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Transporte e

Levantamento
de Cargas
Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc.
Adaptado por Prof. Vinicius Erler
Transporte e Levantamento de Cargas
• Atividades de transporte e levantamento de
cargas pesadas estão sempre presentes nas
operações de montagem. Tão importantes
quanto rigorosas, elas exigem muita atenção e
experiência, para que possam ser executadas
com eficiência e segurança.
• As normas NR-11 e NR-18, prescrevem
condições para o transporte, movimentação,
armazenamento e manuseio de materiais.
Equipamentos de Transporte
• Rodoviário: Rapidez e entrega porta a porta, redução
das operações de manuseio, porém fretes mais caros.
• Ferroviário: Cargas mais pesadas e em grande
quantidades, fretes menores, porém costuma demorar.
• Marítima ou Fluvial: Mais barato, porém é demorado,
o desembaraço nos portos pode ser complicado e, além
disso, exige maiores cuidados com avarias.
• Aérea: Excepcionalmente nos casos de cargas leves e de
urgência.
Equipamentos de levantamento de cargas
• Os equipamentos e acessórios para operações
de elevação é escolhido em função de:
– Peso, volume e centro de gravidade;
– Altura de içamento;
– Condições do terreno, inclusive obstáculos
existentes no local;
– Condições climáticas.
Equipamentos de levantamento de cargas
• Com as informações do levantamento teremos:
– Consultar equipamentos e acessórios a utilizar;
– Definir um plano de levantamento;
• O plano de levantamento poderá ser de caráter formal ou
informal, de acordo com a complexidade da operação.
– Na preparação do levantamento, as cargas deverão ser
amarradas por meio de cabos de aços, cintas ou corretes.
– Certas circunstâncias, as cargas poderão ser mantidas
estabilizadas e/ou suspensas a determinada altura por
pilhas de dormentes, estruturas tubulares, etc.
Equipamentos manuais de pequeno porte
• Macacos hidráulicos e mecânicos;
• Cilindros hidráulicos;
• Talhas de arraste, de corrente e de engrenagens;
• Talhas pneumáticas e elétricas;
• Guinchos manuais, pneumáticos, elétricos e diesel;
• Torres de elevação com plataforma de trabalho;
• Sistemas de roldanas, simples ou múltiplas;
• Balancins.
Macacos e Hidráulicos e Mecânicos

Macacos hidráulicos Macacos mecânicos


Bombas e cilindros hidráulicos
Talhas Manuais ou Talhas de Arraste

• As talhas manuais podem ser portáteis para uso em serviços


de montagem ou manutenção. É recomendável que sejam de
corrente em função da sua resistência;

• Devem ser equipadas com freio de carga mecânico que


permita controlar a velocidade de subida e descida da carga.
Talha de Arraste
Tifor

Fonte catálogo BERGSTEEL52


Talhas
a) A capacidade de carga das talhas deve estar claramente
posicionada no corpo da talha, bem como o trilho também deve ter
assinalada sua capacidade de carga;
b) As talhas devem estar seguramente presas aos seus suportes
através de travas ou manilhas;
c) Talhas podem ser sustentadas em estrutura rígida (trilhos) ou por
ganchos. Quando suspensas por ganchos, estes devem ser
providos com trava que não permitam o escape da talha;
d) As talhas elétricas devem ser providas com limite de fim de curso
que não permita ao cabo de aço sobre-enrolar no tambor e romper-
se;
e) Os trilhos por onde correm as talhas devem ter batente de fim de
curso para evitar a queda da talha;
Talhas
f) O tambor das talhas com entalhe simples para acomodação do
cabo deve ser livre de projeções que possam danificar o cabo;
g) Só utilizar talhas que apresentem cabos, correntes, ganchos e
demais componentes em adequadas condições de uso;
h) Manter mãos e dedos distantes de pontos de pinçamento;
j) Não permanecer sob cargas suspensas;
Talha Pneumática

Fonte catálogo da BRANNER 51


Talha Elétrica
Talha Pneumática e Elétrica
Talhas Pneumáticas
a)Talhas pneumáticas acionadas por pistão devem ter porca do tipo castelo
cupilhada para segurar o pistão;
b) Quando acionadas por pistão, um grampo em U deve ser usado para prevenir
que o gancho escape do suporte do pistão.

