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Introdução

Nos últimos anos tem vindo a verificar-se uma crescente importância da auditoria
externa às finanças públicas nos países em vias de desenvolvimento como é o caso de
Moçambique, para garantir a transparência e prestação de contas da gestão dos recursos.
A auditoria externa é descrita como mecanismo que confere fiabilidade à prestação de
contas, tanto em organizações públicas como privadas, servindo de garantia para partes
interessadas quanto à correcta informação sobre a eficácia e eficiência na gestão dos
recursos organizacionais (Mzenzi & Gaspar). Assim sendo, o presente trabalho cinge-se
no estudo do Impacto do Controlo Externo na Administração Financeira das Autarquias
Locais caso de Municipio de Tete, Localizado na região Centro do país com seguintes
Limites: Norte: Moatize, Sul: Changara, Este: Moatize Oeste: Changara.

Justificativa

A escolha deste tema deve-se ao facto de crescimento da taxa de indícios de corrupção e


desvio de fundo no que concerne a gestão de bens públicos, e pela influência que este
têm no sucesso de qualquer organização estatal, quer na transmissão de uma imagem
verdadeira e credível da informação financeira. Isto porque, o controlo externo é uma
actividade que garante a veracidade, transparência na utilização gestão dos recursos e
pelo facto da sua existência bem como do seu funcionamento ser controlado pelos
órgãos diferentes de quem praticou o acto, ou seja, orgaos independentes através de uma
auditoria externa.

Por conseguinte, coloca-se a seguinte questão: será que o controlo externo tem impacto
na administração financeira das autarquias locais?

Objectivos

Geral

 Estudar o Impacto do Controlo Externo na Administração Financeira das


Autarquias Locais

Específicos

 Conceituar Autarquias locais;


 Compreender o processo de controlo externo;
 Compreender a administração financeira;
 Analisar os relatórios de Auditoria Externa na administração financeira das
autarquias Locais

Relevância do tema

O controlo externo assume uma importância crucial para o sucesso de qualquer


organização. Isto porque, a auditoria externa ao fornecer informação por parte de um
profissional competente e independente sobre a fiabilidade das demonstrações
financeiras pode ser considerada um elemento de garantia de transparência e prestação
de contas na utilização dos fundos públicos no contexto científico. Do mesmo modo,
Sob ponto de vista sócio - económico é fundamental ressaltar que com o controlo
externo faz com que a gestão de recursos seja convertida em benefícios da própria
população local garantindo a eficiência e a economicidade.

Hipóteses

Com base na questão colocada tem-se as seguintes hipóteses:

H0: O controlo externo tem um impacto não positivo na administração financeira das
autarquias locais;

H1: O controlo financeiro externo tem um impacto Positivo na administração financeira


das autarquias locais.

Revisão da literatura

Controlo - em matéria da administração pública é a faculdade de vigilância, orientação


e correcção que um poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional do
outro, que como faculdade é ixercível em todos e por todos os poderes do estado,
estendendo-se a toda administração e abrangendo todas as suas actividades e agentes.
De acordo com (Melo, M. A.)

Controlo externo - pode ser defenido como um conjunto de acções de controlo


desenvolvidas por uma estrutura organizacional, contendo procedimentos, actividades e
recursos próprios, alheios à estrutura controlada, e que visa a fiscalização, verificação e
correcção dos actos. Que é desempenhado por um órgão diferente de quem praticou
visando garantir a plena eficácia das acções de gestão. De acordo com (Melo, M. A.).
De acordo com (Marques & Almeida, 2004) pode ser definido como um controlo ou
acção de fiscalização exercido por um organismo externo ou por profissionais
independentes da instituição a ser controlada ou fiscalizada, com habilitações técnicas e
profissionais para exercer auditoria.

Em Mocambique, o tribunal administrativo e o órgão supremo e independente de


controlo externo da legalidade e eficiência das receitas e despesas públicas, julgamento
das contas que a lei manda submeter a efectivação da responsabilidade financeira por
eventuais infracções financeiras. De acordo com o nº 1 art 2 da lei nº 14/2014 de 14 de
Agosto.

Autarquias locais são pessoas colectivas públicas dotadas de órgãos e representativo


próprio que visa a prossecução dos interesses das populações respectivas, sem prejuízo
dos interesses nacionais e da participação do estado. Art 272 da constituição da
república.

