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Esboços de
Leonardo Da
Vinci (1475)
Nosso
Patrono
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Para entender isso, é preciso voltar atrás no tempo e verificar onde José Cardo cresceu. A região da
Catalunha foi palco de grande movimentos históricos:
No ano mil o povo, que segundo os historiadores sofreram muitas invasões porém não se misturaram
etnicamente, tinham assimilado o uso da pedra com argamassa (cal e areia), o uso da pedra, o moinho
de trigo movido a água , a forja catalana (ficou famosa como "método Catalão", veja livros sobre
siderurgia), a prensa de uva que foi introduzida pelos Romanos nos campos de Tarragona em 50 a.C
que evoluiu de alavanca com pesos para rosca e clic até 1750, os modelos melhorados ainda
funcionavam em 1950; politicamente tinham evoluído para fazer acôrdos com seus oponentes ("A
Concordata" muito usada por políticos Catalães).
A religião, do ano 1000 até 1492 era livre, com predominância Cristã, a partir de 1492 com os reis
católicos as outras religiões foram banidas, em especial dos Judeus e dos Árabes (maometanos).
Poetas populares cantam em lamentos o quanto à Espanha perdeu com a expulsão dos Árabes.
Neste contexto, o homem do campo (paijes), sempre escravo do senhor das terras ganhou um
presente dos reis católicos, uma reforma no campo, a "Sentencia Arbitral de Guadalupe", uma espécie
de liberdade para o oprimido lavrador, dentro destes benefícios os "Cardo", construíram sua sede na
pequena praça de Aiguamurcia, junto com outras quatro famílias, a casa foi construída com frente
muito estreita devido ao espaço disponível, dandos origem ao nome "Cal Mass Stret" (cal-os, mass-
casa e stret-estreito), isto é, os da casa estreita.
Depois evoluiu para "Cal Massestret", esta casa foi sede da família até 1904,
quando o pai de José Cardo comprou uma maior construída em 1100, as duas
casas ainda existem e estão bem conservadas.
A nova sede passou a chamar-se "Cal Sisco Massestret", traduzindo seria "Casa
de Francisco da Casa Estreita".
Casa de Aiguamurcia
1950 Em 1950, a casa possuía a seguinte estrutura:
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• Forja (com fole e bigorna)
• Marcenaria (fabricavam "Botes"- barris de madeira)
• Água, luz elétrica e esgoto.
• Um ambiente para manufaturas artesanais de madeira, ferro forjado e era palco de discussões
políticas e religiosas, já que um primo de José, foi Cônego de Barcelona em 1936 (escritor e
redator da revista Bom Pastor).
Portanto, se podemos acreditar que o homem é grande parte do fruto da tradição e comportamento do
meio, sendo que o meio foi muito fértil, estava pronto o "inventor José Cardo Ollé".
José Cardo, em 1957 já tinha estabilizado a vida com muito trabalho e ajuda dos filhos, logo teve
excedente (era um Pater Família), em 1958 buscando outras formas de rendimento, alugou uma olaria
e analisou como era produzido o tijolo, já não dormiu mais, desistiu do método artesanal e partiu para
uma solução mais produtiva.
Testemunho roda de
madeira 2ª Etapa - Construir uma
Máquina de Ferro
Depois de longas discussões, foi desenhar e construir
uma máquina de ferro móvel, que deixaria o tijolo no
terreno para pré-secagem, método usado no tijolo feito
à mão. Esta máquina foi elaborada e testada durante
um ano (custo alto). Funcionou, mas ficou inviável
Persperctica
alimenta-la em movimento, fazia 20 tijolos/ minuto e Desenho Tijoleira Móvel
Tijoleira Móvel
tinha duas rodas.
Tivemos os que acreditaram, o nosso primeiro cliente comercialmente falando foi o Sr. Waldemar, que
chegou a funcionar precariamente, pois a nossa máquina não misturava o barro só substituia o
"Batedor".
Acredito que chegaram aproximadamente aos 700.000 tijolos, tudo caminhava muito bem e iniciamos
as melhoras que o mercado precisava.
• Primeiro reforçamos a máquina.
• Segundo fizemos uma pipa separada.
• Terceiro anexamos a pipa na máquina.
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Máquina B a 1°
Croqui da Tijoleira acoplada
com pipa Catálogo Tijoleira Cardo B
com pipa (B)
acoplada 1964
Em 1964, tínhamos chegado quase aos 30 tijolos/minuto e já falavam em 5.000.000 tijolos. E fomos
sorprendidos pelo movimento de 1964, então tudo parou e José e família, viram-se com os negócios
parados também.
A sociedade com R. Ceveline, ficou abalada e a fabricação da máquina só foi recomeçada em 1977,
onde foram construídas algumas dezenas de unidades da "Cardo C".
A fabricação deste modelo foi provisória, sem uma boa estrutura de assistência e foi decidido parar
definitivamente em 1978.
Em 1995, José Cardó Ollé uma pioneiro da "Tijoleira", morreu em Presidente Prudente, na casa de um
filho, nunca foi a um hospital em toda sua vida, simplesmente parou de funcionar.
José Cardo Ollé, teve uma vida plena e a "Tijoleira"é mais que uma capítulo de inúmeras realizações e
podemos afirmar com toda certeza, que no Estado de São Paulo o tijolo feito à mão, já faz parte do
passado.
1936- Casa-se com Antonia Batet Mateu, de uma família tradicional de Aiguamurcia.
1941- com o fim da guerra, volta para casa e reinicia a padaria do Povoado e
José e Antonia recuperando as terras de seu pai.
1936
1942- nasce seu último filho (agora eram quatro homens).
Igreja de Capelinha 1967 1955- desanimado com a estrutura "meieira"das terras, resolve de uma
vez por todas optar pela cidade.
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Prudente e passou tudo para os filhos. Filhos: Francisco, Pedido de
Jaime, Platão, Antonia 1936 (Espanha) patente
José(1965) 133400
1977- perde a companheira de sua grande
jornada.
Está é uma homenagem ao inventor José Cardo Ollé, pois mesmo que não obteve o sucesso financeiro
esperado em nenhum momento de sua vida passou privações humilhantes. Viveu como todo ser
inconformado, tentando mudar o "normal" em direção ao desconhecido e nunca mais se fez um tijolo à
mão.
F.C. Batet
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