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CERES-GO
2017
MILTON SARTE ALAMEDA NETO
CERES-GO
2017
DEDICATÓRIA
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 10
2. REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................... 12
2.1. HISTÓRIA DOS MUSEUS......................................................................................................................... 12
2.2. MUSEU E SEU PAPEL NA EDUCAÇÃO......................................................................................................... 14
2.3 MUSEU: MEDIAÇÃO, INTERAÇÃO E FORMAÇÃO .......................................................................................... 16
2.4 O MUSEU COMO ESPAÇO NÃO-FORMAL ............................................................................................ 17
2.5 ATIVIDADES PEDAGÓGICAS NO ESPAÇO DO MUSEU .............................................................................. 19
2.6 MUSEU E O LÚDICO .............................................................................................................................. 21
3. LEGISLAÇÃO ........................................................................................... 24
4. ENSINO DE EVOLUÇÃO E PALEONTOLOGIA NO BRASIL .................. 25
5. METODOLOGIA ........................................................................................ 28
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................. 29
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 39
8. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 41
LISTA DE FIGURAS
10
Segundo Marandino et al. (2008) é importante que o professor realize
uma adaptação didática durante a visita dos estudantes. Tal processo deve ser
realizado pelos professores e/ou mediadores e compõe um modelo didático de
apropriação do conhecimento apresentado nesses locais. Sendo assim, os
objetos expostos em um museu com suas variedades de estilos, lugares e
formas de produção, precisam de cuidados em sua seleção para uso
pedagógico.
11
2. Revisão de Literatura
12
de Melo e Castro a ordem para essa fundação. D. Luiz deu início a instalação
do museu, a Casa de História Natural, denominada pela população – Casa dos
Pássaros, entregando a sua direção a Francisco Xavier Cardoso Caldeira. As
primeiras obras foram trazidas de Portugal em 1808 por doação de D. João VI.
(SUANO,1986 apud, NASCIMENTO, 1998).
13
municípios existentes no Brasil, apenas 18% possuem museus, o que revela o
baixo índice desse equipamento cultural no país e sua concentração nos
grandes centros urbanos das regiões mais desenvolvidas do Brasil.
15
garante compreensão efetiva e uma experiência prazerosa em uma visita ao
museu. É de suma importância entender que o mediador é, de certa forma, a
“voz” da instituição. Aquele que liga o público ao museu.
Tem –se atribuído à linguagem um papel fundamental, visto ser ela que
possibilita a aproximação do público com a ciência divulgada nos espaços
extraescolares, incentivando os visitantes no desenvolvimento de novas
aprendizagens.
16
mediação humana seja a melhor forma de obter um aprendizado correto dos
conceitos abordados nas exposições.
Para isso, Costa e Costa (2007), ainda afirma que “são essenciais a
prática e a capacitação específicas para desenvolver a improvisação científica
com precisão e as habilidades para dialogar sobre ciência” E além das
habilidades destacadas pelo autor,
O museu vem ao longo do tempo, assumindo cada vez mais seu papel
educativo, de forma diferenciada. Vêm sendo caracterizados como locais que
possuem uma forma própria de desenvolver sua dimensão educativa.
Identificados como espaços de educação não-formal, essa caracterização
busca diferenciá-los das experiências formais de educação, como aquelas
17
desenvolvidas na escola, e das experiências informais, geralmente associadas
ao âmbito da família. Contudo, a caracterização e a diferenciação dos espaços
de educação não-formal não se constituem tarefa simples.
18
Já Gohn (1999), nos dá uma outra perspectiva para essa discussão.
Para ela, a concepção de educação é mais ampla do que a de aprendizagem e
se associa ao conceito de cultura. Desse modo, portanto, educação não-formal
trata de um processo com várias dimensões, relativas à aprendizagem política
dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos; capacitação dos indivíduos para
o trabalho, por meio de aprendizagem de habilidades; aprendizagem e
exercício de práticas que habilitam os indivíduos a se organizarem com
objetivos voltados para a solução de problemas coletivos; aprendizagem dos
conteúdos da escolarização formal, em formas e espaços diferenciados; e
educação desenvolvida na e pela mídia, em especial.
19
Vygotsky (1998, p.137) afirma:” a essência do brinquedo é a criação
de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da percepção
visual, ou seja, entre situação no pensamento e situações reais”. Essas
relações irão permear toda a atividade lúdica do jovem. Será também
importante indicado do desenvolvimento da mesma, influenciando sua forma
de encarar o mundo.
20
Em museus, este tipo de ação segundo Carvalho e Porto (2013) é pouco
frequente, pois constataram que há escassez de pesquisas que se propõem a
ouvir o público museal e suas opiniões.
21
Para Vygotsky(2009):
Para Oliveira (2003), o maior valor que os museus podem ter para o
público infantil, independentemente de sua tipologia, é a possibilidade de neles
expandirem sua imaginação e, assim, investigar cada vez mais os sentidos dos
objetos expostos e, nessa perspectiva, o museu estimula o sentimento de
admiração pelas coisas do mundo.
