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artigo de revisão
Ana Claudia Borges Campos*
Dulcinea Sarmento Rosemberg**
N
a era atual, os avanços em ciência e tecnológico e o subdesenvolvimento social pode
tecnologia, as mudanças no mundo do ser observada, especialmente quando se trata
trabalho, as redefinições da economia da formação educacional nos países emergentes
mundial, bem como a falta de solução de antigos (CASTELLS, 2005).
problemas sociais e a emergência de outros Segundo Sampaio (2005, p. 421) “[...]
mais complexos, impõem aos profissionais das formação profissional e educação são peças
diferentes áreas do conhecimento a necessidade chaves para as competências exigidas na nova
de refletirem e buscarem permanentemente uma economia da informação e do conhecimento [...]”,
interação sistemática e efetiva entre o mundo do sendo condição indispensável que a capacidade
trabalho, a formação e a atuação profissional. de aprendizado seja ampliada a todos os
Para Castells (2005) o Século XXI representa cidadãos em todos os domínios da vida social
a “era da perplexidade consciente” onde o e profissional. Assim surgem novos formatos
compromisso da Era da Informação concebe o de competitividade baseados na formação dos
desencadeamento de uma capacidade produtiva trabalhadores, especialmente no que tange aos
nunca antes apresentada, pautada no poder conhecimentos, habilidades e atitudes dirigidos ao
cognitivo para a produção de conhecimentos. desenvolvimento de quaisquer atividades laborais.
Conhecimentos esses que geram inovação e Em virtude desse panorama há décadas a
constituem as bases da competitividade atual das produção técnico-científica em Biblioteconomia e
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A ergologia como aporte teórico - metodológico para análise coletiva do trabalho do bibliotecário
antecipação”;2 e por último a geração de um em tempo real e por esta razão ele chama de
novo saber oriundo da recriação das normas num “saber investido”.
processo de intervenção do indivíduo no trabalho O terceiro polo, das exigências éticas e
(SCHWARTZ; DURRIVE, 2007). epistemológicas, é gerado a partir do encontro
Os três polos são esquematizados da fecundo ente o primeiro e segundo polos. É
seguinte forma: o polo dos conceitos, que permite onde ocorre o reconhecimento do outro em seus
reunir materiais para produzir conhecimento, valores, o que faz e porque faz daquela maneira
por exemplo, sobre a distinção entre atividade sua atividade de trabalho. Trinquet (2010)
prescrita e real, sobre a noção de mercado, sobre caracteriza este polo como o das ‘exigências
o corpo humano, sobre as práticas linguísticas, ergológicas’ e nele são viabilizados os debates
sobre a comunicação e as dificuldades de traduzir entre os dois polos anteriores. É o lócus do
em palavras, o que não podemos evitar no curso diálogo para buscar soluções e onde ocorrem os
das atividades. Este é um polo técnico, onde os “processos socráticos de duplo sentido”.3 Este
conhecimentos produzidos pelas disciplinas estão polo se
estocados. Trinquet (2010) também caracteriza
este primeiro polo de “saberes constituídos”, [...] articula sobre uma determinada
filosofia da humanidade, uma maneira
formalizados através das disciplinas acadêmicas
de ver o outro como seu semelhante.
e/ou profissionais, exteriores ao indivíduo e Isto quer dizer que vemos o outro como
anteriores a situação de trabalho. Aqui também alguém com quem vamos aprender
são elaboradas as normas no trabalho prescrito e, coisas sobre o que ele faz, como alguém
portanto, são “saberes desinvestidos” à atividade de quem não pressupomos saber, e
porque faz, quais são seus valores e
de trabalho. Esse saber é genérico e construído
como eles têm sido ‘(re) tratados’
fora da atividade, sozinho não é capaz de explicar (SCHWARTZ, 2000, p. 44).
o que acontece no ambiente de laboral e por esta
razão é desinvestido e desaderente à atividade de Os saberes investidos e os saberes
trabalho. O saber desinvestido ou constituído é constituídos são complementares e
aquele formalizado através do ensino formal, dos indispensáveis na compreensão das situações
livros, dos softwares, das normas técnicas, dos de trabalho. Sobre o DD3P, Schwartz (2000) diz
programas de ensino, entre outros (TRINQUET, ainda que ele gera ao mesmo tempo efeitos sobre
2010). a produção de conhecimento e sobre a gestão
O segundo polo, das forças de convocação social das situações de trabalho, pois há efeitos
e de reconvocação, refere-se aos saberes gerados recíprocos entre o campo científico e o campo
nas atividades, cujos portadores têm necessidade da gestão do trabalho. Por este motivo o autor
de materiais que viabilizem a valorização dos afirma que o DD3P está situado na formação
seus saberes específicos e a transformação da pois, ao mesmo tempo, que busca dominar os
sua situação de trabalho. Neste polo ocorre a saberes que o partícipe vai compartilhar envolve
(re) criação dos saberes acumulados na execução também o reconhecimento do saber do outro,
da atividade, é onde ocorre a microgestão dos havendo a disponibilidade para aprender com
saberes em sua aplicação prática. Como assevera ele (SCHWARTZ; DURRIVE, 2007).
