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Mulher Ateniense

Entre os atenienses, mesmo sendo esses os criadores da democracia, percebemos que o papel
da mulher era reduzido.

Educada para ser dócil e reservada ao mundo doméstico, as mulheres atenienses eram
subjugadas pelo pai até ele escolher qual homem poderia com ela se casar.

Após o matrimónio, a subserviência feminina era destinada ao marido.

As mulheres gregas, em geral, eram despossuídas de direitos políticos ou jurídicos por serem
consideradas inaptas para esse tipo de tarefa e encontravam-se inteiramente submetidas
socialmente.

A ateniense casada vivia a maior parte do tempo confinada às paredes de sua casa, detendo
no máximo o papel de organizadora das funções domésticas, estando de fato submissa a um
regime de quase reclusão.

Mesmo antes do casamento, nem se pensava que a jovem pudesse encontrar-se livremente
com rapazes, visto que viviam fechadas nos aposentos destinados às mulheres – o gineceu.
Deviam lá permanecer para ficar longe das vistas, separadas até dos membros masculinos da
própria família.

A inferioridade da mulher e da sua posição pode ser atestada pela “Política” de Aristóteles na
qual, este filósofo grego, afirma que as mulheres deviam, por sua graça natural, permanecer
em silêncio.

A participação efetiva da mulher no mundo da pólis, era de todo impensável.

Contudo, tal não significa, que não tivessem sido desenvolvidos espaços de fala feminina como
esferas próprias de sua atuação social no interior da cidade.

Assim, nos contatos com suas phílai durante a realização das atividades domésticas que
pressupunham um trabalho coletivo, em ocasiões de visitas às vizinhas, nas idas à fonte, na
colheita de frutos, as esposas encontravam a possibilidade de dialogarem entre si,
transmitindo informações e, simultaneamente, se mantendo informadas acerca dos
acontecimentos e dos saberes que circulavam na sociedade.

Mulher Espartana

Com relação à condição feminina em Esparta, para o mesmo período, observamos que suas
mulheres pareciam ter uma “liberdade” maior que as atenienses.

O Estado preocupava-se com sua educação e desde pequenas, elas aprendiam a ler, escrever,
tocar e dançar. Também recebiam treino físico, praticavam desportos e participavam em
competições.
A força física era uma das questões de maior relevância em Esparta e, no caso das mulheres, o
treino físico tornava-as mais flexíveis e resistentes à dor do parto.

Além disso, as espartanas casavam-se um pouco mais tarde que as outras mulheres da
época(entre os 18 e 20 anos).

Antes do matrimónio, elas podiam usar os cabelos longos e soltos e vestir túnicas
relativamente curtas, que deixavam seus músculos expostos.

Após o casamento, cortavam os cabelos e a partir daí, deveriam apresentar-se com a cabeça
coberta.

Também podiam divorciar-se sem que, com isso, perdessem a sua riqueza ou seus direitos
sobre seus filhos.

A principal razão que parece estabelecer uma situação tão diferente entre as espartanas e as
outras mulheres dessa época é que os homens de Esparta estavam tão ocupados com o
exército que eram elas as responsáveis pela agricultura, logística, economia e manutenção do
lar.

A função mais importante da mulher espartana (assim como a guerra para o homem) era a
procriação.

A espartana tinha a tarefa de gerar e criar guerreiros fortes e corajosos, capazes de darem suas
vidas pelo bem de Esparta.

Qualquer mulher que morresse durante o parto era considerada honrosamente uma heroína.

Mulher em Roma

Na sociedade romana as mulheres ocupavam uma posição de maior dignidade que na Grécia.

Quando casada, era uma verdadeira dona da casa, a mulher romana não permanecia reclusa
nos aposentos das mulheres. Ela tomava conta dos escravos e fazia as refeições com o marido,
podia sair (usando a stola matronalis), e era tratada com profundo respeito, tendo acesso ao
teatro e aos tribunais.

Estando o marido frequentemente fora, na guerra, a mulher romana das classes mais altas era
uma rainha no seu reino doméstico – e gozava de muito mais autonomia do que as mulheres
da Grécia Clássica.

Como já referido, a democracia ateniense nunca incluiu as mulheres, a vida da feminina


ateniense era baseada em normas opressivas confinavam as mulheres e filhas, mesmo das
classes mais altas, às suas casas. Ao contrário, as mulheres romanas, se bem que politicamente
sem poder, tinham uma considerável liberdade pessoal; podiam ir aos banhos com as amigas,
ou ao teatro e aos jogos.
As mulheres eram preparadas e educadas culturalmente, para servir aos seus pais (potestas) e
seguidamente os seus maridos (manus), os mesmo por sua vez negociavam o casamentos
(justum matrimonium), essas mulheres eram negociadas entre os 12 e 18 anos de idade, em
quanto seus maridos tinham entre 30 e 40 anos.

As raparigas cresciam ao lado dos rapazes e eram educadas na arte, na música e na dança e só
no início da puberdade eram separados.

Enquanto eles eram preparados para os estudos e as armas, as mulheres aprendiam a gerir a
casa, vigiar os escravos, tecer, fiar, administrar o orçamento familiar, para se tornarem futuras
matronas.

A matrona romana estava presente na vida pública, dirigia a família com competência e gozava
de respeito e consideração até nas conversas de tema cultural.

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