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Noções básicas de

radiografia do sistema
musculoesquelético
UNIDADE 1 - Princípios das radiografias
e de adequação técnica dos exames

FRANCISCO PIRES NEGROMONTE


Médico Radiologista
Princípios das radiografias
e de adequação técnica dos exames
Nesta aula, estudaremos alguns princípios técnicos do exame radiográfico: como ele é feito, como
a imagem é formada e também veremos algumas incidências básicas da radiografia musculoes-
quelética. Vamos começar?

O exame radiográfico consiste em posicionar a região do paciente a ser estudada entre um tubo
emissor de raios x e um filme radiológico (ou um detector digital nos aparelhos mais modernos).

Os diferentes tecidos do paciente vão absorver os raios x, um tipo de radiação ionizante, de maneiras
distintas, e isso se traduzirá em algumas características esperadas da imagem.

Os ossos absorvem bastante radiação, o que acaba resultando em uma imagem mais branca. Já o
ar absorve muito pouca radiação, e por isso a imagem resultante é mais preta. Por sua vez, os teci-
dos moles têm uma absorção intermediária, formando áreas mais cinzentas na imagem.

Figura 1 - Diferenças na absorção da radiação

Esse contraste entre as estruturas ósseas e as partes moles torna a radiografia uma excelente
ferramenta para estudar as estruturas esqueléticas e as articulações. Para quase todas as arti-
culações, as radiografias devem ser realizadas em pelo menos duas incidências, geralmente per-
pendiculares entre si.

O joelho, por exemplo, é rotineiramente estudado nas incidências de frente (AP ou anteroposterior)
e lateral (ou perfil). Um exame tecnicamente adequado deve incluir a identificação do paciente e a
data de realização, deve abranger toda a área de estudo, com bom posicionamento, e apresentar

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um contraste satisfatório entre as estruturas ósseas e as partes moles, ou seja, nem muito branca
nem muito preta.

Outro ponto a ser observado é a sobreposição de imagens artefatuais, que podem estar relaciona-
das, por exemplo, à presença de material cirúrgico ortopédico. Quando artefatos externos são pas-
síveis de ser retirados, isto deve ser feito, para evitar o obscurecimento de alterações patológicas.

Figura 2 - Imagem com artefato externo

Fonte: Case courtesy of Dr Laughlin Dawes, Radiopaedia.org, rID: 7549

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