Schwartz (2000, p. 44), “[...] as descrições
econômicas, modelos de gestão, categorizações
sociais são encontradas sem cessar em seus meios Isto porque, no quadro atual, a produção
de trabalho e é preciso tratá-los e, novamente, (re) de saberes, de conceitos, de descrições
tratá-los”. Trinquet (2010) considera que este é o no campo do conhecimento tem um
impacto, seja pelo viés do ensino ou por
polo “aderente” à atividade de trabalho, pois é a quaisquer outros político-culturais, sobre
experiência do intelecto do indivíduo produzida a maneira pela qual vamos gerir, dirigir. E
inversamente, o que se passa no quadro
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colocar em prática uma estrutura que Após esse procedimento foram convidados
favoreça a expressão e a produção de por e-mail e por telefone no mês de maio de
conhecimentos novos [...] 3. Terceiro e 2015 quarenta e cinco (45) indivíduos entre
último princípio fundamental: É preciso
ir, se possível, ao campo, aos locais bibliotecários, docentes e discentes para
de trabalho [...]. comporem o GRT. Do total de 45 profissionais
14 deles disponibilizaram-se a protagonizar a
No que tange à pesquisa de campo não análise da atividade de trabalho. Verificamos
foi possível ir a cada unidade de informação que o grupo em sua totalidade foi composto
conforme recomenda Trinquet ao mencionar pelo gênero feminino, apesar de terem sido
os três princípios que ele considera fundamentais convidados vários gestores do gênero masculino.
na Ergologia. Esse impedimento ocorreu devido
à diversidade e às especificidades das atividades 2.1.1 Modo de funcionamento do GRT
e situações de trabalho que demandariam um
tempo maior para inserção da pesquisadora em
No primeiro encontro do grupo procedeu-
cada uma das instituições onde os participantes
se uma breve apresentação dos 14 participantes
da pesquisa atuam. Daí importância do GRT para
que se dispuseram a discutir suas atividades de
viabilizar aos trabalhadores colocarem em análise
trabalho. Expusemos o problema e os objetivos
a própria atividade de trabalho, expondo suas
da pesquisa bem como a metodologia que seria
questões e compartilhando conhecimentos. Mas
aplicada. Também acordamos coletivamente
como foi constituído o Grupo no percurso?
quais seriam os dispositivos de discussão e
Primeiramente, foi realizado um
elaboramos a agenda dos próximos encontros.
mapeamento dos discentes do universo do curso
A partir do diálogo estabelecido neste momento
de Biblioteconomia que já haviam cursado as
inicial foi possível escolher os textos que
disciplinas de Gerência de Recursos Informacionais
subsidiaram as discussões do segundo encontro.
(GRI), Organização e Administração de Bibliotecas
Importante destacar que todos os encontros
(OAB) I e II e Organização e Métodos (O&M),
do GRT foram gravados em áudio e vídeo e
geralmente estes alunos estão localizados
posteriormente foram transcritos para a execução
entre o sétimo e oitavo períodos e já possuem
das análises das discussões.
uma percepção holística da formação em
De acordo com as diretrizes definidas pelo
Biblioteconomia e alguma vivência com o mundo
método ergológico, os elementos disparadores das
de trabalho do bibliotecário. O grupo também
discussões foram a matriz curricular do Curso de
foi composto por docentes que ministraram ou
Biblioteconomia versão 2007/2 e os programas
ministram as disciplinas de gestão para o curso de
das disciplinas de OAB I e II, GRI e O&M e
Biblioteconomia e são oriundos dos departamentos
dois textos, quais sejam: Souto (2014) primeiro
de Administração, Arquivologia e Biblioteconomia
capítulo – “atuação do bibliotecário em processos
da UFES. Além desses atores o GRT também foi
não tradicionais” e Vieira (2014) capítulo 20
composto por bibliotecários-gestores de unidades
– “administração de bibliotecas/unidades de
de informação que atuam em instituições públicas
informação”. Ambos os autores contextualizam a
e privadas situadas nos municípios de Cariacica,
GI e suas atividades abordando de modo holístico
Serra, Vila Velha e Vitória (Grande Vitória), quais
as atividades do bibliotecário gestor, citando
sejam: bibliotecas públicas municipais localizadas
abordagens contemporâneas de organizações
em Cariacica, Serra, Vila Velha e Vitória; nas
brasileiras, contemplando inclusive, as atividades
principais empresas de telecomunicações que
de profissionais que participaram neste grupo.
