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PROJETOS MECÂNICOS DAS LINHAS 11 e

AÉREAS DE TRANSMISSÃO eº'


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PAULO ROBERTO LABEGALINI e
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JOSE AYRTON LABEGALINI e,


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RUBENS DARIO FUCHS ('
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MARCIO TADEU DE ALMEIDA (,
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2º EDIÇÃO 1 (,i
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PROJETOS MECÂNICOS DAS LINHAS


AÉREAS DE TRANSMISSÃO

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C'
PAULO ROBERTO LABEGALINI (
Professor Adjunto da
Escola Federal de Engenharia de ltajubá er
'
1
JOSÉ AYRTON LABEGALINI
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1 Professor Auxiliar da e
1
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Escola Federal de Engenharia de lt~jubá
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1
RUBENS DARIO FUCHS
\.
e
M. Se., Professor Livre~Docente da
Escola Federal de Engenharia de ltajubá e
[
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MÁRCIO TADEU DE ALMEIDA
M. Se., D. Eng., Professor Titular da e
Escola Federal de Engenharia de ltajubá
e
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PROJETOS MECÂNICOS DAS LINHAS e
AÉREAS DE TRANSMISSÃO e
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2~ Edição e
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EDITORA EDCARD BLÜCHER LTDA

" e
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Prefácio da primeira edição

Livros, tratando especificamente dos.projetos mecânicos


das linhas aéreas de transmissão, têm sido publiCados em vários
países, principalmente na Europa. Certos aspectos do problema,
estretanto, aparecem somente em algumas publicações das _mais
variadas origens, nem sempre acessíveis a quem delas necessite.
Essa dificuldade ficou patente aos autores, ao receberem o encargo
de preparar um curso, em nível de graduação , -a ser ministrado aos
alunos da Escola Federal de En&enharia de Itajubá, visando.
especificamente ao preparo dos mesmos para essa área da técnica.
Tal fato, levou ao preparo de notas de aulas que servlssem de apoio
aos alunos. Essas notas foram sendo ampliadas, através do enfoque
© 1992 Editora Edgard Blücher Ltda.
de novo!? tópicos considerados importantes. Foram igualmente
É proibida a reprodução total ou parcial . '·
utilizados em cursos de especialização técnica para engenheiros
por quaisquer meios
sem autorização prévia da editora promovidos pela FUPAI, Fundação de Pesquisa e Assessoramento à
Indústria, com larga aprovação de algumas centenas de
EDITORA EDGARD BLÜCHER LTDA. participantes. O presente texto é conseqüência da experiência
01061-970 - CAIXA POSTAL 5450
acumulada durante esse período de prova. Com ele, os autores
END. TELEGRÁFICO: BLÜCHERLIVRO
esperam dar aos engenheiros brasileiros uma boa base para o
SÃO PAULO - SP - BRASIL
;,-~-·-·
desenvolvimento de seus trabalhos no setor, tendo-se em vista que o
número e a quilometragem de linhas a serem projetadas e construídas
Impresso no Brasil Printed in Brazil deverão c.rescer exponencialmente, face ao tipo de energia primária
àe que devemos dispor preferencialmente.
\,if·'"'.
L''' l
Os autores reconhec em que, hoje, uma elevada
ê
,r-\
porcenta gem de projeto s de linha é feita inteiram ente por meio de \_t

computa dores digitai s. Isso não invalida o present e texto, pois e


~tanto usuário s de program as como analista s de projeto , ou
de
e
executo res de linhas, têm necessid ade - e mesmo obrigaç ão
e
conhece r os fundame ntos que originam tais program as. (
E, àqueles que se vêem obrigad os a projeta r linhas de
e
transmi ssão sem terem acesso às citadas máquina s, acredita mos estar Prefácio da segu nda edição e
servind o ainda mais.
A present e publica ção deve-se principa lmente ao e
entusias mo do amigo e colega, engenhe iro Amadeu C. Caminha , cujo Esgotad a a primeir a e:ctição sua simples reimpre ssão e
incentiv o foi decisivo e a quem os autores apresen tam seus c.eria sido o caminho mais fácil, tanto,_p ara os autores , como também e
I: agradec imentos .
para a Editora . Não atender ia, porém, aos interess es dos leitores e e
! nem aos propósi tos dos autores em proporc ionar um .texto atualiza do e
Itajubá, 1981 que abrange sse a evoluçã o registra da nos últimos anos nessa área da e
Engenh_ aria Elétric a. e
A aprovaç ão e registro pela ABNT da norma NBR 5422/85 , e·
em substitu ição à norma NB 182/72, exigiu substan ciais alteraçõ es e
no texto. Novos tipos de conduto res e novos conceit os de
estrutu tras passaram às prática s constru tivas. Isso levou os
e
autores a repensar -- na E>bra .em- todos os se'.-ls aspectos _, inclusiv e na
ordem da apresen tação dos diverso s assunto s, resultan do numa nova
"
e
distribu ição da matéria nos capítul os, em geral aplicad a em seu
e
conteúd o.
e
A continu ada experiê ncia em cursos de graduaç ão e de e
'\
especia i'ização (estes ministra dos principa lmente a engenhe iros sem e
formaçã o específ ica em sistema s de energia elétric a), mostrou ser e
desejáv el uma introduç ão conceitu ando os sistema s comerci ais de e
energia , corno também um detalhar nento maior dos equipam entos e e
materia is que constitu em as l_inhas elétric as em altas tensões e em e
extra-a ltas tensões . Disso resulto u um Cap. 1 aparente~ente e
extenso , .~a.s _ qu~~ no entanto , contém apenas as informa ções que e
foram conside radas úteis.
aborda com bastant e clareza a maneira de se
•O Cap. 2 '
e
estimar as forças atuante s sobre as linhas e dá um tratame nto mais (_,
("··
atual e objetivo ao cálculo das deformações elásticas e plásticas
dos condutores.
O Cap. 3 aborda a matéria anteriormente coberta pelo
Cap. 1, com alguns novos enfoques.
No Cap. 4, como naquele da primeira edição, é
apresentado um roteiro para a realização de um projeto de cabos de
uma linha. Seus principais aspectos são discutidos, com ênfase para
os itens que exigem tomadas de decisão dos projetistas.
No Cap. 5, as estruturas de sustentação dos cabos são
Principais símbolos empregados
estudadas com maior abrangência.
O Cap. 6, vibrações nos cabos, foi completado e
atualizado. Significado
Símbolo Unidade
O Cap. 7 foi quase todo remodelado no estudo das
m
Vão isolado - distância entre duas es-
fundações de estrutruras. A
truturas genéricas
Como outra novidade, decidiu-se apr~sentar alguns 2 Arca dos perfis da estrutura exposta
A m
programas de computadores digitais, para facilitar os,trabalhos de ao vento
Ae m
Vão niv_elaào equivalente a um vão des-
cálculos dos projetistas. Optou-se por uma linguagem compatível com nivelado
a maioria dos microcompútadores e das calculadoras progr'amáveis, o Ar m Vã.o regulador
v~o básico para cálc,ulo
a m
\:_·,; "Basic". a m Dimensão da Caixa da estrutura
Este trabalho teve a colaboração de mui tos, aos quais m
Vão entre as_ estruturas i e j de_ um vão
ª' J continuo
e os autores aqui
Celso Pires, pelo
registram seus agradecimentos.
preparo dos programas para
Ao
o
Prof.
cálculo
Robson
dos
acr
aG
m
m
Vão crítico de uma linha
Vão gravante ou vão de peso
( v~o médio ou vão de vento
am m
A
e alongamentos permanentes. Srta. Ilse Mota,
datilografia de parte do texto. Ao aluno da EFEI, Robson Pimenta, e
pela caprichosa
B m
m
L~rgura da base da estrutura
Dimensão da caixa da estrutura
lit " Coeficiente de forma da estrutura
à Srta. Carla Andréa de Lima Ribeiro pela digitação e ao desenhista Constante de integração
e
Sr. Argemiro do Santos pela preparação dos desenhos que ilustram o e m Parâmetro da catenária
Ck Coeficiente de Karman
livro. 2 Coeficiente de solo
Ct kgf/cm
Itajubá, março de 1992 e m Dimensão da caíxa da estrutura
Do m Distância de· descarga
(79 Q ano da fundação da EFEI) Du m
Distância igual à tensão nominal da LT
DT m Distância disruptiva
d m Diâmetro nominal do cabo
í de cm/kV Distância dé -·e-scoamento específico
dpr m Distância do pára-raio ao condutor
'"] 2 Kódulo de elasticidade do cabo
E kgf/mm
l,' E1 kgf/mm
2 K?dulo de elasticidade inicial
-\
l(
':-"."'.,(
't
t>
r
e
'--,·
Símbolo Unidade Significado Simbolo Unidade Significado
e
Er kgf/mm
m
2
Módulo de elasticidade final
Espessura do poste
Po
pi
kgf
kgf
Peso da grelha
Peso da cadeia._pe isoladores
e
(
ep
Peso de terra ',, ~
F kgf Forças definidas em cada caso PT kgf
FA kgf Força horizontal na estrutura devido
à mudança de direção dos cabos
P(V) Probabilidade de um vento de velocida-
de V ser igualado
e
Fv kgf Força de vento resultante transmitida pop1 kgf/m Peso por metro linear de cabo e
à estrutura (i = 1, 2, 3, 4, ... )
e:
Hz Freqüência de vibração pr kgf/m Peso virtual de um cabo sob a ação do
f
f m Flecha de um cabo suspenso 2
vento e
fe
fn
m
Hz
Flecha de um vão equivalente
Freqüência natural de vibração de um
qo
q
kgf/m
kgf/m
Pressão do vento no cabo
2 Pressão de vento na estrutura e
fs Hz
cabo
Freqüência de vórtices de Strouhal
q Coeficiente de amplificação de vibra-
ção no condutor
e
(.
fv kgf/m Força do vento por unidade de compri- q kgf/m Carga distribuída numa grelha l
mento R Coeficiente de área líquida de uma gr~
lha
t
''
e
H kgf·s/m Coeficiente de auto-amortecimento do
condutp·r Re Número de Reynolds
1
1.
e
H m
m
Altura da estrutura
Desnível ou diferença de_, nível entre
rk m Raio de giração do perfil usado na es-
trutura
!
e
hi J
s m2 ou mm 2 Área da seção transversal nominal do (..
os suportes i e j
Altura de segurança cabo
hs m kgf Tração axial num condutor-força de ci- (
T
1 cm 4 Momento de inércia da seção reta do
salhamento no perfil da estrutura (
condutor
Coeficiente de segurança To1 kgf Componen·te horizontál de tração axial
K
num condutor (i = 1, 2, 3, ... ) (
KHT; KR; KHc; KLR Fatores de correção para a determina-
ção do vento de projeto Tmsx kgf Valor máximo da tração admissível no
cabo
e
Ka
K
Parâmetro de vibração perigosa
Constante de fluência Tr-up kgf Carga de ruptura e
L m Comprimento do cabo
Comprimento do poste
Tv
Te
s
s
Período de duração da vibração
Período de observação da vibração e
1
lr
m
m Comprimento de flambagem t m
s
Profundidade do bloco da fundação
Tempo
e
M
Mt
kgf.m
kgf.m
Momento de tombamento
Momento f letor
t\
h oC Temperatura e
Mt
kg/m
Momento de torção
Massa por unidade de comprimento
tml)n
V
oC
m/s
Média das temperaturas mínimas anuais
Velocidade do vento
e
('',
m \~_,
mi. , mJ m Distâncias horizontais dos vértices Vmsx kV Tensão elétrica máxima
das curvas aos pontos de suspensão
Utr m/s Velocidade transversal da onda de vi- e
N kgf
mais altos
Esforço normal no perfil da estrutura
V
bração
Componente vertical da força axial
e
N1 Número de isoladores
Número de cabos
V Velocidade do vento e
n1, nJ
n
m Oistã.ncias horizontais dos yértices
V Volume de material
Velocidade do vento normalizado a lüm
e
das curvas aos pontos de suspensão
mais baixos
V10 km/h
de altura e tempo de resposta do anemô e
p kgf
kgf
Carga vertical na fundação
Peso do condutor Vp km/h
metro de 2s
Velocidade do vento de projeto e
pc
e
( ,
------ --- ''-~-=.-,-.,--_ '·

Símb olo Unida de Sign ifica do


Símb olo Unida de Sign ifica do
2
km/h Valor médio das veloc idade s máxim as O"l. 2,3 kgf/cm 2 Tensõ es no solo
anuai s do vento .,.. kgf/cm2 Press ão média no solo
cm
3
Módulo de resis tênci a do perfi l da es- O'c kgf/cm 2 Tensã o de compr essão no solo
trutu ra O'L kgf/cm 2 Tensã o de flexão longi tudin al
m Distâ ncia horiz ontal de um ponto P O"mSx kgf/cm 2 Tensã o máxima
kgf/mm 2 Taxa de traba lho n~s cabos tensio nados
X
qualq uer a um ponto de suspe nsão de um O'l
cabo O'R kgf/cm Tensã o de ruptu ra do concr eto
2
y m Ampli tude de vibra ção O't kgf/cm Tensã o de flexão trans versa l
y m Distâ ncia verti cal de um ponto P qua~ O'v Desvi o-pad rão para vento s de inten sida
quer a um ponto de suspe nsão de um c~­ de máxima
kgf/cm 2 Press ão máxima admis sível do solo
2
bo O's
graus ,rad Ângul o verti cal entre a força de tra- <rsh kgf/cm Press ão máxima admis sível horiz ontal
ção axial T com urna horiz ontal do solo
graus ,rad Ângul o de vibraç ão % 2 Perío do
perce ntual de vibra ção
ex T
Ângul o de deflex ão da linha kgf/cm Tensã o de aderê ncia entre concr eto-aç o
ex graus To
ex Coefi ciente de efetiv idade do vento so Tt Desvi o-pad rão das terrtpe r.atura s mínim as
bre os -cabos pluri anuai s
l/oC Coefi- C,ient e de expan são térmi ca linea r 'P
Índic e de fluên cia
inici al w rad/s Freqü ência circu lar de vibra ção
extr Coefi ciente de expan são térmi ca linea r
final
ll lndice de fluên cia
ll graus Ângul o de talude
r Circu lação
graus Ângul o que um cabo, sob a ação do ven-
' to, faz com a verti cal - bal_an ço da
cadei a
graus lndice de fluên cia
e '
(; - Varia ção de uma grand eza: por ex.,
àt = variaç ão de tempe ratura
mm/mm Elong ação total de um cabo
bteq " o( Varia ção de tempe ratura equiv alente a
urna elong ação
,. \

e
F"
ó
li kgf/m
3
Difer encia l
Peso espec íf íco de um mater ial
Elong ação de um cabo por mudan ça do mó
"
1
'- ,lj.
;;

j;
Õp mm/mm

mim
dulo de elasti cidad e
Varia ção de compr imento de um cabo
C' " mm/mm Elong ação devid o à f luênc ía
.r "
Tj Ampli tude relat iva de vibra ção
e o( Temp eratur a na fluên cia
À m lndice de esbel tez do perfi l .metá lico
À m3 Compr imento da onda de vibraç -ão
p kg/m Massa espec ifica do ar
e :!: Soma tório de uma grand eza: por ex.,
LF' =som atório das.f orças
'e
)
t .•
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e
e
e
e
e
e
e
e
Conteúdo e
e
PREFÁCIO
PRINCIPAIS SÍMBOLOS EMPREGADOS
e
e
e
CAPÍTULO 1- Introdução à transmissão de energia elétrica
por linhas aéreas de transmissão
e
e
1. 1 GENERALIDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TENSÕES DE TRANSMISSÃO - PADRONIZAÇÃO ...................
·j
4
e
1.2
1.3 FORMAS ALTERNATIVAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELtTRICA .. 8 e
1.3.1 - Transmissão em corrente contínua em AI e TEE .......... g e
1.3.1.1 Esquemas de transmissão a CC ...... '.'. ................
1.3.1.2 - Vantagens e desvantagens ............................
10
.í~'::
;,
l e
1. 3.1. 3 - Principais aplicações da tr..ansmissão em CC .......... e
'~ .3. 2 - T ransm1ssao
. - po l'f' ·
l as1ca d e orem
d ·
superior ............. . lo
1.4 - COMPONENTES DAS LINHAS ÁREAS DE TRANSMISSãO ............. 17 e
1. 4.1 - Condutores ............................................ J 9 e
1.4.1.1 - Padronização de dimensões de fios e cabos ........... 23
1. 4. 1. 2 -/J;ipos de cabos para condutores de linhas de .
e
··transmissão ......................................... 2-r e
1. 4. 1. 3 Cabos para pára-raios ............................... 32
1.4.1.4 - Capacidade térmica dos cabos - Ampacidade ........... 33
e
1.4.1.5 - Condutores para linhas em extra e ultra-altas tensões38 e
1.4.2 - Isoladores e ferragens ............................... . 42
1.4.2.1 - Tipos de isoladores ................................. ~~
e
1.4.2.2 - Características dos isoladores de suspensão ......... n e
1.4.2.2.1 - Número de isoladores em uma cadeia de suspensão ... ~9
1.4.2.3 - Ferragens e acessórios . , ............................ 51
e
1. 4. 2. 3. 1 - Cadeias de suspensão .............................. 52 e
1.4.2.3.2 - Cadeias de ancoragem .............................. 57
1.4.2.3.3 - .Emendas dos cabos ................................. 59
e

~!
l.4.2.3.4 Dispositivos antivibrantes ......................... 67
1.4.2.3.5 Espaçadores para condutores múltiplos .·;·: ........... 62
1.4.2.3.6 Sinalizacão de advertência ........................ 63
CAPÍT ULO 3 - Estud o do comp ortam ento mecâ
nico dos condu tores
..... ..... .... 64
e 1.4.3 - Estru turas da linha s ..... ..... ..... .....
1.4.3 .1 - Dime nsões básic as de um supor te ..... ..... ..... ..... . 65 ..... ..... ..... .. 152
e ..... ..... ..... ..... .... 66 3. 1 - INTRODUÇÃO ..... ..... ..... ..... ..... .....
Efeit o dos cabos pára- raios ISOLADOS ..... ... 753
1.4.3 .1.1
..... ..... ..... ..... ..... . . 66 3.2 - COMPORTAMENTO DOS CABOS SUSPENSOS - VÃOS
1 1. 4. 3. 1. 2 Altu ra das estru tura s ..... ..... ..... .. 754
3.2.1 - Supo rtes a mesma altur a ..... ..... .....
1.4.3 .1.3 Distâ ncias entre parte s energ izada s e parte s 3.2. 1.l - Equa ções dos cabo s susp enso s .....
..... ..... . ····15 9
... 69
aterr adas dos supor tes ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ... 164
..... .... . 72 3. 2. 2 - Supo rtes a difer entes altur as ..... .....
Dispo sição dos condu tores nas estru turas vel ..... ..... . 769
(
\_ 1.4.3 .1.4
o das carga s 3.2.2 .1 - Comp rimen tos dos cabos de vãos em desní
1.4.3 .1.5 Clas sifica ção das estru turas em funçã ..... ..... ..... .. 172
( . . 74 3. 2. 2. 2 - Flech as em vãos inclin ados ..... .....
atuan tes ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... VÃOS CONTÍNUOS ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ... 176
e,. 1.4.3 .1.6 Class ifica ção dos supor tes quant o à forma de
resis tir ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... .....
.. 77
3. 3
3.4 EFEITO DAS MUDANÇAS DE DIREÇÃO ..... .....
.....
.....
.....
..... ..... .. 797
..... ..... .. 793
..... ..... ... . 82 3.5 INFLUÊNCIA DE AGENTES EXTERNOS .....
'· 1.4.3 .1. 7 Mate riais estru turai s ..... ..... .....
Efeit o do vento sobre os cond utore s ..... ..... ..... ..... 794
e 1. 5 - BIBLIOGRAFIA ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ... . 84 3.5. 1
3.5.2 Efeit o da varia ção da temp eratu ra ..... ..... ..... ..... .. 200
... ... 201
e 3.5.2 .1 - Equaç ão da muda nça de estad o - vão isola do
Influ ência da varia ção simu ltâne a da temp eratu ra
.....
e da
e das. linha s
3.5.3
carga de vento - vão isola do ..... ..... ..... ..... ..... .. 206
CAPÍTULO 2 - Elem entos básic os para os proj etos
e aérea s de tran smis são 3.5.4 Influ ência da varia ção das temp eratu ras e da carga
vento sobre estru turas em ângul o ..... ..... .....
de
..... .. . 210
e CONSIDERAÇÕES GERAIS ..... ..... ..... ..... ..... .....
..... . 8 7 3.5.5 Efeit o da varia ção da temp eratu ra sobre vãos isola dos
e 2. 1
2.2 - CONSIDERAÇÕES SOBRE A SEGURANÇA
- .
DAS LINHAS .....
.....
..... .... 89
..... . . 92
desig uais ..... ..... ..... ..... ..... .....
3.5.5 .1 - Efeit o da varia ção da temp eratu ra sobre
... .'
vãos
..... ..... .. 212
( 2.3 DETERMINAÇAO DOS ELEMENTOS SOLICITANTES ..... .. . 215
Deter minaç ão das temp eratu ras neces sária s aos proje
tos 93 adjac entes desig uais ..... ..... ..... ..... ..... .....
. 222
e 2.3.1
2.3.1 .1 - Métod o estat ístic o ..... ..... ..... .....
..... ..... .... 93 3.5.6 - Vãos contí nuos - vão regul ador ..... ..... ..... ..... ....
e, 2.3.1 .2 - Métod o diret o ou gráfi co ..... ..... ..... .. e ..... ....
de proje to .... ~7
,96 3.5.7 - Efeit o das sobre carga s de
3.6 - BIBLIOGRAFIA ..... ..... .....
vento
.....
sobre
.....
vãos
.....
desig
.....
uais
.....
...
.....
227
229
e 2.3.2 - Deter minaç ão das veloc idade s dos vento s
Efeit o da rugos idade dos terre nos ..... ..... .. ..... . 105
2.3.2 .1
e 2.3.2 .2 Veloc idade básic a de vento ..... .....
.....
.....
.....
..... ..... 106
..... ..... . 107 condu tores
e 2.3.2 .2.1 - Método estat ístic o .....
2.3.2 .2.2 - Métod o diret o ou gráfi co
.....
..... ..... ..... ..... ... .. 170 CAPÍTULO 4 - Rotei ro dos proje tos mecâ nicos dos
e 2.3.2 .3 - Veloc idade do vento de proje to ..... ..... .....
qualq
....
uer
.. 771
.. 173 4.1 - CONSIDERAÇÕES INICI AIS ..... ..... ..... .....
..... ..... ..... 237
..... ..... .. 232
e 2.3.2 .4 - Veloc idade básic a com perío do de retor
2.3.2 .4.1 - Método estat ístic o ..... ..... ..... .....
no
..... ..... . 113 4.2 - ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO DOS
4.2.1 - Traba lhos topog ráfic os
SUPOR
.....
TES
.....
.....
.....
.....
... , ..... ..... ... . 232
e 2.3.2 .4.2 - Métod o diret o ou gráfi co ..... ..... .....
..... .... . 113
..... ..... . 116 4.2.2 - Fator es que influ encia m o proje to ..... ..... ..... ..... .. 236
.... . 239
e 2.3.3 - Deter minaç ão da press ão do vento ..... .....
2.4 - FORMULAÇÃO DAS HIPÓTESES DE CÁLCULO ..... .....
..... ..... . 117
, '
4 . 2 . 2. 1 - Montagem dos cabos ..... .....
4.3 - DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DOS CABOS .....
..... ..... ..... .....
..... ..... ..... . 253
e 2.5 - FATORES QUE AFETAM AS FLEXAS MÁXIMAS DOS CABOS ..... .. .. 120
..... 121 4.3.1 - Elem entos básic os ..... ..... ..... ..... .....
..... ..... .. . 254
e 2.5.1 - Temp eratu ra máxima ..... ..... ..... .....
2.5.2 - Cara cteri stica s elást icas dos cabos
.....
..... .....
.....
... ..... 121 4.3.1 .1 Escol ha da condi ção regen te do proje to ..... .....
Vão básic o ou vão de proje to ..... ..... ..... .....
.... 255
..... 260
e 2. 5. 2. 1 Defor maçõ es plást icas e modi ficaçã o no módu lo de 4.3.1 .2
4.3.1 .3 Trata mento dos cabos duran te a montagem ..... ..... .. .. 264
e elast icida de em fios metál icos ..... ..... ..... ....
Diagr amas tensõ es - defor maçõ es em cabos ..... .....
.. 122
. 125 4.3.1 .4 Cálcu lo da curva de locaç ão e confe cção
.....
do
.....
gaba rito
..... ....
.. 267
. 273
e 2.5.2 .2
..... ..... ..... . 129 4.3.1 .5 - Métod os de empre gos dos gaba ritos ..... 210
ca ..... ..... ..... ..... ..... .....
2.5.3 - A fluên cia meta lõrgi 4.3.1 .6 - Proje to de distr ibuiç ão ..... ..... ..... . 212
( . : ..... .... . 134 ,.4 - DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ..... ..... ..... ..... .....
2.5.4 ~Cálculo dos along amen tos perma nente s ..... . . 135 ..... .... · ..... ':".:·-.. _,. __ 282
e 2.5.4 .1 - Método conve ncion al ..... ..... .....
2.5.4 .2 - Métod os recom endad os pelo ~G-22 do
.....
CIGRÉ
.....
.....
.....
.... .. 141
4.4.1 - Enun ciado espe cífic
4.4.2
o ..... ..... .....
Deter minaç ão da veloc idade de vento do proje to
e força s
e 2.5.5 Acrés cimo de tempe ratur a equiv alent e a um along
amen to resu1. tante s da ação do vento ..... ..... ..... ..... ..... .. 215
4 ·4.3 - Dime nsões básic as das estru turas ..... ..... ..... ..... ... 286
e: s stica s térmi cas e elást icas dos cabos .....
... 146
perm anent e ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... .. 749
!,_4_4 - Escol ha do vão básic o para cálcu los
..... ..... ..... ... .. 289
"'\' ! 6 Cara cterí
--T....
(
4.4.5 - Hipóteses de cálculo e condição regente de projeto .....
4.4.5.1 - Para os cabos condutores ....................... ......
290
290
6.1. 2. 2 - Galopping ou galope ....................... ......... · · 366
6.1.2.3 - Oscilações de rotação ....................... ......... 367
e
(
4.4.5.2 - Para os cabos pára-raios ................... : ......... 294 6.1.3 - Efeitos das vibrações ....... : ....................... . :.367 '
4.4.6 - Confecção do gabarito ....................... ........... 296
300 1
6.2 _ ES11JD0 GENERALIZADO DAS OSCILAÇOES EM LINHAS DE TANSMISSAO
COMO VIBRAÇÕES AUTO~EXCITADAS .................... ........ 368
e
4.4.6.l - Cálculo das flechas para o gabarito .................. (
4.4.7 - Tabelas ou curvas de flechamento dos cabos condutores .. 304 . 6.2. l - Introdução ao problema ......... ·, ....................... 368
4.4.7.1 - Tabelas de trações em função das temperaturas ........ 305· 6. 3 - ES11JD0 DO FENÔMENO DAS VIBRAÇÕES POR ,VÔRTI CES ............ 3 74
306 6.3.1 - Descrição matemática .............. : ............... ..... 374
e
4.4.7.2 - Tabelas de flechas em função das temperaturas e vãos .
4.4.8 - Tabelas de flechamento dos cabos pára-raios ... ......... 308 6.3.2 - Origem hidrodinâmica das vibrações eólic.as ............. 376 li. e
4. 5 - BIBLIOGRAFIA ....................... ...................... 31 O 6.3.3 - Desenvolvimento da vibração eólica em um vão de linha
de transmissão ....................... .................. 380
'ié
,' e
ii (
6 . 4 - AUTO-AMORTECIMENTO EM CONDUTORES ................. ........ 383 I'
r"
CAPÍTULO 5 - Estruturas para linhas de transmissão
. - 385
6.5 - INTENSIDADE DE VIBR~ÇAO ····· · ··· ······ · ·· ·· · ··· ·· · ···· · · · 388 e
6 6 - CR!Tt:RIOS DE VIBRAÇAO PERIGOSA ....................... ... .
6:6.1 - Prognóstico do nível de vibração .............. ......... 388
e
5 . 1 - INTRODUÇÃO ....................... ....................... . 31 5 ('
ó.6.2 - Critério de vibração perigosa ....................... .... 389
5. 1. 1 - Classificação ....................... ................... 315
5.1.2 - Materiais estruturais ....................... ..... , ..... 376 6. 6. 3 - Ruptura dos condutores ...... ." ....................... ... 392
6. 7 - TENSÃO MECÂNICA E DISPOSITIVOS PARA FIXAÇÃO DOS CONDUTORES 397
e
5.2 - ESTRUTUP.AS TRELIÇADAS EM AÇO GALVANIZADO ............... .. 318 · (
5. 2. 1 - Elementos ....................... ....................... 323 6.8 - AMORTECEDORES DE VIBRAÇÃO ....................... ........ . 401
5. 2. 1.1 - Membros ....................... ....................... 323 6.8.1 - Introdução ....................... ...........· ........... 401
6.8.2 - Tipos de amortecedores ....................... ......... . 402
e
5.2.1.2 - Conectores ou junções ./ ....................... ...... . 325
5. 2. 2 - Normas e recomendações ; ................... ·' ............ 3 27 6.9 ~RESUMO PRÁTICO DE VIBRAÇÕES ....................... ...... ,473 e
5.2.2.1 - Índice de esbeltez ....................... . , ........ .. 327 6.9.1 - Introdução ....................... ...... ................ 413 (
6.9.2 - Posição do amortecedor no vão .................. ........ 420
5. 2. 2. 2 - Perfilados mínimos ....................... . : .......... 3 Z8
5.2.2.3 - Conectores ....................... ................... 328 6.9.3 - Modelo matemático de um amortecedor stockbridge ..... ... 424 e
5.2.2.4 - Marcação ....................... ..................... 329 6.9.4 - Amortecedor tipo festão ....................... ......... 427 (
5.2.2.5 - Parafusos ....................... ................... 329 · 6.10 - PROTEÇÃO AO LONGO DE VÃOS DE TRAVESSIAS ................. 429
6.11 - VIBRAÇÕES EM SUBVÃOS ....................... ........... .. 430 (
5.2.2.6 - Proteção â corrosão ....................... ........... 329:
5 . 2. 2. 7 - Compacidade ....................... ................... 3 3O t 6.12 - RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE VIBRAÇÃO E DEFORMAÇÕES .......... . 432 e
5.2.2.8 - Esbeltez efetiva ....................... ............. . 331 t
5.2.2.9 - Formulârio para compressão ....................... .... 332 !
6.13- ESTUDOS SOBRE VIBRAÇÕES NAS LINHAS DE TRANSMISSÃO
NO BRASIL ...................... ................. · ·. ·. · .436 e
5.2.2.10 - Ação do vento ....................... ................ 3331 6. 1.; - BIBLIOGRAFIA ....................... ............. · · ·. · · · .439 e
5.2.2.11 - Análise dos esforços ....................... ........ . 334 f
5.3 - PROJETO ....................... ....................... .... 335 f
e
5 . 3 . 1 - Da d os pre l'im1nares
· ....................... .............. 335 t··.·.•
CAPÍTULO /l\- Fundações
e
5. 3. 2 - Hipóteses de cálculo ....................... ............ 338 .: 7. 1 - INTRODUÇÃO ....................... ................... · · · · · 44 3 e
5. 3. 3 - Cálculo dos esforços ....................... ............ 340 7.2 - ESFORÇOS NAS FUNDAÇÕES ....................... ........ .... 444
5.3.4 - Diagramas de carregamento ....................... ...... . 341 ·: 7. 2. 1 - Compressão ....................... ............... · · · · · · 445 e
5.3.5 - Diagramas de utilização ....................... ........ . 343.
5.3.6 - Roteiro para o projeto da estrutura metálica ....... .... 346
7.2.2 - Tração ....................... .................. · · · · · · · ·445 e
7.2.3 - Flexão ....................... ........ ··················446 C·
5. 4 - BIBLIOGRAFIA ....................... ..................... 363 7.2.4 - Torção ....................... .................. ······ ··446
7.2.S - Cisalhamento ....................... .............. · · · · · ·446 e
7.2.6 - Empuxo ..... : ....................... .................. · .447
7 · 3 - NOÇÕES DE GEOLOGIA ............... : .............. · · · · · · · · ·449
e -
CAPÍTULO 6 - Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos (
7.3.1 - Tipos de terrenos de fundações ....................... .. 449
6. 1 - INTRODUÇÃO ....................... ....................... . 364 7.3.2 - Sondagem ....................... ....................... ·452
7.4 - MATERIAIS USADOS EM FUNDAÇÕES ....................... ..... 460
6.1. 1 - Comentários iniciais ....................... ............ 364
6.1.2 - Dimensões e causas das vibrações ....................... 366
7.4.1 - Madeira ....................... ....................... . . 460 e
-_~..., ·~-.--- .... J6~ e
,
7.4.3 - Aço ............... ............... ............... ....... 462
7.4.4 - Concreto ............... ............... ............... .. 465
7.5 - TIPOS ESTRUTURAIS DE FUNDAÇÕES ................. .. : . ....... 466
7. 5. 1 Fundações simples ............... ............... ........ 46 7
7.5.2 Fundações fracionadas ............... ............... .... 467
7.5.3 Fundações de estaiamento ............... ............... . 468
7. 5. 4 Fundações especiais ............... ............... ...... 468
7.6 - TIPOS CONSTRUTIVOS DE FUNDAÇÕES ............... ........... 469
7.6.1 Plantio de postes ................ '. ............... ...... 470 lntroducã o à transmissão de
7. 6. 2
7. 6. 3
Fundações em grelhas ................ ................ .... 4 73
Fundações em tubulão ............... ............... ..... 4 7 5
energia elétrica por linhas
7.6.4 Fundações em sapatas de concreto ............... ....... . 476 aéreas de transmissão
7.6.5 Fundações estaqueadas ............... ............... ... 477
7. 6. 6 Ancoragem em rocha ................ ................ ...... 4 7 9
7. 7 - EXECUÇÃO ............... ............... ............... .... 480
1 . l - GENERAL IDADES
7. 7. 1 Locação ............... ............... ............... ... 4 8 J
7. 7. 2 Preparação de terreno ............... ............... .... 4 8 J
7. 7. 3 Execução ............... ............... ............... .. 482 As primeiras aplicações de caráter econômico de energia
7. 7. 4 Recomposição do terreno ............... ............... .. 486
elétrica datam de 1870, aproximadamente, época em que as máquinas
7. 8 - MtTODOS DE CÁLCULO ............... ............... ......... 4 g 7
7.8.1 Método suíço ............... •............... .............. 490 elétricas (dínamos e motores de corrente contínua) atingiram o
7. 8. 2 Fundações tracionadas ....· ............... .............. ..496
estágio que permitiu seu uso na geração e na utilização da energia "'L
7.8.3 Grelhas ................ ................ ................ . 500 r
força motriz em indústrias e nos transportes. A f'
Tubulão ............... ............... ...... , ........... 5 J 3 elétrica como
e: 7. 8. 4
7.8.5 Stub e cleats ............... ............... ............ 524 iluminação pública, com lâmpadas arco voltaico, apresentava-se como
e 7.9 - BIBLIOGRAFIA ............... ............... ............... 527
uma alternativa à iluminação pública a gás. Comq energia primária,
e, utilizava-se quase exclusivamente máquinas a vapor estacionárias,
e ou locomóveis, queimando carvão ou lenha, em pontos próximos ao de
e sua utilização.
e Somente em 1882 é que foi constituida a primeira
( empresa destinada a gerar e vender energia elétrica aos
e \
interessaàos, agora mais facilmente utilizável, em virtude da
e invenção da lâmpada incandescente por Thomas A. Edison. Foi o mesmo
e Edison o autor do projeto e o responsável pela instalação da usina

e da rua Pearl, em N. York, cujos dínamos eram acionados po~ máquinas


a vapor. A rede de distribuição subterrânea abrangia uma área de
1600m de raio em torno da usina. A energia fornecida, em llOV de
corrente contínua era· para uso geral, abrangendo inicialmente a
iluminação pública e a residencial, além de umas poucas aplicações
de força motriz. A aceitação foi imediata e o sistema exigiu novas
adições. Isso ·só ·:·-era-.-;possi.vel.-. ·,com,- a··_, cons·tr.uç_ão-<de--:· no:vas,:.··_centr,ais.,
-,: ..

2 Projetos mecânic os das linhas aéreas de transmissão


introduçlio à transmis são de energia elétrica por li"nhas aérea.s de transmis
são 3
e,~
impos tas ao 1950 -entra da em serviç o de uma linha de 1.000k m de e
limita ções econôm icas e técnic as
em virtud e das
compr imento , 50Hz e 400kV, na Suécia ;
l
transp orte da energ ia elétri ca a distân cias maiore
s. Esse fato ,
r-
i!I" ,por si só, const ituía- se em impor tante limita ção ao
uso da energi a 1953 -alcan çada a tensão de 345kV nos Estado s Unido s;
Estado s
'~

í
tico 1963 -energ izada a prime ira linha de SOOkV nos
sem atenta r para o fato de que o poten cial energé
elétri ca,
hidráu lico estava fora do alcanc e, na maiori a das vezes,
como fonte Unido s; e
1965 -é energi zada a prime ira linha de 735kV no Canadá
; (
de energ ia primá ria.
corren te altern ada foi desenv olvido na e
O empreg o da

França , com a invenç ão dos transf ormad ores, permi tindo


o transp orte
A prime ira linha de transm issão de que se tem regist ro
na cídade de
e
no Brasi l, foi constr uída por volta de 1883, l
s e tensõe s
econôm ico da energi a elétri ca, em potênc ias maiore a energi a
mais elevad as a distân cias maiore s, sem prejuí zo da
eficiê ncia: no
Diama ntina, Minas Gerais . Tinha por fim transp ortar
por duas rodas
e
uso para fins de ilumin ação. Os direit os de uso desse
sistem a, nos
produz ida em uma usina hidre létric a, const ituída
distân cia de 2km, e
Estado s Unido s, foi adquir ido por George Westin ghouse
em 1885 e d' água e dois dínamo s Grame, ·a- uma
hidráu licas
r-'·
aproxi madam ente. A energ ia transp ortada aciona va bombas
que, já em início de 1886, instal ou uma rede em CA para
ilumin ação
em uma mina de diama ntes. Consta que era a li~ha
. mais longa do e
públic a com 150 lâmpad as.
mundo, na época [8].
e
Em maio de 1888, Nioo'la Tesla, na Europa , aprese ntou
um
Uma rápida pesqu isa na biblio grafia dispon ível mostro
u e
artigo descre vendo motore s de índuçã o e motOre s síncro nos
ser difíci l um levant ament o geral das linhas constr uídas
no Brasil , e
bifási cos. O sistem a trifás ico seguiu -se,
induçã o. As
io·go, com o
suas datas e carac teríst icas, e, no relato que se
segue, haverá , e
desenv olvime nto de- gerado res síncro nos e motore s de (
sistem as de CA por certo, omissõ es.
vantag ens sobre os sistem as de CC fizeram com que os
lment e eram Em 1901, com a entrad a em serviç o da centra l e
passas sem a ter um desenv olvime nto mui to rápido . Inicia
ícos. hidre létric a de Santan a do Parnaí ba, a então San
Paulo Tramway e
sistem as monof ásicos e, em seguid a, sistem as bi e trifás linhas de seus e
Light and Power Co.. Ltd. co_nst ruiu as prime iras
Regist ram-se : sistem as de 40kV. Em 1914, com a entrad a em serviç
o da usina e
uziu o padrão (
linha monof ásica 29,Skm e capaci dade
com de hidre létric a de Itupar arang a, a mesma empre sa introd
1886 -uma
,,
1/
transp orte de 2.700H P, para Roma, Itália ;
\
88kV, ~ue até hoje mantém e que adotou também para
subtra nsmiss ão. e
pela Companhia
de Esse padrão de tensão foi, em seguid a, adotad o (
11 1888 -uma linha trifás ica, em 11.000 V, com um compri mento
i! Paulis ta de Estrad as de Ferro, Estrad a de Ferro Soroca bana e, (.
180km na Alemanha;
a CESP. Ehtr~
1890 -prim eira linha em CA, de 20km, monof ásica no estado
de atravé s desta, pela USELPA, hoje integr ado ao sistem
no Brasil ,
e
., Oregon , nos EUA, operan do em 3300V; 1945 e 1947, foi constr uída a prime ira linha de 230kV (
interl igar os
1907 -já era atingi da a tensão de 110KV; com um compr imento aproxi mado de 330km, destin ada a (
lment e em
sistem as Rio Light e São Paulo Light, operan ·do inicia
1913 -foi constr uída uma linha em lSOkV; (

1923 -foram constr uídas linhas de 220kV; 170kV, passan do em 1950, a operar com 230kV. (
também a prime ira interl igaçã o de dois sistem as
1926 -foram constr uídas linhas com 244kV;
Fói
impor tantes realiza ,do no Brasi l [°6].
e
1936 -a prime ira linha de 287kV entrou em serviç o; L
(
-~---,-------------

5
4 Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aér~as de transmissão

14.30 { MINl 14,30l MINI


Seguiram-se, a partir daí, em rápida sucessão, as
1
linhas de 345kV da CEMIG e FURNAS, 460kV da CESP, as linhas de
\
_ SOOkV do sistema de FURNAS e 800kV do sistema de Itaipu.
~ -~l::._~....;._~+...,r-?<f--'f''-----t:\

o

7,70(MlN) i

30 ISOLADORES
7,70(MIN! 7.70(hlN) \
1 1
lf1
g\
1 ~----'-=':.:c_J\1\
ISOLADORES

:\:
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NOTA:
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\ODAS AS COTAS EM METROS
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7.8S '-ptOJ;.

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-·1·
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e:
C!'
(... -
I,
a) Estaiada

Fig. 1.1 - Estruturas das LT de CC de± 600kV, de Itaipu [7]


b) AutoPortante

1t 1'
1:
"
li

:14
~,:,

o
•ó
...
o

,
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..
li
u
••
3"5 ISOLA DORES

e:
- 1' 1.2 - TENSÕES DE TRANSMISSÃO - PADRONIZAÇÃO
\
•o
•o
Ci i\ ~ •o
-~ ~ Edison, ao escolher a tensão 110V para o seu sistema, "• o
<
.. o
~
praticamente iniciou uma padronização das tensões de energia .;
("'- t'
. elétrica a nível de consumidor. Essa tensão, ainda hoje é usada em
N

( numerosos sistemas rnonofásicos a dois ou três fios. "w


-~
ê
ESTAIADAS
( Desde logo ficou conhecida a supremacia dos sistemas <
>

e_ \t polifásicos sobre os sistemas mono e bifásicos. Os geradores e os

e lq motores síncronos são mais compactos do que os mono ou bifásicos,


(- ~ pela melhor utilização do espaço disponível no induzido. Os motores Fig. 1. 2 Estruturas-da LT de CA "d"'' Itaipu em)>OOkV
'-
7
·;~""·
Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de t~ansmissão (_i"
6 Projetos mecânicos das linhâS Béreas de transmissão

Institu iu-se em cada categor ia as "classe s de tensão" .


0
de indução , por sua vez, além da vantagem acima, também _permiti am
Uma classe de tensão é constitu ída por um ou mais valores
de e
partida s diretas , com elevado conjugad o inicial. Havia ainda a
"TENSÃO NOMINAL" e um valor de "TENSÃO MÁXIMA DE OPERAÇÃO EM REGIME
e
vantagem de que os sistema s mono ou bifásico s podiam ser derivad os e
PERMANENTE".
dos mesmos. Nos sistema s convenc ionais de energia elétric a,
para as
a
Para as altas tensões o caráter de padroni zação e
corrent e alterna da, adotou- se o
reserva ndo-se
sistema trifásic o
os sistema s monofás icos para a naciona l ainda prevale ce, enquant o que para as tensões e
indústr ias,
distribu ição residen cial e mesmo rural.
extra-el evadas a padroni zação interna cional está estabel ecida e e
A crescen te demanda da energia elétric a exigiu aceita. e
constan te ampliaç ão das instalaç ões, conseqü entemen te a encomen
da
No Brasil são as seguint es as classes de altas tensões e
pelas concess ionárias e pelos usuário s de novos e mais potente'
s e extra altas tenSões recomen dadas pelo COBEI da ABNT, para e
equipam entos, e que, por razões econômi cas, deveriam operar com sistema s trifásic os, tensões fase-a- fase. e
tensões mais altas, criava sérios problem as para os fabrica ntes e
desse materia l. Isso fez com que mui to cedo se reconhe cesse a
TABELA 1.1 - CLASSES DE TENSÃO PARA USO NO BRASIL e
necessid ade de uma padroni zação das tensões de operaçã o do TENSÕES NOMINAIS TENSÕES MÁXIMAS CATEGORIA e
equipam ento e, conseqü entemen te/ das instalaç ões das empresa s e
concess ionárias . A padroniz ação das tensões não podia ser, 33 ou
62 ou
34,SkV
69kV
38kV
72,SkV
altas e
evidente mente, individ ual por fabrica nte. Adotara m-se j:iaàrões de tensões (
132 ou 138kV 145kV
caráter naciona l, estende ndo-se também a outros países. A (
220 ou 230kV 242kV
experiê ncia ditava os valores mais conveni entes a cada caso, em e
geral fixados por conside rações de ordem tecnoló gica e econômi ca. 330 ou 345kV 362kV tensões (:
indústr ia de 550kV e~tra
No Brasil, que não desenvo lveu sua SOOkV
elevada s e
cada concess ionária adotou os padrões dos países de 800kV
equipam entos,
origem dos diverso s fornece dores de equipam ento ou das matrize s das
750kV
e
empresa s concess ionárias de energia elétrica . A unificaç ão das
e
-' \A IEC ainda reconhe ce a classe 380 ou 400kV / 420kV, de e
tensões é recente .
Convenc ionou-se que nos sistema s trifásic os as tensões
uso nos sistema s naciona is interlig ados da Europa. e
seriam especif icadas por seus valores fase-a- fase, conside radas
Estudos realizad os na Europa e Estados Unidos (1) e
suas tensões nominai s.
mostrara m que, em um mesmo sistema , deve-se evitar a sobrepo sição e
Um esforço em nível interna cional, através da IEC
de muitos níveis de tensões . Assim, nos Estados Unidos e Canadá,
a
de
e
classe de 34SkV foi desenvo lvida para ser sobrepo sta ao sistema (
-!ntern ational Eletrote chnical Comissi on, levou a uma padroni zação
138kV, enquant o que a classe de SQOkV foi desenvo lvida para ser (
de te_nsõ_es, que foram agrupad as em três categor ias: de
sobrepo sta ao sistema de 161kV e/ou 230kV. Por sua vez, à classe e
Altas Tensões (AT) 600V < U < 300kV
34SkV recomen da-se a sobrepo sição por sistema s de 7SOkV. na Europa, (
Tensões Extra-E levadas (EAT) 300kV < U < 800kV
a classe de 400kV foi sobrepo sta aos sistema s de 230kV.
Tensões Ultra-E levadas (UAT) U > 800kV e
10 Projetos mecânicos das linhas aéreas de tfansmissão Introdução à transmissão de energia elétrica pai linhas aéreas de transmissão 11

contínuas também em linhas aéreas, para transmitir grandes


-Transmissão bipolar
potências a longas distâncias, ou como linhas alimentadoras ou em
Emprega dois condutores métalicos, um para cada um dos
sobreposição aos sistemas de CA, dado seu efeito estabilizador. A
pólos. Em cada um dos seus terminais existem dois conversores
"bibliografia é bastante rica na descrição das instalações em CC
ligados em série no lado de corrente· contínua, e cujos pontos
existentes.
neutros podem ou não ser aterrados. Em casà'- de aterramente de ambos
No Brasil opera uma linha em ± 600kV, 3150MW e
os neutros, cada um dos pólos pode operar. independentemente do
aproximadamente 800km de extensão, interligando o setor de SOHz de
outro, durante contigências, com aproximadamente metade da potência
Itaipu com o sistema interligado do Sudeste, que opera em 60Hz. Uma
total. Equivale em confiabilidade a uma linha de corrente alternada
linha idêntica e paralela a esta está prevista.
a circuito duplo (Fig. 1.4).
Por volta de 1970, as válvulas a vapor de mercúrio tipo
piscina passaram a ser substituídas por TIRISTORES. Trata-se de
Retificadores Controlados de Silício (SCR), que apresentam inúmeras
POLO l+I
vantagens sobre as válvulas a vapor de mercúrio.

1.3.1.l - Esquemas de transmissão a CC

A transmissão em CC pode se processar de três modos, a


saber:

- Transmissão monopolar POLO 1-1

Representa a sua forma mais simples, possui apenas um


condutor metálico e emprega o solo como retorno. É também aquela
que requer o menor investimento para as linhas. Apresenta a mesma Fig. 1.4 - Esquema de transmissão a CC bipolar

conf iabi 1 idade de uma 1 inha a corrente alternada a um circuito. o


condutor métalico pode ser de polaridade negativa ou positiva, / \
sendo preferida a polaridade negativa (Fig. 1. 3). - Transmissão rnomopolar

A linha é constituída de dois ou mais condutores de


RETIFICADORA POLO - COND. METÁLICO 1NVE RSOR A mesma polaridade, em geral negativa, empregando o solo como
retorno. No caso de falta de um dos condutor.es, o conversor
inteiro fica ainda disponível para operar com mais da metade da
potência total. Não" havendo restrições quanto à permanência de
Pa.o+- RETO~O PELO sa..o
--~- correntes no solo, este esquema oferece alguma vantagem sobre o
a.'1terior, inclusive de rendimento, por serem menores as perdas
e
e,
( .
Fig. 1.3 - Esquema de transmissão monopolar
''
(Fig. 1.5).
t ,,,
12 Projetos mecânicos das ti'1has aéreas de transmissão
Introdução à transmissão de energia elétrica porlinhas aéreas ,de transmissão 13
e
d - o solo representa um ótimo condutor para a CC, com e
POLO ( - l resistividade praticamente nula. Pode, economicamente, e
substituir os condutores metálicos em regime normal ou e
durante contigências; e
e - a CC não conhece, em regime permanepte, a indutância e a e
N capacitância. Destarte, uma mesma intensidade de corrente e
POLO l+I

SOLO
produz, em um condutor idêntico, uma queda de tensão menor e
do que uma corrente de CA de mesma intensidade. O e
POLO(-)
condutor possui, à CC, uma resistência-bem menor do que à
e
CA, pela ausência dos efeitos pelicular e de proximidade,
e
Fig. 1.5 - Esquema de transmissão a CC homopolar
o que permite uma transmissão mais econômica,
e
principalmente. a grandes distâncias;
e
r
CC somente transmite potências ativas.

1.3.1.2 - Vantagens e desvantagens da transmissão em CC


f - a linha de
Ocorrendo um curto-circuito em um dos sistemas de CA, a "·e
linha de CC não contribui para aumentar as correntes de (
São as seguintes as vantagens oferecidas pela curto circuito; e
transmissão a corrente contínua:
g - o controle de fluxo da energia entre dois sistemas e
a - torna econômica e tecnicamente viável a transrriissão, a interligados é relativamente fácil, através do controle do e
distâncias relativamente grandes, de potências equipamento conversor. e
consideráveis por cabos subterrâneos e submarinos, pela Em contrapartida, há igualmente desvantagens, e
ausência da corrente de carga;
citando-se principalmente: e
b - trata-se de uma ligação ass1'ncrona en t re sis
· t emas, podendo
a - os conversores são muito caros e seu controle tende a ser e
portanto interligar sistemas de freqüências diferentes, (
\sofisticado;
como também transferir energia de um pa ra ou t ro, sem e
problemas de estabilidade do sistema interligado, podendo
b - os conversores requerem muita energia reativa,
instalação junto a eles de grandes bancos
exigindo a
de capacitares
e
mesmo aumentá-la; (.
e - para urna mesma potência transferida, uma linha bipolar de
1
i
estáticos;
e
CC, com o mesmo nível de isolamento de uma linha de CA e 1 c - os conversores geram harmônicos, tanto do lado da CC, como
a instalação de filtros para
e
do lado da CA, exigindo
condutores de mesma bitolas, necessita apenas 2/3 da
quantidade de cabos e 213 do número de isoladores do que a . evitar a sua propagação. Os capacitores usados nos filtros
(..
suprem parte da energia reativa aos conversores;
e
de CA. Suas dimensões
estruturas mais leves
servidão mais estreitas;
globais
e simples
serão
e
menores
exigindo
empregando
faixas de 1
ff:
d - a ausência de disjuntores de AT e em EAT para CC
possibilidade de se constiuir redes multiterminais em
limita a
CC.

'
y· 14
Projetos mecânic os das linhas aéreas de transmissão Introdução à transm;ssão de energia elêtn"ca por linhas aéreas de transmis
são 15

('
de 1.3.2 - Transm issão polifá sica de ordem superi or
(- Isso, no estági o atual, restrin ge a operaç ão das linhas

( CC ao sistem a ponto- a-pont o.


há algum tempo, que o empreg o de
Já fora verifi cado,
( um número de fases m3.ior do que três na transm issão
de energi a
i 1.3.1. 3 - Princi pais aplica ções da transm issão em CC
(- aéreas de
elétri ca poder ia ser bastan te vantaj oso em linhas

~:'·
e
As discus sões anteri ores, refere ntes às vantag ens transm issão.
nto
desvan tagens da transm issão CC, sugere m os seguin
tes casos de Estas, para serem constr uídas, -· extgem o estabe lecime

e aplica ção: de áreas de segura nça, consti tuídas pelas faixas de


servid ão, cuja
da classe de
e' a - para as linhas em cabos subaq uático s com compr imento s largur a é estabe lecida pelas normas técnic as em função
resgua rdar
e maiore s de 35km; tensão da linha e'de suas dimens ões. Visa-s e, com isso,
a segura nça de pessoa s e bens. Poder -se-ia dizer
que uma 1 inha
( b - para a interl igação de sistem as de CA com freqüê ncias
ocupa no espaço um volume de forma·· prism ática de compri mento e
interl igaçã o
2,; difere ntes ou quando for deseja da uma
área de seção transv ersal variáv el a cada caso, para
transm itir a
assínc rona; a densid ade de
potênc ia previs ta em projet o. Nas linhas trifás iCas,
e' e - para transm itir potênc _ias elevad as atravé s de longas
potênc ia por área de seção transv ersal da linha
é, em geral,
CJ há um baixo
relativ ament e baixa, o que leva à conclu são de que
aéreas . Isso faz com - que essas
(~!. distân cias por linhas
linhas associ adas a usinas hidre létric as de grande
sej~m fator de utiliz ação das faixas de servid ão em uso.
e porte situad as em regiõe s remota s ou a usinas térmic
as a A medida em que a demand a de energi a elétri ca cresce
,
( de são exigid as,
carvão , do tipo boca de mina, quando o transp orte novas linhas de capaci dade de transp orte cres_c ente
do mais altos,
energi a elétri ca é mais econôm ico do que o transp orte levand o a se empre gar linhas com níveis de tensão
a do um número
( combu stível a longa distân cia, para sua geraçã o próxim conseq üentem ente também com dimens ões maiore s, exigin
e aos centro s de consumo; maior de faixas de servid ão, de largur a maior. Estas
se tornam

e d - um dos maiore s proble mas com que se deíron tam as mui to difíce is de serem obtida s, ·pelo seu custo
elevad o ou por
na paisag em,
( en- causa do impact o visual que as linhas repres entam
,- conce ssioná rias em áreas urbana s, é o reforç o do suprim Isso é
no- nem sempre bem aceita s pela popula ção.
~.
to de energ ia às suas áreas centra is, pois, em geral, '
( ade de especi almen te verdad eiro em zonas suburb anas.
vas linhas aéreas estão excluí das, pela impos sibilid
e se obter as neces sárias faixas de servid ão, como também
os 1 A elevaç ão da tensão de linhas existe ntes tem resolv
ido

C' cabos subter râneos em CA sofrem limita ção econôm


ica pe- f o caso em algum as instân cias, como também a troca
de uma linha a

cl >
,l
las distân cias. Neste caso, alimen tadore s em CC subte
neos podem ser indica dos; exemp lo, em Londre s. Para
rrâ-
este ;
,_
circui to simple s por outra a circui to duplo na mesma
faixa.

A transm issão por ordem mais elevad a de fases ~ seis,

~J
ens, o que a
ão no i nove ou doze fases ~ oferec e uma combin ação de vantag
tipo de aplica ção, cabos "criog ênicos " desem penhar devem ocupar
terna especi almen te recome ndada para linhas que

~.-1. l
perdas
futuro um impor tante papel, pois, pelas suas baixas densid ades de
tes .
-
faixas de servid ão estrei tas. Elas permit em maiore s
e quedas àe tensão em CC, poderã o transm itir corren de poten cial
potênc ia· na sua seção transv er.sal, menor es gradie ntes
elevad as com baixas tensõe s.
L ~-
( .
(,
17
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
lnuoduçã o à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas ue transmis
são
e
(perda s de
e
"l
nos condu tores, portan to, menor ativid àde de
ruídos sonoro s e de radioi nterfe rência ). Suas· dimen
corona
sões
p
'
e
energ ia, (
reduzi das permit em que sejam também mais estéti cas.
~ais

As vantag ens deriva m do menor defasa mento existe


nte
.\.
e
entre fases. Por exemp lo, num sistem a de 345kV, a tensão e
(
sico (6 fases) ,
fase-t erra corres ponde a 199kV. Num sistem a hexafá
os mesmos 199kV repres entam igualm ente as tensõe
s fase-f ase; no e
sistem a dodec afásic o, aos 199kV fase-t erra, teremo
s apenas 103kV e
menor pode ser (~
fase-a fase. O result ado disso é que uma linha
usada para transp ortar uma potênc ia maior.
e
A transfo rmaçã o para o sistem a hexa ou dodec afásic
o, a
=F-E1=1:
e
partir de um sistem a trifás ico e vice-v ersa, é possív
el atravé s de
EE
12 FASES
e
transf ormad ores. Tem sido usado para a alimen
tação de pontes
Fig. 1.7 Estrut uras propo stas para linhas e
retific adora s indus triais há mui tos anos e é confiá
vel. A figura de transm issão polifa sicas e
1.6 mostra um esquem a de conex ão/viá vel, com dois
transf ormad ores
obter· um sistem a
e
trifás icos ou seis monof ásicos para se (
hexafá sico. A viabil idade técnic a da transm issão por linhas aéreas (
verifi cada em
de níveis mais elevad os de ordem de fases, f;oi (
• linhas experi menta is. Já há linhas hexafá siCas
operan do nos
e
• (. Estado s Unidos . Outras deverã o se seguir , por
transfo rmaçã o de
e
linhas a circui to duplo trifás icas para o m~do e
de operaç ão

afásic as sejam


hexafá sica. Prevê -se que as linhas hexa ou dodec
linhas de tensõe s
e

aceita s no futuro corno altern ativas para as
e
o
ultra-e ley'.e.d as.
e
(
•• 1.4 - COMPONENTES DAS LINHAS AÉREAS DE TRANS~ISSÃO
e
e
O desemp enho elétri co das linhas está direta mente e
Fig. 1.6 - Transf ormaç ão trifas ica-he xafas ica
~elacionado com as carac teríst icas de seus compo nentes , como e
Temos, de um lado, a. (
também de sua config uração geomé trica.
A Fig. 1. 7 mostra a config uração de estrut uras
.-:.,,- .. stzpor
r._
tabilid ade elétri ca de sua estrut ura isolan te e seu e
propo stas para linhas de transm issão a seis e a doze fases,
.- ~'.-~_óesempenho i.écnic o, e do outro lado, sua capaci
dade de suport ar as e
projet adas para mesma s tensõe s fase-t erra (5]. e
(
·' "'i 19
~~.• 18 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aére~s de transmissão
h,L. solicita ções me:ânica s a que são submeti das, que devem ser Uma linha de transmi ssão se compõe das seguint es partes
l

')_ conside radas corcomi tantcmen te. E, isso, sem descuid ar ~e um outro princip ais, que serão analisad as suscinta mente (Fig. 1.8):
l que é o econômi co. O transpo rte de cabos conduto res de energia e acessór ios;
fator de igual importá ncia,
(
energia elétriCT pelas linhas de transmi ssão tem, dentro de um - estrutu ras isolant es;
( - estrutu ras de ·suporte ;
; sistema elétric :, o caráter de ''prestaç ão de serviço ". Deverá,
1-
'· pois, ser efic~te, confiáv el e econômi co. Para se transpo rtar - fundaçõ es;

uma determin adc.. quantida de de energia elétric a a uma distânc ia - cabos de guarda ou pára-ra ios;

preesta belecid a há um número muito grande de soluçõe s possíve is, - aterram entos;
( em função do g:~ande nú1nero de variáve is associa das a um linha, - acessór ios diverso s.
(. como:

( - valor d~ :ensão de transmi ssão; PR

(~. - número, :ipo e bilolas dos cabos conduto res por fase;
- número e :ipo dos isolado res e distânc ias de seguran ça;
j_•
( CONDUTORES

ê'ci - número a~ circuilo s trifásic os;


- materia iI estrutu rais e ":iforma dos suporte s resistir em aos
A

esforço~
?~ etc.
e apenas uma .,ou poucas
,,,,_ ,;;; V'

De :.:idas as soluçõe s possíve is, I 'FUN DACÕES

J transpo rte da energia , ou


( .· satisfaz em aos :-equisi los básicos do
'
e_' seja, o de ::ermiti r o "transp orte de lkWh na c!istânc ia Fig. 1. 8 - Princip ais element os das linhas_ de transmi ssão
especif icada, ~o menor custo, dentro de parâmet ros técnico s
(
preestab elecidcs :, e com 0. confiab ilidade necessá ria".
( dos estudos de 1.4.1 - Conduto res
Ess~ solução é encontr ada através
"otimiz ação". ~~a tanto. para cada solução aceitáv el, são feitos
Transmi ssão mostra que os agentes do
'' -, verdade iros eletrom ecânico s, que são avaliad os A Teoria da
a:.:epro jelos
e de perdas de transpo rte da energia elétric a são os campos elétrico s e os campos
tecnicam ente. '?ei tos os orçamen tos de custos
aag~éticos, para os quais os éonduto res constitu em ºguias" . Sua
energia , por ccmparaç ão é encontr ada a solução mais adequad a.
das
um modo geral, para idêntico s parâmet ros de escolha e dimensi onament o correto s são decisiv os na limitaçã o
De
deve ser escolhid a a solução para a perdas de energia (por efeito Joule ou por Carona) , como também

-,
desempe nho e c:.nfiab ilidade,
de ·para control ar os niveis de radioin terferên cia.e ruídos acústic os.
qual a parcele. .anual dos investim entos feitos, mais os custos
Problem as de naturez a mecânic a podem igualme nte ocorrer , em casos
manuten ção e operaçã o (aqui inçl1:J.íd os os_ custos da energia
de solicita ções excessi vas.
anualme nte perCida) sejam mínimos (ver item 1.4.2).

