintado em branco, preto ou verde. (126.015-4 / I2)
26.3 As canalizações industriais, para condução de líquidos e gases, deverão receber a aplicação de cores, em toda sua
extensão, a fim de facilitar a identificação do produto e evitar acidentes. (126.016-2 / I2)
26.3.1 Obrigatoriamente, a canalização de água potável deverá ser diferenciada das demais. (126.017-0 / I2)
26.3.2 Quando houver a necessidade de uma identificação mais detalhada (concentração, temperatura, pressões, pureza,
etc.), a diferenciação far-se-á através de faixas de cores diferentes, aplicadas sobre a cor básica. (126.018-9 / I2)
26.3.3 A identificação por meio de faixas deverá ser feita de modo que possibilite facilmente a sua visualização em qualquer
parte da canalização. (126.019-7 / I2)
26.3.4 Todos os acessórios das tubulações serão pintados nas cores básicas de acordo com a natureza do produto a ser
transportado. (126.020-0 / I2)
26.3.5 O sentido de transporte do fluído, quando necessário, será indicado por meio de seta pintada em cor de contraste
sobre a cor básica da tubulação. (126.021-9 / I2)
26.3.6 Para fins de segurança, os depósitos ou tanques fixos que armazenem fluidos deverão ser identificados pelo mesmo
sistema de cores que as canalizações. (126.022-7 / I2)
26.4 Sinalização para armazenamento de substâncias perigosas.
26.4.1 O armazenamento de substâncias perigosas deverá seguir padrões internacionais. (126.023-5 / I3)
a) Para fins do disposto no item anterior, considera-se substância perigosa todo material que seja, isoladamente ou não,
corrosivo, tóxico, radioativo, oxidante, e que, durante o seu manejo, armazenamento, processamento, embalagem,
transporte, possa conduzir efeitos prejudiciais sobre trabalhadores, equipamentos, ambiente de trabalho.
26.5 Símbolos para identificação dos recipientes na movimentação de materiais.
26.5.1 Na movimentação de materiais no transporte terrestre, marítimo, aéreo e intermodal, deverão ser seguidas as normas
técnicas sobre simbologia vigentes no País. (126.024-3 / I3)
26.6 Rotulagem preventiva.
26.6.1 A rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos à saúde deverá ser feita segundo as normas constantes deste item.
(126.025-1 / I3)
26.6.2 Todas as instruções dos rótulos deverão ser breves, precisas, redigidas em termos simples e de fácil compreensão.
(126.026-0 / I3)
26.6.3 A linguagem deverá ser prática, não se baseando somente nas propriedades inerentes a um produto, mas dirigida de

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modo a evitar os riscos resultantes do uso, manipulação e armazenagem do produto. (126.027-8 / I3)
26.6.4 Onde possa ocorrer misturas de 2 (duas) ou mais substâncias químicas, com propriedades que variem em tipo ou grau
daquelas dos componentes considerados isoladamente, o rótulo deverá destacar as propriedades perigosas do produto final.
(126.028-6 / I3)
26.6.5 Do rótulo deverão constar os seguintes tópicos: (126.029-4 / I3)
- nome técnico do produto;
- palavra de advertência, designando o grau de risco;
- indicações de risco;
- medidas preventivas, abrangendo aquelas a serem tomadas;
- primeiros socorros;
- informações para médicos, em casos de acidentes; e
- instruções especiais em caso de fogo, derrame ou vazamento, quando for o caso.
26.6.6 No cumprimento do disposto no item anterior, dever-se-á adotar o seguinte procedimento: (126.030-8 / I3)
- nome técnico completo, o rótulo especificando a natureza do produto químico. Exemplo: "Ácido Corrosivo", "Composto
de Chumbo", etc. Em qualquer situação, a identificação deverá ser adequada, para permitir a escolha do tratamento
médico correto, no caso de acidente.
- Palavra de Advertência - as palavras de advertência que devem ser usadas são:
- "PERIGO", para indicar substâncias que apresentem alto risco;
- "CUIDADO", para substâncias que apresentem risco médio;
- "ATENÇÃO", para substâncias que apresentem risco leve.
- Indicações de Risco - As indicações deverão informar sobre os riscos relacionados ao manuseio de uso habitual ou
razoavelmente previsível do produto. Exemplos: "EXTREMAMENTE INFLAMÁVEIS", "NOCIVO SE ABSORVIDO
ATRAVÉS DA PELE", etc.
- Medidas Preventivas - Têm por finalidade estabelecer outras medidas a serem tomadas para evitar lesões ou danos
decorrentes dos riscos indicados. Exemplos: "MANTENHA AFASTADO DO CALOR, FAÍSCAS E CHAMAS
ABERTAS" "EVITE INALAR A POEIRA".
- Primeiros Socorros - medidas específicas que podem ser tomadas antes da chegada do médico.

