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Psicologia Geral
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................4
1. TEORIAS PSICANALÍTICAS...............................................................................................6
2. ESTÁDIOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL.......................................................7
2.1. ESTÁDIO ORAL.................................................................................................................8
2.1.1. Estádio oral primitivo.....................................................................................................9
2.1.1.1. Estádio narcisista............................................................................................................9
2.1.2. Estádio Oral Tardio ou Fase Sádico-Oral........................................................................9
2.1.2.1. Estádio analítico..............................................................................................................9
2.2. ESTÁDIO ANAL...............................................................................................................10
2.3. FASE FÁLICA...................................................................................................................10
2.3.1. Fase Edipiana................................................................................................................10
2.3.2. Complexo de Édipo nos Meninos.................................................................................11
2.3.3. Complexo de Electra ou Complexo de Édipo nas Meninas..........................................12
2.3.4. Declínio complexo de Édipo.........................................................................................12
2.4. ESTÁDIO DE LATÊNCIA...................................................................................................13
2.5. ESTÁDIO GENITAL..........................................................................................................13
3. CONCLUSÃO..................................................................................................................14
BIBLIOGRAFIA E REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APÊNDICES
APÊNDICE I – ACETATOS DA APRESENTAÇÃO ORAL
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INTRODUÇÃO
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No desenvolvimento Humano, a sexualidade tem um papel decisivo. O prazer
que o inconsciente procura e sempre um prazer. Mas este prazer não se restringe ao
prazer adquirido na excitação dos órgãos genitais apenas, mas de todo o corpo. Isto é,
«Aquilo que se entende por sexualidade fora da psicanálise, diz Freud, é uma
sexualidade absolutamente restrita». Para Freud a sexualidade não é significado
apenas como função de reprodução ou de procriação.
Então, tal como Freud, neste trabalho, vamos tentar demonstrar que a
sexualidade no Homem não surge bruscamente, completa, após a puberdade, mas
começa logo na primeira infância, com o bebé. Como foi dito, a sexualidade vai
implicar todo o corpo humano. De um modo implícito ou explícito, todas as épocas da
vida e todas as partes do corpo são capazes de desempenhar um papel sexual.
Assim, ao longo deste suporte escrito, veremos que as zonas erógenas, isto é,
capazes de excitar o desejo sexual, não estão limitadas às regiões genitais; outras
zonas podem também ser investidas de uma função erógena, consoante a evolução
individual.
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1. TEORIAS PSICANALÍTICAS
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completamente desconhecidos e por tudo aquilo que vai ser reprimido ao longo da
vida. Está desligado de tudo o que é real e não se orienta por normas ou princípios
morais, sociais ou lógicos. O Id rege-se pelo princípio do prazer, que tem como
objectivo a realização e a satisfação imediata dos desejos e pulsões, sendo grande
parte destas pulsões de natureza sexual. Esta estrutura do psiquismo é também o
reservatório da libido ou impulsos sexuais.
A libido é a energia que está na base dos impulsos sexuais e que é
susceptível de inúmeras transformações e adaptações. Sendo essencialmente plástica
e móvel o seu recalcamento é normalmente a causa principal das perturbações
psíquicas.
A sua sublimação, isto é, o desvio do objectivo sexual para objectivos ideais,
explica a maior parte das produções culturais, sociais e artísticas da humanidade.
Outra instância do aparelho psíquico é o Ego, que se forma por diferenciação
ao Id, mas esta diferença significa que há uma oposição absoluta entre os dois. Esta
zona do psiquismo, rege-se pelo principio da realidade, orientando-se por princípios
lógicos e decidindo quais os desejos e impulsos do id que podem ser realizados. É
uma estrutura lógica e racional, sendo por isso o mediador entre as pulsões
inconscientes do Id e as exigências do meio, isto é, do mundo real – Superego.
A última estrutura do psiquismo a ser formada é o Superego, que
corresponde à interiorização das normas, dos valores sociais e morais. Esta instância
resulta do processo de socialização e da interiorização de modelos como os pais,
professores e outros adultos. É a componente ética e moral do psiquismo, funcionando
como censura face às Pulsões do Id, pressionando o ego a controlar e reprimir o Id. E
sempre que o Ego transgride certas normas e valores sociais e morais, desencadeia
sentimentos de culpa e de ansiedade.
“Freud vai demonstrar que a vida sexual do Homem não surge bruscamente,
completa após a puberdade, mas começa, logo na primeira infância, como bebé.
Não se limitando aos órgãos sexuais mas a todo o corpo.”
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uma série de excitações e de actividades, que proporcionam um prazer irredutível
devido à satisfação de uma necessidade fisiológica fundamental (respirar, comer,
excretar, etc.) e que se encontram a título de componentes na chamada forma normal
de amor sexual.
Freud considerou o critério afectivo, um comportamento do indivíduo em
relação aos seus objectos de prazer e dividiu esse desenvolvimento em fases
sucessivas, atribuindo a cada uma delas um nome ligado à parte do corpo que parecia
dominar o hedonismo naquela ocasião. Todo o desenvolvimento seria marcado por
essas fases que se caracterizariam sobretudo pela mudança do que é desejado em
cada uma e pela maneira como esses desejos são atingidos. Freud considerou a
existência de cinco fases que são vivenciadas desde o nascimento do indivíduo até à
puberdade. Todas as fases representam não só a procura da criança pelo prazer,
como também a percepção das limitações que tem nessa procura.
