Você está na página 1de 8

325

Efeitos da cinesioterapia na força de preensão palmar, na dor

ARTIGO ORIGINAL
e na qualidade de vida de mulheres com artrite reumatoide

Effects of kinesiotherapy in handgrip strength, pain and


quality of life of women with rheumatoid arthritis

Caroline de Macedo Schnornberger1, Matheus Santos Gomes Jorge2,


Lia Mara Wibelinger3

http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v28i3p325-332

Schonornberger CM, Jorge MSG, Wibelinger LM. Efeitos da Schonornberger CM, Jorge MSG, Wibelinger LM. Effects of
cinesioterapia na força de preensão palmar, na dor e na qualidade kinesiotherapy in handgrip strength, pain and quality of life
de vida de mulheres com artrite reumatoide. Rev Ter Ocup Univ of women with rheumatoid arthritis. Rev Ter Ocup Univ São
São Paulo. 2017 set.-dez.;28(3):325-32. Paulo. 2017 Sept.-Dec.;28(3):325-32.

RESUMO: A artrite reumatoide é uma doença autoimune, ABSTRACT: Rheumatoid arthritis is an autoimmune
crônica e inflamatória que atinge simetricamente os tecidos, disease, chronic, inflammatory and symmetric that reaches
órgãos e as articulações periféricas causando dor, edema, rigidez the tissues, organs and peripheral joints causing pain, and
e diminuição da força de preensão palmar e da qualidade de vida. decreased in handgrip strength and quality of life. This study
Este estudo objetivou verificar os efeitos de um programa de aimed to verify the effects pre and post physiotherapy
intervenção fisioterapêutica na força de preensão palmar, na dor e intervention in handgrip strength, pain and quality of life
na qualidade de vida de mulheres com artrite reumatoide. Este é in patients with rheumatoid arthritis. This is a longitudinal
um estudo longitudinal e intervencionista, com 05 indivíduos do and interventional study, with five female subjects (±54,0
sexo feminino (±54,0 anos), que foram avaliadas quanto à força de years), which were evaluated as to dynamometry manual for
preensão palmar pela dinamometria manual, à intensidade da dor handgrip strength, visual analogue scale for pain intensity
pela escala visual analógica e à qualidade de vida pelo questionário and the Protocol SF-36 for quality of life. The subjects
SF-36. Os indivíduos foram submetidos a um programa de were submitted to a program based on kinesiotherapeutic
intervenção cinesioterapêutica, que foi realizado em grupo, 2 vezes intervention, which was conducted in groups, 02 times
por semanas e 50 minutos por sessão, totalizando 10 sessões. per week and 50 minutes per session, totaling 10 sessions.
Quando analisada a dor pela escala visual analógica não houve When analyzed the pain by visual analog scale there were
resultados estatisticamente significativos, no entanto a força de no statistically significant results, however, the handgrip
preensão palmar e da qualidade de vida (domínios dor e vitalidade) strength and the quality of life (domains pain and vitality)
apresentaram resultados estatisticamente significativos (p≤0,05) na were statistically significant (p≤0.05) in post intervention.
pós-intervenção. O programa de intervenção proposto foi eficaz na The proposed intervention program was effective in
melhora da força de preensão palmar e dos domínios dor e vitalidade handgrip strength and improving pain and vitality related to
da qualidade de vida na amostra estudada. quality of life in the sample studied.

DESCRITORES: Artrite reumatoide; Força da mão; Dor; KEYWORDS: Arthritis, rheumatoid; Hand strength; Pain;
Qualidade de vida. Quality of life.

Este artigo é parte de um projeto de pesquisa intitulado “Efeitos do tratamento fisioterapêutico em pacientes portadores de doenças
reumáticas”, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade de Passo Fundo com registro número 348.381.
1. Fisioterapeuta, pós-graduanda do Curso de Especialização em Fisioterapia Traumato-ortopédica, Faculdade de Educação Física e
Fisioterapia, Universidade de Passo Fundo (UPF). E-mail: carolineschnornberger@gmail.com.
2. Fisioterapeuta, pós-graduando do Curso de Especialização em Fisioterapia Traumato-ortopédica e mestrando do Programa de Pós-
Graduação em Envelhecimento Humano, Faculdade de Educação Física e Fisioterapia, Universidade de Passo Fundo (UPF). Bolsista
Prosuc/CAPES. E-mail: matheussgjorge@gmail.com.
3. Faculdade de Educação Física e Fisioterapia, Universidade de Passo Fundo (UPF), Passo Fundo, RS, BR. Doutora em Gerontologia
Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul. Docente do Curso de Fisioterapia e do Programa de
Pós-Graduação em Envelhecimento Humano, UPF. E-mail: liafisio@yahoo.com.br.
Endereço para correspondência: Rua Rio de Janeiro, 797. Bairro Ipiranga, Soledade, RS, BR. CEP: 99300-000.

325
Schonornberger CM, et al. Efeitos da cinesioterapia na força de preensão palmar. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2017 set./dez.;28(3):325-32.

INTRODUÇÃO bem-estar físico, psíquico e social e, consequentemente,


a melhora da funcionalidade e da QV12.