1 As perdas por efeito Joule são control adas pela


To.:::is os fatores interve nientes estão relacion ados com
k-

os compone ntes :ísicos das linhas. "~,~--- Hcolha de conduto res com áreas de seções transve rsais adequad as
~~;.,~
r\.::.,...
"

o 21 (':
20 Projetas mecânico s das linhas aéreas de transmissão lntroduç3o à transmissão de energia elétrica por tinhas aéreas,de transmissD

Na figura 1.9 é mostrad o o diagram a das forças com que


e
às corren tes que deverão conduz ir, concom itantem ente com a
escolh a
côrren tes são estrutu ras de suport e das linhas absorve
m os esforço s e
de materi ais com resisti vidade compa tíveis. As
inversa mente
as
transm itidos pelos condu~ores.
e
propor cionais às potênc ias a serem transm itidas e e
stações T (newton ) é a força axial d6.con dutor. Ela possui duas
propor cionais aos níveis de tensão adotad os. Já as manife
do efeito Carona , que depende m do gradie nte de potenc
ial nas compon entes, uma força horizo ntal To [N], absorv ida pela estrutu
ra, e
imedia ções dos condut ores, aumenta m com o nível das
tensõe s e ª2P que é equilib rada pelo peso do
e
diminue m com o aumento nos diâmet ros dos condut ores. Este fator
e uma força vertic al P =
e
faz com que, princip alment e em níveis de tensões acima de 200kV, conduto r na metade do vão "a" [m]. e
a escolh a das dimens ões dos condut ores obedeç a ao critéri
o de e
minimi zação das manife stações do efeito Carona , já que
eXiste e
consen so entre projet istas de linhas de q_ue não se conseg ue, e
r: econom icamen te, sua total elimina ção. e
Os condut ores, corno os demais materi ais ernpregadoS em e
1 engenh aria, estão sujei tos a falhas . Estas são decorr entes
dos i'· e
tipos e intensi dades das solicit ações a que são submet
idos e 1/ ""'= C:
1
1 também de sua capacid ade de resist ir às mesmas. Os condut ores
das
I .S ·- -, - 1-z 11 = 1

~r-~~·~-~~~"--'~~ÃÓ~·~·-~~~-----i·1 - .
s'/.1.=:111.: :: '.!-=::/.'/.=

e
linhas aéreas de transm issão, para se mantere m suspên sos acima
do
a
e
solo sã9 submet idos a forças axiais . Estas variam com a mudanç
m
Fig. 1.9 - Vão de uma linha aérea de transm issão e
das condiçõ es ambien tais: abaixam entos de temper atura provoca
do
e
aument os nas trações e vice-v ersa. O vento atmosf érico, incidin A flecha do condut or no vão "a", f [m], pode ser e
sobre a superf ície dos condut ores, exerce sobre os mesmos
urna

pressão , que se traduz também em aument o na tração axial. Quando


a
calcula da pela equaçã o abaixo [9], admitin do-se que a curva
e
tração resulta nte atingi r valore s maiore s do que a resistê ncia
dós t assumid a pelos cabos seja uma parábo la, e
condut ores à ruptura , esta poderá ocorre r. O vento, por
outro t 2
a .p ( 1. 1) e
lado, induz nos condut ores vibraçõ es de freqüê ncias elevad as,
que
8To e
podem provoc ar a sua ruptura por fadiga junto aos seus pontos
de na qual p, em newton por metro, repres enta o peso unitár io do e
fixação aos isolado res. Quanto maior for a taxa de trabalh
o à condut or. e
tração nos condut ores, maiore s serão os problem as decorr entes
das A menor distân cia do condut or ao solo é chamada
e
vibraçõ es. Quanto menor a tração maior será a flecha resulta
nte, •a1 tura de segura nça",e é determ inada em função da tensão da e
como mostra a figura 1.9, exigind o, pois, estrutu ras mais altas
ou linha e da nature za do terreno atraves sado, da maneir
a prescr ita
fim a NR
e
um maior número delas. Outro fator que pode influen ciar
a escolh a ea normas d~ pr9c~dimentos (no Brasil , vigora para esse e
dum tipo de condut or é sua capa~idade de operar com temper
aturas 5422 [10]). Na figura 1.9 estâ represe ntada por hs.
linhas aéreas de
e
mais elevad as, sem perdas acentu adas de resistê ncia mecâni
ca, Os condut ores empreg ados em
transm issão são consti tuídos por cabo~. Estes são obtido
s pelo
e
admitin do maiore s densida des de corren te. l,
(
..
'--~~------ - '

-'-""'--.r·-'
23
(. Projetos mecânicos das linhas ·aéreas de tranSmissão JntroduçãÜ à transmissão de energia elétrica por linhas aé~eas de transmissãO
22
('.

e "encordoamento" de fios metálicos.


transversal circular são enrolados, em forma espirâl, outros fios
Sobre um fio de secção
(
(
envolvendo-o, formando uma, duas ou mais camadas. - O sentido de
enrolamento de cada uma das camadas é sempre oposto ao da camada
anterior. A camada mais externa é torcida para a direita. Os fios
que compõem um cabo podem ser todos de um mesmo diâmetro, caso
e mais comum, ou podem possuir diâmetros diferentes em camadas
Fig. 1.10 - Diâmetro nominal de um cabo com 3· camadas (37 fios)
(
diferentes. Podem ser de materiais diferentes, desde que
e compatíveis eletrolíticamente entre si.
1.4.1.1 - Padronização de dimensões de fios e cabos
( formados
Os c·abos com fios de mesmo diâmetro são
( O número de diâmetros de fios e a variedade de cabos
obedecendo à seguinte lei:
Logo, uma
( que podem ser obtidos é praticamnte ilimitado.
2 ( 1. 2)
e n = 3x + 3x + 1 padronização de medidas e composições teve que ser estabelecida,
para restringir essa variedade a um número econ~micamente e também
e na qual:
tecnicamente aceitável. Essa padronização, no entanto, foi feita
n - representa o número,{otal de fios;
x - representa o número de camadas ou capas. nacionalmente, estando em uso diversas séries de dim·ensões. Un:i

Assim: esforço internacional prossegue na tentativa de unificação, o que

- 1 camada, 7 fios já se consegue no âmbito do IEC para fios e cabos de cobre. No


(
- 2 camadas, 19 fios Brasil foi adotada a escala hoje conhecida p~r AWG (American Wire
(
'.._
- 3 camadas, 37 fios Gage), pela qual se estabeleceram inicialmente 40 tamanhos
( padronizados de fios- de cobre, ordenados em ordem decrescente de
- 4 camadas, 61 fios, etc.
e Os cabos são especificados pelo seu diâmetro nominal, a
diâmetro e mantendo uma relação constante entre os diâmetros de
e área de sua secção transversal nominal, o número de fios
dois tamanhos sucessivos. O maior diâmetro escolhido foi de
( 0,01168 [m] - (0,4600 ") e que recebeu a designação de 0000. O
menor .diâmetro,
componentes, e pelos metais ou ligas com que são confeccionados. '
e Diâmetro nominal do cabo é o diâmetro do círculo que
com 0,000127 [m] - (0,005") recebeu o número 36.
( tangencia a geratriz externa dos fios componentes da camada
Entre 0000 e 36 existem 38 diâmetros padronizados. Logo entre dois

e externa (Figura 1.10).


números consecutivos a relação é igual a 1,123. A relação entre as

e - A área de secção transversal é determinada pela soma das


áreas de duas secções transversais é de 1,261. Por outro lado, a

e áreas das secções transversais dos fios componentes.


relação entre o diâmetro de um fio com o outro, cujo número de

e São encontrados em manuais de Engenharia Elétrica e


ordem for acrescido de 6, é 2, e a relação entre as áreas de fios
(' ! . catálogos de fabricantes. A essas grandezas nominais devemos
que diferem da ordem numérica de 10 é também igual a 10. A
35, 36. A

;~~i
2,
numeração sucessiva é 0000, 000, 00, O,
l,
associar tolerâncias de fabricação e que também são normalizadas.
tabela.foi estendida posteriormente para acomodar fios mais finos
Para os diâmetros a tolerância é de ± 1%, conseqüentemente, para as
do que 36 e cabos maiores do que 0000.
áreas de secções transversais, 2%.
1
T~
24 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transm;ssão
Introdução à transmissão de energia elétrica po-r linhas aéreas ~e transmissão
25
e
Condutividade - O alumínio para condutores apresenta uma e
A unidade de área adotada para definir a secção
condutividade cerca de 61Y. daquela do cobre usado em cabos, porém, e
transversal dos condutores é o CM "Circulá.r Mil", que
devido ao seu baixo peso específico, a condutividade do alumínio é e
corresponde à área de um círculo cujo diâmetro é de um milésimo de (
3 2 mais do que" o dobro daquela do cobre por·,unidade de peso.
polegada, ou seja, 0,506707,10- [mm ]. Assim, o condutor 0000 tem (
Resistência mecânica - A do alu:ffii!lio é praticamente a
uma secção transversal de 211. 600CM ou 211, 6kCM e o número 36,
metade daquela do cobre. Esse inconveniente pode ser sanado com o (
25CM. Para diâmetros maiores do que 0000, abandonou-se a lei' de
formação da escala, escolhendo-se o tamanho seguinte com 250kCM e
uso de condutores de liga de alumínio ou através de sua associação e
a partir desse valor, acréscimos constantes de 50 kCM permitiram com o aço, resultando nos cabos de alumínio com alma de aço. O e
atingir cabos de diâmetros consideráveis.
critério de escolha entre cabos de aluminio, alumínio-aço ou de e
Essa escala também foi adotada pelas normas ASTM
liga de alumínio; em função de sua resistência mecânica, não é e
(American Society for Testing Materials) e pelas da ABNT
necessariamente decisivo, pois, na maioria das vezes, mesmo nas
e
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) para fios e cabos de
condições de solicitação máxima, as taXas de trabalho são mantidas
e
alumínio e de ligas de alumínio, porém com a intercalação de
baixas (fatores de segurança de 2,5 a 3), a fim. de proteger os
e
secções transversais díferent7s daquelas da escala dos condutores
cabos de ruptura por fadiga provocada pelas vibrações eólicas. A
e
de cobre {ver tabelas do Apêtídice no final do livro).
ruptura dos cabos por excesso de tração é extremamente rara.
Resistência à corrosão - Tanto os fios de alumínio como os
c
de suas ligas, ao serem resfriados ao término dos processos de
e
linhas de (
1.4.1.2 - Tipos de cabos para condutores de trefilação, sofrem um processo de oxidação que recobre os fios com
(
transmissão um filme de pequena espessura. Este filme'; é bastante duro e
Metais empregados na fabricação de cabos para linhas (
estável, protegendo o fio contra futuras agressões externas.
aéreas de transmissão: Diversas ligas de alumínio são indicadas para ambientes de e
COBRE - Apesar de sua elevada condutividade elétrica, menor atmosferas marítimas ou mesmo de atmosferas industriais bastante e
apenas do que aquela da prata, o cobre vem sendo cada vez menos agressivas. e.
usado em linhas aéreas de transmissão, principalmente por razões de
Baixo preço - Seu preço por unidade de peso é cerca da e
aetade . . . ~b preço de igual quantidade de cobre, donde se conclui que
ordem econômica. e
No Brasil, as normas referentes aos condutores de cobre
o investimento necessário em cabos para transportar uma mesma
e
são NBR 5111, NBR 5159, NBR 5349. No final do livro encontram-se
corrente, com o mesmo rendimento em condutor de alumínio, é cerca
e
as tabelas do apêndice com as características de condutores nus,
de um quarto daquela necessária à

cobre.
sua realização por condutor de
e
segundo especificações da ASTM. (
ALUMÍNIO - O alumínio é hoje inteiramente dominante para a
A - CABOS DE ALUMÍNIO - São confeccionados com fios de pureza e

"I, '
,de 99,45% e têmpera dura.. Sua condutividade é de 61% IACS
l.
fabricação de condutores para linhas aéreas de transmissão, tanto
em sua forma pura, como em liga com outros elementos, ou associados
_International Annealed Copper Standard
Cobre Recczido =
= Padrão Internacional de
100). Sua fabricação obedece no Brasil à norma NBR
e
,,
"
com o aço.
superadas.
As objeções históricas ao seu uso estão inteiramente
~.!-~J - Cabos de Alumínio (CA) e Cabos de Alumínio com Alma de Aço
(
e
(
-- ·-;.{>

e 26 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão


Introdução à transmissão de energia elétrica pOr linhas aéreas de transmissão 27

e No Brasil, os cabos CAA devem ser especificados pela


e (CAA) para fins elétricos. Essa norma é similar às normas
área de sua secção transversal, em mm
2
e pela sua composição,
( norte-americanas ASTM que regem o assunto.
isto é, pelo número de.fios de alumínio e o número de fios de aço
No Brasil estes cabos devem ser especificados pela
( desejado.· Pode-se indi-car também o núrilero de kCM correspondente,
2
área de sua secção transversal em mm e pelo número de fios que os
í além da classe de galvanização da alma de_ aço. Para esses cabos,
compõem. Pode se usar subsidiariamente o número correspondente à
e área em CM, da norma ASTM, sem indicação de unidade. As indústrias
no Brasil, vigora a NBR-293 já mencionada.
(
produtoras empregam uma palavra código para a sua identificação.
(
Cada um dos cabos CA é designado pelo nome de uma flor no idioma
e inglês.
e
(
e Exemplos:
(.
LILAC - cabo composto de 61 fios de alumínio com uma área de
( 795kCM ou 402,83mm 2 . Diâmetro nominal de 26,llmm.
e ARBUSTUS - cabo composto" de 37 fios de alumínio com uma área
de 795kCH ou 402,83mm 2 . Diâmetro nominal de 26,0?mm.
e - TULIP - cabo composto de 19 fios de alumínio com urna área de
e 336,4kCM ou 170,46mm 2 . Diâmetro nominal de 16,91mm.'
e
(.
'--

e B - CABOS DE ALUMÍNIO COM ALMA DE AÇO


idealizados para suprir a falta de resistência mecânica à tr~çãG
(CAA) - São cabos

e dos cabos de alumínio. Em torno de uma "alma" constiluída por um


fio ou um cabo constituído por 7, 19 ou mesmo mais fios de aço
e galvanizados, são enroladas uma, duas ou mais camadas ou coroas
e concêntricas de fios de alumínio do mesmo tipo usado nos cabos de
e alumínio (CA). Nos catálogos dos fabricantes desses cabos
e encontra-se uma variedade grande de composições, variando a
e relação entre as áreas das secções transversais do aço com relação
( ao alumínio. A figura 1.11 mostra algumas das composições mais
'.
\._·. comuns de cabos CAA.
·.! A galvanização dos fios de aço ·que compõem a,.s ;:ilmas
; 1 desses cabos, pode ser especificada com 3 categorias de espessuras

~1
'~1
de recobrimento pelo zinco: classes
fabricação normal apresentam espessuras A.
A, B e C. Os cabos de
li.
Fig. 1 .• 11 - Composição de cabos alumínio-aço
(Alcan - Alumínio do Brasil S/A)

\
-:-~·

( ..?.
29
a por linhas aéreas de transmissão--
Introdução à transmissDo de energia elétric (
issão
Projetos mecâ nicos das Hnhas aéreas de transm
28
da orde m de --25 % a 30% sobr e os (
Con segu e-se um aum ento de diâm etro
que iden tific a cada
Nas norm as ASTM. a pala vra códi go cabo s conv enci onai s (Fig . 1.17 ). c
ave, também em ingl ês. de aum enta r a resi stên cia
um dos cabo s CAA, é o nome de uma C - LIGAS DE ALUMÍNIO - A fim
quím ica do alum ínio , reco rre- se
Êxem plos : mec ânic a à ttaç ão e a esta bili dad e
de aço e 6 de alum ínio ,
à adiç ão de dive rsos elem ento s
de liga com o\:fe rro, cobr e, sili cio,
- PENGUIN - cabo s CAA com 1 fio 09 mm 2 e '-.
corr espo nden te ao núm ero OOOOAWG,
com uma área de 125, . suas corn poSi ções , os proc esso s
diâm etro nom inal de 14,41mm. Traç
ão nom inal de rupt ura 37,1 67kN . man ganê s, mag nési o, zinc o, etc. As e
e tref ilaç ão, ·são norm alme nte
- KINGBIRD - cabo CAA com 1 fio de
aço e 18 fios de alum inio
e área tota l de 340,25mm 2
,
e
met alúr gico s para sua obte nção
isso com erci aliz ados sob nomes
e
com uma área de 636kCM de alum inío
diâm etro nom inal de 23,88mm, traç ão
nom inal de rupt ura de 69,8 23 obje tos de pate ntes e são por
(Suí ça), ALMEC (Fra nça) , DUCTALEX c
regi stra dos como ALDREY
kN. são vari áve is. Urna cois a têm
e
(Sué cia) , etc. Suas cara cter ístic as
- ROOK - cabo CAA com 7 fios de
aço e 24 fios de alum ínio , 2 com
e área tota l de 340,25mm . e em comum: todo s apre sent am cond utiv
idad es men ores , de 57 a 59,5
e
uma área de 636kCM de alum inio
diâm etro de 24,81mm. Traç ão nom
inal de rupt ura de 100, 812k N.
IACS, o que não é de todo urna desv
anta ngem , pois , nos cabo s CAA, e
- GROSBEAK - cabo CAA com 7 fios de
aço e 26 fios de alum ínio2 ,
área tota l de 374,79mm . se cons ider arm os a área brut a de
sua secç ão tran sver sal ao invé s e
com uma área de 636kCM de alum ínio
Traç ão nom inal de rupt ura de 135, 136k
e
N. apen as daqu ela do alum ínio , sua
cond utiv idad e é êie apen as 53% e
Nos cálc ulos elét rico s, cons ider a-se
que os fios de aço
lACS, conf orme a sua com posi Ção.
e
não part icip am da cond ução das ,·cor
' rt;nt es elét rica s. Sua funç ão é
C.1 - CABOS DE LIGA DE ALUMÍNIO
Empregam fios de liga e
a conv enci onal ; desi gnad os no (
apen as mec ânic a. de alum ínio , enco rdoa dos da form
sua agfe ssiv idad e, acor do com as norm as ASTM. São (
Em loca is cuja atmo sfer a, por Bra sil por CAL, e fabr icad os de
elem ento de prot eção do. aço das
2
desa cons elha o uso do zinc o como área em kCM ou rnm , número de (
espe cific ado s pelo tipo de liga , sua
alma s do cabo ; pode -se emp rega
aço- alum ínio ( "alu míní um clad ").
reve stir o aço é muit o fina
r fios alum iniz ados ou fios
No prim eiro caso , a camada a
enqu anto que, no segu ndo, ,o
l fios e seu diâm etro nom inal.
C. 2 - CABOS DE ALUMÍNIO REFORÇADOS
ALUMÍNIO - No Bra sil são desi gnad
COM FIOS DE LIGA DE
os abre viad ame nte por CALA. Os
e
e
e
perf azen do cerc a de 25% da os como alma para os cabo s,
reve stim ento do alum íní.o é espe sso,
desi gnam este s cabo s como
fios de liga de alum ínio são usad
e o qual são enro lado s os fios
e
área tota l do fio. As norm as ASTM con stitu indo um cabo cen tral , sobr e
cabo s do meio amb iente por meio e a alma pode have r fios de
ACSR/AW. O isola men to da alma dos de alum íJ;\il o. Na prim eira camada sobr
dura nte o enco rdoa men to dos exte rnas , há apen as fios de
e
de grax as apro pria das, apli cada s alum ínio e de liga . Nas cama das mais
cabo s, é também usad o para sua prot
eção .
_alumínio (Fig ura 1. 12), depe nden do
da rela ção entr e o núm ero de
e
A fim de redu zir o grad ient e
de pote ncia l nas
fios de liga e o de alum ínio ; desi
gnad os pela ASTM como cabo s
e
as, proc ura- se aum enta r os (
imed iaçõ es dos cond utor es das linh tota l em kCM, diâm etro nom inal,
_ACAR. São espe cific ado s pela área
diâm etro s dos cabo s, sem, no enta
nto, aum enta r a quan tida de ·de
número de fios de alum ínio e número
de fios de liga . e
meta l cond utor . Inic ialm ente , emp rega
ram- se cabo s "oco s de cobr e
11

D - CABOS ESPECIAIS [12, 13, 14] -


Conforme já foi men cion ado, e
segu ida os cabo s desi gnad os por a vida útil de uma linh a é o (
ou bron ze. Foram dese nvol vido s em ua deis fat1ores que podem com proln eter
CAA expa ndid os, at~ hoje aind a em
uso. Nes te tipo de cabo , sobr e
prob lema c'bm as vibr açõe s nos cabo
s pelo vent o, o que impede o e
ou duas cama das de cord ões de a resi stên cia mec ânic a dos (
sua alma de aço, são enro lada s uma ~rego de lraç ões mais cond izen tes com
este , as cama das de alum ínio . l
fibr a ou pape l impr egna do e, sobr e
(
1' -
(-! 30 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
/nrrodução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão
31

e; j -VANTAGENS :
e: - menores perdas de energia, pois sua condutibilidade é de
63% IACS;
(- - pode-se usar taxas de trabalho cerca de 50% mais elevadas
e do que nos cabos. normais, reduzindo as flechas, pois a
( energia das vibrações é dissipada por atrito entre os fios

e frouxos sobre a alma de aço;


operar com
propriedades térmicas, podendo
( - ótimas
temperaturas de até 200°C, sem perda de resistência mecânica
(
ou incremento nos alongamentos permanentes.
(

e AUTO-AMORTECIDOS - CAA - SD - São cabos


D. 2 - CABOS

ee construídos com fios trapeZoidais, como mostra a figura 1.13, em


torno de um cabo de aço ou de liga de alumínio. São construídos
(
e. mantendo uma folga entre as camadas ou coroas. Sob a ação do


vento, as vibrações induzidas provocam movimentos relativos a
atritos entre elas, dissipando a energia das vibrações.

Fig. 1. 12 - Cabos de alumínio com alma de 1 igas de a"lumínio [ 11]


(

e cabos. A penalidade econômica decorrente é bastante elevada, pelo


( maior investimento em estruturas. Procurando minimizar o problema,

e um número grande de dispositivos foram inventados. Condutores com Fig. 1.13 - Cabos CAA - SD

e desempenho mais adequado for&m igualmente desenvolvidos. Estes se


D.3 PAR TORCIDO (Twisted pairl Um condutor

e baseiam na sua capacidade de auto-amortecimento das vibrações, construido com dois cabos convencionais (CA, CAL, CAA, etc)
( podendo-se, com isso, empregar trações
bem mais elevadas, enrolado·~ um sobre o outro em forma de espiral de passo longo (±

e reduzindo-se as flechas, podendo-se espaçar mais as estruturas, ou


2,70m), como na figura 1.14, cr-iando uma superfície irregular

e, reduzir as suas alturas.


Os principais tipos, em uso nos Estados Unidos há algum
exposta no vento, apresentando as seguintes vantagens:
- menor balanço sob a ação do vento;
e' · 1 - menores vibrações e capacidade de dissipação dessa energia
tempo, são:
e, D.1 - CONDUTORES DE ALUMÍNIO SUPORTADOS PELO AÇO - (SSAC
por atrito entre os cabos compónentes. Logo, admite-se
(,
c1•. t - Steel Supported Aluminum Conductor) - De c~nstrução semelhante trações maiores, com flechas menores;
- maior superfície de irradiaçãó de calor para uma mesma
aos cabos CAA, porém empregando fios de alumínio de têmpera mole.
e! Após o seu tensionamento, os fios de alumínio deixam de absorver
secção transversal de condutor. Logo, maior ampacidade
l i esforços mecânicos, transferidos inteiramente para o cabo da alma.
(ver item 1.4;1.4).
Cj 1
---·~.,,:;;;

-.:_-_-;\ ( ..
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas r/e transmissão 33 ('
32

EXTRA-FORTES - quando se deseja cabos com


e
B - CABOS CAA
menor atenuação, empregam-se cabos CAA extra-fortes , CAA-EF, que
e
1
1 1 1 : 1
se distinguem por uma menor relação área de alumínio/áre a de aço.
1 1 1 1 1
e

• Próprios para uso em li-nhas com pára-rã:ios isolados, quando se


1 1 : 1 1
1 1 1 1 1
1 emprega sistema de ondas portadoras ligado aQS para-raios.
.. .. " 1 C - CABOS AÇO-ALUMÍNIO (Aluminum clad ou Alumo-weld)
confeccionado com fios de aço extra-fortes revestidos -de espessa
(
(
Fig. 1.14 - Cabo "par torcido" (
camada de alumínio. Indicados para atmosferas agressivas ao aço
galvanizado e também quando se deseja usar os pára-raios com onda e
1.4.1.3 - Cabos para pára-raios portadora. e
e
A função principal dos cabos de guarda ou pára-raios 1.4.1.4 - Capacidade térmica dos cabos - AmPacidade e
das linhas aéreas de transmissão, é a de interceptar as descargas e
atmosféricas e evitar que atinjam os condutores, reduzindo assim correntes elétricas, ao percorrem os cabos das (
As
as possibilidad es de ocorrerem ,iflterrupções no fornecimento de provocam perdas de energia, como (
linhas aéreas de transmissão,
energia pelas linhas. Subsidiáriam ente,
condutores para sistemas de telernedição ou comunicaçãÓ por onda
podem ser, usados como
conseqüência do efeito Joule. Essa energia se manifesta através da e
geração de calor, provocando o seu aquecimento, que será tanto (
portadora. Nesse caso, deverão ser isolados dos suportes por maior quanto maior for a densidade de corrente nos cabos. (
isoladores de baixa tensão disruptiva, e que perdem sua condição Esse problema deverá ser encarado sOb dois aspectos: o
isolante sob a ação das sobretensões atmosféricas , para permitir econômico e o técnico. Sob o ponto de vista econômico, é po·ssível
e
com
(
condução ao solo, sendo para tanto equipados iàentif icar para cada linha de transmissão uma densidade de
sua
centelhadore s. corrente .que resulte não nas menores perdas e sim num valor
e
São os seguintes os tipos de cabos empregados, considerado o mais econômico. Para essa corrente, especifica-s e as
e
igualmente eficientes em sua função principal: ãreas das, secções transversais dos cabos condutores, conforme e
.\ (_
A - CORDOALHA DE FIOS DE AÇO, ZINCADA - fabricados e estabeleéeu a lei de Kelvin (1881): "a área de secção mais
econômica de um condutor para a transmissão de energia será (
especificado s no Brasil pela NBR 5908, idêntica à normal ASTM
corresponden te. São de dois tipos, distinguindo -se por sua encontrada, comparando-s e o valor das perdas anuais de energia em e
cada condutor visado com a parcela anual de custo do investimento (
resistência mecânica forte, alta resistência AR (HS) e extra-forte
a ser feito na aquisição dos condutores corresponden tes. A solução (
EAR (EHS).
A zincagem, em geral a quente, é feita com 3 categorias mais econômica é aquela para a qual as duas parcelas de custos são (
iguais 11 [15] (figura 1. 15). Assim posto, o problema está (
de espessura, A, B e C, sendo a primeira a mais comumente usada.
.

Sua especificação é feita pelo tipo, classe de simplificado em excesso, pois, a comparação deveria englobar e
galvanização e diâmetro nominal - em polegadas ou seu equivalente
outros
isolamentos,
custos além
compensações
daquele dos
etc,
condutores,
resultando,
como
como
estruturas,
é feito
e
métrico. ( J
(
e 34
Projetos mecânicos das "linhas Béreas de transmissão
Introdução à transm_issão de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão 35

("'i Verificou-se que cerca de 13 fatores podem afetar a temperatura.de


('. modernamente, em "ESTUDOS DE OTIMIZAÇãO", pelos quais todos os
um cabo de linha aérea de transmissão. Alguns são denominantes,
componentes das linhas são escolhidos com os mesmos critérios.
outros de influência praticamente insignificante. A referência [16]
( Sob o ponto de vista técnico, deve-se considerar o
é bastante elucidativa a respeito. Um método bastante divulgado é
( efeito de temperatura elevadas no comportamento mecânico dos
um método simplificado usado em [11] para 'a_._elaboração das curvas
(
condutores. De um modo geral, para cada tipo de cabo existe um
de ampacidade aí publicadas, e aqui transposto para o sistema SI. É
valor limite superior de temperatura para operar em regime
( um método aceitável para a maioria das aplicações práticas.
permanente sem que haja degradação de sua resistência mecânica,
( Um cabo a tinge uma temperatura em regime permanente
acompanhada de aumentos nas taxas de alongamentos permanentes. Por
e outro lado, temperaturas mais elevadas podem ser toleradas por
quando houver equilíbrio entre calor ganho e calor perdido pelo

e curtos intervalos de tempo em condições de emergências.


cabo.
2
Um cabo gânha calor, principalmente, pelo eíeito Joule

e As máximas temperaturas de cabos de CA, CAA, CAL, para


qJ = 1 •r [li/km] e pela radiação
por
solar qs [11/m] e perde calor
·"irradiação qr [W/m] e por
e operação segura em regime permanente, são fixados entre 70 e ssºc,
por dois mecanismos conhecidos:
convecção qc [W/m]. A equação do equilíbrio será:
e podendo, em contingências curtas, operar com 1ooºc [11].
e A capacidade de con9ução da corrente de um cabo é ( 1. 2)
e denominada AMPACIDADE, e é fixáda como a corrente permissível no
mesmo para que, nas condições ambientais prefixadas, não ultapasse Da qual obtemos:
e
8
M(nimo custo onual [A] (1. 3)
_.:::~...,.--==-~~___:::::::_::

( VARIACÃO DO C,LJSTO
DA l N STAL AC.AO Sendo r [ohm/km] a resistência do condutor à

e temperatura de equilibrio.
e. Lembrando as leis de transmissão de calor, teremos:
A
(i 4

e BITOLA
BITOLA
DOS
MAIS CONVENIENTE
CONDUTORES
q
r
T
1000
)
-
( To ) ']
1000
[11/m] ( 1. 4)

e Fig. 1.15 - Variação do custo anual da perdas e dos


qs = 945,6 t-to)·l0- 4 •[0,32+0,43(45946,S·d·VJº•
52
] [11/m] ( 1. 5)
( investimentos no transporte da energia
(. o valor máximo de temperatura fixado para regime permanente. Para qs = 204.d [W/m] Valor médio indicativo em climas
temperados ( 1. 6)
sua determinação, é necessário estabelecer alguns parâmetros
( . ambientais de referência como temperatura do ar, insolação e
Nestas valem:
e velocidade do vento. e - emissividade - varia ·de 0,23 a ·o,90, conforme a cor do
( __ Grande é o número de trabalhos efetuados procurando
cabo. Para cabos de alumínio, e s:: 0,5 é
e equacionar corretamente o problema, originando outras tantas
recomendado [11].
.e publicações com os resultados e respectivas ·conclusões.

\
cr
36
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas, de transmissão e
(
d [rn] - diâmetro nominal do cabo.
Exemplo 1. 2
Uma linha de subtransmissão de 230kV supre de energia
e
t [°C] - temperatura final do cabo. uma região urbana onde dominam comércio e os services, de forma que (
to [ºC] - temperatura do .meio ambiente. a ponta de carga fica deslocada para os horários de maior calor, em
virtude do uso intenso da climatização·.- A demanda registrada no e
T = (273 + t) [K) - temperatura absoluta final do cabo. receptor da linha, com tensão de 220kV, ê ?e 225MVA, cos~2 = 0,88,
To = (273 + to) [K) - temperatura absoluta do ambiente. quando a temperatura ambiente é de 36gC, com sol. Observou-se uma
brisa estimada em 0,8rn/s perpendicular aos cabos.
(
V [m/s) - velocidade do vento (em geral de 0,6 a 1,0m/s). Qual a temperatura que os cabos GROSBEAK usados nesta e
Exemplo 1.1
linha deverão atingir?
e
Qual a arnpacidade de um cabo CAA DRAKE, considerando-se solução: e
to= 35oC e t =
85oC, vento de 0,67m/s, coeficiente de reflexão Podemos resolver o problema admitindo três valores ar- e
e= 0,50 e e= 0,23 {cabo novo). A resistência do cabo e de 0',09 bitrários de temperatura máxima dos cabos e determinar as ampacida-
ohm/km. des correspondentes, que-levamos a um grafice, obtendo a lei deva- e
Solução:
riação t=f ( 1). -.
Por interpolação e valor da temperatura correspondente, e
Fazendo as substituições teremos: a corrente da linha será achada. (;
Temos: e
3
= 179,2·10 ·0,5·0,02s14[( ~~~0 ')'- (~~~o)'] =
18,76211/m to = 36oC; d 0,025146m; V 0,8m/s e
52
Admitamos: e
= 945,6·50·10- 4 [0,32 + 0,43(45946,8·0,02814·0,67)º' ) e = 0,5; ti = 40°C; t2 = 50°C e t3 = 70oC e
R<o = 0,09277nlkm; Rso = 0,1005nlkm; R7o = 0,10455n/km. (
70,01811/m
anterior,'~._encontraremos
204·0,02814 5,4056\1/m
Empregando o método usado no exemplo
pectivamente:
res-
e
Logo: l•o = 137A; lso = 453A e l7o = 768A e
1) para e= 0,50, com sol e com vento: que permitem construir a curva da figura 1.16. Entrando nesta com: e
l = [10 3 (18,716 + 70,018 - 5,406))
112
= 962,28A
12
225000 = 590A, encontraremos tcabo = 57gC. e
2) sem efeito do sol, com vento e e = 0,50: ,13 . 220 e
l = 993,0A t i [g Cl
e
101 (
Uma informação importante para a confecção dos projetos
da linhas é a temperatura máxima que um condutor pode atingir sob a
rol_...!. ·~r.:_c _ e
ação da corrente na linha em sobreposição às condições ambientais
50
40 e
existentes, pois desta temperatura dependerá o valor da flecha nos 30 e'·
20
cabos e, conseqüentemente a distância dos condutores ao solo. É,
pois, o problema inverso do anterior: dadas as condições ambientais o 1000 lt A l
300 500 800
'ºº
e a corrente no cabo, determinar a temperatura que irá atingir. A
metodologia apresentada se presta a esse fim, porém não há solução Fig. 1. 16 !. Determinação da temperatura do cabo em função

. '. direta, podendo-se recorrer a processos iterativos .


da corrente do exemplo 1.2.
e
e
<' (

e 38
Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão
Introdução à transmissã o de energia elétrica Por linhas aéreas de transmissão 39

e cabos CAA convenc ionais de mesma resistên cia elétrica . A figura


( 1.4.1.5 - Conduto res para linhas em extra e ultra-a ltas tensões
1.17 mostra sua composi ção.
(
progres sivo das tensões das linhas de Os condutore~ CAA-exp andidos têm sido usados com sucesso
O aumento
( a busca de
em linhas de até 345kV. Seu custo, no entanto , aconsel hou
transmi ssão de energia elétrica em CA foi uma decorrê ncia natural
outras soluçõe s.
da necesid ade de se transpo rtar economi camente , e também sob
e condicõ es técnica s satisfa tórias, potênci as cada vez maiores
a
1

r- F G
( E
distânc ias igualme nte crescen tes, principa lmente quando a energia

primári a disponí vel é hidrául ica.


t
i
A B

( Para uma mesma potênci a a transmi tir em tensões maiores ,


(
t 6FIÔS 12FIOS
! ~g;oAõLEs 1~2F~~~D~~s1 26F 105 32 FIOS
resultam corrent es menores , conseqü entemen te em perdas meneies por l DE DE
DE PAPEL DE AL. OE AL.

e efeito Joule e, igualme nte, numa melhor regulaçã o das tensões . Esse
AÇO AÇO DE PAPEL

ENCHIMEN TO' 1
1

aumento nos valores das tensões a partir de certo nível exígia, por
outro lado, um aumento no diâmetro dos conduto res, afim de de 11S7kCM. Diâmetr o
Fig. 1.17 Conduto r CAA-exp andido
minimiz ar as conseqü ência do "Efeito Corona" . O aumento dos
nominal de 0,0419m equival ente a um cabo
diâmetr os dos conduto res pro'Voca um aumento em seus custos, como
CAA de 0,0330m de diâmetro .
também daquele das estrutu ras das linhas que devem.s uportá-l os. Um
aumento do diâmetro dos cabos e sem um acréscim o.da área da secção
transve rsal útil dos cabos era, pois, desejáv el. Em 1908 foram apresen tados dois trabalho s [18,19] ao AIEE
Em resposta , os fabrican tes de conduto res desenvo lveram por P. H. Thomas, sugerind o o emprego de mais de um conduto r por
(
os cabos ocos de diversa s construç ões, verdade iros tubos flexíve is fase, montado s paralela mente entre si a pequena s distânc ias. Com
(
fabricad os de cobre ou bronze. Seu custo era, no entanto , elevado
e a sua manipul ação no campo durante a montagem das linhas era
,
1 isso seria possíve l uma substan cial redução da impedân cia das
linhas, em especia l de sua reatânc ia, perini tindo uma substan cial
(
(;
igualme nte complex a e dispend iosa, pelo que caíram em desuso, face
a novas soluçõe s que foram propost as [1).
( melhoria em sua regulaç ão. Os conduto res utilizad os seriam de
fabrica,ç ão normal existen tes no mercado e mantido s separad os entre
/ \
de
Os cabos de alumínio de mesma resistên cia à CA exigiam Sl no'meio de vãos por espaçad ores adequad os. O grau de redução
e uma área de secção transve rsal cerca de 38% maior do que a do cobre sua reatânc ia indutiv a, dependi a, verifico u Thomas,
,
do número de
(
equival ente. Seu diâmetro é cerca de 26% maior e seu peso S.Ubcon dutores e do espaçam ento entre. eles. O feixe assim formado
( ~omportava-se como se fosse utilizad o um cabo de diâmetro mui
to
correspo nde a apenas 48% daquele do cabo de cobre equival ente.
uais
O desenvo lvimento dos cabos CAA, resolven do o problem a de '.-;· &lto, o que levou-o a conclui r que os campos magnéti cos individ
fez aumenta r, dos subcond utores se compunham para formar um único,
semelha nte
( baixa resistên cia mecânic a do alumíni o,
mesma àquele, devido ~ \lfil .cabo único de grande diâmetr o, suspenso no
(_ proporci .onalme nte, ainda mais os diâmetr os dos cabos de
~ntro elugar do feixe. O mesmo acontec e com os campos
em
o
resistên cia elétrica . A possibi lidade de se aumenta r ainda mais
elétrico s, resultan do num grande aumento na capacit ância das linhas
diâmetr o destes últimos cabos, resultou no desenvo lvimento dos
º'!g. 1..18).
cabos CAA-Ex pandidos , com diâmetro de até 30% acima daquele s dos
( ,,
41
40 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
Introdução à trarismissão de energia elétrica por linhas aéreas de tran~missão e
'(
e
(

(
(

e
e
e
.
F ig.
1.19 - Condutores multiplos para linhas em EAT. e
e
conseqüentemente, a sua potência,_característica, que e
representa o ponto ideal de operação de uma linha; (' '~''

e
a redução da reatância indutiva aumenta o limite
de
e
Fig. 1.18 - Campo elétrico de condutores rnultiplos. transmissão com estabilidade dinâmica e transitória e
[2.20]; e
Por questões de estabilidade mecânica, os subcondutores
d -
05
valores das sobretensões provocadas por descargas
ao
e
são montados igualmente espaçados sobre a periferia de um círculo, atmosféricas nos condutores das linhas são iguais (
produto da corrente que se propaga em cada uma das
como mostra a figura 1.19. Seu número é variável, desde 2 Por fase,
impacto, pelo
prevendo-se o emprego de até 10 ou 12 nas futuras linhas em TUE direções da linha a partir do ponto de e
ou impedância
(1.100 a 1.SOOkV). Devido à necessidade de padronização das valor de sua impedância de surtos
natural. Esta p~de ser calculada
por
l.
( L/C) 2 cujo e
ferragens associadas, o seu espaçamento entre si ·é igualmente (
padronizado, sendo preferido para as linhas em EAT a distância de
valor, como se vê, é grandemente reduzido, pelos
condutores múltiplos, reduzindo, portanto,
também o e
0,40 e 0,457rn. Prevê-se o emprego de 0,61m nas linhas de UAT. A
~~\or das ondas de sobretensão.
e
e
l
figura 1. 19 mostra as configurações mais comumente usadas nas
cabos de
os condutores múltiplos não dependem de
linahs de EAT. e (
dos
fabricação especial, podendo-se empregar qualquer
Além da melhoria obtida na regulação das linhas longas, (
tipos já descritos, e de fabricação normal, inclusive os
em virtude da redução do valor da impedância e o aumento das (
cabos expandidos, o que os torna mais baratos. O seu '
capacitâncias, os seguintes beneficies adicionais podem ser
custo de montagem é levemente maior. (
mencionados:
(
A generalização do uso de cabos múltiplos ocorreu a
a menores gradientes de potencial nas superfícies dos l.
partir do inicio da década de 1950/60, não ficando limitado ao uso
subcondutores, reduzindo com isso as atividades do EFEITO (
em 138 kV ou
CORONA;
em linhas de ·EAT, havendo grande .números de linhas
Z2.0 kV effipregando mais de um cabo por fase, inclusive no Brasil.
e
b - redução da impedância caracteristica da linha, aumentando, (,
( '
':-(. -;;-'.--------~---------.

'\'
e 42 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão 43

e 1.4.2 - Isoladore s e ferragen s respectiv as ferragen s. São as seguinte s as normas aplicáve is aos
í
isoladore s das linhas aéreas: NBR 5032, NBR 5049 e NBR 7109
í Os condutor es das linhas de transmiss ão, devem ser
' Nas linhas aéreas de transmiss ão são empregad os
isolados eletricam ente de seus suportes e do solo, o que nas linhas
isoladore s cônfeccio nados com:
aéreas é feito basicame nte pelo ar que os envolve, auxiliado por
porcelan a vitrifica da
elemento s feitos de material dielétric o, denomina dos isoladore s.
- vidro temperad o
Dessa estrutur a isolante, que é dimension ada em função das
material sintético composto .
so"lfcrt:a" Ções elétricas a que são submetid as, depende as dimensões
A fabricaçã o de isoladore s de porcelan a exige urna
da parte superior dos suportes . de se obter corpos de
tecnologi a bastante avançada , a fim
As solicitaç ões elétricas das estrutura s isolantes ar em seu
( composiçã o homogênê a e compacta , isenta de bolhas de
são de origem interna ou externa aos sistemas elétrico s das linhas, comprome ter sua rigidez
( interior ou de impureza s que possam
e se caracteri zam pelas sobretens ões que podem ocorrer. Estas são
por outro lado, ''sofrer deformaç ões durante
e classific adas como:
dielétric a. Não devem,
os processo s de queima, pois sua eficiênc ia depende grandeme nte de
( a - sobretens ões de impulso devidas às descarga s atmosfér icas;
sua geometri a. A fim de tornar sua superfíc ie iffiper:meá vel, devem
e b - sobretens ões intern~s de tipo impulso, _conseqüê ncia de uma
ser revestido s por uma camada de vidro. :t: com esse processo que
alteração brusca do "estado do sistema". São des-ignad as
adquirem as cores desejada s. Tradicion almente, a vitrifica ção em
sobretens ões de manobras (ou chaveame nto-);
~or marrom é a mais comum, porém, para torná-los menos visíveis nas
( c - sobretens ões senoidai s de freqüênc ia industri al.
1 inhas, emprega- se a cor cinza azulada, reduzindo o perigo de sua
( As primeira s são aquelas que apresenta m, de longe,
destruiçã o por vandalism o.
os valores mais elevados, tendo, no entanto, curtíssim a duração,
i Seu desempen ho elétrico é considera do bom. Seu maior
(
(
apenas urnas poucas dezenas de microsseg undo. As do segundo grupo,
também de amplitude bastante elevada, tem uma duração bem maior, l inconven iente reside em seu preço, que é muito alto, comparado cpm
o dos isoladore s de vidro temperad o. Outra objeção que se lhes faz
podendo atingir algumas centenas de microsseg undos. As ~obretensões Í
{
é a dificulda de na identific ação de isoladore s faltosos por simples
em freqüênc ias industria is têm maior duração, porem a menor i
inspeção ~ distânci a, pois podem apresent ar falhas, como trincas,
amplitud e. .'
quase inVisíve is.
Corno a suportab ilidade elétrica dos meios isolantes têm um custo de
Os isolador es de vidro temperado
depende não só da amplitude das solicitaç ões, - mas fgualmen te · · primas, como
!abricaça- o bem me no r, t an t o pe 1 o cus t o d as mater1as
de sua duração, a estrutur a isolante pode resistir a valores
las.bêm dos processo s de fabricaçã o. Após a sua formação eles sofrem
muito mais altos de solicita ções por descarga s atmosfé ricas. cria
ta tratament o térmico que os torna mais resisten tes, que porém
Além das solicitaç ões elétricas , os isoladore s são
b.seu interior um estado de tensão- tal que, sob a ação de choques
igualmen te solicitad os mecanicam ente, podendo mesmo ser parte
&ecánicos mais fortes, estilhaça -os inteiram ente, não admitindo
integran te das estrUtura s como na linha ilustrada na figura 1. 45, indentifi car à
"--- trincas. Os isolador es faltosos são fáceis de
devendo apresent ar, portanto , também resistên cias mecânicas
dls-tância , por simples ~nspeção visual. Sua rigidez dielétric a é
compatív eis com os esforços máximos esperado s. A norma NBR 5422
· Jtator ào que daqueles de porcelan a e sua resistên cia mecânica ,
limita esses esforços a 40% d"a carga de ruptura dos isoladore s e '·'·
---'-·:;:~ -

' (.'
tio 45
lnuoduçã o à transmiss ão de energia elétdca pór linhas aéreas de transmíss (
44 Projetos mecânico s das linhas aéreas de transmissãr,

idos eis o
igualm ente. Suporta m bem os choque s térmico s a que ficam submet
dos
em serviço . Devido s a essas razões . no Brasil , tem sido preferi
aos de porcel ana pela maiori a das conc~ssionárias.

isolado res sintéti cos


e
Estão sendo introdu zidos ('
o
uma peça de
compos tos. Estes são constru ídos basicam ente por "' (
ou de carbono ,
resistê ncia, em geral feita de fibras de vidro
para
e
ligadas por resina do tipo "epox i", e que pode ser dimens ionada
haste
e
resist ir a esforço s muitos elevad os. Essa peça, em forma de (
turadas por
ou bastão , é revesti da pelas "saias" do isolado r, manufa
compos tos polimé ricos ou borrac has à base de silicon e.
Podem ser Fig. 1.20 - Isolado res a pino, linha até 69 kV. e
manufa turados em uma única peça para as tensõe s máxima
s em uso, e
sendo mais curtas que uma cadeia de isolado res para o
mesmo nível
b - Isolado res tipo "Pilar" ou "Coluna " - são pouco usados
no e
(
Brasil em iinhas de tranmi ssão. São constrU ídos cte uµia
orte e
de isolam entos e muito mais leves, facilit ando seu trasnp única peça
af·etad os pelo vandali smo. Seu maior: ado, como mostra a (
montage m. São menos em porcela na vidrad a e também em vidro temper
('
inconv eniente ainda residé em seu preço, muito elevado . figura 1. 2 l.
(.
(
1.4.2.1 - Tipos de isolado res
(
Em transm issão de energia elétric a são emprega dos ( '

três tipos básico s de isolado res.


a - isolado res de pino;
e
b isolado res tipo pilar ou coluna ;
e
(
c - isolado res de suspen são.
a -Isolado res de pinos - são fixado s às estrutu ras, através
e
de um pino de aço. Para tanto, em seu interio r possuem
um fure e
rosquea do, com rosca soberb a de filetes redond os e
aço forja (.
(diâme tros nomina is de 25,4 mm e 35,93 mm). Os pinos de
possuem em sua parte superi or uma cabeça de chumbo
(
mesmo tipo de rosca e sobre a- qual se aparaf usa o
isolado r. ;.1 ·,..". 1. 21 - Isolado res tipo pedest al
e
conjun to isolado r-pino pode ser solicit ado
Em sua parte inferio r é ciment ada uma base de ferro
São fabaric ados tanto de vidro como de porcela na vidrad a.
66/75 kV, pois p galvan izada, com um furo rosquea do no centro , que serve
emprego fica limitad o a linhas de classe
tens'"'.;; --· sua • fixação às estrutu ras. São igualm ente dispon íveis,
tensões maiore s, tornam -se muito grandes - e volumo sos. Para ' \,
.
part . lcados com materi ais sintéti cos compos tos.
maiore s do que 25 kV, em geral são compos tos de várias l
ciment adas entre si. corno mostra a figura 1.20. (
-\,,..-.F--~' ~
F -
C'.
e~
46 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão ' - .,' t••nsmíssão
/ntro duçao "'' de energia elétrica poi linhas aéreas de transmissão 47
f Trabalham à compressão e à flexão, o que limita um
(
'
pouco as intensidades das cargas a que podem resistir. ! convenien t e que O
exemplo, troca de
- sterna
Sl

isoladores
de engate permita fácil manutenção (por
com linha energizada). Os dois
( e - Isoladores de suspensão - são empregados em dois tipos:
- isoladores monocorpo;
r sistemas de enga t e em uso, Concha-bola e garfo-olhal, são hoje
padronizados em âmbito internacional"- pela IEC ( International
isoladores de disco.
( Eletrotecnical Cornission}. O mesmo acontece-~com os seus diâmetros e
Os isoladores monocorpo são feitos de uma peça longa
seu passo, permitindo assim o -intercâmbio, numa· cadeia de
(~
0
de porcelana ou vidro, com comprimento adequado ao nível de
er
isolamento desejado (até 220kV), podendo-se, para tensões mais
isoladores, de unidades de diversos fabricantes,
diferentes. A figura 1.23 mostra alguns tipos de isoladores a disco
mesmo de países

altas, empregar duas ou mais peças ligadas em cascata, umas às


\. e as dimensões básicas padronizadas.
( outras; de uso restrito a alguns países na Europa. Os isola~ores
compostos (sintéticos) são desse mesmo tipo, fabricados numa só
(
peça, para qualquer classe de tensão em uso. ,, ,,
( "

~~r m1, ~
Com o uso de isoladores pendentes tipo monoc~rpo, CAMPÂNULA

e que para um mesmo nível de solicitação elétrica são mais curtos do


e
(~
que uma cadeia de isoladores a disco, há uma redução nas dimensões
globais da estrutura isolante das linhas, por:tanto, de seus 1 ~~
suportes; figura 1.22. [51,
(\-1 ~--1
~~I'~
( 1 '
111 l
! 1---'G-1
-~' • l
f- b
f]
'

&I
DIÂMETRO PASSO DIÂMETRO PASSO-

t ml P 1 m :i D tm l
o
"'
o
P lm l
0,1 <16
"':
l•6,.3Stml 0.175 O, l<IO º· 25<1
' ' !0,140)
o. '
O• 0,1775[ml e.zoo 0.1 <10
• 0.2 60
1<16
( º· l 70) ' 1
'
' !
-
~) ANTl-POLUICAO
Fig. 1.22 - Isoladores pendP.ntes monocorpo (Ohio-Brass)
Fig. 1.?3-- Isoladores de disco e dimensões normalizadas

Os isoladores de disco são compostos de um corpo


isolante de porcelana ou de vidro, ao qual são cimentadas as
1.4.2.2 - Características dos isoladores de suspensão
ferragens necessárias à sua montagem, como mostra a figura 1.23.
Através dessas ferragens, unidades individuais de isoladores são
Os isoladores, conforme vimos, são submetidos a
conectadas entre si, formando as cadeias de isoladores. Essas
solicitações por esforços mecânicos e também a solicitações devidas
ferragens são idealizadas a fim de permitir uma grande liberdade de
aos intensos campos elétricos existentes nas linahs de TEE.
movimento relativo entre unidades, além de obrigar os isoladores a
As grandezas que_ defii1-ém sua capacídad"e de resistir
e trabalhar sob tração sob quaisquer condições. Além do ·mais, é
aos esforços mecânicos e que devem ser especificadas pelo
e
e
(

\.. -
·,r

48 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão i Introdução à transm;ssão de energia elétrica por linhas aéreas de transm;ssão 49 e
comprador, garantidas pelo fabricante, e verificados pelos ensaiosj
e
(
normalizados, são:
carga de ruptura; i .45
' {'
resistência ao impacto; B

resistência aos choques térmicos. /


I
e
podem comprometer a
1
l /
~/
/ e
As solicitações elétricas
suportabilidade dos isoladores de duas maneiras: 1 A A 1
e
1
>--' -- --1
e
- por perfuração do dielétrico; 1 e
- por disrupção superficial. e
A perfuração do dielétrico nos isoladores causa sua ' e
inutilização. Acontece quando o gradiente de potencial transversal ~ '""""'~,,,r('.,.-~-:C:,-,)
---
A
e
ultrapassa a rigidez dielétrica do material. Esta é função do tipo; e
e da qualidade do material (po,rt:elana de 6 a 6, 5 kV/rnm e o vidro j Fig. 1.24 - Distância de arco e distância de escoamento e
temperado em torno de 14 kV/mm) e do tipo do campo - constante oui A - Distância de arco a seco;
alternado. B Distância de arco sob chuva; (
A disrupção superficial é função da distância dei e - Distância de escoamento.

escoamento do isolador (Fig. 1.24), ou seja, de sua geometria, da~l


tensão aplicada e da condição na superficie dos isoladores seca~ A figura 1.25 mostra como variam as tensões
(
ou molhada e da existência ou não de depósitos de material i disruptivas de impulso e as de freqüência industrial em cadeias de
poluente. Quanto mais intensa a poluição atmosférica da região, l isoladores de suspensão de até 20 isoladores.
e
(
maior deverá ser a sua distância de escoamento. f
O usuário deveria especificar e o fabricante { '
''
e
garantir valores mínimos, conforme consta das normas técnicas
t 1·:4.2.2.1 - Número de isoladores em uma cadeia de suspensão
e.
correspondentes, podendo s~r comprovados por ensaios normalizados, O número de isoladores em uma cadeia varia bastante
e
para: em linhas de mesma classe de tensão. O critério de escolha e
tensões disruptivas a seco e sob chuva, com freqüência baseia-se, não só na tensão nominal das linhas como também no e·
industrial; nivel ceráunico (número de dias por ano nos quais se registram (.
- tensão disruptiva sob impulso (onda padrão IEC 1,2 X SOµs;
descargas atmosféricas na região) ·e grau de proteção desejado (
contra as descar~as.
nos Estados Unidos 1,5 x 40µs), com polaridade positiva e (
Nas linhas .em EAT, hoje esse critério mudou
negativa; ~
ligeiramente e a escolha fez-se, em primeira aproximação, em função
- tensão de perfuração;
.(
- tensão de carona e radiointerf erência. '-~

(
l··r:
e Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão 51
e 50 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão

e - sem poluição
- poluição ligeira
2,0 a 2,3
3,2
e - poluição intensa 4,5
e - 'poluição muito intensa 6,3
(
di [cm] - distância de escoamento 'tjos isoladores. Depende de
e seu desenho e é obtida dos catálogos de fabricantes.
e
e Exemplo 1.3
e Qual póderá ser o número de isoladores tipo disco,
e em uma cadeia ·de suspensão, sendo os isoladores de 0,254m de
( diâmetro nominal e o seu passo de 0,146m? A linha de transmissão e

e da classe de 500/SSOkV, a ser operadà em região de ar limpo.

e Solução:
e 4
00L.-+,--l.J'.:~-_..
wÁ i/1'\
..4·y,i7'-~[,/C->f.=60~H-t"i=E~F~ICA':-=Z-t-~
Temos: di = 30 cm de 2,3vm/kV
e ! //-, /i SOB CHU\ik I·
1
Umax = SSOkV

e 1 logo: ni c5~5~0~-.::2~,.:.3 = 24 34
J'i' 30 '
ou seja, 24 isoladores.
e A decisão final sobre o número de isoladores deve
e N' OE
oL.~~~~~~~~~~~~~~
UNIDADES NA CADEIA f ser feita através de uma análise do níve~ das sobretensões de
(
o • •2 16 20
manobra e da suportabilidade da cadeia a esse tipo de solicitação.

e Fig. 1.25 - Tensões disruptivas a 60Hz e de impulsos Também é usual efetuar-se a previsão do número de falhas anuais do

e em cadeias de isoladores. isolamento das linhas provocados por descargas atmosféricas, a fim

e de confirmar a aceitabilidade do número de.isoladores escolhido.

e do desenho dos isoladores pela distância especificada de escoamento


1.·. ~. 2. 3 - Ferragens e acessórios
e e da máxima tensão em regime permanente da linha, em sua classe de

e tensão, podendo-se empregar a seguinte equação:


As cadeias de isoladores são completadas por um
e ni = Urnax
./3
de
di
,,"e-:: ~njunto de peças, que se destinam a suportar os cabos e ser
e.; Sendo:
-.j'.~~~;~~~gados a elas e estas, às estruturas. No conjunto, a sua concepção
e--''r ni - número ;de isoladores de disco na cadeia de suspensão -~-f:'.-projeto são de suma importância, mesmo em seus mínimos detalhes,
·-~-":'..êL'

~•. !
Urnax [kV] - a tensão máxima de operação da linha em regime ;;~~"'-­
podendo afetar a durabilidade. dos cabos ou constituir-se em fortes
,;.ss:.::
de cpr,~na_, com a conseqüente radiointerf erência ou
permã.nente;
( a distância de escoamenteo específica, :..,-~ereferência em recepção de TV. Assim, as modernas ferragens e
de [cm/kV]
5 acessórios são projetados de forma a não possuirem pontas,
(. sugerindo-se:

(;
1(
Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão elétri~a por linhas aéreas de transmissão 53
52 Introdução à transmissão de energia

angulos idades, irregula ridades superfi ciais, nas quais poderão Nas linhas com cabos de aluminio , é usual o emprego
gradien tes o
ocorrer gradien tes de potenci al superio res aos de varetas antivib rantes ou "armar rods" nos pontos de suspensã
por
iniciado res de eflúvios de carona. Por outro lado, os materia is que como reforço dos cabos, evitando que seus fios sofram ruptura
têm contato com os cabos de alumínio ou suas ligas devem ser
ou 12
ação das vibraçõ es eólicas . Estas constam de um jogo de 10 (
il1 a em ambas as
compatí veis eletrolí ticamen te com os mesmos, para que não ocorra varetas de alumínio , cilíndri cas àu afilada s
em
sua corrosão galvânic a. extremid ades (bicónic as) que são enrolada s em forma de espiral
de sua
e
torno do cabo, no mesmo sentido. que o enrolam ento dos fios
1.4.2.3. 1 - Cadeias de suspensã o última camada. Com isso, o diâmetro do cabo junto ao grampo
de
e
isolador es devem suporta r os fica aumentad o em cerca de 80 a 85%, nos casos das e
As cadeias de

conduto res e transmi tir aos suportes todos os esforço s recebido


s
suspensã o
varetas bicônic as, e em cerca de 70% no caso das paralela s.
Seu e
à sua aplicaç~o, atinge de 85 a 100
vezes o ('
destes. Em sua parte superio r possuem uma peça de ligação comprim ento, após a

estrutur a, podendo ser usado um conjunto composto de um conecto


r diâmetro do cabo aumentad o pelas varetas antivibr antes. e
bola-gan cho e uma manilha ou de um conecto r bola-ga rfo e a manilha. São usadas varetas de dois tipos: as convenc ionais, e
o conecto r poderá, ou não, p~ssuir facilida des para a montagem do que para sua colocaçã o exigem ferrame ntas especia is, cOm as quais
é e
anel de potenci al ou Na parte inferior da cadeia de feita a torção no próprio local, e as varetas pré-form adas,
nas
e
isolador es são fixados os cabos conduto res, effiprega ndo-se grampos quais as héiices são moldada s na-fábr ica. São fornecid as com
3 a 4
com
e
ou pinças de suspensã o. Havendo apenas um cabo por fase, haverá
uma varetas cimenta das entre si e que podem ser aplicad as aos cabos (
única pinça, fixada ao isolador inferior da caadei~ através de um as mãos, sem o emprego de ferrame tnas. (
conecto r. Os grampos de suspensã o são, de dois tipo:

um cabo por fase, será usada uma chapa Convenc ionais, como mostra a figura 1.26, nos quais
Havendo mais
multipli cadora,
de
à qual serão fixadas tantos grampps ou pinças os cabos, revestid os das varetas antivibr antes, são prensado s na e
As chapas são presas às cadeias calha por urna telha apropria da por meio de grampos . São fixados
aos (
quantos forem os cabos por fase.
de isolador es por meio de conecto res. isolador es através de ferragen s adequad as. e
Disposi tivos especia is permitem a colocaçã o dos Armados , os grampos de suspensã o armados são
e
anéis de potenci al ou os anéis anticoro na. '"
coilsti tuídos por um coxim de neoprene que abraça o cabo conduto

te do
e
O conjunto de solicita ções que atuam sobre os cabos, Um jogo de varetas antivib rantes pré-form adas é parte integran e
sejam eles vertica is ou horizon tais, cria no conduto r uma tensão grampo, e é aplicado sobre o cabo e
as por
envolven do o coxim. Esse
e j

conjunto é fixado, por duas sapatas de alumíni o-liga abraçad


mecânic a nos pontos de suspensã o; em vir-tude do peso do cabo
e da
ento uma cinta com um parafuso de aperto, ao conecto r que o prende
ao
e
sua natural rigidez, aparecem esforços de flexão e cisalham
t, pois, necessá rio que a curvatu ra inferior da isolador ou placa multipl icadora (Figura 1.27).
e
bastante elevados .
calha da pinça se amolde perfeita mente à curvatu ra natural dos uma cadeia de isolado res é submeti da, em condiçãe s e
o de operação em regime permane nte, à tensão U (kV) , de fase da (.
cabos e que seu raio seja o mesmo dos cabos, para não ocorrer
nder
esmagam ento dos fios que os compõem, pois sua superfíc ie de
apoio linha. Havendo ni isolado~~s. a cada isolado r deveria correspo
Isso não acontec e em virtude dos
fica reduzida .
U/ni [kVJ·, teoricam ente. l
acoplam entos capaciti vos entre ferragen s dos isolado res (pinos e
e
(/
' º<. ~-
~·.
55
e" 54 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão

e campânulas) com os cabos e as estruturas, cabendo a maior parcela


e aos isoladores mais próximos aos cabos, que são, portanto, os mais
( solicitados eletricamente. Esse fato, no inícío da transmissão por
e altas tensões, em virtude da tecnologia de fabricação de isoladores

e ITEM ESPECIFICACÃO ainda incipiente, fazia com que ocorressem defeitos nesses

e '
'
ESTRIBO
OLHAL• BOLA C/ PORTA ANEL
isoladores, por perfuração do dielétrico ou a abertura de arco em
torno da primeira unidade e que podia se propagar à cadeia inteira.
( " OLHAL•BOLA SI PORTA AHEL

' COHCH4-0LHAL C/PORTA ANEL Verificou-se que, se o primeiro isolador fosse


e "• CONCHA-OLHAL $/PORTA ANEL

envolvido por .um anel metálico com 2 a 3 vezes o diâmetro dos


e GRAMPO OE SUSPENSÃO MULTI -
ARTICULADO
isoladores, haveria uma melhor distribuição dos potenciais ao
e '
'7
ANÉIS
VARETAS
DE POTENCIAL
ANTI -VIBRANTES longo das cadeias. Verificou-se tam~ém que, se na parte superior da
e(! © '
VI ROLAS
ISOLADORES
DAS VARETAS
DE DISCO cadeia fosse montado um anel idêntico, além da melhora da
1 distribuição das tensões, haveria também a possibilidade de
(1
-d
"ª1' 1
protegê-la dos arcos voltaicos que são iniciados pelas sobretensões
devido às descargas atmosféricas (Fig. 1.28)
Fig. 1.26 - Cadeia de suspensão convencional A melhoria da qualidade dos dielétricas e, no caso
dos isoladores de porcelana de seu revestiffiento vítreo, aliada a um
aperfeiçoamento em sua geometria, fizeram com gue esses anéis fossem
considerados dispensáveis para a maioria '·tias linhas, permitindo
inclusive, sem reduzir a distância disruptiva da cadeia necessária

t a uma mesma classe de tensão, eliminar um isolador.