22
Os museus devem ser um espaço sugestivo, lúdico e interessante
onde não necessariamente as coisas devam ser explicadas como
acontece na escola. E neste caso, considerar que não há uma única
forma de construção do conhecimento, de aprendizagem, ele pode
despertar no sujeito a afetividade instigando a emoção, o romantismo,
a ação, a interação e a reflexão (REIS, 2005, p.42).
23
3. Legislação
24
4. Ensino de Evolução e Paleontologia no Brasil
25
eles. Geralmente iniciam-se com o estudo da célula, depois introduzem tecidos,
passam para o estudo dos seres vivos e, finalmente, desenvolvem os tópicos
de Genética, Evolução e Ecologia. O volume de páginas dedicadas aos
diversos assuntos reflete o grau de importância dos temas atribuído pelo autor
e editora da obra. Pelo volume de páginas encontradas na parte que se refere
ao tema aqui tratado, é notório o baixo grau de importância dada à Evolução
nos livros didáticos largamente utilizados nas salas de aula de todo o Brasil
(FRACALANZA e NETO, 2006).
26
Evolução está no preparo dos professores e na dificuldade de expressar
clareza nos conceitos e teorias, fato este que pode ser em parte explicado pela
formação deficitária destes professores quanto aos conteúdos evolucionistas e
também pelo fato de haver incapacidade de se demarcar os limites entre as
crenças individuais e os conceitos científicos. Tal fato interfere de modo
inicisivo na transmissão dos conhecimentos acerca dos processos de
transformação das espécies, o que pode criar conceitos distorcidos por parte
dos alunos.
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bem preparado para reconhecer os deslizes e embustes amplamente
difundidos, trabalhando sempre com uma importante preocupação: ampla
aprendizagem e divulgação científica.
5. Metodologia
Para dar início à criação das peças, usou-se o programa Blender 2.78c
que gera arquivos em 3D. Após a criação dos desenhos em 3D estes foram
inseridos no Pepakura Design 4.0.6b, onde foi feito uma conversão no arquivo
para fazer o que se chama unfold, onde o arquivo após a conversão passa a
ficar em um plano adaptando para uma folha sulfite de tamanho A4 inserindo
as marcações para a dobra e as bordas para facilitar a colagem das folhas
umas nas outras.
6. Resultados e Discussões
30
Figura 3. Impressão do arquivo em folha A4 e colando as peças em papelão.
31
Figura 5. Organização das peças para montagem
32
Figura 7. Peça finalizada e pronta para receber a resina e fibra.
33
Figura 9. Aplicação da resina e fibra.
34
Figura 11. Aplicação de massa plástica para correção de algumas falhas.
35
O outro fóssil escolhido foi de um Velociraptor - dinossauro carnívoro e
bípede, que viveu no Período Cretáceo entre 84 e 80 milhões de anos, seus
primeiros fosseis foram descoberto na Ásia no deserto de Gobi; animal com
grande agilidade e destreza atingindo velocidades próximas à de um leopardo,
possuindo inteligência para caça atacando suas presas em pequenos bandos;
eram dotados de garras com o formato de foice medindo de 6 a 10 cm, suas
especificações de altura e comprimento eram de aproximadamente 1,5 metros
de comprimento e cerca de 60cm de altura e pesavam aproximadamente 50
Kg. Sua representação ficara na forma de um fóssil incrustado na pedra como
é comumente encontrado.
36
Figura 14. Escolha da posição do animal na peça.
37
Figura 16. Peça resinada e pronta para pintura.
38
Com a visualização das peças “fósseis”, é palpável e indiscutível para o
observador a inserção do objeto dentro da Evolução Biológica dos seres vivos,
já que os registros fósseis são elementos prova desse processo constante na
face da Terra e possivelmente, servirá como facilitador da incorporação do
conhecimento de assuntos tão dificilmente compreendidos pelos estudantes e
pela população como um todo, corroborando os mais diversos autores, dentre
estes, Vygotsky (1988) que defende que a significação de um conceito passa
pela relação com o campo da percepção visual, criando as relações com as
situações vivenciadas.
7. Considerações Finais
39
tem se configurado como forte aliado, no que se refere ao ensino
aprendizagem. No entanto é importante entender que espaço não formal, por
si, só, não leva um estudante à educação científica e nem sempre o professor
está apto a realizar uma atividade significativa em um ambiente como este.
40
A confecção de peças demonstradas aqui neste trabalho e que podem
ser usadas para a criação de um espaço museal que busque mostrar a todos a
história evolutiva das espécies facilitando no caso específico, o ensino de
Evolução e Paleontologia, mesmo sendo difícil de ser executado, não é
impossível. Para isso, o que deve existir é o interesse na criação deste espaço
e o apoio de instituições que percebam e entendam que o ensino e o aprender
não apenas a partir da sala de aula, muitas vezes pode ser mais valioso e
eficiente.
8. Bibliografia
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