Freud comparou o desenvolvimento psicossexual a um exército que avança
deixando em cada fase algumas tropas. Mas para que esse exército não enfraqueça é
fundamental que o número de tropas fixadas não seja elevado (fixação num estágio).
Sempre que o prazer for frustrado ou exagerado, numa determinada fase, pode
ocorrer a fixação.
2. ESTÁDIO ORAL
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O bebé procura a satisfação libidinal apoiada na necessidade fisiológica da
alimentação. O que leva ao sentimento de dependência.
Esta sensação de prazer na zona bucal constitui a primeira manifestação da
sexualidade perversa. A sucção, em primeiro lugar, uma fonte de prazer e um modo
de satisfazer a libido. A libido situa-se nos prazeres orais, tais como: morder, sugar,
chupar, comer, levar objectos à boca. O acto consiste em chupar o seio materno torna-
se o ponto de partida de toda a vida sexual, objectivo nunca alcançado em toda a
manifestação sexual posterior ideal a que a imaginação aspire em momentos de
grande necessidade e privação.
O desmame confronta a criança em relação ao mundo e quanto mais tardio
se tornar, mais a libido será fixada. O desmame cria a diferenciação e o
desenvolvimento do princípio da realidade.
Idade da não diferenciação entre a mãe e o filho, que vai desde o ventre até
aos 6 meses de idade. A mãe e a criança são o mesmo objecto, um só. Conhece a
atenção e inquietude e o prazer advém do acto de sugar.
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3. ESTÁDIO ANAL
4. FASE FÁLICA
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Quando descobre a ausência de pénis na menina, pensa que só um acto de violência
a pode privar de um órgão que para si é tão importante. Lembra-se de algumas
ameaças que lhe foram dirigidas quando prestava demasiada atenção ao seu pequeno
membro e começa a recear vir a sofrer do mesmo castigo que a menina – complexo
de castração. Este complexo exerce grande influência no carácter de um homem,
podendo estruturar todos os níveis psicológicos. Quanto à rapariga, inveja o rapaz de
possuir esse órgão, querendo também ser rapaz.
A fase edipiana ou complexo de Édipo ocorre na criança por volta dos cinco e
os seis anos de vida. Nesta subfase da fase fálica, não é o instinto sexual que tem o
primeiro plano, mas o amor pelo progenitor privilegiado, em que a criança tem
excitação sexual quando se encontra na posse deste progenitor.
A sublimação deste complexo é quando a criança não consegue ter a posse
do progenitor privilegiado devido ao medo que tem do outro progenitor e por causa das
regras sociais já aprendidas que rejeitam este tipo de comportamento. Então, a
criança desloca a energia da sua pulsão sexual pelo progenitor privilegiado e passa-a
para um alvo não sexual e socialmente valorizado. A sublimação da pulsão leva ao
declínio do complexo de Édipo.
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Figura 2 – Objecto libidinal nos estádios oral, anal e fálico, presente no rapaz.
Figura 3 – Objecto libidinal nos estádios oral, anal e fálico, presente na rapariga.
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O declínio do complexo de Édipo é marcado pela renúncia dos desejos
libidinais e hostis dos progenitores e por um processo de identificação com o
progenitor do mesmo sexo. A criança íntegra a sua imagem sexual com a adopção
dos comportamentos e dos valores do progenitor do mesmo sexo. A maneira como o
declínio do complexo de Édipo vai ser resolvido vai influenciar a vida afectiva adulta
desta criança.
A terceira instância do aparelho psíquico, o superego, é nesta fase
constituída. Através da interiorização das imagens parentais, das exigências e dos
interesses parentais. O superego tem como função, como já foi descrito mais a cima,
controlar e autorizar certos tipos de comportamentos do ego e proibir-lhe outros.
5. ESTÁDIO DE LATÊNCIA
6. ESTÁDIO GENITAL
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7. CONCLUSÃO
Freud pretende emancipar o indivíduo da tutela de uma sociedade que lhe impõe uma
moral repressiva em função de interesses não morais, não acredita numa qualquer
bondade inata da natureza humana.
Pelo contrário, pensa que o homem tem um fundo de selvajaria e de perversidade
primitivas que se manifestam através do egoísmo, da agressividade, da amoralidade,
tal como existem na criança antes da formação do superego e permanecem, como o
mostram os sonhos, no fundo de todo o homem inconsciente.
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A adolescência é estudada por Freud no estádio genital e compreende os
fenómenos que ocorrem depois da puberdade.
Segundo este psicanalista, no estádio genital retomam-se algumas
problemáticas do estádio fálico (compreendido entre os 3 e os 5/6 anos), como o
Complexo de Édipo.
A puberdade traz novas pulsões sexuais genitais, sendo o mundo relacional
do adolescente alargado a pessoas exteriores à família. Tal facto permite que o
adolescente passe por um processo de autonomização em relação aos pais
idealizados; processo este que é a causa da liquidação do Complexo de Édipo.
Freud considera, ainda, que face a algumas dificuldades características da
adolescência, o jovem regride a fases desenvolvimentais anteriores, recorrendo a
mecanismos de defesa do ego como, por exemplo, o ascetismo (negação do prazer
através do isolamento) e intelectualização ou racionalização (o jovem coloca toda a
sua energia em actividades do pensamento como forma de esconder aspectos
emocionais).
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