Com o advento das transmissões em EAT, foi observada
a formação de eflúvios de carona em pontos das ferragens àas
ITEM ESPEC IFLCACÃO
cade}2i.s de isoladores. A solução imediata encontrada foi através do
GRAMPO DE SUSP.IARMAOO)
CONCJ-U.-OLHAL. uso de "anéis de carona" ("Corona shields"), colocados lateralmente
3 OLHA.L-flOLA
ESTRIBO às ferragens de suspensão, como mostra a figura 1. 28. o
5 ISOLADORES
desenvolvimento de ferragens à prova de corona fez com que seu uso
aos poucos venha a ser abandonado, como no caso de linhas de
construção mais recente em 345, 500 ou 750kV
As cadeias de isoladores empregadas podem ser do
tipo reto (cadeira "!"), constituidas de uma coluna de isoladores e
e aesmo 'duas, montadas· verticalmente (fig. 1.26). O segundo tipo,
e_ conhecido por "cadeia em :,.V", é composto de duas colunas de

e Fig. 1.27 - Grampo de suspensão armado 1soladore9 montadas de forma a manterem com a vertical um ângulo de

e.
''\
------ r .r~

aéreas de tra~smissão 57 e
56 Projetos mecâni cos das línhas aéreas de transmissão Introdução â transmissão de energia elétrica·porlinhas
e
infer ior, a uma chapa r-
450, aprox imada mente , fixad as, em sua parte \

7,c•~·~2--~, _
dupli cador a que supor ta os gramp os de
suspe nsão e, na sua parte e
(fig. 1. 29). Esse tipo
super ior, cada colun a é fixad a à estru tura (
da cadei a de isola dores ,
de cadei a· imped e o efeit o do balan ço·. (
te· '$Obr e os cabos , o que
devid o à press ão do vento latera lmen
perm ite uma reduç ão nas dimen sões horiz ontai
s das . estru turas . O
e
gens é compe nsado pela
\
acrés cimo no númer o de isola dores e das ferra
~0.48
. ·--:-
econo mia no custo dos supo rtes.
e
e
1.4.2 .3.2 - Cade ias de ancor agem
e
e
São mais solic itada s rrie-ca nicam ente, pois
elas devem
ment e pelos cabos em
e
supor tar todos os esfor ços trans mitid os axial
denom inada s cadei as
e
quais quer condi ções de solic itaçã o. São também
curva tura dos cabos , que,
e
de reten ção. São monta das acomp anhan do a
Fig. 1.28 - Anéis de caron a junto às estru turas , ficam pratic amen te na
posiç ão horiz ontal .
e
isola dores (
Os cabos são preso s às cadei as de
atara vés de gramp os de tensã o, dimen siona dos
para resis tir cerca de e
~mpregados dois tipos (
110 a 150% da máxima traçã o de servi ço. São
básic os de gramp os de tensã o, ilustr ados
na fig. 1. 30. Os gramp os e.
de passa gem, como o nome diz, permi tem a
passa gem dos cabos neles e
fixad os, sem corte s dos mesmos. Devid o
ao sistem a de fixaç ão
e
caron a, porta nto, pouco
empre gado, não são consi derad os à prova de
adas. O segun do tipo, de
e
empre gados em linha s com tensã o extra -elev
\ , que são fixad os aos
e
uso mais" geral , reque r o corte dos cabos
e
mesmos por press ão.
Para cabos mono metál icos, const am basic amen
te de um e
ITEM ESPECI FICAÇA O
tubo de liga de alumi nio termi nado em um
olhal para a sua fixaç ão
e
1 GRAMPOS DE SUSP. ARMADOS
às chapa s multi plica doras ou aos conce ctores
w de ligaç ão com os e
2

'
CHAPA MULTIP LICADO RA
CONCHA OLHAL
isola dores . São equip ados com chapa s de
conex ão elétr ica. O tubo e
4 MANILH A
s PROLONGADOR GARFC BOLA terá pared es de espes sura sufic iente para
resis tir ao esfor ço l
• MANILH A
»ecân ico; o diâm etro inter no do tubo será
igual ao do diâme tro e
7 1SOLAOO RES
nomin al do cabo, com peque 4na. toler ância
para mais, perm itindo que e
uma prens a hidrá ulica com
Fig. 1. 29 - Cadei a em "V" Seja enfia do ~obre o cabo. Empr egand o-se (
1 e
(/
"\
e
e 58
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhus aéreas de transmissão 59

e mordentes adequados. 0 conjunto luva-cabo amolda-se um ao outro, e uma de alumínio para a fixação dos fios de alumínio e para a
e ficando o cabo retido. condução (elétrica). Esta reveste a anterior. Ambas são aplicadas a

e No caso dos cabos


t -
bimetálicos ,
da alma do cabo
o grampo será pressão.
( campos t o de duas Peç as, uma de aço para a re ençao
( 1.4.2.3.3 - Emendas dos cabos

e
e fornecidos
Os
normalment e
cabos para as
acondiciona dos
linhas
em
carretéis (bobinas) de
de transmissão são

(
dimensões padronizad as, adequados aos diversos tipos e bitolas de
e cabos e ao seu manuseio no campo, durante a montagem das linhas.
e Há, portanto, um limite no comprim~_nto dos cabos que podem ser
e fornecidos, sempre inferior ao compriment o das linhas, exigindo
e assim a realização de emendas dos mesmos. Essas emendas deverão
e lo J
assegurar continuidad e elétrica ao círcui to e também resistir aos

e Ancoragem
esforços de tração a que ficam submetidos os cabos.

e Ancoroçem do
alumínio
do
~/
olmo Empregam-s e três tipos de emendas para cabos de
\ r-------; l i - A+ A
alumínio, alumínio-a ;o ou liga:

~§l~~~~~~~~~§;'~~i~\~\i="":,~,"'.".,m, ,', :,,- i!li!OIOJ•~


(
\
a - Emenda do tipo torção - reservada a cabo:.;: de pequenos
(
e
Sapato de
ligações Condutor
7 porco olhal
diâmetros de até cerca de 1Smm. Composta de'·' tubos de alumínio de
secção transversa l ovalizada, nos quais são introduzida s as
e A - PROFUNDIDADE DO FURO NA ANCORAGEM 00 AÇO extremidad es dos cabos a serem emendados, como mostra a figura
e 1. 31. Empregando -se
um par de chaves apropriada s, afetua-se a
Condutor Ancoro em de oluminio
1
torção das luvas juntamente com as extremidad es dos cabos . .

e
(r
e \
Ancoro9em do aço
(
e Conector
Fig. 1.31 - Luva de emenda de torção

e.
(
b - Emenda do tipo compressão - exigem para a sua aplicação um
( ·:'.1-'-- compressor mecânico ou hidráulico com capacidade superior a 50 Ton,
1b)
( ",·~~;~-:~_-equipado com matrizes apropriada s. Para cabos de alumínio ou liga
(. ! Fig. 1.30 - Grampo de tensão ~:;:~;::-de aluminio,. é empregada uma única luva de alumínio de secção

e1
(
cr
aéreas' de transmissão 61
c
60 Projetos mecflnic os das linhas aéreas de transmissão
/ntroduçá'o à transmis são de energia elétrica por línhas
1 e
s as ponta s dos 1.4.2 .3.4 Disp ositiv os Antiv ibran tes
transv ersal anula r (tubo) , na qual são introd uzida
cabos . Empre gando -se a pressã o, compr ime-se o conju nto, em geral e
Confo rme já anter iorm ente, um dos
menc ionad o (
lar para sextav ada.
altera ndo a super fécie extern a do tubo de circu mecan icame nte
ada e furo circu lar, fator es que limit a a utilizaÇ~o dos cabos
Empre gando -se tubos de secção extern a ovaliz 1
comp onent es sob
é o fenôm eno da fadig a de seu,s fios (
estes assumem secção anula r após sua compr essão. os.
das vibra ções induz idas pelo vento nos mesm
No caso de cabos CAA, prefe re-se usar duas
1uvas de
para o
efeit o
com o empre go de dispo sitiv os capaz es de dissi
par a energ ia e
compr essão, urna para a alma, em geral de aço e outra
envo lvida , pode- se redu zir subst ancia lmen te o perig o, e
[
r
alumí nio. Ambas terão após a compr essão, a mesma
forma ou sextav ada

A figura 1. 32 mostra uma luva de compr essão


e suas da ruptu ra dos cabos junto aos seus ponto
s de suspe nsão, e
ou circu lar.
poden do-se "mesmo aume ntar as traçõ es nos
mesm os, reduz indo e
compo nentes .
suas flech as. e
1
1
Um razoá vel nüme ro'cte dispo sitiv os foi inven
tado
e
J e aplic ado ao longo do tempo [9],co m resul
t~dos variá veis.

contr a o efeit o
e
Há basic amen te três tipos de prote ção e
A - MET~ÓE 00 COMPRI MENTO DA LUVA DE AÇO das vibra ções. (
DO COMPRI MENTO DA LUVA OE ALUMÍN IO
B- METADE

CONST ITUINTE S a Vare tas Anti- Vibra ntes ou Arma duras Anti
e
a) PARTES (
Vibra ntes já desc ritas em item anter ior,
(.
repre senta ndo refor ços dos ~abas junto aos ponto s
(
de suspe nsãOi --

b - Amor teced ores de Vibra ções - há uma gama


basta nte e
b) CONJUN TO COMPR IMI DO
grand e de dispo sitiv os conhe cidos gener icame
nte por e
fig, 1.32 - Luva de emenda de compr essão
amor teced ores de vibra ções e que tem por final
idade e
/\ absor ver e dissi par a energ ia das vibra
ções. O e
KBRIGE" (_
s por jogos tipo mais conhe cido e usado é o tipo "STOC
c - Emendas tipo "pré-f ormad os" - são const ituída
de vareta s pré-fo rmada s semel hantes às vareta s
antiv ibran tes. Para ilust rado na figur a 1.33. suas dimen sões
depeà em
e
cabos CA ou CAL consti tuem- se por um único
jogo de varet as dos diâm etros dos cabos . Seu posic ionam
ento com
e
aplica das sobre os cabos a serem emend ados.
Nos cabos CAA são relaç ão ao gramp o de suspe nsão depen de do comp
rimen to
as [ 9).
e
usado s três conju ntos de vareta s: um conju nto para
menda r ·a alma de das ondas das vibra ções a serem amor tecid r·
\ __ ,

aço, intern a, um conjun to para emend ar a camad


a de alumí nio,
vão entre a emenda
e - Ponte s Anti- Vibra ntes ou Festõ es cons tituíd as e
extern a, e um conjU nto de vareta s para enche r o por alças confe ccion adas com o própr io cabo e (
mecân ica é de 100% mostr a
do aço e aquel a do alumí nio. Sua resist ência
por aderê ncia às
monta das em paral elo com o mesm o, como
e
daque la do cabo com o qual é usado . Resist em
extrem idades dos cabos por elas unido s.
~ figur a 1.34.
e
,.::;·.--:.
(_;
Projetos mecánicos das Hnhas aéreas de transmissão
Introdução à transmissão de energia elétrica Por linhas aéreas de transmissão 63
. ------·-'' -

.
- /

COMPRIMENT APLICADO

(
VARETAS DE LIGA
DE ALUMi'NIO .
(
(
( s, Espaçamente entre subcondutores

C; .______ '•---~

e Fig. 1.33 Amortecedor Tipo Stockbridge.


fi9, 's
Tubo de alumínio'
( ESPACAOOR DUPLO

( ·-:--·~----..!

e ' i
e, \ /'.
0 Gorro de
e!ostõmero
e, \ 0/
(: ESPAÇAMENTO QUÁDRUPLO

,-·~ ESPACADOR TRIPLO


~.
Fig. 1.35. Espaçadores para Condutores Múltiplos.
(

e
l
( Fig. 1.34 Amortecedor Tipo Festão. 1.4.2.3.6 Sinalização de Advertência

(.·-
As linhas aéreas de transmissão devem ser equipadas

e
( 1.4.2.3.5 Espaçaàores para Condutores Múltiplos l com dispositivos

também
'\
segur.ança física
a segurança
de
e
sinalização afim
operacional da açã:o de terceiros
destes últimos.
de assegurar a sua
como

e Os critérios mínimos para essa sinalização estão indicados


e Afim de manter constantes a impedância e a capacitância
dos condutores múltiplos sob quaisquer condições meteorológicas,
na norma NBR 7276 de 1982 e constam basicamente de:
e·· é preciso que eles se mantenham paralelos entre si ao
a - sinalização de advertência a pedestres, na forma
( duma placa afixada aos supor t es, em 1 ceais de fácil acesso;
longo de toda a linha. Isso é obtido através de espaçadores
i
'- montados a intervalos regulares ao longo dos vãos das
(_ b - em travessias sobre .yales prof.undos, quando os
linhas. Esses espaçadores, sendo de material condutor ajudam
.cabos ma's
• altos es t'iverem a ·
mais de 145m de altura
a dividir as correntes e os potenciais os subcondutores
&obre o fundo dos mesmos, é requerido que nesses cabos
(_ (Figura 1.35).
e
('
e
64
Projetos mecân;cos das linhas aéreas de transmissão
Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão 65
e
do suporte. Através do dimencionamento mecânico é que r
sejam montadas esferas {na cor vermelha ou laranja) com
diâtnetros mínimos de 500 mm, espaçadas de no mínimo 40
determinamos as dimensões adequadas a cada elemento do e
suporte afim de resi.stir aos esforços a que são submetidos. (
metros, com a finalidade de advertir aeronaves que possam
A forma 'final dos S·uportes decorie da "arquitetura" mais
aí trafegar;
adequada aos materias estruturais empregados, escolhidos
e
e - sinalizações sobre rodovias, ferrovias ou dutos.
com base em considerações de natureza operacional (confiabilidade
em serviço) e de seu custo.
e
(
~

São empregados esferas do mesmo tipo nos cabos mais altos,


·'
no mínimo duas por travessia, colocadas nos pontos de
1.4.3.1 Dimensões Básicas de um Suporte
e
intersecção de linha com o eixo do limite da faixa de
e
servidão desses obstáculos;
São fixadas de modo ass~.:;i-urar segurança e desempenho e
d - sinalização de advertência de estais.
aceitável face aos diversos tipos de sobretensões a que e
são submetidos. Suas estruturas isolantes def•inem essas e
dimensões. Estas, como já mencionamos no Item 1. 4. 2, são e
1.4.3 Estruturas das Lirihas
constituídas por combinações adequadas de isoladores e e
distâncias de ar-. O número e tipo de isoladores para (
uma determinada classe de tensão, como também as distâncias
Também designadas suportes, desempenham Uma dupla e
de isolamento são fixadas por critérios de vários. As
função nas linhas aéreas de transmissão:
normas técnicas, que se preocupam com-'.'·º fator segurança,
e
fixam valores mínimos para as distâncias de segurança. e
a - proporcionam os pontos de fixação dos cabos condutores
através de sua estrutura isolante, garantindo as distâncias
No Bras ...;l v'gora
... o que e' d e t ermina
· do pe 1 a norma NBR 5422 e
de março de 1985 [10], aplicável a linhas com tensões (
de segurança entre condutores energizados, entre êstes
e partes do próprio suporte e entre os condutores e
nominais maiores do que 38 kV, e menores do que 800 e
kV. Os demais paiseS possuem seus próprios regulamentos (
o solo. \.
,
a respeito.
As estruturas isolantes das linhas de transmissão
e
(
b - amarram, através de suas fundações, as linhas ao
1
terreno, ao qual transmitem as forças resultantes de todas
são solicitadas, como foi
tipos de sobretensões, além das tensões normais de operação.
visto (item 1. 4. 2 ) por três
e
as solicitações a que são submetidos os elementos que
Através de seu dimensionamento adequado se procura
e
compõem o suporte.
reduzir os efeitos das sobretensões nos sistemas elétricos, e
(
que podem provocar interrupções no fornecimento de energia,
O seu dimensionamento deverá atentar, pois, para
os dois aspectos, o eiétrico e o mecânico. O dimencionamento
cujo número e .durações devem ficar em níveis aceitáveis. e
elétrico é responsável pela fixação das dimensões mínimas
As sobretensões de origem atmosféricas são aquelas e
que podem a"presentar os valores mais elevados e sobre (
das distâncias de segurança, portanto das dimensões básicas
l
(
e
e 66
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de t;ansmissão 67

( Os outros dois
as quais não se tem controle algum.
e tipos são gerados no próprio sistema. A redução de seus
e
1 PR
d PR

PR 1
( v~lores a níveis razoáveis é em geral economicamente viável.
( A proteção mais eficiênte das linhas contra as b /1
. 1
descargas atmosféricas consiste em eyi tar que as mesmas atinjam
e
( diretamente os cabos condutores, caso em que dificilmente a P,
/
estrutura isolante resistirá, facilitando a abertura de um arco AC
() AC

voltaico entre condutores e suporte, seguido de uma corrente em A 1


B
' e

/:M ''1
I·'
(
freqüência industrial para o solo, caracterizando um curto-circuito
H
'['1'1' ,.
(
de fase à terra.
f Mk::
1 11
1;1
111
:li \
e
(
11
u
d As
.,!ii1. .
•se
1
lli
1

1.4.3.1.1 - Efeito dos cabos pára-raios


'
e hs

e O emprego de cabos pára~raios adequadamente localizados


- - - - = ,,_ - -=
e com relação aos condutores, como já foi mencionado no item 1._4.1.3,
Fig. 1.36 - Dimensões básicas de uma estrutura
reduz sua exposição direta, evitando que a grande maioria dos raios

e que demandam a linha atinja os condutores.


São suspensos, ordinariamente, na parte mais ,alta das
(
estruturas, e sua altura é determinada em função do "ângulo de

e, cobertura" por eles oferecido. Está comprovado que quanto menor for
esse ângulo, mais eficiente será a proteção, o que, no entanto, . PR

e
()
aumenta os custos das estruturas. O ângulo de cobertura é definido
pelo ângulo que faz um plano vertical que contém os pára-raios, com <
o
~
o
'
"
~
+40

+ 30 1t
~
( o plano inclinado que contém os cabos pára-raios e os cabos ~
+ 20
/\ "mw /\ ?
e condutores, como mostra a figura 1.36. A figura 1.37 mostra os
i
o
u o•
Condutores
e:i:ternos
\

e valores mais adequados do ângulo em função das alturas das !


!
w
o
"o
-10

e estruturas. Normalmente, as flechas dos cabos pára-raios são ~


~
-20

e menores do que aquelas dos cabos condutores, o que faz com que, no o
2
•<

e meio do vão-, os ângulos de cobertura sejam menores do que junto às


estruturas.
11 'º 20

ALTURA 005
30

PÂRA- RAIOS
40

EM [mJ
50 60

1.4.3.1.2- - Altura das e'strUt'uras


t!
(_ Fig. 1. 37 - Ângulos de cobertura propostos por Armstrong
1 Dependem do comprimento das cadeias de isoladores, do
f ~ Whitehead [21] para proteção efetiva

' t
l
-J; ___ _ =:::- (
Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aé_reas de transmissão 69
::'
e
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
-"'
ti' e
68 a - distância ,básica, em metros, obtida ·cta Tabela n. º 5 da ' í
4. '
valor das flechas máximas dos condutores e das alturas de segurança referida norma. Para a presente finalidade, pode-se usar ~ (
a = 6,Sm. Para fins de distribuição das estruturas
necessárias.
O comprimento da cadeia de isoladores (11 na figura sobre os perfis (locação), as demais distâncias deverão
1.36) é função do tipo desta (I ou V), do número de isoladores e ser observadas, face a cada tipo ··-~e obstáculo (Capítulo
(
das ferragens que as compõem. O número de isoladores pode ser 4).

determinado da maneira vista em 1.4.2.2.1. As dimensões dos e


isoladores e ferragens são obtidas dos catálogos dos respectivos Exemplo 1.4 (,
fabricantes.
Qual a altura mínima admitida para os condutores de uma
linha de 138/145kV sobre terreno agrículturável? E para uma linha
e
As flechas máximas (fmax na fig. 1.36) são determinadas de 500/550kV? e
em função do vão médio ao qual a estrutura se destina, pela Eq. (
1. 1. A tração a ser usada deve ser calculada para a condição de
Solução: e.,
máxima temperatura, como recomenda a NBR 5422 em seu item 5 2 2, e Pela equação ( 1. 8) teremos: e
como será visto no Capítulo 4.
As alturas de segurança.'. hs, mostradas na figura 1. 9 e
a) 138kV - hs = 6,5 + 0,01 [ v'3
145
- 50 ) [m] e
(
1.36, representam a menor distância admissível entre co_ndutores e o
solo em qualquer momento da vida da linha. São fixadas igualmente
hs = 6,84m e·
pela NBR 5422, em seu item n. 0 10.2.1.1. Dependedendo da classe de b) 550kV - hs 6,5 + 0,01 [ 550
v'3
50 ) lml (
(
tensão das linhas e da natureza do terreno ou dos obstácu'ios por
ela cruzados, a referida norma apresenta dois métodos de cálculo
hs = 9, 18m
e
dessas distâncias. Um método designado "Convencional" e um método e
alternativo, que para sua aplicação depende de uma análise 1. 4. 3.1. 3 - Distâncias entre partes energizadas e partes
e
probabilistica dos valores máximos das sobretensões a que as linhas aterradas dos suportes
e
poderão ser submetidas. , Trata-se igualmente de distâncias de segurança, (
Para efeito de dimensionamento da altura básica dos \

suportes, pode-se empregar a seguinte expressão:


portanto
/
têm seus valores mínimos para cada classe de tensão e
estabelecidas por normas. Recomenda a NBR 5422/1985: e
hs = a + O 01 l ;:;; - 50 1 ( 1. 8)
"As distâncias mínimas do suporte devem ser, obrigatoriamente, e
determinadas em função de estudos que levem em consideração as
várias solici lações elétricas a que a linha de transmissão será
e
para U > 87kV ou D a, para U ~ 87kV (.
submetida, devidamente coordenadas com as condições de vento que
Sendo:
(
ocorrem simultaneamente com cada uma das referidas solicitações."

u tensão máxima de operação da linha, valor eficaz, "Caso esteja 'previsto o uso de manutenção em linha viva, todos e
de forma a garantir a (
os espaçamentos deverão ser verificados, ~·

fase-fase, em kV;
Du - distância, em metros, numéricamente igual a U; segurança dos el;tricistas envolvidos nessa atividade."
l/
(
( .-------~-- ---·· _f

( 71
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de transrpissão
( 70

( norma ainda condiciona que todas Exemplo 1.5


A referida
e as distáncias decorrentes desses estudos devem ser, no mínimo,
Qual deverá ser o valor recomendado para a distância de
segurança mínima num suporte àe uma linha de tensão nominal de 345
r iguais àquelas determinadas da maneira exposta em seus itens 10.2.1 kV?
( ou, alternativamente, no item 10.2.2.
A figura 1. 38 mostra o modo de se determinar essas
( soluçãç:
e distáncias em estrutura, empregando cadeia de isoladores pendentes
(tipo I), com liberdade de oscilar movidas pelo vento, no sentido
A fim de empregarmos a Eq. 1.9, devembs escolher o tipo
de isolador, determinando o seu passo e a distância de escoamento.
( Para saber o seu número, é necessário especificar a distância de
transversal ao do eixo da linha. O cálculo do ângulo de balanço, ~.
escoamento específica, d2 .. Admitindo-se ar limpo, pode-se usar
e da cadeia de isoladores, será visto nos Capítulos 2 e 4. de 2,2cm/kV. Para isoladores tipo "standard", temos di = 30cm e
( pi = 14,6cm.
O número de isoladores, pela Eq. 1.7, será:
(.
e 362·2,2 = 15,33 isoladores
e "3·30
( Adotaremos 15. Pela Eq. 1.9 teremos:

( D; = (15 - 1)·14,6 + 30 = 234,4cm


ou
Di ::: 2,35m
(

e Essa distância deverá ser assegurada',' estando a cadeia


(
na posição de balanço máximo. Ficarão, assim, definidas as
distâncias de segurança com a cadeia em repouso, li e Dmin, na
(
1 fig. 1.38.
l Fig. 1.38 - Determinação da distância de seguranca mínima - Dmhn O seu comportamento elétrico, face às sobretensões,
(
\ deverá se;_;·\verificado analiticamente e possivelmente por ensaio em
laboratório. Deverá ser analisada, igualmente, para efeito de
( manutenção em linha viva.
A distância D1 pode ser determinada, em primeira
e aproximação, tornando-a igual à "distância disruptiva reta da
De acordo com a norma citada, essa distância não poderá

e cadeia". Designando por nt o número de isoladores na cadeia, Pt o


ser menor do que aquela calculada pela expressão (Tab. 4):

D1 = 0,03 + O,OOSDu [m] ( 1. 10)


seu passo e dt sua distância de escoamento (pi e d1 são obtidos dos
catálogos dos fabricantes), a distância disruptiva reta de uma
e cadeia de isoladores será: Exemplo 1. 9'..

e D1 (n1 - 1) pi + d1 [m]
( 1. 9)
Verificação da aceitabilidade da distância calculada no
exemplo anterior:
e
(
--(

Jnrro,dução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de tran'smissáo 73 e


72 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
e
Solução:
b - disposiç-ão em plano ou lençol vertical - nesta disposição e
os condutores se encontram em um mesmo plano vertical.
D1 = 0,03 + 0,005·362m Essa disposição é reservada em linhas a circuitos (·
D1 = 1,84m
simples, quando estas sofrem !'imitações das larguras das
Verifica-se, pois, que a distância de 2,35m é aceitá-
tipica~nte, o caso quando as
vel, face a norma aplicável. faixas de servidão. É,
linhas devem acompanhar vias públicas. São. empregadas e
1 principalmente em linha a dois circuitos trifásicos no
e
No caso de serem empregadas cadeias em "V", esta deverá (.
1 mesmo suporte, reduzindo, assim, as larguras das faixas de
' ser considerada em repouso. As distâncias de segurança são
servidão. Estas linhas são encontradas em todos os níveis (
estabelecidas pelos mesmos critérios (Fig. 1.39).
de tensões, até SOOkV. A figura 1.40 mostra esse tipo de e
PROLONGAOOR DE
CADEIA
disposição; e
e
(
e
+
il e
e
(
(
rn
+
e
Fig. 1.39 - Contorno mínimo de uma janela com cadeia em "V" (
o) CIRCUITO SIMPLES bl CIRCUITO OUPl.0
(
fig. 1.40 - Disposição vertical dos condutores e
1.4.3. 1.4 - Disposição dos condutores nas estruturas
/\
e
É um fator importante na definição das dimensões das
e
estruturas. São empregadas três disposições básicas dos condutores: neste caso os condutores são
e
a - disposição em plano ou lençol horizontal - quando todos os
e - disposição triangular
dispostos segundo.os vértices 'de um triângulo. Esse tipo
e
condutores de fase de um mesmo circuito estão em um plano de disposição é encontrado em todos os niveis de tensões, e
Resulta em estruturas de alturas (
horizontal. Essa disposição é empregada em todos os níveis mesmo em EAT.
É intermediárias entre as duas disposições anteriores. Os (
de tensão, de preferência em linhas a circuito simples.
a disposição -q~e exige estruturas de menor altura, .sendo, ~riângulos são normalmente isóceles, e são e~p~egadas tan- e
portanto, preferida para linhas em TEE e TUE. As figuras to para liÍlhas a circuitos simples corno para circuitos ( .
1.1, 1.2 e 1.36 ilustram essa disposição; duplos~ A figura 1.41 exemplifica alguns casos. (
(.
(
=-~;- -, -~~~-~~~~~ -·-·----~·~-- -- ---------
-~ -~--

" ~

e 74 Projeros mecânicos das linhas aéreas de rransmissão


Introdução à transmissão de energia elétrica por l~nhas aéreas de tr~nsmissão 75

e - peso dos cabos condutores e pára-raios;


e 8.80 1 8.80
pesos dos isoladores, ferragens e acessórios;
e 7.6~ 7.63
o
o peso próprio dos componentes do suporte.
e '
,;

Poderão aindà ser solicitadas_ por ·componentes verticais


( :1:' o
o
d dos esforços horizontais (estruturas estaia,~as - item 1. 4. 3. 1. 6. b)
( ou decorrentes de cargas adicionais de montagem e manutenção.
e : : : . :
e o
o
:;~:-'~··~º~º~:'µ~~'.º~º~~~·~º~º~:~r_'2,~·º~º'-:~f •· 1
b - Forças horizontais - apresentam-se em direções diferentes,
devido a causas variadas:
d
( N
º'' b.1 - Forças horizontais em direção transversal aos eixos
e 2! das linhas - decorrem da força resultante da pressão
( do vento sobre cabos e '.isoladores, bem como sobre os

e elementos dos suportes;

e b.2 - Forças horizontais longitudinais - como se verá no


cabos se ·mantenham
e Fig. 1.41 - Linhas com disposição triangular
Capítulo 3, para que os
suspensos eles desenvolvem forças axiais de tração,
(
variáveis com as variações de temperatura e com a
pressão do vento e que devem ser suportadas pelas
e 1.4.3.1.5 - Classificação das estruturas em função das cargas estruturas da linha;
( b.3 - Forças horizontais ao longo das bissetrizes dos
atuantes
( ângulos horizontais- são resultantes das forças de
e Os elementos que compõem um suport~ devem ser tração longitudinais dos cabos nos sentidos dos dois

e
( '
dimensionados a fim de resistir, com segurança, às solicitações a alinhamentos que se interceptam.
que são _submetidos. Devem suportar os esforços necessários à Os suportes podem ser classificados nos seguintes
'
e manutenção dos cabos suspensos, as forças decorrentes da pressão do
vento sobre os cabos e sobre seus próprios elementos, o peso dos
tipos, 7\que normalmente integram uma "família de estruturas", ou
\_ ' "série de estruturas", para uma linha:
cabos e de seus acessórios, como também as forças decorrentes das a - tipo " suspensão" ou "alinhamento" são suportes
( 1
variações da temperatura desenvolvidas nos cabos e também de dimensionados para, em condições normais de operação,
(.1
mudanças de direção no Seu traçado. Essas forças atuam em direções
e' diferentes, permitindo um tipo de "especialização" às estruturas,
resistir aos esforços verticais devido ao peso dos
isoladores e suas ferragens. Poderão, como
cabos,
veremos no
atribuindo-lhes funções específicas. próximo item, ser solicitados igualmente no sentido
(
As forças podem ser classificadas em: vertical pelas forças decorrentes do estaiamento. Devem
( suportar igualmeiite as forças horizonta-J.s transversais
a - Forças verticais - atuam normalmente no plano vertical e
l decorrentes da pressãO·do vento sobre cabos, isoladores e
são decorrentes de:
(
l.
- -(

Introdução à transmissão de energia elétrica Por linhas aéreas de tran'smissão


n e
76
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
e
11
ârigulos " são estrutu ras dimens ionadas para ('
Excepc ionalme nte são d - para
sobre seus próprio s elemen tos.
suport ar, além dos esforço s vertica is e transve rsais,
solicit ados por forças vertica is adicion ais, como aquelas
forças de
também as forças decorre ntes da resulta nte das (
decorre ntes da montagem e de manuten ção, como também por
tração nos cabos nos dois al1nham entos que se cruzam
forças horizo ntais longitu dinais decorre ntes da ruptura de (
menores . emprega m cadeias de
(Capítu lo 3). Para ângulos
um ou mais cabos. (
suspens ão e· com·.. ângulos . maiores , de·,_-ten são.• Têm sua_( .. cabeça
(
Esse tipo de estrutu ras é, na maioria das linhas, o mais modific ada com relação às demais; a fim de assegu rar
as
freqüen temente emprega do, podendo haver em uma mesma linha seguran ça necess árias. Uma "famíli a" de (
distânc ias de
suporte s calcula dos para dois ou mais vãos básicos
de
estrutu ras possui freqüen temente mais de um tipo delas; e
referên cia. São os suporte s menos reforça dos da linha. (
e - para "transp osição" ou "rotaçã o de fases" a fim de se
constit uem os com (
b - tipo "termin al" ou "ancora gem total" assegu rar o equilíb rio eletr-9~agnético das linhas, e
no início e no fim das linhas, de tensão nas três fases, (
suporte s utiliza dos isso a igualda de das quedas
cabend o-lhes a respon sabilid ade de manter os cabos·
efetua- se a transpo sição de fases [9], o •que exige (
esticad os. São solicit ados unilate ralmen te pelas mesmas estrutu ras especi ais. Recome nda-se que em cada trecho
de r
forças que atuam nos suporte s de suspens ão e
linha haja pelo menos urna rotação comple ta, o que
nos
e.
adicion alment e pelas forças axiais longitu dinais na
níveis mais baixoS de tehsão se consegu e com o emprego
de
e
condiçã o de maior intensi dade de vento. São os suporte
s
São
duas ou três estrutu ras especi ais; e
mais solicit ados, sendo, portant o os mais reforça dos.
usados com cadeias de isolado res em tensão (de ancorag em),
f - para "deriva ção" - freqüen temente se .efetuam sangria
s nas
e
mesmo em linhas de tensões mais baixas que emprega
m
linhas para alimen tar um ramal, sem necessi dade de algum e
isolado res de pino ou pedesta l;
pátio de seccion amento e manobr as. Nesses casos,
fim
uma
é
e
estrutu ra especia lmente projeta da para esse
e
e - tipo "ancora gem interme diária" semelh antes ao tipo utiliza da.
e
anterio r, porém emprega dos no meio das linhas, com trações (
;' \
longitu dinais equilib radas à frente e à ré. São menos (
Classif icação dos suporte s quanto à forma de
pois devem resisti r 1.4.3.1 .6
reforça dos que os anterio res, (.
esforço s decorre ntes do resist ir
unilate ralmen te apenas aos
tension amento dos cabos durante a montage m, ou após
a e
Os esfoJ-ço s a que os suporte s ficam submet idos são (
de
ruptura de alguns deles, supond o-se ausênc ia de ventos
máxima intensi dade. São igualme nte empreg ados em pontos
de transm itidos ao solo. Essa transfe rência é feita somente pelos
e
ângulo relativa mente elevado s. Muitos projet istas
1
elemen tos dos suporte s, ou por estes auxilia dos por tirante s ou e
a interva los estais ancorad os no solo. Esse fato serve de critéri o para
recomen dam o uso desse tipo de ,suport e l
as estrutu ras em dois grupos, ou seja, estrutu ras
classif icar
regular es ao longo das linhas, a fim de facilit ar traba- (

! autopo rtante e~estruturas estaiad as.


lhos de retensio nament o de cabos quando necess ário; e.
t.
(
r Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de tr{lnsmissão
79

e 78
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão

'.21, 74
( dimensionadas para
a - Estruturas autoportantes são
r transmitir todos os esforços ao solo através de suas fundações. São
R s

~i. ~
s
(
de três tipos: oo .
1
( a.1 - Rígidas - aquelas que, mesmo sob a ação das maiores !!
apre~entam elásticas •
·eJtA
•••
( solicitações, não deformações
,.,. -%!%--
• 15.24
; ;
4,50 4,50 1

e perceptíveis em qualquer direção.


mais reforçadas e volumosas. As figuras 1.lb,
São, portanto,
1.2b
as
e 1
•o
º0
o
(
~l
e 1.41b e e mostram estruturas deste tipo.
a.2 - Flexíveis - são aquelas que, sob a ação das solicita- º'
º'
1
-1
r ções de maior intensidade, apresentam deformações sen-
.;,
NI \
( i
e,
síveis, que, por serem elásticas, desaparecem ao
sar a solicitação. Essas deformações ocorrem no senti-
ces-
1
1
- -
e do das forças solicitantes, na forma de flech~s em sua -..=1-=-
w
138 KV.
e't. parte superior. São t.ípicos deste tipo de suportes, os
'
7SO KV

( . postes e os pórticoS articulados, independentemente do


í. Fig. 1. 43 - Suportes em pórticos
·, material com que são confeccionados. Atúam como vigas
( ' engastadas no solo. A figura 1.42 mostr.a exemplos
a.3 - Suportes mistos ou semi-rígidos são suportes que
( típicos de postes para diversos níveis de tensão e, a
figura 1.43, pórtico articulado. apresentam rigidez em uma das dire'çõ.es principais. São
(
em geral, assimétricas, com dimensões maiores na
\ o ' }./ direção de sua rigidez, que é, em geral, na direção·
e ·ºo
~
transversal ao eixo da linha. Exemplos típicos estão
( 8 na figura 1.43, na forma de pórticos contraventados.
o
''
.... ;

-~

''
l•' b ~\Estruturas estaiadas neste tipo de suportes são

.v.
' ;
;
empregados tirantes ou estais para absorver os esforços
horizontais transversais e longitudinais. O emprego de
~ tirantes é uma prática bastante antiga, principalmente em
ó
~
distribuição e em linhas de tensões menores, constituídas
23,16
por postes engastados ou pórticos articulados engastados,

( l
1 a fim de enrijecê-las. Com o advento
verificou-se que substancial economia
das linhas em
de custo
EAT
dos
; l 38 KV 345 KV suportes {ver figura ~.45) é realizável através de seu
~
500 KV estais assumem toda a
estaiamento. Nestas; os
( 'i Fig. 1.42 - Suportes flexíveis (postes}
}'
l i
~·--==-;-:--:--;
f (r

Introdução à transmissão de energia elé,rrica por linhas aéreas de traAsmissão 81 e


80
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
e
responsabilidade de mantê-las em pé, pois são articuladas e

1
com o maciço de sua fundação, o que exige de quatro a seis
tirantes por suporte, dependendo de seu tipo.
h
h

e
''
RH- RESU-[. TANTE"" OE TODAS
AS FORÇAS HORIZONTAIS
-,
e
''
'' OI b) ESTAlAOA CONVENCIONAL
r.
'v 'r AUTO - PORTANTE
p = 1,00 p. 0,60
e
e
-e
[7 e
(
z:.:::- - - - i= - ÃN°coRA
"I e
Fig. 1.44 - Forças atuantes em suporte estaiado e
e) SUSPENSÃO TRAPÉZIO dl SUSPENSÃO DELTA
e
p • 0,34 p. o, 36 (
Os estais compõem-se de um cabo de aço, normalmente (
Fig. 1.45 - Estruturas estaiadas e com suspensão flexivel.
galvanizado, do tipo PR (forte) ou E/>-R (extra-forte). Em locais de
Pesos relativos p(SOOkV) (Ohio-Brass) (
atmosfera agressiva ao zinco empregam-se cabos aço-alumínio l e
(" alumoweld") ou aço-cobre (" copperweld"). Os estais transferem ao
solo, através de âncoras adequadas, componentes das resultantes
! e
horizontais que devem equilibrar, como mostra a ffgura 1.44. As
1
e
figuras 1. la e 1. lb mostram as estruturas estaiadas empregadas no e
sistema de transmissão de Itaipu.
que maiores
t \ e
Verificou-se, em época bastante recente, (
:;"'
economias poderiam ser realizadas com o emprego de estruturas com e
"
susp~nsão flexível, nas quais, como mostra a figura 1.45, as s e,,
ij cadeias de isoladores são também suspensas. ,de cabos de aço.
figura 1.46 mostra essa suspensão em detalhes.
A
' l '

'(.
A aceitação desse tipo de estruturas tem sido boa, dada
(:
a grande confiabilidade apresentada, permitindo, além do mais, uma
maior compactação nas dimensões das estruturas. •• ••
••
e
''
•• (
As maio·res objeções ao sistema de suportes estaiados é
Fig. 1.46 - Jogos de forças nas estruturas isolantes [221
que estes, além de requererem espaço para os estais nas faixas de (
(
(
(~----o ~r_·--

e Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de rrànsmissão 83


e 82
Projetos mecânicos-das linhas aéreas de transmissão

( As estruturas de aço devem ser protegidas contra a


favorável à
servidão, exigem também terrenos de topografia
oxidação e corrosão, empregando-se para esse fim vários métodos. O
implantação dos estais. Em terrenos irregulares prefere-se suportes
mais freqüente é o uso de galvanização a fogo, através do qual o
auto-portante s, que também são preferidos como estruturas de
( levando na maioria das linhas às soluções aço recebe _.uma camada de· proteção de zinco. por imersão das peças em
ancoragem e terminais,
um banho de zinco fundido. Empregam-se igualmente aços passivados
( mistas.
como o "COR-TEN" (U. S. STEEL) e o "NIOBRAS" (C. S. N.,), nos quais a
e Alega-se, contra os estais, sua maior vulnerabilida de a
primeira camada de óxido que se f arma é estável, protegendo-o.
( vandalismos.
Isolamento por pintura é_ também empregado para esse fim, porém com
( o inconveniente de exigir renovação periódica.
( 1.4.3.1.7 - Materiais estruturais O concreto armado tem-se apresentado como ótima
( alternativa para suportes de linhas, ç?m viabilidade econômica para
Em linhas aéreas de transmissão empregam-se, para a
( linhas de até SOOkV. Podem ser executadas nas formas autoportante
fabricação de suportes, os seguintes materiais:
( ou estaiadas, em forma de postes para os níveis mais· baixos de
( a - Metais tensões, e como pórticos articulados ou contraventado s em· todos os
a.1 - aço carbono comum e_.de alta resistência; níveis. Pendentes os processos de fabricação, poderão ser obtidas
(
a.2 - alumínio ou liga de alumínio, seções transversais quaisquer, sendo mui to divulgados no Brasil·
seções circulares ocas e seções em duplo TEE. Postes de seção
( b - Concreto armado
anular são fabricados por processos de centrifugação e por
( b.1 - com armadura convencional
vibração, enquanto que os de seção qualqueri· por vibração. Nos
b.1.1 - concreto vibrado;
e b.1.2 - concreto centrifugado.
catálogos dos fabricantes nacionais relacionam-se postes
( componentes das estruturas com comprimentos unitários de até 40m e
b.2 - com armadura para pré-tensionam ento.
e c - Madeira
resistências nominais de até 5.000kgf. Há experiência acumulada de
( linhas até SOOkV.
( :1 c. 1 - madeira ao natural;
c.2 - madeira imunizada;
Dado seu grande peso e comprimento, seu uso, por razões
- ..' \ fica restrito, em geral, a locais de fácil acesso por
econom1cas,
( l c.3 - laminados de madeira.
e i; Os metais, particularmen te os aços, é que permitem que
meios de transporte convencionais .
é, talvez, o material estrutural mais
e se obtenha a maior variedade de tipos e formas de estruturas, desde
A madeira
tradicional para estruturas de linhas, podendo ser empregada para
e as treliçadas convencionais até as modernas estruturas tubulares de estruturas de até SOOkV. No Brasil o seu uso está restrito a linhas
e chapas dobradas.· de 230kV, na forma de postes ou de pórticos.
As estruturas de aluminio ou de liga ainda sofrem As madeiras adequadas devem apresentar as seguintes
(_ ;' limitações de uso em virtude de seu -cust_o elevado, ficando característic as:

e restritas ao uso em locais em que o custo de transporte, devido ao


seu menor peso, o justifique econômicament e.
- ser resistentes ao
resist~r
ataqu~

bem à exposição ao tempo;


de fungos da podridão;

(1
e
··~ -----· e:··
(
Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão 85
84 Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão (

- indeform abilidade com a idade;


7 - PEIXOTO, C.A. de O - Sistema de Transmiss ão de ITAIPÚ Rev. e
Energia Elétrica - Set. 1979 - págs. 24 a 50.
resistênc ia mecânica satisfató ria.
8 - SAVELLI, M.- Do Óleo de Peixe à Lâmpada Incandesc ente - Diário
requisito s podem ser satisfeit os por madeiras
Esses
"in-natur a" ou através de tratament o de imunizaçã o com impregnaç ão
de São Paulo, 23/08/196 0. e
9 - FUCHS, R.D. e ALMEIDA M.T. Projet-Qs Mecânicos das Linhas
(
profunda da madeira em autoclave s com creosoto ou sais de cobre
Aérea de Transmi"s são - Ed. EFEI /BLÜCHER 1982· - I tajubá/Sã o
(sais de Wollmann ). As madeiras que dispensam essa imunizaçã o são Paulo.
e
hoje de obtenção muito difícil, pois, sendo de crescimen to lento , (
10 - ABNT - NBR 5422 - Projetos de Linhas Aéreas de Transmiss ão de
não são objeto de refloresta mento. São muito conhecida s as Energia Elétrica - Mar. 1985
e
aroeiras, a massarand uba, o óleo vermelho e outras. Há registros de ALUMINÜM ASSOCIATION Aluminum Eletrical . Conductor (
11 - THE
suportes de aroeira com mais de 50 anos de serviço. Handbood - 1ª Ed. 1971 - N. York. Estados Unidos e
A imunizaçã o se faz ·no Brasil com algumas das mui tas (
12 - POFFENBERGER, J.C. e outros - Over Head Conducto rs in the
variedade s de eucalipto s, bastante abundante s em virtude do
United States. Proc. Cigre Open Conferenc e - Rio de Janeiro, (
refloresta mento feito com essas essências . Sua vida útil gira em
torno de 20 a 25 anos' dependend o, do local de emprego.
Agosto 1983
Transmis sion
e
13 - EDITORES New Conducto rs offer Greater (
Umas, como as ou trás, são empregada s ~m suas formas 10
Efficien ty - Transmis sion and Distribut ion - Vol. 35, n. 0


naturais, sem torneamen to para retificaç ão. - pag. 12 - Outubro 1983 - Cos Cob, Ct - Estados Unidos.
14 - EDITORES - Controlli ng Conductor Vibration and Galloping
e
Transmis sion and Distribu tion - Vol 36·, n. 2 - pag. 16 0

1.5 - BIBLIOGRAFIA (
Fevereiro 1984 - Cos Cob, Ct. Estados Unidos.
1 - FUCHS, Rubens Dario, - Transmiss ão de Energia Elétrica 2ª 15 - ~ADDICOR, H. - The Principle s of Electric Power Transmis sion e
Ed., Livros Técnicos e Científic os Ed. S.A. - Rio de Janeiro, Chapman and Hall Ltd. - 5• Ed. 1964 - Londres. e
1979. 16 - STELLA, M.S. - Determina ção da Capaci~ade qe Transpor te de (
2 - STEVENSON, William D. - Elementos da Análise de Sistemas de Corrente de Linhas Aéreas de Transmiss ão - ESCOLA FEDERAL DE
\
'ENGENHARIA DE ITAJUBÁ, 1984 - Dissertaç ão de Mestrado .
e
Potência - 2ª Ed. ~Me Graw Hill São Paulo, SP, 1986. (
3 - KIMBARK, Eduard W. - Direct Current Transmis sion
Wiley Interscie nce - N. York, 1971.
Vol. 1 17 - TANGEM, K.O. e ANDERSON,
Reference Book - Cap. 7 - Edison
J.G. EHV
Electric
Transmis sion
Institute
Line

e
(
L.O. High Phase Order Power Ed. 1968 - N. York.
4 - BARNES, H.C. e BARTHOLD,
Transmis sion-Elec tra - n° 24, 1973 - pag.153 - Paris, França. 18 - THOMAS, P.H. - Output and Regulatio n in Long Distance Lines.
e
5 - STEWART, J. R. e GRANT, I.S. - High Phase Order - Ready for Transacti ons AIEE, Nova York, 1909 Vol. 28, Parte I, e
(
Applicati on - IEEE. Transacti ons, pag 101, n. 6 - Junho de 0
pags. 615 a 640
1983 - N. York. 19_ - THOMAS, P.H. - Calculati on of High Tension Lines - Id. ibid, ~

6 - SÃO PAUT~D LIGHT S.A. - Departam ento Técnico A Interliga ção pags. 641 a 686. (
Paulo-Rio . Revista do Clube de Engenhar ia. Rio de 20 - CENTRAL ·STATION ENGINEERS Electrica l Transmis sion and
São ~
Janeiro, Jan. 1960. N° 281 - págs. 1-7. (_
(
~-----'Fi

(
l
Profetas mecánicos das linhas aéreas de transmissão
86 i'
( '
Distributio n Reference Book - Ed Westinghou se - 4ª Ed. 1950
- East Pittsburgh , PA. Estados Unidos.
( Lightning Stroke
(
. 21 - ARMSIBONG, H.R. e WHITEHEAD, E.R.
Pathfinder - JEEE Power Apparatus & Systems - Vol. 83, 1964 f!
( - Pag. 1223 - N. York, NY - Estados Unidos. Elementos básicos par2l os projetos
2778-H -
e 22 - OHIO BRASS - Building for Tomorrow Publ · n•
das linhas aéreas de transmissão
( Mansfield, Ohio - Estados Unidos.

( 1
'
(
e 2.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
(
Para cada transmissão de energia elétrica entre dois
(
pontos existem numerosas soluções tecnicamen te viáveis; porém,
e

l
apenas um número relativame nte pequeno é capaz de assegurar um
e serviço de padrão ótimo e, ao mesmo tempo, propiciar o transporte
( do kWh a um custo mínimo. O estudo de otimização de uma transmissão
visa exatamente identifica r essas soluções, e, dentre elas,

escolher aquela mais adequada ao caso parti01lar . Sob o ponto de

vista puramente econômico, a solução mais adequada é aquela em que

e a soma dos custos das perdas de energia, durante a vida útil da


linha mais o custo do investimen to, é mínima. Decorre daí que todas
as alternativa s possíveis, considerad as aceitáveis sob o ponto de
(
Vista técnico, devem ser examinadas e comparadas entre si.
e' l A rigor, o trabalho de projeto mecânico se inicia

cH som.ente após os estudos de otimização , quando a escolha final já


e ·. tenha sido feita, com a definição da classe de tensão, tipos de

e~ estruturas, bitolas e composiçõe s dos cabos condutores e

:<;l:r~.,pára-raios,
~~: composição das cadeias de isoladores, etc. Para os

1 '
são feitos verdadeiro s anteprojeto s de cada
solução, em que os elementos básicos para os cálculos mecânicos e
~_létric_os já são definidos, dada a influência que podem exercer
"' ' ' \
cada uma .das soluções. O projeto definitivo
"- ~

1 ~'.~ então, aos parâmetros assim determinad os.


-Vi~-
'---
(.
H
]i.t
..
\
t-'
( f" l
(
Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão 89
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão e
88
a linha de
2.2 - CONSIDERAÇÕES SOBRE A SEGURANÇA DAS LINHAS \
Entende-se por projeto mecânico de um
esforços atuantes sobre os
e
Sob o ponto de vista da Engenharia, as linhas aéreas de
transmissão, a determinaçao
- de todos os
efetuar o seu
dimensionamento adequado, e
transmissão constituem tipos parti'culares de estruturas físicas,
elementos de que se compõe, montagem e as \
construtivos e de cujos elementos básicos são os cabos (condutores e pára-raios) e os
produzir
desenhos de detalhes
especificações e instruções.
Os trabalhos de projeto
·suportes, que, através das fundações, devem propiciar sua amarração
e
respectivas ou fases: (
que se considerem divisões ao terreno atravessado, ao qual devem ser adaptadas. Só esse fato
mecânico das linhas permitem
(
já seria suficiente para diferenciá-las da grande maioria de obras
da distribuição d os
supo.rtes sobre os
de Engenharia, nas quais ocorre o inverso: o terreno é que é (
a - projetos dos cabos e
perfis dos terrenos;
escolhido ou adaptado às finalidades pretendidas. Enquanto, na e
maioria das obras, as dimensões dos elementos estruturais são (
b - projetos dos suportes;
. t os das fundações.
c - proJe
função do comportamento mecânico desejado, face às solicitações e
previstas, o mesmo ocorre apenas parcialmente nas linhas aéreas de
transmissão: a escolha dos tipos e bitolas dos cabos condutores
e
cabos consta da determ1naç
. ão das forças
- obedece. normalmente, a critérios técnicos e econômicos [1] e,
e
o projeto dos
.
sob a ação
das solicita.ções a .que íicarao
muito raramente, mecânicos. A escolha dos materiais para os e
atuantes nos mesmos,
d e
m serviço,
bem como dos p~râmetros das curvas
suportes, sua configuração e dimensões básicas dependem tanto das e
submetidos quan o a fim de permitir, (
suspensos nos suportes, solicitações mecânicas e elétricas, do terreno no qual devem ser
que assumirão quando maiS adequados à (
se escolha os pontos implantados, como também de considerações:, de segurança geral. Esta
através destas, que do comportamento
implantação dos
suportes na linha. o estudo
Capitulo 3,
1 implica, evidentemente, em assegurar um mínimo risco de falhas (

mecânico
dos cabos suspensos, que
será feito no
A distribuição dos suportes
í mecânicas, que, além de comprometer a continuidade do transporte da e
fornecerá
o necessário ferramental.
do Cápítulo 4. Os
energia, poderá ameaçar vidas e propriedades. e
sobre os perfis dos terrenos é 0 objetivo
serão abordados no Capitulo
5 e os das
Na solução de quaisquer problemas de Engenharia de
e
projetos dos suportes
estruturas, os projetistas devem iniciar
prc:v\dências básicas, que constituem as "Hipóteses de Cálculo":
pelas seguintes
e
fundações no Capítulo 7.
capitulo é destinado
a apresentar
as
e
o presente
recomendadas para a determinação dos fatores
a pressão
a - estabelecimento das chamadas hipóteses de carga, através
das quais se procuram fixar os valores das solicitações mecânicas,
e
metodologias . dos esforços devidos (
causadores das solicitações, ou seJa, incidir sobre as estruturas no
sobre 05 elementos
componentes das linhas e
daqueles normais e anormais, que poderão
decorrer de sua vida útil ~ principalmente daquelas que, por sua
e
do ·vento
devido às variações
das temperaturas. 5 er
ão feitas, inclusive,
aaior intensidade ou por sua maior duração, mais solicitam os
e
considerações sobre a
segurança das ll
.nhas e o seu dimensionamento,
elástico dos cabos aateriais empregados; e
" . d falha". o comportamento \
admitindo-se riscos e (alóngamentos) que .., .. cc b - através do conhecimento do comportamento dos materiais a

cond u t ores,
bem como as def ormações permanentes
t discutidos,
e metodologias para sua -'-+--·serem empregados, face aos tipos de solicitações a que serão e
1
irão sofrer serão igua men e SUbmetidos, escolher as taxas de trabalho mais adequadas a cada (
predeterminação apresentadas. caso. (.
e
Bementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão 91
Projetos mecâilicos das linhas aéreas de transmissão
90
Por outro lado, as cargas que atuam sobre as
Na maioria dos países, uma vez que a seguranç a das
estrutur as, principa lmente quando decorre ntes de fenômeno s
obras de Engenha ria em geral envolve a seguranç a de seres vivos ou para
naturais , também não podem ser prevista s com precisão e,
~de propried ades, o projetis ta é limitado , em seu arbítrio para a
quaisqu er valores suposto s, e~iste sempre um risco de que os mesmos
( escolha dos elemento s acima, pelos "Códigos de Seguranç a" ou pelas
sejam ultrapas sados durante a vida útil 'aa obra.
( "Normas Técnica s", que, para cada tipo de estrutur a, procuram
Há, pois, urna tendê~cia natural de se superest imarem as
( estabele cer condiçõe s mínimas de seguranç a, fixando, em geral,
cargas ou de se superest imarem as resistên cias das estrutur as,
( tanto as hipótese s de carga mínimas, como também as solici lações
levando a superdim ensionam entos, com conseqü entes penalida des
máximas admissí veis nos diversos materia is. São elemento s dé
(
não o econômi cas.
orientaç ão para o projetis ta. Sua adoção pura e si_mples
( Uma· vez que, tanto a suporta bilidade de uma estrutur a
exime, no entanto, de responsa bilidade profissi onal.
ou aquela de um de seus elemento s estrutu rais aos esforços
Quando um determin ado elemento estrutur al é submetid o a
( mecânico s, podem ser consider adas grandez as estatíst icas, como o
um certo tipo de esforço,_ e se este for suficien temente elevado,
e poderá ocorrer sua destruiç ão ou ruptura. Esse valor recebe o nome
são as forças atuantes , o risco de falha existirá sempre para
atuante s e suporta bilidade s, como
e de carga de ruptura. Esse termo, no entanto, não deve ser entendid
o qualque r combinaç ão de
ensina a teoria da Probabi lidade.
forças

ao pé da letra: às vezes ele, é/associ ado a valores de solicita ções


Seja P(L) a curva cumulat iva de distribu ição das
que provocam deformaç ões permane ntes em elemento s 'da~ estrutur as, de
suporta bilidade s de uma estrutur a pertence nte a um lote
de ordem tal, a provocar o colapso da estrutur a inteira. Seu valor
estrutur as. No caso das linhas, essa distribu ição pode ser
também não pode ser consider ado singular ou absoluto : nos materia is
e em obras, aceitam- se tolerânc ias de fabricaç ão consider ada normal, com um desvio padrão eiitre 5 e 10% [3]. Seja
e técnicos
tanto em
usados
suas dimensõe s físicas finais, quanto em suas ~
fo(L) uma distribu ição de valores extremo s - velocida des máximas

e caracte rísticas específi cas (peso, resistên cia especifi ca à tração


'
i
anuais dos ventos responsá veis pelas solicita ções, e que pode ser
e descrita pela lei de GUMBELL I. O risco de falha R é represen tado,
ou compres são, etc). Admite-s e, pois, um valor médio· para cada
tolerânc ia. Esta será tanto menor quanto mais
1 na figura 2.1, pela área hachurad a. Sua expressã o matemát ica é:
!'
grandeza e uma
( rigorosa s forem as especifi cações de fabricaç ão, de controle de
i ,. \
J~ [2. 1)
qualidad e e aceitaçã o. Nestas condiçõe s, as cargas de ruptura devem R P(L) ·fo(L) dL

ser entendid as como grandeza s estatíst icas, definív eis, por


padrão ou pela teórico de falha de urna estrutur a pode ser
O risco
exemplo, por seu valor médio e pelo desvio

variânci a. Pode-se, pois, a cada valor de esforço que atua sobre um 1 determin ado pela posição relativa das duas curvas P(L) e fo(L).
A

posição da curva P(L) é determin ada pela "suporta bilidade


elemento estrutu ral, associar um risco de falha. Este será tanto
estatíst ica garantid a L1", e é definid a· pela carga de 90% das
menor quanto maior for a relação carga de ruptura/ carga máxima

l
a
estrutur as de um mesmo lote que devem resistir quando submetid as
atuante. Essa relação determin a o fator de seguranç a, para uma dada
uma carga igual a L1.
solicita ção. Por outro lado, quanto maior for o fator de- -seguran ça,
A posição da curva fo(L) é definida pela probabi lidade
maiores as dimensõe s dos elemento s estrutur ais e, portanto , seu

l
T
da carga L1 ser igualada ou excedid a, ou pelo período de retorno
custo.
~---- -f-•-- - - - - - - e - - - - - ---
(
!
(~
Profetas mecânicos das linhas aéreas de transmissão Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas ·de transmissão 91
(>
90

Na maiori a dos países , uma vez que a segura nça das


Por · outro lado, as cargas que atuam sobre as e
e~
estrut uras, princi palme nte quando decorr entes de fenôme nos
seres vivos ou
obras de Engen haria em geral envolv e a segura nça de
natura is, também não . podem previs tas com precis ão e, para
ser (
arbítr io para a
de ·propr iedade s, o projet ista é limita do, em seu
escolh a dos elemen tos acima, pelos "Códig os de Segura
nça" ou pelas quaisq uer valore s supost os, e~iste sempre um risco
de que os mesmos
e
sejam ultrap assado s durant e a vida útil da, obra.
"Norma s Técnic as", que, para cada tipo de estrut
ura, procura m
Há, pois, uma tendên cia natura l de se supere stimar em
as
e
estabe lecer condiç ões mínima s de segura nça, fixand
o, em geral,
cargas ou de se supere stimar em as resistê ncias
das estrut uras, e
tanto as hipóte ses de carga mínima s, como também
as solici tações
levand o a superd imensi oname ntos, com conseq üentes penali dades e
máxima s admis síveis nos divers os materi ais. São
elemen tos de
e siffiple s não o
econôm icas. e
orient ação para o projet ista. Sua adoção pura
. tanto a suport abilid ade de uma estrut ura
Uma· vez que, e
exime, no entant o, de respon sabilid ade profis sional
Quando um determ inado elemen to estrut ural é submet ido
a ou aquela de um de seus elemen tos estrut urais aos esforç os e
um certo tipo de esforç o, e se este for suficie nteme
nte elevad o, mecân icos, podem ser consid eradas grande zas estatí
sticas , como o e
poderá ocorre r sua destru ição ou ruptur a. Esse valor
recebe o nome são as forças atuant es, o risco de falha existi rá sempre para e
de carga de ruptur a. Esse termo, . no entant o, não deve
ser entend ido qualqu er combin ação de forças atuant es e suport abilid ades, como e
'
ao pé da letra: às vezes ele, ~ associ ado a valore s
de solici tações ensina a teoria da probab ilidade .
Seja P(L) a curva cumula tiva àe distrib uição
das
e
que provoc am deform ações perman en.tes em elemen tos
d.as estrut uras,
suport abilid ades de uma estrut ura perten cente
a um lote de e
de ordem tal, a provoc ar o colaps o da estrut ura inteir
a. Seu valor
nos materi ais estrut uras. No caso das linhas , essa distrib uição pode
ser e
também não pode ser consid erado singul ar ou absolu to: (
consid erada norma l, com um desvio padrão en'tre s
e 10% [3]. Seja
usados em obras, aceitam -se tolerâ ncias de fabric ação
técnic os (
suas fo(L) uma distrib uição de valore s extrem os - veloci dades máxima s
em suas dimens ões física s finais , quanto em
tanto (
ífica à tração anuais dos ventos respon sáveis pelas solici tações , e que pode ser
caract erístic as especí ficas (peso, resist ência espec
ou compre ssão, etc). Admite -se, pois, um valor
médio para cada descri ta pela lei de GUMBELL I. O risco de falha R é repres entado , e
grande za e uma tolerâ ncia. Esta será tanto menor
quanto mais na figura 2.1, pela área hachur ada. Sua expres são matem
ática é:
e
de contro le de (
rigoro sas forem as especi ficaçõ es de fabric ação,
J~
,.· \
qualid ade e aceita ção. Nestas condiç ões, as cargas
de ruptur a devem R P(L) ·fo(L) dL (2.1) (
ser entend idas como grande zas estatí sticas , definí veis, por
teóric o de falha de uma estrut ura pode ser
e
exempl o, por seu valor médio e pelo desvio padrão ou pela O risco
P(L) e fo(L). A
r
~

determ inado pela posiçã o relati va das duas curvas


variân cia. Pode-s e, pois, a cada valor de esforç o que
atua sobre um
Püsiçã o da curva P(L) é determ inada pela "supor tabilid ade e
elemen to estrut ural, associ ar um risco de falha.
Este será tanto
a/carg a máxima ·estat istica garant ida L1", e é defini da pela carga
de 90% das e
menor quanto maior for a relaçã o carga de ruptur e
:-vC;:: ~·estruturas de um mesmo lote
que devem resist ir quando subme tidas a
para uma dada
atuant e. Essa relaçã o determ ina o fator de segura nça,
solici tação. Pot:'·o utro lado, quanto · inaibr for o fator
de segura nça, -- "'"~~,.Uma carga igual a L1.
'"~;:,r,-~--: __.,_.
e
portan to, seu A posiçã o da curva fo(L) é defini da pela probab ilidade (
maiore s as dimens ões dos elemen tos estrut urais e,
custo.
carga L1 ser iguala da ou excedi da, ou pel~ period o
de retorn o T

e
e
(
_r___aement os básicos para os projetos das hnhas aéreas de transmis
são 93
( 92 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão

na própr ia região , ou em regiõe s


observ ação meteo rológi cas
p
semel hantes . E é precis o que estas
( climá ticas próxim as e
enos natur ais, os
inform ações sejam confi áveis . Tratan do-se de fenôm
etame nte aleat ória e,
( evento s meteo rológi cos têm uma nature za compl
e quant ificad os por
f 0 { L)
conseq üentem ente, só podem ser analis ados
proba bilíst icos. Isso reque r,
proce ssos estat ístico s e
í eviden temen te, um númer o grande de regis tros,
feitos também no

decor rer de um grand e númer o de anos.


ia ser
Para um trabal ho seguro , a colet a de dados dever
L e contín uos, isenta ,
( RISCO DE FALHA R feita por aparel hos· regist rador es autom áticos
portan to, de falhas human as.
Fig. 2.1 - Risco de falha de uma estrut ura
'i-nfor maçõe s meteo rológi cas
e São as segui ntes
neces sárias para o estabe lecim ento das hipót eses
as
de carga:
(
ência de uma
de L1. T é igual ao invers o da prob.a bilida de da ocorr a - Temp eratur as
estive r afasta da de valor es das máxim as tempe ratura s anuai s;
carga L, maior ou igual a L1. Quantb mais fo(L)
e- P(L), menor será o risco de falha. valor es das mínim as tempe ratura s anuai s;
obtida s por taxa
Para carga s de vento, um period o de retorn o de
50 anos, valor es das tempe ratura s média s anuai s,
teóric o de falha
como recom endado pela NBR 5422, conduz a um risco horár ia de amostr agem.
-2
um desvio padrão na
anual de uma estru tura de cerca de 10 , para b - Veloc idades máxim as anuai s de vento s
e
supor tabili dade das estrut uras de 7,5%. Na impos sibilid ade de se obtere m esses dados
nas
l A IEC
[3] sugere que se consid ere- "class es de ! condiç ões desej áveis , como, por exemp lo, númer
o sufic iente de .anos
(_ linhas e indica três classe s para os riscos cartas meteo rológi cas
segura nça" para as de regis tros, o proje tista poder á recor rer às
depend endo de sua impor tância no sistem a. Para
(
á, no entan to, usar
teóric os de falha,
ente, os segui ntes
1 consta ntes do anexo A da NBR 5422 [2), que dever
falhas sob a ação do vento sugere , respec tivam com prucifo~cia. Essas cartas , para facili dade
de consu lta, foram
2 3 4
e riscos anuai s 10- , 10- e 10- • reprod uzidas neste capitu lo.
e 1 aos proje tos
2.3.1 - Determ inação das tempe ratura s neces sárias
l
2.3 - DETERMINAÇÃO DOS ELEMENTOS SOLICITANTES
l 1 2.3.1 .1 - Métod o estat ístico
aérea s
As solici taçõe s mecân icas dos cabos das linhas meteo rológi cos
A tabela 2.1, anexa , apres enta dados
suas estru turas e
de transm issão e, conseq üentem ente, também de urna linha. Com os
( ções das condi ções obtido s em uma estaçã o próxim a ao traçad o de
'") funda ções são, como vimos , decor rentes -das ·varia anos assina lados , foram
(_ as linhas . Os dados dados regist rados em cada um dos
atmos férica s nas regiõe s em que se encon tram
e básico s de proje to deveri am, portan to, ser coleta
dos em posto s de calcul adas:

l 1
l.'
·aéreas de transmissão
95 r:
Elementos básico s para os projeto s das linhas
94
Projetos mecân icos das linhas aéreas de transmissão
e
l TABELA 2.1 DADOS METEOROLÓGICOS DE UM POSTO EM REGIÃO
DE cálcu lo, nas dive rsas cond ições de solic
itaçõ es das linha s, corno
e
1
.\
IMPLEMENTAÇÃO DE LINHA . recomendam a NBR 5422 [2] e também a JEC [3]: (

a - Para a cond ição de maio r duraç ão


temp eratu ra é a (
Médi a das
ternp erat.
Médi a das
ternp erat.
Médi a das
temp erat.
Vento em km/h,
lOm altur a e defin ida pelo valo r das médi as pluri anua
is das temp eratu ras do ar e
ANO mínim as médi as máxim as
tmax [ •C]
2 segun dos
Rugo sidad e
- t; e
tmin [ •C] diári as
t [ •Cl
B b - Temp eratu ra minim a - é o meno r .-valo
r de temp eratu ra do ar e.
19,31 28,04 88,3 calcu lada com uma prob abili dade de 2%
de ser igual ada ou ocor rer um
e
1950
1951
+13,7 8
+12,8 5 18,45 27,85 64, 1
76,7
valor meno r. Corre spond e a um perío do
de retor no de 50 anos.
e
1952
1953
+15,3 2
+10,4 5
20,32
19,36
26,80
27,65 - - -- 60,3 '
Pode. ser deter mina da por: e
1954 + 8,30
+11, 83
19,03
18,88
29,32
30,01
68,5
52,8 tSOmin = fmin - 2,59 CTmin -. (2. 2) e
1955
1956 +12,4 5 22,47 26,78 78,0
67' 9.
e
1957
1958
+12,5 2
+11,4 5
22,03
20,50
25,88
26,03 66,5 onde:
e
1959
1960
+10,2 2
+ 9,85
20,85
18, 09 ..
26,83
27,93
72,9
65,3
~
lmin - médi a das temp eratu ras minim as
anua is [oC);
eratu ras mínim as
e
+10,3 0 18, 98 29,03 75,3 C'min - desv io padrã o da distr ibuiç ão de temp \.
1961 87,3
28,88
1962
1963
+10,9 0
+ 8,36
17,98
16,53 28,03 95,6
100,3
anua is.
e
1964 +12,8 7 22,45 26,98 e Temp eratu ra máxim a é a maio r temp eratu ra do ar, (
23,08 28, 93 78,8
1965 +14,3 6 de 2~ a ser igual ada ou
22,88 27,85 66,8 deter~inada para uma prob abili dade (
1966 +15,8 5
99,0 de 50
1967
1968
+12,8 9
+11,5 6
19,97
19,45
27,08
29,02 76,5 exced ida. Corre spon de, igual ment e a um perío do de retor no
e
1969 +10,0 2
+ 9,95
19,58
18,89
30,30
30,20
79,6
84, 7
anos.
É calcu lada por:
e
1970
= 28,07 Vmax = 76,42
e
Médi as lmin = 11,44 t = 19,96 lmax
tsoma x = Imax· + 2, 59 a-max (2. 3) e
Desv io
padrã o
2,09 1, 74 1,31 12,69
onde: / \ e
[oC]; (.
lmax - médi a das temp eratu ras máxim as anua is
amax - desv io padrã o da distr ibuiç
ão de temp eratu ras máxím as e
ias - tmin anua is. e
a - Médl as das temp eratu ras- mínim as diár
b - Médi as das temp eratu ras médi as diári
as - t e
e - Médi as das temp eratu ras máxim as diári
as - tmax Exemplo 2.1 e
Foram calct ilado s, igual ment e, as médi
as pluri anua is e
e
os desv ios padrã o corre spond e,nte s.
Quai s os valo res, na regiã o da linha
s da tabe la 2.1, das
para a qual foram
temp eratu ras neces
e
colet ados os dado s cons tante
se deter mine as a serem usado s em proje = (
Essas temp eratu ras perm item que Sária s à form ulaçã o das hipó teses de carga

temp eratu ras de proje to, para a form ulaçã


o das usua is hipó teses de to?
e
e
Elementos básicos para os projetos das Hnhas aéreas de transmissão 97
96 Projetos mecânicos das 'linhas aéreas de transmissão

Temperaturas médias - ilustradas na fig. 2.2;


Solução:
a - Temperatura da condição de maior duração - e, como vimos, Temperaturas máximas médias - encontram-se na fig 2.3;
o valor da média das temperaturas médias anuais. Para n anos: Temperaturas máximas - reproduzidas na fig. 2.5;
1 n (2.4) Média das temperaturas mínimas - estão na fig. 2.6.
--
n
Li tanual
Para o seu uso, deve-se loca'l-.izar a linha nos mapas
(
de acordo com a tabela: t 19,96•C ou t = 20•C através de suas coordenadas, a fim de se obter das figuras os
(
(
b - Temperatura mínima do ar, com período de
anos:
retorno de

(Eq. 2.2)
50
l valores das temperaturas correspondentes.