A
Baseado nisto, o presente estudo buscou verificar
artrite reumatoide (AR) é uma doença os efeitos de um programa de intervenção fisioterapêutica,
autoimune, crônica, idiopática e inflamatória baseado em cinesioterapia, na FPP, na dor e na QV de
que atinge simetricamente os tecidos, mulheres com AR.
órgãos e, principalmente, as articulações periféricas1. Sua
ocorrência pode ser observada em todos os grupos étnicos, Procedimentos metodológicos
e a prevalência é de, aproximadamente, 1% da população
brasileira, similar à literatura mundial, e predominante no Trata-se de um estudo longitudinal e
sexo feminino, entre as idades de 20 e 60 anos2. intervencionista que faz parte de um projeto guarda-chuva
Caracteriza-se pela inflamação sinovial, erosão denominado “Efeitos do tratamento fisioterapêutico em
óssea e edema articular, causando a destruição da pacientes portadores de doenças reumáticas”, aprovado
cartilagem articular3. Tais fenômenos resultam em limitação pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da
funcional e deformidades irreversíveis, além de prejudicar Universidade de Passo Fundo sob protocolo nº 348.381
a independência dos indivíduos e causar limitações nas e está de acordo com resolução 466/2012 do Conselho
atividades de vida diárias. Quanto mais avançado o estágio Nacional de Saúde (CNS).
da doença, menor é a sobrevida do indivíduo4. Sabendo-se que 1% da população brasileira
O quadro clínico da doença é caracterizado por pode ser acometida pela AR (o que corresponderia a
rigidez matinal com duração de ao menos uma hora, aproximadamente 2.060.814 brasileiros), realizou-se um
fadiga, mal-estar, edema simétrico de tecidos moles cálculo amostral no programa de Windows Microsoft
em áreas articulares, nódulos reumatoides, presença Excel 2013, estipulando um erro amostral de 5% e nível de
de fator reumatoide diagnosticado por exame clínico, confiança de 95%, e chegou-se ao valor de 385 indivíduos
erosões radiográficas e/ou osteopenia periarticular em com AR necessários para compor a amostra do estudo.
articulações da mão e punho, e diminuição da força Inicialmente, foram recrutadas para o estudo
e da resistência muscular, gerando além de fadiga e 07 mulheres, por meio de uma amostragem não-
descondicionamento físico5,6. probabilística, por conveniência, com idade média de
As articulações mais comumente envolvidas no ± 54,0 anos. Todos os indivíduos estavam em uma lista
início da doença são os punhos, as metacarpofalangeanas de espera para atendimento ambulatorial no Setor de
e as interfalangeanas proximais das mãos, caracterizadas Fisioterapia Reumatológica da Universidade de Passo
pela forte dor matinal e noturna, além de rigidez articular Fundo. Os critérios de inclusão para o estudo eram
com duração igual ou superior a 60 minutos pela manhã e indivíduos com diagnóstico clínico de AR, serem do
após períodos prolongados de imobilização7. sexo feminino, com idade maior ou igual a 18 anos,
Na AR, a força de preensão palmar (FPP) pode capazes de compreender a dinâmica dos exercícios, que
apresentar diminuição da sua capacidade em virtude de não estivessem em período agudo da doença e que não
um desuso do membro afetado decorrente da degeneração estivessem fazendo tratamento fisioterapêutico prévio por
articular e do desequilíbrio ligamentar e muscular que pelo menos 03 meses. Mediante isso, seriam excluídos
são oriundos da inflamação persistente8. Desta forma, do estudo atual os indivíduos que não realizassem o
além do impacto na FPP, os indivíduos com AR tendem a número de sessões propostas, os indivíduos que passaram
apresentar impacto na sua QV resultante das dores e outros por procedimentos cirúrgicos anteriormente por conta
agravos causados pela doença se comparado aqueles que da doença ou os indivíduos que apresentaram em seu
não apresentam a patologia9,10,11. histórico AR na fase juvenil.
Frente a isto, a fisioterapia, por meio da Os atendimentos foram realizados na Clínica
cinesioterapia, pode apresentar-se como uma estratégia na de Fisioterapia da Faculdade de Educação Física e
correção dos problemas apresentados10. Entre os objetivos Fisioterapia, da Universidade de Passo Fundo, Passo
do tratamento fisioterapêutico para indivíduos com AR Fundo/RS, entre os meses de maio e junho de 2015. Após a
estão o alívio da dor, o combate ao processo inflamatório, assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
a preservação da amplitude de movimento articular e (TCLE), os indivíduos realizaram 10 sessões interventivas
da atividade muscular (aumento da força e resistência de fisioterapia, 2 vezes por semana, com duração média
muscular), a prevenção de deformidades, a promoção do de 50 minutos, em grupo. A primeira e a última sessão

326
Schonornberger CM, et al. Efeitos da cinesioterapia na força de preensão palmar. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2017 set./dez.;28(3):325-32.

