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Poesias
Poesias
Marlus Dias
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3
“Tô parado
no ponto da tristeza
Esperando
o Transporte da Saudade”
Zé Geraldo
4
“Dedico esse livro aos meus amigos
que no momento que mais precisei
me abandonaram”
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ÍNDICE
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PRÓLOGO
Marlus Dias…
7
Contato:
sulram@hotmail.com
8
Desafio
Teus enigmas
E tuas vitórias,
Uma prosódia no universo irracional!
Vamos! Alegre-me!
Pois teu antônimo me chama
Para sair dessa lama,
Denominada vida humana!
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A Quem Beija sem Sentimento
A Mão da Moça
10
Ecos Noturnos
11
Soneto
Sufoca a garganta
Como a corda do suicída
Aperta e dói
Eu chamo mas não têm saída.
12
O Nome Dela
13
QUADRAS
14
Poema de Ano Novo
15
O Medidor do Infinito
16
Cotidiano
Rápido
17
O Pensamento de um Urubu
Passou um avião...
- Burro,
São os homens
Que voam nesses aviões grandes.
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Retrato
“Se o retrato sair imperfeito e as cores esmorecidas
Desculpem-me; minha paleta não é variada e ao tocar
Nessas páginas do coração, a mão treme e o pincel enodoa a tela”
Casimiro de Abreu
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Sombras de Mulher
Sombria e misteriosa
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UMBRAS VITAE
As aranhas da parede
Estão me olhando
Isso as mata de tédio
Suas seis pernas sonham,
Sonham com o dia de enrugar-se,
Virar borboletas e dar piruetas.
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A madrugada já se foi
E junto com ela eu fui
Meio óvulo, meio espermatozóide,
Gênio das cidades pequenas,
Perna de aranha na parede
Liquidificador liquidificando idéias.
A Cigana
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Soneto
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Uma Coisa
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Vinho, Sangue e Orgia
Nutrir-se de vinho,
Banhar-se de sangue,
Profanar-se na orgia
Galopar com a morte
No vale das almas esquecidas.
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Vinho, sangue e orgia!
Vinho, Sangue e Orgia
Nutrir-se de vinho,
Banhar-se de sangue,
Profanar-se na orgia
Galopar com a morte
No vale das almas esquecidas.
Me desfaço e me refaço
Nessa obra, dita ser do Diabo
Tudo ao redor chora
Até na festa ao lado da minha morada
Choram amores e pesadelos
Me desfaço e me refaço
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Nessa obra, dita ser do Diabo
Tudo ao redor chora
Até na festa ao lado da minha morada
Choram amores e pesadelos
Choram rosas e choram remorsos
Batuque de ossos
No clima que paira no ar... magia
No festim de vinho, sangue e orgia.
Os Robôs
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As Almas e o Monstro da Gruta
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Seios Lindos
Rosados, maciíssimos
Raros, digo, até, exclusivos
Feitos para se admirar
Sentir e beijar bem suave
Para não machucar nem marcar
Tamanha obra, tamanho deleite.
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Perpétua Orgia
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Roupas de Boneca
Roupas de boneca
Mais que trapos
Coisa feia aos farrapos
Louça suja que não quebra.
Roupas de boneca
Medo, terror, vertigem...
Já passou meu reinado
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Soneto
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Resultado Mortal
Na verdade absoluta
Da agonia emocional
Na cúpula tumbal
Perplexa luta visceral
Carne e bactéria
Se unem ao ideal.
Na cova matreira
Escorre a seiva
Da junção natural
Verme e ventre animal!
No cemitério medonho
Os coveiros sepultam o defunto "risonho"
Trancafiado no caixão de veludo.
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Aline
34
Borboleta
Amor
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Minha Nova Casa
Ter Saudades
Ter saudades!
Ato contínuo da condição humana,
Filosofia dos fracos,
Gênero dramático do teatro da vida.
Ter saudades!
Força dos poetas do século,
Presença no amor
Duas estrofes de saudade
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… esperando minha carona
(V.R.B)
Um sopro afogado
Tangendo as fribras do coração
Na noite que segue minha vida
Os lobos uivam para uma lua grávida
Esperando a hora de parir o mel da solidão.
37
Coração Apodrecendo
38
Com a Corda no Pescoço
Uma Estrofe
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Soneto
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O Bêbado
Embreagado ando
Sujo pelos meus pecados
Minha mãe se engravidou
-Mãe não geraste um santo
Celebro solitário
O dia que morreu
Triste a rodar – iam ar soprando
Soprando a fronte do malandro
Carregou os pesos das vítimas
Estrelas velam a esquife
Eterna, do Bêbado sonhanho.
O amor é o produto
Do consume do nada
Multiplicado pela dúvida:
“Será amor mesmo?”
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Eu Vegetal
Me vejo na hipótese
Comparativa de parecer
Com as plantas.
Conclusão concreta
Da simples forma,
Que sendo eu, como
Uma planta que vegeta.
Plantado no útero,
Germinado em meio a gosma maternal
E brotado com dor e alegria!
Sugando ódio,
Na minha fotossíntese,
Convertendo amor em misantropia
E a ingenuidade em filosofia.
De mim flores
Não brotam,
Mas sim, espinhos,
Para machucar quem em mim,
Ousar tocar.
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Assim sou,
Quase um cáquito no deserto,
Isolado, porém resplandecente.
E como as outras
Fui semente, germinei,
Desabrochei, procriei
E como a outras morri...
E na agonia da minha decadência sequei.
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Sofrimentos de um Leitor
44
Soneto
(Escrito depois da chuva, quando o céu
começou a estrelar)
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Trovoadas Acorrentadas
Labirinto apológico
Aos antigos mestres
O sonho seria isso
Querer o que se quer
Idealizadamente buscando-o.
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Terras tremem de medo
Mares choram até encharcar
As unhas ficam sujas por baixo
E traições acorrentam trovoadas.
47
Deuses, diabos, anjos e nós
Homens e mulheres vivos
Fazendo tudo isso pela vida.
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Passar do Tempo
Vacilo já enfadado
Pois minha condição diz
Que até a prostituta me nega seu trabalho.
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Manicômio
Ahhhhh
Uhuuuuu
Nãooooo
Socorrooooo
Sai daqui
Cala a boca
Eu sou Javé
Eu sou Jesus
Eu sou uma sombra
Quero dormir
Nãoooooooooo
Ódio de vocês
Que tristeza
Quero morrerrrr
Ahhhhhh
50
Soneto
51
Rosa, rosa, rosa
52
Rosas de Jardim
Rosas decaídas
Com feridas divididas
Entre a espada e a matilha.
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Cemitério Fantasma
Um dia
Estava eu, num vasto campo,
Comecei a cavar,
Cavei fundo
Para tentar chegar ao inferno,
Não o encontrei...
Só encontrei
Restos de defuntos...
Ah! Eu estava num cemitério.
Pleonasmo
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Natureza Morta
Epitáfio
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