Financas e a arte de gestão de dinheiro. Praticamente todos os indivíduos e organizações


recebem ou levantam, gastam ou investem dinheiro. A área de finanças preocupa-se
com os processos, as instituições, os mercados e os instrumentos associados a
transferência de dinheiro entre indivíduos, empresas e órgãos governamentais. De
acordo com (Gitman p.4)

A administração financeira preocupa-se com as tarefas do administrador financeiro na


empresa. Os administradores financeiros devem gerir activamente os assuntos
financeiros de qualquer tipo de empresa – financeiras e não financeiras, privadas e
publicas, grandes e pequenas, com ou sem fins lucrativos. Eles desempenham as mais
diversas tarefas financeiras, tais como planeamento, concessão de crédito a clientes,
avaliação de projectos de investimento e captação de fundos para financiar as operações
da empresa. De acordo com (Gitman p.4)
Materiais e Métodos

A metodologia que será usada para esta pesquisa, segundo os métodos de


procedimentos e Técnicas, são:

Método histórico – este método ira consistir na análise dos relatórios das auditorias
realizadas nos anos passados de modo a verificar a implementação do nível das
recomendações de um período para outro.

Método Monográfico ou estudo de caso – este estudo recai sobre as autarquias locais,
concretamente no Município da cidade de Tete. Onde as autarquias locais detêm de
autonomia financeira, com isso alia-se a facilidade na obtenção da informação
necessária para a realização do estudo.

Técnica de Observação directa intensiva

Observação – esta técnica ira consistir não apenas em ver e ouvir, mas também em
examinar factos na obtenção de provas que sustentem as conclusões rectiradas na
pesquisa.

Entrevista – será efectuada através de uma conversação efetuada face a face, de


maneira metódica; proporciona ao entrevistador, verbalmente, a informação necessária
para sustentar as conclusões da pesquisa.

Resultados esperados

Como o controlo externo visa garantir e certificar a transparencia no cumprimento dos


princípios, procedimentos e normas legais no que tange a administração financeira das
autarquias locais, porem, espera se que a pesquisa possa contribuir para a melhor forma
de uso dos recursos financeiros, promovendo a transparência na execução das suas
actividades de modo a proporcionar resultados satisfatórios para os interessados e sob
ponto de vista sócio - económico é imprescindível ressaltar que com o controlo externo
faz com que a gestão de recursos sejam convertidos em benefícios da própria população
local.
Cronograma

Actividades 2018 2019


Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março
Elaboração do projecto de
pesquisa

Apresentação do Projecto
de Pesquis
Levantamento de dados
Desenvolvimento o da
Monografia
Redacção definitiva
Defesa da Monografia

Referência bibliográfica

Legislação

Gitman. Lawrence. J. Princípios de administração financeira: introdução a


administração financeira. 10 Edições são Paulo

Marques, M., & Almeida, J. (2004). Auditoria no sector público: Um instrumento para a
melhoria da gestão pública. Revista Contabilidade & Finanças.

Melo, M. A. (2007). O controlo externo na América latina. Instituto Fernando Henrique


Cardoso. Consultado em 10 de Fevereiro de 2012 através de

Mzenzi, S. I., & Gaspar, A. F. (2015). External Auditing and Accountability in the
Tanzanian Local Government. Managerial Auditing Journal, 30(6/7), 681–702.
doi:http://dx.doi.org/10.1108/MAJ-04-2014-1028.

Lei 9/2002de 12 de Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do


Estado;
Lei 14/2014 de 14 de Agosto, que aprova a organização, funcionamento e ao processo
da Secção de Fiscalização das Receitas e das Despesas públicas, bem como do Visto do
Tribunal Administrativo, tribunais administrativos provinciais e da Cidade de Maputo

Marques, M., & Almeida, J. (2004). Auditoria no sector público: Um instrumento para a
melhoria da gestão pública. Revista Contabilidade & Finanças.

Melo, M. A. (2007). O controlo externo na América latina. Instituto Fernando Henrique


Cardoso. Consultado em 10 de Fevereiro de 2012 através de

Mzenzi, S. I., & Gaspar, A. F. (2015). External Auditing and Accountability in the
Tanzanian Local Government. Managerial Auditing Journal, 30(6/7), 681–702. doi:
http://dx.doi.org/10.1108/MAJ-04-2014-1028.

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