envolveram a avaliação sócio-demográfica e físico- 100 pontos (que corresponde ao melhor estado geral de
-funcional dos indivíduos, avaliação da FPP, avaliação saúde relacionado à QV)16.
da dor e avaliação da QV, totalizando 12 encontros com Com base em estudos já referenciados na
os participantes do estudo. Dois avaliadores (avaliador literatura10,13,17, o programa de intervenção fisioterapêutica
A e avaliador B) realizaram a coleta de dados e a baseou-se em cinesioterapia e foi delineado visando
intervenção fisioterapêutica. efeitos sobre a FPP, a dor e a QV de mulheres com AR.
A FPP foi avaliada por meio da dinamometria O cronograma de execução dos exercícios está representada
manual pelo avaliador A. Utilizou-se o dinamômetro na Tabela 1. A progressão dos exercícios deu-se pela troca
da marca Kratos®, um sistema de aferição de tensão, de dispositivos, ordenados do mais fraco ou leve para o mais
constituído por alças fixas que não permitem a adaptação. forte ou resistente. Entre os exercícios houve um tempo de
Seu visor de leitura fica voltado para o indivíduo testado, repouso de um minuto e as participantes foram orientadas
o que permite ao mesmo acompanhar seu desempenho a pararem o exercício caso sentissem algum desconforto.
no momento do teste. É um instrumento que contém um Os dados coletados nas fases pré e pós-intervenção
sistema hidráulico fechado que mede a quantidade de foram catalogados no programa de Windows Microsoft
força de preensão da mão produzida por uma contração Excel 2013 e a identidade dos indivíduos foi mantida sob
isométrica aplicada sobre suas alças. Essa força é registrada absoluto sigilo para preservar a imparcialidade durante a
em quilograma-força (Kgf)13. análise dos dados. Para a análise estatística foi utilizado o
Os indivíduos posicionaram-se sentados, em uma teste não paramétrico de Wilcoxon, considerando p≤0,05,
cadeira padrão, sem apoio para os braços, com os membros que foi realizada por um matemático estatístico sem
inferiores mantidos em 90º de flexão de quadril e joelho relação com o estudo.
com os pés apoiados no chão. No momento do teste foram
orientados a não apoiar o dinamômetro nos membros RESULTADOS
inferiores. Em relação ao membro superior, o ombro
estava aduzido e rodado em posição neutra, cotovelo Dois dos indivíduos, inicialmente recrutados,
flexionado a 90º, antebraço em posição neutra, e o punho foram excluídos (desistência de 28,57%). A primeira
entre 0º e 30º de extensão e 0º a 15º de desvio ulnar. Foram em virtude de um procedimento cirúrgico realizado
testadas as duas mãos, sendo três tentativas para cada mão, durante a intervenção fisioterapêutica que não tinha
com intervalo de trinta segundos entre cada uma. Após foi relação com o estudo, e a segunda por não ter atingido
realizada a média aritmética destas três tentativas. as 10 sessões sugeridas. Ambas realizaram apenas sete
Já a dor foi avaliada através da Escala Visual sessões propostas. Desta forma, 5 mulheres portadoras de
Analógica (EVA) pelo avaliador A. Trata-se de uma AR (com ±15 anos de diagnóstico da doença) compunham
escala numérica de 0 (nenhuma dor) a 10 (pior dor a amostra deste estudo.
imaginável). Solicita-se ao indivíduo avaliado que indique, A Tabela 2 apresenta a caracterização da amostra
quantitativamente, a dor presente naquele momento14. do presente estudo.
A avaliação da QV foi realizada através do A Tabela 3 apresenta os dados referentes a FPP
questionário SF-36, pelo avaliador B, que foi aplicado mensuradas através da dinamometria manual, pré e pós-
ao paciente mediante prévia explicação do procedimento intervenção fisioterapêutica. Notou-se que, os indivíduos
e esclarecimento de dúvidas. O SF-36 é uma escala do estudo atual apresentaram melhora estatisticamente
formada por 36 itens, reunidos nos componentes físico significativa da FPP em ambas as mãos (p≤0,05).
e mental e que já foi traduzida para o português e A Tabela 4 apresenta os dados referentes a dor
adequada às condições sócio-econômicas e culturais da mensuradas através da EVA, pré e pós-intervenção
população brasileira15. O componente físico é composto fisioterapêutica. Percebeu-se que, segundo a EVA, a dor não
pelos domínios capacidade funcional (10 itens), aspectos apresentou melhora estatisticamente significativa (p>0,05).
físicos (4 itens), dor (2 itens) e estado geral de saúde (5 A Tabela 5 apresenta os dados referentes a QV de
itens); já o componente mental abrange os domínios acordo com o SF-36, pré e pós-intervenção fisioterapêutica.
vitalidade (4 itens), aspectos sociais (2 itens), aspectos De um modo geral, observou-se que os valores apresentados
emocionais (3 itens) e saúde mental (5 itens). O escore acima foram satisfatórios, sendo que, a dor e a vitalidade
para cada domínio pode variar de uma pontuação mínima apresentaram melhora estatisticamente significativa no
de zero ponto (que corresponde ao pior estado geral de teste de Wilcoxon (p≤0,05). Os demais domínios também
saúde relacionado à QV) a uma pontuação máxima de apresentaram melhora ou manutenção da QV.