possuem centros de documentação gerenciados
por bibliotecários; principais indústrias atuantes na
Grande Vitória que possuem bibliotecas ou centros 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
de documentação nos seguimentos siderúrgicos,
mineração, petróleo e gás e alimentícia. Ainda Ao colocarmos em análise coletiva a
foram convidados os bibliotecários gestores da atividade de Gestão da Informação pelos
Biblioteca Central da Ufes e das bibliotecas setoriais participantes do GRT percebemos que promover
que compõem o Sistema Integrado de Bibliotecas a análise coletiva de uma atividade laboral não
(SIB) da Universidade. é uma tarefa simples tampouco os processos
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envolvidos nela são de fácil externalização encontros de encontros) e instrução (onde se expõe
pelos sujeitos. Percebemos certa confusão a experiência desdobrando-a sinergicamente com
conceitual das participantes no entendimento o outro). As participantes do GRT demonstraram
das prescrições acadêmicas para a atividade em grande interesse pelas experiências do outro,
análise. Embora tenham lido previamente os conhecer, ouvir e aprender com o processo de
textos condutores das discussões, as participantes trabalho do colega. Talvez pela pouca ou quase
quando confrontadas com os mesmos nos nenhuma aproximação com outros bibliotecários-
pareceu que efetivamente não articularam o gestores, pela própria característica do mundo de
conteúdo dos textos com o que acontece em sua trabalho que as mantêm distanciadas (geralmente
prática nas instituições onde atuam. há apenas um bibliotecário em cada UI) salvo
A tendência acadêmica em disciplinar raras exceções em que o profissional trabalha em
os saberes muitas vezes desconecta o mundo equipes de informação (Arquivistas, Bibliotecários,
do trabalho e evidencia o distanciamento entre Historiadores, entre outros). O grupo, na
a este e a academia conforme afirma Trinquet percepção das participantes, também, fortaleceu
(2010), o que foi confirmado no estudo. convicções em relação à formação discente. Além
Como um fator positivo assinalamos a disso, as gestoras destacaram que os encontros de
disponibilidade das profissionais na participação trabalho possibilitaram conhecer e se aproximar
do GRT de modo ativo, mesmo o grupo se dos outros colegas com outras realidades de
reunindo às sextas-feiras, em período inclusive de trabalho e saber o que o outro está fazendo.
recesso acadêmico e horários coincidentes com seus A formação continuada, na perspectiva em
horários de trabalho. Todas se interessaram pelos que hoje é realizada nas instituições formadoras é
debates e reflexões, que para além da atividade limitada tendo em vista que fornecem apenas os
laboral em análise estenderam-se para uma análise conceitos para a execução da atividade de GI, ou
da própria profissão do bibliotecário. O grupo seja, o “saber constituído”. A luz da Ergologia,
demonstrou grande necessidade em discutir suas a formação continuada pode ser ampliada
próprias questões de trabalho e vários casos e partindo da perspectiva do que é vivido em
situações-problema emergiram dessas discussões. serviço, o que viabilizaria a constituição de
No último encontro o grupo avaliou o novos saberes e de uma apropriação mais
GRT e para nossa surpresa, a totalidade do aprofundada dos conteúdos prescritivos. Dar
das participantes disse já haver aplicado na voz aos atores da atividade viabiliza a construção
prática elementos que emergiram dos debates dialógica da formação profissional e contribui
no grupo. A docente que participou ativamente na construção coletiva de novos saberes para
dos encontros disse que levou muitos exemplos a prática profissional através do DD3P. Nesse
procedentes do GRT para a sala de aula e afirmou sentido, o GRT foi uma ferramenta potente para
que havia feito o planejamento da disciplina para a análise da atividade de GI, pois contribuiu
o semestre vindouro, inclusive, adotando como para a aproximação do “polo dos conceitos”
estratégia a vinda de gestores de informação com o “polo dos saberem investidos” gerando o
para conversarem com seus alunos a respeito terceiro, que é o “polo das exigências ergológicas”
da gestão e assim aprimorar a aprendizagem, onde são de fato constituídos os novos saberes da
uma vez que “[...] os alunos acham o conteúdo atividade de GI. Percebemos o quanto o diálogo
muito utópico. Eles precisam ver que funciona na foi necessário para compreendermos a aplicação
prática [...]”. Ela ainda afirmou “[...] que o grupo dos conteúdos ministrados nas aulas de gestão,
foi fantástico, pois contribuiu para entender da utilidade deles e dos limites na execução da
melhor como os conteúdos que trabalha em atividade.
