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Novas regras de lucros


auferidos no exterior
Impactos da Lei 12.973/2014
Dezembro de 2014

(DC1) Uso Interno na PwC - Confidencial


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I Principais aspectos da Lei 12.973/2014

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Introduz novos
Sumário comparativo das normas conceitos e
sistemática de
deduções
Principais MP 2.158- Lei 12.973/2014
aspectos 35/2001
Fato gerador Lucros auferidos  Controlada, filial/sucursal: lucros auferidos
mediante apuração mediante apuração em balanço vs. ajuste do
em balanço valor do investimento equivalente a lucros
auferidos (*)
 Coligada: efetiva disponibilização dos lucros
Prejuízos Ausência de Ausência de limitação temporal e compensação
apurados no limitação temporal limitada aos lucros futuros da mesma pessoa
exterior jurídica, desde que o saldo de prejuízo seja
informado para a RFB.
Controlado em R$ ??
Consolidação de Na investida direta Tributação individualizada por controlada direta
resultados do no exterior ou indireta.
exterior (até 2022 permitida consolidação no Brasil)
(*) Exceto o lucro auferido por controlada ou coligada direta ou indireta, correspondentes às atividades de afretamento e
prestação de serviços relacionados à prospecção e exploração de petróleo e gás (até 5 anos - Lei 12.708/2012)

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II Controladas e coligadas

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Controladas
Necessidade de controle em
subcontas vs. MEP
 Controladora registrará em subcontas da
Controladora conta de investimentos, de forma
individualizada, o resultado contábil da
Brasil variação do valor do investimento
Lucros
Exterior equivalente aos lucros ou prejuízos
auferidos pela própria controlada direta
Controlada
Direta Lucros ou indireta no exterior
 A parcela do ajuste do valor do
investimento equivalente aos lucros
Controlada
antes do imposto sobre o lucro deverá
Indireta ser computado nas bases do IRPJ/CSL

Fato gerador = auferimento de


lucros pela controlada vs. ajuste
positivo do investimento no Brasil

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Controladas – Tributação individualizada

Antes da Lei 12.973 (IN 213)

R$ R$
Controladora
Resultados no exterior Tributação no Brasil
Controlada Direta (500) Lucros do exterior 1.000
Brasil Controlada Indireta 1.500 Imposto no Brasil 340
Total 1.000 Alíquota efetiva 34%
Lucros
Exterior

Controlada
Direta
Lucros
Após a Lei 12.973

R$ R$
Resultados do exterior Tributação no Brasil
Controlada Controlada Direta (500) Lucros do exterior 1.500
Indireta Controlada Indireta 1.500 Imposto no Brasil 510
Total 1.000 Alíquota efetiva 51%

E quanto a
capacidade
contributiva da
controladora?
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Coligadas
Fato gerador = disponibilização dos
lucros
 Não aplicável caso se enquadre em um dos
Investidora seguintes casos:

Brasil 1. Sujeita a regime de subtributação


Exterior
2. Localizada em paraíso fiscal / regime fiscal
privilegiado
Coligada
Direta
3. Controlada por PJ sujeita a regime de
subtributação
 Joint ventures sem partes relacionadas devem ser
tributadas como coligadas
 Coligadas que não atendem os critérios acima
devem ser tributadas pelas mesmas regras de
controladas
 Aplicam-se substancialmente os mesmos critérios
de caracterização de disponibilização em vigor na
legislação atual
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IV Sistemática de consolidação de
resultados do exterior

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Novos conceitos: renda ativa própria
 Renda ativa própria: aquela obtida mediante exploração de atividade econômica
própria, excluídas as receitas de:
 Royalties  Aluguéis
 Juros (*)  Ganho de capital (<2 anos)
 Dividendos (**)  Aplicação financeira (*)
 Participações societárias (**)  Intermediação financeira (*)
 Renda total: somatória das receitas operacionais e não operacionais, conforme
definido na legislação comercial do país de domicílio da investida

(*) não se aplica às instituições financeiras reconhecidas e autorizadas a funcionar pela autoridade monetária do país em que
estejam situadas
(**) teste de renda ativa a ser feito na investida (aplicável a investimentos efetuados até 31/dez/2013)

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Novos conceitos: regime de subtributação

 Regime de subtributação: “aquele que tributa os lucros da pessoa jurídica


domiciliada no exterior à alíquota nominal inferior a vinte por cento”.

 Efetivamente tributa vs. sujeita os lucros a tributação

 Definição de regime: refere-se a regimes específicos ou gerais?


o Uruguai – Regime de Zona Franca vs. regime geral de
tributação
o Espanha – Regime ETVE
o Rep Tcheca e Hungria – Regime geral tem alíquota de 19%

Prevalece o critério da
alíquota prevista na norma
local, sem efeitos de
ajustes na base de cálculo
do tributo no exterior

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Condições para consolidar

 Acordo para troca de informações ou disponibilização da contabilidade


societária em meio digital
1.
 Regime de tributação
 Não estar em paraíso fiscal, regime fiscal privilegiado ou regime
subtributação
2.
 Controle
 Não ser controlada por PJ em paraíso fiscal, regime fiscal
3. privilegiado ou regime de subtributação

 Renda ativa própria >80% do total do resultado


4.