327
Schonornberger CM, et al. Efeitos da cinesioterapia na força de preensão palmar. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2017 set./dez.;28(3):325-32.

Tabela 1 – Cronograma de execução dos exercícios


Número de série e
Exercício Descrição do exercício
repetições
Realizaram-se alongamentos lento e mentido, de modo ativo-assistido, da coluna vertebral (regiões cervical, Cada grupo foi
Alongamento torácica e lombar), dos músculos extensores e flexores de punho, dos músculos peitorais, dos músculos alongado uma única
muscular isquiotibiais, dos músculos quadríceps femorais, dos músculos piriformes e dos músculos da cadeia lateral vez durante 20
do tronco em posicionamentos diversos (sentada, decúbito dorsal, decúbito lateral ou em pé). segundos.
Os indivíduos posicionaram-se sentados e realizavam o fortalecimento dos grupos musculares dos membros
Fortalecimento 03 séries de 10
superiores responsáveis pela flexão, abdução e rotação externa dos ombros, com faixas elásticas nas cores
dos músculos dos repetições para cada
rosa (muito leve), verde (leve) e azul (resistência média). O exercício baseou-se na diagonal da Facilitação
membros superiores membro
Neuromuscular Proprioceptiva “flexão-abdução-rotação externa”.
Fortalecimento
Os indivíduos posicionaram-se sentados, segurando um bastão sem carga sobre o seu colo. No momento da
concêntrico dos 03 ciclos de 05
inspiração deveriam erguê-lo e no momento da expiração deveriam regressar a posição inicial realizando a
músculos dos repetições
contração dos músculos abdominais.
ombros
Os indivíduos posicionaram-se sentados, com os ombros flexionados a 90º enquanto seguravam uma faixa
Fortalecimento
elástica com as duas mãos. Foram orientados a afastar suas mãos, na altura dos ombros, em linha horizontal,
dos músculos 03 séries de 10
no momento da expiração, e retornar à posição inicial, no momento da inspiração. A progressão do exercício
posteriores da repetições
deu-se pela troca da faixa elástica que iniciou com a cor rosa (resistência muito leve) e evoluiu para as cores
cintura escapular
verde (resistência leve), azul (resistência média) e roxa (resistência forte), respectivamente.
Os indivíduos posicionaram-se sentados com os cotovelos flexionados a 90º e realizaram fortalecimento dos
punhos com faixas elásticas. Os movimentos realizados foram:
- Movimento de flexão do punho: o antebraço do membro a ser fortalecido foi posicionado em supinação
com uma faixa elástica envolvendo a palma da mão. A mão contralateral foi usada para aplicar resistência à
faixa elástica logo abaixo o dorso da mão a ser fortalecida, permitindo realização do movimento;
- Movimento de extensão do punho: o antebraço do membro a ser fortalecido foi posicionado em pronação
com uma faixa elástica envolvendo o dorso da mão. A mão contralateral foi usada para aplicar resistência à 03 séries de
Fortalecimento
faixa elástica logo abaixo a palma da mão a ser fortalecida, permitindo realização do movimento; 15 repetições
dos músculos dos
- Movimento de desvio radial do punho: o antebraço do membro a ser fortalecido foi posicionado em (em todos os
punhos
pronação com uma faixa elástica envolvendo o quinto metacarpo da mão. A mão contralateral foi usada para movimentos)
aplicar resistência à faixa elástica medialmente em relação a mão a ser fortalecida, permitindo realização do
movimento;
- Movimento de desvio ulnar do punho: o antebraço do membro a ser fortalecido foi posicionado em
pronação com uma faixa elástica envolvendo o polegar da mão. A mão contralateral foi usada para aplicar
resistência à faixa elástica lateralmente em relação a mão a ser fortalecida, permitindo realização do
movimento.
02 séries de 15
Os indivíduos posicionaram-se sentados com cotovelos flexionados a 90°. Os dedos foram fortalecidos com repetições (para os
Fortalecimento
fortalecedor de dedos com resistência que variou de 1.4 kgf (resistência mais leve) à 4.1 kgf (resistência dedos) e 03 séries
das mãos
mais forte) e as palmas das mãos com bolinhas proprioceptivas com resistências leve e moderada. de 20 repetições
(para as mãos)
Os indivíduos posicionaram-se sentados com os membros superiores apoiados sobre uma mesa. Com Realizado de modo
Exercício de
massas de modelar terapêutica, inicialmente com resistência leve, que progrediu para a resistência contínuo durante 05
motricidade fina
moderada, os indivíduos realizavam pegadas em pinça com todos os dedos. minutos.
Exercício de
Os indivíduos posicionaram-se sentados sobre um tatame com membros superiores estendidos e mãos 03 séries de 5
transferência de
apoiando ao local. Foram orientados a deslocar o peso corporal para um hemicorpo, ao mesmo tempo em repetições para cada
peso para membros
que deslocavam os pés para o lado contralateral. lado
superiores
Os indivíduos posicionaram-se em pé e realizaram exercícios de mini agachamentos em apoio bipodálico
Exercícios de e unipodálico e deslocamento do peso corporal sobre os membros inferiores. Inicialmente, estes exercícios
03 séries de 10
equilíbrio e foram realizados em solo e, com o passar das sessões, os indivíduos progrediram para a realização
repetições
propriocepção destes exercícios em plataformas desestabilizadoras, tais como, balance pad de espuma, balance pad
emborrachado com superfície proprioceptiva em formato de disco e camas elásticas.
Cada grupo foi
Ao final das sessões foram realizados exercícios de relaxamento em bolas suíças de 65cm, para alongar os alongado uma única
Relaxamento
músculos do tronco, do pescoço e da cadeia escapular. vez durante 20
segundos.