sala de aula são aplicados pelos profissionais Os limites da aplicação do método foram
no mundo do trabalho”. Esse fato evidencia a percebidos nas discussões dos encontros que
perspectiva formativa do GRT enfatizada por mesmo com todo planejamento elaborado pela
Trinquet (2010), Schwartz e Durrive (2007) e por pesquisadora sempre outras questões emergiam
Schwartz (2011) sob dois pontos de vista: como e entravam no debate. Isso nos remete ao que
grupo de apropriação (familiarização conceitual Schwartz diz sobre a construção holística da
com a atividade, confrontação com as normas atividade de trabalho onde está envolvida a vida
protocolizadas da experiência e a gestão dos laboral e o sujeito enquanto ser constituído por
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A ergologia como aporte teórico - metodológico para análise coletiva do trabalho do bibliotecário
vivências não apenas laborais. O que colocamos do trabalhador. Entendemos assim que este
no grupo como discussão muitas vezes fugiu estudo avançou no sentido de propiciar um outro
a atividade restrita da gestão. Porém, o que olhar sobre a formação curricular e o que ocorre
mais chamou a atenção foi que as participantes de fato na atuação profissional e em uma outra
desejavam muito que o outro conhecesse o que possibilidade de aproximação entre a formação e
e como executam suas atividades, os meandros a prática. Os encontros do grupo viabilizam o que
desse fazer, as dificuldades e a percepção de que Schwartz (2011) denomina de ergoengajamento5
o outro também possui questões semelhantes que e o fortalecimento desses encontros de trabalho
se intercambiam e as sintoniza. gera uma nova cooperação, tanto na construção
Apesar de tentar moldar as discussões curricular mais próxima a realidade profissional
aos objetivos desta pesquisa, apreendemos que vivida, quanto ao identificar no trabalhador um
há muita coisa além das palavras, assuntos elemento importante para essa construção.
não verbalizados, idiossincrasias na ação de Tal contribuição para a área de Ciência da
trabalho de cada uma delas. Nestas folhas foi Informação pode ser condição transformadora
difícil descrever com precisão toda a riqueza do de outras realidades laborais dos profissionais
que foi debatido nos encontros do GRT pelas de informação e de uma formação mais ajustada
participantes. Narrar os olhares vívidos ao ouvir com as realidades dos trabalhadores. Entendemos
experiências que funcionam de fato e perceber que não há formação curricular acabada em si
que as dramáticas, apesar de vividas por algumas, mesma, nem mesmo gestores completos, mas
ao serem compartilhadas no Grupo, é como se a gestão se dá num ato de construção diária a
fossem sentidas por todas, isso nos impressionou! partir dos contextos colocados no trabalho real e
Deste modo, torna-se imperativo ampliar no diálogo com as prescrições da atividade.
a construção da reflexão dicotômica entre Como encaminhamentos registramos como
academia e mundo do trabalho, viabilizando uma condição sine qua non a ampliação do debate de
aproximação real, um interesse autêntico para um modo mais sistemático e contínuo, utilizando
que juntos possamos contribuir para a formação para isso a constituição de grupo permanente de
de um profissional gestor mais próximo à análise do trabalho do bibliotecário-gestor, para
realidade. Humano e técnico, sensível e assertivo. que não ocorra o distanciamento da produção
Submeter à discussão coletiva as coletiva sobre o entendimento dessa atividade.
vivências do trabalho e as inquietações dos Por ser assim, propõe-se a constituição de um
trabalhadores em relação a sua atividade é uma espaço permanente de diálogo para viabilizar
importante ferramenta para o fortalecimento dos a produção coletiva de conhecimentos sobre
profissionais e das profissões. Esses momentos a atividade de GI, buscando não hierarquizar
formativos coletivos dinamizam o entendimento esses conhecimentos, mas colocando os saberes
da atividade em suas múltiplas direções, acadêmicos e os saberes da experiência no
tanto formativas na academia, instrucionais mesmo nível de importância na formação dos
normativas no mercado e experienciais na ação bibliotecários.
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Ana Cláudia Borges Campos e Dulcinea Sarmento Rosemberg
ABSTRACT Presents Ergology as theoretical and methodological support, idealized by Yves Schwartz, to
enable the collective analysis of the librarian work from a research that aimed to put in question
the information management activity by librarians-managers. Discusses the Ergology as a powerful
theoretical approach to collective analysis of working eliminating the hierarchy of knowledge between
workers and researchers. Highlights the ergologic method as relevant device to trigger the analysis of
labor activities by the workers themselves. Socializes the ergologic method since the dialogical process
between the same as librarians, students and library science teachers about information management
activity. It is concluded that the use of that method for the analysis of work entices workers to a
reflexivity about their work, resulting in the expansion of the power to act in the case of librarians
who, historically, have been asked to put in question: What are you doing? How do? Why do? To do?
Keywords: Librarian work. Ergology. Analysis of work activity. Ergology - analyze collective work.
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