( tSOmin = t"min - 2,59 a-min

com os valores da tabela:


tsomin 11,44 - 2,59 · 2,09 Exemplo 2.2
( tsomin = + S,97•C ou tsomin = + 6°C Uma LT deverá ser construída em uma região cujas coorde
nadas aproximadas são 12°5 e 48°W. Quais as temperaturas do ar ne
e - Temperatura máxima do ar, com período de retorno de 50 cessárias à elaboração do projeto?
anos:
'tmax + 2,59 ,.·'O"max
(Eq 2.3)
tsomax

tsomax 28,07. + 2,59 . 1,31 Solução:

tsomax 31, 46•C ou tsomax = 32°C a - Temperatura média - da fig. 2.2 - l = 25oC
b - Temperatura máxima média - da fig. ?·3 - por interpolação
d - Temperatura coincidente - não havendo registros simultâne
ç, os das temperaturas coincidentes com os ventos de máxima intensid~
aproximada - tmax = 31,7oC

de e como não foi possível,ainda, estabelecer uma correlação entre 1 c - Temperatura mínima - da fig. 2.4 - por interpolação aprox~
( essas duas grandezas para fins de projeto, deve-se usar [2,3] a
rnada lmin = 9,5cC
temperatura media plurianual das mínimas anuais. d - Temperatura máxima - da fig. 2.5 - tmax = 40oC

e Da tabela:
tmin = 11,44°C OU tmin ll,S0°C
1
e - Média das temperaturas
lmin = 19oC
mínimas diárias - da fig. 2.5 -
(-
: \
(
e 2.3.2 - Determinação das velocidades dos ventos de projeto
2.3.1.2 - Método direto ou gráfico

A determinação do efeito do vento sobre estruturas de


Com os dados meteorológicos coletados por todo o país,
· t·is t as dos diversos
Engenharia, há muito vem preocupando os proJe
foi possível preparar cartas meteorológicas do Brasil, nas quais
ramos e, apesar do grande número de trabalhos de pesquisas
foram ligados todos os ~pontos de igual temperaturas, dando origem
·
realizadas ou. em andamento, a pal avra cone 1 us1va sobre a maneira
às curvas "isoter·mais". Essas cartas foram apresentadas no Anexo A
correta de considerar esse efe~to ainda não foi dada. No caso das
da NBR 5422/1985 [2], aqui reproduzidas para facilitar a consulta
. linhas de transmissão, em particular nos últimos anos, razoáveis
dos leitores:
-·--( l

\
Elementos básicos para os projetos das linhaS aéreas de transmissão 99
'j 98
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissâí,
e
\
(-

(
,.
\

... ... '"


4,. e
,,. ... '" ,.
- - ----.-<!-~.-~ 1----fl"\---i--"
e
! 1
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O"·- -
O'
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e
... e
e
" e
\
(
"' ,,. (
(
'" \ ... e
e
e
,.. (
'"
"' (.
"º 1 e
e
'" ' '
~~·
... Fig. 2.3 - Temperatura máxima média [•C) (NBR 5422/1985)
e
to•
'" e
(
Fig 2.2 - Temperatura média [°C] (NBR 5422/1985) e
e
(
(_
e
(
:-;:r··· ,,.~­
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' 100
Projetos fnecánicos das linhas aéreas de transmissão Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão 101
i ~ .
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j
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to"- --20'

..
e
(
e ·' \
'"
.,,. ...
e
(
Fig. 2.5 - Temper atura máxima [•C) (NBR 5422/19 85)
.. Fig. 2.4 - Temper aturas mínimas [•C) (NBR 5422/19 85)
--
(
i - '
'-
~
l
't
-- l

(
~-
l
!;
t
(

Elementos básicos para os projetos das linhas aéieas de transmissão 103


e
102
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
e
progressos foram re·alizados, principalmente quando se passou das (
pesquisas em túnel de vento para as pesquisas em linhas
e
especialmente construídas para esse fim em campo aberto. (
Verificou-se. que, se certos aspectos relevantes sobre o
(
comportamento dos ventos forem devidamente ,,considerados, não só
substanciais econom_ias podem ser realizadas, pelo dimensionamento
(
mais realista das estruturas, como também maior segurança contra e
falhas mecânicas podem ser conseguidas. e
O trabalho realizado na instalação de Horningsgrinde, (
Alemanha Ocidental {4], e pelos grupos de trabalho da Eletricité de e
France, do Central Electricity Research Laboratories, da
e
Inglaterra, e do Centro Degli Ricerca Elettrica, da Itália [5], e
e
outros, têm contribuído decisivamente para o melhor entendimento
e
dos ventos em si e de seus efeitos sobre as linhas.
Este último trabalho serviu de base para a elaboração
e
da publicação "OVERHEAD LINE TOWER LOADING" - Recommendation for
e
Overhead Lines - do Comi tê Técnico n° 11 da IEC (Interna tional e
Electrotechnical Comission) [3]. A NBR 5422/85 [2], por sua vez, (
incorporou os procedimentos aí recomendados. (
Esses estudos levaram ao reconhecimento de diversos e
fatores de importância fundamental na escolha dos chamados ventos (
de projeto, a partir dos dados disponíveis, dentre os quais deve-se
e
notar:
e
a - a ftção do vento depende da rugosidade do solo. Quanto (
.
/
maior for essa rugosidade, maior será a turbulência do e
vento e menor a sua velocidade; e
b - devido à maior turbulência próxima à superfície do solo,
e
fig. 2.6 - Média d as t empera t u ras ml' nimas diárias [°C1 (
(NBR 5422/1985) sua velocidade aumenta com a altura sobre o solo;
e
c - os ventos, em geral, apresentam-se na forma de rajadas, (
cujas frentes são pouco extensas ~ apenas algumas cente- (
nas de metros~ extensão pela qual seus efeitos podem ser (
sentidos simultâneamente;
l
(_,
.1
(
Elementos básicos para os projetos das linhas.aéreas de transmissão
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão 105
( 104

d - os diferente obstáculos que se opõem ao vento possuem V

tempos de resposta diferentes à sua solicitação. Assim,

sobre um determinado elemento estrutural, ,ventos de


intensidades elevadas de curta duração podem ter efeitos
V4
(
menores do que outros, menos intensos, porém de maior -----
duração.
V : f (t J
se devidamente considerados, permitem
Esses fatores,
maior segurança e economia no dimensionamento das estruturas das

linhas.
A determinação da velocidade dos ventos em determir1ado
local é feita por aparelhos denominados anemômetros, que, através
de mecanismos vários, informam, continuamente, as velocidades dos
( ventos. Os anemógrafos registram essas velocidades continuamehte
2 2 2 1 2
( para posterior consulta. Há vár.ias construções de anemômetros,
-,1 [ •]
10
r sendo mais comuns as "de conéhas", cuja velocidade de giro é
proporcional à velocidade do vento medido. Suas' i_ndicações ou
1 Fig. 2. 7 - Efeito dos tempos de integração nas ve 1 ocidades
registros, por outro lado, apresentam um tempo de resposta às dos ventos
flutuações na velocidade do vento, 1
e que
velocidade e de seu sistema de medidas. Anemômetros sensíveis têm
é função dessa mesma

( igualmente ser corrigidos, como também se deve efetuar a


tempos de resposta de ordem tal, que indicam velocidades médias de correção
e ventos integradas por períodos de
2s. A figura 2. 7 mostra um da velocidade do vento para -0s cabos e
estruturas situados a
e diagrama V = f(t) de uma frente de rajada de vento,. com as várias alturas maiores.
( velocidades e respectivos tempos de integração. O efeito r ugos1·d ade sobre as velocidades médias.
como
e Na figura 2.7, V1, V2, V3, V4 e Vmax são os valores das
obtidos por integração em
também s,o:pre as velocidades de ventos nas
destas t"êm rugosidades diferentes,
linhas quando os terrenos
( velocidades parciais da rajada, também requerem correções.
intervalos com instrumento cujo tempo de integração é, por exemplo,
e, 2s. À V10 correspondem 10s.
( 2.3.2.1 - Efeito da rugos1"dade dos terrenos
Velocidades de vento são publicadas com diferentes
e tempos de integração, daí a necessidade de se padronizar a forma de
e fazê-lo. Felizmente os dados já obtidos e publicados não são
Tanto a ABNT [2]' como a IEC [3]. classificam os
terrenos em quatro categorias de rugosidade,
descri tas na Tabela
( perdidos, pois é possíve1 convertê-los todos à mesma base de tempo, 2.2, que A de um terreno em uma dessas
(_ como veremos. subjetiva .e se pre t ende que o projetista seJ·a
( A altura de instalação dos anemôrnetros também foi
de reconhecê-la.
( padronizada em lOm. Dados obtidos em alturas diferente podeo

e'
(Y'~-· -·
(
Projetos mecânic os das linhas aéreas de transn1issão Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas .de
transmissão 107 e
106
categ oria B, com um
e
2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS TERRENOS DE ACORDO COM SUA t conve nciona l a lOm de altura sobre o solo de (
TABELA
RUGOSIDADE. COEF!CitNTES DE RUGOSIDADE [2,3]. períod o de integr ação de 10 minut os.
ssos:
Sua determ inação obede ce igualm ente a dois proce
CATEGORIA COEFICIENTE
DE RUGOSIDADE um métod o estat ístico , a parti r de veloc idade s medid
as no campo , e e
DE CARACTERÍSTICA DO SOLO (
RUGOSIDADE
Kc
1 um métod o a ser usado na impos sibilid ade de se,_ empre
gar o anter ior.

Vasta s extens ões de água a sota Basei a-se nas carta s com curva s "isóta cas" public
adas no anexo da e
A vento ; áreas coste iras plana s; de
-
1, 08
NBR 5422/1 985, reprod uzida s na figura 2.8. e
serto s plano s. (
Terren o aberto com pouco s obst~ (
culos , com várze as, gleba s culti - 1 2.3.2 .2.1 - Métod o estat ístico
B
vadas com pouca s árvore s ou edifi-
1,00
--
.
e
caçõe s. 1 Sejam Vima>: as n veloc idade s ~~.áximas anuai s dos
vento s, (

c
Terren o com obstá culos numer o-
SOS e peque nos, como cerca s vi- 0,85
.
! obtida s em posto meteo rológi co, em cada um dos
n anos de e
e
vas, árvore s e edific ações . observ ação.

Are as urban izadas ; ;terre nos com 0,67


Empre gando esses dados , é possí vel determ inar
o valor e
1
D muita s árvore s altas· da veloc idade que poder á ser iguala da
ou exced ida urna vez em T e
anos, atrav és da expre ssão [2,3): (
izadas , devem ser (
J Obs: - Linha s que cruzam áreas altam ente urban
D, pois é
consid erada s locali zadas em terren os de categ oria
1
(
P(Y] = 1-exp [-exp [- " (2.5)

r,. muito difíc il a sua real avalia ção. e


L

r
- Em vales que possi bilite m a canal ização de vento em
adota r para
direçã o
na qual: e
desfav oráve l para o efeito em questã o, deve se (
rl que foi defin ida
Kr uma categ oria imedia tamen te anter ior a
com as carac teríst icas da tabela 2.1.
PCYJ T
1
é a proba bilida de anual do vento V [m/s] a
e
- As mudan ças previ stas nas carac teríst icas da região - é o
ser igliala do ou exced ido;
valor da veloc idade do vento com urna
e
(
atrave ssada devem ser levada s em conta na escolh
a de Kr. proba bilida de anual de P(Y);
V [m/s] - é o valor médio da distri buiçã o das n e
- Os valore s de Kr da tabela corres ponde m a uma veloci dade
lOmin ), veloc idade s máxim as observ adas;
e
média sobre 10 minut os (perío do dé integr ação de
<rv - desvio padrão arnos_tral nas n veloc idade s.
e
medid a a lOrn de altura sobre o solo.
gado quand o
e
~ acons elháv el que esse métod o só seja empre (
2.3.2 .2 - Veloc idade básica de vento para V, no mínim o
ada
se tenha um númer o grand e de anos de observ ação:
10 anos e, para o cálcu lo de av, seria acons
elháv el dispo r de 20
e
Veloc idade básica de vento é uma veloc idade calcul (
manei ra anos de dados .
para um period o de retorn o de 50 anos, medid a de e
l
(
1 r
l
e Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Bementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão 109
( 108
Exemplo 2.3
\•
• A tabela 2.1 fornece os valores das velocidades máximas

~'
anuais de vento c6lhidas em um posto meteorológico por meio de ane-
( mômetro com 2s de resposta, a lOm de altura, em terreno de rugosi-
...
(
'"
... ~·

" .. ... .. ''


i
dade B.
Qual o valor da velocidade básica,de vento, ou seja, a
•'--···
--·· i velociqade com um período de retorno de 50 anos?
.... ... '
1
M'

I_,. solução:
.~
- As velocidades de vento da tabela estão especificadas
( 1
l
em km/h, enquanto que a velocidade básica é em m/s. Poder-se-ia
converter os n valo(es ou operar com km/h e fazer a conversão pos-

( ... terior, o que é menos trabalhoso.

e . Ternos:
. P(V) 1
= 0,02
( [_ 50

... - • ... ..
1
'
76,42km/h
<rv = 12,69km/h
Aplicando a equação 2.5 para obter o valor de V:
... -e
X
(
to•...
iÍ --Toº 1 P(V) 1 - e
(
Sendo:
e ... ... X
rr (V - V+ 0,45 · <rv)
(__ v'6 •<J'v
(. 1 Temos:
(~' X
( •• -e
.,. ... ... = -e

e tempo de integração da média: 10min 1 - P(V) = e


-e
X

período de retorno: 50 anos X


a lOm de altura e = Ln[l P(V)]
terreno dé categoria B X
(' e = Ln[l 0,02]
( X
'-~ f Fig. 2.8 - Velocidade básica do vento [mls1 e - 0,02020
'
c1 X= 3,90194
(
·J
.' X
rr
"6·12,69
[V - 80,1305]
(
l
·f (

Elementos básicos para os projetos das Jinffas aéreas. de. tranfimissão


(
111
Projeros mecânicos das linhas aéreas de transmissão
110 (
Exemplo 2.4
(
Logo: Qual a velocidade básica do vento a ser usada na linha (
V = 120,378km/h = 33,358m/s especificada no exemplo 2.2?
A velocidade rnax1ma de ven t o será , pois _33 • 538m/s (
para um período de retorno de 50 anos e tempo.de intei:ªâ:º1~em~n~~ Solução: (
dos Para obter seu valor com um tempo de integraç . .
gun d~vemos determinar na figura 2.9 o fator Kd para.por ele ~1v1-
tos, valor acima encontrado. Para terreno de categoria B, na inte~ te 22,8~/s
Para as coordenadas 12oS e 48°W, obtemos aproximadamen-
por estimativa entre as curvas de 22 e 24m/s. e
~!~ã~ da abscissa de 2s com a curva B, encontramos Kd = 1,4. Logo o (
vento bâsico será de: (
2.3.2.3 - Velocidade do vento de projeto
Vb = 23,956 = 24m/s (

'• '" 1
É a velocidade a ser usada na determinação das e
1
11
1!
1
1 1
1
1 1 1 i i solicitações provocadas pelo· vento sobre os· elementos das linhas. e
'·' i\ 11 1 1 i Ela é calculada a partir da velocidacte··básica de vento, com as
(
CATEGORIA 00 1 li !
correções devidas aos seguintes fatores:
"' 1
TERR~NO

1 1 1
1

a - quando a rugosidade do terreno for diferente de "B",


e
'" 1 ' 1 1 ' 1 1 1
1 deve-se multiplicar a velocidade básica de vento pelo
(
1. ' 1
"' '1 ,-i
. 1 '
1 1 1
1
' "coeficiente de rugosidade de Kr" referente ao terreno da e
'" f'.I
'" i\ 1 i
'1
1
'i linha Kr e obtido da tabela 2.2; (
1 i -l i N :1 1
(
"'N 1 1 i i:
' i 1"'... l '\i 1i '' b - os diversos elementos da linha têm tempos de resposta
r-J• N' 'l- !~
-;...., 1 l'-..1 )...1
WJi ''
1 1
! ! 1 diferentes à ação do vento. Assim, por :.exemplo, para a
(
1 -...._,_'{.._I' \ :1 1 ! 1 '
e
.' ação do vento nos suportes e nas cadeias de isoladores, o
"' 1 1 1, 11 1 1
'
i 1i (
""
1 1 1 1 período de integração deve ser considerado igual a 2
o
1
1 1 1
! l 1 11
1 """' 1 1
~· '
. segundos, enquanto que sobre os cabos recomenda-se usar e
o, • i 1 1 1 1 1 1 1 l 1'~ e '
1 1 1 11 1 1 • 1 1 1 i j 1'1 D 30s. Os coeficientes de conversão Kd são obtidos da figura (
º· •
1

'----,-"~,-c,ccooc:,-~ ~~
10 20 ~o 1 2 s 10 2.9;
1'\
e
e - para obstáculos cuja altura sobre o solo seja diferente de (
10 m, deve-se aplicar um fator de correção dado por: (
fig, 2.9 - Fatores Kd para conversão de velocidades de
vento com tempos de integração diferentes e
Kh=[~o)l/n (2.6)
e
na qual: (
2.3.2.2.2 - Método direto ou gráfico
H(m) é a altura do obstáculo (,
o valor da velocidade básica do vento pode ser lida n é um fator que depende da rugosidade do terreno da linha e
tabela
e
t d figura 2.8, da mesma do período de integração t, e que pode ser obtido da
diretamente das curvas isótacas cons t an es a (
2.3.
maneira Como são obtidas as temperaturas. l
e
e
----,------

( das linhas aéreas de transmissão 113


s de transmissão Elementos básicos para os projetos
Projetos mecânicos das linhas aérea
( 112
er
com per íod o de reto rno qua lqu
DA VELOCIDADE 2.3 .2.4 - Vel ocid ade bás ica i
TABELA 2.3 VALORES DE n PPRA A CORREÇÃO .:i

DO VENTO EM FUNÇÃO DA ALTURA 50 ano s é con side rado


per íod o de reto rno de
! O
enta nto , aum enta r a
~atisfatório.
n Des ejan do- se, no
Cat ego ria gera lme nte
de reto rno par a
do t = 30 s seg uran ça da linh a, pod e-se aum enta r o pér:- íodo
terr eno t = 2 s '· pro prie tári os das
100 , SOO ou mesmo 100 0 ano s, a cri tér io dos
12
( 13 doi s pro ced ime ntos .
A linh as. Também nes te caso há
12 11
B
1
9,5 2.3 .2.4 .1 - Mét odo est atís tico
l
e 10

8,5 8,0 -
D -
2. 5 com val or de P (V)
Emp rega ndo -se a Equ ação
cida de bás ica
dete rmi nar o vàl or da velo
e Por tan to, a velo cida de de ven to de pro jeto será cor resp ond ente , pod e-se
o, como foi mos trad o no exem
plo 2.3 .
( par a o val or de T esp ecif icad
dete rmi nad a por : os cálc ulo s do exem plo com T = SOO ano s,
Rep etin do
do ven to de pro jeto será V= 132 ,19k m/h
, (2.7 ) P(V) = 0,00 2, a velo cida de
i
ou 36,7 2m/ s.
(, -

1 Exe mpl o 2.5 grá fico


1 2.3 .2.4 .2 - Mét odo dire to ou
' ven to de pro jeto par a a
Qua l dev e ser o valo r do ven to exe rce
ulta nte da pre ssão que o
dete rmi naç ão da forc a res so~o é de 18 1 a um per íoào àe reto rno
cuja altu ra méd ia sob re o Pod emo s dete rmi nar Vb par
sob re os cab os de uma linh a,

l
O ven to bas1 co de pr~
de cate gor ia C. ação [2]:
m, esta ndo a linh a em terr eno dife ren te de 50 ano s pel a Equ
e jeto é de Vb = 20m /s.
(
Sol uçã o: 1
e
1
Devemos emp rega r a Equ ação 2.7
. Os coe fici ent es de cor ,;t = ~ Ln[- Ln[1= -i-)) (2.8 )

' reçã o serã o: "'


( cate gor ia C
Kr = 0,85 - Tab ela 2.2 par a
30s - Cat ego ria C na qua l:
( Kd = 1,30 - t =
a t = 30s e cate gor ia C
n = 9,5 - Tab ela 2.3 - par
(
esc ala da .distr ~buig~ de Gum bel,
( lS 119 ,S o:: - esti mad or do fato r de
• Kh = ( lO ) = 1,06 383
que pod e ser obt ido da figu
ra 2.10 ;
(
ição da dis trib uiç ãq _· de Gum bel,
f3 - estíJ !1ad or do fato r de p~~
Por tant o:
obt ido da. figu ra 2.11 ;
Vp = 0,85 ·1,3 0:·1 ,063 83·2 0m/ s s.
T - per íod o de reto rno em ano
Vp = 23,5 1m/ s

1(
(

Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas _de transmissão 115
e
114
Projetos mecânicos das linhasàéreas de transmi~=
e
e
(

... ... ... ... .. e


... ... ...
N' ~· ----L·· e
u• 40• H"
- ... e
e
. . --- ·----1--·· e
--·- .. e
• e
e
e
e


l N'

...
e
e
e
... .,._
o
(

10•-
0,0

"' e
1 ..._ e
...
l I ·\.
n•.
e
(
e
... e
·~ e

e
período de integração da média: lOmin
per-iodo de integração da média: lOmin
a lOm de altura

a lOm de altura - ·~-
terreno. com rugos_idade B . (
terreno com grau de rugosidade B
e
Fig_ 1.22 - Parâmetro .b e t a d a d istribuição estatística (
Fig 2.10 - Parâmetros alfa da distribuição estatística de Gi.irnbel.(m/s)
de Gumbel (m/s)-1 (
( .

(
:1'
7
(
116 Elementos básicos para os projetos das linhas aérea·s de transmissão 117
Projetos mecânicos das liiihaS aéieas de transmissão
(
Exo1111d11 · Ela deverá ser implantada em terreno tipo C, com condutores em al-
'.1.

l
tura média de 15m, em local de altitude média de 350m, cuja tempe-
Ih:! ratura coincidente é de 19eC,
velocidade de vento básico da linha localizada
i
• 1 i1i1 nnr- a
fAH1/1J
'' 111t1ln& 12oS e 4QoW com um período de retorno de 500 anos Qual a pressão dinâmica que o vento irá exercer sobre
os seus cond~tores?

Solução:

l'1,J11 Temos que:


hfnu1ção (2. 8) teremos para a: 0,40 e~= 11:

~ p·V~ [N/m 2 ]
Ln(- Ln[l - sàõ)) 1 qo = (Eq. 2.9)
'J ! ,._ 11 - 1 e
0,40
Vp (Eq. 2.7)
'l1 ..._ 26,53m/s sendo:

Kr = 0,85 - terreno cat. e


crminação da pressão do vento K• 1,30 - tempo de integração 30s - cat. e
1i..1

(
~]1/9,5
10
-- 1,0436
;
IJt~termina-se o valor ,da pressão que o vento exerce
l 1111 •• I r.mento da linha, denominada "pressão ;dinâmica - de
1í logo:
1til1'110111 I.,'·
11través da expressão: Vp = 0,85·1,30·1,0436· 22,8 = 26,30m/s
( ,, 2
1 2
p·VP [N/m2 ] (2.9) e,

e "
p = 1,293
l+0,00367·19 [ 1600+64·19-350
1600+64·19+350 )
e ''•• lr•t11:

V1, - lm/s J - velocidade do vento do projeto; p = 0,94147kg/m 3


e 1• 1 kg/m 3 ] - massa específica do ar.
( Portanto:
(_ A massa específica do ar pode ser determinada por:
·\ 1 2
'qó 0,94147· (26,3)
l 2
(
,. . 1,293
l+0,00367·t
16000+64·t-ALT)
[ 16000+64·t+ALT
[kg/m l
3
(2.10)
qo = 325,60N/m 2
(
l ·\ 1 - a temperatura coincidente;
AI 1 11111 - a altitude média da implantação da linha.
2.4 - FORMULAÇÃO DAS HIPÓTESES DE CÁLCULO

Exu11\\1 l h
, .7
Como foi mencionado~ no item 2.2, as hipóteses de
A linha localizada a 12eS e 48e~, objeto dos varies e-
Cálculo se originam da associação de uma hipótese de carga com uma
Hlllcriores, apresentou uma velocidade básica de 22,Sm/s.
,--
't
(
aéreas de_ transmissão 119
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transm
issão Elementos básicos para os projetos das linhas
118 (
i MENDADAS PARA CABOS NA CONDIÇÃO
para aque le tipo de soli cita ção
. TABELA 2.4 - CARGAS MÁXIMAS RECO (
rest riçã o ao uso de mat eria is, DE TRABALHO DE MAIOR DURAÇÃO, SEM DISPOSITIVOS
Normas técn icas ou códi gos
de segu ranç a impõem lim ites
às
1 DE PROTEÇÃO CONTRA VIBRAÇÃO [2] (
do pro jeti sta é também esse ncia l. (
soli cita çõe s, porém a exp eriê ncia
também para os dem ais
1i TIPOS DE CABOS % CARGA.DE RUPTURA
e
Para os proj etos dos cabo s, como
í
ser form ulad as a par tir das mesmas Aço AR 16'·.
elem ento s das linh as, elas devem 1
Aço EAR 14
(
soli cita çõe s.
as no Bra sil é usua l a
Aço -Cob re
Aço -Alu mini o
14
14
e
Na prát ica de proj etos de linh
segu inte s hipó tese s de carg
a ou de
1
CA 21 e
form ulaç ão, no míni mo, das CAA 20 (
es de (
nder ão às resp ecti vas limi taçõ CAL 18
soli cita ção , as qua is corr espo
CALA 16 e
soli cita ção :
ela estã o
CAA-EF 16
e
1 Hip ótes es de carg a de maio r dura ção
quan do a linh a esti ver sob ação
de
a
e
asso ciad os os esfo rços atua ntes
nden te ao seu valo r méd io, t,
sem Obs: Mesmo com emp rego de arm adur as anti vibr
o
ante s ou e
uma tem pera tura do ar corr espo de linh as (
gram pos arma dos, os pro jeti stas em EAT têm
esta r sob o efei to de vent o. (
a 18% da sua carg a de
limi tado a traç ão nos cabo s CAA
2 - Hip ótes e de carg a de flec
ha míni ma - cons ide-I -a-se a linh
como vimo s,
a
rupt ura, com muit o bons resu ltad
os. r
que pode oco rrer ,
suje ita à menor tem pera tura (
sem
odo de reto rno de 50 anos , de
gera lme nte cons ider ando o perí b - "Na hipó tese de velo cida de
máxima de vent o, o esfo rço (
con side rar o efei to do vent o. traç ão axia l nos cabo s não pode
ser sup erio r a 50% da
e·.
3 ~ Hipó tese de carg a de vent o máximo esta cond ição carg a nom inal de rupt ura dos mesm
os".
e
corr espo nde àque la que mais soli
cita os elem ento s da linh a, pois Obs: Na prá tica , nest e caso , lim
ita- se o valo r de traç ão a e
con side ra a linh a sob a ação dos
vent os de máxima inte nsid ade, com
das
cerc a de 35% de sua carg a de rupt
ura.
e
como vimo s, corr espo nde à méd ia reco men da-s e que {
a temp e-ra tura coin cide nte, que, c - /'.'·~a cond ição de tem pera tura
míni ma, 0

tem pera tura s míni mas.


espo ndem limi taçõ es nas
esfo rço de traç ão axia l nos cabo
s não ultr apa sse 33% da
e
Para cada uma das hipó tese s corr
nos -div erso s elem ento s das linh
as.
carg a de rupt ura dos mesm os". e
taxa s de trab alho dos mat eria is
Para os cabo s cond utor es e pára
-rai os, a NBR 5422 /198 5 e
(
esta bele ce: Exemplo 2.8
stru ída na regi ao em que
e
f Adm itam os que a linh a a ser con ela 2.1 deva ser cons <..
maio r dura ção, caso não tenh am or~m obti dos os dado s met eoro lógi
cos da Tab
a - "Na cond ição de trab alho de tran sver =
con tra os efei tos da !rui~a com um cab~ CAA, de Drak26A l+_7 fe, cuja área de secç ão nom inal l
sido adot adas med idas de prot eção e -
al e de 468, Slmr n (Cod igo(14. 300
de 79SMCM) Sua
vibr ação , reco men da-s e lim itar
o esfo rço de traç ão nos de rupt ura e de 140. 235N
kgf) . . carg a
e
cabo s aos valo res máximos indi cado
s na tabe la": Qua is as hipó tese s de ·cál culo ? e
e
(
('
Projetos mecãnicos das'finhas aéreas de transmissão, Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão 121
( 120
2.5. 1 - Temperatura máxima
Solução:

( a) Condição de maior duração: condutores O valor da.temperatura máxima deverá ser determinado em
À temperatura de 20°C, a tração nos cabos
r deverá ser de 25.251N (2.574kfg), sem efeito do vento. função dos seguintes fatores:
b) Condição de flecha mínima: a - temperatura máxima média do ar;
(
À temperatura de +6oC, sem o efeito de vento, a tração com a temperatura
b - efeito da corrente máxima coincidente
r' axial nos cabos nao deverá exceder 49.082N (5.00Skgf).
máxima do ar;
(' e) Condição de vento máximo:
A tração axial nos cabos, sob a ação do vento de proje- c - efeito da radiação solar por ocasião da temperatura máxima
( to de 23,Slm/s, à temperatura coincidente de +20°C, não poderá
do ar;
e; exceder 46.278N (4.719kgf).
d - admite-Se um fator de redução na forma de uma brisa de até
(
- '\ 1,0m/s.
·. f:

( ·. No Capítulo 1, item 1.4.1.4, foi exposto um método que


ct ·~
2.5 - FATORES QUE AFETAM AS FLECHAS MÁXIMAS DOS CABOS
permite, com precisão suficiênte para o projeto mêcanico,
ct - ( '3'
determinar a temperatura dos cabos para a condição de flecha
o trabalho da dist~ibuição racional das estruturas das
c,If máxima.
( 1 linhas sobre o terreno é feito a partir de um pr.ojeto, no qual as Outros métodos mais ou menos sofisticados são
( '
e1 .~
estruturas são locadas sobre a restituição do perfil longitudinal
da faixa de servidão, desenhado a partir do , levantamento
encontrados na literatura sobre linhas de transmissão [7, 8] e no

( mercado de "software".
(1: topográfico efetuado.
1 A localização de cada estrutura é feita, em função de
2.5.2 - Características elásticas dos cabos
cl, sua própria altura, da topografia do terreno, das alturas de

(,er _
segurança exigidas e da forma da curva que os cabos terão quando
estiverem com sua flecha máxima. Independentemente do processo
Os alongamentos permanentes que os cabos das
podem S:_ofrer, quando em serviço, decorrem de suas características
linhas

(. usado, convencional (manual) ou por computador, busca-se sempre uma .\


elásti:"cas. Seu conhecimento é importante para o cálculo de sua
( distribuição otimizada e que redunde no menor custo em estruturas e
magnitude.
e- fundações.
A flecha a ser usada para definir essa curva deverá ser Além de suas dimensões fisicas, secção, diâmetro e peso
(
unitário, para o estudo do comportamento mecânico dos cabos, é
a maior flecha que poderá ocorrer durante a "vida útil" da linha,
e necessário que se conheçam sua carga de ruptura, seu coeficiênte de
(

e
(
t porém não maior, pois penalizaria o custo da linha.
O valor da flecha, como será visto,
comprimento desenvolvido do cabo quando suspenso. Este está sujeito
a variações em função de sua , temperatura e também devido ao
depende do expansão
~::,.normalmente
térmica e seu módulo de elasticidade.
podem ser obtidas dos
Essas grandezas
catálogos dos fabricantes de
-.:Y,'__ cabos condutores. Os valo.res, aí indicados são, em geral, os valores
--~-:,-

( alongamento permanente que irá sofrer com o decorrer de seu tempo ':-~?'-:-- -~ios que seriam obtidos , em um número grande de medições
--~-_;~-:;-re ·
e·.
.
de uso, como será visto mais adiante.
-w':'.>;;':
'~°":~:.:
alizadas em lotes de amostras- de condutores, devendo-se, pois,

l . ~3~1I·
,..~,~-'-
_t.

"aéreas de tfõlTSmissiio
issão Eleme ntos básico s para os projeto s das linhas 123
Projetos mecân icos das linhas aéreas de transm
122
d pas
ou meno s, com pela curv a A"A, san o em segu ida a desc reve r a curv a AB para
ness es valo res, para mais
espe rar varia ções valo res maio res que ~A. a t'e ~ = ~B. O comp rimen to da amos tra é, sob
Assim , por exem plo, as norm as
toler ânci as espe cific adas em norm as. essa tensã o, acre sei·d o d e um valo r prop orcio nal a DB' . Uma nova
toler ânci a no peso da ordem de _
(
'ASTM e as da ABNT [10) perm item urna re d uçao grad ativa da t ensa- o f az com esSe acrés cimo dimi nua também
1%. Essa s toler ânci as devem ser ' (
± 2% e, no diâm etro, da ordem de ± d . -
torna ndo- se prop orcio nal a OB" ' quan o a t.ens ao volt ar a ser nula .
esten dida s às dema is cara cter ístic as
físic as.
Há, port anto , .. na."-.deformação.,_ . perm a.nen te· sofri da-.
pela ' e
Os meta is empr egad os na fabr icaç ão dos
cabo s usad os nas
cons idera dos
amos tra. No
um aum.e.n.tn..
enta nto, obse rva-s e que as reta s A.A'' e BB" são e
que, em outr as aplic açõe s, podem ser (
linh as, para lelas .
não o podem , pois , .em virtu de
perf eitam ente elás tico s, nest e caso
o, apre senta m, após o seu
e
da eleva da relaç ão comp rime nto/s ecçã
tos resid uais de tal -- ordem , 'que
I
/E e
prim eiro tensi onam ento , along amen
influ enci am os valo res das flech
as, pode ndo, cons eqüe ntem ente
/
;- e
comp rome ter as altu ras de segu ranç a
das linh as. / f • ' t cri
e
(

Defo rmaç ões plás t1 icas e mod ifica ção


no módu lo de e
2. 5. 2. 1 -
elas ticid ade em ·fios metá licos
e

obtid as em '
Os diagr amas de tensõ es defo rmaç ões (
resis tênc ia dos mate riais , são
ensa ios de traçã o em labo rató rios de
Ness es diagr amas ,
e
estu dant es de Enge nhar ia.
conh ecido s dos
es aplic adas às amos tras de
e
regis tram -se, em orde nada s, as tensõ (
tos unit ário s medi dos. Nos
fios e, em abci ssas , os along amen i
é cond uzido até o limi te de
(
proc edim ento s norm ais, esse teste ALONG AMENT OS • [ mtm J
tra. Se, no enta nto, o ensa io (
escoa ment o, ou mesmo à rupt ura da amos Fig. 2.11 - Diag rama tenso -es x along amen tos
for inter romp ido com valo r infe rior
ao de seu limi te elás tico , a
/\ e
traçã o redu zida grad ativa ment e até zero
e os valo res das tensõ es e e
dos along amen tos igual ment e regi strad
os, o diagr ama toma rá o
1 No plan o (a-• e). reta s incli nada s repre senta m os módu los de e
aspe cto da figu ra 2.11 . Obse rvam os
inici alme nte que a amos tra, sob elas ticid ade dos mate riai·s . Como demo nstro u Hook e:
e
a ação da tensã o, ~A. esta rá com o
seu comp rimen to aurne ntadó em um
ao estad o de repo uso, seu ou
~ "
= E·e [N/m l ou [Pa] (2. 11) e
valo r prop orcio nal OA'. Ao reto rnar (
nto prop orcio nal a OA". O
comp rimen to terá sofr ido um aume E
2
[N/m l ou [Pa] e
repre senta ndo, port anto , uma
along amen to A' A" é tran sitór io, (
defor maçã o elás tica . A curv a
traci onad a, OAB repr. esen ta a varia ção do módu lo de
Se a mesma amos tra for nova ment e
elas ticid ade quan do
o fio é tensi onad o pe 1 a .Prim eira vez, send o 1.'
verif icare mos que, entr e ~ = o e ~ = ~A, ela obed ecerá à lei dada '\__ /
-~---

(' das linhas aéreas de transmissão 125


1 Projetos mecâ nicos das linhas aéreas
de transmissão Elementos básic os para os proje tos
( 124
sob a tens ão ~A dura nte
da tens ão (a-1 < <rA), apre sent ando Se, ao invé s de ter perm anec ido
'! con stan te para os valo res baix os um inte rval o de tempo 2t, 0 seu
<r subs eqüe nte. E: deno mina
da "cur va o tempo t, tive sse fica do dura nte
um valo r de E para cada valo r de orci ona l a OE".
do inic ial. aum ento de com prim ento seri a prop
inic ial" e defi ne os mód ulos no esta Fica , assi m, evid enci ado que esse s alon gam ento s
repr esen tam os mód ulos de
1 As curv as AA" e BB"
valo res adic iona is não são line arm ente depe nden _tes do temp o. Dependem, além
tens iona men to a dete rmin ados
elas tici dad e após o prim eiro diss o, do valo r da tens ão e da tem pera tura do mat eria l.
ulo de
esen tam o mesmo valo r de mód
de a-. Como são para lela s, repr alur gia por fluê ncia ,
ticid ade fina l, que é con stan
te e Esse fenô men o é conh ecid o em Met
elas tici dad e. É o mód ulo de elas
ou "cre ep" · p od e ser d e r·ini'd o assi m: "flu ênc ia é o esco ame nto
ou a
inde pend ente do valo r máximo de
<r. a,
que oco rre com 0 temp o, sob carg
quan do um fio met álic o é trac iona do defo rmaç ão plás tica 'do mat eria l,
Ver ific a-se que,
ltan te da apli caçã o da carg a".
sofr e uma mudança em seu mód ulo de após a defo rmaç ão inic ial, resu
pela prim eira vez, ele
"enc ruam ento ", ou seja , de
devi do ao feno mên o de
elas tici dad e, ções em cabo s
é acom panh ado de um aum ento em
seu 2.5. 2.2 - Diag rama tens ões- defo rma
têmp era por trab alho a frio . Ele
nde da natu reza do mat eria l e do
com prim ento . Esse alon gam ento depe Se os ensa ios fore m efet uad os em cabo s com post os de
subm etido .
valo r máximo da tens ão a que foi gram as resu lt an t es terã o o aspe cto
a a um ensa io até um fios de mesmo mat eria l, os di"a
Se uma nova amo stra for subm etid
te sem elha nte ao da figu ra 2.13 .
a rrA e esta for' man tida con stan
valo r de tens ão corr espo nden te prim ento razo ável (l >
a Se uma amo stra de cabo de com
tempo t, obse rva- se, como mos tra
dura nte um razo ável inte rval o de eira vez a uma taxa de trab alho
orig inal é acre sciç io de um valo r lüm) for tens iona do pela prim
fig.u ra 2.12 , que o seu com prim ento
for redu zida a zero , o com prim ento
prop orci onal a OC'. Se a tens ão
scim o proP orci onal a OC", port anto CABO S HOMO GÉNE OS
do cond utor terá sofr ido um acré
A'Ã" .
maio r do que OA"; C'C" é igua l a ------ ,.
1
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[ N/m2 J I 1

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e D" E'' í •••
e :t.f Fig. 2.12 - Alon gam ento s por mud
ança de mód ulos Fig. 2.13 - Diag rama de tens ões-
alon gam ento s
de cabo s mon ome tálic os
( s .; de elas ticid ade e por fluê ncia
(
(
1
.i ... ( r
(
126
Projetos mecânicos das linhas·aéreas de transmissão Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão 127
e
corresponden t e a .~A
. . [MPa], o cabo se alongará de um valor OA•. Se a o
s
alongamento proporcional ao valor máximo da tensão e
tensão for reduzida em segund a a zero, o seu alongamento ficará aplicada, crB. t atribuído à "Acomodação Geométrica", (
r~duzido a QA" = csA' que é permanente. OA' é, pois, composto de composta de: e
duas parcelas: uma primeira DA" = c A, que se tornou permanente e a - acomodação dos fios e das caniadas de fios entre si; (
5
urna segunda, A"A', que cessou com a tensão. t, pois, elástica. b os fios que compõem as várias 'camadas cruzam-se com (
Se a mesma amostra for tracionada ·novamente, haverá um superfície
novo crescimento de A"A' até cr = crA, crescimento esse que se faz de
de contacto
esmagamentos nos pontos de contato;
mínimas, o que provoca
e
acordo com a lei de Hooke e crA/Er, sendo Er o módulo de c - o efeito de encruamento dos fios componentes.
e
elasticidade representado por AA ", Prosseguindo o tensionamento até
e
0 valor de cr ser atingido, o comprimento do cabo ficou __acrescido
cc - é um alongamento proporcional ao valor da tensão aplicada
e
/3
de A' B' , atingindo o alongamento total o valor de OB' , A redução
crA e de duração da tensão crA em horas. Depende
outros fatores, igualmente iffiportantes. t a
ainda
componente
de
e. '

da tensão a zero faz com que o alongamento permanente seja


e
devido à "Fluência Metalúrgica". e
OB"= o SB OB• terá, pois, as duas componentes c 58 _, permanente, (

e
crs/Er, que é elástica. Os valores de r: 5A ou CSB é que são Os cabos não homogêneos, como também os cabos CAA e
importantes Para a determ inação da· 'flecha máxima dos cabos. compostos de materiais mui to diversos como o alumínio e o aço, e
se uma nova amostra do mesmo cabo fcir tensionada
inicialmente ao Valor de -s
.., e em seguida sua tensão reduzida a crA,
po_ssuem diagramas diferenciados,
figura 2.16.
como mo-stram a figura 2.15 e a
e
(
como mostra a figura 2.14, e mantido :nesse valor por um det_erminado
intervalo de tempo de t horas. apo's o qual a tração será reduzida a
A curva de tensionamento inicial OA pouco se diferencia
daquela dos cabos homogêneos, porém a curva de Oistensionamento ABC
e
zero, obter-se-á 0 diagrama indicado na referida figura. Observa-se é bastante diferente, pois, há uma ni tida mudança no valor do
e
que 0 alongamento permanente e possui duas componentes: módulo E final do cabo, com tensões relativamente baixas crB. t: a e
região em que o alumínio e o aço dividem entre si as forças ('

[MP0]
a'

O'J; _ _ _ _ - - - B
e
J \
A e
e.
e
/
I
e
/
yI "
e
/ e
A
1
e' ALONGAMENTOS

ALONGAMENTOS
e
(
[m'm]
(.
Fig. 2. 14 - Alongamentos permanentes totais em cabos
homogêneos mantidos sob tensão Fig. 1.15 - Diagrama tensões x alongamentos de cabos (_ :

(.
(
r_
(
Elementos básicos para os projetos das Hnhas aéreas de transmissão 129
128 Projetos mecânicos das /inhaS-aéreas de transmissão
(
Uma solução inteiramente matemática para o problema até
( A o momento ainda não foi possível, dadas as peculiaridades dos
fenômenos causadores e o grande número de fatores que podem afetar
(_,
(
o resultado final. Dai a necessidade "de se recorrer a métodos
empíricos, baseados em extenso trabalho experimental, principal-
mente para cabos do tipo CAA.
e São bastante conhecidos os diagramas Tensões-Deforma-
,' ••
( ções, obtidos através de ensaios padronizados em amostras de cabos
( e' '
1 ALONGAMENTOS no Brasil são preparados de acordo com a norma NBR 7302 de abril
( o
'• [mim] de 1982 [23]. Esses diagramas, como mostra a figura 2.17, contêm,
( além das curvas correspondentes, também suas equações. Para cada
Fig. 2.16 - Alongamentos totais em cabos CAA composição _dos cabos é elaborado um -.diagrama com as respectivas
(
equações, com as quais se pode determinar c . Contêm igualmente
( 5
solicitantes. A partir de certo valor da tensão (o-s) os fios de
curvas e equações para a determinação dos alongamentos por fluência
( alumínio, que sofreram um alongamento permanente maior do que
cc para durações de tensionamento de 6, 12 e 120 meses. Os
aqueles de aço, deixam de parti-t.ipar na absorção da tração, que
diagramas publicados pela "The Aluminum Association" de N. York são.
fica inteiramente por conta do aço. Este, além do rna'is,_ deve ainda
considerados válidos para cabos fabricados de acordo com as normas
( suportar uma sobrecarga devido ao peso do alumínio. O trecho BC
ASTM.
representa o módulo de elasticidade final do aço Ea mulkiplicado
Antes de se tentar a sua aplicação -?-ireta na solução do
pela relação entre as áreas das secções do aço e do alumínio.
problema da predeterminação dos alongamentos permanentes, convém
Nestes tipos de cabos a fluência se manifesta
fazer algumas considerações de ordem qualitativa referentes à
igualmente, como se verifica na figura 2.16.
fluência.
De uma forma genérica, os alongamentos permanentes
podem ser descritos por uma equação geral do tipo:

e
lol
= cs·(Tmax) + cc[T(t),t,"t} (2.13) 2.5.3 A·\.. Fluência metalúrgica

( Valendo:
O fenômeno da fluência começou a preocupar mais
e i
e
lol
alongamento permanente total;
cs - alongamento por acomodação geométrica;
seriamente os projetistas de linhas de transmissão após o advento
( da transmissão em tensões extra-elevadas, devido ao emprego de
cc - alongamento por fluência metalúrgica;
(_ condutores múltiplos, com um número crescente de subcondutores por
Tmax - valor máximo da tração axial nos cabosi
( fase. Verificou-se que a falta de conhecimentos mais precisos sobre
T(t) - tração axial nos cabos;
( o . assunto poderia acarretar alongamentos desiguais nos diversos.
! ' t - tempos de duração das diferentes trações axiais nos
SUbcondutores. comprometendo a, ~onfiguração geométrica do feixe,
cabos
exigindo para seu restabelecimento operações custosas ~pós sua
( "t - temperatura.
----~----
---------

l
(

Element os básicos para os projetps f}a_s linh8s aére_as


de transmis são 131 e
Projetos mecânicos das linhas aéreas de trãnsmissão
130 e
ancora gem empír icos eram usado s para
defin t tiva. Proce ssos (
em linha s com um cabo
o
compe nsar seus efeito s, com razoá vel suces so e
'
por fase.
recen tes, trabal hos exper iment ais de
e
'
Em anos
enver gadur a vêm sendo desen volvid os, viSan do-se,
atrave s de maior e
' ''
exper iência , formu lar leis empir icas sobre a fluên
cia e que levem e
'
,.,
'
'' em consid eração todos os fatore s que a influe nciam
. Exper iência s de e
''' "' '' '
"' longa duraçã o foram realiz adas por diver sas equip
es de pesqu isa, e
: - ,
' ' r- r rsidad e do Colora do (
' "" destac ando- se os trabal hos realiz ados na Unive

''
'li'
"'
'
[14], que vieram traze r grande contri buiçã o
ao entend iment o do e
'' ''
'''
;., ' 1 ! 1 í'>'

'
''
''
fenôm eno e para seu cálcu lo. A figura 2.18 apres
enta um diagra ma de
CAA de 726,3 9 mm 2 ,
e
: . 'l"k-1 ' : tl-1
alonga mento obtido nesse s ensaio s em um cabo e
: .... '

co
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54 x 19 (Códig o Pheas ant).
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cia .[2, 14]
de e
módul o e por fluên
' '''
'' o ,, (_,
o
C} \
:1
(
u Projetos mecánicos das linhas aéreas de iransmissão Elementos básicos para os projetos das linhiJs ·aéreas de transmissão 133
( 132
(' il
Esse cabo foi inicialmente submetido a uma tensão
Experiências mostraram, outrossim, que a fluência total
nas linhas a longo prazo, tende a ser igual aos valores calculados
( correspondente a 25% de sua tensão de ruptura e assim mantido !
para a chamada condição de temperatura média anual, sem vento. Nas
( -durante 16h, quando a tensão foi reduzida a um valor correspondente
( a 20% da carga de rup~ura. Mediu-se um alongamento correspondente a
1 trações usuais para essa condição, ·. os alongamentos totais e

va tensão foi mantida até serem completadas 2. 160 independem da "história" de carregameni:.'O.. à qual o condutor foi
0,0130%. A no
submetido. A figura 2.20 ilustra bem esse fato, estando [14]
horas. Um novo alongamento de O, 0150% foi medido. Em seguida a
· t ate' at1· ng1· r 41 , 6% da tensão de representadas na mesma a curva normal de um determinado cabo CAA,
tensão foi aumentada grad a ivamen e
t
· ut s quando foi reduzida com tração correspondente a 20 % de sua carga de ruptura, e as
ruptura e assim manti d a por 15 m1n o ,
( tensionado a 20% da curvas referentes ao mesmo condutor submetido temporariamente a
lentamente a valores quase nu 1 os, para s er re
e' tensão de ruptura, 0 que ocasionou um alongamento ··adicionaL de trações maiores, ·respectivamente 25 a 30% da mesma carga.
e' o, 009%. o alongamento total
medido foi de O, 038-9-%. Uma outra
cí .
amostra foi subme t i d a a um ens al o,
i·nvertendo-se as operações:

( · b t b a' traça-o máxima de 41, 6% por 15


1
1
ini~iou-se por su me er o ca o
.t
( minutos, reduzindo-se, em seguida a tração para os mesmos 20% da

e'i carga de ruptura, mantendo-a assim pelo mesmo intervalo de tempo. O

e alongamento total medido foi


o que veio a
de 0,0410%. A diferença .-em
demonstrar
valor
uma
e absoluto é de cerca de 5%,
interdependência entre os alongamentos por acomodação g~ométrica e
aqueles devido à fluência, o que foi evidenciado também em outros
e ensaios (fig. 2.19).
e
() .1 • 1. Tenslio móiumo ptt1vlsto
Tensõo mox1mo prev1sto ,,..,.
e ,,
,, ,, ~A,.,, Fig. 2.20 - Efeito da variação de solicitação sobre a fluência [14]

e ,! ,//, u /\
(; ' ,'
Verifica-se que, durante o período de uma hora, em que
(. Te,,,Õo N:;>rmol
," ' .! 7 . maiores foram mantidas,:·· as taxas de variação dos
1.
e,
o

• de fluêne.ic(ED/
e B
,.
. l1cl ~
alongamentos foram correspondentemente maiores. Após esse período,
trações nas duas amostras· foram reduzidas a 20% da carga de
/ Alon9omento tofl;i1

Essa redução provocou não só uma redução na taxa de

\\ / dos alongamentos, como praticamente estabilizou os cabos

~.\
1/ AL.ONBAWENTO
' ALONG.1.MENTO
r um periodo razoável: 3h na _amos t ra que foi_ .submetida
de ruptura e 12,Sh na a~ostra submetida a 30%. Neste último
verificou-se, inclusive·,· uma "fluência negativa" durante as
·ª 25%. da

. 2 19 Influência da seqüência das tensões aplicadas


F ig. . -
,_ '( !

Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão 135


e
134
Projetos fnecánicos das linhas aéreás de transmissão e
três primeiras horas. Após esse período de relativa estabilidade,
mui to divulgado o processo gráfico desenvolvi· do por Varney [15]. e
Outros -autores como JORDAN [16], desenvolveram métodos (-
novamente, passando os
de variação aumentaram
as taxas semi-analíticos simplificando ou mesmo linearizando as curvas de (
alongàmentos, nessas duas amostras, cerca de 40h após o seu
primeiro tensionamento acompanhar o diagrama da amostra que foi
tensão-deformação. O desenvolvimento de equações
mesmas, permitiu determinar tanto """""• como cc ·. P!?r meio de cálculo.
a partir das
e
tensionada a 20% de sua carga de ruptura. Mais recentemente, corno conseqüência dos trabalhos descri tos em
e
Urna quarta amostra, deixada por 16h a 25"/. da sua carga
[14]. novos métodos de cálculo foram desenvolvi· dos e divulgados e
de ruptura, apresentou um período de relativa estabilidade por 44 [18], [19] e [20]. Dois métodos serão, pois, descritos e e
h, em que a "fluência negativa" também pôde ser observada. Sua
ilustrados. e
curva encontrou as demais após cerca de 1.000h.
Esses estudos permitiram identificar os principais
e
2.5.4.1 - Método convencional e
fatores
linhas
que
de
infuenciam
transmissão e
o
a
alongamento permanente
maneira de quantifica-los.
dos cabos
Podem ser
das
e
classificados em dois grupos:
Determinam-se os alongam~ntos permanentes dos diagramas e
da Tabela 2.5. Por conveniência, serão usadas em sua forma e
~'
e
a - Fatores externos
São parâmetros independentes dos condutores e se
original, ou seja, as tensões especificadas em PSI (libras por
e
originam, no ambiente externo, de caracteristicas construtivas e do
polegadas quadradas) e os a 1 ongamentos em por cento. ,,
'. e
uso da linha, corno:
a - Alongamento por acomodação geométrica e
Seja, na figura 2.21, a curva inicial ~i de um cabo CAA (
- Tensão mecânica;
- Temperatura;
e Er sua curva final. Seja ~A a tensão na condi·ç-ao d e t ração máxima.
e
- Maquinário e procedimentos de tensionamento. e
b Fatores internos
e
São fatores que· envolvem diretamente as características
A e
dos cabos, tais como: /\
e
- Tipo do material (composição
química, estrutura micros- e
pica);
e
- Tipo do condutor (formação- geométrica e características); e
- Métodos de fabricação dos condutores. e
2.5.4 - Cálculos.dos alonga:mel"l:tos :perlnanentes •• ••• !['; [ ~. •.] zj/
Ôy ·.
r.,:..._,.· '
Alongamentos permanent_~s vêm sendo·: determinados, Fig. 2.21 - Determinação do alongamento permanente por ''- /
acomodação geométrica {
tradicionalmente, a partir dos diagramas·· tensão-deformação, sendo

1'
'(-----~ -----r::_;_-~_-:~ ---
z ,
( issão
as aéreas de transm
transmissão a os projetos das linh 137
. s das linhas aéreas de- Elementos básicos par
( Projetos mec8n1co
de -se
te à cu rv a DA po
( 136
s da eq ua çã o co rr es po nd en de AB
At ra vé io da eq ua çã o '
(
de ter mi na r o va lo
r de OC = OB + BC e po r me
en to pe rm an en te
"'
GAMENTOS [2 2] lo r de BC. Po rta nt o o alo ng am
(
TABELA 2. 5 ~ EQUAÇÕES DOS ALON po de -se de ter m in ar
o va
do o va lo r de Er
,
po r OB = OC + BC. Se nd o da
correspondent~ po is Led
o
(
(
COMPOSIÇÃO
EQUAÇÕES
1 OB = e, se rá ob tid
po de -se pr es cin
Ex em plo 2. 9
di r da eq ua çã o

(
Al + Fe 3
em um ca bo
2
4,9 7E -1 5·Y x1mo ca rr eg am en toto de 54 Al
·Y - 6, 52 E- ll· Y
+ rna
( içã o de
Xi = 3,6 2E -3 + l,0 2E -5 A tr2aç ão na co nd
tra ns ve rs al , co mp
os
de ár ea de se cç ão 6N (5 .0 66 kg f).
e 6 + 1 Xr 8,7 24 5E -6 ·Y
2
2,6 4E -1 0·Y + l,5 9E -1
- 3
4·Y
CAA de 546,04mm
+ 7 Fe (C ód igo
Ca rd in al 95 4 MCM)
é ig ua l a
rm an en te po r ac om
49 .67
od aç ão ge om étr ica
?
e Xi _ 3,8 8E
18 + 1 Xr = 10 ,13 5E -6 ·Y
-3 + 1,4 5E -5 ·Y -
3
Qual o va lo r do al? ng am en to .Pe
-
( E- 10 ·Y
2
+ 5,6 4E 15 ·Y So lu çã o:
8E -5 ·Y - 1, 18
( Xi = 4,0 7E 3 + l,2 As eq ua çõ es vá
lid as sã o:
26 + 7 Xr _ 9,2 98 E- 6·Y in ic ia l (fi gu ra
2. 17 )
e Xi _ 2,3 0E -3 + l,1
2E -5 ·Y - 6, 54
2
E- ll ·Y + 3 08 E- 15 ·Y
3
a - pa ra a cu rv a
Xi = 6,8 5E -4 + l,5
6E -5 ·Y - 2,7 E. .:1 o:y
2 + l,1 4E -1 4· Y 3
ra a or ige m
( 3.0 + 7 Xr = 8,8 17 E- 6·Y fin al (fi gu ra 2. 17 ), de slo ca da pa
2 -1 4·Y
3
b pa ra a cu rv a
( E- S· Y- 4,8 0E -1 0·Y + 2,1 6E º'
Xi = 7,0 3E 4 + 1, 77 Xr = 10 ,27 3E -6 ·Y
e 45 + 7 Xr 10 ,69 5E -6 ·Y 3
\
2 + 1, 14 - Pa ra :
E- 14 ·Y 2
e Xi - 6,8 5E -4 + l,5 6E
54 + 7 Xf - 10 ,27 3E -6 ·Y
-5 ·Y - 2,7 0E -1 0·Y
~ =
50 66
54 61 04
= 9,2 78 kg f/m m
( 2 3 ou
1,5 E- 10 ·Y + 8,9 0E -1 5·Y = 13. 196PSJ Y
e Xi = -4 ,7 6E -4 + 1,3
54 + 19 Xr _ 9,8 91 E- 6·Y
4E -5 ·Y -
log o:
~

e. 1,8 7E -5 ·Y - 7,6
2
9E -1 0·Y + 5,2 6E -1 4·Y
3
4
1, 56 ·1 0- s · (1 3. 19
6) - 2, 7· 10 - 10 ·
Xi = 6, 85 ·1 0- +
e Al um íni o Xi - -6
7 fio s Xr 18
,54 E- 3 +
,89 3E -6 ·Y
2 + 5,3 5E 14 ·Y3
2
. (1 3.1 96 ) + 1, 14
·1 0- •• . (1 3.1 96 ) 3
( 7,2 2E lO ·Y Xi O, 18571%
·Y
Al um íni o X;
_ -5 ,60 E- 3 + 1, 83 E- 5
l .1 96 )
19 fio s Xr - ll, 27 E- 6· Y 3 ~f 10 ,27 3· 10 -• . 03
2 1355 6%
( E- 5·Y - 6, 17 E- 10 ·Y + 5,0 5E -1 4·Y ·' Xr o,
-5 ,31 E- 3 + 1,-74 te se rá ig ua l a:
Al um íni o Xi _ am en to pe rm an en
( Xr - 11 , 74E 6·Y Po rt an to , 'o alo ng
37 fio s
- Xr = 0,1 85 71 ~
2 3 0,1 35 56
. 10 ·Y + 4,4 5E -1 4·Y e, = Xi
e Al um íni o Xi _
-3 ,99 E- 3 + l, 8 E- 5·Y - 4,4 E-
C•= 0,0 50 15 %
s Xr ll, 83 E- 6· Y es pe cif ica do :-
( 61 fio como comurnente é
RVES - THE ALUMIN "' o,0 00 50 15 m/ m
çõ es , ST RE SS - STRA!N - CREEP CU
da s eq ua ASSOCIATION
Origem r po leg ad a = 501,Smm/km
em PS I (li br as po es
:' 1 . As 'te ns õe s Y sã o
br as po r po leg
ad a

(·~~ l
_
qu ad ra da ) rm ar [kg f/mm2] em PS I (li r 1. 42 2, 3. Va lo re s
obtê~los
3
NOTA, Pa ra tra ns fo kgf/mm2 po
MPa_
1 PS I= 6,8 94 76 ·10. -3 ar o va lo r da do em em PS I.
2 _d ra da ), m ul tip lic tip lic ad os po-r 14 5, 03 8 pa ra
f/mm ul
= 0,7 03 07 0·1 0 kg l!Pa devem· se r m
.'(. '

Projetos mecânicos das linha§ aéreas de transmissão Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas ·de transmissão
e
138
139
e
b _ Alongament o por fluência A tabela ·2.6 apresenta as constantes a serem empregadas e
-
Os diagramas tensões-def ormaçoes apresentam também três nas equações para o câlculo de OB' , que são do tipo para os cabos e
equações, destinadas ao cálculo da de uso mais freqüente: (
ret?-s, e suas respectivas
fluência. São equações do tipo Y = a· X q ue ' portanto, não Ct ::::; K·o- (2,14)
e
representam o
crescimento exponencia l dos alongament os no tempo'
d t "
devendo, portanto, ser interpretad as como "escalas.. e empo '
corno
e
TABELA 2.6 ~CONSTANTES DE FLutNCIA PARA CABOS CAA E CA [21] (
mostra a figura 2.22.
1 CONDUTORES CONSTANTES "K" e
TIPOS COMPOSIÇÃO
e
~1
6 MESES 12 MESES 120 MESES
e
6
18
+ 1
+ 1
13,676
20,202 '
14,286
21,277
15,625
24,691
e
1
\ CAA
26
30
45
+ 7
+ 7
+ 7
15,444
13,953
16,502
14,424
20,619
18,709
15,463
(
e
19' 157 25,413
54
54
+ 7
+ 19
16,878
16,644
17,762
17,331
20,794
19,716
e
1
1
7 23,095 24,631 30,211
e
1
19 23,585 25,510 32,051 (
1 •• CA
o~r_~~~-f;:---fE:_----j~~~~~,
,, 37
61
23,641
25,316
26, 178
27,473
32,680
34,483
e
' 1 As tensões a- na equação 2. 14 devem ser usà·das em PSI.
e
alongament os serão dados em %.
Os
e
. -ao do alongamento por fluência 2 - Multiplica r os valores da tabela por'l0- 6 . (
Fig. 2.22 - Determ1naç
3 - Origem' "STRESS - STRAIN - CREEP CURVES" - THE ALUMINUM
ASSOC!ATION, e
Seja <!"A a tensa- o para a qual a fluência em um período e
de t3 horas deva ser Calc
ulado. A linha AB, como foi definida na
Exemplo 2. 10, \ e
figura 2.14, represen t a O alongamento cc procurado, pois,
sob ação

de <!'A, o alongamento total e possui componen t e cs devido à


/ '

Qual o valor do alongamento por fluência do cabo do e-


xemplo anterior, consideran do-o operando durante 10 anos com uma
e
(
, tr1· ca e cc devido à fluência. Verifica-s e também tensão correspond ente a 18%· de sua tensão de ruptura, ou seja,
acomodação geome .:l·-·e"'''-10SMPa (2.763kfg/m m 2 ) à temperatura de maior duração? (_
pela figura, que cc = A''B" = A'B'. Portanto, para a sua
determinaç ão numérica o procedimen to é simples: !·
e
a - por meio da equaçao - da curva inicial El e ~ = ~~.
Devemos calcular inicialmen te o alongament o OA' (figura
e
determina- se o valpr dé.OA?; seguida OB' pela equação da fluência.
Para 27.105MPa, temos 145,038·27 ·105 = 3.931PSLU sando
e
. . · correspond ente ao tempo
b - empregando a equação da fl uenc1a na equação da·· curva inicial temo~:.
(_
t3, determina- se OB; Xi= 6,85E-4+1,56E-5·3931-2,70E~10·(393l}L+l,14E-14·(3931)~ e
= OB' Xi 0,058529%
e - 0 alongamento por fluência procurado será cc l
(__;
(~'
--------- - - - -
'
f-
. .. h é eas de transm;ssão
Projetos mecflntcos das 11n as B r Elementos básicos para os projetos das linhaS aéreas de transmissão 141
140 1
2.5.4.2 - Métodos recomendados pelo WG-22 do CIGR!
Com a equação da fluência podemos calcular:
Xfl = 20, 794E-6 , cr = 20,794E-6 · 3931
Xr1 = 0,081746% Após a divulgação dos trabalhos de Wood e outros [141,
~ · em 10 anos, será: Bradbury ·e outros [17), Harvey e Larson [18]. propondo novas
( 0 alongamento por fluenc1a,
EclO = 0,081746 - 0,058529 = 0,02315% maneiras de calcular os alongamentos, Bugsdorf e outros (19] do
(
WG-20 do Cigré, estudando os trabalhos anteriores, concluiram por
ou
( CclO = 0,0002315m/m OU CclO = 231,Smm/km propor dois métodos de trabalho para o cálculo dos alongamentos
( · d· ados nas curvas,
Para tempos diferentes daqueles in ic permanentes e que se dif erenciarn na maneira de se efetuar os
( or interpolação em papel
pode-se determinar outros valores d e cc P ensaios nos cabos para se obter os diversos parâmetros de fluência.
( Di-log, O primeiro método baseia-se no ensaio dos fios de alumínio ou de

( liga de alumínio com que são fabricados os cabos. O segundo método

e e _ Alongamento total depende do ensaio do cabo inteiro. Pe10 primeiro método é possível
determinar cs e cc separadamente, enquanto que as equações do
e l 14] '
dada a interação dos dois
e De acordo com

alongamentos cs e cc, aconsel~-se


a observar a seguinte regra para
segundo método só permitem determinar e = cs
lizar as componentes.
+ cc, sem individua-

(~ a obtenção do alongamento total:


e a _ quando a relação entre cc e Cs for ffiaior do que 2,
Definido como:

e deve se cons1.derar "~ 1·gual ao maior dos dois;


T - esforço de tração nos cabos [kgf];
Trup - carga de ruptura [kgf];
(
entre cc e Cs for menor do que dois, t - tempo de duração da tração [h];
b _ quando a relação
menor, acrescido da metade do valor do temperatura [oC];
e toma-se o valor do T -

~ - taxa de trabalho à tração em [kgf/mm2 ];


e. maior.
K, a, ~. µ e O - coeficientes que dependem das caracaterísti-
( cas, dos processos de fabricação, do tipo dos
Exemplo 2.11
e Qual 0 alongamento total e que deve ser usado
no
/ '\, cabos, etc.
do cabo cardinal dos Exs. 2.lO e 2.11?
Poderemos empregar as seguintes equações:

Solução: a - Para cabos CAA:


Temos ·cs/cc = 0,07058/0 1 023212 = 3,041. Logo, de
recomendação acima, deve-se adotar: e = cs + Cc = Ke~·T cr
o: µ
• t ler
õ
[mm/km] (2.15)
com a
Os coeficientes de fluência, divulgados até o momento,
Ctot 0,07058%
e ou
o relacionados na Tabela 2.7.

e ecoe _ 0,0007058m/m , b - Para cabos CA, CAL e CALA:


(
ou (2.16)
( ctot = 705,Smm.lkm
e
(
·e ,
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
Elementos básicos para os proietos
- ' das l"nh
' as- aé reas de transmissão
. 143 e.
142
TABELA 2.8 ~COEFICIENTES DA EQUAÇÃO 2.16. CONDUTORES CAL [19]
e
Os coeficientes de fluência correspondentes a essa e.
equação estão nas Tabelas 2.8, 2.9 e 2.10. (
Processo industrial . Valores dos coeficientes (
e - Para cabos CAA: para a obtenção
e = c.+cc = K[ lOO<r ]\</> • tµ [mm/km] (T " 15 •C) (2. 17) dOs fios K </>
.

