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HIDROGEOLOGIA – AVALIAÇÃO N2

Aula 05 e 07 – Pesquisas de Águas Subterrâneas


A pesquisa das AS (Águas Subterrâneas) é realizada admitindo-se três
grandes categorias, relacionadas à litologia dos aquíferos:
• Hidrogeologia Clássica → Aquífero Poroso – Aquele no qual a água
circula nos poros dos solos e grãos constituintes das rochas do tipo
sedimentares consolidadas, solos arenosos e sedimentos inconsolidados.

• Hidrogeologia de Meios Fissurados → Aquífero Fraturado – São


caracterizados por possuírem fissuras abertas que circula ou acumulam
água. Estas fissuras representam o resultado de alguma deformação
sofrida por uma rocha quando esta é submetida a esforços tensionais de
natureza diversa. Os aquíferos fraturados estão associados com rochas
do tipo ígneas e metamórficas.

• Hidrogeologia de Meios Cársticos → Aquífero Cárstico – Formado em


rochas calcáreas ou carbonáticas, onde a água circula pelas aberturas ou
cavidades causadas pela dissolução de rochas, principalmente nos
calcários. Ocorre a dissolução química de carbonato de cálcio e/ou
magnésio na água.

Tipos de Estudos na Pesquisa das AS (Águas Subterrâneas)


Estudos Preliminares ou de Reconhecimento – Têm como objetivo principal
a identificação dos aquíferos mais importantes e de suas áreas de recarga e
descarga, a verificação da qualidade das águas e uma primeira estimativa das
suas geometrias e parâmetros hidrodinâmicos.
• Resultados abrangem áreas de milhares de km2 ;
• São apresentados em escalas de 1 : 100.000 a 1 : 500.000;
• Inventário Hidrogeológico Básico do Nordeste.
Estudos Gerais – Envolvem trabalhos de campo específicos onde constam
geralmente um inventário sistemático de pontos d’agua, geofísica, poços de
pesquisa, testes de aquífero e análises químicas.
Quanto às características:
• A área de abrangência coincide possivelmente com a de uma bacia
hidrográfica;

• Os resultados são expressos sob a forma de mapas litológicos e


estruturais, mapas potenciométricos e de isotransmissividades, mapas de
oscilações dos níveis potenciométricos, de isópacas, de concentrações
iônicas e outros;

• As escalas variam de 1 : 50.000 a 1 : 250.000;

Estudos Detalhados – Têm por objetivo o conhecimento detalhado de um


aquífero de modo a permitir o atendimento de uma demanda real como, por
exemplo, o abastecimento de um núcleo urbano, de uma fábrica ou o suprimento
de água para irrigação.
• Com base nos resultados, é possível realizar-se o que é chamado de
Projeto Executivo;

• Esses projetos envolvem estudos da concepção de uma bateria de poços


para a explotação, a elaboração do projeto dos poços, sua construção,
testes de produção e definição da capacidade de produção para o alcance
desejado.

Metodologias de Pesquisas das AS (Águas Subterrâneas)


Métodos Geológicos
O hidrogeólogo geralmente utiliza os mapas geológicos existentes para
obter informações sobre o(s) aquífero(s) de interesse.
A partir da geologia de superfície e dos conhecimentos obtidos com o
levantamento de poços e com a geofísica, o hidrogeólogo procura estender o
conhecimento do(s) aquífero(s) para a subsuperfície, buscando definir suas
espessuras e profundidades. Ele parte, assim, para a elaboração de mapas de
contorno estrutural, de isóbatas e de isópacas.

Mapas de Contorno Estrutural – São mapas onde são visualizadas as


curvas de igual cota do topo ou da base de uma determinada formação
geológica.
Mapas de Isóbatas – Do grego ”´ısos”= igual e ”batas”= que anda. No
caso, o termo isóbata significa igual profundidade. São mapas onde são
visualizadas as linhas de igual profundidade do topo de uma dada
formação aquífera.

Mapas de Isópacas – São mapas onde são visualizadas as linhas de


igual espessura de uma dada formação geológica.
No caso das formações aquíferas, esses documentos revestem-se de
especial importância, uma vez que informam sobre as zonas de maior espessura
e admitindo-se, com efeito, uma permeabilidade razoavelmente constante,
maiores espessuras significam maiores transmissividades e,
consequentemente, poços com maiores vazões.

