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Aula de cinesiologia – 12.11.

10 (reposição)

*Relembrou os movimentos articulares do quadrante superior (movimentos escápulos


umerais e escápulos torácicos)

Agora veremos um grupo que não é ligado na escápula: a articulação glenoumeral


(articulação do ombro)

Deltóide anterior → flexão e adução horizontal

Deltóide posterior → extensão e abdução horizontal

Redondo menor → rotação externa

Ombro (gleno-umeral)

→ Flexão/extensão

- deltóide anterior/posterior

- redondo maior

- grande dorsal (rotação interna, adução e extensão do braço)

- peitoral maior esternal (faz extensão do ombro, quando o ombro alinha com a esternal,
começa a contribuir com a flexão)

→ Adução/abdução

- grande dosal (adução)

- peitoral maior (as duas porções contribuem para adução)

- redondo maior (adução)

- deltóide medial (abdução)

O supra espinhoso também ajuda na abdução, mas é estabilizador


Fáscia → tecidos que envolvem um músculo, um grupo muscular ou uma estrutura
completa. A intenção é fazer agrupamento da musculatura. Na transição tóraco-lombar
temos a fáscia tóraco-lombar

→ Rotação interna

- subescapular (entre a escápula e a superfície costal)

- redondo maior

- grande dorsal

- peitoral maior

→ Rotação externa

- Redondo menor

- Supra espinhoso

- infra espinhoso

Os músculos que fazem a rotação interna são mais potentes e os músculos da rotação
externa são menores. Para haver desequilíbrio é fácil. Deve-se fortalecer essa
musculatura não só com musculação e ginásticas, mas deve-se ter um cuidado com a
postura.

Homens e mulheres estão sujeitos às mesmas alterações!

Devemos estar atentos ao modelo cinésio patológico, quanto maior a variedade de


movimentos, menor a propensão de desenvolver desequilíbrios

Movimentos compensatórios → nado costas x basquete

Quem pratica natação tem as costas mais largas

A atividade física não causa crescimento longitudinal dos ossos, ela somente interfere
na densidade
Pode ocorrer expansão torácica, alguma mudança na conformação da articulação

→ Adução horizontal

- peitoral maior

- deltóide anterior

- coracobraquial

→ Abdução horizontal

- deltóide posterior

- grande dorsal (“asa” do halterofilista)

Todos estes músculos são agonistas nos movimentos. Enquanto um estiver fazendo a
ação em agonismo, os outros estarão fazendo o antagonismo. Deve haver sinergismo!

Restrição de movimentos → rigidez (stiffness), enfraquecimento

Ritmo escápulo-umeral

Abdução – rotação superior

- 60° flexão / 30° abdução: escápula variável

Abdução do ombro: no início é irregular (até 30°) eu preciso ter rotação superior da
escápula

- após: 2:1 – 120° ombro e 60° escápula

- ângulo inferior : tem que atingir a linha média axilar (se não atingir temos problemas
no ritmo → não estará adequado, a escápula não rodou o suficiente → alguém está
segurando)
Ritmo e depressão dos ombros

- acrômio ligeiramente inferior à T1 (acrômio = protusão óssea da escápula, que forma a


cavidade glenóide)

- clavícula

Exercícios: alongamento x fortalecimento

Ex: Thomas não conseguiu encostar o ombro na orelha, acentuou a lordose

Ao fazer a abdução de ombros completa, ocorreu uma supinação das mãos

CIG melhora a congruência do movimento. Com ele eu evito a síndrome de impacto


(esmagamento dentro da articulação)

Supra espinhoso → passa entre o acrômio e a cabeça do úmero (se não tivesse o CIG ele
seria esmagado → patologia comum = tendinite, temos também a bursa, caso não
houvesse deslocamento, teríamos a bursite)

Mesmo tendo o CIG, o ombro não faz abdução completa sem a rotação da escápula. A
escápula gira par ter reposicionamento do úmero dentro da cavidade glenóide.

Só com o CIG não dá para fazer o movimento sem impacto

A mão do Thomas mudou de posição, o ideal é que no fim do movimento, uma palma
da mão estivesse voltada para a outra (a cabeça do úmero não é perfeitamente redonda)

Se fizer abdução e passar da linha do ombro (90°), tenho impacto! Ocorre uma rotação
externa do ombro para completar o movimento sem que haja impacto

Lordose no Thomas → tem algum músculo que tenha relação com a abdução? Há um
músculo fraco se opondo à ele?

Há uma tendência (grande dorsal encurtado) → muitas vezes vemos em pessoas que
fazem musculação, o grande dorsal rígido, aumentando a lordose ou reduz a rotação
externa. Tenho rotação interna (grande dorsal faz esse movimento) e aumento da
curvatura lombar
Ritmo e depressão do ombro

Elevado demais → excesso de tensão nos elevadores

Baixo demais → estress de alongamento nos elevadores

Acrômio deve estar um pouquinho para baixo de T1

Alongamentos

“Alongar é bom”

Bom para que e bom para quem?

Ex: pessoas com dor no ombro

Quando alongamos, eliminamos os receptores de dor. As vezes a dor é por excesso de


alongamento, sobrecarga na musculatura!