' "' µ e
O"rup
Laminação a quente 0, 15 1, 4
'
l, 3 0, 16
(
A Tabela 2.11 contém os coeficientes de fluência a (
Extrusão ou Properzzi
serem usados nesta equação. (
TABELA 2.7 ~COEFICIENTES PARA A EQUAÇÃO 2.15. CABOS CAA [19] e
!! e
COMPOSIÇÃO/
NÚMERO DE
Processo inctus-
trial para a
Valores dos -coeficientes TABELA 2.9 ~COEFICIENTES DA EQUAÇAO
- 2.16. CONDUTORES CA [19]
e
FIOS m* obtenção dos
µ o e
fios K </>
"' \ Valores dos coeficientes e
Al Fe Processo industrial

Laminação a quente 1, l 0,018 2,16 0,34


0,21
para a obtenção K e
54 7 7 ,71 Extrusão ou' 1, 6 0,017 1,42 0,38 0,19 (
Properzzi N• de fios do c:;ondutor </> µ
1 \i dos fios "' (
0,11
Laminação a quente 3,0 0,010 1,89 0, 17
7 11,37 Extrusão ou
7 19 37 61
e
48
Properzzi Laminação a quente 0,27 0,28 0,26 0,25
'"
1, 4 1, 3 o, 16 e
Laminação a quente
Extrusão ou
Properzzi 0, 18 0, 18 º· 16 0,15 1, 4 1, 3 0, 16 e
30 7 4,28 Extrusão ou
Prop_erzzi
2,2 0,011 1, 38 o, 18 0,037 e
(
Laminação a quente
(
26 7 6, 16 Extrusão ou 1, 9 0,024 1,38 0,23 0,030 ~ COEFICIENTES PARA A EQUAÇÃO 2.16.
Properzzi
1 CONDUTORES CALA [19] e
Laminação a quente 1, 6 0,024 1,88 º· 19 0,077 e
24 7 7,74 Extrusão ou
Properzzi Processo industrial Valores dos coeficientes
e
Laminação a qu~nte
par.a a obtenção
dos fios K.
e
18 1 18 Extrusão ou 1, 2 0,023 1,50 0,33 0,13
</>
"' µ
e
Properzzi

º· 16
Laminação a quente
e
Laminação a quente ,66 0,012 1,88 0,27
7 1,71 Extrusão ou
Extrusão ou
0,04 + 0,24 m
1, 4 1,3 0, 16
e
12
Properzzi
Properzzi

área de alumínio
m+1
e
m= (
área de alurninio área de liga de alumínio
m* área de aço e
e
(
-~~-­
(
, -
T
(
transmissão linhas aéreas de transmissão
Projetos mecânicos das linhas aéreas de Elementos básicos para os projetos das 145
( 144
.
(
COEFICIENTES PARA A EQUAÇÃO 2.17
(

(
-
TABELA 2.11
CONDUTORES CAA [19]

Val ores dos coe fici ente s .,



.. , E•f itr1 ,tl

e•ti cr2 .tJ


E•ff~.tl

E • f ( 0"4, t 1
( Pro cess o
.-­
ind ustr ial µ •3r--~~~"/'"'"J""""'=--::..r::::,.,,.,..
par a a K 4> "' ·"l~~-,.L- -:71" '--+, ,,--
obte nção 13 m 13 m ~ 13
( dos fios m :S13 m ~ 13 m
"' 13 m ~ 13 m " 13 m ~
"
( O, 16 o, 16
Lam inaç ão 0,24 o 1 1, 3 1
2,4
(.j a que nte 1
' HORAS
('. Ext rusã o
1, 4 0,24 o 1 1, 3 1 O, 16
- - -
0,16 .,,
DURAC.ÃO DA FLUENCIA

(. ou
Pro perz zi 1
1eq 3
(
área tota l do cabo 1
e m área do aço !
Fig. 2.23 - Var iaçã o dos alon
gam ento s com a dura ção e
( fab rica ntes de cabo s de ução da fluê ncia pela
Info rma ções obti das junt o aos com a tens ão. Red
bars ") de fluê ncia
(
alum ínio indi cara m que no
Bra sil os verg alhõ es ("w ire-
conh ecid o
í obti dos atra vés do proc eSso
alum ínio ou de suas liga s são
e por "PROPERZZT". Essa info rma
ção é imp orta nte para a dete
rmin ação 1 b
Seja a-1 a tens ão com que um ca o foi anco rado em uma
tabe las.
( das con stan tes de fluê ncia nas linh a. Apl ican do-s e, por exem plo a Eq. 2. 15 a esse caso , obte m-s e a
apre sent ada s mos tra uma
Um exam e das exp ress ões t) de . núm ero de
da figu ra 2. 23' para um gran
( curv a e f(
Assi m, para cada valo r de cri•
e no temp o.
vari açã o exp one ncia l de os que
( . inte rva los de temp o 4t. Adm itam o valo r de a-1 atue dur ante um
tens ão a- há uma curv a e f{t) , como mos tra a figu ra 2.23 o
e Nas linh as de tran smi ssão os
cabo s são anco rado s em
os é
inte rval o 4t. O alon gam ento prov
ocad
será c1. Este fará com que a
traç ão seja redu zida , corr espo nde nte a uma nova tens ão 0"2' cuja
suas extr emi dad es por sup orte
s fixo s. A traç ão nos mesm
alte raçõ es em seus com prim ento
s. 1 curv a é e = f ( cr2 . t) · O alon gam ento c1, na tens ão cr2, só seri a
con stan te, a menos que ocor ram alca nçad o em\ um temp o mai. or do que 4t, ou seja , em teq1. Ao fina l
cas, ou
, como alte raçõ es met eoro lógi
Esta s podem ter caus as exte rnas de novo inte rva lo ~,.,t ' ou seja ao fim de teq1 + L.l't, o a 1 onga men to
pelo s alon gam neto s perm anen tes.
inte rnas , como aqu elas caus adas alca nçad o será ........ 2 . E sse novo alon gam ento (c 2 _ ...."'l) faz com que a
ido ao
redu ção na tens ão dos cabo s dev
Nes te caso há uma con tinu ada
(

tens ão se redu za para cr3 e ao fina l de um novo inte rva lo de temp o


e'
ão
prim ento . Essa redu ção na tens
con tinu ado aum ento em seu com llt, ou Seja. em teq2 + 6t, tota l C3.
ção na taxa de alon gam ento . A
próp ria seja alca nça do o alon gam ento
prov oca, por sua vez, uma redu
(! nas taxa s de alon gam ento s
por Esse alon gam ento adic ion al (c3 - prov oca nov a redu ção da tens ão
c2)
fluê ncia prov oca uma redu ção
•( .'\1 tomam e aSsi m suce ssiv ame nte.
cálc ulo dos alon gam ento s não
fluê ncia . As equa ções para o ~quação
( 1 send o, pois , nec essá rio Tivé ssem os apli cad o a com t = 24t ê Cil.
raçã o,
esse fato em dev ida con side enco ntra ríam os um alon gam ento tota l mos tra a
e 21], de que, como
como foi prop osto em [ 18, 20
C3'
\ 1 dese nvo lver uma met odo logi a, or do que c 3 .
figu ra, é mai
l·\ para a solu ção do prob lema .
_J
(
(
---i· -
L
(
Projetos mecánicos das linhas aéreas de.·transmissão Elementos b_ásicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão 147
146 (
Esse método é bastante trabalhoso. pois o número de Bt = «t· (t2 - ti) = «t"bt (2. 18) e
intervalos de tempo a serem usados para o cálculo da fluência a 1 é o coeficiente de expansão térmica do cabo no (
na qual o:;tf [ °C)-

longo prazo é muito grande. O valor de ~t. que no inicio deve ser estado final. (
da ordem
alongamentos,
de uma
pode
ou
ser
duas
aumentado
horas devido
gradualmente
à elevada
à medida
taxa
que
de
o
Para qualquer valor de al<?ngamento
possível encontrar um valor de variação ''de temperatura ll.teq,
permanente e é
de
e
(
cálculo avança. forma que se tenha: (
o uso de computador digital é aconselhável. Incluímos,
Ot = a.tr· ateq = e (
no final do Capítulo 4, um programa de cálculo em linguagem "Basic"
para computadores pessoais. Nesse capí tule são apresentadas portanto e
igualmente as hipóteses a serem usadas nos cálculos ,dos bteq = ·~-"~ [cC] (2.19) e
alongamentos.
«tf'
e
Essa constatação indica ser possível representar nos
e
Exemplo 2.12 cálculos das trações e flechas o efeito dos alongamentos
t
Qual é o valor do alongamento permanente de um cabo CAA
de 546, 04mm2, S4Al_ + 7Fe (CODIGO ;CARDINAL), que permane~erá dur~n­
permanentes, na forma de um acréscimo de temperatura à temperatura
máxima de projeto dos cabos.
e
te 30 anos (262.800 horas) sob cOndições médias (de maior duraçao)
de 20oC e tração inicial de 3070kgf? Exemplo 2.13
e
{
Solução: Admitindo-se que a prev1sao de temperatura máxima dos {
Será usada a Eq. 2.15 no programa de computa9or já refe condutores da linha do Exemplo 2.11, feita da maneira vista no Capí
rido. Completam os dados de entrada: tule 1,,. é de 57°C, qual será o valor da temper·atura a ser utiliza=
2 da para o cálculo da flecha máxima da linha n~· fim de 30 anos? (
- módulo de elasticidade inicial Et = 5203kgf/mm6
- coeficiente de expansão linear at = 18,18.10- ºe
- coeficientes de fluência da tabela 2.7: Solução: (
K = 1,6; • = 0,017; « = 1,42; µ = 0,38 e B = 1,9 Para o cálculo da flecha utiliza-se o valor àa .(
e= 727,25mm/km empregando 663
O resultado obtido foi
intervalos de tempo que crescem de acordo com a lei:
temperatura final. Para
e= 727,25·10- 6 m/m calculado em 2.12,
e
bt = INT (1,25 ** 0,8·1) sabenda/ ~ue
e
na qual I e o número de ordem do calculo anterior.
ixtr = 19,44·10- 6 ºe, como mostra a tabela 2.12,
e
Se a equação tivesse sido aplicada diretamente, o resul
tado seria e = 799,534mm/km para as mesmas 262.800 horas, cerca d€ tem-se: e
10% maior. t30 = lmax + ll.teq
(
(
t30 = 57,0 + 727' 25 · 10- 6 ,.
19,44·10-6 ~.·.
2.5.5 - Acréscimo de temperatura equivalente a um alongamento
permanente
t3o = 57,0 + 37,4•C e
Um aumento da temperatura de um cabo de t1°C a t2°C t3o 94,4oC {.
provoca um aumento em seu comprimento, que pode ser calculado pela Portanto, ao final dos ·30 anos, quando a temperatura (
for de 57°C a flecha nos cabos'--será aquela que o cabo teria a 94,4
expressão: DC se hão tivesse havido fluência. (
·C.
e
;; ';-\
-- r· - --· ·-
- --- -- --~--
. ·,
( Projeros mec ânic os das linha
s aéreas de trBnsmissão
1
Elementos básicos para os profetas
das linhas aéreas de transmissão 149
!
148
t 12. ~ CARACTER1STICAS ELÁ
STICAS E "!ÉRMICAS DOS CAB
OS

f TABELA 2.
"A"
l Mód ulo Coe f. de exp . térm ica Mudança de
(
de inc lina ção A
r1 Tip o com po- ela stic ida de Ini cia l Fin al da cur va ----
ini cia l

'
(M
do
cab o
s1ç ão Ini cia l Fin
E, kgf/mm2 kgf/mm
al 6
2 .10 - l/•C .10 -
6 1/·C
"• kgf/mm2

~·· 1
703 1 2.3, 04
2.3, 04
lí Alu mi- 534 3 618 0
7 2.3, 04

~ nio 506 0 608 0


19 2.3, 04 E m lm
dur o 492.0 597 0
37 2.3, 04
587 0 def orm açã o lin ear iza das
471 0 Fig . 2.2 4 - Cur vas ten são
~.:
61
196 80 11, 52.
e..,: Aço
1
7 193 30 11. 52.
11 • 52.
galv n.- 189 80
19 11,5 2.
182 80 cab os
niz ad' ' 37 térm ica s e elá stic as dos
2.5 .6 - Ca rac ter ísti cas
18, 38 19. 10 11, 601
6/1 I 682 0 807 5;
4781 cab os
II 18, 90 11, 250 dad os car act erí stic os de
2ó/ 7 I 611 7 766 4 18, 00 A tab ela 2.1 2 for nec e
Alum1-I de ini cia is dos
492 2 Os mód ulo s de ela stic ida
nlo
II
808 6 16,7!:> 18, 00 12, 750 ,
1 usa dos em tran sm issã o.
I 660 9 ura 2.2 4 e ser ão
com 1 20/
7 dos , como mo stra a fig
II 548 4 12, 750 cab os CAA fora m lin ear iza que ser ão
18, 00 ado ",
alm :\
660 9 808 6 16, 75 ões de Mu dan ça de Est
de 30/ 19 I emp rega dos nas "Eq uaç
548 4 jeto s dos cab os.
II 19, 00 11, 250 o 3 e emp reg ada s nos pro
aço
45/ 7 I 4500 657 5 18, 10 des env olv ida s no Cap ítul
cal cul ar
2.812 per mit em, igu alm ent e,
II
18, 18 19, 44 9,8 43 1 Os dad os des ta tab ela
520 3 689 0 a, da man eira
541 7 l por aco mod açã o geo mé tric
Jl 414 8 alon gam ento s per man ent es
18, 18 19, 44 9,8 43 cur vas lin ear iza das .
54/ 19 l 520 3 689 0 em [24 ], emp reg and o as
II 414 8

1 119 50 16, 92
, 10190
119 50 16, 92
3 984 0
co b..' ,. 1
' 984 0 119 50 16, 92
dur '' 1 12 119 50 16, 92
out ros 10190

112 40 16, 92
1 984 0
Cobr< 1 16, 92 Lin has Aér eas
out ros 984 0 108 90 o de Ene rgi a Elé tric a em
meio - f'UCHs, R.D . - Tra nsm issã . - Rio
dur o a S.A
os e Cie ntí fic os, Edi tor
272 8 286 5 11, 52 11, 52 - 2~ Ed. , Liv ros Téc nic
Al~a 1 6/1 271 4 11, 52 11, 52 de Jan eiro , 198 0.
de aço 27/ 7 261 2
362 6 11, 52 11, 52 nsm issã o de
de ca- 30/ 7 332 8 de Lin has Aér eas de Tra
bo CAA\
11, 52
.-J:_'·' ? AllNT, NBR 542 2 - Pro jeto
Téc nic as,
HoJ:..:- 5417 210 9 224 3 11, 52 .ção Bra sile ira de Nor mas
11, 52 11, 52 Ene rgia Elé tric a - Ass ocia
lo pon 54/ 19 200 7 216 5
Rio de Jan eir o, 198 5.
dera do
r
151
e
150
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão sementas básicos para os projetos das linhas aéÍ'eas de transmissão
e
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3 - TECHNICAL COMMITTEE
Overhead Lines "Overhead Line Tower Loadif'!.g IEC" Calculation" Ed. Aluminurn Company of Canadá, Ltd. e
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111-PAS·;· New YoFk·, 1%2.
Part
e
Testing Station" - Report n. 0

"Calculation of Wind 17 - BRADBURY Jr. e outros -


11
Long-term Creep Assesment of Overhead e
5 - ARMITT, J., MANUZIO, C. e outros
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10 - ABNT, NBR 7270/7271 - "Cabos de Alumínio (CA) e Cabos de Deformação e Condutores de Alumínio" - Rio de Janeiro, Abr., e
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11 - ABNT, NBR 6756 - "Fios de Aço Zincados para Alma de Cabos
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e
Janeiro.
12 - ALUMÍNIO DO BRASIL S.A. - "Cabos Condutores" (dados.técnicos),
1 e
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e
13 - KNOWLTON, A.E. - "Standard Handbook for Electrical Engineers
11
e
- 8ª Edição - McGraw-Hill Book Co., New York, 1949. e
14 - WOOD, A.B. "A Practical Method of Conductor Creep e
Determinations" - Revista Electra, n. 0 24, CIGRt, Paris, (
Out., 1972. e
1 e
' (
\.
e
r-
,
.Estudo do comportamento mecánico dos condutores 153
e
( bastante rígidas que devem ser observadas nos projetos e durante a
( construção das linhas aéreas de transmissão, a fim de assegurar

( 1 altos índices de segurança. Essas normas têm, em geral, força de


lei, e estabelecem critérios ·mínimos que devem ser observados pelo
(
projetista, sem eximi-lo de responsabilidade'',. pela sua adoção
(
e Estudo do comportament o indiscriminada, sem maiores preocupações com sua aplicabilidade ao
caso particular em estudo. E cada linha deve ser tratada como um
( mecânico dos condutores caso particular. Essas normas especificam as máximas solicitações
(
admissíveis nos elementos das linhas, os fatores mínimos de
( segurança, bem como, támbém, indicam quais os esforços solicitantes
( que devem ser considerados em projeto e a_ maneira de calculá-los.
( 3.1 - INTRODUÇÃO As distâncias m"inimas entre condutores, solo e estruturas são

e As linhas aéreas de transmissão de energia elétrica


igualmente especificadas.

e constam fundamen t a 1men


te de duas partes-distintas. Uma parte ativa,
No Brasil, os projetos de linhas aéreas de transmissão
e de linhas de distribuição estão regulamentados pela ABNT [2]. Nos
e representada pelos
cabos condutores, que, segundo nos ensina a
Estados Unidos, vigora o NESC (National Electric Safety Code); na
e teoria eletromagnética [1]'
servem de guias aos campos elét:icos e
Alemanha, as normas DIN e VDE; na Itália, as normas UNI, etc.
e magnéticos, agentes do
transporte de energia; e uma parte passiva,
. seladores, ferragens e estruturas, que assegura
Sendo os cabos condutores os elementos ativos no
( constituída pelos 1 transporte da energia e que são mantidos sob teiÍsões elevadas,
do solo e entre si. Possuem as linhas,
e 0 afastamento dos con
d u t ores
,rios, àentre os quais devemos mencionar
todos os demais elementos da linha de transmissão devem ser

e outrossim, elementos acesso


d t · dos a interceptar e
es ina
dimensionados em função dessas tensões, como também em função das

e os cabos pára-raios e aterramentos,

descarregar ao solo as Ondas


ôe sobretensão de origem atmosférica, solicitações mecânicas que estes transmitem às estruturas. Por essa
razão, é de toda conveniência começarmos o estudo do comportamento
ovocando falhas
condutores • Pr
que, de outra forma, atingiriam os ~pndutores.
1
mecânico dos
( nos isolamentos e, conseqüentemen t e,
a interrupção do serviço.
/

e O projeto mecânico àe uma 1 in a


. h aérea de transmissão

e . -
cuida, pois, na 0
so' do dimensionamento de todos os seus elementos,
3.2 - COMPORTAMENTO DOS CABOS SUSPENSOS - VÃOS ISOLADOS
e ·
de forma a assegurar seu bom funcionamen o
t face às solicitações de

são submetidos, como


também de sua
e) natureza mecânica a que Dos nossos cursos de Mecânica Racional, lembramos que
e amarração ao terreno que atravessa.
Uma vez que a transmissão de energia
elétrica por urna corrente de elos iguais, ao ser estendida entre dois pontos
e linhas aéreas se faz com o
ºetnti, rego de tensões . elevadas - desde suficientemente elevados para que não se apóie sobre o solo,
( e que adquire uma forma característica, e que, por. isso mesmo, recebe o
. centenas de milhai-es de volts
centenas de volts a t e nome de catenária [do latim catena. (corrente)]. Lembramos, por
(~_ seres vi vos e para a
representam real perigo de vida para os
outro lado, que essa corrente poderá ser substituída por um fio,
( · d des

existem regras e normas
integridade física de proprie a
(_
(
l" --- ---- -----:---i_

Estudo do comp ortam ento mecâ nico


dos condutOres 155 e
de transmissão
Projetos mecâ nicos das linhas aéreas (
154 do vão, da tem pera tura
bas tant e
A flec ha, como vere mos , depe nde
esse fio for
form a da curv a, se ao cabo quan do de sua fixa ção em A e
sem que se alte re a
met ro e do valo r da traç ão apli cad a (
o, outr ossi m, o mesmo peso por ra de segu ranc a, é esta bele cida por
flex íve l e ine lást ico , poss uind B. A altu ra hs, deno min ada altu
line ar que a corr ente . Os
con duto res das linh as áere
as de
norm as, em funç ão da clas s_é de
tens a-o d a i-nh - d
a, o tipo de terr eno s
e
tran smi ssão , norm alm ente con stit uíd os por cabo s, pode m , ser
e dos acid ente s atra ves sad os
pela s linh as.
1
e
con side rado s sufi cien tem ente flex íve is quan do os pon tos de
Temos entã o que: e
susp ensã o esti vere m razo avel
men te afas tado s entr e si,
de form a a
P [kgf /m] é o peso uni tári o do con
duto r, e e
curv as sem elha ntes a cate nár ias. nvo lvid o, send o: (
desc reve rem , quando susp enso s, L [mJ o seu com prim ento dese
Os pon tos de susp ensã o dos con duto res
como
de uma
oco rre
linh a
mai s
L > A. e.
aére a podem esta r a uma mesma altu ra ou,
os dois caso s Con side rem os os eixo s OX e
OY, aos qua is irem os e
freq üen tem ente , a altu ras dife ren tes. Estu dare mos
rela cion ar a equ ação de equ
ilíb rio. Seja M um pon to qua lque r da e
sepa rada men te.
curv a lim itan do um com prim ento
de con duto r OM = s. Esse segm ento de e
3.2. 1 - Suportes~ mesma altu ra con duto r esta rá em equ1'l'b -
1 rio sob a ação das
forç as atua ntes sob re e·
rep rese nta um con duto r
ele. Ess as forç as são repr esen
tada s pelo peso ·
ao con duto r ps, a e
Con side rem os a figu ra 2·: 1, que traç ão no pon to O, des igna· d por To e cuja dire ção é tang ente à
a (
si por
dos , A e B, sepa rado s entr e tal, e a traç ão T, cuja dire ção
é a da
susp enso em dois sup orte s rígi curv a em O, ou seja , hor izon (
vão.
ia comumente rece be o nome de
uma dist ânc ia A. Essa dist ânc
Como os pon tos A e B estã o a
uma mesma altu ra, a curv a des cri ta tang ente à curv a em M, faze ndo
com a hor izon tal um âng ulo o::•.
o e1'xo .OY , tere mos :
e
pelo con duto r será sim étri ca,
e seu pon to mai s baix o, o vér
tice O, Pro jeta ndo essa s forç as sob re e
A e B. T · seno::• p . s [3.1 ) (
pas sa a mei a-di stân cia entr e
enc ontr a-se sob re um eixo que
A dist ânc ia OF = f rece be o nome
de flec ha. Nas linh as e, sob re o eixo OX, e
de tran smi ssão , as altu ras de
susp ensã o (H) dos con duto res
estã o
T • coso::• = To [3. 2) e
dire tam ente rela cion ada s com
o valo r das flec has e com
as
invé s de con side rarm os um segm ento de
e
dist ânc ias dos vér tice s das curv
as ao solo (hs) .
com prim entp \
Se,
s da
ao
curv a, con side rarm os todo um ramo OB = L/2, o e
'y pon to M se des loca rá para o pon to B e a f orça T pas sará a ser e
(
1----- - -- _µ_______
-
_______ ls T
tang ente à curv a em B. Nes sas con diçõ es, as eqs. 3.1 e 3. 2 se
torn am (ver fig. 3.Z ): e
~ --------------r=+
T·seno:: = P~ [3.3 ) e
1
f

o -x
e e
HÍ T.·coso:: = To (3.4 ) (
ilib ra as dem ais, ela é
! Uma vez que a forç a T equ (
t t de
repr esen tada pela reaç a-o da e_s ru ura ao sist ema
atua ntes :
forç as
e
dois sup orte s de mesma altu ra
l
Fig. 3. 1 - Con duto r susp enso em
(_
.,r '1
( Estudo do comportamento mecánico dos condutores 157

~:
Projetos mecânicos das Unhas aéreas de transmissão
156
Sendo T a força de tração axial no cabo, sua taxa de
T
trabalho (a-) também varia, desde um mínimo,_ junto ao vértice da
e' curva, a um máximo, junto aos pontos de suspensão.

~~ To estabelecem
Por questões
limi lações
de
quanto
segurança,
aos máX:il!los
as diversas
'esforços de
normas
tração
( 11 "'
admissíveis nos cabos condutores. Algumas normas, como a NBR
e 1
1 ,
7
5422/85, estabelecem essas limitações em função da carga de ruptura
e 1
1 ,
i/_ ____ _
/
dos cabos:

e T Tmax = k·Trup (3.9)


e onde k representa um coeficiente de redução, variável para as
e \
diversas condições de funcionamento_, e que será discutido em
e .
F ig. 3 . 2
_ Forças atuantes
detalhes mais adiante.
( Outras normas, como, por exemplo, as DIN, preferem

e - uma
t To - Tcosa;
força horizontal e.. -cons t an e -
estabelecer um valor máximo para as taxas de trabalho admissíveis
( a
t' 1 V= T·sena = pL/2, por,an t t o igual ao em cada tipo de condutor [3,4].

e b urna força ver ica


peso do Cond utor no,.·sernivão, referente ao se
u compr1·mento A variação de T em linhas usuais é bastante pequena,

e real.
principalmente quando os
têm valores usuais,
suporte~ estão no mesmo nível e os vãos
pois os ângulos a também são pequenos. Nos
( Da eq. 3. 1, obtemos: cálculos despreza-se, então, essa variação.
e To
(3.5)

e T=~

pela 3.2, teremos:


( se dividirmos a eq. 3 · 1 Exemplo 3.1
e (3.6)
Uma linha de transmissão de 138kV deverá ser construída
( com cabÓS de alumínio com alma de aço (CAA), composto de 30 fios
e ou
ps
(3.7)
de aluITiínio e 7 fios de aço galvanizado, possuindo uma secção de
210,3mm 2 (Especificado nos catálogos de fabricantes norte-ame-
( cc =- arctg TO ricanos e canadenses sob o código Oriole, bitola 336400CM; ver o
Apêndice e a ref. [S]). Sua carga de ruptura é igual a 7735kgf e
e sendo To constante, 0 seu peso 0,7816kgf/m. Admitindo o condutor tensionado por uma tra-

e~
Essas expressões mostram que, ção To= 1545kgf, calcular o valor da tração T, nos pontos de sus-
em função da
ue varia ao longo da curva, pensão, em vãos de 350m e lOOOm.
T q
e, mesmo não ocorre com •
distância s, do ponto considerado
ao vértice da catenária.
El
a se

Cl mínima para IX' = O (no -ponto O)'


quando então T = To. Será máxima Solução:
Devemos empregar as eqs. 3.5 e 3.8, admitindo, para e-
\Ct . em A ou B, quando: feito Comparativo, L A. =
1,\' j
_,
·-~
. <
1: a• = u = arctg
pL
21 0
(J.8) a - Para o vão de 350m:

i!

. . '~
f (' .

(\\
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânico dos condutores 159
158 (1
0,7816·350 pela eq. 3.8, í
= arctg ~
pL arctg
" 2· 1545
tg"
2To·tg"
p
(fazendo L " Al
e
" 5,05925• (
logo
logo:

T =
To
---=--~::.;:;~~
1.545 1. 551, 0428kgf A
2. 1. 545. tg"
0,78l 6 = 19.393,95m
e
cosa: cos 5,05925 (
aumento de tração, ~T 0,391% _
ça~ To,
. Portan~o, _com um vão da ordem de 19.400m, sem que a tra e
junto ao vert1ce da parábola, fosse superior a 1545kgf oU C',
b - Para o vão de 1.000m: ::i~~ ~erca de 2~% ~a tração de ruptura, o cabo não resistiria 'aos
0,7816·1.000 m t ç s de traçao junto aos apoios, e ocorreria a ruptura teorica ('1
pL
" arctg ----zro- = arctg 2 · 1545
en e sem conside.rar sobrecargas. '
C'
" = 14,19494• \ (.
e (
To 1. 545 1.593,6592kgf 3.2.1.1 Equações dos cabos suspensos
T = -COSO'.·
-- = cos 14,19494 C'
aumento de tração, l>T 3,1495%. Cálculo das flechas
e,
(>
Consideremos novamente o sistema da r 1· g. 3 . 1: vimos
que: (
os resultados assim obtidos,
Analisando (1
no primeiro caso, o aumento de t.ração é ps
ver if icarnos que,
perfeitamente desprezível, enquanto que, no segundo caso, já merece
tgcx.•
1'0 (3.6)
e
sendo (1
um pouco mais de atenção. Um vão de 350m poderia ser considerado
normal em linhas com essa classe de tensão, enquanto que o vão de tg"' = d:X
dy = z (3.10)
(:
1.000m seria excepcional em qualquer linha. e
e podemos escrever
Z - ps
e
Exemplo 3.2 \. - ro (3. 11) (
/
Admitindo que o comprimento desenvolvido dos cabos seja
aproximadamente igual aos vãos horizontais, com que valor de vão o
Diferenciando, encontraremos: e
condutor da finha do exemplo anterior se romperá nos suportes? e··
e
Solução:
Pela eq. 3.5:
ou e
To
dZ p
ro ctx (3.12) e
To = T ·Cosa. :. cosa. -T- + z 2' ('
para
e T = 7.735kgf(tensão de ruptura do cabo)
Integrando a eq 3.12, teremos e
To = 1.545kgf

cosa.
1.545
7.735
= 0,199741 ... "= 78,4782• log
e
(± z + /1 + z" J· = ± P x
TO (3.13) e··/
rc.::
I
C\
(
1 'C'

(
-
f----
;

( 160
Projetos mecánico s das linhás aéreas de transmissão l Estudo do comportamento mecânico dos condutores
161
('
cuja consta n t e d e integra ção é nu l a, Pol's ' para x = O, Z = O. Da Calcul emos agora as expres sões para as flecha s. Para
a
( catená ria, façamo s, em 3.16a
eq. J.13 podemo s obter
e + z +
,-Y
Vl + z-
e(p/To)x A
=
1 X =2 e y = f

2+~ .!
-(p/To)x
= e
f = C1 , [cosh _A_ - 1]
Subtra indo membro a membro 2cL (3,l6b )

e
( /T 0 )X
P e
-(p/To )x
= senh
(
l
X
To/p
)
(3,14)
\ Para a parábo la, usando o mesmo racioc ínio, temos:
z -

2 (3,18b )
Como Z = d Y/d x, Obt emos, por integr ação
\. Exemplo 3. 3

y
To cosh~ ·í~)
To/p
+e Verifi car a conver gência da série e calcul ar as flecha
s
p da linha descri ta no Ex. 3.1.

e= - To/p, Portan to
para x
º· y
= º· coshO = 1, logo, soluç ão:
Teremo s
y
To
p (cosh- l T~/p J 11
(3,15)
Ci =~ =
p
l,545
0,7816 1. 976, 7144

que é a equaçã o da catená ria. IUsando o maior valor de x na linha, . que é igual a A/2,
podemos calcul ar:
Design and o Cl = To/p, teremo s
2
X x4 A4 6
(3, 16a) ---=--- X

y = C1 · [cosh 2d 4!Ct 384CÍ 6!C~ 46.0SO d

pode ser desenv olvido em série, ficando~· Para efeito compa rativo entre os vãos de 350 e 1.000m
0 termo cosh x/C1 encontrar~mos
,
os valore s indica dos na tabéla , que mostra a rápida
2 4 6 n convergê~C\a da série. Mostra , outros sim,
X X XX +---
X
(3' 17) que o erro que comete mos
cosh --c1 = 1+--+ ---+ --.-+ ao empreg ar a equaçã o da parábo la do invés da equaçã
2ct n!C~ o da catená ria
4!d 6!C1 para calcul ar a flecha é insign ifican te: 5,lmm nos vãos
de 350m e
337,Smm nos vãos de 1.000m , ou seja, respec tivame
, - reais, o valor de C1 é sempre nte, 0,066% e
Nas linhas de transm 1ssao 0,53"/. do valor calcul ado pela equaçã o exata. São erros
que podem
superi or a 1. 000' o que faz com que essa ser perfei tamen te tolera dos em proble mas prátic os de
mui to grande ' de or d em transm issão.
, dament e conver gente' como mos t ra o Ex . 3 . 3 . Nessas
série seja rapl Vãos
al sufici ente empreg ar os dois primei ro termos To A2 A' A•
condiç ões, é em ger A =C1 --- Flecha s [m]
[m]
p 2
da série. Fazend o essa sUbs t 1' tu1ça
. - 0 na Eq 3.16a, obterem os: 8C 384d 46080 d
1 Eq. 3, 16b Eq,3,1 8b
.

- x2 = px2 (3,l8a ) 350 1.976, 7144 3919E- 6 2,20- 6 o 7,7515 7,7464


Y - -zc1 2To 1.000 1. 976, 7144 3.1990 E-6 170E-6 o 63,574 1 63,236 3
que é a equaçã o de uma parábo la.
(
(
Estudo do comportamento mecânico dos condutores 163
Projetos mecânicos das /i~has aéreas de transmissão e
162 Exemplo 3.4 e
Cálculo do comprimento dos cabos
. 1vi do de uma curva ··qualquer' de Quais os valores dos comprimentos dos cabos da linha
descrita no Ex. 3.1, nos vãos de 350m e 1.000m, calculados através
e
O comprimento desenvo (
' dado por [6]: do processo exato, do processo aproxim~do, e-pela equação da pará-
acordo com a Ge ometria Analítica, e bola? (

L =
í2

Jx,[ 1 + l :~ J1
2 1/2

dx
(3' 19) Solução: e 1j
a - Cálculo pelo processo exato. Do Ex. 3.2, e 1.976,7144; (' 1,
logo: r~

De acordo com a Eq 3.1 4 A


\

dy X
L = 2C1·senh ~ (3,21)
e 1

dX
= senh -c
1
76~.7=~4~4~
L = 2 ,-!, 976, 7144 · senh ~2-.-1 -_-9 =
A
1
e
Como
\ e
2 X
a1 - Para A
a2 - Para A
350m, L3so = 3S0,4573m
e
cosh
X
---cl = senh --c1 1.000m, Ltooo = 1.010,6977m
e
Integrando, encontraremos seu comprimento entre o b - Cálculo,pelo processo aproximado:
e :1
vértice e um ponto de abscissa·x: L = A + --:í7\
Bf 2
(3,24)
r: '

Lx = C1•senh ---cl
X
(3,20)
Do Ex. 3.3, fJso = 7,7464 e f1000 63, 2363; logo
e
(
2
Considerando a curva inteira, no vão A tere,mos' 8(7,7464)
/b1 - L = 350 + (
3.350

L = 2-C1·senh 2 ~1 [m]
(3,21)
L3so = 350,4572m e
. t em série, obtemos: 2 (
Efetuando o seu desenvolv1men o 8(63,2363)
bz - L = 1.000 + (
3·LOOO
1
3T(zc1)
A 3
+
1 (
ST 2c1
)s
A +
...
+
n!
A
( -
1 -
2C1
)n1 (3,22)
Ltooo = l.010,6635m e
es
tamos frente a uma série rapidamente .\ Comparando os resul lados, verificamos que, se calcular- e
Mais uma vez
basta considerarmos apenas os
mos os lcomprimentos usando a equação simplificada, os erros serão:
- vão de 350m, erro de 0,002m, ou seja, 0,0006% e
convergente. Na maioria dos casos,
, pr1'me1'ros termos, ficando:
- vão de 1.000m, erro de 0,03420m, ou seja, 0,00338%. e
d OlS
c - Analisando o comprimento do cabo pela equação da parábola e
L A+
, A3
= A+
(3,23) (3.18a), vem:
e
24CÍ
y
dX
dy = )(
e
Como f = Azp/8To (Eq. 3.18b), teremos:
Na Eq, 3.19:
C1
e
[m]
(3,24)
?
2
e
L " A+
de uma parábola, desenvolvida em
1
~ L = 2
J
A/

0
[ 1 + ( ~1 l]
2 1/2

dx
e
(
que e, a equação do comprimento l
função da flecha e de sua abertura. (_,
~-
1
-r:,1
·~1 -
1
Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão Estudo do comporta mento mecânico dos condutore s 165
164

(
Resolve ndo:
(

(.!(2~ 1 ] ~ 2~ 1 ]
2 2

L = Ci [ 2~ 1 .!(2~ 1 ] + 1 + ln 1 +
A
A,

( i. B'
= 350,4567m i
c1 - L3SO

c2 - L1ooo = 1.010,5 635m


To
I
;:
I

1
';

'
' 1
1
O que mostra, que os process os de cálculo aproxim ado em fe I ' h=e
mon-
vãos nivelad os são plenam ente satisfa tórios, mesmo porque na 1 ,/

se tem esta precisã o. Ve --- 1 Te 1


tagem mecânic a não
( '1 '
-- ---L--
To
e RESUMO DAS EQUAÇÕES DO CABO PARA VÃO NIVELADO
1
1 fo
'
a - Tração nos apoios: T
To (3.5)
\ - - ·--+--·--
.,' X
cos a:
tes
p.L Fig. 3.3 - Cabo suspens o entre suporte s com alturas diferen
para: a: are t g -sra- (3.8)

2
p.A (3. 18b)
b - Flecha: f
J 81'0 que pode ser transfo rmada em

A+ (3.24) +
c - Comprimento do cabo: L
h = 2C1 · senh
X1 X2
· senh
X1 - X2
2C1 2C1
'
\ I
.i ou, de acordo com a Fig. 3.3

3.2.2 - Suporte s a diferen tes alturas


h = 2C1·sen h 2 ~1 . senh
2 ~~ (3.25)

Desta equação , podemos obter:


\ ~ __
A Fig. 3.3 mostra um cabo estendi do entre dois suporte s
( o vão A' h
senh '-~-
1
rígidos .cujas alturas A e B são diferen tes entre si, sendo serf\-2 c1 = -2C1 ·--- A = ~·cos
h ech
A
~ (3.26)
J entre .
(
~,
medido na horizon tal igual a A. Seja h a diferen ça de alturas 2C1
( . A e B.
r'e\ Se prolong armos a curva AB até um ponto B', situado a
uma mesma altura que o ponto A, obterem os um vão nivelad
o Ae,
Resolve ndo essa equação ,
obterem os
conseqü enteme nte, o vão equiva lente, que, de acordo com a
A''
Fig.
e,
3.3
vão.
( chamado vão equival ente, e a catená ria corresp ondente a esse será:
De acordo com a Eq. 3.16a, teremos :
( Ae = A + A' (3.27)
~~
X2
h = y1 - Y2 = C1 • [ ( cosh - 1) - ( cosh c:1

·\; ou
Xl
-X2-)
Da

senh x =
série do seno,

X
-- +
s
h C1· (cosh c:1 - cosh C1 5!
(

Estudo do· comportamento mecânico dos condutores 167 e


Projetos mecânicos das li~has aéreas de transmissão e
166 Quando A' < Ae/2:
e
então: VB = (~e - A'lp [kgf]
(

'
senh~
A'
~
A' + ...

·Quando A' > Ae/2: (
'ri·e de co-secante:
Usando a Se

1 X 7x
3
+
VB = V - ~e lp [kgf] e
e
cosech x = X
-6 + 360

então
To é constante em qualquer ponto da curva, mas a tração e
A 1
A/CH~
A + ,,, axial nos cabos não o será. Seu valor poderá ser encontrado pela e
cosech ~ = 12C1
séries, e
soma vetorial de To com as componentes VA e Vs. Podemos fazer a e
Usando somen t e
3.26,
Os primeiros
teremos
termos
eliminadas
das
as funções
i, seguinte demonstração:
e
substituindo na Eq. (
;
f rX = r8 +· vX ou
(
trigonométricas:
l'
f
• A' =
Zh
-A- C1
(3,28)
Então e
i
~
TA e
e o vão equivalente
será TO e
Ae
ZhC1 [ml
= A + ~ ~Desenvolvendo essa expressão em série binomial, obtemos
e
e
ou aproximadamente
(3,29) 1 + ~-
1 ( -~A-
2
y
To
l
2 - 1 (TO
2-4 VA ]' + e
Ae A +
ZhTo
---;<:p [m] e
suspensão., A• Tomando os dois primeiro termos, temos que e
A carga Ve
rtical no ponto superior de
TA 1 + _1_ (Y.!___l 2
e
será (trecho AD) 2 To
ou TA = To +
e
VA z1 Ae·p = z(
l (
+
2hTo )p
Ap J
[kgfl
J \
Note que, da Eq 3.30, e
VA =
-Aep
e
ou
Ap hTO [kgf]
(3,30)
2-
e
VA = Z- + ---p:- Portanto e
1 No ponto 1nf er1or
, , B

teremos {trecho OB)
2 2
e
~' _ ~h -c1)p Ae p
8Tu e
finalmente, para o ponto mais alto
e -~
ou e 1

Ap
-z hTO
- -p:- [kgf]
(3,31) TA = To + fe·p (3,32)
e
eL/
VB
r Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
Estudo do comportamento mecânico dos condutores 169
l
( 168
' Na eq 3.27:
Da mesma maneira, para o ponto de suspensão mais baixo,
Ae =A + A' = 800,2568 m
chegamos a Devido a esta pequena alteração na seqüência deste
(3.33)
TB = To + (f e - h)p exerc1c10, será considerado o resultado obtido pela equação simpli-
ficada 3.29.
e em que
( b -- Forças ax1a1s no cabo
fe = bi - no suporte superior [Eq 3.32]
é a flecha correspondente ao vão equidistante, Ae. TA = To + fep
(
onde
( Exemplo 3.5 2 2
f, Aep (801,8204) . (0, 7816)
Dois suportes da linha de 138kV descrita no Ex. 3.1, = 40,65m
( B.To- 8·1.545
est ão em alturas diferentes, sendo sua diferença de altura, num·vão
horizontal de 350m, igual a 40m. Ca 1 cu 1 ar as
forças v-e-rticais e axi \ TA 1.545 + 40,65 .0,7816 = l.576,772kgf.
( .
ais atuantes nos pontos A e B, sendo A o ponto mais alto. Uma outra opção de cálculo seI-ia usar o teorema de Pitá
e goras para calcular a resultante no ponto A:
e so·1ução: ~ TÍ: T~ + vi: . ·. TA = I (1545J 2 + (313,35J 2
e· Dos exemplos anteriores temos
To = l.545kgf, C1 = 1.976,7144 e P 0,7816kgf/m TA l.576,46kgf (valor exato)
(
Teremos: b2 - No suporte inferior [Eq. 3.33):
(
a - Forças verticais TB = To+(fe-h)p = 1.545+(40,65 - 40)·0,7816 1.545,508kgf
a1 - Suporte superior [Eq. 3.30]: ou ainda
Ap hTo 350·0,7816 +
40·1.545 313,3514kgf I
VA = ~-2- + ~-A~ 350 T~ = t8 + V~ TB = V(l. 545) 2 2
+ (-39' 79 ) = 1545' 51kgf
e 2
Verifica-se que, junto ao suporte superior, a tração_ no
e·· a2 - Suporte inferior [Eq. 3.31]:
_ Ap hTo _ 350·0,7816 40·1.545 = -39' 7914kgf
cabo é cerca de 1,95% maior ào que To, ou seja, da tração no verti-
ce da catenária equivalente. Em casos de desníveis muito acentua-
C> Vs - -2- - - A - - 2 350 dos, esse fato deverá ser levado em consideração nos cálculos pois
( __ _ . s1·gn1·r1·ca que a tração VB é dirigi- pode redundar em taxas de trabalho acima daquelas estabelecidas
Esse sinal nega t ivo pelas normas.
da de baixo para cima e que A < Ae/2.
Vejamos, então: /\
e Ae = A +
2hTo
-xp-
(3.29)
(i 3.2.2.1 Comprimento dos cabos de vãos em desnível

e Ae = 35 o +
2 · 40 · 1545
350·0,7816
801,8204 m

e logo,
i
Consideremos o vão em desnível na Fi_g. 3. 4. Sua equação
referida ao eixo 01X1Y1 pode ser derivada da Eq. 3.16a:
(
A = 350 < zAe /'l
e Façamos o cá.leu lo exato de Aê: y1 = C1 cosh·~~
X1
C1
(i
2~ 1 2~ 1
1.,

(3.26) Sejam xo e yo as coordenadas do ponto A nesse sistema.


e A' 2C1 ·arcsenh( cosech ]
Façamos uma mudança de eixos de coordenadas, de forma que sua
{. A' 450,2568

(
.·"'<· ~

(..
·')/
(
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânico dos condutores
170 171
e
1Y B laçamos a diferença L2 -B 2 , lembrando, ainda, que cosh2 x-senh 2 x = 1; (
! 1
'
1
obtemos
e
--:--18 B
2cl[- 1 A-xo xo A-xo
l (

-~-t-·_J_
' - ' 2 L_x /
Podemos
+ cosh ~-C-~ cosh ~ + senh ~-C-~ senh
1

simplifiCar essa equação


1

utilizando
C1
XO

as
(
e
A
1

conhecidas fórmulas da adição e subtração dos arcos hiperbólicos. e


z Obteremos, finalmente e
e
C1J e·
---x. 1 + cosh A (3.37)

Fig. 3.4 - Vão em desnível


\
Porém e
r
\,.
A
cosh 2x - 1 e cosh C1 - 1 e
origem coincl·d a com A. Teremos o sistema" A'Y:f. Sejam x e Y as
logo
e
coordenadas de um ponto qualquer da curva, relativo ao novo sistema e
de coordenadas. e
A equação da curva que substitui a 3.16a será:
ou
e
y = C1 · ( cosh
X -
C1
XO
- cosh ~1
C1
(3.34)
.1 e
L= /
(
(3.38)
Consi d eremos o po nto B (A , B) .. para esse ponto, a
e
equação será:
Se desenvolvermo s em série o termo hiperbólico da Eq. e
B = C1 · ( cosh
A -
C1
xo - cosh -xo-
C1
l (3.35) 3.37, teremos e
(
Seja ds um co~primento elementar do condutor. Teremos
·\2
tL - B2 = 2d(-1 + 1 +
A2
2d
+ A
4

24CÍ
l e
(.
ds X - XO
cosh L2 - B2
dX C1 (

e, conseqüentem~nte
e
r L= /B A[1 2
+
2
+ ~J (3.39) e
12d
L = J: ds = C1 (senh
A - xo
C1
+ senh ~1
C1
(3.36) (
Para essa equação, empregamos somente dois termos da (

de L.
Resolvendo simultaneamen te,
Para tanto,
3. 35 e 3. 36,
elevemos ambas expressões ao quadrado e
obteremos o série, e
parabólica.
ela representa o comprimento do condutor em forma e 1

l. 1

e-
iJ
-r-
r-·
e 172 Projetos mecánicoS d8s linhas aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânico dos condutores 173
(
b - a flexa fo, medida entre uma linha horizontal que passa
e Calcular o comprimento do condutor- para a situação pelo apoio inferior e o ponto mais baixo da curva do cabo; há
e descrita no Ex.3.5, empregando as Eqs. 3.38 e 3.39. situações em que ela é importante, pois define o afastamento dos
e Solução:
cabos a obstáculos que a linha cruza nesse ponto.

e São dados: C 1.976,7144, A 350m e B = 40m


Ve,.rernos a seguir a forma de deter"'31'1.iná-las.

e a - Pela Eq. 3.38:


Caso (a)
e L = j (40)
2 2
+ 4(1.976, 7144) ·senh
2
-2-(-1 -_9-;-~-~-7-1 -44~)
e O cálculo rigoroso da flecha" fs é muito mais trabalhoso

e logo
L = 352,73272m (exato)
e será
substituindo
analisado
a catenária
após o exemplo
pela parábola.
3.7. Podemos
Para
simplificá-lo
tanto, façamos o
e b - Pela Eq. 3.39: d:esenvol vimento em série do segundo membro da Eq, 3. 34, da qual
e
e L = I (40)
2
l
+ (350)2 1 + (350) 2
12(1.976,7144)
2
)
empregaremos apenas os dois primeiros termos. Teremos:

e portanto Y = Ci [ (x - xo)2 _ ~
2C12 ZC12J
= ~ _ ~
2C1 C1 (3.40)
e L 352,73225m (aproximado)

e Para o ponto B, com a mesma aproximação, y B· logo,

e Vemos que, também nesse caso, ambas a,s equações dão


B
2C1
A2 Axo
(;! (3.41)
e resultados inteiramente dentro das tolerâncias normais de problemas #
e práticos de engenharia. No caso, a relação B/A é relativamente
Eliminando xo das Eqs. 3.40 e 3.41, ~ncontraremos

1
e pequena, porém típica de linhas reais. No entanto, em casos de
-+) (3.42)
'--· relações B/A elevadas, o erro pode ser de ordem tal a afetar
( significantemente os valores das flechas. --- -~
que é a equaçãO-da-pa:rábo·la em üesnível, com origem nas coordenadas
( em A. Com e.ssa equação podemos construir a curva por pontos.
1' \. O coeficiente angular da tangente em um ponto dessa
3.2.2.2 - Flecha$ em vãos inclinados
e parábola é obtido derivando a Eq. 3.42:

e No caso dos vãos inclinados, há duas formas diferentes


de medirmos as flechas, e que podem ser de interesse prático, como
~~ = ~l -[ 2~1 - ~ l (3.43)

mostram as figuras 3.3 ou 3.4.


r No. ponto P, correspondente a y = fs, a tangente é paralela à
a - a flecha fs, representada pela maior distância vertical reta AB; _logo, seu coeficiente angular é igual a B/A. Igualando a
entre a linha que liga os pontos de apoio do cabo e um ponto da Eq. 3. 43 a B/A, obtemos

'-
.(
curva; esta flecha é importante quando o perfil do terreno é mais
ou menos paralelo à linha entre apoios; X
2
A

~~\
1
175
Projetos mecânicos dai' linhas aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânico dos condutores (
174

Havendo interess e, da fig. 3.4:


Substitu indo esse valor na Eq 3.42, obtemos I
\
fs' = fs cos!JI (3.50)

~ 2~1 ~
A' (3.44)
YP = [8C1 - ( - )] (
\

Exemplo 3.7
Pela fig. 3.4, podemos verifica r que
/ ''
flechas fs e fo para a
Determi nar os valores
situação descrita no Ex. 3.5.
das
e
2
B
+ YP
(3.45) e
Solução : e
Como yp é negativa , temos
a - pelas Eqs: 3.18b ou 3.46, teremos e
e
f' = + -[8~: -;(2~1 - +)]
\
fs
A2p
=
8Tu
2
(350) ·0,7816 = 7,7464m
8 · 1. 545
(
e
e, simplifi cando, obtemos

f, (3.46)
~-
b - pela Eq. 3.49

fo
_B
fo = fs ( 1 _4fs

0,6556m
r- 7,7464(1 -
40
4·7,7464 r e
e
equação que, como vemos, é idêntica à Eq. 3.18b. Isso nos permite
e.··
concluir que o valor da flecha máxima em um vão desnivel ado tem
'
o
Observa~: e
mesmo valor que a flecha em um vão igual, nivelado .
Como complem ento, analisan do o cálculo da flecha pela e
Caso (b) catenári a, da Eq. 3.34 e
Da fig. 3.4, temos que x-xc;> xo )
- cosh ---
(
y = C1 ( cosh -e-,- C1
(
~fo = fe - B = - B (3.47) com y B para x = A, podemos obter: (
·\
Porém, da Eq. 3.29
/
xo -z-
A
- C1 argsenh e
2hTo
e
Ae = A+ -p:p e
e
que, substitu ída na anterio r, nos dá, levando em conta a Eq. 3.46
Usando
= 1.976,71 44m,
os valores
=-
numérico s:
50,1284m .
A 350m, B = 40m
e
C1 chega-se a xo
=- S0,9102m .
e
(3.48) r
Através da equação simplifi cada (3.41), xo
fo f, + l6fs""" - 2
h h 2
-~
. h ) e,
16f~
Desta forma, fonclui -se que, devido a aproxim ação dos (
resultad os, o desenvo lvimento feito a partir da Eq. 3.42
e, finalme nte, é
l
(3.49) satisfat ório. (

l fi
f"
---~~

Estudo do comportamento mecãnico dos condútores 177


Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
(
176
( lntercalamos n suportes de mesma altura, resultando em n-1 vãos de
comprimento a = A/(n+l), como mostra a fig. 3.5. Admitamos ainda
RESUMO DAS EQUAÇÕES DO CABO PARA VÃO DESNIVELADO que os suportes intermediários sejam rígidos e que o cabo possa
a - Força axial no suporte superio~: deslizar 1-ivremente sobre esses suportes intermediários. Nessas
(
2
Ae·p
2 (3.32) condições, ele/tomará, em cada um dos vãos ~ntermediários, a mesma
( TA = To + 8To forma, isto é, descreverá curvas .iguais-.
e sendo:
(3.29)
r 2hTo
• T
Ae::: A+~ T T
V V
( V ~ A 8 ~ V
b - Força axial no suporte inferior: •o To
r To
V V V
To

(

TB = To + pl ~tp - hj
(3.33) \
V

! e - Comprimento do condutor: /,<::...---y,,c;:-_.~/.=//-=/~//-- ~...:;:/,-:'.--//..=//-=;;'l--,-/--//=-/.,.:-_/,•.=-//--/'-='"//=-;~1'..:0-//-=-//=//

:~ !
(-
.~

!

L
2
B + A
2
l + ~l
12C\ j
(3.39)
!
o 1 a
A
o o

()
'
'''
('
d - Flecha:

fO = f, ll - 4~, r (:i.49)
1 l Fig. 3.5 - Efeito da subdivisão de um vão por n apoios
intermediários igualmente espaçados

'
( sendo: divisão do vão afeta os .Valores das forças
(3.46)
e f,
1
verticais e também das forças axiais T. As forças verticais nos

e !
apoios podem ser calculadas por

(1 pl pa
VA VB (3.51)
-2- " -2-
e 1
e
{
J.3 _ Vãos contínuos
/ '\ As forças axiais serão, então

·o relativamente pouGo freqüentes em


To
"-i TA = TB
e:( .1.
os
vãos isolados Sa
linhas de transmissão , que,
na realidade, são constituídos de uma
coso:.

ser tratados para


número de vãos e que não pode~
1 .. sucessão de um grande
"i\ pontos de suspensão nao
- são rígidos como o:. =- arctg~
pa (3.52)
" isoladamente, pois os t b 0 ponto dei,
:1
\_'

(
admi times e nem os condutores sao
- independen es so
-
orços são transmitidos de_ um vao para
outro. Sobre cada estrutura intermediária atuarão apenas as
vista mecânico. Os esf

\I
forças verticais, uma vez que as comp?nentes horizontais To. das
essa -sucessão de vãos.
\ Daí a necessidade de se considerar
i
Primeiro caso: vãos e alturas iguais
trações anulam-se. As forças serão, então,
' ..
no vão A, V = pl " pa (3.53)
. 1 e imaginemos que,
~ú Retornemos à f ig. 3 ·

r
.,,.._---·· ------- ~- --·-(_;.!
' \
.

Estudo do comportamento mecânico dos condutores


e
178
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
179
e
e, portanto, To = STo' , donde (
Exemplo 3.8
\ To
To' = - -
5
(
Imaginemos que o vão isolado de 1.000m, cujas grandezas
foram calculadas nos exemplos anteriores, seja subdividido em 5 (
1 a - Estruturas terminais
vãos iguais de zoom, pelo acréscimo d e 4 sup artes intermediários a1 - Forças verticais: r,_
de mesmas alturas que A e B. Quais os esforços que atuam .~o~re as
estruturas terminais A e B e sobre as estruturas intermed1ar1as.7 ....,"' p·a
V= - 2 -
0,7816·200 '·
78. 16kgf (
2
!

',. Solução: a2 - Forças axiais:


e
[: Dos exemplos anteriores para o vão d~ ~-~OOm, a ~ração To'
e
horizontal era To= 1545kgf. Depois da subd1v1sao, precisamos
calcular o novo To da linha. Para isso, podemos usar o raciocínio
TA TB
cos ex e
que segue. p-a
are tg o, 7816.200= 14,194º,
e
l Eq 3.24:
Para 0 vão isolado, o comprimento do cabo é dado pela \ a= are tg
2
To,
z.1545 e
t.
5
e
1 = A + donde e~
í depois de subdividido, teremos A' = A/5 e L' L/5; logo TA Ta = 1.545/5
= 318, 72kgf e
11_,.
0,9695
e
I[ 5
L
5+
A 8 (f' )
A
2
b - Estruturas intermediárias
bi - Forças verticais
í
35
= ap 0,7816·200 = 156,32kgf
V e
1
ou

L A +
8[25f'
2
)
~
b2-Forças ax1a1s
e
3A
As mesmas que nas estruturas terminais. Comparando esses
l
1
i e, portanto, f
2 25f'
2
, donde resultados com aqueles obtidos no Ex. 3.1, verificamos que a e
subdivisão do vão trouxe não só uma redução nas cargµs verticais,
e
! f'

Para
f
5
0 vão isolado, a flecha do cabó é dada pela Eq.
como era de se esperar, mas também nas cargas axiais, ou seja, da
solicitação nos cabos.
As flechas, por sua vez, ficarão bastante reduzidas,
pois ter,emos, nesse caso
\
e
(
3.18b: I , f'
5
f
e
f
=
8To
pA2
Segundo caso: mesma altur~ com vãos desiguais
e
Depois de subdividido, teremos f' = f/5 e A' = AIS; Vejamos· ·O que· ·ocorre quando. o, vão·· ·A é· subdivid.ido··,·por
e
logo, estruturas desigualmente espaçadas. Para facilidade de raciocínio e
r consideremo-las, ainda, todas com as mesmas alturas, como mostra a e
5
f fil
--.
8To
fig. 3. 6 ..
As forças horizontais To são constantes e
iguais em
e
G
\
1
1
ou

f
pA2
8(5To')
todas as estruturas e são absorvidas pelas estruturas terminais,
',
enquanto que, nas estruturas intermediárias,. elas anulam-se. As
c;1
1 z
. -,
180
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão "· \, Estudo do comportamento mecânico dos condutores 181

Exemplo 3.9
Te
Calcular as forças verticais e ax1a1s nos condutores
v, junto ao ponto de suspensão de uma estrutura que é ladeada de vãos
a1 = 300m e a2 = SOOm e cujas estruturas adjacentes estejam na
mesma altura. O cabo é o· mesmo dos exemplo~ anteriores e a tração
horizontal é de ~.545kgf. Obter também as fl~chas.
v,

e Solução:
a - Pela Eq. 3.54, temos
( /,(: !:;'/..:;//.-7'"-7'/-=:7-"!::""/, ó'/_-//-"'77-=-/~;'/...-/,:::,.1t=' - /.='/-=-:-:,.t:"//..::7,.t:;//-=-1--.-:
J = 312,64kgf
(
ª'
·----"
1
V = p ( .ª1 ;a2
l= 0,7816 ( 300;500

b - Forças axiais, lado do vão menor (T1)


( . -visão de um vão por n vãos·--de~iguais \
Fig. 3.6 - EfeiLo d a Subdl To o,.7816 · 300
e T1 = cos o:: " = are tg
2·1.545
4,3395•

~logo,
terminais são proporcionais aos 1. 545
forças verticais nas estruturas Ti = 1.549,44kgf
0,9971
semivãos vizinhos
Lado do vão maior (T2)
a3 0,7816·500
ª'
-2-p e Vs -2-p
"= are tg
2· 1. 545 = 7,2081•
(
enquanto que as forças verticais que atuam
sobre as estruturas logo,
·-'l.557,3073kgf
pesos dos cabos dos dois T2 =
intermediária s são iguais à soma dos
e - Flechas:
( semivãos vizinhos
2 2
pa1 0,7816·(300)
f1 5,6913rn
a3 ~ 8Tu 8·1. 545
l
a2
Vc = V2 + V3 P -2- + -2-J
2 2
paz 0,7816· (500) = 15,809m
, f2 =
I ' \. 8Tu 8·1.545
ou genericamente
Pelos resultados de (b), vemos que os cabos dos lados
dos vãos maiores são os mais solicitados junto às estruturas de
(3.54)
[kgf] suspensão.
V
Terceiro caso: vãos.~ e._ aLt.w:as .de.s..iguais..__
e TJ serão
também diferentes,
As trações axiais Ti cumpre-nos analisar o caso mais geral e
Finalmente,
sendo maiores nos cabos dos lados dos vãos maiores. também o mais freqüente nas linhas de transmissão; urna sucessão de
·stribuir-se-ã o na razãir dos
As flechas, por Sua Vez' dl vãos desi~ais e cabos suspensos em alturas diferentes. A fig. 3.7
quadrados dos vãos. Serão maiores Ilos vãos maiores, ou seja: mostra um trecho tipice de linha de transmissão que atravessa um
2 terreno acidentado no qual essa situação normalmente poderia
(3.55) ""\
f 1 = f J ( :~ ) ocorrer. Examinemos caso por- caso.
(
f.;.,·r··- Estudo do comportamento mecânico dos cbndutores 183
r.
F..
~r 182
.
Pro1etos m
eca·n1·cos das ·;inhas aéreas de transmissão e
de suspensão dos condutores. Portanto, não colabora com a (
~ 1 Estrutura terminal A componente da força vertical atuando-sobre a estrutura. Logo: e
ração horizontal To e·a uma força de
i: 1 t submetida a Uma t = VEr = pne (
para baixo, cujo
valor pode ser VE [kgf]
' compressão vertical, de cima
axiais no cabo são TED To e TEr, (
ara cada um dos condutores: As forças
calculado pela Eq. 3 · 31 P '· ªor·
respectivamenÍe, no lado dos vãos ªoE e e
Vao = na·p
abo (TA) pode ser calculada com o
A essa altura, cabe aqui a introdução de dois conceitos e
: \
\
A força de tração no C
da catenária equivalente.
bastante importantes para os projetos das linhas: vão médio e vão e
auxílio da Eq 3.33 e Oa é o vértice gravante de uma estrutura. e
Estrutura intermediária B
. VBA e Vsc. > ªse' 0
Como Ae/2 - Vão médio de uma estrutura
e
Atuam as forças verticais \ (
está "atrás" do suporte B; logo, É igual à semi-soma dos-vãos adjacentes a ela.
vértice da catenária equivalente
t será, por conC or: +
e
Vsc < o. A força vertical atuan e am
a1
2
aj
[m] (3.56)
e
VB = VBA - Vsc = p(m_p· - Db) [kgfl Obs: Também denominado vão de vento e
Os cabos são solicitados
por tração';
na suspensão em B, e
pela força TBA, que
solicita os .cabos do lado do
vão ªAB e pela - Vão gravante de uma estrutura
É um vão fictício (ac) que, multiplicado pelo peso
e
força Tsc, que
solicita os cabos do lado do vão ªBc
Podem ser
indica o valor da força vertical que um
e
unitário d~~condutores,
(
calculadas da forma já vista. cabo transmite à estrutura que o suporta. tâ.mbém denominado vão de
_ Estrutura intermediária C peso.
e
Atua sobre a estrutura
a força vertical Vc, resultante
Assim, de acordo com a fig. 3. 7, teremos ·os seguintes e
da soma de Vcs e Vco, devidas a
cada um dos condutores:
vãos gravantes: e
Vc = VcB + Vco p(mc + nc) [kgf]
estrutura_ A, ªcA na;
e
As forças axiais nos cabos são TBC e Tco,
,,eStrutura B, ªcs mb - nb; e
respectivamente, nos vãos ªse e ªcn · estrutura e, ªcc me + nc; e
\ estrutura D, ªco md + nd = md + a 0 E; e
Estrutura intermediária D
é, por condutor:
estrutura E, ªcE = ne. e
\. A força vertical sobre a estrutura e
Um último caso de vãos desiguais com alturas desiguais,
/
VD = Voe + VDE p(md + nd) [kgfl
propositalmente não incluído na análise anterior, é aquele e
\ As forças axiais nos cabos são TOE,
ilustrado na fig. 3.8. É uma situação que deve ser evitada sempre e
respectivamente, do lado dos vãos ªco e ªoE' que possível nas linhas reais, .principalmente na_s de tensões mais (
elevadas. Decorre, em gefal,., de falhas na escol?-a do traçado e
l
1 ft
~
Estrutura intermediária E
o vértice da catenária no vão ªoE coincide com o pontÕ
i
falta de prática e oTientação adequada dos topógrafos encarregados
e
(
(
-,:f-1 -~.-r~~~ _fj__ _
i
(
Projetos mecânicos da;-linhas aéreas de transmissão Estudo do comport amento mecânico dos condutor&s
( 185
184
(
e
A

1,

(
1 J

11
(
(
- .
~o
o "o
i! ;

(
\ 1
( ! tj
.?1 º1 ®
\
( ·Í- 1
Fig. 3.8 - Situaç ão de arranca mento

e
e dos trabal hos de explor ação, reconh ecimen to e levanta mento , que
fixam "ponto s obriga tórios " da linha, como, por
m
exempl o, vértic es
( ~
entre alinha mento s em locais inadeq uados.
"'~
.~ A estrut ura B será solici tada, nesse caso, por duas
m
e w
"m
forças
tenden do a
vertic ais, VaA e ·vec dirigi das de baixo para cima,
?U~ndê-la:
( "'
~

.,
~
e\ ~
Vs = - (VBA + VBc) (3. 57)
( "'
i •m Essa situaç ão é conhec ida na prátic a como arranc amento
ei 1 ~

"'~
ou enforc amento . Ela é inadm issível em isolad ores
penden tes, que,
( .~
sob sua ação, perdem em vertic alidad e. Com isolad
ores de pinos,
m
( • poder :\ ser tolera da em pequen o grau,
em caso de absolu ta
"om necess idade. Ocorre , no entant o,
em linhas primá rias rurais , não

.' .
o
'">'
• j
sendo raro observ ar-se um ou mais isolad ores arranc
ados de seus
"-~ -- ~ "o pinos e depend urados nos condut ores a cerca de
0,5 ou mesmo l,Om
'"mm' acima da cruzet a da estrut ura.
•o·
~ Exempl o 3.10
.1
No trecho de linha ilustra do na fig 3.7, foram medida s
as seguin tes distân cias:
1
(. b() t aAB 234m; hAB = 15,4~m_; na = 31m; mb = 203m.
t;'. - 1 ase = 175m; hsc = 25,30m ; nb 95m; me = 276m.
~< r~

Estudo do comportamento mecánico dos co"ndutores 187


e
1 Projetos mecânicos das 1fnhas aéreas de transmissão e
186

hCD = 14,75m; nc 197m; md = 290m.