328
Schonornberger CM, et al. Efeitos da cinesioterapia na força de preensão palmar. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2017 set./dez.;28(3):325-32.

Tabela 2 – Caracterização da amostra Tabela 5 – Qualidade de vida pré e pós intervenção fisioterapêutica
Variáveis N % Pós Valor
Domínios Pré intervenção
Escolaridade intervenção de p
Ensino fundamental 03 60,0 Capacidade 25,0 45,0 0,78
Ensino Médio completo 01 20,0 funcional [7,5; 50,0] [22,5; 55,0]
Ensino Superior 01 20,0 Limitação por 0,0 100,0 0,10
Filhos aspectos físicos [0,0; 25,0] [0,0; 100,0]
Nenhum 01 20,0 Dor 20,0 41,0 0,03*
1 filho - - [10,0; 30,5] [20,0; 56,0]
2 filhos 01 20,0 Estado geral de 40,0 55,0 0,50
3 filhos ou mais 03 60,0 saúde [36,0; 50,0] [17,5; 62,0]
Estado civil Vitalidade 30,0 65,0 0,04*
Solteira 02 40,0 [27,5; 45,0] [47,5; 70,0]
Casada 03 60,0 Aspectos sociais 50,0 65,2 0,08
Ocupação laborativa [37,0; 70,1] [56,3; 93,8]
Inativa no mercado de trabalho 03 60,0 Limitação por 33,3 66,6 0,50
Ativa no mercado de trabalho 02 40,0 aspectos emocionais [0,0; 100,0] [50,0; 100,0]
Uso de medicamentos contínuos Saúde mental 40,0 68,0 0,13
Sim 05 100,0 [28,0; 76,0] [40,0; 88,0]
Não - - Legenda: mediana [valor mínimo; valor máximo]; * (estatisticamente
Patologias associadas significativo)
Sim 05 100,0
Não - - DISCUSSÃO
Histórico de doenças reumáticas
Sim 04 80,0 A literatura demonstra que o perfil dos indivíduos
Não 01 20,0 com AR é predominantemente do sexo feminino, na faixa
Legenda: N (valor absoluto); % (valor relativo)
etária dos 60 anos, com baixa renda e grau de escolaridade,
histórico familiar de doença reumática e associação com
a hipertensão arterial sistêmica1. O que concorda com o
Tabela 3 – Força de preensão palmar pré e pós intervenção presente estudo, visto que na caracterização da amostra
fisioterapêutica foram encontradas características similares, pois eram
Força de preensão Pré Pós Valor mulheres que estavam em processo de envelhecimento
palmar intervenção intervenção de p (±54,0 anos), com baixo grau de escolaridade e relataram
0,80 0,94 a presença de patologias associadas.
Mão direita 0,04*
[0,22; 1,24] [0,75; 1,80] A dor é a queixa mais comum entre os indivíduos
0,60 1,07 com AR, além de edema nas articulações distais,
Mão esquerda 0,04* rigidez e fraqueza muscular, podendo gerar significante
[0,37; 1,24] [0,82; 1,70]
impacto sobre a biomecânica do indivíduo e resultando,
Legenda: mediana [valor mínimo; valor máximo]; * (estatisticamente consequentemente, em instabilidade articular e ligamentar,
significativo)
influenciando diretamente no processo de reabilitação1,18,19.
Concomitante a isso, este seleto grupo de indivíduos
Tabela 4 – Dor pré e pós intervenção fisioterapêutica apresentam menores concentrações de oxigênio nos
músculos das mãos e dos braços, o que pode ocasionar
Pré Pós Valor
mudanças nos tecidos moles, degeneração de tendões e
intervenção intervenção de p
exacerbação das deformidades20. O que poderia sugerir
7,0 4,5 que o quadro doloroso possa exercer impacto sobre a FPP
Intensidade da dor 0,07
[5,0; 7,5] [4,0; 6,0]
e a QV dos portadores desta patologia se comparados aos
Legenda: mediana [valor mínimo; valor máximo] indivíduos não portadores.

329
Schonornberger CM, et al. Efeitos da cinesioterapia na força de preensão palmar. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2017 set./dez.;28(3):325-32.