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NR-35 TRABALHO EM ALTURA

Publicação D.O.U.
Portaria SIT n.º 313, de 23 de março de 2012 27/03/12

Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria MTE n.º 593, de 28 de abril de 2014 30/04/14
Portaria MTE n.º 1.471, de 24 de setembro de 2014 25/09/14
Portaria MTb n.º 1.113, de 21 de setembro de 2016 22/09/16

35.1. Objetivo e Campo de Aplicação

35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura,
envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível
inferior, onde haja risco de queda.

35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos
competentes e, na ausência ou omissão dessas, com as normas internacionais aplicáveis.

35.2. Responsabilidades

35.2.1 Cabe ao empregador:


a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;
b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de
Trabalho - PT;
c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;
d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo,
planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis;
e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção
estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;
f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;
g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção
definidas nesta Norma;
h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não
prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela
análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.

35.2.2 Cabe aos trabalhadores:


a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos
expedidos pelo empregador;
b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;
c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de
riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou
omissões no trabalho.

35.3. Capacitação e Treinamento

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35.3.1 O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores à realização de
trabalho em altura.

35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado
em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo programático
deve, no mínimo, incluir:
a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
b) análise de Risco e condições impeditivas;
c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;
d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;
e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e
limitação de uso;
f) acidentes típicos em trabalhos em altura;
g) rondutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros
socorros.

35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das
seguintes situações:
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;
d) mudança de empresa.

35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme conteúdo
programático definido pelo empregador.

35.3.3.2 Nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o conteúdo programático
devem atender a situação que o motivou.

35.3.4 Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados em
conjunto com outros treinamentos da empresa.

35.3.5 A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho.

35.3.5.1 O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo.

35.3.6 O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a
responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.

35.3.7 Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo
programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores
e assinatura do responsável.

35.3.7.1 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa.

35.3.8 A capacitação deve ser consignada no registro do empregado.

4. Planejamento, Organização e Execução

35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e
autorizado.

35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado de
saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal
da empresa.

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35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em
altura, garantindo que:
a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados;
b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação;
c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura,
considerando também os fatores psicossociais.

35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional do
trabalhador.

35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da autorização
de cada trabalhador para trabalho em altura.

35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia:
a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução;
b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do
trabalho de outra forma;
c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser
eliminado.

35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de
risco de acordo com as peculiaridades da atividade.

35.4.4 A execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as condições do
local de trabalho já previstas na análise de risco.

35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.

35.4.5.1 A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:
a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;
b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
d) as condições meteorológicas adversas;
e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e
individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da
redução do impacto e dos fatores de queda;
f) o risco de queda de materiais e ferramentas;
g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras;
i) os riscos adicionais;
j) as condições impeditivas;
k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o
tempo da suspensão inerte do trabalhador;
l) a necessidade de sistema de comunicação;
m) a forma de supervisão.

35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada no
respectivo procedimento operacional.

35.4.6.1 Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem conter,
no mínimo:

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a) as diretrizes e requisitos da tarefa;
b) as orientações administrativas;
c) o detalhamento da tarefa;
d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;
e) as condições impeditivas;
f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;
g) as competências e responsabilidades.

35.4.7 As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas mediante
Permissão de Trabalho.

35.4.7.1 Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise de
Risco e na Permissão de Trabalho.

35.4.8 A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da
permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a
permitir sua rastreabilidade.

35.4.8.1 A Permissão de Trabalho deve conter:


a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;
b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;
c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.

35.4.8.2 A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de
trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não ocorram
mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.