C2 - estrutura B
VB = paG = 0,7816·108 = 84,41kgf
e
aeD 476m; (
1 152m; hDE 8,20m; nd 152m; ffi•
Orn. ,
C3 - estrutura e
! aDE
Il• 214 m; Vc = paG = 0,7816·473 = 369,70kgf (

na condição c4 - estrutura D (
da tração nos cabos
A componente horizontal1.020kgf. Obter' Vo = pac = 0,7816·442 345,47Kgf
(
é de
de flecha máxima, sem vento, cs - estrutura E
a - vãos médios;
b - vãos gravantes;
VE = pac = 0,7816·214 167,26kgf e
e - cargas verticais sobre as estruturas; (
d - trações nos cabos junto aos suportes.
d - Trações nos cabos, junto aos suportes devemos empregar e
Solur;ão: as Eqs. (3.32) ·para os suportes superiores e (3.33) para os
suportes inferiores, calculando, primeiramente os vãos equivalentes
e
' \ (
1 )

a - Vãos médios - de acordo com a Eq (3.56), teremos: (3. 29) e as flechas correspondentes aos vãos equival.entes:
r.
1

! :\'
' ~-
ai - estrutura A di - estrutura A - vão equivalente: e
'
am =
aA.B + o
2
= -z-
234 117m;
ÁeAB = aab +
2hab·To
234 +
2·15,45·1.020
406,0üm
e
aab·p 234·0,7816
e
a2 - estrutura B
aA.B +a BC 234 + 175 204,Sm;
flecha do vão equivalente (3.18b):
e
am = 2
= 2 feAB =
pAa
8Tu
2
0,7816·(406)
8· 1. 020
2
15,79m e
1
a3 - estrutura e logo, pela Eq. (3.33)
aBC + a CD 175 + 476 = 325,5m; TA.B =...ifo + (feA.B - hA.B)p 1.020 +,(15,79 - 15,45)·0,7816
(
=
am = 2 2
TAB = 1.020,3kgf e
a4 - estrutura D (
d2 - estrutura B - tração no cabo no vão B-A (3.32)
am
a CD + aDE
2
476 + 152
2
= 314,0m.
TB< = To + fep = 1.020 + 15,79·0,7816 = l.032,34kgf e
tração no vão B-C (
- de acordo com a definição:
b - Vãos gravantes
bi - estrutura A 2hbcTo 2·25,30·1.020
e
1 aG = na = 31m;
AeBC abc +
abcp
175 +
175.0,7816
= 552,34m
e
b2 - eStrutura B
ac = mb - nb = 20 3 - 95 =·108m; 2
0,7816·(552,34)
2 e
b3 - estrutura e
feBC
pAeBC
8To 8 · 1. 020
29,22m
l e
aG = me + nc = 276 + 197 = 473m; logo, i e
I> b4 - estrutura D
ac = md + nd = 290 + 152 = 442m;
TBC To+ (feBC - hBc)p = 1.020 + (29,22-25,30)·0,7816 e
1
bs - estrutura E
r TBC 1.023,07kgf e
ac = O + ne = O + 214 = 214m. d2 - estrutura C - tração no cabo no vão C-B (3.32} l
Sobre
as estruturas - por condutor: TcB =To + feBC·p f 1.020 + 29,22·0,7816 = 1.042,82kgf e
e - Cargas verticais / .,_
c1 - estrutura A tração no cabo no vão ~-D
VA. = paG = 0,7816·31 = 24,22kgf l_; 1
'
( . /
'--":21
(
:r7 .I ·~--·~·-e-· ~----

. f=--::::~, .·::--
;i
,1-
;--
\ Projetos mecânicos das .linhas aéreas de transmissão
! Estudo do comportamento mecânico dos condutores 189

! 188
2· 14, 75· 1. 200 = 556,88m
a - Condição de flecha máxima:
1 2hcd·To 476 + 476.0,7816 197·0,7816 22,8·1020 =- 41,06kgf
1 acd + VBA. =

1
AeCD acdp 2 197
2 154·0,7816 19,6·1020 = - 69,63kgf
pAeco
2 0,7816· (556,88) = 29,70m Vsc = 2 154
feCD 8To 8· l. 020 1l logo,

logo, Vs
min
=- no,69kgf
TCD =To + (feCD - hcd)p = 1.020 + (29,70 - 14,75l:0,7816
b ~ada ponto.de fixação dos
ou seja, a estrutura deverá absorver em
TCD = l.031,68kgf
cabos, uma força vertical, dirigida
110,69kgf.
d
e a1xo para cima, no total de
d4 - estrutura D: tração no vão D-C
1043,2lkgf
( TDC =To + feco·p = 1.020 + 29,70·0,7816 b - Condição de flecha mínima:
\ \ 197·0,7816 22,8·2120
( tração no vão D-E, VBA - 168,37kgf
~. 1 2 197-
(' 2·8,30·1.020 292,80m
2hde ·TO = 152 + 152.7816 154·0,7816 29,6·2120
= ade Vsc = = - 209,63kgf
~
AeDE + ade'P 154
( 2
2 logo,
2 0,781.6· (292,8) 8,2om
p·Aede
feDE = .. 3 · l. 020 VB - 378kgf
8To max

logo,
. A condição de flecha mínima é • como veremos mais
T + (f.,.-h,.)P = 1020+(B,20-8,20)p = 1020 kgf;
ad1~~te, aquela que ocorre so b t emperaturas amb"ien t es m1n1mas da
0
·.' 1026,4 kgf'. reg1ao atravessada elas linhas. t: nessas ..condições que 0

máxim~ 1
(
Tm:: = T + f.a.-f-edeºp= 1020+0,7816•8,2Ó arrancamento é
( 0
,, ir 2. Forças axiais nos condutores
( Exemplo 3.11
Três suportes de uma linha, A, B, e C, apresentam ~uma aplicá-la, devemos calcu~~r o_, os
Para seu cál 1 em~;::aremos a Eq.. 3. 33. Para
( empregando as Eqs. 3. 29 e 3.18b: e flechas equivalentes,
condição de arrancamento como a mostrada na Fig. 3.8. Na condição
( de flecha máxima,a tração horizontal nos cabos é de 1.020kgf e, na
condição de flecha mínima, a tração é de 2.120kgf. Calcular as 2he.b·To 2hbc·To
e forças de arrancamento e trações ax1a1s ncs cabos, nas duas
condições. O cabo é o mesmo dos exemplos anteriores. São dados

'./'-. eAB = aab + aab·p
e AeBC abc + abc•p

e (obtidos graficamente): a - Condição de flecha máxima:


(
197m; hab = 22.sm; 2·22,8·1020
aab
= 197
e abc 154m; hbc = 19,6m.
AeAB + 197·0,7816 = 499,07m

e'l AeBC = 154 + 2·19,60·1020


154·0,7816
486,19m
'
Solução:
1. Forças verticai.s r
individualmente
b - Condição de flecha mínima
A força
axial vertical transmitida VB = VBA + VBC,
2·22,8·2120
AeAB 197 + 197·0,7816 · = .824,84m
pelos cabos à estrutura B é dada na Eq:'·3.57 por
sendo VBA e Vsc calculáveis por meio da Eq. 3.31 2·19,6i/2120
AeBC == 154 + 154·0,7816 844,43m
abc'P
aab·p hab•To e VBC == 2
2 aab
\
ánico dos condutores 191
aéreas de transmissão Estudo do comportamento mec
Projetos mec ânic os das linhas
190

Fle cha s nos vão s equ iva


len tes CABO PARA VÃOS CONTÍNUOS
,, cha máx ima : RESUMO DAS EQUAÇÕES DO
a - Con diç ão de fle
--~ -·
1 - Alt ura s igu ais :
2
2
O, 781 6· (49 9,0 7) (
p(AeAB) 23, 86m
feA B = 8To 8·1 .02 0 1.a - For ça ver tic al num apo io: (
1

p(AeBC)
2
1
o, 781 6· (48 6, 19)
2
22, 64m V = .P ( ai ; aJ J [3,5 4) (
feB C 8·1,~
8To
1.b - For ça axi al no lad
o do vão i: e
b - Con diç ão de fle cha mín
ima :
Ti
To
coso.:
pai
" = arc tg (~
J (3.5 2) e
p(AeAB)
2
0,7 816 · (82 4,8 4)
2
31, 35m
e
'f 1.c - Fle cha no vão i:
!
;
feA B 8To 8·2 ,12 0
fi
p.a 1
2
(3, 18b ) i
e
' 2 8To (
!· p(AeBC)
2
0,7 816 · (84 4,8 4) 32, 86m
8·2 ,12 0 e
i•
feB C 8To 2 - Alt ura s des igu ais :
i
1
Obs : as fle cha s mín ima s
são ma iore s do que as máx ima s, pel o ~ 2.a - For ça ver tic al num
apo io: e
t i
f fat o de ser em as "equivalent~s" V= ± p(m1 ± nJ) e
l i !"
' '
11
De pos se dos val ore s aci ma
rut ura B. Pel a Eq, 3,3
ças
, pod em os. cal cul ar as for 3,
2.b - For ça axi al no sup
ort e sup eri or (B) : e
&.. jun to a est 2
axi ais que atu am nos cab os,
2
TBA = To + Ae ·p
tere mo s: 8To (
1
máxi_ma: sen do
1 a - Con diç ão de fle cha 2·h BA ·To (
20 + (23 ,86 - 22, 8)· 0,7 816 aBA·p
To + (feBA - hBA)p = 1.0
1
1 TBA (
'
1. 020 ' 83k gf ort e inf eri or (A) :
TBA 2.c - For ça axi al no sup (
e Ae 2.p (
1!
i
l,0 20 + (22 ,64 - 19, 6)· 0,7
816 TAB = To +
p( 8To - hAB]
Tac To + (feB C - hsc )p
sen do
e
Tac = l.02 2,3 8kg f
.-'\ Ae 2·h AB ·To
aAB·p e
ima : ,(
b _ Con diç ão de fle cha mín

TBA =T o+ (feBA - hBA)p


= 2,1 20 + (31 ,35 - 22, 8)·
0,7 816
1 e
TBA = 2,l2 6,6 8kg f 3,4 - EFEITO DAS MUDANÇ
AS DE DIREÇÃO e
! (
/
e
2.1 20 . (32 ,86 - 19, 6)· 0,7
816 '
As lin has de tra nsm iss
ão são sem pre pro jeta das
par a .ÍI e
Tac = To + (f eBC - hBc )p bem def ini dos de
2.i 30, 36k gf tra nsp ort ar a ene rgi a elé
tri ca ent re doi S pon tos e
TBC
um sist efl! a. É de .tod a a con ven iên cia que o seu com prim
ent o sej a o !
que se faz Il e
o per cur so ide al aqu ele
Obs erv amo s que , nes se
arr anc am ent o ser em con
sid erá vei s,
cas o, ape sar das
as for ças axi ais
for ças de
de tra ção men or pos sív el,
ha
sen do, rl" ois ,
ret a.- Na prá tic a, no ent
ant o, iss o rar am ent e
é! (

e pou co. seg und o uma lin l ..


aum ent ara m rela tiva me n_t
1 ·C
' (
-3
i11 t
( ''
\ '\ Estudo do comportamento mecânico dos condutores 193
( : Projetos mecânicos das Íinhas aéreas de transmissão

(
192 Solução:
,. . t d de muitos fatores, tais com
0 obstáculos
As componentes horizontais da tração nos cabos são,
i 1 u mesmo
Possível, em vir u e - 0 não é poss ve o para as condições de flechas máximas e mínimas, respectivamente,
pelo homem, cuja remoç~
natural's ou feitos t de material e
s dificuldades de transpor e To = 1.020kgf
dispendiosa demais. A d e
min
\_d, obra, bem com··º -~/facilidade de acesso as Tomax 2.120kgf
equl. pamento durante a - traçado d e uma
- podem, igualmente, afastar o
?t equipes de manutensao,
linha de sua diretriz
ideal. Nessas condições,
devemos nos
logo
a - Condição de flecha máxima (pela Eq. 3.58):
~! mais curta possível. Os vértices
dessa
= 2Tosen z" 2·1.0ZO·senll• = 389,25kgf
contentar com a poligonal quais
constituem pontos Ob rigatórios da linha e nos
1~'•
poligonal
estrutura. Essa estrutura será b - Condição de flecha mínima:
haverá obrigatóriamente uma
__ ].., pontos de suspensã9 __ dos condutores' FA rnax 2To rnax sen
2" = 2·2.120·senll• = 809,03kgf
( .: ' solicitada, adicionalmente, nos da blssetriz do
(lt por uma forç
a horizontal cuja direção é ao longo
d' · 'd para o
Pelos valores acima, veffios que as forças horizontais
(---~ elos dois alinhamentos, sendo ir1g1 a transmitidas pelos condutores às estruturas de ângulo, que devem
ângulo 13 definido P la absorvê-las, são consideráveis, e dependem das trações To nos cabos
F. 3 9 Seu valor é calculáve 1 pe
seu interior• como mostra a ig. . . e do valor da deflexão da linha.

1 ..
( equação: (3.58)
'--
FA = ZTo sen-;- [kgf]
( i
d eixo da linha no 3.5 - INFLUtNC!A DE AGENTES EXTERNOS
deflexão do alinhamen t o o
\'__ a onde Ci é 0 ângulo de
1
( ' vértice considerado. Além d..,_.. esforços que acabamos ~e analisar e que são de
i
\ natureza permanente, os condutores das linhas aéreas de transmissão
(1
( - To são solicitados por outros esforços, de caráter transitório e que
(-1 To
também transmitem a seus suportes 1 que devem absorvê-los. Podemos

eh11 classificá-los em três tipos: aqueles que ocorrem freqüentemente

. " \ durante toda a vida da linha, aqueles que ocorrem durante os

( '' trabàhios de montagem e manutenção e aqueles que se espera que


nunca ocorram, mas cuja probabilidade de ocorrência, por remota que
( seja, o projetista deve contar. 1
(
t No primeiro grupo, poderíamos classificar as cargas i
condutores às estruturas
~ ..
-
Fig. 3.9 - Forças transmitidas
pelos devidas a fatores meteorológicos, como a força resultante da 1
' \'
í\
por mudança de direção / Pressão do vento sobre os condutores e aquela decorrente da redução
'
:: da temperatura dos condutores abaixo daquela vigorante durante o 1
l
Exemplo 3.12 . _ da Fig. 3 . 8 0 alinhamento seu tensionamento. Nos países de invernos rigorosos, nes_se grupo,
(
Admitámos qúe na estrut'!-rªd.B . ta Qual o valor da força
d flexão de 22° a·t irei · · - de dev~-se incluir, ainda, ª-./~pa de gelo que se forma em torno dos
( da linha sofra uma e à estrutura na cond1çao
(
horizontal que cada co~~u:or d tr~~:~~ae mínima? Use os valores_ do Exc' condutores em conseqüência da -queda da neve. São solicitações do
~. flecha máxima e na conaiçao e .
( 3.11. 1
' ..

(
--,
1

aéreas de transmissão Estudo do comportamento mec


ânico dos condUtores
e
Projetos mecânicos das linhas 195 (
194
a ,su a ~atuando per pen diC ula rme nte , (
cla ssi fic ar como nor ma is, dad a a dir eçã o dos e a b os das lin has e
tip o que pod ería mo s
exe rce ndo uma pre ssã o qºc alc ulá vel pe la 1
eq ua ção (2. 9), cap ítu lo 2.
fre qüê nci a. ser viç os
mon tage m e dur ant e os (
fas e de
Du ran te a Sen do d o diâ me tro dos cab os, a for ça res ult ant e da
sol ici tad os por for ças (
ão, os cab os po.dem ser pre ssã o do ven to, ser á
per iód ico s de ma nut enç ja
dec orr ent es de seu pré -ten sio nam ent o (ve (
adi cio nai s, como aqu ela s como aqu ela s [kg f]
Ca pít ulo 4), e por car gas ver tic ais con cen trad as,
por ope rár ios , e que
fv = qD· d . (3. 59)
e
dec orr ent es dos car rin
hos de lin ha, ocu pad os
pos sív eis de oco rre r
e
ou, traz end o a Eq. 2. 9:
e
des liza m pel os con dut
ore s. São sob rec arg as
vis tos .
e
seu s efe ito s devem ser pre
Fin alm ent e, no últi mo gru
po, enc ont ram os as_ -~obre
car gas fv =
--z-

pVp
2
d [kg f/m ] (3. 60)
e
, ou aci den tai s. São con stit uíd as por
esf orç os de ' ' Est a for ça se dis trib uf· . uni for me me nte
e
exc epc ion
un
ais
ila ter ais de gra nde int ens ida de, pod
end o sub me ter as
"-..
lon go do
con dut or e se exe rce na hor izo nta l, em sen tid o tra nsv ers al ao eix o
ªº e
tra ção
est rut ura s a sol ici taç ões
de tra ção . Oco rrem por oca
siã o da rup tur a "'---
)on gi tud ina l dos cab os. Se con sid era rmo s som ent e o efe 1·t o da for ça e
de um ou ma is cab os. Se
bem que bas tan te rar as,
devem ser pre vis tas .
do ven to atu and o, 0 cab o pas sar á a des cre ver uma cat e nar , .
1a no pla no
e
nos pro jet os.
paí ses são bas tan te pre
cis as
hor izo nta l ' n o cas o de sup ort es de
.
mesmas alt ura s. O efe 1'to
do pes o e
"<
'\lr As nor mas dos div ers os d
os con dut ore s, atu and o nte , far á com que a 1
cal cul ado s e também ver tic al e sim ulta nea me
'l qua nto à for ma que ess
es esf orç os devem ser cat ená ria f"
iqu e, na rea lid ade , em um pla no inc lin ado em wn âng ulo (
!;
con dut ore ,s e peç as
máximas adm iss íve is nos em rel - o ao· pla no ver tic al
qua nto às sol ici taç ões aça supor t es, como (
j:" que pas sa p_e,. los
ã,
. "SflF
oco rrê nci a. mos t ra a F ig. 3. 1 Ob.
J":
est rut ura is, qua ndo de sua e
sob re os con dut ore s
e
3.5 .1 - Efe ito do ven to e
O ven to, sop ran do sob re
os con dut ore s, enc ont ra
uma
~ i
e
pre ssã o. Est a é do vento . A (
ma nif est a em form a -de •o rv

I~
res ist ênc ia, que se
pro por cio nal à vel oci dad
e do ven to e sua res ult
ant e é uma for ça
'
1
e
':
per pen dic ula r ao eix o lon
git udi nal dos cab os e que
é tra nsf eri da 1'

l
1

1
e
pel os mesmos às est rut ura
s. 1' 1'
1
e.
As nor mas téc nic as dos
div ers os paí ses est abe lec
em a p
1

!
B
e.
las que devem ser
ma nei ra de se cal cul ar
ess a for ça e as fór mu
e do ven to a ser
-------- e
em pre gad as par a ess e fim
, em fun ção da vel oci dad
ent e a for ma de se det erm
ina r o)
Pr

b)
e
no pro jeto _. E~tabelecem igu alm 1,
usa da
est a últ ima . (,
pel a NBR Fig . 3.)Q - Efe ito da pre ssã o do,,,.yénto sob re os con dut ore s
No Bra sil, ess e tóp
ico é r'eg ula me nta do de uma lin ha aér ea ·
era -se o ven to (.
ess e dis pos itiv o, con sid
542 2/8 5. De aco rdo com
e
e
·----~1

Estudo do componamen to mecânico dos corrdutores 197


Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
196
Sob a ação simultâne a do peso próprio e da força do
vento, o cabo sofre um aumento virtual em seu peso, que passa a
atuar no plano da catenária deslocada . De acordo com a Fig. 3.lOa,
..- "
peso virtual vale
(3. 61l
[kgf /ml
Solução:
Esse aumento virtual no peso provoca um aumento nas
ª - Sendo d= 0,001883m ( de cat'l
qo·d = 43 56·0 a ogos de condutore s):
trações T e To nos cabos e o aparecime nto de uma força horizonta l
fv ' ,01883 = 0,8202kgf /m (3.59)
transvers al, Fvc, nos pontos de suspensão , que a estrutura ,deve
\ \
absorver. A flecha máxima da catenária no novo plano também b - Uma estrutura comporta como uma
estrutura de vão isolado·de fim de -, l'nh
. Logo, pela a se
Eql 3.63,
aumenta, passando a ser
Fv = ..!:_
2 fV 300
-2--·0,82 02 = 123,03kgf
2
(3.62)
f' = prA [ml que é o valorº da for a horizonta l transvers al
transmite à estrutur~
i que cada condutor
8To2

na qual To2 é o novo valor da component e horizonta l da tração nos


1 c - Para a estr u t ura intermed
. iária ' a f orça transmiti da será:
'
cabos.
Em vãos isolados, a força resultant e horizonta l (Fvl
Fv =[ ai;aJ ...
]rv = [ 280+420
. 2 lo' 8202 287' 07kgf (3.64)

transmiti da à estrutura é calculada pela expressão Fv 287,07kgf por condutor

(J.63) d - As flechas serão:


A
fv = --z- fv [kgf]
d. 1 - sem vento
e, no caso de vãos contínuos , se ai e aJ são os vãos adjacente s a
f =
pa2 0,7816·(4 20) 2
uma estrutura intermed iária, a força transmiti da à mesma será ·\.
8Tu = 8·1.545 =ll,1549m (3. 18b)
/

d. 2 - com ventos ( Eq. 3.62)

(
Fv = Lai ; aJ 1 fv
(J.64)
f' = pr•a2
8To2
( como
/
ou seja,
(3.65)
2
= /co,7816 ) • (0,8202) 2
Fv = am·fv • (3.61)
pr 1;133kgf/ m
Exemplo 3.13 1
(_ Qual o valor da força resultant e da ação do vento sobre f' =
1, 133· (42oi2 .~
=· 12,3095m
(, os condutore s da linha do Ex. 3.1? Admitindo estrutura de fim um~ 8·2.029,5

(
(
as aéreas de transmissão Estudo do comportamento
mecânico dos co~dutores 199
e
198
Projetos mecânicos das linh
e
a açã o do vent~ fo i ca lcu - Exemplo 3.1 4 (
== 2.0 29 ,Sk gf sol ?
NOTA: A tra çã o 10 2 ch d 1. . .
rá ex po sta no ite m 3.5 .3. Adm.i tam os quoe o detre rº : lnh a ilu str ad o na Fig /m32 7 (
lad a da for ma qu e se es tej a sub me tid o à açã
ao de ve nto . de
43
'
S6 kgf •
ai·s co ndºlÇ-oeps. ess
A compon en t e ho riz on tal da tra çã o
Exam ine mo s ag ora o cas o de vã os de sn ive lad
os . Já vim os 1 per ma nec end o as dem
ne ssa s co nd içõ es é .
.
de 2 · 02 9 • 5 k gf . De ter mi na r ' pa ra as es tru tu ras A
-
! lo cab o po de se r
pe riz on tai s t ran sv ers ais no",s po nto s de s usp en sao .
1
açã o do pe so, a cu rva de sc ri ta e B• as f or ça s ho
f1
i;
qu e, sob a
a po r um seg me nto da ca ten ári a de um
vão niv ela do ma ior , e
i:
rep res en tad
qu e de sig na mo s vã o eq uiv ale nte Ae. Es ta ca ten ári
a se sit ua no pla no
o da
So lu çã o: e
11
i ve rti ca l, e de seu vé rti ce é
a po siç ão
va riá ve l, dep end end
uto r sub me tid o Do ExE . 3.1 0 tem os aAB =·2
34rn aB e
, 175m, hAB 15,4Sm e
rel aç ão vã o/d es nív
el. Se co nsi de rar mo s ag ora o co nd
rá sim étr ica com
hBC = 25
'
30m ·
'
do
X. 3
. l3, fv = 0,8 20 2k gf/ m. e
ap en as à açã o do ve nto , a ca ten ári a res ult an te se
incl"inã.-do de âÍl gu lo
fo rça s ho riz on tai s
As
ser ão :
e
ua rá em um pla no
rel aç ão ao s su po rte s, e se sit
tal (Fi g. 3.3 ). Ne ssa
s co nd içõ es, o
\
Es tru tur a A (te rm ina
l)
Eq.· 3 · 63 , .. ter em os
e
l/J com rel aç ão ao pla no ho riz on
a um do s su po rte s
a me tad e da fo rça to
tal De aco rdo com a
e
cab o tra ns mi te a cad
nto , po rta nto , com
o no cas o do s vã
os
~ F A
VA = ~2 fv= ~2
23 4 0,8 20 2
95 ,96 kg f
,'Í

e
re su lta nt e da açã o do
o
ve
de sn íve i fo r rnlii to
ace ntu ad o, o ma ior pe la Eq. 3.6 6, co ns
ide ran do o de sn íve l e
niv ela do s. Qu and o
vão~inclinado
de ve rá se r co ns ide rad
o. Te rem os en tão ,
FvA = -00: ::-~A,,,,.~ fv = -,;2~c~0-23 4
5~3-.~7~8-.~ 0,8
20 2 96 ,17 3k gf e
me nto do 2cosl/JAB
e
i
com pri
1 \
pa ra vã os iso lad os , - ~·
sen do
(
(3. 66 )
Fv ==
A
2cosl/J
fv [kg fl l/IAB = ar ctg .,.4
15 ,45
= 3,7 8·
e
!.~

' e, pa ra vã os ·co ntí nu


os - Es tru tur a B {in ter
me diá ria ) e
1

j[ aJ ] fv [kg fl
(3. 67 )
1 Pe la Eq . 3.6 4, sem
de sn íve l e
~
2cos\llJ
Fv s = [ aA s ; ase f--23_4-o;+2-=-)7.:_:5. ::_] 0,8 20 2 = 16 7,7 3k gf e
] fV =
'
í A ca ten ári a res ult
an te da açã o sim ult
ân ea do pe so do
pe la Eq .,3 .67 , com de sn íve l
e
co nd uto r e da fo rça de vid a à açã o do ve nto fic
ar á em um no vo pla no
riz on tal e um ân gu lo
,
r / \ e
faz en do sim ult an eam en te .um ân gu lo ~ com a ho
em um po nto en tre
os Fvs== [
ªAB
2cos~AB
+
a
BC
2cosWec fv
]
=[2cos233,74 8· + 2cos1758 , 23 •] 0,8202 e
.I!
'i
1 i com a ve rti ca l. Se u vé rti ce se sit ua rá
s açõ es ind ivi du ais
da s
16 8,6 9k gf
e
ce s da s ca ten ári as de co rre nte s da FvB (
vé rti
sen do
"
"
H fo rça s atu an tes .
s va lor es To sob a
açã o do ,ve nto ,/ e
F
1.
Co nh eci do s os no vo
tra çã o ax ial T ne ssa
s co nd içõ es, da
\bBc = ar ctg
25 ,30
175 = 8,2 3• e
~-;·;
l .. pod em os ca lcu lar os va lor es da
· Ob ser va ção . Co ~p~rando os res ult ad os ob tid os pe
las ex pre ssõ es e
~i
' !f"
à
for ma vi sta .

do s co nd uto
Os esf orç os ve rti ca
res fic am ina lte
is atu an tes no s po nto
rad os , ist o é, são
s .de sus pe nsã o
os mesmos ca lcu lad os
· t--
3.6 3 e 3 • 67 • . ve r1f 1c am os qu e i as d'l f ere nç as no s va lor es são

.- Zlor 1me nte atr av


B/ ma
ele va
és
da
f
., •u sig nif ica nte s ' -de orm a qu_e es
de
s
Eq 3 64 /
sa s f 0 r ça s podem se r ca lcu lad as
q . . ~ :e~erv, anrar do-se a 3.6 7 pa ra.
am~ nte oc orr em
rel aç õe s 1 (
(
a .
A ba sta nte
' ue , na pr ati ca
"jj" na au sên cia do ve nto
~ ·~ 1 e
(
(
.-. ··~.--·~-~

f -

e Projetos mecán icos das linhaS aéreas de transm


issão Estudo do compo namen to mecfinico dos condu
tores 201
( 200
temp eratu ra. Por lado , traçã o To é
outr o
a inve rsam ente
ra
,. 3.5. 2 - Efei to da varia ção da temp eratu anto ,
i \. prop orcio nal ao valo r da flech a; port o valo r de To vari ará
( ã'o estão suje itos a também com a varia ção da temp eratu ra do cond utor. Aum entar á com a
miss
Os cond utore s das linha s de trans
reduç ão da temp eratu ra e vice -ver sa.
acentuada~. Sua temp eratu ra
( varia ções de temp eratu ra bast ante 1 A form a mais adeq uada de se cal.c
ular essa varia ção é
líbri o entr e o calo r ganh o e o
depe nde, a cada insta nte, do equi nça d e estad o. Essa s equa ções
ganh o de calo r que expe rime ntam atrav és das cham adas equa ções da muda
( calo r cedid o ao meio ambi ente. O do vent o sobr e os cond utore s
Joul e da corr ente e també m ao perm item igua lmen te conc luir o efei to
(
(
deve -se princ ipalm ente ao Efei to
aque cime nto pelo calo r sola r. Eles
perde m calo r para o meio
. As perd as por. irrad iaçã o
j e a varia Ção simu ltâne a das temp eratu
ras e das forç as do vent o.

ambi ente, por irrad iaçã o e por conv ecção


( do cond utor e do ar ambi ente,
i o - vão isola do
depen dem da difer ença de temp eratu ra
l \, \ 3. 5. 2.1 - Equa ção da mudança de estad
( mesma difer ença e também da
t
e as perd as por conv ecção dess a
velo cida de do vent o que os envo lve.
A deter mina ção exat a de sua i e ons1·ct erem os inici alme nte um vão isola do de uma linh a de
( temp e,rat ura, para as dive rsas comb
inaçõ es de valo res dess es !!l ~ansmissão • de comp rimen to A. Seja L1, o comp rimen
to do cond utor a

(" elem ento s que podem ocor rer, é um tanto


traba lhos a [1] e, a rigo r, uma temp eratu ra conh ecida ti. Admitamos que o cond utor este ja apoia do
(' só pode ser feita em term os esta tísti
cos, com base em mode los entre as duas estru tura s nive lada s.
? mete oroló gico s, na corr ente elét rica , .nos siSte mas e na
Se a temp eratu ra vari ar, passa ndo
a um valo r t 2 , o
ment e, passa ndo a
comp rimen to do cond utor vari ará igual
e prob abili dade de ocor rênc ias simu ltâne
Nos cálc ulos mecâ nicos dos
as.
cond utore s, ,é usua l
(l com L2 Lt + Lt·a: 1(t2 - t1) [m] (3.68 )
ra do meio ambi ente,
atrib uir- se aos mesmos a temp eratu
cr acrés cimo s no caso das temp eratu ras
exte rnas supe riore s, pois é
do
e 't dest as que depen dem os valo res das flech
as máxi mas, que, em fase de
sendo 0:.1
[l/oC ] o coeficien~de dil?. tação térm ica line ar

e proj eto, serve m para a esco lha das posi


ções das estru tura s, visan do
cond utor.
a varia ção de
(1 fiqu e asseg urad a, mesmo na Estan do o cabo preso aos supo rtes,
que a altu ra de segu ranç a mínim a d
ável : sol inten so e corr ente comp rimen to que irá sofr er e· acompanha a de uma varia ção no valo r
cr cond ição de oper ação mais desf avor ·\
da traçã d, , que pass ará ao va 1 or
T
02. Um aume nto de temp eratu ra
e
,r
elét rica eleva da, com ausê ncia de vent
o.
ica line ar dos Prov oca um aume nto no comp rimen to do
cabo e, cons eqüe ntem ente, urna
Os coef icien tes de dilat ação térm
c1.. '
~
mate riais com que os cabo s são
conf eccio nado s têm valo res
es e dilat açõe s cons iderá veis
reduç ão na traçã o, e vice -ver sa. E ssa varia ção obed ece à lei de
Hook e: "as defo rmaç ões elás ticas são prop orc_i onais às tensõ es
c1, sign ifica tivo s, prov ocan do cont raçõ __ ;:_•P licad as".
nto de temp eratu ra prov oca sua
(_lf,i sob varia ção de temp eratu ra. Um aume 2
ade do cond utor e
ra, sua cont raçã o. Essa s Send o E 1kgf/mm ] o módu lo de elas ticid
dilat ação e uma redu ção de temp eratu
c1!~1
e, varia ções de comp rimen to dos cond utore s são diret amen te a área de sua. seçã o tran sver sal, a defor maçã o elás tica em
-. Virtu de da varia ção da forç a de
de dilat ação térm ica e à
prop orcio nais aos seus coef icien tes
a flech a do cond utor depe nde Lt(T o2 - To1)
varia ção da temp eratu ra. Uma vez que (3.69 )
\,11 do seu comp rimen to, esta vari ará
de acord o com a varia ção da
ES

-r-V.f
----------·--------------
'f"~· __
-_·:.~--: ( 1

Estudo do compor tamento mecânico dos_ conduto res 203 (


202
Projetos mecâni cos das linhas aéreas de transmissão

tempe ratura do condu tor provo ca


l 10 CLEAR:CLS:ANGLE 1
(
e
Porta nto, a varia ção da 20 PRINT "Entr ada de dados :"
u comp rimen to' igual ___a..- 30 PRINT "t2(" ; CHR$(223); "C)=" : INPUT T2 (
uma varia ção total em Se 40 PRINT "tl (" ;CHR $(223 ); "C)=" : INPUT Tl
50 PRINT "Alfa T(l/". ;CHR $(223 );"C)= ":INP UT AF (
Li( To2 - To1) (3.70 ) ;P
ES 60 INPUT "TOl (kgf)= " ;A, "A(m)=" ;AA, "P.(K=kgf/m)="
L2 - L1 = L1'0:1 (t2 - ti) + 70 INPUT "E(kg f/mm '2)=" ;EE, "S(mm-2)=" ;S
(

Antes da varia ção da temp eratu ra, 0 comp rimen to do 80 CLS:P RINT "Calc uland o ..... "
90 D=T2-Tl
'--,
e
100 IF D<O THEN Al=A:B=2*A (
com a Eq. 3.21,
condu tor era, de acord o 110 IF D>O THEN B=A:A=A/2:Al=B
A 120 IF D=O THEN PRINT"ERRO: Varia cao de tempe
ratura = O": END e
Li = ZC1·s enh -zc,- 130 X=A (
140 GOSUB 370
1 · nto será
e, após essa varia ção, o comprime
150 F=Y e
·1·
' . A
r, 160 X=B
170 GOSUB 370
180 G=Y
e
Lz = ZC2·s enh ~ l ('
' !
i 190 IF (F*G)<=O THEN GOTO 220
sendo , respe ctiva ment e,
~ 200 PRINT"ERRO: Entra da de dados errad a; nao
ha raiz" e
' ' 210 GOTO 20
220 N=3 e
..rt·.11··~
y ~·
C1 = ~
p
e C2 =
T.02
p 230 E=lO '(-N)
240 X=(A+B)/2
e
,. A varia ção de Compr iment o
será, então , 250 C=(B- A)/2
260 IF C>E THEN GOTO 310
e
'i e
',;. \. l (3.71 ) 270 BEEP
· A - C1 ·senh _A_
2C1 j
L2 - L1 = 2 [ C2·se nn 2C2 280 PRIN T"T02 (kgf)= " ;X (_
290 PRINT "Resid uo = "; Y
Para 0 sistem a em equilíb
rio, obtem os, igual ando 3.70 e 300 IF INKEY$="" THEN 300 ELSE END
310 GOSUB 370
e
(
3. 71, 320 IF (f•Y)< =O THEN GOTO 3~
330 A=X e
Li ·0:1 (t2-t1 ) +
Li (To2 - To1) = 2 [czse nh-.-A
ES 2C2
- - c1sen h 2~ 1 lj (3. 72) 340 GOTO 240
350 B=X C',
360 GOTO 240
, trans cende nte
Essa equaç ão e
e só pode ser resol vida
370 J'.eAA*P/(2•xJ C·
por proce sso .
itera tivo, admit indo- se valor es para To2. Podem os 380 'J=AA *P/(2* AI) e
simp lificá -la, obten do, após reman ejame nto,
390 K=HYPSIN (!)
400 L=HYPSIN (J)
AF))- D
e. 1

· 410 Y=(X *K)/( AI*L *AF)- (1/AF )-((X- Al)/(E E*S* e


1- ~s
420 RETURN
_ 1
(3. 73) (1
= _l llC2 sen h*' (To2 To1)}
t2 - t1
cx.t. C1 sen h--
2C1
Exemplo 3.15
e
(
tivos de soluç ão. Um cabo Oriol e foi esten dido entre dois supor tes,
o que não elimi na a neces siqad
e de proce ssos itera a uma temp eratu ra de 20oC, com uma (_'
dista nciad os entre si -350m,
PB 700/7 70) para a soluç ão da valor da traçã o nesse
0 progr ama Basic (Casi o traçã o horiz ontal de 1.54S kgf. Qual será o (
- 3 . 73 encon tra-se abaix o:
cabo quand o ocorr er um abaix amen to de temp eratu ra de 25°C?
(_
<
equaç ao
e
( /
Projetos mecánicos dasJitfhas aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânico dos condutores 205
204

vemos , é uma equaç ão incom pleta do 3 Q grau, cuja


Soluç ão: que, corno
nece ssita de proce ssos iterat ivos,
São os seguin tes os dados do cabo: soluçã o também porém de
rápida . Segue o progra ma Basic para
p = 07816 kgf/m realiz ação mais fácil· . e sua
2 soluçã o:·
S = 210,3m m
2
E = 8086k gf/mm
6
"t = 18.10 - 1/•C 10 CLEAR:CLS
20 PRINT "Entr e com os dados"
f/m)=" ;P, "A(m)= " ;A
Respo sta do progra ma: To2 = 1.779k gf 30 INPUT "E(kg f/MW2 )=" ;E, "S(mm ·2)=" ;S, "P(kg
35 INPUT "TOl( kgf)= ";T
equaçã o da AT
Obs: Lembr ando que o P On to de partid a foi a. 40 PRINT "Alfa T(l/";C HR$(2 23);"C )=":IN PUT
50 PRINT "T2(" ;GHR$ (223); "C)=": INPUT T2
caten ária, sem consid erar vento .
PRINT "T1("; CHR$ (223); "C)=": INPUT T1
\ \ 60 .
calcul armos pela Eq. 3. 21 os 70 CLS: PRINT "Conf ira os dados: ",GOS UB 110
Se ao invés de "S{mrn "2}=''.; 'S, "P (kgf /m)="; P, GOSUB 110
80 PRINT ''.E (kgf /rnm"Z }=";E,
empreg armos a Eq. 3. 24 da T{l/" ;CHR$ {223);" )=" ;AT
·d
compr imento s desenv o 1 v1 os
dos cabos, 90 PRINT "T01 (kgf)" ;T, "A(m)= " ;A, "Alfa
95 GOSUB 110
;CHR $(223 );"C)= ";Tl
paráb ola, '100 PRINT "T2("; CHR$ (223) ;"C)=" ;T2,"T l('
2 12 105 GOSUB 110

L1 A +
8f 2
--y;-- A +
• [ pA
. 88T õl
3A
= A (1 + ~P_2_ A_2l 2
110 IF INKEY $="" THEN 110
140 INPUT "Tudo certo (S/N)" ;X$
;24To1 150 IF X$="N " THEN 10
1 160 F=((E *S*P. 2)/(24 *T•2)+ (E*S* AT*(T 2-Tl))
)-T

l 170 H=-(E •s•p·2 •A*A/ 24)


180 F=F/3

l
:90 D=-cr ·2i
200 M=H+ 2•r·3
210 C=4*D .3+M*M
a yariaç ão de compr imento será, então, 220 JF' EXP(-8 )>ABS C THEN 400 . .,.._,
230 IF C>O THEN 310
~01 2 )
p2 A3 ( 1 (3.74)
L2 - L1 = - - - 240 N=2*S QR(-D )
To22 -
24 250 B=AC S(M/(2 *D*SQ R(-D)) )/3
260 D=ASN 1

que iguala mos com a Eq. 3.70, para obter


1 270 G=N\S IN(D-B )
280 G=G-F
290 BEEP: PRINT "TOl( kgf)= "; G

L1"t( t2 - t1) +
L1 (To2 - To1)
ES - T~ 1 2 ) (3.75) 300 GOTO 430
310 C=SQR (4*D.3 +M•2)
320 N=0.5 *(C-M )
330 B=-0.5 *(C+M )
valor es do vão A e do / 340 C=l/3
Como a difere nça entre os
a 350 N=ABS N·c•SG N N
peque na, podem os efetua r
compr imento do cabo L1 é muito 360 B=ABS s·c•SG N B
a forma 370.C= O.S*SQ R3
subst ituiçã o de Lt por A na Eq. 3.75, que tomará 380 BEEP: PRINT "TOl (kgf)= "; N+B-F
.. 390 GOTO 430
2 2 gf)=";- F:GOT O 430
pA (3.76) 400 BEEP: JF EXP(-8 )>ABS D THfJI PRINT "TOl(k
+ T 02 2[ES
3
Toz
f
2 410 N=-AB S(0.5* M)•(l/3 )*SGN M.
24To1

1
,., condutore s
Estudo do comporta mento mecân.1co uos·
Projetos mecânico s das1inhas aéreas de transmissão 207
206
e deseja- se Conhec er a tração
em um novo "estado "' isto é, sem
420 PRINT "TOl (kgfl=" ; Z"N-F vento ou com uma velocid ade de vento d iferent e e em temper aturas
430 JF INKEY$=" " THEN 430
quaisqu er.
1 .' 440 END
Para tan.t o• ·
podemos faci1me nte adaptar as equaçõe s da
1
1 "mudanç a de estado" , que acabamo s de m~Strar.
Exemplo 3.16
Calcula r, usando a Eq. 3.76, a tração no cabo e nas Conside remos um conduto r de peso unitári o p1 [k f l
g /m ,
condiçõ es do exemplo anterio r. sendo que p 1 poderá ou n-
ao englob ar o ef . t 0
tempera tura t 1 [ oC] nh ei do vento, a uma
, ' co ecida, estando submeti do a uma força ro 1 ,
1
Soluçã o: tambem conhec ida. EsSe é seu " es t d 0 de referên cia"
ª
Pelo program a: To2 = 1774kg f (pela parábo la e sem Seu Eqs,
comprim ento, pelas 3.21 e 3.24, será,
í vento) \ respect ivamen te:
·! Comparando os resulta dos obtidos pelos dois process os,
'i em valor L1 = 2 To1 senh~
o erro é da ordem de O, 28%, ou seja, e
! verifica mos que
absolut o, de Skgf. Esse erro é simples mente insign ificant e em
pl 2To1

menor pelo Admitam os, agora, que desejam os determ1 ·nar·


termos prático s, enquant o que o tempo de cálculo é bem o valor d e
valores To2 em um n ovo " estado" 15 , quando 0
. t o e,
process o que emprega a equaçã'o da parábo la. A diferen ça nos de um t
1
peso do cabo, sob a ação
.
das flechas calcula das em ambos os cabos é de à, 018m,
inferio r a ven o ou não, for igual a p 2 [kg f/ ml , a uma temper atura
'f·
ocorrem durante o P re lXada tz [ oC]. Nessas condiçõ es, 0 seu
0,03% da flecha total. Erros maiores que esse comprim ento passará a
para a temper atura do ser

nivelam ento dos caboS (acerto da flecha '(
To2
1 momento ) por ocasião da montage m. 2
p2 e e
'
Escreve ndo
e
' 3.5.3 - Influên cia da variaçã o simultâ nea da temper atura e da
igualan do-se à Eq.
as equaçõe s para as diferen ças· e
r
t carga de vento - vão isolado
3 .70, obterem os:
a - Para a Eq, 3.73,
e
Vimos em 3.5.1 que a pressão do vento sobre os
e
·i

.\
conduto res é sentida por estes como um aumento virtua l
em seu peso,
;t~t2-ti ~1 ff-c_2_se_n_h.:_::2;~~2-_ - lJ -
= e
1
refletin do-se em um aumento das trações nos cabos.
Portan to, é C1senh -A-
ZC1
(3.77)
e,
tração quando
necessá rio que se possam calcula r os novos valores da (.
'f \i \'. devemos empreg ar

\;. t .1~
se conside ra o efeito da pressão do vento, a partir de
uma condiçã o

ou "estado " conheci do, isto é, conhece ndo-se, por exemplo


, a, tração To1 To2
e
-!-'~ To1 dos conduto res de uma linha, a uma determ inada temper
atura, se'm
C1
pl
e C2 =
p2 (3.78)
e
.i, vento, e desejan do-se conhec er a tração Toz
estiver
a essa mesma b - Para a Eq, 3. 76 , encontr aremos
e
e
temper atúra, ou a temper aturas diferen tes, quando a linha
l\
submet ida à ação de um vento cuja velocid ade é especif
icada. ou - -Ta23+ To2 2 [
... ·~"' (3,79)
e ~./

vice-ve rsa: conhece -se a tração nós cabos sob a ação do


vento (To1), (
.e.·/
. dos conduto res
Estudo do comport amento m ecá nico
Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão 209
208
tanto p1 como p2 420 PRINT "TOl (kgf)= '" 2 ,N F
Em ambas as equaç ões, 3. 77 e 3. 79, 430 IF INKEY$=" " THEN ' 43 -
do condu tor como também ·440 END o
podem repre sentar somen te o peso p [kgf /m1

• pr da Eq. 3.61. Exemp lo 3.17


,_\
( . Segue o progra ma da equaçã o 3.79: · Qual o valor d t - ,,
foi estend ida a 20 .c com uma raçao
t no cabo Oriol e d e uma linha
sem vento
- , quand o es'se mesmo cab ª
ração de . 1 :s4Sk gf ' com vão de 350 que
f/ º, estive r subme tido a a - m,
pressa o de vento de 43 56k 2
de lOoC çao de
10 CLEAR:CLS g m
pelas Eqs. 3.77 e 3 · 79' e compa e a tempe ratura
rar os resul tad os. · Calcu lar
20 PRINT "Entre com os dados: " )="; Pl
30 !NPUT"E (kgf/m m'2 )=";E, " S(mm' 2 )="; S, "Pl (kgf/m
; T Soluç ão:
e 35 INPUT "PZ(kg f /m)=" ;P2, "A(m) ="; A, "TOlC
40 PRINT "Alfa T(l/";C HR$(2 23);"C )=":IN PÜT AT
kgfl="
a - Dados d~ "estad o
101 = 154Sk gf de referê ncia'' :
( 50 'PRINT " T2 ("; CHR$ (223); "C)=": INPUT T2
60 PR!NT "Tl(";C HR$(2 23);"C )=":!N PUT Tl
e 70 CLS:P RINT" Confir a os dados :" /m) ="; Pl, GOSUB 130
ti = 20•C
fv = Okgf/m
( 80 PRINT "E(kgf /mm'2 )=";E, "S (mm'2 )="; S, Pl (kgf pi = P = 0,7816 kgf/m
P2, "A(m )=";A, "TOl (kgfl= " ; T, GOSUB 130
90 PRINT "P2 (kgf/m )="; A = 350m
(~\ 100 PRINT" Alfa T ( l/"; CHR$( 223); "C)="; AT, "T2 ("
; CHR$ (223); "C)="; T2
pl' b - Dados d o " novo estado "
('\ 110 GOSUB 130
120 PRINT "Tl(";C HR$(2 23);"C )=";Tl ,GOSU B 130
To2 = (?)
l:, ( • t2 = lO•C
( 130 IF INKEYS=" " THEN 130
--l fv = 0,8202 kgf/m (ver~
l. ~· 140 INPUT "Tudo certo (S/N)' ";X$:C LS pr = l,133k gf/m ( ~xemplo 3.13)
( / '.' 150 IF X$="N" THEN 10 A = 350m ver Exemp lo 3.13)
-T
160 F=((E •s•r1· 2•A'2 )/(24* T'2))+ (E*S* AT*(T 2-Tl))
(
170 H=-(E *S*P2 '2*A*A /24) e - soluçã o pela Eq. 3.77. Temos:

~:
180 F=F/3 To1 !. 545
190 D=-(F '2) C1 = = 1.976, 11
p1 0,7816
200 M=H+2 *F'3 ·.·'$
( 210 C=4•D "3+W2 To2 To2
220 IF EXP(-8 l>ABS C THEN 400 C2 =
p2
=
1,133
= 0,8826 T02
230 IF C>O THEN 310
240 N=2•S QR(-D )
_,-.,,;3:;;5.;0~ ~ 6
i~
250 B=AB S(M/(2 *D*SQ R(-D)) )/3

~0
~8~·~i ~~;
0,8826 To 2 senh
260 D=ASN 1 !. 7652To 2
270 G=N*S IN(D-B l [[ 1 . 97 6 , 11 serih -,;-3;;5;;0;:.-,_
1
- ] - [ )]
280 G=G-F 3.952 ,22
290 BEEP: PRINT "TOl (kgf)= "; G
300 GOTO 430 Resolv endo para ~t = 10 - 20 -lQoC , obtem os
310 C=SQR (4*D'3 +M'2) To 2 = 2.121 kgf
320 N=0.5* (C-M) ,;:''. 1'

330 B=-0.5 8*C+M ) ; . . ;;'"""°' d - Soluç ão pela Eq. 3. 79


340 C=l/3 ·. ·:o,:;:;"f; . Reso 1vendo ' obtem os (progr ama):
350 N=ABSN"C*SGN N ;.,;;;; To2 = 2. 117 kgf
360 B=ABSB"C*SGN B
370 C=0.5* SQR3 .:--~~~:'!~"'--~ e - Compara d 0
n ,. os
-:'.:i·. ·_pometid ?·_ --com o empre result ados ~ vemos , mais uma vez que erro
380 BEEP:P RINT"T Ol (kgfl= " ;N+B-F ';~:·4f:-iif;;,_: :___ go da
390 GOTO 430 F:GOT D 430
·;,,:.,~:áti--O-Prez1vel '
·--·~·_Pr
de fo
rma aue
equa,ç
p
ao da paráb ola , • o
e perfei tamen te
400 BEEP: IF EXP(-8 )>ABS D THEN PRINT "TOl(k gfl=";- , ..:.-;~.~-.· é ·. '. ·_. ara a grand e i
sufici entem ente precis a. ma oria dos casos
410 N=-AB S(0.5* M)'(l/3 )*SGN M
·.·~. cos, a Eq. 3: 79

t.i?;::i.-:;:·
.;;.·
- _,..
-('.
. condutores
-1- - F,
Estudo do comporta mento mecânico dos
Projetos mecânicos das tinhas aéreas de transmí'ssão

210
211
e
r
Além do mais, os cond utore s nos vãos ad.Jacen tes às '
estru turas em ângu lo, trans rni tem a e 1 as ,
Exem plo 3.18 de diret amen te, força s
como "esta do
Admitamos agora que tenha mos esco lhido
refer ência " as segu intes cond ições :
l
1
devid as à ação do vento sobre os mesm os'
e que elas també m dever ão
abso rver. 5 em perig o de incorrerrn~·s em grand e
' pode rá ser calcu lado, cons idera nd _·-.,
erro, esse esfor ço
tl = lO•C .- o se o vento como at
To1 = 2.117 kgf, com vento uando na
p1 = 1, 133kg f/m (do Ex. 3. 13) ª
direç ão d b isse triz do angu lo intern _ o entre
os doí 1 ham ento s,
ecer a traçã o (
O "novo estad o" para o qual desej amos conh 3.11, c o . sain
como most ra a F.ig. ns ldera ndo- se
é o segu inte: adjac entes igua is ao vão méd1'0 • igual ment e,
atuan te sobre a estru tura. vãos 1
l
e
t2 = 60•C
p2: 0,781 6kgf/ m, sem vento
1 (

To2 = (?)
' Direção do vento
(
'' e
(?;:'
Solu ção:
Empr egand o a equaç ão da muda nça de estad
o 3.79, ter~ t e
l 2 2 3
5 + 5 210;3 ·B.08 6(1,1 33) 2 ·(350 ) + 18 . 10 -•_ 210 , . .
1 2 1 2 .
i'
1
(
e
24·(2 .117) •
2
2
210,3 ·8:08 6(0,7 816) · (350) 1i (
24 t
·8.08 6·(60 -10) - 2117] = (
1
'
!'
Om cos ~
2
e
ou
= 5,302 33·10
9 e
1.899,ST~z
TÕ2 + r·lg. 3.11 - Efeit o das força s do •Yf.~
.vent o sobre estru turas de ângu lo e
Reso lvend o, encon tramo s e
To2 = 1.289 kgf (60% de To1) e
Esse efeit o pode rá ser cacul ado pela equaç ão e
3.5.4 - Influ ência da varia ção das temp
eratu ras e da carga de
Fvc = fv•a m COS ~
(3.80 )
e
2 (·•·.
vento sobre estru turas em ângu lo

em ângu lo em uma
sendo fv [kgf/ m] defin "d
1 o pela Eq. 3. 59.
i e
Vimos, na seção 3.4, que as estru turas
são trans mitid os pelos
A força total que as estru turas em ângu lo deve rão !' e
linha devem absor ver os esfor ços que
lhes /
3. 58. A traçã o 1 To do5
•bsor ver será, então , por cabo
que supor tam
1
e
cabos '€ que p~dem ser calcu lados pela
cond utore s varia com a temp eratu ra e
Eq.
com a inten sidad e da p!-ess ãt · FAT = 2To e
est?-_t~cos dess~
(3.81 ) i
e
de vento sobre'--. os cabo s.

estru turas , deve -se, porta nto, empr egar


Nos dime nsion amen tos
o máxim o valo r de To que
Sendo To
~eiit max a comp onent e h ~~izontal da traçã o
o máxim o
e temp eratu ra corre spon dente
nas cond ições de
1
'i (1/ e· ..•
'!
possa espe rar. 1 V
1
Estudo do comport amento mecan1co
. - dos conduto res
Projetos mecânicos dãs linhas aéreas de transmissão 213
212

Exemplo 3.19
Uma estrut ura, coloca da em um vértic e de um ângulo
de
18•, supor ta três cabos condu tores Oriole . Essa
linha se encon tra
em uma região em que podem ser espera dos pressõ es
de vento de 43,56
[kgf/m l coinc idente s com tempe ratura s de +lO•C.
2 Qual o valor da
força que atuará sobre essa estrut ura, se os seus
vãos adjac entes
forem de 300 e 430m, respec tivam ente? Sabe- se
ainda que, nessa s
condiç ões de vento e tempe ratura corres ponde nte, a tração
horiz ontal no cabo é de 2.117k gf.

soluç ão: A tração max1ma nos cabos condu tores é', de acordo com
os dados , igual a 2.117 kgf. O vão médio atuan te \
será

a1 + a2 300 + 430 = 365m


am = = 2
2
A força do vento sobre os condu tores, de acordo
com o
Ex.3 .13é
fv = 0,8202 kgf /m.
2s 35 40 .. 50
[ºe]
Logo Fig.3 .12-E feito da variaç ão das tra çoes
18 ) - X tempe ratura ,
( 18 + 0,8202 ·365·C 05 ---Z--J para vãos consta ntes
fAT 3l2·2. 117·se n---z- -

fAT z.874, 092kg f


a _ a Analis ando os resul tados obtid os ve
... ~
variaç ão da tração ·r·
' r1 icamo s que:
111enores f orem os vãos nos cabos será t antó
para um .
maior quant o.
3.5.5 - Efeito da variaç ão da tempe ratura sobre b mesmo cabo;
vãos isolad os
- no caso de queda de
cabos '1d os vaos
_ menor es tempe ratura , o aumen to
desígu ais . da tração nos
sera maior do
J e. - no caso de elev - que nos vãos maior es.
Consid eremo s uma série de vãos isolad os, de uma - nos cabos de
linha vãos menor es açao
ser. de . tempe ratura ' a re duçao
- da tração
de transm issão, ai, a2, a3, ... ,an, relaci onado s a maior do que nos dos vãos maior es
em ordem cresce nte
de valor . Seja To a compo nente horiz ontal Esse fenôm eno tem algum as
da tração a uma implic ações de natur eza
tempe ratura conhe cida, igual em todos os vãos. _ rática, como verem os mais
---\_,P_
Admitamos que _a . adian te.
tempe ratura passe a varia r para mais ou para menos
( , em torno d•
!
tempe ratura de referênc-1:_a to, e suponh amos ausên cia . "''4'cl'.xemplo
de veb'to s. • 3.20
( Se, empreg ando a equaçã o da mudança de
estado , 1
efetua rmos o cálcul o das traçõe s - para cada valor
de t~mperatur• ~~~peratura ~:l~~:car as traçõe s :m um cabo CAA Or1· ole
'"""""'
:,:Tas -SDC e SO•C _ uma
.. . l
consid erada e para cada um dos vãos - ···- com
• em vaos . açao
tr To =9 1545 k
- 450 , te ns1on
levand o os valore s a uJ
.~-~--·
de 250 gf • sob as ternpeado
ratu-à
gráfic o, obtere mos as curvas mostra das na fig. 3.12. • • 00 e 1. 800m. í
1
---~-~--
- ~~-~(
\
smissão ánico dos cond utor es
\
- . o s das linhas aéreas de tran
Projetos mecanic Estudo do com port ame nto me'c 215
214 \
var iaç ão da (-
3.5 .5. 1 - Efe ito da tem per atu ra sob re vão s
So luç ão :
est ado · (Eq .3.7 9). adj ace nte s des igu ais (
mu dan ça de
Em pre gar em os a equ açã o da (
São par âm etr os da lin ha: 3.1 4 de uma
rep rod u;;: icto na Fig .
p = 0,7816k~/m
Co nsi der em os o cas o
igu ais . Como vim os,
r
s adj ace nte s a1 e à2 des
s = 210,3mm 6
~t = 18· 10- [l~·C]
est rut ura sup ort and o vão
da tem per atu ra, hav erá
val ore s dif ere nte s de e
E= 8.0 86k gf/m m
e ope ran do, enc ont rar em
os
sob a açã o da var
tra ção em cad a um dos
iaç ão
vão s. e
Su bst itu ind o na equ açã o 284 3a
2 e~
30 ,60 8(t 2.- 201 _ l.5 45) = 4,3
TÕ2 + T202
Int rod
[O
uzi
' 018 15a 2 +

ndo par es de val ore s par


a a e tz, obt em os
. 3.
os
13.
To22 To e
ent e na Fig (
res ent ado s gra fic am
val ore s d a t a b e 1 a aba ixo rep
' > To21
Tra çõe s To [kg f]
\ \ To22
~T = To21 -To 22
e
Vão [m) 50· C L>To(- 5 •C) L>To( 50 •C)
º'
'-'~//::::-/ - 1= =r =1
2
=-t - :::. =
3
r = F=/ r =t/= /r=-
e
- 5•C + 1
o= aumento do temperatura e
250
450
1.9 15
1.6 93
1.2 44
1..403
370
148
- 301
- 142
- 45
To21 To

< To21
e
1. 584 .t. 500 39 To22 .('
900 9 - 12 /;;.. T= To21 -To2 2
1. 800 1.5 54 1. 533 º' 2 3
=-..':::: :t'.'= I =r =="//~
e
//-=1/~l/=-/=-/1= =I=< "/..- ('
tura e
. •, b= redu ção do tem pera
(
i i ! ! 1 '
var iaç ão da tem per atu ra
Fig . 3.1 4 - Efe ito da des igu ais
em vão s
(
adj ace nte s
/
e
(.

i 1 Ess as dif ere nça s de tra ção devem ser abs orv
ida s pel a
e
1
1
1 1
est rut ura int erm edi ári
\
al da 1 inh a,
a, que ser á sol ici tad a
no ora
no sen tid o do eix o
dos ou no cas o de
e
lon gi tud 'iri cas o de vão s anc (_
est al) .
pin o ou tip o ped
iso lad ore s ríg ido s (de
as cad eia s de sus pen
são , a e
Qua ndo for em em pre gad de e
que a cad eia
ho riz on tai s far á com
res ult ant e das for ças
vie da ve rti cal , pen den do Par a
o lad o do vão de e
1 1
iso lad
tra ção
ore
ma
s se
ior .
des
É com o se ess e vão dim inu íss e de um
com prim ent o igu al e
à Pro jeç ão ho riz on tal da cad eia inc lin ada . Ao mes
mo tem po, o out ro e
Vão sof re um aum ent o, em seu com prim ent o, de igu
al val or. A cad eia e
o tal a ass egu rar o
re vão s de ent ão com._ uma inc lin açã e~
iaç ão da tem per atu ra sob "de iso lad ore s fic ará
Fig . 3. 13 - Efe ito da var
val ore s dif ere nte s for ças To (Fi g. 3.1 5).
l· /
(
(,
Projetos mecânicos das Hrihas aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânico dos condUtores 217
216
A diferença de comprimento do condutor .õ.l = 11' - 11
: ..Provocará uma variação na tração, que, em primeira aproximação e
· ;;·jt:_c.admitindo que não houve. nova mudança de temperatura, vale (lei de
Hookel:

11' - 11 = 1 1 Tà21 : Tà21 ) (3,84)


[ SE
P;
P; ou. introduzindo as expressões 3.82 e 3.83, teremos
Tà22
TÕ21 bT

''
1 b To22 Cl
= p2 ª' 2 [ _1__ - _1__] Tó~1 - To21
l
24 (3,85)
1
ª' . Tà~1 Tà21 ES
'1 To21
'
1
f
', \
1 Pc se admitirmos que a1::::;: 11, comparançi.o essa equação com a 3.75,
1
1
1

R
1
------- tpi podemos concluir que

Cl
= O:t(t21 - tlt} = o:t·.0.tt (3,86)
Fig. 3.15 - Equilíbrio de cadeia de suspensão ª'
entre vãos desigua~s·
o que significa que a redução relativa do vão a1 tem, sobre a
tração no mesmo, o efeito de um aumento de temperatura fictícia
A determinação do desvio d a Cadeia de isoladores não é l>tL Pela Fig. 3. 15,
pode parecer, e o seu
( : tão simples como à primeira vista
ar
(1 l equacionamento direto é um tanto complexo. Com grande aproximação, " = arctg 1
(3,87)
1 pc +zp1 .,,
ee( podemos proceder d a forma que segue [9,10}.
Seja [ml 0 comprimento do condutor no vão a1, com ª
11
,, .

