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Def - condição em que, pela restrição à abertura dos folhetos valvares, há uma
redução da área valvar aórtica, levando à formação de um gradiente de pressão
sistólico entre o VE e a aorta (VE-Ao)
a) Etiologia
b) Orifício valvar aórtico: 3 a 4 cm2 (nl) - Área valvar aórtica normal, que confere
resistência desprezível ao fluxo de sangue, portanto praticamente não há
gradiente de pressão sistólico entre o VE e a aorta ascendente;
- > 1.5 cm², gradiente médio <25mmHg ou velocidade menor que 3,0m/s
(estenose leve).
- 1 a 1.5, gradiente nete 25 a 40 ou velocidade entre 3 e 4m/s (moderada),
- < 1 , gradiente médio >40 ou velocidade > 4m/s (grave - gradiente médio de
pressão entre VE e aorta > 40 mmHg)
c) Fisiopatologia
d) História clínica:
e) Exame físico:
- Pulso arterial : obs - a análise do pulso arterial ajuda a diferenciar a EA grave de
outras causas de sopro sistólico. deve ser buscado no pulso carotídeo:
- ascenção lenta e sustentada: pulsus tardus
- amplitude fraca: pulsus parvus
- pulso carotídeo anacrótico - ascenção irregular e com sobressaltos (dois picos
que ocorrem na sístole - tem ejeção rápida e ejeção lenta).
- Pulsos periféricos não são palpados como o aórtico - fluxo demora a chegar
- obs - a IAo quando associada tende a normalizar a amplitude e rapidez de
ascensão do pulso.
- Pulso venoso:
- onda A gigante ( complacência do VD comprometida pelo abaulamento do
septo para sua cavidade em consequencia da hipertrofia exagerada do
VE)
- Ictus: sustentado - duração aumentada - isso relaciona-se com hipertrofia. Impulso
pré-sistólico pode ser palpado e visível
- Frêmito sistólico palpável no foco aórtico, borda esternal esquerda, carótidas,
fúrcula.
- Auscuta:
- B4 (HVE concênctrica, redução da complacência ventricular)
- hipofonese de A2 quando há alto grau de calcificação (ela mal se abre, por isso
pode estar hipofonética)
- desdobramento paradoxal de B2 - atraso na sístole do VE - é um sinal de
gravidade
- Click de ejeção da aórtica (se não estiver muito calcificada) - auscuta
semelhante à do desdobramento de B1, mais audível no foco aórtico. - a
valva faz uma abóbada em direção à aorta antes de abrir.
- Sopro mesossistólico em diamante (mais intenso no meio da sístole) de maior
intensidade no foco aórtico que irradia para carótidas, fúrcula e foco
mitral. Sua intensidade aumenta com o aumento do retorno venoso e
diminui com a redução do retorno venoso (ex - valsava)
- Fenômeno de Gallavardin : pela proximidade dos anéis fibrosos aórtico e
mitral o sobre o da EA pode ser auscutado de forma mais suave no foco
mitral - pode parecer que existem dois sopros e, logo, uma patologia
mitro-aórtica.
- Sinais de gravidade - desdobramento paradoxal de B2, dispnéia, angina ou
síncope devido a estenose aórtica - sobrevida cai em 2 a 3 anos - esses
sintomas são divisor de águas. + sopro com pico tardio e se torna
holossistólico. Uma vez que o paciente apresenta os sintomas já tem o
risco aumentado de morte cardíaca súbita
f) Exames complementares:
ECG: Sinais de sobrecarga pressórica do VE, auemento da amplitude do QRS,
padrão strain (infradesnível de ST com T negativa e assimétrica - que é
sobrecarga de pressão) V5 e V6
- Sobrecarga do átrio esquerdo (Índice de Morris positivo - aumento da fase
negativa da onda P em V1> 1mm em profundidade e duração > 0,04s)
- HBAE, BRE
- Alterações isquêmicas da onda T em alguns casos
Rx tórax: Silhueta e tamanho cardíaco não se alteram, a não ser na fase
descompensada com a caridopatia dilatada.