35.5 Sistemas de Proteção contra quedas (NR)


(Capítulo 35.5 com redação dada pela Portaria MTb n.º 1.113, de 21 de setembro de 2016)

35.5.1 É obrigatória a utilização de sistema de proteção contra quedas sempre que não for possível evitar
o trabalho em altura. (NR)

35.5.2 O sistema de proteção contra quedas deve: (NR)


a) ser adequado à tarefa a ser executada; (NR)
b) ser selecionado de acordo com Análise de Risco, considerando, além dos riscos a que o trabalhador
está exposto, os riscos adicionais; (NR)
c) ser selecionado por profissional qualificado em segurança do trabalho; (NR)
d) ter resistência para suportar a força máxima aplicável prevista quando de uma queda; (NR)
e) atender às normas técnicas nacionais ou na sua inexistência às normas internacionais aplicáveis;
(NR)
f) ter todos os seus elementos compatíveis e submetidos a uma sistemática de inspeção. (NR)

35.5.3 A seleção do sistema de proteção contra quedas deve considerar a utilização: (NR)
a) de sistema de proteção coletiva contra quedas - SPCQ; (NR)
b) de sistema de proteção individual contra quedas - SPIQ, nas seguintes situações: (NR)
b.1) na impossibilidade de adoção do SPCQ; (NR)
b.2) sempre que o SPCQ não ofereça completa proteção contra os riscos de queda; (NR)
b.3) para atender situações de emergência. (NR)

35.5.3.1 O SPCQ deve ser projetado por profissional legalmente habilitado. (NR)

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35.5.4 O SPIQ pode ser de restrição de movimentação, de retenção de queda, de posicionamento no
trabalho ou de acesso por cordas. (NR)

35.5.5 O SPIQ é constituído dos seguintes elementos: (NR)


a) sistema de ancoragem; (NR)
b) elemento de ligação; (NR)
c) equipamento de proteção individual. (NR)

35.5.5.1 Os equipamentos de proteção individual devem ser: (NR)


a) certificados; (NR)
b) adequados para a utilização pretendida; (NR)
c) utilizados considerando os limites de uso; (NR)
d) ajustados ao peso e à altura do trabalhador. (NR)

35.5.5.1.1 O fabricante e/ou o fornecedor de EPI deve disponibilizar informações quanto ao desempenho
dos equipamentos e os limites de uso, considerando a massa total aplicada ao sistema (trabalhador e
equipamentos) e os demais aspectos previstos no item 35.5.11. (NR)

35.5.6 Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções do SPIQ, recusando-se os elementos
que apresentem defeitos ou deformações. (NR)

35.5.6.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os elementos do
SPIQ. (NR)

35.5.6.2 Devem-se registrar os resultados das inspeções: (NR)


a) na aquisição; (NR)
b) periódicas e rotineiras quando os elementos do SPIQ forem recusados. (NR)

35.5.6.3 Os elementos do SPIQ que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem


impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, exceto quando sua restauração for prevista em
normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, em normas internacionais e de acordo com as
recomendações do fabricante. (NR)

35.5.7 O SPIQ deve ser selecionado de forma que a força de impacto transmitida ao trabalhador seja de
no máximo 6kN quando de uma eventual queda; (NR)

35.5.8 Os sistemas de ancoragem destinados à restrição de movimentação devem ser dimensionados para
resistir às forças que possam vir a ser aplicadas. (NR)

35.5.8.1 Havendo possibilidade de ocorrência de queda com diferença de nível, em conformidade com a
análise de risco, o sistema deve ser dimensionado como de retenção de queda. (NR)

35.5.9 No SPIQ de retenção de queda e no sistema de acesso por cordas, o equipamento de proteção
individual deve ser o cinturão de segurança tipo paraquedista. (NR)

35.5.9.1 O cinturão de segurança tipo paraquedista, quando utilizado em retenção de queda, deve estar
conectado pelo seu elemento de engate para retenção de queda indicado pelo fabricante. (NR)

35.5.10 A utilização do sistema de retenção de queda por trava-queda deslizante guiado deve atender às
recomendações do fabricante, em particular no que se refere: (NR)
a) à compatibilidade do trava-quedas deslizante guiado com a linha de vida vertical; (NR)
b) ao comprimento máximo dos extensores. (NR)

35.5.11 A Análise de Risco prevista nesta norma deve considerar para o SPIQ minimamente os seguintes
aspectos: (NR)
a) que o trabalhador deve permanecer conectado ao sistema durante todo o período de exposição ao
risco de queda; (NR)