, o abaixamento da temperatura, e = 11 ·seno: (3,88)

e: ' cadeia de isoladores em repouso. Apos


considerando rígido o suporte, pela Eq. 3.23, teremos
e --;- 2 3
O cabo no vão a2, por
aparent~ ~o vão, de mesmo valor e. O aumento da tração que sofrerá
sua vez, sofrerá um aumento

e:-r 11 = a1 + p
24T821
ª' [m]
(3, 82)
-.. corresponde, igualmente, ao aumento de tração que uma diminuição de
e, A traça.o To21 no vão a1 (ainda considerado isolado) ···.:.: temperatura (.6.t} acarreta. Esse aumento de tração restringe a
( ' < a2) e a cadeia de isoladores ,,,. amplitude da oscilação da cadeia de isoladores, no que é auxiliado
e~ que a2 (a1 se
será maior do
d t sob a ação da peso do cabo no vão gravante.
inclinará para esse l ado. O comprimento do con u ar,
el nova força de tração, será, aproximadamente, / Teremos, então, para o vão a2 um aumento relativo igual

l 2 3
11' = (a1 - e} + p ª' (m]
(3, 83)
l 24Tà~1 C2
= o:t(t22 - t12) = dt·f1t2 (3,89)
(
a2
[m] da cadeia de isoladores após o
'-- sendo e a projeção horizontal
Empregando as Eqs, 3,85, 3,86 e 3,89, o problema
desvio.
- _l -~( •·\
.,
'
Estudo do comportamento mecânico- dos condutores 219
e
Projetos mecânic os das linhas aéreas de transmissão l
218 (-
1 2 ) p = [-.:.2.:.5.:.0_,•__:4::5::0:.._)
semig ráfica , como pe =[ a + ª 0,7816 = 273,56 kgf
poder á ser resolv ido por tenta tivas ou de forma
2 2
e
mostr a o Ex. 3.21.
1
--z-P'
1
= --z-80 40kgf e
Exemp lo 3.21 C<=t -1 AT ' -1
tg,
"T
-.,,,~u"'-=~
e
uma linha de
Dois vãos adjac entes a uma estru tura de 450m. Os cabos
g 273,56 + 40 313,56 (3.87)
e
transm issão valem , respec tivam ente, a1 = 250m e
a2 =
Ex. 3.20.
e = 11 sen~ = 2,SO· sena (3.88) e
as no
Oriol e foram tensio nados nas condiç ões espec ificad
tura interm ediári a,
AT [kgf] < [m] e
Determ inar a força result ante que atua na estru
quand o houve r uma elevaç ão de 30°C na tempe ratura e- uma
queda de 10
30
0,0796 89
0,2380 93
e
25oC, para as seguin tes condiç ões: f
1
50 0,3936 74 e
a - o ponto de suspen
são interm ediári o é ríg-ido : 70 0,5446 99
b - o ponto de suspen
são é const ituído por uma
cadeia de, \' e
isolad ores de suspen são,

Soluç ão:
com 11 = 2,SOm e pi = 80kgf

foram
l
i
teremo s:
<1
Para os

ª'"•At 1
cabo s condu tores, pelas

= 250·1 8·10-" At1 = 4,5·10 -•at1


Eqs. 3.86 e 3.89,
e
e
e
= -450·1 8·10-• Atz = -8,1·1 0-•At 2
r
os,
As traçõe s nos .dois vãos, consid erado s isolad
<2 a2atA t2
calcu ladas no exemp lo anter ior, obten do-se , .
Atribu indo valor es a r bº1trar1 os a c1 e c2, podemos

- para ª' = 250m: To21 = 1244k gf a SOeC cular a variaç ão de t
provoc a a_ mesma varia:;~e~:t~~:ç;~tqiu)eem
cada um dos vãos, e c:~: e
To21 1915k gf a -5·C aquela prov oca d a pela varia -
ção nos vaos · organiz emos a tabela . (
1403k gf a 50·C
- para a2 = 450m: To22
To22 1693k gf a -s~c r-- Vão a1 .. Vão a2
e
a - Supor te rigido no caso da elevaç ão
da
< [m] At1 [•C] r·'tl," Tô22
e
Como mostra a Fig. 3.14, por uma força
Tô21 [kgf] At2 [kgf] AT [kgf)
(_
rigido será solici tado 0,000 o
tempe ratura , o supor te 1. 915 o 1.693 222
horiz ontal em cada ponto
de suspen são igual a 0,005
0,020
1, 11
4,44
1. 896 - 0,62 1.697 198 ! e
AT = To22 - To21 = 1.403 - 1.244 = 159kg f 0,050 11, 11
1. 840
1.736
- 2,48
- 6, 17
]. 709
]. 735 1
13i
e
no sentid o de a2.
0,100 22,22 1.580 -12,35 ]. 780 -200 e
No caso de reduçã o de tempe ratura , a solici tação por !

Atl = Cl 10
3
c2·10
3 e
condu tor será
= 1.915 = 222kg f
4,5 8, 1 e
AT = To21 - To22 - 1.693
p Empre gando novam ente a equaçã o da "muda nça de estado "
ara as variaç ões de tempe ratura indica das na tabela , determ inamo s
e
no sentid o do vão menor , ou seja, de a1 - Tó21 Tó22 e ~T. Terem os e
b - Suspe nsão oscila nte
Cadei a de isolad ores, no caso de um abaixa mento
de vão a1: (Tõ21 )3 + (Tô21 )2· (-1 . 177 ,311 + 30,60 8't1)
u = 2,7052 7·10 9 e
tempe ratura : o proce sso a segui r é semig
mos em um sistem a'de eixos cartes ianos
ráfico
as
.
curva
Par~a
s e
nto,
= f(bT)
lance -
~para
2
vão a2: (Tô22 )3 + (Tô22] ·(3.05 8,032 + 30,608 At2) = 8,7650 8·109 e
obtida s com (
3.16) . Para tanto,
a cadei a de isolad ores e para os cabos (Fig.
prepar amos a tabela abaixo .
Para a cadeia de isolad ores, admita mos valore s
arbitr á-
To21 = 1. 915kg f e To22 = 1.693 kgf,
· -.-.. que são as traçõ es para a'-t.em peratu ra
e
rios para bT [kgf) e, pelas Eqs. 3.87
no gráfic
e
o
3.88,
da Fig.
calcul
3.16:
amos os valo- de. -S•C. e
res de e [m), que lançar emos (_·.. /

(r/
,_ , ___ - -,--=,;_~

ores
ssão o mecánico dos condut
linhas aéreas de transmi i Estudo do comportament
Projetos mecânicos das
220
"; IP
os a cu rv a 60 INPUT" Pi (k gf )=
im ob tid os , tra çam
=":INPUT
(kg f)= " ;PC
3);"C)UT
ass PU T" Pc
(';CHR);$("C22)="
es de bT Í 70 IN
cu rv a e = f(b T)
lor da
:~ ;~i~INi:T":~Tl~~(':~-~'
Com os va
int er seç ão com a AT
e = f(b T) pa ra
ca de ia de iso lad or
os ca
es
bo
no
s.
s
Su

a
o va lor de e pr ocu rad o
a2 , já que e =
e qu e
c1 = c2
de
.
fin e a
~,l CllR$~
23 : INP T2
e o aumento do vã o f 100 PR
r· 22 3l; "C )=" ,IN PU
T 11 .
red uç ão do vã o a1 , t.T = 6, lkg f e 110 CLS:PRINT"~ on ira os da do s· "E (k f/ m' 2)= ";5
áfi co (F ig. 3.1 6) g mm '2) =" ;E ,"S (m
li

Pe lo re su lta do gr tem um ef eit o T" P(k gf/ m) ="; P:G OS UB soo'


de iso lad or es 115 PR IN '·
mo s que a ca de ia vã os . O ;A l "A 2 ( )-" · 2 .. TO (kg f)= ":T O:G OS UB soo
e = 0,0 48 5m , ve rif ica ef eit o da de sig ial da de do s 120 PR IN T" Al (m )="·L :'P i(k mr )-: .A ,
ão do igu alm en te 130 PR IN T" li( m) =" gf ) =" ; PC: GOSUB SOO
CllR$ ~22; ; ~p' "P c (k
no táv el na red uç su a ve rti ca l é
da ca de ia de iso lad or es de 140 PRINT" Al fa T(
i/•: . !,; T2 ("; CH R$ (22 3)·. "C
)= "·T 2
de slo ca me nto
da ordem de 1,1 1° . IN T" Tl (" ·c =~ 2 23
1 ' ) "C ) ·Tl ;A T,"
'C) ="SUB 80 .
145 PR ·GO 0
pe qu en o, ou se ja , io, a ve rif ica çã o
; =
rto (S/ N) "·Y S .
UI"\o;I>
to r, como ex er cíc

De ixa mo s pa ra o lei 150 INPUT "T ud o ce


ca so da ele va çã o
da " TH EN GOTO 10 ,
de iso lad or es no 160 IF Y$="N
ca de ia do ... "
do ef eit o da 170 PR IN T" Ca lcu lan
(
°C, cu ja re sp os
ta é E= -0 ,06 [mJ. lSO TT =T 2-T l .
tem pe rat ur a de 30
eH ', \ 190 A3=Al
200 GOSUB 52 0
( . 210 Rl= R
(l
~): \
1 220 A3=A2
i'3 0 GOSUB 52 0
l )i 240 R2=R
lt \ 250 EE=O
( i 260 S!= l:D P= O:D N= O
(ff : 270 Dl =E E/( Al *A T)
280 D2 =-E E/( A2 *A T)
e 290 A3 =A l:T =R l:T T=
300 GOSUB 52 0
Dl :Tl =R

e 310 Ll= R
D2 :T2 =R
(' 320 A3 =A 2:T =R 2:T T=
330 GO SUB 52 0 <' ~
'1'
e 340 L2=R
350 TL =L l-L 2
C, 36 0 AF =A TN (T L/( PC +(! P/2 )))

0,0 1 f-1---l--+- 37 0 EL=L*SIN[AF')


3 80 DE=EL-EE
390 IF S)= SG N[ DE )
THEN 4SO
40 50 60 70 t>T[~ 400 SI= EG N (DE )
20 30
10 X=ABS(DE-DP)
410 IF DE>O THEN y
or es 420 IF DE<O TH EN
=A BS (A BS (D E)- AB S(D N) )
da ca de ia de iso lad
na ção da inc lin aç ão 430 JF X EN GO TO 45 0 EL EN GOTO 45 0
Fig . 3.1 6 - De ter mi va ria çã o de tem pe ra tur a >0 .00 00 5 TH SE lF Y> .00 00 5 TH
sob in flu ên cia da 4 31 PR IN T" T0 21 (K GF J= "·n
2
43
~ PR IN T" T0 22 (kg f)= "'.T '
440 PR !N T"Eps lon =" ; (El +E 2)/ 2:E ND
~. 450 I 47 0
ção de e (CASIO PB
70 0 e 77 0)' ,, F DE<O THEN GOTO
Pro gra ma pa ra ob ten 460 El=EE:DP =D E:G OT O 4SO
/ 47 o E2=EE:DN=DE
'~o IF AB S(D E)> 0.0 05 THEN 49 0
10 CLEAR: CLS T"T 021 (kg f )= ", T1
da do s:
11 · 1 PR IN
PRINT En tre com os
2
IN PU T" P(k gf/ m) =" ;P 482
PR IN T" T0 22 (kg f)= "'.T
11
20
E(k gf/ mm '2) =" ;E: IN PU T"S (m m'2 )=" ;S: 48 3 l'R IN T"E ps lon =";EE'
30 IN PU T"
40 IN PU T" Al lm l=" ;A l PU T" li(m )" ;L
PU T" TO (kg f)= ";T : IN
50 INPUT"A2(m)=" ;A2 , IN
{

Projetos mecânicos das tir11ias aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânico dos condutores
e-
223 (
222
equilibradas ou com pequenos desequilíbrios, e são geralmente (
484 END dimensionadas para resistirem à tração unilateral de todos os (
490 IF DE>O THEN EE=EE+0.01
500 IF DE<O THEN EE=EE-(0.01/4) cabos, em condições menos severas que aquelas que devem suportar as (
510 GOTO 270• * _ )/ 24 /T'2+E*S*AT*TT-T t estruturas terminais ·ou de fim de linha. São, portanto, menos
_-:
e
520 F=(E*S'P p A3 2 l
resistentes que estas últimas.

l
530 H=-(E*S•P*P*A3'2/ 24l Elas re:Pr::esentam, para o sistema (
540 F=F/3 mecânico dos cabos, uma descontinuidade-~"· pois não ·transmitem
550 D=-F*F e
l
560 M=H+2*F'3
570 C=4*D'3+M'2
580 IF EXP(-8)>ABS
(C) THEN GOSUB 760:RETURN
590 lc C>O THEN GOSUB 670:RETURN
!
'j
esforços mecânicos entre os vãos adjacentes.
que se processa o tensionamento
consertos. A distância entre duas
É nessas estruturas
dos cabos durante a montagem ou
ancoragens consecutivas
! e
(
1 600 N=2*SQR(-Dl
610 B= ACS(M/(2*D'SQR(- Dl))/3
denomina-se seção de tensionamento. Ela limita um determinado e
620 D=ASN (1 l número de estruturas de suspens_~o. São, evidentemente, mais e
630 G=N*SIN(D-B)
640 G=G-F
reforçadas que estas últimas e, portanto, mais dispendiosas. e
650 R=G O comprimento das seções de tensionamento varia muito, e
660 RETURN
670 C=SQR(4•D-3+M•2)
~sendo menor nas linhas de menor classe de tensão e maior nas linhas
e
680 N=0.5*(C-Ml
690 B=-o.5•(C+M)
de tensão mais elevadas. Constituía praxe nas linhas de até 230kV o
emprego de seções de tensionamento com comprimentos em torno de 5
e
700 C=l/3 (
710 N=ABS(N•C*SGN(N)) km. Dado ao elevado custo ct'as estruturas especiais, esse
720 B=ABS(B·c·sGN(B)) (
comprimento é bem maior nas linhas de maior tensão. Procura-se
730 C=0.5*SQR(3)
740 R=N+B-F ~ocalizar estruturas de ancoragem intermediárias nos pontos ao e
750 RETURN (D) THEN R=-f:RETURN longo da linha nos quais há substanciais mwl.dar;ças da configuração e
760 If EXP(-8)>ABS ·
770 N=-ABS(M/2)-(1/3)*5GN(M) topográfica dos terrenos atravessados, de 1forma que os vãos de uma e
780 R=2*N-F
790 RETURN
mesma seção de tensionamento sejam razoavelmente úniformes (Fig. e
SOO IF INKEY$='"' THEN 800 ELSE
RETURN
\
3. 17).
e
dos
\
ca'.bos,
Admitamos que,
estes possam
durante os
deslizar
trabalhos de
livremente
tensionamneto
e
vão regulador
sobre os apoios
e
3.5.6 - Vãos contínuos -
nas linhas reais
e
Conf arme já men
cionamos anteriormente,
, nua sendo rela ti vamen e r aros
t
A
---~"!~~~~ '~~/f---
B
e
a maioria a bsoluta dos -
vao s e' con t 1
de trechos em

trechos de compriment o s To e
- s i· solados · É usual'
os vao denominadas de
o,
º• o,
e
variáveis, o emprego de es
ancoragem
. r'1g1·dez
,
intermediária ou
mecân1_·_c_ ª·
truturas especiais,
de amarração' que empr
I

facilitando igualmen e os
t
estam às linhas
trabalhos de
1 ~
-
e
(
uma maior t sendo interca l a das nas .·. (
tensionamento dos cabos. Ess:s :::;:.:ra:~rizontais longitudinais _., Fig. 3.17 - Seção de tensionamento de n vãos (.
linhas, ficam submetidas •
(_,
(
. r~--
~-,-

l
--·~

224
Projetos mecán1·cos d;s linhas aéreas de transmissão
1 Estudo do comportamento mecánico dos condutores
225

como veremos no Cap.


<lição
4 ' aproxima-se
s a Eq. 3.93 se transformará na Eq. 3.75, após sua divisão por A~
in t erme diários · Essa con . .' durante essa fase -da montagem, o L1. É a equação da mudança da estado de um vão de comprimento Ar
casos reais, pois, , · Nessas
bastante d os de atrito m1n1mo. [m] isolado.
- apoiados sobre roldanas transmitida
cabos estarao a força T seja No caso presente,
d
condições, po emos admitir que ao cabo em B, como vimos na
igualmente de vão a vão, se aplicada
- de tensionamento se comportará como
um vão único, Ar = + an
3

(3.95)
Sec. 3.3. A seçao a1 + a2 + a3 + ... ·-+ an

para efeito do cálculo das trações. (Ar recebe o nome de vão regulador de uma seção de tensionamento)
total do cabo em uma seção de
A variação do comprimento
É um vãO fictício, isolado, equivalente à sucessão de
à soma das variações dos . comprimentos dos
tensionamento é igual vãos contínuO"S contidos em uma seção de tensionamento. As tensões
vãos individuais que a compõem: calculadas de acordo com esse vão são constantes em cad~ um dos
(3.90) vãos componentes da seção.

A medida que o número de vãos de uma seção de


ª' vãos e tansionamento aumenta, o valor do vão regulador tende a se
3.74 a cada um dos
Se empregarmos /a Eq.
aproximado valor do vão médio da linha, calculável pela expressão
efetuarmos a som a • teremos an

2 an ( l 1 ) (3.91) í:a1 ª'


L2 - Ll = p24 L -z - -2- ª' 3 Am
n
' (3.96)
a1 To2 To1
O cálculo do vão regulador é -'um tanto trabalhoso, e
E . analogamente, empregando a Eq. 3.70, somente pode ser feito após o estudo de di.~tribuição das estruturas

L2 - L1 = Ên ai[ a.t(t2 - ti)+


Ta2 - Tal
ES
1 (3.92) sobre os perfis da linha (ver Cap. 4). Q vão médio pode, em geral,
ser estimado através do exame do perfil, com maior ou menor
ª' aproximação, dependendo da experiência do projetista.
ou Quando a distribuição é razoavelmente uniforme, às
an
3 vezes ~refere-se calcular o vão regulador pela expressão

l
1
í:a1 ª' _ Ta2 - Ta1 (3.93) 2
(_ - -2-a;;- ES Ar = lun + 3(amax - Am)
o:t(t2 - til (3.97)
( TOl L ª'
na qual a111ax [m] é o maior vão da seção de tensionamento.
( ª'
- com desníveis (h1) o vão regulador é calculado
e Se fizermos . <'f.""Pressão [ 11] :
pela

e I
e.
e
an
í:
al
an
ª'
3
= Ar2
(3.94) Ar =
an
I bi
-"ª-"'--
an
r (ª'/b, an
2
J
(3. 98)
I í:
e. í: ª' ª'
ai
ª'
ai

e . \ ª'
e
~" -

Estudo do comportamento mecânt'co do s.con dutores 227


e
226
Profetas mecânicos das linhas aéreas de transmissão
e
Calcu lar o vão regul ador e as flech as para cada vão a \
30°C, sendo :
onde:
2 2 (
E = 8086k gf/m s 312,4mm
6
P = 0,975 9kgf/ m 18·10 - 1/'c (
To1 = 2215k gf
'"
e
Exem plo 3.22
name nto do
Solu ção:
Empre gamos a Eq. 3.9S:
e
Calcu lar o vão regul ador da seção de tensio e
calcu lar as traçõ es nos cabos
Ex. 3.21. Com esse vão regul ador, an
para uma reduç ão de ZSoC na tempe ratura e um aumen to de 30°C.
L af 160.5 75.55 2
an
l: ª' = 2.490 e
Adota r To = 1.545 kgf ª' ª' e
Solu ção:
a - Pela Eq. 3.95, terem os:
l. \
Ar= /
Logo, o vão regup ador será:

160.5 75.55 2.
2.490 = 253,9 5m
'-..
e
e
3 3 f Na equaç ão da mudan ça de estad o (3.76 ):
e
Ar
3
a1 + a2
3 (250) + (450)
250 + 450
'J + ESo:t (t2 t ) )
ç
a1 + a2

!
TÕ2 + r62 ( ESp2 A2
24To1 2 - 1 - To1
e
= 390,51 m
Ar
b - Empre garem os a equaç ão da mudan ça de estad
o (3.76 ); com os Resol vendo , Ta 2 = Z.OSS kgf e
mesmos dados do exemp lo anter ior e calcu lando
uma:q ueda de 25°C e As flech as serão ca].,.c uladas pela Eq. 3.18b , onde: (
um aumen to de 30°C na tempe ratura , a equaç ão será
6, 60077 89 · 10
9 1i - para 25·C' ft
.2
A1 ·p
8To1
e
TÕ2 + T82[1 .220,2 743 + 30,60 87(t2 - til] e
c - Queda de ZS°C na tempe ratura :
l - para 30oC: fi =
.2
Al ·p
8To2 ,, e
i
TÕ2 + 455,05 68T82 = 6,600 7789· 10
9
Em cada vão: e
cujo resul tado e To2 = 1.736 kgf.
At fi (25•C ) [m] f (30•C ) [m] e
d - Eleva ção de 30oC na tempe ratura :
2 9
220
247
2,67
3,36
2,83
3,56
e
3
To2 + 2.138 ,5353 To2 = 6,600 7789· 10 308
.é56
5,22
3,61
5,54
3,83
e
cujo resul tado e To2 = 1.372 kgf
40m, o vão regu- 208 2,38 2,53 e
Obs: Usand o a equaç ão 3.98 com desní veis de 212 2,48 2,63 (
lador sofre ria uma peque na varia ção: 257 3,64 3,86
1 ' Ar = 391,24 m
262 3, 78 4,01 e
:: 248
272
3,39
4,07
3,59
4,32 e
Exemp lo 3.23
um trech o de uma linha e
Uma seção de tensio name nto de
lança da a 25•C e sem vento é
comp osta dos S"egu intes vãos: 3 5 . . .
• 7 -Efe1 to das sobre carga s d e vento sobre vãos desig uais
e
:' ª' 220m a6 = 212m
a7 = 257m

e
~; .t-
J
<'

a2 = 247m
a3 308m ªª 262m
248m
Consi derem os uma linha , comp osta de uma suces são de
vãos ancor ados de valor es difér entes ,
e
.fii. 1 256m ao subm etida a uma sobre carga de l
,,
~··t-, ª'
as = 208m ª'º 272m
tl 1l (
e
r ~­
--- --~-.----:::.:.
..

( t
(
228
Projetos mecânicos das
linhas· aéreas de transmi
ssão
I Estudo do comportament
o mecân ico dos conduto'es