Neste sentido, um estudo realizado com um grupo em cinco domínios (incluindo o domínio dor) da QV do
de mulheres com AR (n = 09) e um grupo de mulheres questionário de QV SF-36. O que corrobora com os achados
sem AR como controle (n = 10) verificou que, após a de Dal Molin et al.17 realizado com um indivíduo do sexo
avaliação da FPP máxima dos indivíduos das amostras, os masculino com AR, cujo mesmo realizou 15 sessões de
indivíduos com AR apresentaram redução na capacidade cinesioterapia e apresentou diminuição do quadro álgico
de produzir a FPP máxima independente da dominância em oito pontos de acordo com a EVA e resultando na
em comparação com aos indivíduos sem AR. Observou- melhora em três domínios da QV do questionário SF-36.
se, também, que há relação direta entre a FPP máxima e Embora este estudo tenha realizado um número
os parâmetros do nível de atividade da doença mensurados menor de sessões interventivas, os resultados obtidos
através dos níveis de Proteína C-Reativa8. concordam com os autores supracitados, visto que, apesar
Os Indivíduos com artrite crônica inflamatória de não houver resultado estatisticamente significativo da
apresentam condições de hipotrofia e fraqueza muscular, dor analisada pela EVA, obteve-se melhora estatisticamente
muitas vezes em virtude da redução da capacidade física e significativa dos domínios dor e vitalidade da QV.
o uso contínuo de glicocorticoides21. Desta forma, pode-se Inúmeros mecanismos e efeitos podem ser
sugerir a instituição do exercício físico na vida diária do influenciados pelos artifícios cognitivos, físicos e
indivíduo com AR para que o mesmo possa manter-se comportamentais da fisioterapia, colaborando para o
funcional dentro das condições limitantes impostas tratamento de indivíduos que apresentam artralgias23. O que
pela doença. talvez possa justificar os resultados não significativos,
Segundo a literatura, a cinesioterapia é um método estatisticamente, em relação à dor referida pela EVA, uma
fisioterapêutico que utiliza o movimento corporal para vez que a intervenção foi realizada no inverno, um período
proporcionar mobilidade, flexibilidade, coordenação que os indivíduos relatam exacerbação do quadro álgico.
muscular, aumento de força muscular e resistência à A literatura que carece de informações que
fadiga22. Este tipo de intervenção já foi utilizado em outros envolvam a avaliação da FPP em indivíduos com
estudos com indivíduos com AR e demonstrou melhora AR submetidos a um programa de intervenção
sobre a FPP, a dor e a QV dos mesmos10,13,17. O que justifica, fisioterapêutica. A maioria dos estudos envolvem casos
assim, a escolha dos exercícios cinesioterapêuticos como clínicos, como o realizado por Myra et al.13 em um
base do programa interventivo neste estudo que avaliou a indivíduo com AR. O programa fisioterapêutico de 15
FPP, a dor e a QV de indivíduos com AR. sessões foi baseado em cinesioterapia com alongamentos
São necessários vários grupos musculares para que globais, mobilizações articulares de punhos e dedos,
haja o movimento dos dedos e para que as mãos possam exercícios funcionais para as mãos e fortalecimento das
desempenhar as atividades de vida diária. As contrações mãos com bolinhas proprioceptivas, fortalecedores de
intrínsecas e extrínsecas são responsáveis por manter a punhos e dedos, massa de modelar terapêutica, faixas
função estabilizadora da mão durante os movimentos20. elásticas e halteres. Ao final, observou-se aumento da
Razão esta que justifica a escolha de um programa de FPP bilateral em 5,2kgf no membro superior direito e
intervenção fisioterapêutica baseado em exercícios globais, 3,2 no membro superior esquerdo de acordo com a
mas envolvendo, principalmente, o fortalecimento da dinamometria manual.
musculatura das mãos e dos punhos para não permitir que O que concorda com os achados de Jorge et al.24
instabilidade articular desencadeasse quadros dolorosos e que realizou um programa de intervenção fisioterapêutica
os indivíduos pudessem manter sua funcionalidade com para um indivíduo com AR e outras doenças reumáticas.
melhor QV. O programa envolveu 25 sessões de cinesioterapia
Alguns estudos têm demonstrado que a e hidrocinesioterapia (duas vezes por semana) com
cinesioterapia pode ser uma intervenção benéfica para exercícios globais (alongamentos globais, fortalecimento
atenuar o quadro de dor e melhorar a QV dos indivíduos dos membros superiores e membros inferiores, exercícios
com AR. Myra et al.10 apresentaram em seu estudo de caso, de propriocepção e equilíbrio) e específicos para as mãos
que envolveu um indivíduo do sexo feminino com AR, um (fortalecimento de punhos com halteres, fortalecimento de
programa de intervenção cinesioterapêutica de 15 sessões dedos com fortalecedor de dedos, mobilizações articulares
com faixas elásticas, fortalecimento de dedos, alongamento de punhos e dedos e exercícios de motricidade com
global, mobilizações articulares e exercícios de equilíbrio brinquedos de peças móveis). Após as sessões observou-se
e propriocepção. Os resultados demonstraram diminuição melhora da FPP bilateral em 1,56kgf no membro superior
da dor em seis pontos de acordo com a EVA e melhora esquerdo e 1,06 kgf no membro superior direito de acordo

330
Schonornberger CM, et al. Efeitos da cinesioterapia na força de preensão palmar. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2017 set./dez.;28(3):325-32.