-Calcificação da valva aórtica
ECO:
- Aspecto da valva aórtica - bicúspede ou tricúspede, grau de calcificação,
mobilidade, doenças valvares associadas
- Etiologia
- Determinação da área valvar.
- Determinação do gradiente pressórico VE-Ao > 50 = grave, entre 30 e 50 =
moderada.
h) Tratamento cirúrgico
- Troca valvar: Pacientes com Ea importante e sintomáticos. Nos adultos a troca é a
escolha. Reduz muito a mortalidade.
- Troca tb pode ser idicada naqueles com doença moderava a grave assintomáticos
mas que serão submetidos a cirurgia de revascularização, de aorta ou valva mitral.
- Ao contrátio da mitral, na aórtica os resultados da valvoplastia percutâne com
balão são ruins.
2 – Insuficiência aórtica
Def: Condição em que existe refluxo de sangue para o VE durante a diástole
ventricular, devido a uma incompetência do mecanismo de fechamento valvar
aórtico. Gravidade é medida pela Fração Regurgitante (FR)
a) Etiologia
1 - Acometem a Raiz da aorta ascndente - aterosclerose de aorta ascendente, aortrite
sifiítica, dilatação da aorta proximal (hipertensão), arterites, doenças do
colágeno, arterite de takayasu
2 - Acometem a valva aórtica propriamente dita: cardiopatia reumática crônica,
doenças do colágeno, fenfluramina, drogas anoréticas, etc. As doenças que
acometem a raiz da aorta podem acometer também a válvula, Marfan,
dissecção aórtica
b) Fisiopatologia
Sobrecarga de volume pera regurgitação de sangue na diástole —> sobrecarga
de volume no VE. Na diástole além do volume do átrio esquerdo o VE também
passa a receber um volume extra - o que reflui da aorta pela valva
incompetente. Como o processo é insidioso o VE se adapta à sobrecarga
crônica de volume. Para isso, surgem mecanismos compensatórios:
1 - Redução da complacência ventricular esquerda - parede torna-se mais elástica
permitindo que o VE receba grandes volumes diastólicos sem alterar sua
pressão de enchimento —-> crescimento do VE sem insuficiência cardíca.
2 - Aumento da pré-carga - Maior volume diastólico final - Frank- Starling - maior
débito sistólico - débito sistólico total é muito grande para compensar o volume
regurgitante.
3 - Hipertrofia excêntrica do VE - O aumento da sobrecarga de volume gera aumento
das fibras musculares - é o único mecanismo compensatório para evitar
elevações excessivas na pós-carga - hipertrofia ventricular. Aumento do
diâmetro cavitário é acompanhado pelo aumento da espessura da parede
ventricular.
Em função desses mecanismos o paciente vive muitos anos na fase compensada.
Tal como ocorre na IM após muitos anos com IA crônica grave a sobrecarga de
volume começa a produzir lesão no miocárdio que vai progressivamente
degenerando-se e reduzindo sua contratilidade. FE aumentada : Débito total é
alto apesar do débito efetivo ser baixo.
Fase descompensada: Bradicardia (é prejudicial porque aumenta o tempo diastólico e,
assim, a fração regurgitante).
c) Manifestações clínicas:
- IAo crônica
d) Exame físico
- Sinais de gravidade:
- dispnéia (CF III ou IV devido a Iao) e
- angina (III ou IV) aí já é grave.
- Sopro de Austin-Flint. Sopro tele ou mesotele diastólico no foco mitral - a
regurgitação na diástole causa uma estenose funcional da mitral
dificultando a passagem no sangue do atrio para o VE - sorpro..
- sinais raros da Iao: pulso capilar de quink - pulsações no leito ungueal.
e) Exames complementares
-
f) Tratamento: - Vasodilatador se HAS associada
- Cirúrgico/ implante percutâneo.
-Profilaxia para EB
- Profilaxia para DR se essa for a etiologia
- Vasodilatador se tiver hipertensão não sendo o momento cirúrgico. Chegou o
momento cirúrgico tem que fazer a troca valvar, e se for na aorta tem que
colocar o tubo aórtico.