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b) distância de queda livre; (NR)
c) o fator de queda; (NR)
d) a utilização de um elemento de ligação que garanta um impacto de no máximo 6 kN seja transmitido
ao trabalhador quando da retenção de uma queda; (NR)
e) a zona livre de queda; (NR)
f) compatibilidade entre os elementos do SPIQ. (NR)

35.5.11.1 O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem ser posicionados: (NR)


a) quando aplicável, acima da altura do elemento de engate para retenção de quedas do equipamento de
proteção individual; (NR)
b) de modo a restringir a distância de queda livre; (NR)
c) de forma a assegurar que, em caso de ocorrência de queda, o trabalhador não colida com estrutura
inferior. (NR)

35.5.11.1.1 O talabarte, exceto quando especificado pelo fabricante e considerando suas limitações de
uso, não pode ser utilizado: (NR)
a) conectado a outro talabarte, elemento de ligação ou extensor; (NR)
b) com nós ou laços. (NR).

35.6. Emergência e Salvamento

35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em
altura.

35.6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam o
trabalho em altura, em função das características das atividades.

35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as respostas a
emergências.

35.6.3 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem constar do plano
de emergência da empresa.

35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar capacitadas a
executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a
atividade a desempenhar.

Glossário
(Glossário com redação dada pela Portaria MTb n.º 1.113, de 21 de setembro de 2016)
Absorvedor de energia: Elemento com função de limitar a força de impacto transmitida ao trabalhador
pela dissipação da energia cinética.
Análise de Risco - AR: avaliação dos riscos potenciais, suas causas, consequências e medidas de
controle.
Ancoragem estrutural: elemento fixado de forma permanente na estrutura, no qual um dispositivo de
ancoragem ou um EPI pode ser conectado.
Atividades rotineiras: atividades habituais, independente da frequência, que fazem parte do processo de
trabalho da empresa.
Avaliação de conformidade: demonstração de que os requisitos especificados em norma técnica
relativos a um produto, processo, sistema, pessoa são atendidos.
Certificação: atestação por organismo de avaliação de conformidade relativa a produtos, processos,
sistemas ou pessoas de que o atendimento aos requisitos especificados em norma técnica foi demonstrado.
Certificado: que foi submetido à certificação.
Cinturão de segurança tipo paraquedista: Equipamento de Proteção Individual utilizado para trabalhos
em altura onde haja risco de queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral, acima dos

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ombros e envolta nas coxas.
Condições impeditivas: situações que impedem a realização ou continuidade do serviço que possam
colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador.
Dispositivo de ancoragem: dispositivo removível da estrutura, projetado para utilização como parte de
um sistema pessoal de proteção contra queda, cujos elementos incorporam um ou mais pontos de
ancoragem fixos ou móveis.
Distância de frenagem: distância percorrida durante a atuação do sistema de absorção de energia,
normalmente compreendida entre o início da frenagem e o término da queda.
Distância de queda livre: distância compreendida entre o início da queda e o início da retenção.
Elemento de engate: elemento de um cinturão de segurança para conexão de um elemento de ligação.
Elemento de engate para retenção de quedas: elemento de engate projetado para suportar força de
impacto de retenção de quedas, localizado na região dorsal ou peitoral.
Elemento de fixação: elemento destinado a fixar componentes do sistema de ancoragem entre si.
Elemento de ligação: elemento com a função de conectar o cinturão de segurança ao sistema de
ancoragem, podendo incorporar um absorvedor de energia. Também chamado de componente de união.
Equipamentos auxiliares: equipamentos utilizados nos trabalhos de acesso por corda que completam o
cinturão tipo paraquedista, talabarte, trava-quedas e corda, tais como: conectores, bloqueadores, anéis de
cintas têxteis, polias, descensores, ascensores, dentre outros.
Estrutura: Estrutura artificial ou natural utilizada para integrar o sistema de ancoragem, com capacidade
de resistir aos esforços desse sistema.
Extensor: componente ou elemento de conexão de um trava-quedas deslizante guiado.
Fator de queda: razão entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o comprimento do
equipamento que irá detê-lo.
Força de impacto: força dinâmica gerada pela frenagem de um trabalhador durante a retenção de uma
queda.
Força máxima aplicável: Maior força que pode ser aplicada em um elemento de um sistema de
ancoragem.
Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção das medidas de
proteção, para segurança das pessoas, cujo controle não é possível implementar de forma antecipada.
Operação Assistida: atividade realizada sob supervisão permanente de profissional com conhecimentos
para avaliar os riscos nas atividades e implantar medidas para controlar, minimizar ou neutralizar tais
riscos.
Permissão de Trabalho - PT: documento escrito contendo conjunto de medidas de controle, visando ao
desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate.
Ponto de ancoragem: parte integrante de um sistema de ancoragem onde o equipamento de proteção
individual é conectado.
Profissional legalmente habilitado: trabalhador previamente qualificado e com registro no competente
conselho de classe.
Riscos adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos existentes no trabalho em altura,
específicos de cada ambiente ou atividade que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a
saúde no trabalho.
Sistema de acesso por cordas: Sistema de trabalho em que são utilizadas cordas como meio de acesso e
como proteção contra quedas.
Sistema de posicionamento no trabalho: sistema de trabalho configurado para permitir que o
trabalhador permaneça posicionado no local de trabalho, total ou parcialmente suspenso, sem o uso das
mãos.
Sistema de Proteção contra quedas - SPQ: Sistema destinado a eliminar o risco de queda dos
trabalhadores ou a minimizar as consequências da queda.
Sistema de restrição de movimentação: SPQ que limita a movimentação de modo que o trabalhador não
fique exposto a risco de queda.