Talhas Elétricas
a) O botão de subida da talha deve ser projetado de forma que requeira
permanente pressão para levantar ou abaixar a carga;
b) O cabo elétrico da caixa de comando deve ser sustentado por um cabo ou
corrente paralela protegendo o cabo de possíveis esforços e danos;
c) A talha deve ser aterrada de maneira a evitar possível choque elétrico no
operador em caso de falha do circuito;
d) Um mínimo de duas voltas de cabo deve permanecer no tambor quando o
bloco do gancho estiver no piso mais baixo do edifício onde a talha opera.
Guindauto
Guindauto
Guindauto
Guindauto
Garra

Fonte catálogo da ISOMONTE


Garra

Fonte catálogo da ISOMONTE


Pinça

Fonte catálogo da ISOMONTE


Caçambas Hidráulicas

Fonte catálogo da ALVARO CAMARGO


Equipamentos de médio ou grande porte
• Guindastes fixos, telescópicos e treliçados;
• Gruas de torre telescópica, sobre sapatas ou
trilhos;
• Pontes rolantes e pórticos rolantes;
• Monovias (talhas datadas de movimento de
translação).
PONTES ROLANTES
PONTES ROLANTES
PONTES ROLANTES
PÓRTICOS
PÓRTICOS
Componentes das Ponte Rolantes
• Estrutura:
– Formado por duas vigas principais, paralelas e interligadas.
• Trilhos:
– Um perfil adequado às funções de sustentação e de
deslocamento da PR.
• Guinchos:
– As PR de maior capacidade são dotados de dois guinchos,
um principal e o outro auxiliar, cada um deles dotado de
um gancho para fixação dos estropos e cabos de
amarração da carga.
Componentes das Ponte Rolantes
• Acessórios:
– Cabine, passadiços, cabos de aço, para-choque e
sistemas de sinalização audiovisual e de comunicação.

Maiores detalhes sobre características gerais das PRs


poderão ser obtidos nas NB-14 da ABNT ou nos
catálogos dos fabricantes.
Guindastes
• Equipamento de elevação de cargas
fundamental na maioria dos serviços de
montagem, cujas características principais são
sua grande mobilidade.
Principais tipos de Guindastes
• Capacidade
– Leves: até 20 t;
– Médios: entre 20 e 100 t;
– Pesados: acima de 100 t.

• Tipo de rolamento
• Sobre rodas (pneus);
• Sobre esteiras;
• Sobre trilhos (ferroviários).
Principais tipos de Guindastes
• Meio de Locomoção
– Autopropulsados;
– Sobre caminhão;
– Fixos.
• Tipo de Lança
• Lança fixa;
• Lança treliçada;
• Lança telescópica.
Guindastes sobre Pedestal para Estaleiros

Fonte catálogo da ALVARO CAMARGO


Guindastes sobre Pedestal para Estaleiros

Fonte catálogo da ISOMONTE


Guindastes de bordo para navio

Fonte catálogo da LIEBHERR


Guindastes “Peiner”
(Guindaste sobre trilhos com lança treliçada)

Fonte catálogo da ISOMONTE


Guindastes Móvel de Grua Telescópica

Fonte catálogo da LIEBHERR


GUINDASTES TRELIÇADOS
Elementos Básicos para
Operação de Guindastes
• Comprimento de lança (L) - medido entre os pinos de
articulação do pé e da roldana da ponta da lança.
• Levantamento da lança (α) – Estando o guindaste assentado
sobre o plano horizontal, o levantamento da lança é o ângulo
que o eixo da mesma faz com a horizontal.
• Raio de operação (R) – distância horizontal entre o eixo de
rotação da mesa de giro e a vertical que corresponde ao cabo
de sustentação.
• Distância (d) – entre articulação da parte inferior da lança e o
eixo de rotação da mesa de giro.
• Altura (h) – da articulação inferior da lança, em relação ao solo.
• Altura (H) – da ponta da lança, até o solo.
Elementos Básicos para
Operação de Guindastes
Catálogo de Guindaste
Catálogo de Guindaste
Catálogo de Guindaste
Catálogo de Guindaste
Catálogo de Guindaste
GUINDASTES
Liebherr 180T
ou 94 metros
Equipamento para Içamento
1º. ROLDANAS

As superfícies das roldanas devem ser lisas e livres de defeitos que possam
causar danos aos cabos.
Roldanas que levam cabos que podem ser temporariamente descarregados devem
ser providas de protetores ou guias ou outros dispositivos apropriados para guiar o
cabo de volta para a ranhura quando a carga for aplicada novamente.
Equipamento para Içamento
2º. CABOS

Ao usar cabos de içamento, devem ser seguidas as recomendações do fabricante


do guindaste. A carga nominal dividida pelo número de pernas de cabo não deverá
exceder 20% da resistência de ruptura do cabo nominal.
O sistema de soquetes (fixação do cabo à manilha) deverá ser realizado da
maneira especificada pelo fabricante do equipamento.
Equipamento para Içamento
3º. EQUALIZAÇÃO
Se uma carga for suportada por mais de uma perna de cabo a tensão nas pernas
deverá ser equalizada.