com a dinamometria manual, além de melhora do quadro obteve ganhos significativos na funcionalidade e na força
de dor em 2 pontos de acordo com a EVA. muscular dos indivíduos estudados20.
Na mesma perspectiva do estudo anterior, Jorge Algumas limitações podem ser observadas neste
et al.25 realizara um estudo com um indivíduo com AR estudo. Os pesquisadores que aplicaram os protocolos de
associado a outras doenças reumáticas e constatou que a avaliação e reavaliação foram os mesmo que aplicaram as
intervenção baseada em cinesioterapia e hidrocinesioterapia intervenções fisioterapêuticas.
foi eficaz para diminuição da intensidade da dor em O pequeno número da amostra dos indivíduos
5 pontos na EVA e aumento da FPP em 2,2 kgf na mão corrobora com a pequena prevalência de AR na população
direita e 1,2 kgf na mão esquerda. em geral como observado na literatura2, fato este que
Apesar de o programa proposto ter envolvido apenas dificultou eleger os 385 indivíduos inicialmente estipulados
em cinesioterapia, foi possível observar que os achados dos para o estudo. Concomitante a isso, houve a falta de um
autores supracitados corroboram com este estudo no que grupo controle para comparação dos resultados. Tais pontos
diz respeito à FPP e à dor de indivíduos com AR. podem ter influenciado nos resultados da pesquisa, porém
Vinte mulheres com AR e portadoras de não impossibilitam a geração dos dados.
deformidades foram submetidas a um protocowlo de
exercícios de fortalecimento muscular. O estudo randomizou CONCLUSÃO
os indivíduos em dois grupos: o grupo que realizou
20 sessões de fisioterapia com exercícios que promoveram O programa de intervenção proposto gerou aumento
o fortalecimento muscular (grupo experimental) e o grupo da FPP bilateral e dos domínios “dor” e “vitalidade”
controle. Após as sessões de fisioterapia o grupo controle referentes à qualidade de vida na amostra estudada.

Participação dos autores: Caroline de Macedo Schnornberger: concepção e desenvolvimento do tema; procedimento de coleta e análise
dos dados; revisão da literatura e aprovação da versão final do manuscrito; responsabilidade dos aspectos éticos e das informações
expressas neste estudo. Matheus Santos Gomes Jorge: concepção e desenvolvimento do tema; procedimento de coleta e análise dos dados;
revisão da literatura e aprovação da versão final do manuscrito; responsabilidade dos aspectos éticos e das informações expressas neste
estudo. Lia Mara Wibelinger: concepção e desenvolvimento do tema; procedimento de coleta e análise dos dados; revisão da literatura e
aprovação da versão final do manuscrito; responsabilidade dos aspectos éticos e das informações expressas neste estudo.

REFERÊNCIAS

1. Wibelinger LM, Dal Molin V, Myra RS, DeMarco M. Perfil of Rheumatology for diagnosis and early assessment of
de uma população portadora de artrite reumatoide em um rheumatoid arthritis. Rev Bras Reumatol. 2011;51(3):199-
município do interior do Rio Grande do Sul. EFDeportes 219. http://dx.doi.org/10.1590/S0482-50042011000300002
(Bueno Aires). 2015;19(202):1. Disponível em: http://www.
efdeportes.com/efd202/populacao-portadora-de-artrite- 5. Kulkamp W, Dario AB, Gevaerd MS, Domenech SC.
reumatoide.htm. Artrite reumatoide e exercício físico: resgate histórico e
cenário atual. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2009;14(1):55-64.
2. Brenol CV, Monticiflo OA, Xavier RM, Brenol JCT.
Disponível em: https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.
Artrite reumatóide e aterosclerose. Rev Assoc Med Bras.
php/RBAFS/article/viewFile/755/764.
2007;5(53):465-70. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
4230200700050002. 6. Khurana R, Berney SM. Clinical aspects of rheumatoid
3. Suzuki A, Yamamoto K. From genetics to functional insights arthritis. Pathophysiology. 2005;12(3):153-65. doi: http://
into rheumatoid arthritis. Clin Exp Rheumatol. 2015;33(4 dx.doi.org/10.1016/j.pathophys.2005.07.009.
Suppl 92):S40-3.
7. Sokka T, Makinen H. Remission makes its way to
4. Mota LM, Cruz BA, Brenol CV, Pereira IA, Fronza LS, rheumatology. Arthritis Res Ther. 2010;12(4):129. doi:
Bertolo MB, et al. Consensus of the Brazilian Society http://dx.doi.org/10.1186/ar3059.

331
Schonornberger CM, et al. Efeitos da cinesioterapia na força de preensão palmar. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2017 set./dez.;28(3):325-32.