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Sistema de retenção de queda: SPQ que não evita a queda, mas a interrompe depois de iniciada,
reduzindo as suas consequências.
Suspensão inerte: situação em que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema de segurança, até o
momento do socorro.
Talabarte: dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para sustentar,
posicionar e/ou limitar a movimentação do trabalhador.
Trabalhador qualificado: trabalhador que comprove conclusão de curso específico para sua atividade
em instituição reconhecida pelo sistema oficial de ensino.
Trava-queda: dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com
movimentação vertical ou horizontal, quando conectado com cinturão de segurança para proteção contra
quedas.
Zona livre de queda - ZLQ: região compreendida entre o ponto de ancoragem e o obstáculo inferior
mais próximo contra o qual o trabalhador possa colidir em caso de queda, tal como o nível do chão ou o
piso inferior.

ANEXO I

ACESSO POR CORDAS


(Inserido pela Portaria MTE n.º 593, de 28 de abril de 2014)

1. Campo de Aplicação

1.1 Para fins desta Norma Regulamentadora considera-se acesso por corda a técnica de progressão
utilizando cordas, com outros equipamentos para ascender, descender ou se deslocar horizontalmente,
assim como para posicionamento no local de trabalho, normalmente incorporando dois sistemas de
segurança fixados de forma independente, um como forma de acesso e o outro como corda de segurança
utilizado com cinturão de segurança tipo paraquedista.

1.2 Em situações de trabalho em planos inclinados, a aplicação deste anexo deve ser estabelecida por
Análise de Risco.

1.3 As disposições deste anexo não se aplicam nas seguintes situações:


a) atividades recreacionais, esportivas e de turismo de aventura;
b) arboricultura;
c) serviços de atendimento de emergência destinados a salvamento e resgate de pessoas que não
pertençam à própria equipe de acesso por corda.

2. Execução das atividades

2.1 As atividades com acesso por cordas devem ser executadas:


a) de acordo com procedimentos em conformidade com as normas técnicas nacionais vigentes;
b) por trabalhadores certificados em conformidade com normas técnicas nacionais vigentes de
certificação de pessoas; (Vide prazo para implementação no Art. 3ª da Portaria MTE n.º 593/2014 e
prorrogação no Art. 1º da Portaria MTE n.º 1.471/2014)
c) por equipe constituída de pelo menos dois trabalhadores, sendo um deles o supervisor.

2.1.1 O processo de certificação desses trabalhadores contempla os treinamentos inicial e periódico


previstos nos subitens 35.3.1 e 35.3.3 da NR-35.

2.2 Durante a execução da atividade o trabalhador deve estar conectado a pelo menos duas cordas em
pontos de ancoragem independentes.

2.2.1 A execução da atividade com o trabalhador conectado a apenas uma corda pode ser permitida se
atendidos cumulativamente aos seguintes requisitos:
a) for evidenciado na análise de risco que o uso de uma segunda corda gera um risco superior;

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b) sejam implementadas medidas suplementares, previstas na análise de risco, que garantam um
desempenho de segurança no mínimo equivalente ao uso de duas cordas.