4º. GANCHOS
Os ganchos devem possuir trava de segurança e não poderão ser sobrecarregados,
observando sempre as recomendações do fabricante
Equipamento para Içamento
5º. LANÇAS DO GUINDASTE
Os retentores da lança deverão ser instaladas de forma a limitar o curso da lança além
de um ângulo acima da horizontal indicado no manual de operação do fabricante.
Guindastes serão equipados com um indicador de ângulo de lança e um dispositivo
duplo bloqueio.
O jib dos guindastes telescópicos só poderão ser montados ou desmontados por
pessoas capacitadas, normalmente o próprio operador do guindaste.
Equipamento para Içamento
6º. CAPACIDADE DE CARGA

As capacidades de carga são baseadas na competência estrutural do guindaste e sua


margem de estabilidade. A capacidade de um guindaste com um comprimento
específico de lança e raio de serviço está relacionada na tabela de capacidade do
fabricante. Esta tabela é o guia para este guindaste, porque cita os limites para os quais
os componentes foram projetados. A tabela de capacidade indicará os limites que são
baseados na competência estrutural, nos componentes do guindaste que podem ceder
antes que ele se incline, ou nos limites que, se forem excedidos, causarão sua
inclinação. Em nenhuma condição devem ser ultrapassados os limites de carga
especificados pelo fabricante.

A margem de estabilidade do guindaste baseia-se na carga que pode levá-lo a inclinar


ou balançar quando a lança estiver em sua direção menos estável, isto é, estendida
para o lado. A inclinação ocorre quando as rodas ou esteiras do lado oposto da lança
saem de sua posição inicial sem carga. A carga nunca deverá ser içada acima deste
ponto. As capacidades relacionadas na tabela refletem uma margem de segurança de
15 a 25% abaixo do peso real de inclinação.
Equipamento para Içamento
Plano de Rigging
PLANO DE RIGGING
Antes de cada içamento o Supervisor de Rigging da Contratada e/ou de suas
Subcontratadas, encarregado da operação, deverá determinar o peso da carga
numa margem de ± 5%. Quando em um içamento acontecer uma das situações
mostradas no quadro abaixo:

Este Plano de Rigging escrito e detalhado das condições do içamento deverá


estar sempre disponível para auditorias do SSTMA da International Paper .
Ao determinar o peso, deverá ser considerado também o peso de todos os
dispositivos de manuseio tais como os estropos, extensões de lança e moitão,
como parte da carga. Fatores tais como o vento, condições de solo, comprimento
da lança e a correta operação do equipamento deverão ser considerados ao
determinar a estabilidade do guindaste.
Plano de Rigging
-A capacidade de içamento não deverá ser
aumentada pela fixação de equipamentos ao
corpo do equipamento.

- Cada vez que uma carga se aproximar do


limite da capacidade do guindaste, o operador
deverá testar os freios do guindaste içando a
carga poucos centímetros acima do solo e
acionando os freios (para determinar, neste
ponto, se os freios agüentarão a carga sem
deslizamento).
Plano de Rigging
Capacidade da Carga
TABELA DE CAPACIDADE DE CARGA

A Tabela de Capacidade de Carga deverá estar afixada em cada guindaste. O


operador deverá poder consultar esta tabela em sua posição normal de operação.
Esta tabela mostrará a direção menos estável do guindaste e também as posições
mais perigosas para lança. Indicará também as limitações dos
componentes do guindaste e descreverá os procedimentos corretos de operação.
Rigger Sinaleiro
Deve:

1º. Orientar o operador quando o mesmo não possa observar a carga ou gancho em
todos os movimentos do guindaste;

2º. Autorizar o içamento da carga após o seu sinal;

3º. Posicionar-se de maneira a ser visto pelo operador, e suficiente perto se estiver
fazendo uso de sinais manuais.

4º. Ter a visão total do guindaste e da carga posicionar-se em local seguro para não ser
atingido pelo mesmo enquanto estiver se movendo.

5º. Parar a operação imediatamente se o operador não estiver vendo sua localização.

6º. Estabelecer outro meio de comunicação, como rádio, sinal sonoro, sinal luminoso
etc., quando não for possível o contato visual com o operador do guindaste,
Rigger Sinaleiro
CÓDIGO DE SINAIS PARA IÇAMENTO E
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
CÓDIGO DE SINAIS PARA IÇAMENTO E
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
CÓDIGO DE SINAIS PARA IÇAMENTO E
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
CÓDIGO DE SINAIS PARA IÇAMENTO E
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
CÓDIGO DE SINAIS PARA IÇAMENTO E
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
CÓDIGO DE SINAIS PARA IÇAMENTO E
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
CÓDIGO DE SINAIS PARA IÇAMENTO E
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
CÓDIGO DE SINAIS PARA IÇAMENTO E
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
Movimentação de Cargas
O operador não suspenderá, baixará ou girará a lança ou carga nem se
deslocará com a carga ser tiver alguém na carga ou no gancho, e nem
transportará cargas por cima de pessoas posicionadas no solo. Não é permitido
o trânsito ou permanência de pessoas sob cargas suspensas.