Na escola o alongamento é passado de forma indiscriminada

Ritmo escapulo umeral

Abdução horizontal – retração da escápula

- até 90° / 10° de hiper abdução: sem retração (não deveria ter movimento de retração
escapular)

- após: retração para recolocação da glenóide (essencial para ter amplittude maior de
abdução)

- inadequação: slide anterior (les capsular)

Se a escápula tivesse no plano frontal, seria exatamente paralela a ele

Como o gradil costal é curvo e as escápulas ficam coladas nele, estas ficam em uma
inclinação de 30° em relação ao plano frontal

Se a escápula não mexe, tenho estress na gleno-umeral


Quadrante superior

Cotovelo

→ Flexão/extensão

- bíceps braquial, braquial, braqui radial

- tríceps, ancôneo (quem malha tríceps “pesado”, geralmente tem inflamação do


ancôneo)

Rádio ulnar

→ Pronação/supinação

- pronador quadrado e redondo

- supinador, bíceps braquial

Punho

→ Flexão/extensão

- flexores do punho e dos dedos

- extensores do punho e dos dedos

→ Desvio radial/ulnar

- inespecíficos

Coluna vertebral → estrutura ósteo articular responsável por:

- sustentação

- mobilidade
Ao mesmo tempo que sustenta (estável/rígida) é móvel (flexível)

- conexão MMSS e MMII

- transmissão de peso aos MMII/pés (em pé) e à tuberosidade isquiática (sentado)

- proteção da medula

Composição:

→ Vértebras

7 cervicais

12 torácicas (corpo do processo espinhoso grande, por isso faz pouca extensão)

5 lombares (superfície do disco grande)

5 sacrais

3 a 4 coccígeas

→ corpo

→ processos transversos e espinhosos

→ arco neural (onde passa a medula espinhal)

→ forames intervertebrais (estruturas por onde saem as raízes nervosas)

→ disco intervertebral

- ânulo fibroso (60% de colágeno)

- núcleo pulposo (visco elástico)

Conecta aos ligamentos longitudinais e corpos vertebrais: limita movimentos!

Se ele não fosse conectado as vértebras deslizariam e a coluna se desalinharia

Boa resistência à compressão (quando aplicamos forças compressivas na coluna, a


vértebra quebra antes do disco se romper)

Baixa resistência posterior à cisalhamento (é quando aplicamos uma força paralela à


secção transversa da estrutura, pode ser uma rotação ou uma força direta)
Cisalhamento + flexão

→ ligamentos

- longitudinal anterior (cobre e envolve lateralmente até a porção média do corpo da


vértebra – a porção médio anterior é toda coberta)

- longitudinal posterior (dentro do arco neural, conecta as vértebras longitudinalmente, a


porção médio posterior fica descoberta)

- intertransversos

- interespinhosos

A porção com ligamento posterior do disco é menor, a espessura também é menor,


suportando menos o cisalhamento

Quanto maior a espessura, maior a resistência

Lamelas discais = estruturas que compõe o disco. Cada lamela tem suas fibras voltadas
para uma diagonal, formando um x. Cada uma inclina de um lado para possibilitar
sustentação às torções. Em uma torção, as fibras que suportam a tensão são as que se
inclinam par aquele lado. Quando há cisalhamento, somente metade das fibras vai
suportar a pressão.

O disco não está sujeito somente ao cisalhamento, mas também à compressão e tração

Ex: flexão da coluna

O liquido dentro do disco se desloca

Se eu faço flexão e rotação, tenho grande chances de lesionar

Aumento da suscetibilidade de lesão na coluna – parte posterior é mais sensível!

Alguns exercícios errôneos: abdominais (flexão máxima da coluna e gira)

30% da carga total está na lombar

O disco não tem inervação e nem vascularização, tudo o que ele faz é por osmose

O disco não se adapta ao treinamento!


O problema é na região póstero medial

Disco intervertebral: herniação (desnivelamento do tecido)

Compressão do canal neural e raízes nervosas

Degeneração discal → prolapso → extrusão → seqüestro (o núcleo cai dentro do canal


medular ou no forame onde passam as raízes nervosas)

Pergunta feita pelo Tales:

• E o bico de papagaio?

É um osteófito, um esporão

As regiões cervical e lombar são mais propícias. A lombar é ainda mais. (pressão no
ciático, irradia par a perna inteira, o disco fica ineficiente para suportar as cargas)

Cirurgia: tira o disco e parafusa as vértebras, com o tempo elas se fundem

Pergunta feita pela Scheila:

• Como é a atividade física para pessoas que já tiveram hérnia?

Pode-se fazer o trabalho normal, tomando os devidos cuidados

O condicionamento físico é muito importante

Quando tira o disco, as vértebras vão começar a compensar os movimentos

Os médicos evitam cirurgias na cervical

O disco não tem recuperação!

Unidade funcional

- disco intervertebral

- 2 vértebras adjacentes
- movimentos:

Flexão/extensão, inclinações laterais, rotações e translações (deslizamentos, tração,


compressão, deslocamentos laterais - quando todos os pontos do corpo tem a mesma
quantidade de deslocamento no intervalo de tempo)

- curvaturas

Lordoses: cervical e lombar

Cifoses: torácica e sacral

Função de absorção (mola)

Lordose lombar → 30% da carga

ADM varia de acordo com os segmentos

Cervical vai ter uma ADM, rotação maior do que a torácica

Torácica tem dificuldade de extensão, é menos que a cervical ou lombar

Para nós as mais interessantes/importantes vão do atlas e axis até a 5ª lombar

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