3. Equipamentos e cordas

3.1 As cordas utilizadas devem atender aos requisitos das normas técnicas nacionais.

3.2 Os equipamentos auxiliares utilizados devem ser certificados de acordo com normas técnicas
nacionais ou, na ausência dessas, de acordo com normas técnicas internacionais. (Vide prazo para
implementação no Art. 3ª da Portaria MTE n.º 593/2014)

3.2.1 Na inexistência de normas técnicas internacionais, a certificação por normas estrangeiras pode ser
aceita desde que atendidos aos requisitos previstos na norma europeia (EN).

3.3 Os equipamentos e cordas devem ser inspecionados nas seguintes situações:


a) antes da sua utilização;
b) periodicamente, com periodicidade mínima de seis meses.

3.3.1 Em função do tipo de utilização ou exposição a agentes agressivos, o intervalo entre as inspeções
deve ser reduzido.

3.4 As inspeções devem atender às recomendações do fabricante e aos critérios estabelecidos na Análise
de Risco ou no Procedimento Operacional.

3.4.1 Todo equipamento ou corda que apresente defeito, desgaste, degradação ou deformação deve ser
recusado, inutilizado e descartado.

3.4.2 A Análise de Risco deve considerar as interferências externas que possam comprometer a
integridade dos equipamentos e cordas.

3.4.2.1 Quando houver exposições a agentes químicos que possam comprometer a integridade das cordas
ou equipamentos, devem ser adotadas medidas adicionais em conformidade com as recomendações do
fabricante considerando as tabelas de incompatibilidade dos produtos identificados com as cordas e
equipamentos.

3.4.2.2 Nas atividades nas proximidades de sistemas energizados ou com possibilidade de energização,
devem ser adotadas medidas adicionais.

3.5 As inspeções devem ser registradas:


a) na aquisição;
b) periodicamente;
c) quando os equipamentos ou cordas forem recusados.

3.6 Os equipamentos utilizados para acesso por corda devem ser armazenados e mantidos conforme
recomendação do fabricante ou fornecedor.

4. Resgate

4.1 A equipe de trabalho deve ser capacitada para autorresgate e resgate da própria equipe.

4.2 Para cada frente de trabalho deve haver um plano de resgate dos trabalhadores.

5. Condições impeditivas

5.1 Além das condições impeditivas identificadas na Análise de Risco, como estabelece o item 35.4.5.1,
alínea ¨j¨ da NR-35, o trabalho de acesso por corda deve ser interrompido imediatamente em caso de
ventos superiores a quarenta quilômetros por hora.

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5.2 Pode ser autorizada a execução de trabalho em altura utilizando acesso por cordas em condições com
ventos superiores a quarenta quilômetros por hora e inferiores a quarenta e seis quilômetros por hora,
desde que atendidos os seguintes requisitos:
a) justificar a impossibilidade do adiamento dos serviços mediante documento assinado pelo responsável
pela execução dos serviços;
b) elaborar Análise de Risco complementar com avaliação dos riscos, suas causas, consequências e
medidas de controle, efetuada por equipe multidisciplinar coordenada por profissional qualificado em
segurança do trabalho ou, na inexistência deste, pelo responsável pelo cumprimento desta norma,
anexada à justificativa, com as medidas de proteção adicionais aplicáveis, assinada por todos os
participantes;
c) implantar medidas adicionais de segurança que possibilitem a realização das atividades;
d) ser realizada mediante operação assistida pelo supervisor das atividades.

ANEXO II

SISTEMAS DE ANCORAGEM
(Inserido pela Portaria MTb n.º 1.113, de 21 de setembro de 2016)

1. Campo de aplicação

1.1 Este Anexo se aplica ao sistema de ancoragem, definido como um conjunto de componentes,
integrante de um sistema de proteção individual contra quedas - SPIQ, que incorpora um ou mais pontos
de ancoragem, aos quais podem ser conectados Equipamentos de Proteção Individual (EPI) contra
quedas, diretamente ou por meio de outro componente, e projetado para suportar as forças aplicáveis.

1.2 Os sistemas de ancoragem tratados neste anexo podem atender às seguintes finalidades:
a) retenção de queda;
b) restrição de movimentação;
c) posicionamento no trabalho;
d) acesso por corda.