As áreas onde serão executados os serviços de movimentação de carga,


incluindo-se a área de movimentação do contrapeso, devem ser isoladas e
sinalizadas utilizando placas de advertência, cones de sinalização ou barreiras
físicas ( conforme OSHSMT 200719 ).

Quando houver necessidade de bloquear vias de acesso ou áreas de circulação,


uma via alternativa para pedestres deve ser escolhida e sinalizada, de modo a
evitar que os mesmos passem pelo isolamento por falta de alternativas.
Movimentação de Cargas
TRAVAMENTOS

O operador deverá assegurar-se de que a trava


mecânica do sistema de giro esteja
travada/trancada quando deixar o guindaste
sozinho, mesmo se for por pouco tempo.

Quando o cabo do jib estiver sendo usado ou


quando o guindaste estiver em movimento, o
gancho principal de carga deverá estar
amarrado à estrutura superior do guindaste.

No final de cada turno, o operador deverá


verificar se o gancho principal ou bola estão
firmemente presos.
Movimentação de Cargas
CORDAS GUIAS

Cordas guias amarradas à carga deverão ser usadas em


todos os içamentos a não ser que seja impraticável.

Um ou mais trabalhadores em terra, deverão controlar a


carga em todo movimento, através de uma ou mais cordas
guia, evitando que a peça balance ou gire
descontroladamente.
Movimentação de Cargas
VENTOS FORTES
Quando houver possibilidade de ventos fortes, o guindaste deverá baixar a
lança e pousar num suporte adequado para passar a noite.
A seguinte tabela informa a pressão por metro quadrado numa superfície plana
normal na direção do vento no caso de diferentes velocidades de vento:

Não se recomenda operação de içamento com velocidade de vento acima de


48 Km/h.
Patolamento
· Atenção especial deve ser dada às condições do solo. A
densidade e as características de compactação devem ser
verificadas. Em caso de cargas muito pesadas, é necessário fazer
um teste de compactação.

· Ao instalar um guindaste em áreas operacionais e em piso de


concreto, os limites seguros de carga devem ser identificados em
função da especificação do concreto.

· Em momento algum poderá um guindaste ser operado com suas


rodas fora do chão ou da superfície de trabalho, a não ser que
esteja corretamente firmado e nivelado sobre as patolas.
Patolamento
CONDIÇÕES GERAIS PARA
OPERAÇÃO DE GUINDASTES
a) Plano de Rota

Toda movimentação de carga deverá ser precedida de um Plano de Rota envolvendo


o operador de guindaste, o responsável pela execução do içamento e os
executantes, para que os envolvidos tenham consciência dos riscos da carga
suspensa e que os possíveis problemas na sua movimentação sejam resolvidos
antes do içamento, como por exemplo:- passagem obstruída, interferência acima,
abaixo e com o próprio guindaste, espaço limitado para a movimentação da peça,
etc.

b) Operação Conjunta com Outros Equipamentos

Outros equipamentos de construção não deverão ser operados junto a guindastes


quando:
· Dentro da área de carregamento;
· Debaixo do raio de giro no momento da movimentação;
· Dentro do isolamento da área de montagem.
CONDIÇÕES GERAIS PARA
OPERAÇÃO DE GUINDASTES
c) Área de Carregamento (ponto de pega das cargas)

- Isolamento da área de trabalho deverá ser feito com cavaletes, correntes ou


fitas zebradas.
- É proibido o transito de pessoas debaixo da carga içada porque existe o
perigo de serem atingidos pela carga que está sendo levantada ou numa possível
queda por falha do equipamento ou na amarração.
- É expressamente proibida a passagem de colaboradores não autorizadas
na área de carregamento, exceto aqueles que estão envolvidos na operação
(rigger, colaboradores responsáveis pela amarração das cargas, etc.).
colaboradores não envolvidos, só poderão circular nas áreas externas à
área isolada.
CONDIÇÕES GERAIS PARA
OPERAÇÃO DE GUINDASTES
d) Condições de Trabalho para Qualquer Atividade com Guindastes