Dentre ferramentas de auxílio aos estudos iniciais por métodos


geológicos, vale destacar:
• As aerofotos constituem um excelente mapa-base para os trabalhos de
campo;
• A visão estereoscópica proporciona pelas aerofotos permite identificar e
caracterizar a rede hidrográfica, litotipos, feições, dentre outros
elementos;
• Fotogeologia durante os trabalhos de campo, para cotejar as observações
geológicas in loco com a interpretação fotogeológica.

Geofísica
Ciência que aplica conhecimentos da Física em estudos da Terra. Tem
por objetivo investigar propriedades e aspectos da crosta terrestre que, embora
não visíveis, podem ocorrer. Por exemplo: falhas geológicas, a topografia do
firme rochoso sob uma camada aluvionar, zonas mineralizadas, depósitos de
argila e de areia, dentre outros.

Método Gravitacional → Gravimetria – E a área da Geofísica que estuda


as variações da aceleração de gravidade ponto a ponto sobre a superfície
terrestre.
Magnetometria → Método que se baseia na medição das variações no
campo magnético terrestre, os quais são atribuídos às variações de estrutura da
crosta.
Método da Resistividade Elétrica → Se baseia no fato de que, em geral,
terrenos diferentes apresentam resistividades elétricas também diferentes. O
desenvolvimento deste método processa-se a partir do estudo do campo
eléctrico de potenciais, criado artificialmente pela injeção no terreno duma
corrente elétrica, e relacionando-o depois com as características geológicas do
local.

Aula 08 – Projeto e Construção de Poços


Métodos de Perfuração
Basicamente, há 3 métodos para perfuração de poços:
Métodos de Perfuração → Baseia-se no movimento contínuo de subida e
descida de uma ferramenta pesada, golpeando a formação rochosa,
desagregando-a e/ou fragmentando-a.
Os principais equipamentos são:
• Trépano;
• Haste;
• Percussor;
• Cabo e Porta-Cabo;
• Balancim;
• Caçamba de Limpeza.

Métodos Rotativo → Baseia-se na trituração e/ou desagregação da


rocha pelo movimento giratório de uma broca. E o m´método mais indicado
para rochas consolidadas.
Tem como ferramentas principais:
• Broca;
• Hastes;
• Mesa giratória;
• Bomba de lama.

Principais ferramentas do Método Rotativo


Broca – É a peça que vai à frente da coluna de perfuração e tem a função de
desagregar e/ou triturar a rocha.
Hastes – São os elementos que transmitem o movimento giratório da mesa da
sonda à broca em profundidade.
Mesa Giratória – É parte da sonda de perfuração que é responsável pelos
movimentos giratórios da coluna de perfuração.
Bomba de Lama – Serve para bombear lama de tanques colocados ao lado da
sonda e injetar no poço através das hastes da coluna de perfuração.

Fluido de Perfuração
Fluido de Perfuração – Método rotativo, o fluido ou lama de perfuração é o
elemento essencial para o sucesso da perfuração.
As principais funções da lama de perfuração são:
• Sustentação das paredes do poço durante a perfuração;
• Limpeza do material desagregado, transportando-o até a superfície;
• Manutenção dos fragmentos em suspensão;
• Resfriamento e limpeza da broca;
• Lubrificação da broca;
• Ajudar na perfuração.

Rotopneumático
• Este método consiste na fragmentação da rocha através da combinação
de uma percussão em alta frequência com pequeno curso e rotação. O
fluido utilizado e principal agente da operacionalidade deste método é ar
comprimido procedente de compressores de alta potência.
• Em geral é utilizado para a perfuração de rochas compactas (cristalino)
com excelente rendimento.

Aula 09 – Testes de bombeamento


Tipos de Aquíferos
Aquífero livre ou freático (Poços Livres) – É um extrato permeável, parcialmente
saturado de água, cuja base é uma camada impermeável ou semipermeável. O
topo é limitado pela própria superfície livre da água também chamado de
superfície freática, sobre pressão atmosférica. Ele tende a ter um perfil mais ou
menos semelhante ao perfil da superfície do terreno. O lençol freático está
geralmente perto da superfície, em vales de rios e a maiores profundidades em
altos topográficos.

Aquífero confinado ou artesiano – É um aquífero completamente saturado de


águas, cujo limite superior (teto) e inferior (piso) são extratos impermeáveis. A
água desse aquífero chama–se artesiana ou confinada e sua pressão é,
geralmente, mais alta que a pressão atmosférica. Por isso quando se perfura o
aquífero, a água sobe para um nível bem superior, podendo até jorrar.

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