1.3 As disposições deste anexo não se aplicam às seguintes situações:


a) atividades recreacionais, esportivas e de turismo de aventura;
b) arboricultura;
c) sistemas de ancoragem para equipamentos de proteção coletiva;
d) sistemas de ancoragem para fixação de equipamentos de acesso;
e) sistemas de ancoragem para equipamentos de transporte vertical ou horizontal de pessoas ou
materiais.

2. Componentes do sistema de ancoragem

2.1 O sistema de ancoragem pode apresentar seu ponto de ancoragem:


a) diretamente na estrutura;
b) na ancoragem estrutural;
c) no dispositivo de ancoragem.

2.1.1 A estrutura integrante de um sistema de ancoragem deve ser capaz de resistir à força máxima
aplicável.

2.2 A ancoragem estrutural e os elementos de fixação devem:


a) ser projetados e construídos sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado;
b) atender às normas técnicas nacionais ou, na sua inexistência, às normas internacionais aplicáveis.

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2.2.1 Os pontos de ancoragem da ancoragem estrutural devem possuir marcação realizada pelo fabricante
ou responsável técnico contendo, no mínimo:
a) identificação do fabricante;
b) número de lote, de série ou outro meio de rastreabilidade;
c) número máximo de trabalhadores conectados simultaneamente ou força máxima aplicável.

2.2.1.1 Os pontos de ancoragem da ancoragem estrutural já instalados e que não possuem a marcação
prevista nesse item devem ter sua marcação reconstituída pelo fabricante ou responsável técnico.

2.2.1.1.1 Na impossibilidade de recuperação das informações, os pontos de ancoragem devem ser


submetidos a ensaios, sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado, e marcados com a
identificação do número máximo de trabalhadores conectados simultaneamente ou da força máxima
aplicável e identificação que permita a rastreabilidade do ensaio.

2.3 O dispositivo de ancoragem deve atender a um dos seguintes requisitos:


a) ser certificado;
b) ser fabricado em conformidade com as normas técnicas nacionais vigentes sob responsabilidade do
profissional legalmente habilitado;
c) ser projetado por profissional legalmente habilitado, tendo como referência as normas técnicas
nacionais vigentes, como parte integrante de um sistema completo de proteção individual contra
quedas.

3. Requisitos do sistema de ancoragem

3.1 Os sistemas de ancoragem devem:


a) ser instalados por trabalhadores capacitados;
b) ser submetidos à inspeção inicial e periódica.

3.1.1 A inspeção inicial deve ser realizada após a instalação, alteração ou mudança de local.

3.1.2 A inspeção periódica do sistema de ancoragem deve ser efetuada de acordo com o procedimento
operacional, considerando o projeto do sistema de ancoragem e o de montagem, respeitando as instruções
do fabricante e as normas regulamentadoras e técnicas aplicáveis, com periodicidade não superior a 12
meses.

3.2 O sistema de ancoragem temporário deve:


a) atender os requisitos de compatibilidade a cada local de instalação conforme procedimento
operacional;
b) ter os pontos de fixação definidos sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

3.3 O sistema de ancoragem permanente deve possuir projeto e a instalação deve estar sob
responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

4. Projetos e especificações

4.1 O projeto, quando aplicável, e as especificações técnicas do sistema de ancoragem devem:


a) estar sob responsabilidade de um profissional legalmente habilitado;
b) ser elaborados levando em conta os procedimentos operacionais do sistema de ancoragem;
c) conter indicação das estruturas que serão utilizadas no sistema de ancoragem;
d) conter detalhamento e/ou especificação dos dispositivos de ancoragem, ancoragens estruturais e
elementos de fixação a serem utilizados.

4.1.1 O projeto, quando aplicável, e as especificações técnicas devem conter dimensionamento que
determine os seguintes parâmetros:

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a) a força de impacto de retenção da queda do(s) trabalhador(es), levando em conta o efeito de impactos
simultâneos ou sequenciais;
b) os esforços em cada parte do sistema de ancoragem decorrentes da força de impacto;
c) a zona livre de queda necessária.

5. Procedimentos operacionais

5.1 O sistema de ancoragem deve ter procedimento operacional de montagem e utilização.

5.1.1 O procedimento operacional de montagem deve:


a) contemplar a montagem, manutenção, alteração, mudança de local e desmontagem;
b) ser elaborado por profissional qualificado em segurança do trabalho, considerando os requisitos do
projeto, quando aplicável, e as instruções dos fabricantes.

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