- É expressamente proibida qualquer atividade com guindastes quando houver


chuvas.
- É expressamente proibida qualquer atividade com guindastes quando houver
ventos excessivos – pode desestabilizar e deslocar a carga e causar acidentes.
Com ventania forte, a lança deverá estar posicionada na direção do vento e,
neste momento, não deverá ser içada carga, principalmente aquelas
de grande superfície lateral exposta ao vento. Se a peça estiver no alto, deve-se
colocar a lança no alcance máximo, evitando que a peça ao balançar ou girar
pela ação do vento venha atingir a mesma.
- É expressamente proibida qualquer atividade com guindastes quando houver
descargas elétricas atmosféricas (raios). Se estiver trovejando, pare a
operação, retraia e abaixe totalmente a lança. Os colaboradores deverão ser
retirados das áreas próximas das estruturas metálicas, até que fique pronta a
malha de aterramento.
CONDIÇÕES GERAIS PARA
OPERAÇÃO DE GUINDASTES
d) continuação:

É expressamente proibida qualquer atividade com guindastes quando houver


falta de visibilidade (neblina, etc.).
- Não opere o guindaste com o ângulo da lança no limite.
- Considere a flexão da lança ao levantar a carga no raio de trabalho.
- Se o cabo de carga estiver torcido, distorça o mesmo antes de continuar a
operação.
- O gancho de carga não deverá ser baixado até assentar no chão ou na
carga, pois acarretará o afrouxamento do cabo de içamento.
-De acordo com a peça a ser içada, os acessórios tais como cabos, manilhas e
cintas deverão ser dimensionados de acordo com as recomendações dos
fabricantes para a correta amarração da carga.
CONDIÇÕES GERAIS PARA
OPERAÇÃO DE GUINDASTES
d) continuação:

- Quando a peça for descida da carreta para ser preparada para o seu içamento,
deverá ser usado calço de madeira entre o piso e a peça, evitando dessa
maneira o prensamento de dedos das mãos, braços, pés ou pernas.
- Pare momentaneamente, quando a carga levantar do solo e verifique a
condição de estabilidade e segurança.
- Examine e retire da carga todas as peças que estiverem soltas.
- Deverá ser assegurado que não haja ninguém, exceto os colaboradores
envolvidos na tarefa, dentro da área de trabalho e próximas da carga que está
sendo içada.
CONDIÇÕES GERAIS PARA
OPERAÇÃO DE GUINDASTES
d) continuação:

-Apenas uma carga de cada vez deverá ser içada ainda que as cargas
combinadas estejam dentro da capacidade. Esta regra poderá ser reavaliada se
for criado um dispositivo que impeça o deslizamento de uma peça em relação à
outra, tipo uma gaiola, etc.
- Cargas excessivas não devem ser içadas, apesar da existência dos dispositivos
de proteção contra sobrecarga que deverão estar ajustados no momento da
carga.
- O operador não deverá permitir colaboradores sobre ou sob a carga, quando
a mesma estiver sendo levantada.
CONDIÇÕES GERAIS PARA
OPERAÇÃO DE GUINDASTES
É proibido:

1º) Içamento inclinado;


2º) Arrancar carga fixada no solo;
3º) Arrastamento de cargas sobre o solo ou em outra condição;
4º) Tracionar lateralmente a lança;
5º) Dobrar o cabo de carga ao redor da peça;
6º) Proibido apoiar o contrapeso do guindaste com outra máquina, para que
com isso aumente a capacidade e a estabilidade do mesmo;
7º) Operar um guindaste com suas rodas no chão ou superfície de trabalho,
a não ser que esteja corretamente firmado e nivelado com patolas.
OPERAÇÃO DE GIRO – ÁREA DE GIRO

1º. Verificar qual é o melhor lado para


o giro da lança;

2º. A área do raio de giro deverá ser


evacuada para garantir que esteja
livre e não haja pessoas, durante todo
o deslocamento da peça.
OPERAÇÃO DE GIRO – ÁREA DE GIRO
3º. O giro rápido do guindaste faz
com que a carga saia do raio pré-
estabelecido de giro. O aumento
do raio de giro pode virar uma
máquina. O mesmo poderá
acontecer com lanças de longo
comprimento, com ou sem cargas,
quando giradas rapidamente.
Lembre-se, quanto maior a
velocidade do giro, maior a inércia,
ou seja, maior a dificuldade de
parar a carga e evitar o balanço.
OPERAÇÃO DE GIRO – ÁREA DE GIRO
4º. Durante o giro, considere o giro adicional da lança devido a sua inércia,
influência do vento, etc.

5º. Quando for girar a peça, o operador do guindaste deverá acionar sirene ou
buzina a ar, para alertar as pessoas e evacuar a área de giro.

6º. O movimento de deslocamento deverá ser paralisado, quando na área em que


estiver operando houver pessoas trabalhando ou equipamentos de construção
operando.

7º. Deverá ser evitada a interseção nas áreas de giro dos vários guindastes.
Caso seja necessária essa interseção, deverá ser determinada a sequência
operacional a ser executada, na presença dos operadores e dos chefes de equipes.