8. Iop RR, Shiratori AP, Luciana Ferreira, Júnior NG, Rev Fisioter Pesq. 2008;15(2):136-41. doi: http://dx.doi.
Domenech SC, Gevaerd MS. Capacidade de produção org/10.1590/S1809-29502008000200005.
de força de preensão isométrica máxima em mulheres
17. Dal Molin V, Myra RS, Possebom V, Vieira G, Wibelinger
com artrite reumatoide: um estudo piloto. Fisioter Pesq.
LM. Intervenção fisioterapêutica em paciente portador de
2015;22(1):11-6. doi: http://dx.doi.org/10.590/1809-
artrite reumatóide: um estudo de caso. EFDesportes (Buenos
2950/12371922012015.
Aires). 2015;20(209):1.
9. Speed CA, Campbell R. Mechanisms of strength gain in
18. Pereira IA, Mota LM, Cruz BA, Brenol CV, Fronza LS,
a handgrip exercise programme in rheumatoid arthritis.
Bertolo MB, et al. 2012 Brazilian Society of Rheumatology
Rheumatol Int. 2012;32(1):159-63. doi: http://dx.doi.
Consensus on the management of comorbidities in
org/10.1007/s00296-010-1596-x.
patients with rheumatoid arthritis. Rev Bras Reumatol.
10. Myra RS, DeMarco M, Zanin C, Wibelinger LM. 2012;52(2):474-95. doi: http://dx.doi.org/10.1590/
Intervenção cinesioterapêutica na qualidade de vida, dor e S0482-50042012000400002.
força muscular de paciente portador de artrite reumatoide
19. Henriksen M, Alkjaer T, Lund H, Simonsen EB, Graven-Nielsen
e lúpus eritematoso sistêmico. Relato de caso. Rev Dor. T, Danneskiold-Samsøe, Danneskiold-Samsøe B, Bliddal H.
2015;16(2):153-5. doi: http://dx.doi.org/10.5935/1806- Experimental quadríceps muscle pain impairs knee joint control
0013.20150029 during walking. J Appl Physiol (1985). 2007;103:132-9. doi:
11. Azevedo AFB, Petribú KCL, Lima MN, Silva AS, Rocha http://dx.doi.org/10.1152/japplphysiol.01105.2006.
Filho JA, Mariano MHQA, et al. Quality of life of patients 20. Cima SR, Barone A, Porto JM, Abreu DC. Strengthening
with rheumatoid arthritis under biological therapy. Rev exercises to improve hand strength and functionality in
Assoc Med Bras.  2015;61(2):126-31. doi: http://dx.doi. rheumatoid arthritis with hand deformities: a randomized,
org/10.1590/1806-9282.61.02.126. controlled trial. Rheumatol Int. 2013;33(3):725-32. doi:
12. Bértolo MB, Brenol CV, Schainberg CG, Neubarth F. http://dx.doi.org/10.1007/s00296-012-2447-8.
Atualização do Consenso Brasileiro no Diagnóstico e 21. Balsamo S, Santos-Neto L. Fatigue in systemic lupus
Tratamento da Artrite Reumatóide. Temas Reumatol Clin. erythematosus: an association with reduced physical fitness.
2009;1(10):6-14. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0482- Autoimmun Rev. 2011;10(9):514-18. doi: http://dx.doi.
50042007000300003. org/10.1016/j.autrev.2011.03.005.
13. Myra RS, DeMarco M, Pancotte J, Rodrigues D, Secchin 22. Florentino DM, De Sousa FRA, Maiworn AI, Carvalho
L, Sobral D, et al. Força de preensão palmar em um ACA, Silva KM. A fisioterapia no alívio da dor: uma visão
indivíduo portador de lúpus eritematoso sistêmico e artrite reabilitadora em cuidados paliativos. Rev Hosp Univ Pedro
reumatoide: um estudo de caso. EFDeportes (Buenos Aires). Ernesto. 2012;11(2):50-7.
2015;20(209):1.
23. Gosling AP. Mecanismos de ação e efeitos da fisioterapia no
14. Martinez JE, Grassi DC, Marques LG. Análise da tratamento da dor. Rev Dor. 2013;13(1):65-70. doi: http://
aplicabilidade de três instrumentos de avaliação de dor em dx.doi.org/10.1590/S1806-00132012000100012.
distintas unidades de atendimento: ambulatório, enfermaria
e urgência. Rev Bras Reumatol. 2011;51(4):304-8. doi: 24. Jorge MSG, Comin JDP, Wibelinger LM. Intervenção
http://dx.doi.org/10.1590/S0482-50042011000400002. fisioterapêutica em indivíduo com artrite reumatoide, lúpus
eritematoso sistêmico e síndrome de Sjögren: relato de caso.
15. Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma Rev Cien Med Biol. 2016;15(2):231-7. doi: http://dx.doi.
MR. Tradução para a língua portuguesa e validação do org/10.9771/cmbio.v15i2.16281.
questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-
36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol. 1999;39(3):143-50 25. Jorge MSG, Garbin K, Müller PL, Wibelinger. Atuação
fisioterapêutica em um indivíduo com lúpus eritematoso
16. Ferreira LR, Pestana PR, Oliveira J, Mesquita-Ferrari sistêmico associado à artrite reumatoide e à fibromialgia.
RA. Efeitos da reabilitação aquática na sintomatologia ABCS Health Sci. 2017;42(1):60-64. doi: http://dx.doi.
e qualidade de vida de portadoras de artrite reumatoide. org/10.7322/abcshs.v42i1.952.

Recebido em: 28.02.16


Aceito em: 10.11.17

332

Você também pode gostar