Consolidação

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Quem pode consolidar?

Controladora

Brasil

Exterior

Controlada
Austria 1.√

Controlada Controlada Controlada Controlada


Alemanha EUA (Co.) México Cayman
2. X
1.√ (*) 1.√ 1.√

Controlada Consolidação = resultado de renda ativa Controlada


Rep. Tcheca >80% Lux

1.√ 1.√
2. X 3. X

(*) desde que a contabilidade societária seja disponibilizada em meio digital


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V Do Pagamento

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Opção para pagamento do imposto

 Opção: IRPJ/CSLL poderão ser pagos na


proporção dos lucros distribuídos,
cumpridos os requisitos, e observado o
seguinte:

 1º ano subsequente: serão considerados


distribuídos no mínimo 12,5%
 8º ano subsequente: saldo remanescente

 Importante:

 Juros LIBOR + VC (dedutíveis para fins


fiscais)

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VI Deduções permitidas

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Novidades quanto ao imposto pago no exterior

Antes da Lei Após a Lei


 Possibilidade de compensação do  Possibilidade de compensação do imposto
imposto incidente no exterior sobre os pago pela investida no exterior sobre os lucros
lucros tributados no Brasil tributados no Brasil
 Convertido em R$ na data do  Convertido em R$ na data do balanço do
pagamento lucro apurado ou da sua disponibilização
 Imposto pago no exterior:
 IRPJ e IRRF sobre dividendos
 IRRF (sobre demais operações)
 Possibilidade de compensação no ano do
pagamento sem a necessidade de atrelar a
lucros futuros do exterior
 Coligadas = possibilidade de crédito apenas
do IRRF sobre dividendos
 Crédito presumido de 9% para algumas
indústrias até 2022 (bebidas, alimentos e
Lei 12.973/2014 - lucros auferidos no exterior construção) Maio de 2014
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VIII A Lei 12.973/2014 e os Acordos para


Evitar a Dupla Tributação (ADTs)

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Evolução jurisprudencial

Art. 74 da MP 2.158 tributa o lucro, aplicando-se a proteção do art. 7º dos


2006 ADTs. Tratando-se de dividendos fictos, aplica-se o método da isenção
dos ADTs (art. 23)

Art. 74 alcança os lucros da controlada indireta de forma individualizada,


2008 sem possibilidade de consolidação na holding protegida pelo ADT
(“look-through” )

Art. 74 tributa os lucros da investidora brasileira, disponibilizados de


2011 forma ficta pela controlada, e já incorporados ao seu patrimônio em
função do MEP. Afasta-se a aplicação do art. 7º dos ADTs

Art. 74 só pode alcançar os lucros da controlada direta, de forma


2012 individualizada por controlada, admitindo-se a consolidação de
resultados e a proteção dos ADTs

Lucro da controlada, dotada de personalidade jurídica própria e distinta


2014 da controladora, estaria protegido pelo art. 7º dos ADTs.

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Evolução jurisprudencial

STF: ADI 2588 -


art. 74, MP Coligada fora de paraíso fiscal: tributação dos lucros apenas
2.158-35/2001 quando da efetiva disponibilização
Controladas em paraísos fiscais: permanece regra atual de
tributação do lucro em 31 de dez do ano em que auferido
Coligada em paraíso fiscal e controladas fora de paraísos
fiscais: questão ainda não decidida
Países com os quais haja tratado para evitar a dupla
tributação (ADTs): questão ainda não decidida

RFB: Solução de Defende que Art. 74 da MP 2.158-35, não viola


Consulta Interna ADTs: a tributação incide sobre o contribuinte brasileiro; o
COSIT 18 Brasil não tributa os lucros da sociedade domiciliada no
exterior, mas sim os lucros auferidos pelos próprios sócios
brasileiros
Lucros reconhecidos através do MEP, antes mesmo
da distribuição, pois MEP representa acréscimo
patrimonial
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Aspecto para reflexão

 A norma brasileira, quando muito, teria


criado sistemática de tributação de lucros do
exterior, cuja hipótese de incidência alcança
a fonte original de geração do lucro no
exterior

 Portanto, havendo ADT com o país da fonte


original de geração do lucro do exterior, este
deve ser observado, limitando o alcance da
Lei

Em qualquer hipótese
o tema está pendente
de análise pelas cortes
superiores

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ADTs e a nova Lei: uma possível interpretação?

Controladora

Brasil

Exterior

Controlada
Áustria

Controlada Controlada Controlada


Holanda Uruguai México

Filial/
Sucursal

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Obrigado!

Philippe Jeffrey
philippe.jeffrey@br.pwc.com

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las de qualquer forma. 22
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