8º. É proibido o trânsito de pessoas próximo do guindaste porque existe o perigo


de serem atingidos pelo giro do contrapeso do guindaste.
LOCAL DE DESCARGA – ÁREA DE
MONTAGEM
1º. Isolamento da área de montagem deverá ser feito com cordas ou correntes zebradas
e placas alertando para o risco de queda de materiais. Existe o perigo de a carga que
está sendo montada cair, e, portanto o raio do isolamento deverá ser proporcional ao
comprimento da peça, ou seja, quanto mais comprida a peça, maior o raio de
isolamento ao redor da mesma. O raio de isolamento será no mínimo uma vez e meia o
comprimento da peça.

2º. Manter sempre limpo os vidros da cabine de comando dos guindastes, para
melhorar a visão do operador. Em caso de ofuscamento pelo sol, o operador deverá
usar óculos escuros (em tonalidade que não prejudique a visão, ou usar vidros fumês na
sua cabine).

3º. Descer a carga lentamente e parar a descida quando estiver a aproximadamente 3


metros do local de montagem. A partir daí descer e pousar a carga mais devagar
colocando-a na posição de montagem.
LOCAL DE DESCARGA – ÁREA DE
MONTAGEM
4º. O posicionamento da carga até o ponto de montagem deverá ser feito através de
corda amarrada à mesma. Só no momento do ajuste final, os montadores poderão
colocar as mãos na carga, mas com cuidado evitando os pontos de prensamento ou
deixando-as debaixo da mesma onde correm riscos de esmagamento.

5º. Só afrouxar os cabos de sustentação da carga quando a peça estiver totalmente


aparafusada.

6º. Os trabalhadores sobre estruturas que participam da montagem, deverão estar


equipados com cinto de segurança com dois talabartes, ( conforme OSHSMT 200706 )
para que na movimentação sejam revezados, estando, no entanto, em todos os
movimentos atracados à estrutura. No caso de ser necessário, corte ou solda, um dos
talabartes deverão ter alma de aço, devido a possibilidade do contato do nylon com
partes de metal quente. Nesse caso, o talabarte com alma de aço assegurará que o
mesmo esteja sempre atracado enquanto que o talabarte de nylon poderá ser derretido
pelo calor.
LOCAL DE DESCARGA – ÁREA DE
MONTAGEM
7º. Os montadores só deverão aproximar-se da peça a ser montada após o operador
tê-la posicionado adequadamente. Quando o montador se antecipa e tenta segurar
a peça com a mão, o guindasteiro passa a se preocupar com a segurança do
montador e não com o posicionamento da peça. Deverá se usar cordas ou
ferramentas de tração como tirfor, talhas de alavanca, etc., evitando o contato
manual com a cabeça, até que a mesma tenha condição segura de montagem.

8º. Abaixamento da lança, extensão da lança ou carga em excesso para condições


em desacordo com a tabela de carga, podem resultar em perda da estabilidade do
guindaste ou danos (rupturas) na estrutura da lança. Se forem necessários para que
se efetue a montagem, deverá ser muito bem estudado e se forem realizados esses
movimentos, deverão ser o mínimo necessário, não comprometendo a segurança do
equipamento.
LOCAL DE DESCARGA – ÁREA DE
MONTAGEM
9º. O operador não deverá deixar cargas suspensas ao abandonar o posto de
comando. Se tiver que deixar a máquina, deverá abaixar a carga no solo e parar o
motor, antes de sair da cabine

10º. Numa situação de inicio de tombamento, o operador deverá imediatamente


iniciar o abaixamento da carga e levantar a lança para trazer a carga mais próxima
do guindaste.
CAMINHÃO GUINDAUTO
· Somente pessoas habilitadas (Carteira Nacional de Habilitação –
CNH, categorias C, D ou E) podem conduzir o caminhão Guindauto.
· Somente pessoas treinadas e autorizadas pelo Setor de Segurança
da Contratada podem operar o Guindauto.
· A utilização do caminhão Guindauto é limitada de acordo com sua
capacidade e com o tipo de carga. Cabe ao supervisor do serviço ou
ao operador do Guindauto analisarem a viabilidade de sua utilização
antes de efetuar o serviço.
· O terreno de apoio da sapata deve ser plano e firme. Calços
resistentes devem ser utilizados quando o solo não oferecer boas
condições.
· A área coberta pelo raio de ação da lança e da carga deve ser
isolada, não permitindo assim trânsito de pessoas no local.
CAMINHÃO GUINDAUTO
· Os veículos devem transportar no mínimo 04 cones de sinalização para
realizar este isolamento.
· O operador deve certificar-se de que a área coberta pelo raio de ação da
lança e da carga está livre de obstáculos.
· Certificar que o veículo está corretamente posicionado, com os freios
acionados e as rodas calçadas, antes de iniciar a operação.
· Para casos de operação perto de redes elétricas ou equipamentos
energizados é necessária a emissão de uma Permissão para Trabalhos
Perigosos (PTP).
· O mesmo se aplica para a operação nas proximidades de valas e
escavações.
· Antes de se iniciar qualquer operação de carga ou descarga em valas e
escavações, o pessoal que estiver trabalhando naqueles locais deve ser
removido, e só deve retornar ao término da operação.
CAMINHÃO GUINDAUTO
· É obrigatória a existência da trava de segurança no gancho.
· Nunca permanecer sobre a carroçaria na área de alcance da lança enquanto a
mesma estiver em movimento.
· Para posicionar a carga sobre a carroçaria do caminhão Guindauto, utilizar cordas
auxiliares. Nunca transitar ou permanecer sob cargas suspensas.
· O operador não deve abandonar o Guindauto com a carga suspensa.
· Não arrastar cargas, porque o guincho do Guindauto não foi projetado para
tracionar, e sim para efetuar levantamento vertical.
· Nunca movimentar o veículo com cargas suspensas, pois a estabilidade da
máquina ficará seriamente reduzida, gerando risco de queda da carga sobre
pessoas ou equipamentos.
· A movimentação do caminhão Guindauto de uma área para outra deve ser feita
com as patolas e lança recolhidas e posicionadas em seu berço de apoio.
· O Operador deverá posicionar-se em local mais afastado possível da área de
atuação da lança, preservando sua segurança frente à movimentação do
equipamento.
CAMINHÃO GUINDAUTO
· O caminhão Guindauto deverá ser equipado com comandos duplos (em ambos os
lados do veículo).
· Uma tabela de carga deve estar à disposição do operador fixada ao equipamento
ou no interior do veículo (impressa) em língua portuguesa.
· Medições métricas ou através de outros métodos (Ultra-som, por exemplo), devem
ser
realizadas mensalmente nos ganchos, a fim de detectar possíveis deformidades.
· A Contratada e suas subcontratadas deve inspecionar o estado dos cabos, cintas
ou quaisquer outros dispositivos que serão usados para o içamento da carga. Todos
devem estar identificados com a cor do mês.
· A Contratada e suas subcontratadas também são responsáveis por inspecionar
diariamente o estado e as condições de funcionamento do caminhão Guindauto.
por 03 (três) anos.
CAMINHÃO GUINDAUTO

· O operador da Contratada e/ou de sua subcontratada deve comunicar


quaisquer anormalidades ao seu supervisor. Até que ela seja solucionada, o
caminhão Guindauto ficará parado. Se necessário, etiquetar o Guindauto até que
as anormalidades sejam corrigidas.
· Todos os caminhões Guindauto devem sofrer uma revisão geral anual dos seus
sistemas de içamento.
· Inspeções dos dispositivos de içamento e das condições do caminhão
Guindauto pela Contratada e suas subcontratadas.
· As listas de verificação diárias dos caminhões Guindauto (modelo na página
32), devem ser arquivadas pela Contratada e suas subcontratadas por 01 (um)
mês.
· Os laudos do sistema de içamento e dos ganchos do caminhão Guindauto
devem ser arquivados pela Contratada e suas subcontratadas por 03 (três) anos.
Uso dos equipamentos de
Elevação e Transporte
Todo equipamento de elevação deve ser projetado, construído e operado de maneira
que ofereça as necessárias garantias de resistência e segurança, além de serem
conservados em perfeitas condições de trabalho, sendo expressamente proibido
ultrapassar os valores máximos de capacidade de trabalho, colocando em risco as
partes envolvidas.

Todos os equipamentos de transporte motorizados, deverão possuir sinal de


advertência (sonoro e luminoso), além do que deverão ser permanentemente
inspecionados, e as peças defeituosas imediatamente substituídas.
A utilização deste equipamento deve ser feita em condições ideais de iluminação.
Antes de movimentar o equipamento de elevação, certificar-se de que o gancho
está suficientemente alto para evitar choques contra outros equipamentos ou
estruturas.
Todo equipamento deve ser rigorosamente inspecionado no início de cada
jornada de trabalho. Ao perceber qualquer irregularidade, interromper os trabalhos e
comunicar imediatamente os responsáveis.
Uso dos equipamentos de
Elevação e Transporte
O operador não deve operar o equipamento se não estiver em perfeitas condições
físicas e psicológicas.

Durante a operação, se por exemplo os cabos se soltarem (ficarem bambos), o


operador deve conferir o movimento de subida destes cabos, certificando-se de que
estejam sendo enrolados corretamente nas ranhuras das polias.

O operador deve respeitar sempre o limite de peso do equipamento. Também


deve certificar-se que a carga está corretamente distribuída entre os ganchos e
eslingas antes de iniciar o içamento. É proibido o transporte de qualquer outro objeto
sobre a carga que estiver sendo içada. Também antes de patolar (apoiar o equipamento
no piso) deve, certificar-se de que não está apoiado sobre canaletas, caixas
subterrâneas, etc. Se for necessário devem ser tomadas medidas alternativas que
devem ser discutidas junto ao SESMT da Contratada.

A armazenagem de produtos ou materiais só deve ser feita após obtida a


Permissão para Armazenagem, conforme descrito na OSHSMT 200741.
Uso dos equipamentos de
Elevação e Transporte
O operador nunca deve deixar uma carga suspensa durante a realização dos
trabalhos ou até mesmo após o encerramento do expediente. Ao baixar a carga, deve
certificar-se que estão bem posicionadas no local, sem que haja o risco de tombamento
ou deslizamento. Se for necessário, utilizar um palete, calço ou outro dispositivo para
posicionamento da carga.

Se houver corte de energia ou parada súbita do equipamento, o operador deve


certificar-se de que os equipamentos estejam desligados e freados, pois após o
retorno da energia estes podem se movimentar.

Tambores, cilindros, botijões, etc, não devem ser transportados no garfo das
empilhadeiras. Cabe a Contratada preparar um dispositivo para acondicionamento e
transporte destes cilindros em pé na posição vertical.

Todos os dispositivos de segurança dos equipamentos de elevação e transporte


devem estar em perfeitas condições de funcionamento.
Uso dos equipamentos de
Elevação e Transporte
Todo equipamento de elevação e transporte para uso das Contratadas e/ou suas
Subcontratadas deverá estar acompanhado de documento ART (Anotação de
Responsabilidade Técnica) para que seja liberado seu uso. Pode ser feita uma única
ART onde o engenheiro responsável especifica os equipamentos que constam nesta.
Também deve ser preparado um programa de inspeção periódica destes equipamentos
a ser feito pela Contratada responsável por estes, sendo que também deve ser emitido
um laudo acompanhado da ART específica para este, confirmando a inspeção.

Em operações de elevação e transporte quando o operador não tiver uma visão


de toda a extensão do material que estiver sendo transportado, este deve solicitar a
presença de um auxiliar para orientá-lo na condução do objeto que está sendo
transportado. Este auxiliar deve verificar o alinhamento dos cabos de aço ou fitas,
alinhamento do objeto, orientar a passagem de pessoas e, se necessário, isolar
o local por onde o objeto está sendo conduzido.
Isolamento, sinalização e comunicação durante as
operações de içamento e transporte.
Durante a operação de movimentação da peça, o local deve estar devidamente isolado
sem a presença de pessoas no raio de isolamento.

Tanto o operador quanto seu ajudante devem ficar atentos para evitar que
pessoas adentrem à área isolada, bem como passem sob cargas suspensas.

Todo reparo a ser feito nos equipamentos de elevação e transporte devem ser
feito em local onde não haja trânsito. Todas as modificações, ampliações e reparos,
devem conservar pelo menos os fatores de segurança originais do equipamento.

Nunca movimentar o equipamento se não tiver certeza do sinal recebido.


Qualquer dúvida questione o responsável por esta comunicação. Seu posicionamento
deve ser de fácil acesso à visão do operador.
Utilização de cabos de aço, cintas,
estropos, ganchos e eslingas.
Os cabos de aço e cintas utilizados na movimentação ou transporte de materiais,
deverão ser inspecionados e as suas partes defeituosas devem ser substituídas. É
proibida a utilização de outros meios que não sejam Cabos de Aço ou Cinta (Nylon ou
Poliéster) para içar peças através de talhas ou monovias, e outros equipamentos de
elevação.
Manter os cabos sempre lubrificados para o perfeito funcionamento do
equipamento.
Não arrastar ganchos e eslingas pelo chão. Inspecionar as eslingas e ganchos
quanto á trincas, rachaduras, pontos de corrosão e se as travas estão em perfeito
funcionamento. Ao detectar qualquer irregularidade, saná-la imediatamente.
Fica estabelecida a frequência de 1 ano (?) para a substituição do cabo de aço,
desde que ele não apresente avarias em sua estrutura, num período inferior.
Os cabos de aço e cintas deverão obrigatoriamente obedecer as normas que
seguem.
Os cabos de aço, e as cintas que são utilizadas para elevação de materiais e
equipamentos devem ser armazenados em local seco, arejado e onde não exista
influência de intempéries ou ambientes corrosivos que possam danificar sua estrutura,
diminuindo sua capacidade de trabalho.
Transporte e
Levantamento
de Cargas
Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc.
Adaptado por Prof. Vinicius Erler

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