('
a da da . Ad mi tam
os So lu çã o:
3.6 0, a uma tem pe rat ur
ve nt o de fin id a
pe la Eq .
sid o es ten di do s a a eq ua çã o 3 . 79 ' da mu da nç a de es tad o,
Em pre ga rem os Ex com
co nd uto res ten ha m ~ os no 3 20
os ·os vã os , os os pa ram etr os us ad · · e t1 t2 20 •C .
( ain da qu e, em tod tra çã o ·h or izo nt al,
um mesmo va lo r de
uma mesma tem pe ra tu ra e com
dança de es tad o, ca lcu lam os os tÕ2 + T8 2 [ ESp!A 2
ndo a eq ua çã o da mu
sem ve nt o. Emprega a lin ha so b a aç ão
da 24To1
um do s vã os , com
es em ca da
va lo re s da s tra çõ O gr áf ic o re su lta nt e es tá sen do :
r à mesma tem pe rat
ur a.
m 2
fo rç a do ve nt o, E = 8.0 86 kg f/m
2 To1 = 1. 54 5k gf
( g. 3.1 8. S = 210,3mm P 1 = 0,7 81 6k gf /m
re pr es en tad o na Fi
m ve nto }
- Cá lcu lo de p2 (co
Na ta be la do f b ·
a r1 ca nt e, o di âm etr o no mi na l do ca bo é
3· 59 o se rá
( To ["91 18,83mm. Na Eq . . • a fo rç a de ve nt
·0, 01 88 3
fv = qo ·d = 39 ,69
~~~474kgf/m
( \
"'"" na Eq. :·..
(l E o pe so vi rtu al

eí•
í 11'0 0

/
'l
1
!" -. P2 = pv = / Pl 2 + pv 2 =
;'== -';'"""----~
0,7 81 62 + 0,7 47 42 l,0 81 4k gf /m
e .! 170 0
/
/

' 1
- Na Eq. 3.7 9:
/ 2 i. 54 5] 2
• TÕ2 + To2 [ 0,0 l8 1·A
2 _
82 .85 8,0 00 0·A

(
(
"""
I
/
""' = ~ ~"
- "'" ""' - ~

- "'" ·= """ ·- "'"' 1eoo m~


[ J
- At rib ui nd o va lo
A [m]
re s pa ra o· vã o:
To2 [k gf ]
do ve nt o, 10 0 1. 66 3
o de To em ca bo s so b aç ão
e'! Fi g. 3.1 8 - Va ria çã
em fu nç ão do s co mp
rim en tos do s vã~s,
te
com 20 0
40 0
1.8 20
1. 99 0
( tem pe ra tu ra co ns tan 80 0 2.0 89
1.2 00 2.1 14
( 1. 60 0 2.1 24
bo s 2.4 00 2.1 32
( e a tra çã o no s ca
re laç ão fiT /ba , qu
Ve rif ic a- se , pe la im en to
( , sen do es se cre sc
o au me nto no s 'va lo re s do s vã os
cr es ce com à me did a
pe qu en os , tor na nd o- se ma is len to
vã os
mui to rá pi do pa ra co ns tan te a
, pa ra , pr ati ca me nt e, to rn ar -s e 3 · 6 - BIBLIOGRAFIA
em
qu e os vã os cre sc
lo r.
pa rti r de ce rto va
.
en e rg 1a
l - FUCHS, R · D · • Tr an sm iss ão de el ét ric a em lin ha s
, ) L" e ra , Ri o
ae re as (2 vo l s . iv ro s Té cn ico s Ci en tíf ic os Ed ito
Exemplo 3. 24
uma lin ha de ~8kV .. Ad mi tin do qu e a
a
for am ten sio na do s
co nd uto res de de Ja ne iro ' 1977. .
Os t == 1.5 45 kg f 2 2 s
o ho riz on ta l de To 33 ,27 kg f/m , a
es sa "P ro jet o de lin ha aé re as de tra ns
mi ss ão de
20cC com uma tra çã es sã o de ve nto de do s - ABNT' NBR 54 22
bm eti da à pr em fu nç ão . Associ"a ça- o
lin ha se ja su mi na r a va ria çã o de To2 r ca bo s en er gi a el ét ric a" Br as ile ira de Narm as Té cn ica s,
, de ter tit uí do s po
mesma tem pe ra tu ra co nd uto res sã o co ns , 19 85 "·
da lin ha . Os Ri o de Ja ne iro
va lo re s do s vã os
CAA, Or io le.
_b. t \
H
"\l
Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão
e
"1: (
230
Verlag, Berlim, (
Freileitungsban. Springer
3 - RIEGER, H. • Der
e
1960. Hochspannungs
., KON I GSHOFER E· • Die (
4 - G IRKMANN, K. e
Verlag, Viena, 1952 · (
Freileitungen (2. º ed.). Springer " (dados técnicos)'
ALUMÍNIO DO BRASIL S/A, "Cabos condutores Roteiro dos projet0s mecânicos e
5 -
Ed. Alumínio do Br
asil S/A, São Paulo, 1965. dos condutores e
th differencial and integral
W. (
6 -
GRANVILLE, A.' Elements of e
1
calculus. Ginn &
Company, Boston, 1934.
Standard handboo k f
or electrical engineers e
7
-
KNOliLTON. A. E.•
C N. York, 1949. e
8. º ed.). Mc-Graw-Hill Book o.'
8 - MARTIN, J. S.' Sag calculations by
th use of Martin' s
e
tables. \Í \
,
j
4.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
e
Glossport, Pa.' 1922. ; Os tipos, composição e áreas das secções transversais
ç
Copperweld Stee 1 Co.
9 - LAVANCHY, C.
H.' ttude et construction
·t
·
des lignes electr1que 5
Paris, 1952.
"-
j


'.1·.
. dos condutores das linhas de transmissão, bem como o número de e
aeriennes. J.
B. Bailliêre et Fils, Ed1 eurs,
. d ux conducteurs 1
subcondutores por fase e o seu espaçamento, são def-inidos, como foi e
determrhation des efforts us a ~\ '.explicado no Capítulo 1, (-.através dos estudos de otimização (
10 - BRANE, A. "De la " Revue Générale de
- sur les appuis des
lignes aêriennes ·
.535, Paris, abril,
_
1925.
técnico-econômica. Raramente condições particulares, traduzidas por e
L'Eletricité, T. XVI I ' P de solicitações de intensidade excepcionais ou por vãos de (
de Linhas '- Aéreas .t
11 -
.1 1
JARDINI, J. A. ,Ca cu o Mecânico comprimentos muito grandes, influenciam es~a escolha, impondo o uso
e
-
Transmissao,
USP s-o Paulo, 1977.
• ª
de cabos de elevadas resistências mecânicâs. Na maioria dos casos,
os projetos mecânicos são executados ~mptegando-se estruturas já em
e
uso, dispondo-se de "famílias" de estruturas com dimensões e
e
condições de utilização bem definidas. Quando novos níveis de e
(
tensão, ou suportes de nova concepção, devem ser introduzidos, é '·
: ; nec;~sário que se definam os diversos tipos de suportes que irão e
compor as novas famílias, fixando-se duas dimensões elétricas (Cap. (
1), o seu carregamento mecânico (Cap. S), procedendo-se ao seu e
dimensionamento estático e à sua arquitetura estrutural, definindo e
as dimensões finais e as limitações de emprego impostas a cada tipo (
de estrutura, pela sua resistência ·e pelas distâncias de segurança.
Escolhidos os condutores, famílias de suportes e
e
(
traçado da linha, pode-se proceder ao projeto mecânico executivo,
que orientará as equipes de ffiontagem na implantação da linha. Esta
e
deverá ser uma reproduçãO-~'tiaquilo que foi idealizado no papel. O e
e
(
,- Roteiro dos projeto_s mecânicos dos condutores 233
. á i'cos das linhas aéreas de rransmissão
Projetos mec n
232 1! pontos inicial e final são fixados em função da localização das
topográfico de sua
projeto é desenvolvido a _subestações. O seu traçado, no entanto, poderá oferecer várias
feito 0 estudo da
sobre cuja das alternativas e sua escolha obedece a critérios vários,
A preparação
destacando-se os aspectos econômicos e também aqueles de natureza
ecológica, em geral conflitantes entre sL~
',
Busca-se, nesta fase, escolher percursos que sejam
convenientes sob o ponto de vista dos .custos de construção e da
manutenção das linhas, como menores desenvolvimentos, a
inexistência de obstáculos intransponíveis, ou mesmo que exijam
soluções demasiªdo custosas para transpô-los e facilidades de
\ \ ·acesso para transportes e inspeção. Deve-se, sempre que possível,
evitar os percursos que exijam ·a desfiguração dos terrenos
naturais, tais como faixas desmatadas excessivamente largas e
,raspagens do solo para o tráfego de veiculas de serviço. Uma linha
de transmissão pode ser considerada uma obra de arte, visualmente
agradável para aqueles que as.projetam ou as operam, porém para a
·.'1
técnicas de população em geral pode representar poluição visual da paisagem,
como também das

pontos que podem influenciar


efeitos' quando
portanto uma agressão. t aconselhável afastá-las convenientemente
indicando-se fo rmas de neutralizar esses de áreas urbanizadas, ~ principalmente, das
rodovias e ferrovias,
projeto,
-" '
rotas turísticas. Deve-se evitar cruzamentos com essas vias, em
indicado.
\ áreas florestais, com longos alinhamentos que mostrem a extensão da
destruição causada. Até mesmo o acabamento dos suportes deverá ser
STRIBUIÇÃO DOS SUPORTES
4.2 - ESTUDO DA DI reestudado: é preferível suportes protegidos por tintas
m vista de anti-oxidantes de cores menos contrastantes com o meio ambiente ao
elaboração de desenh os e
Tem por meta ª sição esco lh.1 da zinco bfilhante da galvanização a fogo. A própria solução
·nt indicand o a Po .:
planimetría da 11 a, '
elevação e em t os suportes. Para a estrutural deve conduzir a suportes menos obstrusivos. Recomenda-se
as curvas dos cabos en re
para cada suporte e levantamento topográfico em a leitura dos artigos contidos na Ref. [1] do presente Capítulo.
, necessário afetuar o
sua execução, e .d~ da linha e sua Os trabalhos de escolha do traçado ficam grandemente
em plani_metria da fa}xa de se~vl ao , . os
altimetria e ;E. também necessar10 efetuar facilitados, no Brasil, com o uso das cartas geográficas publicadas
1 em escala.
restituição no pape ' 05 cabos terão' pelo IBGE a partir do levantamento aerofotogramétrico em escala
irão definir a forma da curva que
eª, lculos que a qual esse es t u d o e' fe'to
~ · 1:50000, com precisão suficiente ª· esse fim. Havendo
nos suportes, com
quando suspensos disponibilidade de fotografias aéreas tridimensionais das regiões
-~de_interesse das linhas, estas representam um auxilio incalculável
1 i. Trabalhos topográficos
4.2.1 -
{r
!': Ao se projetar uma
linha aérea de transmissão,
seus
para as tomadas de decisão. Para cada uma das soluções viabilizadas

~--·---··---···---~--·- -------
T '' condutores
liqhas a~reas de transmissão í' Roteiro dos projetos mec âni
cos dos 235
Projetos mecânicos das
'
)
)
234 · t fun da çõ es pa ra ter ren os
da lin ha , ' ele me nto s pa ra o .p roJ e o e esp ec ifi ca çã o de )
os po nto s pas sag em ob rig ató ria
de
po de -se de fin ir de sni ve lad os.
os vé rti ce s da J
aq ue les que de ve rão co ns tit uir ia r , uma pa rce la
pri nc ipa lm en te de cad a tra çad o O cu sto da top og raf ep res en ta, em ge ral
Um a ins pe ção loc al )
po lig _o nal a ser im pla nta da.
ínf im a do cu sto da
lin ha . eco nô mi cas no cu sto
~ ida , os po nto s
uma vez de cid Su as im pli caç õe s
ha de fin iti va . E, . 1 ad ici on a·is pa ra
au xil iar á na .es col po r ma rco s f ina pod em se r im po rta nt es, pe 1 o que inV est im en tos
no ter ren o ' '·.
o ser ass ina lad os t -
Jlle lho ra r sua qu ali da de e de tal h am en o sao lar ga me nte com pen sad
os. O
ob rig ató rio s dev erã a .po lig on al que
e ba liz as sin ali za çã o. fix an do
de en to top og ráf ico é com ple tad o no es cr itó rio com j
ind elé ve is tra ba lho do lev an tam
git ud ina l da lin ha . s
tân cia s e co tas da est ac as 'da po lig on al e do s
co ns tit uir á o eix o lon dit o po de rá se r os cá lcu los da s dis
)
1 O lev ant am ent o top og
ráf ico pro pri am en te
bit ua is, po nto s lev an tad os ,
a fim de pe rm iti r a ela bo raç ão do s de sen ho s em )
l o po r taq ue om etr ia qu e, com
as tol erâ nc ias ha
s
pla nta e pe rfi l pa es ca las ap rop ria
da s. 0 s ca. 1 cu los ne ce ssá rio s à
ex ecu tad
Ou tra s téc nic as top
ográ~icas .J
su fic ien te ao fim . t. , e 0 sa-o, me can iza do s em
ap res en ta pre cis ão da s. t im po rta nte \ -sua ela bo raç ão são ro ine iro s, pod em )
igu alm en te se r usa
po nto lev an ta do e.,
ale nte pod em ref eri do r
de pre cis ãd' J eq uiv em dis tân cia e po
de que os com pu tador~s. Ca da
qu e o top óg raf o se ja ori en tad o ade
qu ada me nte , a fim
s 1 1 e ho riz on tal à est
ac a,
a pa rti r do qu al
foi )
ist rad os e an ota do ang u os ve rti ca l
A

te' s ao pro jet o sej am reg 1 t am -se )


ele me nto s rel ev an
viç o é ,me did o. As es tac as , po r sua vez , po n os da po lig on al, am arr
pe riê nc ia pré via ne sse tip o de ser )
bo a ex en tre si da me sm a ma ne ira d e. ~de a est ac a ini ci· al ate a fin al da
·
co rre tam en te. Uma co nte r,
eta de cam po de ve rá
sej áv el e im po rta nte ., .. 'A cad ern )
sem pre de alé m de um lin ha .
tur as efe tua ?-a s,
os reg ist ro s ·da s lei d av és de um )
com cla rez a, as das t us ua l ap res en tar o ese nh o top og ráf ico atr
an tad o. As est ac
de cad a tre ch o lev l ao lon go do eix os
.
)
"cr oq uis " de tal ha do s de "va nte " e co rte lon git ud ina l pro jet ad o no pla no ve rti ca ' s
tre si po r lei tu ra
f1 po lig on ais dev em .Se r am arr ada s en
da lin rla é tam bém àa po lig on al, ond
e
apa rec em tod os os
ob stá cu los co rta do
,
s po r
ele , )
a do pr oj eti sta ao loc al F b~i xa
de "ré ". A vi sit
dú vid as no s des enh
os em ele va ção (
ve r ig. 4. 20 ). Em pla
nta rep res en ta- se a )
lm en te pa ra es cla rec er
rec om end áve l, pri nc ipa ·
pro Jeç ão ho riz on tal
de sse eix o, , e os ob stá cu los
1 de sol uç ão di fíc il.
O no ce ntr o da fai xa )
ud ar alt ern ati va s em tre ch os b im étr · , são des enh ado s
ou mesmo est
lho s de rec on hec im
ent o. aí ex ist en tes . E s t a, em como o pe rfi l alt ico .)
ria que pa rti cip as se des de os tra ba com d ifi ca do e de fle xõ es
se
ide al
dev em da r ên fas e aq
uil o o ese nv olv im en to ret como se não ho uv ess )
s de me diç ão al ti e pla nim étr ica , es tas
Os tra ba lho lin ha s e hor izo nta is, os po nto s em que oco rre m e que
da s po lig on ais da s por em , )
ist e ao lon go do s eix os ce ntr ais b . , pla nta ção d
que ex en tes em tod a a represe~úam po nto s o rig ato rio s pa ra im e es tru tur as ' são
sin ala r e me dir os ele me nto s ex ist . ~ .
1 d fl - ,)
dev erã o tam bém as ha s, ed ifi ca çõ es, dev ida me nte as . o-s e o va lor da d e exa o e o seu
ão , como ce rca s, lin sin a a os ' ind ica nd
de ser vid _)
lar gu ra das fai xa s sen tia D ('a di. re i ta) ou E (à esq ue rda ) com rel aç ão à dir eç ão do
i , es tra da s e cam
inh os, div isa s de o

.
1.
'f. ..
tip os de ·ve get
pro pri ed ad es,
açã
na
o
tur
im ,
ez
e

tud

o
lav
do
ou
s
ras
I
ter rén os com o br ejo
o que po ssa in ter fe
s, roc ha s, cu rso s
rir com a lin ha . Qu
and o
al ·nh
i am ent o de ré (an
4.2 0).
ter ior )
(Pi qu ete n. º 8 do
des enh o da fig ur a , )

.)
i d'á gu a, etc , enf os de em alt im etr ia
e tam bém aq ue les em .)
de sn íve is no s sen tid Os de sen ho s
o da lin ha fic a em me ia en co sta , com os lig an do -se lev an tad os e
o eix lev an tar ma is do is Pla nim etr ia, são ob
tid os po nto s iso lad os '.J
nsv ers~is, o top óg raf o de ve rá
seu s eix os tra
ao eix o os no pa pe l. Es te tam bém é um tra ba lho qu e já foi
a lad o e pa ral elo s. "C alc ula dos , lan çad ,)
eix os au xil iar es , um de cad "p lot ad or"
pe rfi s de co nd uto res · aut om ati zad o · em com pu tad or equ ipa do com grá fic o
t: sob os eix os do s '.)
on al, loc ali za da s
pri nc ipa l da po lig o e for nec em -se Co nti nuo .
ha . Ev ita m- se ass im err os de loc açã .J
ex ter no s da lin
',_)
)
l
d
Projetos mec ânic os dás-linhas
aéreas de transmissão Roteiro dos projetos mec ânic os os cond utor es 237

con ven cio nal , os pon tos


cal cul ado s por dis trib uiç ão res ult ant e sej a a ma is ade qua da, sob o pon to de vis ta
No mét odo de ate nde r
os sob re pap el mil ime trad
o, me din do- se as eco nôm ico , sem dei xar as 1 imi taçX>es imp ost as pel a
qua lqu er mei o são lan çad
pon tos por lin has seg ura nça l 'nh
das 1 as·. No pri me iro cas o,
opr iad as e lig and o-s e os o pro jet ist a dev e est ar
dis tân cia s em esc ala s apr has são cur vas mu ito bem fam ilia riz ado , não só com·, a téc nic a a em pre gar , como
do com put ado r, ess as lin
con tín uas . No cas o do uso
nor ma lme nte em também com o com por tam ent o me cân ico dos vár ios
s. A rep rod uçã o é fei ta com pon ent es da
ma tem átic as pré -pr ogr am ada .
lin ha. Ex per iên cia de pro Jet o e se pos sív el também de con stru ção ,
comuns 1; 200 0 e
ica tiv as, sen do as ma is
esc ala s bas tan te sig nif - . c1a
. . Pac 1en
00 e 1:5 00, sao alta me nte des eJ'á v eis

ito s
A

000 , par a as dis tân cia s hor izo nta is, e 1:2 e per sis tên cia são req uis
1: 5. loc açã o
pri me ira s são ind isp ens áve is. No cas o da
me can iza da, além dos pro gra ma s
tiv am ent e, par a as dis tân cia s ver tic ais . As
res pec ,
sab ilid ade , e as bem est rut ura dos
' e nec ess ári o que est
es con ten ham
de ma ior por te e res pon tod as as
pre fer ida s par a lin has .
ten sõe s mai s bai xas e de
distribuiç~o. Um ins tru çõe s .ind isp ens áve i·s à obt enç ão de res ult ado s sat isf ató r·ios . É
seg und as par a lin has de .\
o ind ica das no ess enc ial uma boa pre par açã o dos dad os ref ere nte s ao per fii
de 1mrn nas cot as do ter ren
err o de ~rafismo de ordem top ogr áfi co,
o de tra bal ho, é ind ica çõe s seg ura s dos
fam ilia riz ado com ess e tip com pon tos onde
pe rfi l, par a quem est á erã o ser
ade , O,SOm, qua ndo _fe ito obr iga tór iam ent e dev
loc ada s as est rut ura s e
aqu ele s loc ais
a~eitável. No ent
ant o rep res ent a, em rea lid ,
.
esc ala 1:2 00 .1- _em que sua loc açã o e pro ibi da. Ro tin as de ot·im1 -
. zaç ao
a ver tic al de 1:5 00, e 0,2 0m , em des enh o na do emp reg o dos
em ·es cal ma iore s do que sup ort es têm sid o inc luí das ~O'S pro gra ma s. Ref erim os o lei tor à
es err os por si são , em ,lin has nor ma is, mu ito
Ess bib lio gra fia sob re o ass unt o [2, 3}, par a ma ior es inf orm açõ es.
açã o da par ábo la,
ele s que pod ería mo s atr ibu ir ao uso da equ
aqu
Ca pítu lo 3.
con form e foi mo stra do no

i
~,
nci am o pro jet o jA
4.2 .2 - Fat ore s que inf lue
,'- -- -1 ·- -- -J _
,_ B

. ' ... ...


1
das est rut ura s sob re o per
fil .
O est udo da dis trib uiç ão ! f MÁX 1
alg um a da vid a
os con dut ore s, em épo ca H
des tin a-s e a ass egu rar que -·- - .
obs tác ulo s, do que 1 'o
-se ma is do sol o, ou de
úti l da lin ha, apr oxi mem J
s de seg ura nça . '
pel as nor mas téc nic as ou reg ula me nto
o per mit ido
impõem que ess as
1
nôm ica, por out ro lad o, "1S,-E /1s1 1
Co nsi der açõ es de ordem -eco .=- 1.= i.E
um esp aça me nto 1
das , poi s, iss o exi gir ia 1 o
alt ura s não sej am exc edi
gad os, aca rre tan do
s que o.J sup ort es em pre
menor ou alt ura s ma iore a - Co rte tra nsv ers al b - Co rte lon git udi nal
o atr ave ssa do,
ect o top ogr áfi co do ter ren
aum ento de cus tos . o- asp
dos sup ort es e
inf lue nci a a dis trib uiç ão
com mo rros e val es, também avé s de seu
dim inu içã o de cus tos atr
pod e con trib uir par a uma núm ero . A
itam ent o rac ion al par a uma red uçã o em seu
apr ove -.:e_:,:·-~--
sos . O pro ces so C_omo já foi me nci ona do, 0 mét odo con ven cio nal do est udo
alm ent e; por doi s pro ces
dis trib uiç ão é fei ta, atu :- .-;;: ...
sup or t es é grá fic o.
ado res dig ita is são "·'.'-"-- loc açã o· dos
Par a tan to é nec ess ári a
uma
por tan to man ual . Com put ':_;.-;~-· -
con ven cio nal é grá fic o, re se nt a - · ·" b
é pre cis o que a ~~ çao grá fic a fie l dos
e fim . Em ambos os cas os, :~~~~· ca os sus pen sos e dos sup ort es, nas
igu alm ent e usa dos par a ess ;~~:!11_

~-
)
J

Projetos mecânicos das jjnhas _aéreas de transmissão .~~~!loteiro dos projetos mecânicos dos condutores
238 239 1
i

mesmas escalas dos desenhos topográficos sobre os quais será ·'.de _um número rá.zoável de imponderáveis. Estes são originados nos
efetuado o trabalho, como mostra a Fig. 4.1. Os suportes são _111odelos matemáticos, nas características e propriedades dos
representados por segmentos, cujo comprimento representa, na escala ,~aateriais, nas técnicas de montagem e nos próprios processos de )
-vertical do desenho topográfico, a altura H dos grampos de elaboração dos projetos. )
l suspensão dos cabos, sendo que a flecha fmax e altura de segurança
)
estão igualmente na mesma escala. A curva dos cabos deverá
4.2.2.1 - Montagem dos cabos )
representar os cabos na condição de flecha máxima e determina, para
0 condutor escolhido, com o valor da componente horizontal da É durante a montagem dos cabos que fica asseguraàa a )
tração calculada para essa condição, a distância "a 11 , na escala fiel execução do projeto, que deverá ser baseado, não só nas
)
horizontal dos desenhos, entre os suportes A e B. No Capítulo 3 foi condições teóricas já examinadas, corno também em seu cOmportamento j
mostrado que
u
a curva dos cabos, pode com restrições, ser elástico, de díficil previsão. Do ~ratamente que os cabos recebem )
'.l representada pela equação da parábola, pela qual, mantendo-se
;-!
tração, . as quadrado
durante sua montagem vai depender o. seu comportamento futuro, em
J
constante a flechas se relacionam pelo da~ virtude, principa'lmente, das alterações de suas características
J
relação dos vãos. Disso resulta uma forma de curva única para todos ~lásticas, que já se iniciam nessa fase. A familiariàade do
)
os vãos de mesma tração, como qcorre com os vãos de uma seção de projetista com as técnicas àe· trabalho no campo é, pois,
)
tensionamento, representável ·pelo "vão regulador_~. Foi mostrado fundamental, a fim de que possa incluir _seus efeitos nos cálculos,
)
igualmente que a curva é ainda a mesma quando os pontos de de forma realista.
suspensão são desnivelados. Portanto, a curva AOB da Fig. 4.1 é Independentemente das técnicas _de trabalho utilizadas,
)
apenas um segmento de uma curva maior, válida para todos os vãos e que serão descri tas de forma suscinta. a;~ seguir, a fim de se )
contínuos de uma secção de tensionamento, nivelados ou não. Um obterem resultados satisfatórios, é importante durante a montagem J
dispositivo auxiliar de desenho, denominado "gabarito" é empregado 1 observar os seguintes pontos: .)
no trabalho gráfico de locação. Será construído especialmente para a - em uma mesma seção de tensionamento, todos' os condutores )
cada línha, com a forma de uma catenária ou de uma parábola, como é devem provir de um mesmo fabrica~te e, possivelmente, de um mesmo )
mais comum, e cujos parâmetros são calculados em cada caso, pois é lote de fabricação, a fim de que, dentro das tolerâncias normais, )
necessário que a sua curva modele de forma mais fiel possível os 1 ·\
lenham! 'também as mesmas características físicas,_ mecânicas e
J
cabos suspensos na linha. elásticas;
No caso da locação por computador, o gabarito não é .)
b - Todos os cabos de uma mesma seção de tensionamento, e
·.·. )
empregado. A locação se faz com o uso./cÍa própria equação da curva. possivelmente em. ...toda __.a linha, deverão-receber··.o mesmo·· tratamento
Em mui tos projetos de Engenharia pode-se esperar um )
no que diz respeito às trações a que são submetidos durante a
elevado grau de concordância entre o projeto e o produto acabado, montagem e suas durações antes de sua fixação definitiva, a fím de
.)
l\
li pois os fatores intervenientes são bem definidos, modelos provocar os mesmos alongamentos plásticos, observadas as instruções )
r matemáticos razoavelmente precisos e as técnicas de fabricação ou
.~' do projetista a respeito. .J
construção não afetam os resul lados. O mesmo não acontece com os
i1
Os trabalhos de montagem podem ser considerados :J
projetos dos cabos das linhas de transmissão, devido à existência
"
'l
l
divididos em pelo menos quatro etapas, das quais as duas primeiras )
·,J
J
_)
.,
. ) 241
Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores
Projetos mecánicos das JinhBS aéreas de transmissão
240
tiveram de ser desenvolvidas. Nesse último caso, os cabos devem ser
têm influência marcante em seu futuro comportamento: desenrolamento
desenr·olados de forma a ter contato somente com as ro ld anas, cujas
dos cabos; tensionamento e flechamento; fixação; equipamento e que o
superfícies são revestidas de materiais mais moles do
) acabamento. alumínio, a fim de não m'arcá-lo.
")
() a - Desenrolamento ou lançamento dos cabos
j
t: representado pela transferência dos cabos de suas
e) embalagens (bobinas) para as estruturas das linhas, nas quais
,.) REVESTI DA
'-- deverão ficar suspensos provisoriamente, à espera de tensionamento EM
NEOPRENE
e fixação definitiva. ', \
~ Independentemente das técnicas usadas nesses trabalhos,
é fundamental que o atrito dos cabos nos pontos de suspensão
l
prov:isória seja mínimo, o que irá facilitar seu desenrolamento, bem ~
como ~Sua distribuição nos diversos vãos da seção de tensionamento. l
As alturas em que permanecem sus~ensos devem ser as mesmas em que a - Para cabos simples ·b - Para cabos múltiplos

serão fixados definitivamente. Empregam-se, para ·tanto, roldanas


Fig. 4.2 - Roldanas para montagem de cabos
especiais, suspensas nas cadeias de isoladores. Essas roldanas são
construidas dentro de especificações bastante rígidas [41 quanto a
seus diâmetros mínimos, dimensões dos gornes, revestimento interno tensionamento tem, em geral, um
Uma seção de
destes, e atrito nos mancais. Cada roldana deverá ter tantos gornes
comprimento maior do que um lance ou tramo de cabo contido em cada
quantos forem os condutores por fase e mais um para a cordoalha de
bobina, de forma que será necessário desenrolar várias bobinas de
tracionamento, como mostra a Fig. 4. 2. Para o desenrolamento dos
cabos para completar a seção. Essas bobinas são, portanto,
dependendo
cabos, são usadas duas técnicas diferentes,

principalmente da classe de tensão e do número de condutores por


\ distribuídas estrategicamente ao longo da linha, de forma que a
ponta ~d:s cabos de um lance encontre a extremidade do lance
fase. Durante essa etapa dos trabalhos, os condutores estão
seguinte, ao qual deverá ser emendada. Para seu desenrolamento, as
sujeitos a sofrer danos em suas superfícies, como abrasão e
bobinas são colocadas em cavaletes apropriados, com eixos de baixo
arranhões por atrito com objetos /mais duros, principalmente os 1 atrito, e equipados com algum tipo de freio, para que a quantidade
cabos CA e CAA, o que deve ser evitado. Nas linh8.s em - tensões
cte cabo que sai da bobina seja sempre igual à quantidade estendida.
relativamente baixas (até 138kV), pequenos danos ainda podem ser
tolerados,
elevadas,
mas o mesmo não acontece nas linhas em tensões mais
nas quais o efeito corona constitui normalmente um
1 Nas linhas de até 138kV, o procedimento é relativamente
simples e, além das roldanas, pouco equipamento será necessário. A
ponta do cabo a ser desenrolado é amarrada a uma cordoalha de fibra
problema, e quaisquer farpas ou irregularidades nas superf icies dos
vegetal ou náilon, tendo um comprimento no mínimo igual duas vezes
cabos constituem fontes de eflúvios de carona. Assim, para linhas
a altura da roldana mais alta; ''A -essa cordoalha se aplica o esforço
de tensões extra-elevadas, técnicas mais rigorosas de trabalho
)

7.~·~- 243 )
Projetos mecânico s des linhBs aéreas de transmissão \;i~- Roteiro dos projetos mecânico s dos condutore s
242 )
cabos afastad os do solo e de
de tração necess ário ao seu desenro lamento , arrasta ndo-a
ao longo ---:~'1- deve ser feito manten do-se os )
1 será passada ,,,~~~; ~~bstáculos, o que requer que sejam mantido s perman entemen te )
da linha até a primeir a estrutu ra, onde a cordoal ha
r múltipl o
·~~~}::~racionados e que todos os cabos que compõem cada conduto
lI
i'" 1!
pela roldana , para guiar o cabo através dela. Feito
desenro lamento prosseg ue para as estrutu ras seguin tes,
isso, o
onde é sejam desenro lados de uma só vez. -,Isso exige técnica s
equipam entos bem mais
bem mais
·'C,~mplexos e sofisti cados, a
)
)
lamento aprimor adas e
/ repetid a toda a operaçã o. A força necess ária ao desenro múltipl os -)
,1 começar pelas roldana s, que, como foi dito, devem ser de
trafega r na
I' poderá ser braçal ou forneci da por veículo capaz de
:~ í! gornes.
)
i···il
faixa de servidã o, ou mesmo por animais (bois, mulas etc).
!i Um cabo de aço ou de náilon de alta resistê ncia, .)
Durante essa fase, as precauç ões são as seguin tes:
chamado cabo piloto, é desenro lado inicialm ente, de forma )
cabo
a - junto às bobinas , além do control e da quantid ade de conven cional, ·ao longo do trecho em que o lance de· cabos
será
j
do, um
desenro lada, que não pode ser maior que o lance estendi estendi do. Por meio de dispos itivos especia is, em geral
chamado s
operári o ~az um exame visual do cabo para verific
ar possíve is J
ocorrer em, para posteri or
'-i \ meias para cabos, os conduto res São fixados aos cabos piloto
s. No
)
defeito s. que assinal ará, quando múltipl os com o emprego de chapas
caso de condut ores
c_orreçã o; "'-; multip licador as (Fig. 4. 3). O cabo: ,.piloto será tracion ado
por meio
)
)
ou diesel,
b - como, nesse caso, os 1Cabos nos vãos entre estrutu
ras são de um guincho especi al, acionad o por motores a gasolin a
quando aí o para )
arrasta dos sobre o solo, pr8cauç ões especi ais sãq tomadas conduzi ndo os cabos através das roldana s até o ponto previst
existem obstácu los ou áreas mais duras (cercas , rnur-0s,' rochas
etc), 1 )
ente para
'i sua ancorag em provis ória.
)
que possam danific ar suas superf ícies. Empreg am-se, geralm l
os cabos.
transpô -los, cavalet es de madeira sobre os quais desliza m )
\
CABO CONDUTOR

Termina do o desenro lamento do primeir o lance de todos FREIO J


BOBINA DE DINAMOME .TR!CO
os conduto res, eles devem ser tension ados a um valor
próximo CJ..BOS )
atura J
daquele com os quais serão ancorad os, nas condiçõ es de temper
no solo.
existen tes, empreg ando-se para isso ancorag ens provis órias )
o solo.
Evitam -se, assim, acident es com os cabos deixado s sobre )
emendas -' \
Termina do o desenro lamento do segundo lance, efetuam -se as DETALHE A
,~ -, .)
mesmas
dos cabos e procede -se tension amento desse segundo lance nas ---~
CABO PILOTO
)
/ A partir
condiçõ es, usando -se novame nte as ancorag ens provisó rias. ,._ ,_ )
, sendo
desse momento, a primeir a ancorag em torna-s e desnec essária
)
assim,
os dois lances mantido s suspens os pela segunda . Proced e-se
a e )
sucessi vament e, até que a estrutu ra de ancorag em seja atingid 1
lance ! .)
mesmo ultrapa ssada. Uma ancorag em provis ória levanta o último
e sustent a as demais, até seu tension amento e ancorag em
l i
; )

definit ivos, que podem ser iniciad os em seguida . )


Nas linhas em tensões extra-e levada s, o desenro lamento Fig. 4.3 - Desenro lamento de cabos por meio de cabo piloto )

1 )
-Roteiro dos projeto s mecáni cos dos condutores
245
Projetos mecânicos das !lh'has ·Béreas de trarismíssão
244
fora do contr ole, tanto do
sairem das bobin as, passam atrav és de desem penho das linha s. Diver sos fator es,
Os cabos , ao
a obten ção de valor es
pode ser contr olada por um sistem a proje tista como do condu tor, dific ultam
cilin dros, cuja veloc idade
s aos previ stos em cálcu lo.
contr ole da traçã o nos :.-~~?":reais, de flech as e traçõ es, iguai
,hidr áulic o e equip ado com dinam ômetr o, para '[S,6] .
es prefix ados em fase de Citam os a.seg uir algun s desse s fator es
mesmos, manti da const ante e igual aos valor suspe nso são
o de flech amen to), a As equaç ões usada s para descre~er um cabo
proje to (corre spond endo em geral a 50% da traçã admi te-se que os cabos são
inada altur a sobre a caten ária e a paráb ola. Em ambas
fim de asseg urar a manut enção dos cabos a determ caten ária, admi te-se que a
cabos são ancor ados inelá stico s e flexi veis. No caso da
o solo. Ao térmi no da cada lance , os longo da curva do condu tor,
extrem idade s dos cabos do distri buiçã o de seu peso é unifo rme ao
provi soria ment e ao solo, à esper a das consi dera o peso distr ibuíd o
enqua nto que na par.áb ola se
elimi nação da ancor agem
lance segui nte, aos quais são emend ados. A horiz ontal da curva . Ambas
um tensio name nto dos cabos · na unifor meme nte ao longo da proje ção
provi sória ocorr e então media nte
tores são elást icos, além de
o exces so de cabos deixa do \ ~ hipót eses são incor retas . Os condu
ancor agem Uprov isória segui nte, quand o o que faz com que haja um
s deixa dos com a mesma possu írem ··um certo grau de rigid ez;··
para a emend a é recol hido, e os dois lance

r
_prin cipalm ente quand o forem
name nto, pode- se deixa r efeit o de viga nos ponto s de suspen .sã.o,
traçã o. E assim suces sivam ente. Nesse tensio os armad os (Fig. 4. 4). Em
a tempe ratura ambie nte Usada s armad uras antiv ibran tes ou gramp
os cabos com as traçõ es calcu ladas para isola dores das cadei as de
tensio name nto defin itivo , vãos ancor ados, o efeit o do peso dos
vigor ante, o que virá facil itar seu curva s (Fig. 4.5).
tensã o afetám igual mente os valor es das
nivela mento e ancor agem.
A inspe ção dos cabos à saída das bobin as
q!)Jf\1? também o é um efici ente sistem a de teleco
dive·r êos ponto s onde os traba lhos se desen
é impo rtante ,
munic ações entre os
volvem ·, pois, na ausên cia
l Os condu tores são fabri cados com uma toler
da ordem de ± 2% e, em seu diâme tro, de
influ ência diret a nos valor es das traçõ
varia ções podem ocorr er ao longo de
ância de peso
± 1%, sendo que ambos têm
es .. - Uma vez que essas
um mesmo vão ou vãos

l
o envol vidos , probl emas,
âeS:ie , devid o aos valor es eleva dos de traçã adjac entes , pode- se esper ar difer enças nos valor es das flech as
grave s incon venie ntes e
por menor es que sejam , poder ão acarr etar reais e das calcu ladas .
s e mesmo pesso ais.
danos a equip ament os e estru turas das linha

b - Tensi onam ento e flecha mento ;\

Após o lançam ento e seu; tensio name nto prelim inar, já


---~~---il
r--~~~-E~~~----j-~~t--~-+-~~~--'E'--
ser tensio nado defin itivam ente. Nessa
descr ito, o cabo deve
aos valor es calcu lados para
opera ção, a traçã o nos Cabos é ajust ada 1
!
···~~~~~º~~
const ante das tabel as de
a tempe ratura vigen te no mome nto e
s de tensio name nto de uns
tensio name nto. Em vãos isola dos ou seçõe
medid as d-ire tamen te com
pouco s vãos, essas traçõ es podem ser
contr ole deve ser feito
, 1
dinam ômetr os. Norm almen te, no entan to, esse
ta, atrav és da medid a das 1
indire tamen te, da forma que será expos
flech as. t uma opera ção consi det-ad a criti ca para o
futur o 1 Fig. 4.4 - Armadura antiv ibran te de verga lhões
paral elos

1 1
'j

)
.-Roteiro dos projetos mecânicos dos condutOres 247
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
246 )
Esses· termômetros são sempre localizados ao alcance dos
e
8 que efetuam a medição das flechas ou das trações e não
A

---~-----::-::=-'" >----------- * ij-epresentam, necessariamente, a temperatur:-a de todo o trecho que


está sendo nivelado, cujo comprimento ·pode ser muito grande, até
de lOkm, no qual as condições de V~tilação e insolação dos
--- - - - -..:.._________ ------. '

Curvo dos cobos sem o efeito dos code1os de ancoragem podem variar, afetando também sua temperatura. Por essa razão
também em virtude do atrito existente nas roldanas, é conveniente
· t - o em vãos continues que a regulação em seções de tensionamento muito longas se faça em
fig. 4.5 - Efeito de ca d eia em ensa
aais pontos, espaçados no trecho, e com as temperaturas medidas em )
cada um deles. '_)
· cri·ti· cos e· representado , pela
Um dos problemas mais Os gabaritos de locação das estruturas são )
i ~
das temperaturas dos cabos, tanto na
dificuldade na deterr.iinação confeccionados com as curvas correspÔhdentes às máximas flechas de

l seu tensionamento. Para


)
fase de projeto como também na hora de projeto, decorrentes das temperaturas _calculadas da forma exposta
· -o_ da flecha máxima, )
efeito de projeto, exceto para a
d eterm1naça
no Capitulo 1, considerando-se a atuaÇão simultânea do efeito da
•t l 2 trabalha-se com temperaturas do ar )
como foi previsto no Cap1 u o ,., cor,rente, do sol e do vento.
)

'1
de séries de
estimadas por processos probabilísticos a partir Esses valores são adotados, mesmo sabendo-se que
t dos Cabos · é . necessário um >
valores medidos. Para o f 1ech amen o condições climatológicas mais desfavoráveis podem ocorrer,
melhor conhecimento das temperaturas dos mesmos, o que se consegue inclusive coincidentemente com correntes maiores do que as nominais
)
·"-'
- cuJ'os valores são apenas aproximadDs (± 5 °C). )
(ocasiões de contingências no sistema). Qual;pquer acréscimos nas
.,
m
através de mediçoes,
Para a sua medida empregam-se vários métodos,
sendo usados no
flechas previstas são, então, absorvidos pelas alturas de )
{ Brasil principalmente dois deles: segurança.
dos cbndutores são
_)
medida com termômetros de contato, que podem ser fixados aos As tabelas de tensionamento l)
· d saPatas e abraçadeiras preparadas considerando-se total ausência de vento. Este, no
cabos a serem nivelados por meio e )
l · 1 e que , após determinado tempo, por entanto, não deixará de estar presente, com maior ou menor
de .mesmo ma t eria .)
li
l
condução, atingirão a sua t emPera
tura , que o termômetro
seu
1ntensid~de, nos diversos locais ao longo de uma seção de
'>
indicará. o termômetro poderá ser convencional, com tensionamento, concorrendo para aumentar ainda mais as divergências
! .)
bulbo inserido em alojamento feito em uma das sapatas; entre resultados do campo e dos projetos.
interior As técnicas desenvolvidas para os cálculos dos cabos em J
- a temperatura é rriedida por termômetro inserido no )
vãos contínuos e para seu tensionamento nesses vãos, partem da
de urna amostra, de cerca de lm de comprimento do cabo ~ ser
premissa que as roldanas, nas quais os cabos permanecem durante o .)
nivelado, e da qual foram retirados alguns fios das camadas
seu tensionamento, possuem atrito nulo. Assim, as flechas nos _)
.
\. ili Essa amostra de cabo será
~-
internas para seu alojamento.
,, Cabos da diversos vãos da seção de tensionarnento se distribuiriam de acordo J
exposta às mesmas condições de sol e vento que os
!
í
i1 linha, pelo tempo necessário para
igualarem.
as temperaturas se COlll as relações dos quadrado~ dos vãos. Roldanas novas, de boa

qualidade, em perfeito estado de conservação, aproximam-se bastante


)

l _)
1 )
-------------------------- -
flDteÍrD dos projetos mecánico.s dos condutores- 249
Projetos mecânicos das finhas·aéreas.de transmissão
248
uma técnica de tensionamento através da qual
dessa condição; porém, após certo tempo de uso e em decorrência do
durante · a fase de montagem, provocar o máximo do
tratamento nem sempre delicado que recebem no campo, podem
previsto, deixando-se o restante para ocorrer
~apresentar atrito considerável, fazendo com que a distribuição das
É a técnica que se ·convencionou denominar de
flechas nos diversos vãos seja irregular. Serão menores nos vãos do
pré-tensionamento dos cabos.
lado da tração e maiores do outro lado das roldanas defeituosas.
O pré-tensionamento consiste em submeter os cabos,
Estas, sempre que localizadas, o que não é fácil, deveriam ser
de seu flechamento e ancoragem, a trações maiores do que
substituídas. foram calculadas para as temperaturas de flechamento, durante
Quando as linhas atravessam longos trechos em declive,
intervalos de tempo preestabelecidos, provocando alongamentos
após seu lançamento e enquanto os cabos se encontram nas roldanas,
permanentes que ·não mais ocorrerão e que não precisarão ser
estes têm tendência a deslizar e a se acumular nos vãos mais
\.compensados nos projetos das linhas, resultando em flechas de
baixos, lfue apresentarão flechas maiores, ficando os vãos mais
locação menores. Também emprestará aàs cabos períodos de fluência
altos com flechas menores. Uma substancial melhora é conseguida por
nula, quando destensionados, como foi v1sto no Capítu~o 2, o que
sucessivos tracionamentos e relaxamentos dos cabos nesses trechos,
faci 1 i ta os trabalhos de f lechamento. Os valores das trações de
na hora de fixação dos condutore.s aos grampos de suspensão, cujas
pré-tensionamento, como também suas durações, variam e devem ser
cadeias de isoladores devem sei levemente inclinadas para o lado
especificados pelo projetista. Este também especificará as trações
mais baixo da linha [5,6] (veja também o Capítulo· 3·).
No Capítulo 2, foi exposto que o comportamento dos àe desenrolamento e espera, bem como a duração para essas
operações, pois· nesses intervalos também ocorre fluência e que
cabos das linhas depende de suas características elás 1ticas e da
t?mbém não precisa ser compensada.
influência que o seu t•""'1Sionamento exerce sobre as mesmas. t nas
Bons resultados tem sido obtidos com pré-tensionarnento
primeiras horas em que os cabos permanecem sob tração que grande
com trações iguais àquelas qu_e foram calculadas ou especificadas
parte das deformações plásticas irá acontecer. Suas causas são
para a condição de máximo carregamento, de curta duração.
devidas à acomodação geométrica dos filamentos nas diversas
Traciona-se os cabos das três fases ao valor da tração de máxima
camadas, ao encruamento, e aos efeitos da fluência. Enquanto que as
carga, valor que pode ser controlado por dinamômetros, deixando-os
duas primeiras dependem dos valores máximos das trações, a última
com essê\valor de tração por cerca de meia hora. Reduzindo-se a
depende tanto dos valores das trações, do tempo em que permanecem
·~
.)
sob tração, como das temperaturas dos cabos. No exame feito, 1 tração ao valor da tração de desenrolamento, repete-se a operação

l
anterior, efetuando-se o flechamento em seguida, ao ser reduzida a
mostrou-se seu relacionamento mútuo. As trações correspondentes à
~· tensão. Esse modo de operar ajuda a distribuição dos cabos pelos
condição de máxima carga em urna linha não ocorrem naturalmente na
.) di~ersos vãos, compensando os atritos nas roldanas. Para o
montagem e dificilmente nos primeiros meses após sua entrada em
) pré-tensionarnento, é necessário o emprego de forças de tração
serviço, podendo mesmo não ocorrer durante sua vida útil, caso em
relativamente elevadas, com emprego de equipamentos de capacidade
) que a deformação prevista em projeto não seria atingida. Por outro
elevada. É, além do mais, consid_erada um_a operação perigosa, pelo
.J lado, é possível acelerar, como mostram as experi_ências, a
conseguindo-se urna deformação que, em geral, só é feita em ~abas de bitolas não muito grandes,
.J deformação devida fluência,
à
a empregando-se trações máximas· da ordem de 5.000 a 6.000kgf, com
acentuada. Essas considerações levaram

l
) posterior menos
equipamentos portáteis.
)
\CJ
Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão ' -ttdro dos projetos mecánicos dos condutores 251
250

Em linhas com cabos múltiplos e diâmetros maiores, por' a tração axial dos cabos. Deve-se, neste caso, ter 0

este motivo, prefere-se empregar o pré-tensionamento parcial, idade de se fazer a ancoragem provisória de tracionamento em um -1
,contentando-se em obter urna estabilização dos cabos durante urn iJ'onto distanciado da estrutura de ancoragem, em torno de meio vão )
para a realização das operações de regulador; ponto em que a tração corresponderá aproximadamente ao )
período suficiente
tensionamento. As trações a que os cabos são submetidos durante as valor da componente horizontal da tração'calculada. O dinamômetro
)
operações de lançamento e os períodas de·espera que se seguem, são, indicará a tração naquele ponto;· -Esta, não se.·_ transmite __ a todos os ., ;_ '

)
em geral, suficientes para esse fim. Dependendo da capacidade dos vãos devido ao atrito inevitável das roldanas, sendo tanto menor
quanto mais afastados estiverem do ponto de tracionamento. Este
)
equipamentos disponíveis, pode-se, antes do tensionamento e do
)
nivelamento, aumentar suas trações, por tempo limitado, a valores método é aconselhado apenas para vãos isolados, ou, no. caso de vãos
contínuos, a sec.ções de tensionamento de no máximo quatro a cinco )
mais altos, conseguindo-se uma maior parcela da deformação
', \ vãos [6]. A capacidade máxima do dínamômetro não deverá exceder )
permanente a~tes da ocorrência das máximas cargas. ',

Existem muitas objeções ao pré-tensionamento, pelo muito a tração a ser aplicada, para nã~ dificultar a avaliação dos _)
aumento no custo da montagem que envolve. Porém representa uma valores entre as divisões das escalas. Os dinamômetros, quando )
contra uma eventual necessidade de ·'usados, devem ser aferidos periodicamente. )
razoável segurança
retensionamento dos cabos, em prazo maior ou menor, operação essa A medida das flechas por processos ópticos se processa )
com. o uso de um teodolito ou taqueômetro. Não há propriamente
muito mais dispendiosa. )
As tabelas de tensionamento deverão ser calculadas limites quanto ao número da vãos que podem ser tensionados
)
considerando-se o seu efeito, ,..a fim de que as flechas,\ durante o simultaneamente por esse método, independentemente da natureza do
)
tensionamento e nivelamento, sejam menores apenas o suficiente para terreno e do atrito nas roldanas, desde que O.' controle das flechas
seja feito, simultaneamente, controle, _)
poderem crescer até o valor final previsto para vida útil da linha. em diversos vãos de
distribuídos no trecho, uro a cada cinco ou seis vãos. Isso requer _}
Alguns projetistas e construtores preferem, no entanto,
deixar de considerar as deformaçães que ocorrem durante o período um eficiente sistema de comunicação e pessoal habilítado no uso de )
de lançamento dos cabos e durante o período de espera, e calculam instrumental topográfico. )

_,
as deformações totais que o
submetido a um tensionamento.
c?-bo sofreria se nunca tivesse sido
!
Nessas condições, as flechas no
1 /\
Os vãos que forem escolhidos
flechas devem ter valores mui to próximos ao do vão regulador da
para o controle das

J
)

'' estado final serão, na realidadj, menores do que as calculadas e secção e, de preferência, pequenos desniveis. Havendo na secção que
)
usadas para a locação das estruturas. Aumentará a certeza de que as está sendo tensionada vãos muito pequenos ou muito grandes (menores
)
-~ alturas de segurança serão· respeitadas-, porém haverá uma penalidade ou maiores do que respectivamente 50%·-··ou · 150% do vão,,· regulador),
.! . j
i .. econômica, pois o custo das estruturas será maior. estes deverão merecer atenção especial e conforme as condições
,i locais, ancorados. ' )
O controle das trações e flechas nos cabos por ocasião
'1' i' da sua ancoragem pode ser feito por dois processos: Foram desenvolvidos diversos métodos para o controle
j
)

!
. ·i
- dinamômetro;
das .flecha_s por processos ópticos. O método mais comuroente usado é
aquele- que exporemos suscintamente, aplicável igualmente a vãos )
i1
jj
medida das flechas por processos ópticos.
No primeiro método, com o auxílio de um dinamômetro, nivelados e desnivelados. )
'_)
\1 )
f
'
. . ·cas das Jinhàs ae~eas de transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 253
Projetos mecan1
252
operador verificar que os cabos tangenciam a linha visada, os
controle representado na figura
Consideremos o vão de

4.6, para 0
qual conhecemos o valor da
flecha f' nas condições de
t das flechas.
i condutores estarão tensionados no valor desejado. O inconveniente
desse método reside no fato de que o operador deverá se acomodar
momento do ajus e
temperatura vigorante no
Necessita-se, para es Se trabalho,
de uma luneta com
estádias, t sobre a -estrutura,
trabalho tranquilo.
nem sempre em situação mui to cômoda para um

e de um alvo que pos Sa S er fixado às


principalmente horizontais, 2 - A linha de visada é qualquer uma. Em geral, fixa-se ou a
estruturas da linha. se distância da luneta ou a distância do alvo aos pontos de suspensão,
empregados, conforme
podem ser
Dois processos
verifica pela figura 4.6.
1 calculando-se a outra distância da luneta ou a distância do alvo
aos pontos de suspensão, calculando-se a outra em função do valor
· t~ · vertical
luneta a uma mesma d1s anc1a da flecha deseja.da.
1 _ Fixa-se o alvo e a de forma
cabos na própria estrutura, \ Demonstra-se que, com razoável aproximação, vale [5,6]
dos pontos!'J de suspensão dos
curva. Se
de visada seja paralela à corda da
que a linha
da flecha f, quando o
distância igual ao valor (4. 1)
escolhermos essa

-~!
B
da qual podemos obter, se medirmos o valor de E
'
·~
1
D = (2v'f - VEJ 2 (4.2)
T f

\J Esta expressão poderá ser usada sempre que a relação


1f
ALVO entre as distâncias D e E não for maior do q~~ dois .
.J
Nesse caso, a luneta poderá ser montada a uma altura
.J VISADA
que permita ao observador operar desde 6 solo, portanto em posição
'-.)
mais cômoda e segura. Não cabem, no presente texto, maiores
~) B
detalhes sobre as técnicas de operar, bem corno sobre a fórma de
\J 1
a)
1 compensar os erros inerentes, pelo que referimos o leitor à

~"c~vo~f=:::::_~~Lt
.) bibliog·Í\afia indicada [6, 7], na qual se discute igualmente o

·~_) 0
critério a ser usado na escolha dos vãos a serem escolhidos para o
controle das flechas.
i!.

-1)! LUNETA.
. ~

'ir.,
'-.._,, ·) ..
LINHA DE VISADA 4.3 - DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DOS CABOS

·~ :\;: Nas considerações iniciais deste capí tule, foram

·~ l b)

Fig. 4.6 - Método de ajuste óptico de 1flechas


11
j
indicadas as partes de que se compõe o projeto mecânico dos cabos.
Atravé's de um exemplo ~oncreto, que será desenvolvido,
'" a _ Linha de visada para 1e a à corda da curva
l!
l_) li
procurar-se-á mostrar os procedimentos habituais à realização do
b - Linha de visada qualquer
1 •
p
1!'·

)
Roteiro dos projetos mecânicos dos condutóres
Projetos mecânicos das linhas aéreás de transmissão )
254
b - escolher, entre as hipóteses de cálculo, aquela cpie
trabalho. Deverá constituir, dentro das limitações deste texto, um orientará os cálculos, conhecida como "condição regente• . 1
roteiro para a sua realização. tnfase será dada àqueles pontos em
do projeto;
que as decisões do projetista são fundamentais. c - estimar o vão básico para o cál.culo da curva que deveré.
t oportuno lembrar, a esta altura, que os projetos de
ser usada para a locação dos supô~tes.
de transmissão em '
· ·
engenharia em gera l , e aqueles das linhas
de procedimentos e
particular, são regidos por normas técnicas
particulares das 4.3.1.1 - Escolha da condição regente do projeto
muitas vezes também por normas ou padões )
· das li'nhas. Se forem conflitantes, principalmente em
proprietarias )
Conforme foi visto nos capítulos anteriores, mr..:.
questões relacionadas com a segurança, aquelas devem prevalecer. Ao
hipótese de carga define um "estado dos cabos", pois ela relacio:-.:.. 1
projetista cabe a responsabilidade pelo sucesso do projeto, devendo
'· \ )
~ t Conta para isso com o seu bom valores de trações, temperaturas e _de carregamentos. dos cabos, e·.:
estar apto a tornar decisões corre as.
seja, seus três parâmetros. Conhecido_ ou especificado um "estadc···. )
senso e a sua experiência profissional.
pode-se determinar um novo "estado", desde que se especifiquero: cio:.:: }
' de seus parâmetros. Para tanto podemos aplicar a "equação C.:.
4.3.1 - Elementos básicos mudança de estado", como foi exposto no capítulo 3. Nesse mestt.: )
capítulo mostrou-se também como variam as trações nos cabos, e:.
Antes de iniciar projeto mecânico dos ,condutores de )
0
função dos vãos, calculadas para um novo "estado", definido por S'.:.:.
uma liriha, já foram definidos e preparados, através _de estudos e )
temperatura e carregamento a partir de um "estado inicial".
trabalhos prévios, os seguintes itens indispensáveis ao seu )
Sejam, por exemplo, duas hipóteses de cálcu.:.~

)
desenvolvimento: aplicáveis a uma linha, que deverá ser construída com cabos CJ..A ~,
número e bitolas dos cabos condutores, por fase; )
2/0 AWG (6Al + lFe):
- número, tipo e diâmetro dos cabos pára-raios; )
serem empregadas na 1~ hipótese: - Tração máxima admissível: To1M 4756,ZN
tipos e dimensões das estruturas a )
(TOlH = 485kgf)
linha; das )
necessárias à formulação - Temperatura: ti = 20°C, sem vento
condições meteorológicas
- Peso do cabo: p1 = 2,6703N/m )
·ra vista na capítulo 2;
hipóteses d e carga, d a rnanel
I r· (plantas e perfis) com as respectivas (p1 = 0,2723kgf/rn) .)
desenhos de topogta ia
2~ hipótese: - Tração máxima admissível: To2H 7923,73N )
cadernetas de campo.
(To2H = 808kgf)
Cabem ao projetista, as seguintes decisões:
Temperatura: t2 = 10°C, com vento .)
· d ·1 l associando cada um
a - formulação das hipoteses e ca cu o,
máxima - Peso do cabo e sobrecarga: p2 = 5,535N/m
)
dos carregamentos considerados a uma solicitação
experiência, (p2 = 0,4644kgf/rn)
aceitável. Esta é fixada com base
na <J
respeitando 0 que está especificado nas normas técnicas ou Apliquemos. inici~lmente a equação da "mudança cie .)
estado" (Eq. 3. 79), usando n~;.·"seu primeiro membro os parâmetros da
regulamentos de segurança aplicáveis; .)
e)
J
J

Roteiro dos projetos mecânfcos dos condutores


• ,·cas das Hnhà; aé;~as de transmissão
Projetos mecan

256 para diversos deu origem à curva 4, a primeira hipótese foi escolhida "condição
05 valores de To2 regente" e no segundo,
calculemos i ót se que deu origem à curva n. e 3, a segunda
rimeira hipótese e da segunda h p e •
.. , P
de vãos' empregan o
d t2 e pz
sob a ação do vento hipótese é que foi eleita regente. A figura 4.7 mostra, outrossim,
~)
valores das trações dos cabos que para vãos menores do que 243,00m a ·primeira hipótese pode ser
valores
encontrand o 05 4 da figura 4.7.
ais foi traça da a curva escolhida regenté, pois, quando a linha operar com o carregamento
com os qu
<õ! HIPÓTESE\

.:~·~:Ó~E~S~CK~g~f~l~~~2-'~~~'...1:º'."_':'""~A:x~1M~D:_~cA~R=R~E~G~A~M=E~N~T!O~C~~~~~~~~:=-
2 especificado, não haverá trações maiores do que aquelas
cONDICÃO ""
'260 Tmóx' 2s1a\Kgfl REGENTE - \'i!' HIPciTESE especificadas. Para vãos maiores ocorrerá o contrário, pois as
VENTO_ CONDICÂO

\ trações calculadas ultrapassasm em valor esse limite. Neste caso, a


'2400
2

A+ 20~ C SEM VENTO - CONDlCÃO REGENTE • .2'!HlPÓTESE


;
segunda hipótese deverá· ser a "condição regente", pois as trações
serão maiores, portanto inaceitáveis, para os vãos menores do que
~36 4 00 CM - QR\OLE ', \.z43,00m. Esse vão recebe o nome de "VÃO CRÍTICO" da linha.
CABO CAA
Desenvolvendo o mesmo exemplo, nas mesmas condições
meteorológicas e de carregamento para um cabo de biteia e
cnmposições diferentes, como o cabo CAA (código ORIOLE) de 210,28
2
mm .(336,4kG1) de 30Al + 7Fe, observa-se pelas curvas n. 0 1 e n ... 2
) da Figura 4. 7, que nenhum vão crítico ficou àefinido. Porém, para
4
qualquer valor de vão, a tração na condição de carregamento máximo
() nem mesmo atinge o valor de 25281,41N = 2578kgf quando a primeira
..) hi~ótese for regente. M6stra, outrossim, pela Curva n. 0 2 que, se a
CRITICO .z43tmJ
') segunda hipótese for considerada regente, para toàos os vãos as

~) trações serão maiores do que as máximas admitidas (15170,81 N =


1547kgf) para as condições especificadas em primeira.hipótese. Não
~)
. -o das trações em função há, neste caso, um vão crítico e a primeira hipótese será regente.
:_) fig. 4. 7 - Var1açacondições regen tes
e das O vão crítico pode ser determinado através de expressão analítica,
) entrada de
cálculos, invertendo a derivada/da equação da mudança de estado.
repetirmos os
Se da segunda hipótese agora
·1 dados na equação' is~ é, os parâmetros
om os parâmetros
da primeira
A equação da mudança de estado (Eq. 4. 3) também pode
'-:1 transformados em
To1, ti e pi, C
valores das trações os
d ser escrita para duas hipóteses de cálculo i e j, na forma:

2 [ PJ 2_ . pi 2]
:i~'~_,,i\
determinaremos os . -
transformados em tz e p2, diversos va l ore 5 de vaos
- cn(tJ - ti)+
ToJ - To1 _ a (4.3)
efeito do vento, para os ·Nesta
ES - ""24 ToJ 2 Toi: 2
cabos, sem o º 3 da mesma figura.
• m à curva n.
considerad os, dando orige . de traça-o em primeira
os limites máximos . da qual poderemos tirar o valor do vão a se fixarmos valores para
~j
estão indicados igualll)ente exame da figura 4. 7
( 808kgfl hipóteses. Um - 00 To1 e ToJ. Sejam To1 = a tração máxima na prímeir_a hipótese de
(485kgf) e em segunda de um único vao de 243, m,
T1M

ambos valores correspon 3 cortam, cálculo, e ToJ = T JM a tração máxima na segunda hipótese, às quais
mostra que ª as curvas 4 e
abscissa em que

'
··j·
·- ~'·;
_1
definido pela
respectivamen t e as retas de TolM e To2M.
No primeiro caso,
e que correspondem os carregamentos p1 e pJ, respectivamente. O vão

\J
1
Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 259
Projetos mecânicos das linhaS aéreas de transmissão 1
258

encontrado será então o vão crítico, pois será o único vão para o Exemplo 4.1

qual as trações correspondem aos limites máximos admissíveis.


Te;:remos
TJH - TiM
1l Verificar, pela Eq. 4.4, o valor do vão crítico das
linhas que empregam os cabos CAA que deram origem as curvas 1, 2, 3
)
l
! e 4 da figura 4.7.

(~:. r
SE (4.4)
acr )
1 )

terão a
Os
condição
maiores que acr terão
vãos isolados
correspondente
TJH
ou reguladores
a
como regente.
TiM como
menores
regente,
do
e
que
os vãos
acr
l
1
'
Solução:
a - Linha c~m cabo CAA n,c 2/0 AWG - 6Al + 7Fe
)
)
)
Dados: Tração máxima na condição i: To1M = 485kgf
Para que fique definido um vão crí tice, é necessário \ Peso unitário do cabo: pi = 0,2723kgf/m )
6 1
~ Coeficiente de dilatação, térmica: o::t=i8 38.1Q- cC-
que a equação precedente forneça um valor real e positivo, caso 2 )
Módulo de elasticidade: E = 6.820kgf/mm
2
contrário não há vão crítico, como no caso do cabo Oriole. Tanto o Área da secção transversal: S = 78,63mm )
numerador como o denominador da Eq. 4.4 podem ser positivos ou Peso unitário com sobrecarga: p1 = 0,5644kgf/m
Tração máxima na condição j: TOJH = 808kgf )
·negativos. O vão crítico existirá s~· ambos tiverem o mesmo sinal. Temperatura na condição i: ti 20cC
Temperatura na condição j: tJ = lQcC )
A Tab. 4.1 [8] mostra ,,como interpretar a Eq. 4.4,· para
duas hipóteses de cálculo genéricas i e j:
Substituindo esses valores na Eq. 4.4, ter-se-a: )
TABELA 4.1 - VERIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO VIGENTE PELA EQ. 4.4
' +" 808 - 485 )
SINAIS 24 18,38·10-6(10 - 20)
78,63·6.820
VÃO CRÍTICO CONDIÇÃO REGENTE acr
2
)
NUMERADOR DENOMINADOR 0,2723 ]
Para valores de vãos me-
485 J
nores do que acr, a con- )
dição regente é i
+ + )
Para valores de vãos rnai 6
ores que acr, a condiçãO
10.044,57·10- J
/\ acr 243m
regente é j 6
+ 0,17·10-
/

EXISTE j '
f Para valores de vãos me-
nores do que acr, a con- )
dição regente é j .)
b - Linha com cabo CAA 336 400 CM - 30Al + 7Fe (Oriole)
- -
Para valores de vãos mal Tração máxima na condição i: To1H = 1.547kgf
Peso unitário do cabo: p1 = 0,7845kg/m .)
ores que aer, a condiçãO 6
regente é i Coeficiente de dilatação térmica: o::t =16,75·10- 1/cC )
Módulo de elasticidade: E = 6.609kgf/mm
2
2
Para qualquer valor de Área da secção transversal: S = 210,28mm )
+ - NÃO
vão a condição regente é
Peso unitário com sobrecarga:· pj = 1, 135kgf /m
a condiç~o i )
Tração rnáxima·.na .-cond-ição j: TOJH = 2.578kgf
EXISTE Para qualquer valor de Temperatura na condição i: t1 = 2QoC ,__ )
- + vão a condição regente é Temperatura na cO"ndição j: tj = lOcC
a condição j

1
r;-
260
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão -1 Roteiro dos projetos mecânicos dos condutor~s 261

Substituindo na Eq-. 4. 4 os valores acima, escolhido., gráfico ou computador • exige


· que a forma da curva dos
cabos fique bem definida. A Figura 4.7 mostra como as trações dos
cabos de uma linha, calculadas com a m~sma condição regente, variam
6 2.578 - 1.547
24 16,75·10- (10 - 20) + 210,28·6.609 de acordÔ com o valor dos vãos. As 'f~echas,
. ., por sua vez, sa- 0
acc 2 2 j diretamente proporcionais aos quadrados dos valores dos vãos e
1,135 ] - [ 0,7845 ]
[ 2.578 1.547
1 inversamente proporcionais aos va 1 ores das trações. Portanto, para
um mesmo vão• com trações di vers as, t erernos flechas diferentes,

6 t conseqüentemente, curvas
. d e f armas diferentes, conforme se pode ver
eom t raçoes
+ 13.778,76·10- i' pela Figura 4.8a. - constantes, as flechas variarão entre
- 0,07·10-
6 ' \ si, de acordo com o quadrado da relação entre os vãos. A curva no
entanto, será a mesma (Fig. 4.8b), co~o ocorre nos diversos vãos de
uma mesma secção de tensionarnento.
O resultado indica que não há vão crítico. De acordo
com a Tab. 4.1, a hipótese de cálculo í será regente para qualquer
valor de vão.
Se for formulada ma~s uma hipótese de cálculo, k, além
das hipóteses de carga de maior-duração e a de carga max1ma, como
por exemplo aquela-de flecha mínima, é necessário qlie se verifique
a possibilidade desta se tornar regente, o que se faz· pelo mesmo 1
processo, comparando-se i e k e- j e k.
1
J i
o crítico define a condição regente, '
i 1
if2i 1,2
J vão 1 1 !

)
independentemente do fato de se tratar de um vão isolado ou de uma '11
secção de tensionamento inteira,
representada por seu vão I·>
)
.)
)
regulador. Pode ocorrer que wna linha apresente valores muito
diferentes de vãos reguladores de suas secções de tensionarnento,
.
1
º'
"------.-'----__, TI"
·~~
· ·i~
maiores e menores ~o que o seu vão crítico. t então necessário que
se adotem condições regentes
linhas diferentes fossem.
ladeados de vãos grandes,
diferentes em cada caso,
Vãos menores do que os vãos crí tícos,
de uma secção de tensionamento,
como

serão
se
- ---~~=-- To
]1
) normalmente isolados por meio de ancoragem em ambos os lados. a - Vão constante a b - Tração constante To1
1 trações variáveis vãos variáveis
·-i To1 > To2 > To3 a1 < a2 < a3
'-~J 4.3.1.2 - Vão básico ou vão de projeto
J

·~
O estudo de locação das estruturas, bem como o preparo
Fig. 4.8 - Efeitos dos vãos e~das trações nas formas das
das tabelas de tensionamento dos cabos, qualquer que seja o método curvas dos cabos

)
1
Roteiro dos projetos mecánicos dos condutoreS 263
. • ·cos das !inha,s aére'as de transmissão
Projetos mecant
262 Para o estudo de locação das estruturas, é necessário
admitido para uma
o vão básico definir a forma da curva dos cabos, portanto o seu vão básico. Para
Seja a = 350m
com 0 qual foi determinada a
Unha de transmissão e como condição
o cálculo das flechas e trações de montagem (de tensionamento), é
temp eratura, tendo necessário determinar o valor do vão regulador, o que só pode ser
tração na condição
regente a condição
da máxima
de maior duração. Com essa tração
·
foram

valores de vãos,
1l feito após a conclusão da distribuição -,das estruturas sobre o
)
)
C
orrespondentes a diverso 5 perfil.
Calculad as as flechas a curva dos cab os GERÊt~C!fi DE lNFOR~iAÇÀü li )
1 da figura 4.9. Neste caso,
1 CF..MIG E DOCUMHITAÇAO
dando origem à curva
é única e os
-
h
valores das fl.ec as
estão na razao

como afigura 4.8b.


- do quadrado da Podem ocorrer os seguintes casos:
!B~E~~~~~~A 1
)
)
relação entre os vaos, a - o vão r~gulador é menor do que o vão básico;
)
2 (4.5) b - o vão regulador é igual ao vão básico;
fl ( ª' 1 \ )
rt- =ra:•J c - o vão regulador é maior do q~e o vão básico~

o cálculo for repetido'


empregando-se :)
Se, no entanto, será obt-ido
-aos básicos, para cada um destes No primeiro caso, verifica-se pela curva 1 da Fig. 4.9, .)
diferentes valores de V formas das )
tração. -Conseqüentemente, as que as flechas empregadas na locação dos cabos são menores do que
de
um valor diferente
cabos serão diferentes,
,
. 8a e evidenciado
como na F ig. 4 · • as flechas reais, calculadas para o tensionamento, como a curva 2. .)
curvas dos Neste caso pode-se prever falta de altura de segurança, corno mostra
.\
pela curva 2daFig.4.9. a Fig. 4.lOa, o que deve ser evitado. )
O terceiro caso, quando o vão regulador for maior que o
vi1o básico, as flechas reais serão menores do que as flechas de J
FLECHAS USADAS NA
locação, corno mostra a Fig. lOb. Não haverá problemas com as )
COM vAo sÃSICO ESTli.IADO

A • 35 O m alturas de segurança. Há, isso sim, uma má utilização das )


estruturas, com o conseqüente awnento dos custos da linha. )
FLECHAS CALCULADAS

PARA os vias REGULADORES


Ambos os casos devem ser evitados, o que pode ser )
obtido através da escolha adequada do vão básico. Este é um dos
O !FERENTES
'\
.J
f pontos 1d6 projeto em que a experiência do projetista é de suma .
__}
\

importância. Ele deverá avaliar o valor do vão básico através do


)
exame do perfil da linha. Esta, quando apresentar topografia muito
)
di versificada, com secções de tensíonamento __ para. _Qs quais se podem
1
)
prever vãos reguladores muito diferentes, poderá exigir o emprego
• de diferentes gabaritos para a locação, contruídos a partir dos
7
diferentes vãos básicos estimados. Cada uma das secções terá
6
450 500 viotml igual~ente tabelas de flechamento diferentes. )
>50 400
5 'ºº Cada trecho de linha então deverá ser tratado como uma _)
entre vãos básicos linha individual.
das .diferenças :.)
Fig. 4.9 - Efeito
e vãos reguladores )
)
Projetos mecânicos das li~h~S aéreas de transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 265
264

tensionamento e após a sua ancoragem, por toda a vida da linha. Os


alongamentos que ocorrem 'antes da ancoragem não mais irão ocorrer,
podendo ser descontados dos alongamentos totais previstos.
------ O alongamento total será calculado estimando-se, não só
o período de tempo para o qual se pretende a compensação, como
curvo óos reol .
também as condições de carga com que a linha irá operar durante
esse período, e calculando os alongamentos correspondentes. Da
o - VÃO REGULADOR MENOR OUE O BÃSICO mesma forma, deve-se planejar as operaçãeS a serem executadas antes
') da ancoragem, como as ·trações usadas e a sua duração, inclusive de
,~_5 um eventual pré-tensionamento. Calculam-se os alongamentos delas
Curvo~---- 1 decorrentes, subtraindo-os dos alongamentos totais para se obter os
l
·~
/
7
1 \ alongamentos a serem compensados.
' . . . . _______ -r?'
/

--- -- - '

~'
A vida de urna linha, para esse fim, é estimada, em
. !
···.i. ·. Curva de tocooõo . .../
. . _geral, entre 20 e 30 anos, que é o período para o qual se deve

j l

j
estudar a compensação dos alongamentos. Mui tos projetistas adotam
um período de 10 anos para o mesmo fim.
j b - VÃO REGULADOR MAIOR OUE O BÁSICO
Para o cálculo do alongamento total, pode-se adotar,
·,11'
,_...-~
l por estimativa, o número de horas previstas para a operação da
Fig. 4.10 - Efeito da escolha inadequada do vão básico
linha na condição àe temperatura máxima, o,':número de horas para
operação sob condições de carga máxima e no restante do tempo
Feita a locação de uma secção de tensionamento, deve-se considera-se a línha submetida às condições de carga de maior
- regulador . Se este resultar mui to diferente do
calcu 1ar o seu vao duração.
básico (pode-se tolerar diferenças de -5% e. +10%) convém tentar uma Os alongamentos "antes" da ancoragem são calculados a
nova locação com a mesma curva, ou mesmo calcular uma curva nova partir das especificações para a montagem dos cabos:
-
para a con f ecçao de um/novo gabarito, evitando-se os dissabores de I ·\.
- tração de desenrolamento e sua duração;
encontrar condutores bal. xos ou excessivamente altos, pois nesta
,\ fase a correção cus t a mul·to menos, tanto em tempo como em dinheiro,
- tração de espera para nivelamento e sua duração;
- tração de pré-tensionamento e sua duração.
_y do que no campo, após a construção da linha.
) As durações estimadas devem corresponder à média dos

.. ) 4.3.1.3 - Tratamento dos cabos durante a montagem tempos normalmente empregados em tais operações. A Fig. 4.11
apresenta um exemplo de diagrama de trações x tempos de duração,
.J
Os alongamento-s permanentes, tanto por acomodação que poderá ser especificado para o cálculo dos alongamentos
.)
permanentes. Outros valores de tração com a sua duração respectiva
.J' geométrica Como devl. do à fluência, como foi exposto no Capitulo 2,
podem ser adotados, como também sua seqüência alterada.
iniciam-se com o desenrolamento dos Cabos • e prosseguem durante o
)
_)
'J
! . T-·--·
Roteiro dos projetos mecânicos .d os condutor~s 267
Projetos mecânicos das linhBs aéreas· de transmissão

266

i
--;---;-,
' -==:-::-~~
- -: - - ~ - - - - - - - - '·
1
1
1
1
J

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\ 1
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10

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1--~'~1~~~·-1--'~2-l-\~~~'~>~-+--''~·-+~~~~~~~'~s--~~~~~--l\
~
tthcroSl \
Fig. 4. 12 - Variação dos valores das trações nos cabos
:1 ancorados com 0 tempo
.)
tl - duração das operações de desenrolamento e espera;
tz - duração do pré-tensionarnento; O alongamento to.tal em t horas será igual à soma dos
t3 - duração da operação' da linha com temperatura máxima; '
t4 - duração da operação da linha com carga max1ma; alongamentos parciais c3, c4 e cs. A compensação das flechas deverá )

ts duração da operação na condição de maror duração; ser feita para ,!


t - Período total a ser considerado )
C3 + C4 + CS - Cl - C2 (4.6)
. _)
Fig. 4. 11 - Tensões e tempos aplicáveis ao cálculo e 't O programa de cálculo dos alongamentos, anexo a este
dos alongamentos permanentes )
ap1 u 1 o' pode ser usado para esse fim Ele em a metodologia
descri ta no Capítulo 2. . prega )
)
Os tempos t1 e t2 contam antes da ancoragem dos cabos,
)
portanto os alongamentos c1 e c2, que ocorrem nesse intervalo de 4.3.1 · 4, - Cál cu 1 o da curva de locação e confecção do gabarito
.)
tempo, não mais ocorr,rão e deverão ser subtraídos do alongamento .t \
)
Conforme já foi mencionado anteriormente' a curva de
Se T~ é a tração dos cabos na condição de maior duração
total previsto para as t horas.
d eve representar os )
locação, com a qual se constrói o gabarito•
e que admitimos ser a mesma na hora da ancoragem, ela será reduzida .
cabos na condição de flecha máxima ' a longo prazo. Nb Capí tule 2
para To3 após o intervalo de tempo t3, em virtude do alongamento c3 foi àpresentada
t a maneira recomendada pela NBR 5422 para o cálculo )
sofrido devido a operação com a máxima temperatura. A hipótese de da máxima ernperatura dos cabos. Foi visto, igualmente, que é )
por máxima carga ·no tempo t• provoca o alongamento possível permanentes através de
representar os alongamentos
solicitação
adicional c4. A tração ao final de t4, será To•, que é a tração aUm.entos de temperaturas equivalentes podendo-se determinar
J
inicial do intervalo ts e que provocará o alongamento cs, a tração nos cabos d ao final do período de• compensação da fluência e
corres ··· ,)
resultando na tração final Tos, como mostra esquematicamente a Fig. ª flecha pon ente. O procedfmento e, o seguinte:
)
4.12. t)

1
Projetos mecânicos das linhaS aéreas de transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos cQndutores 269
268

a - determina-se a condição regente de projeto, cálculo, ou até mais vezes, dependendo da topografia. A Eq. 4.9
especificando-se a tração [kgf], a temperatura t1 [°C] e o peso pode ser usada para esse fim.
virtual unitário dos cabos, p1 [kgf/m]; Urna segunda curva deve ser adicionada aos gabaritos. ~

a chamada "curva fria". Ela é calculada para a condição de mínima


b estima-se o vão para cálculo, a [m];
temperatura, sem vento, no estado 'inicial, sem considerar
e - especificam-se as trações e respectivas durações, antes e alongamentos permanentes. Com ela verifica-se qual a posição dos
após a ancoragem e calcula-se o alongamento a ser compensado, e cabos com relação aos suportes nessa condição.
[m/ml; Seu cálculo é feito, tomando-se como referência a
d empregando-se\ a equação da mudança de estado (3. 79), condição regente e calculando-se a tração na condição de flecha
determina-se a tração To2 Tmin, para t2 tmax e p2 nessa mínima.
\ Para a construção dos gabaritos, é necessário desenhar
condição:r;
as curvas (parábolas ou catenárias). por qualquer um dos métodos
2
3 Er·S·a-·p1 usuais, sendo conveniente o método das tangentes ilustrado na Fig.
To2 2
24To1 '4.13. Quanto maior o número de tangentes, melhor se definirá a
2 2
Eí·S·p2 ·a (4.7)
24

S [mm2 ] - área da secção dos cabos


Er [kgf] - módulo de elasticidade final do cabo
e - a flecha nessa ~ondição, para o vão básico "a" [m] será
calculada por

2
a •p2 (4.8) f mO:i:
f mâx = [m]
8Tmin

Determina/a a flecha fmax para "a", a curva forma da


fica perfeitamente determinada, uma vez que para qualquer valor de
vão al pode-se determinar a flecha flmax, pela expressão

2
(4.9)
flmax = fmax ( :l )
f mó:i:
Os vãos das linhas raramente são iguais ao vão de
cálculo, podendo ser maiores ou menores. Tampouco são nivelados, o
que·, como foi visto (Cap. 3), desloca os vértices das -curvas para
perto dos suportes mais baixos, ficando a curva assimétrica com
relação ao meio do vão. t, pois, necessário confeccionar os
Fig. 4.13 - Construção da parábola pelo método das tangentes
gabaritos para vãos bem maiores, em geral, de 3 a 4 vezes o vão de
r--
• Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 271
Projetos mecânicos das linhaS aéreás de transmissão
270 esforço de flexão· ao longo dos mesmos, deixando um vazio em forma
com o
deverá ser cuidadosamente desenhado de meia-lua, como na Fig. 4.14. Com lixa fina, alisa-se o corte
curva, cujo contorno nas
vãos ' a" devem ser desenhados
1

auxílio de curva francesa. Os para a eliminação das rebarbas.


'ficas e as flechas, É de suma 'importância qu~ as curvas no celulóide
. 1 s horizontais dos desenhos t opogra ste
mesmas esca a l
na mesma escala vertical. Os
desenhos são feitos sobre pape e e
uma prancheta. Sobre esta. fixa-se o
..
acompanhem a parábola desenhada e que sejam simétricas com relação
,
ao eixo que passa pelos seus vértices. Lembramos que um desvio de 1
será fixado firmemente sobre
deverá ser transparente mm na escala vertical pode representar um erro de 5Dcm na escala
ecção do gabarito. Este
material para Conf d d
acrílico), Com espe ssura de 0,5 a 1,0mm, depen en o 1: 500 ou de 20cm na escala 1: 200. É um trabalh6 que não requer
(celulóide ou
o papel
são também desenhadas as especialista, mas sim capricho e senso de precisão.
do tamanho do gabarito. Sobre
É usual incluir no gabarito algumas linhas auxiliares,
curvas auxiliares mos t ra d as na Fig. 4.14. risca-se o
)
de uma curva francesa, \que são riscadas de leve e escurecidas com tinta para serem
C~m o auxílio )
ta seca) os contornos das curvas facilmente visíveis (Fig. 4.14):
um estilete (pon
material-........_ com o risco )
cuidadosamente, aprofundando
quentes e frias, leve - sistema de eixo de referência - além do eixo de simetria, é )
suficiente para rompê-lo, fazendo-se
progressivamente, o U'sual marcar, nas laterais, eixos paralelos ao mesmo, bem como na )
furosde03
parte superior e inferior, eixos ortogonais ao mesmo, representando
o· "5 mm
o plano horizontal;
Linho do i::obo o 1min
- linha de terra - traça-se uma curva paralela à curva do )
condutor a so~c, a uma distância d [mm}, que, e,m escala, representa
a altura de segurança, hs [m}, estipulada parà·'· a linha. Essa curva
)
é obtida deslocando-se a curva original pela distância nece~sária,
,,
L \nho de
ao longo do eixo de simetria, paralelamente a si mesma.
.)
. )
A linha de terra, muitas vezes, é usada juntamente ou
)
substituída por uma linha de pé. No primeiro caso, traçamos mais
uma par~bcla auxiliar, a urna distância equivalente H [m] do vértice
j '
da original, enquanto que. no segundo caso, traçamos apenas uma, a
uma distância d= H - hs [m]. Veremos mais adiante, em um e outro
caso,como empregá-las.
H Convém, neste ponto, introduzir a forma pela qual são
fixadas algumas das grandezas intervenientes:

Fig. 4.14 - Cons


--t- Eixo de Simetria

trução do gabarito e linhas auxiliares


- altura de susp'ensão dos cabos - é a distância que vai desde o
eixo dos grampos de suspensão (ou de ancoragem) ao plano horizontal
que passa pelo pé da estrutura, no ponto em que esta aflora do solo,
corno mostra a Fig. 4.15;
'
Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores Z73
Projetos mecánicos das--l!nhas aéreas de transmissão
272
!_:- TABELA 4.2 - DISTÂNCIAS BÁSICAS

. - ou obstáculo
Natureza da reg1ao Distância Ref. da NBR 5422
atravessado pela linha ou que "a" Figura
. d Secção
dela se aproxime [m] Anexo A

li -Locais acessíveis apenas a pe- '

~
destres 6,0 8

•s• -Locais onde circulam máquinas
6,5 -
agrícolas

\~mó'
/
-Rodovias, ruas e avenidas 8,0 9
-Ferrovias não eletrificadas 9,0 10
H
-Ferrovias eletrificadas ou com
\ hs 't \ previsão de eletrificação 12,0 -
~

~
1

' -Supor· te de linha pertencente à


!
ferrovia 4,0 -
-Águas navegáveis H + 2,0 10.3.1.4 11
-Aguas não navegáveis 6,0 -
1
1, 2 10.3.1.5 12
Fig. 4 . 15 -
Dimensões de referência da estrutura
1 -Linhas de energia elétrica
-Linhas de telecomunicações 1. 8 12
1
1

1 -Telhados e terraços 9,0 10.3.1.6 13


••' -Paredes 3,0. 10.3.1.7 14
é, como foi exposto no item 1.4.3.1.2, 1
- altura de segurança -
. ma do solo permitida para os condutores. -Instalações transportadoras 3,0 15
Pode
a altura mínima acl
-Veículos rodoviários e ferro-
ser calculada, de acordo com a NBR 5422/85, por viários 3,0 10.3.2.8 16

0,01~~
(Eq. 1.8)
h• =a+ - 50) Obs: hs deverá ser corrigido em função da altitude local.
Recomenda-se um aumento de 3% para cada 300m de altitude acima àe
1000~.\

sendo:
. · especi' fi' cada na tabel•a a seguir
a Im) - distância b as1ca, 4.3.1.5 - Métodos de empregos dos gabaritos
(para U < 87 kY, h; = a);

- distância numérica igual à


tensão u (máxima para a Uma vez preparado o gabarito, pode-se proceder ao
Du lml
'·projeto de distribuição das estruturas sobre o perfil topográfico,
classe de tensão) da linha.
este, em geral, desenhado sobre pápel milimetrado.
é obtido,
comprimento da cadeia de isoladores, Deve-se empregar, de preferência, o papel milimetrado
.comprimentos
determinando-se o seu comprimentq. útil, acrescido dos
opaco, sobre o qual o desenhista de topografia executa a lápis a
Estes são obtidos dos
úteis das ferragens a elas associadas.
reprodução do terreno .
catálogos dos fabricantes.
_)

~!
274
Projetos mecânicos das linhas aér~as de transmissão Roteiro dos projetos rriecánicos. dos condutores 275 -,
t hábito das concessionárias exigirem que os topógrafos H [m], enquanto que a linha de terra deve tangenciar a linha do
forneçam os desenhos em papel copiativo (vegetal ou PVC), à tinta, perfil, como mostra a Fig. 4.16. Deve-se ter 0 cuidado de manter 05

que normalmente são copiados de desenhos feitos em _papel opaco, eixos do gabarito coincidentes com os eixos do papel milirnetrado.
linha as cópias
para posterior ao
entrega projetista da Com um lápis de ponta bem fina, traça-se a curva ao longo do
heliográficas dos mesmos desenhos, para que o mesmo possa executar recorte para a flecha máxima. No ponto em",que a curva estiver a uma
_I
o seu trabalho. Há alguns inconvenientes nessa prática: distância correspondente a H [m] da linha do solo, será marcada uma
- a transcrição do original para o papel copiativo, à tinta, nova estrutura. Uma parábola auxiliar no gabat:-ito, traçada a uma
J
.)
pode introduzir erros; distância correspondente a H [m] da curva da flecha máxima e
- as escalas nas cópias heliográficas normalmente encontram-se idêntica a esta, facilita a localização da nova estrutura, que )
alteradas, pela deformação que o papel de cópia sofre duran~e o estará no ponto.em que esta corta a 11"nha d o solo. Daí seu nome de )
,---..,
processo cop~ativo, o q':1e pode trazer surpresas desagradáveis na linha de pé. )

hora da exé'cução do projeto.


As cadernetas de campo do levantamento topográfico Linho do corw:iutor

devem ser postas à disposição do projetista, para permitir melhor


interpretação dos desenhos. \ Linho de terra )
\
Finalmente, trabalhos de topografia par..a linhas aéreas H \ H /
de transmissão, se bem que simples, só devem ser· confiados a
/
/
topógrafos especializados nesse tipo de trabalho. /
' deveria
O projetista, antes de iniciar o seu trabalho, /
/
/
:i
-~)
/
percorrer a rota de linha, principalmente naqueles trechos em que
maiores dificuldades são esperadas, e que poderão ser por ele '""/-
/ '.)
Linho de pé / /

previamente
recebidos.
selecionados

I
a partir dos elementos topográficos
----H·-h
., _,.,,,.
/
/
/
(_)
()
'-
Inicialmente, deve-se ter o cuidado de marcar, de forma <)
1 destacada, os chamados pontos obrigatórios, isto é, os locais onde Fig. 4'. '16 - Locação de estruturas pela linha de terra
()
1. forçosamente haverá estruturas iniciais e finais, estruturas
l ___ _)
especiais para derivações, travessias importantes, etc.
Há basicamente dois processos de trabalho com os Locação pela línha de pé
)
gabaritos: locação pela linha de terra e locação pela linha de pé. Como mostra a Fig. 4.17, nos eixos das estruturas são
marcadas alturas H' = H - hs [m]. Faz-se a ;Linha de recorte da
Locação pela linha.de terra curva de flecha máxima tangenc1· ar o ponto assim determinado e a )

Segura-se o gabarito de forma que a linha de corte linha d_o perfil. Com um l'apis, traça-se então a curva do condutor. :~_J
tangencie um ponto marcado, em escala, sobre uma linha vertical que No ponto em que a curva . assim traçada estiver a um altura 11
passa pelo eixo central da estrutura, a uma altura correspondente a correspondente a H' da linha do solo, sera' o 1oca 1 determinado para '
1
' rl
/
Projetos mecânicos das linhas ~éreas de transmissão
Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 2n
276
o ponto obrigatório , como também uniformiza r os vãos. Convém,
mui tas vezes, aumentar em uma o número de estruturas ,
conseguind o-se, além de maior uniformidad e dos vãos, a coincidênc ia
da última com o ponto obrigatório , mesmo ,que isso acarrete alturas
livres maiores que as alturas de segurança.
') '·
t, pois, um trabalho feito por tentativas, e quanto
')
' . maior a experiênci a do projetista , mais ·rápido e perfeito será.
!) I / Cada profission al desenvolve sua técnica particular de atacar o
! I
H -h
) \ \ / ' I
I .problema.
) \ l!H-h, / /
/
Deve-se atentar para alguns pontos, que destacamos a
/~Linha
Seguir, a fim de se conseguir um trabalho que possa ser aceito como
",......_,

·~
'
Q --- __ ,,.,.
bom, tendo-se, naturalmen te, em vista ~.as condições particular es do
., Fig. 4.17 - Locação de estruturas pela linha de pé 1 terreno em cada caso.
:) ~
) Evitar, sempre que possível, o emprego de estruturas
1 procurando -se resolver os problemas com o emprego de
·.j a nova estrutura, que corresponde_ , ao ponto em que a linha de pé,
i especiais,
traçada a H' do vértice da parábola recortada, corta a linha do i estruturas padronizad as.
) !

) solo. - Procurar uniformiza r a distribuiçã o das estruturas , de forma


Ambos os processos são equivalent es, e sua escolha
a obter vãos mais ou menos de mesma ordem de grandeza. Procurar
.J depende exclusivam ente da preferênci a pessoal do projetista. Quando
evitar vãos adjacentes muito desiguais. Quando 'isso não é possível,
) se dispõe de estruturas padronizad as de alturas de suspensão
deve-se estudar cada caso em particular .
) diferentes , pode-se empregar uma linha de pé para cada uma das
Evitar a ocorrência de situações de arrancamen to,
.J alturas.
desde a primeira principalm ente quando ocorrerem temperatura s mínimas. Para isso,
,} Prossegue- se da forma indicada,
I obrigatório . Só emprega-se a curva de temperatur a mínima do gabarito, fazendo-se
:.._) estrutura da linha até o primeiro ponto
d a e strutura , que forçosamen te deve
com que ;S't:ta curva tangencie os pontos de suspensão vizinhos, como
· •
pos1çao
,) excepciona l men t e a
mostra a Fig. 4.18. Se a linha do cabo passar acima do ponto de
existir no ponto obrigatório , coincidirá com o ponto determinado
.) suspensão da estrutura considerad a, o arrancamen to ocorrerá. Se a
através do gabarito para a última estrutura do trecho. Se esta cair
) procura-se , através de nova linha tangenciar o ponto de suspensão do cabo, à temperatur a
além do ponto obrigatório ,
) mínima, nenhuma força vertical atuará. Se passar abaixo do mesmo, a
--J distribuiçã o, a coincidênc ia, mesmo que em alguns vãos a altura do
força vertical de compressão atuará sobre a estrutura, sendo sua
. ' condutor passe a ser um pouco maior do que a altura de segurança
intensidade tanto maior quanto maior for a distância. Se o
. -~ estibelecid a. Nessa oportunidad e procura-se uniformiza r ao máximo o
,_1 arrancamen to não puder se·r evitado, pois pode ocorrer em ponto
comprimento dos vãos no lance. Se a última estrutura cair pouco
~ altura de obrigatório , procura-se fazer com que seja mínimo e empregam-s e,
··..;\ antes do ponto obrigatório , procura-se , aumentando a
. 1 nessa estrutura, cadeias de ·isoladores em tensão (ancoragem ) .
J' suspensão em algumas estruturas , não só fazer avançar a última até
.j
>!
'!
T Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 279
278

Cada estrutura é colocada para suportar as cargas \,

Curvo de t ~ t ~IN horizonta is e verticais previstas em projeto, de acordo com os vãos


de peso·e de vento adotados nos cálculos. Estrutura s de alinhamen to
são em geral calculada s para resistire m aos esforços normais
transmiti dos pelos cabos em vão~ gravantes máximos

preestabe lecidos. Quando são usadas com vãos gravantes ou vãos de


vento menores do que aqueles para as quais foram calculada s, as
)
taxas de trabalho menores ocorrerão nas partes solicitad as, de
podem ser usadas também em pequenos )
forma que, muitas vezes,
âng..ilos. Estrutura s de ângulo .admitem ângulos maiores ou menores,

Fig. 4.18 - ~erificação de "arrancam ento"


1
' dependend o da relação vão médi"o/vão gravante. Assim sendo, o )

projetist a deverá ter sempre à mão os diagramas de utilizaçã o das


. l age sobre a cadeia de isoladore s for estrutura s e ter o cuidado de não escolher tipos inadequad os aos )
Quando a força ver t ica que
. - d cadeia de isoladore s sob a êiiversos casos.
relativam ente pequena, a inc 1 inaç~o a
aproximan do demasiada mente - Nos casos em que a declivid ade do terreno ao longo do
ação do vento pode se tornar ex~eSsiva,
Nesse caso, é usual o eixo transve rsal da linha foi consider ado grande, tendo sido
a parte energizad a de partes aterradas .
de lastros de chumbo ou ferro fundido, susperisos na parte levantad os os perfis laterais , o projetis ta deverá fazer a
emprego
a fim de manter esse ângulo no locação de forma tal que a altura de seguranç a seja garantid a
inferior dos grampos de suspensão , '
vertical será calculado da forma e~1tre o conduto r mais externo do lado mais alto solo
(Fig. 4 .19) .
[ valor necessári o. O valor da força
Isso evitará surpresa s e a necessid ade de correção do terreno
)
l vista no Cap. 3. )
(por raspagem ) após o nivelame nto dos cabos. O custo do trabalho
_ Todas as travessia s de rodovias, ferrovias , hidrovias , etc,
adiciona l de topogra fia para a obtenção dos perfis laterais )
devem ser estudadas individua lmente, adaptadas para atender ao que
represen ta uma parcela infima do custo da linha, e muitas vezes )
BR 54z~i8S e às exigência s particula res das entidades
1 prescreve a N "' menor do que a raspagem de um trecho, sem mencion ar o dano que .)
envolvida s. \
I' se caUsa ao próprio terreno pela eliminaç ão de sua camada )
' estrutura s de ancoragem
Quando forem utilizada s superfi cial, dificult ando a reconst ituição da vegetaçã o. A
de tensionam ento, escolher a sua )
intermed iárias como pontos
trabalho de campo seja facilitad o,
1 )
localizaç ão em pontos que. o
•t bai·xos e locais de difícil acesso, mesmo que
evitando pontos mui o
isso leve a seções de tensionam ento maiores do que as previstas .
i
l r-
H
)

procurar )
Sendo empregada s transposi ções com ancoragen s,
a estrutura s de ancoragem 1 )
localizá- las em substitui ção 1 PERFIL DO EIXO OA.
FERFIL LAT_ERAL SUPERIOR
entre estrutura s de )
intermed iárias, mesmo que as distância s
transposi ção resultem irregular es. Fig. 4.19 - Locação em terrenos desnivela dos

1 (
)

Projetos mecânicos das linhás aéreas de transmissão 281


280

impressão que deixa, sob o ponto de vista estético, é também

negativa.

) - Evitar, sempre que possível, a locação


de estruturas em ,,
) brejos e muito próximas à beira de córregos e rios, pois, por
ocasião da construção das fundações, poderão surgir sérios
C)
) inconvenientes.

) - A proximidade de vossorocas (que o topógrafo deve assinalar)


) também deve ser evitada, a menos que medidas corretivas sejam
) tomadas, Upois há· sempre o perigo de ocorrer a sua propagação por
) erosão do solo, atingindo a base das estruturas. Fundo de valas e

! de~ressões devem igualmente ser evitados .


,-;)
.
w
- Rochas e lajes afloran,t~s constituem igualmente obstáculos "'
~
~

~
~

que devem ser evitados na locação das estruturas, se possível. E


) ~
w
w
.) w
'O

J g- -1. -9".lS3
W\:11

.
o
,)
4.3.1.6 - Projeto de distribuição ~

.~ 1 1
'"'
t>
·~
WS'ZI ~L_i ~

) O projeto de distribuição das estruturas ficará


< -- +S'..!53 ~ .
""
·~
~
~

w
)
completo com a indicação, no desenho, dos seguintes elementos, corno 'O

) 1
mostra a Fig. 4.20, - e que constam da caderneta de locação (Figs.
w
'O

3 W9'91+\: ·.lS3
o
4.21 e 4.27), correspondente: ~

.,,
w
o
~
a - tipo de cada estrutura e sua altura; Q.

'l
w
b - número de ordem da estrutura; 'O
o
c - distância progressiva de cada estrutura com relação à
Q.
E
i primeira estrutura da linha ou pórtico de saída da w
X
J subestação; "' 1
1
~ d - vãos entre estruturas;
o
o
o
o o
1
N
..J e - sua localização referida às estacas do leVantamento_ .,;. 1
•_)
J f
topográfico;
- seções de tensionamento.
-"'
""
1
1
-) l !
--- i-- -- - - t.

~ Roteiro dos proj'etos mec ánic os


dos cond utor es 283 ')
as de transmissão
Projetos mec ánic os das linhas aére )
282 S.40
5,40
')
2,30
Est rut ura )
·'; Dis tân cia
Est aca do pro gre ssiv a Vão Vão 2,20 2,20
)
Est rut ura Vão lev ant ame nto des de a méd io gra van te Tip o Alt . \
n. º [m] top ogr áfic o est aca o [m
' )
[km] 1
)
102 T 18, 0
1 o o 110
)
220
0,2 20 175 ,05 207 s 22, 0 \
2 3 + 16, 6 '20º

3
131
5 + 12, 5 0,3 51 109 128 A 18, 0 \
'- -- ~w
1 )
87
145 88 A 18, 0 )
6 - 11, 3 0,4 38 :!
4 203
0,6 41 239 235 5" 22" 0 )
8 •
_E•
5 \
\ )
ern eta de loc açã o )
fig . 4.2 1 - Exemplo de cad
)
2EST AIS 2 ESTAIS
)
4.4 - DESENVOLVIMENTO DO
PROJETO' o )
)

4.4 .1 - Enu ncia do esp eci fico s- 4,5 N J


•..:
)
ssã o
os de uma lin ha de tran smi s - 'io
Efe tua r o pro jeto dos cab )
par a tra nsp ort ar
um com prim ento de 62km,
da cla sse 230 /245 kV, com )
ção aba ixa dor a
Hid rel étr ica a UJna sub esta
325,6MVA, des de uma Usi na )
abalha em cic lo con
tinu o. Ser á con stru ída •+O

1 de uma ind úst ria que !~··


na Fig . 4.2 2. )
o~

est aia das do tip o ind ica do N

com est rut ura s me táli cas


" s atr avé s do est udo eco
nôm ico, ser ão do
ó
j
Os con dut ore s, esc olh ido Fig . rut ura s de sus pen são
- Dim ens ões bás ica s das est o
por 54 fio s de i )
2 sec ção tot al, con stit uíd os da lin ha do exe mpl
tip o CAA, de 515 ,llm m de nor ma is
can ary , 900kCM, da ASTM). )
Al e 7 fio s de aço (có dig o s,
de aço gal van iza do a 7 fio 1
Os cab os pár a-r aio s ser ão )
Dad os de pro jeto
al de 9,525mm (3/ 8") .
tip o EAR, de diâ me tro nor riin as 1 )
em urna reg ião de coo rde nad - con form e cat álo go da Alb
ra:
A lin ha ser á loc aliz ada a - dos cab os con dut ore s l' )
gic os obt ido s na
ond o de dad os me teo roló - diâ me tro nom ina l: d= 29,S
lrnrn
18° 5 e 460\.1, não se disp )
2
. - sec ção nom ina l: S 511,11nun
reg ião , com alt itu de de 425m
A top ogr afia do terr eno
pod e ser con sid era da sua
ve 1 - car ga de rup tur a: R =. 142
.09 7,i\ N (14 .49 0kg f)
(__J

cat ego ria B". ')


11

rug osi dad e cor res pon de à - pes o uni tá.r io: p = 16;'913
N/m (l,7 247 kgf lm)
(lev eme nte ond ula da) e sua
vão s em 310m. )
Pod e-s e est ima r a méd ia dos
Projetos mecãnicos das lin~as· aéreas de transmissão ·
f Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 285
1
1
284
N 325600
módulo de elasticidade final: Er = 67.567,47MPa IM = = 817,3A
2 VJ·U VJ·230
(6.890kgf/mm )
módulo de elasticidade inicial: E1 = 51.041,43MPa estima-se que.na hora do calor máximo, a linha opere com
2 ·cerca de 85% da carga de ponta .. Logo:
( 5. 203kgf/mm )
coeficiente de dilatação térmica linear final: l = 695A
-6
"tr = 19,44·10 l/•C
- coeficiente de dilatação térmica linear inicial:
-6
"t' = 18,18·10 l/•C 4.4.2 - Determinação da velocidade de vento de projeto e forças
resultantes da ação do vento
b - dos cabos pára-raios
\ \
- dif:onetro nominal: d = 9,525mm De conformidade com a NBR 5422, as velocidades de vento
2
secção nominal: S 55.42lmm de projeto Vp são determinadas a partir das velocidades básicas de
- carga de ruptura: R = 68.450N (6.980kgf) vento Vb, corrigidas de modo a levar em conta o grau de rugosidade
peso unitário: p = 4,021N/m (0,410kgf/m) da região de implantação da linha, o intervalo de tempo necessário
módulo àe elasticidade f,ihal: ir
= 189.561,SMPa para que o obstáculo responda à ação do vento, a altura do
2
(19.330kgf/mm ) obstáculoe o período de retorno adotado:
coeficiente de dilatação térmica linear final:
-6
(Eq. 2. 7)
"tr = 12,56·10 l/•C
Para a presente linha, pode-se'" manter o período de
meteorológicas na ausência de dados
c - condições retorno de 50 anos adotado. Para terreno de rugosidade "B", teremos
específicos da região, devemos empregar aqueles constantes kr = 1. O período de integração de 10 minutos, usado para definir
do Anexo A da NBR 5422. Para as coordenadas dadas: Vb = 20rn/s, deve ser corrigido para 30 segundos, para se obter a
-/
- temperatura média: t = Zl°C pressão do vento sobre os cabos. Para tanto, da Fig. 2.9 obtemos kd
temperatura máxima média: lmax 28,S•C
= 1, 21~ Para a correção de Vp em função da altura dos cabos,

li temperatura mínima: tmin = 4°C


temperatura máxima: tmax = 38,2•C
I
estimamos
.
sua altura média em 11 metros. Será adotado também
n = 11, como indica a Tab. 2 da Norma. Assim,

l
·.;
1
média das temperaturas mínimas: lmin
- velocidade básica do vento: Vs = 20m/s
- qualidade do ar: muito boa
15°C
Vp = 20·1,0·l,21 (
1101 )1/11
r
l
Vp 24,4lm/s

d - altitude média da linha: h 425m R.N.M.


!~ De posse da velocidade de projeto, pode-se determinar a
pressão dinâmica de referência qo, indicativa do efeito do vento 1
e - corrente na linha: a corrente na linha na hora da ponta de
sobre obstáculos: f
carga será
j
1
Projetos mecânicos das linhas ~éreas df! transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores . 287
286

(Eq. 2.9) , isoladores. Com isoladores normais de passo de 146mrn, a distância


qo = z1 p·Vp
2
reta de escoamento da cadeia será:
e D1 = (n - 1 )p + d1 [m] (Eq. 1.9)
3
1,293 ( 16.000 + 64·t - ALALTT) [kgf/m ] (Eq. 2.10) 12· isoladores na c;adeia:
P = _1_+_:;.0-'-.o:;o;.3;.6~7~·t~ 16. ooo + 64 · t + para n

D1 (12 - 1)0,146 + 0,305 )


sendo: D1 1, 91 lm )
p - massa específica do ar
)
t - temperatura coincidente do vento em °C
Esta distância, se compatível com a NBR 5422/85, poderá ')
ALT - altitude média da linha
determinar o mínimo afastamento entre condutores e partes do
J
da linha em projeto:
suporte. Conforme a norma, como foi visto no Capítulo 1:
A massa específica do ar na região \ )
~ (Eq. 1.10)
De ~ 0,03 + O,OOS·Du
+ 64·15 - 425 ) J
p =
1,293
1 + O, 003ó7·15 ( 16.000
16.000 + 64·15 + 425
De ~ 0,03 + 0,005·245 J
3 / )
p = 1,166kgf/m De ~ 1, SOm
)
e a pressão dinâmica:
2 Pode-se, pois, adotar o valor de 1,9m acima determinado. )
qo --}- l,166·(24,41)
Essa distância deverá ser verificada no suporte com a cadeia de J
2
qo 347, 40N/m isoladores deslocada da vertical sob a ação do vento de projeto, )
como mostra a Fig. 4.22. O ângulo de"·' inclinação f3. é
)
4.4.3 - Dimensões básicas das estruturas calculado pela expressão
.)

Como foi expot"to ~o Cap. 1, as dimensões básicas de uma ~ = tg


-1[K· ao·d ]
pCV/H)
(4.10) ,)
1 .)
estrutura são determinadas primordialmenté em função do desempenho l transcrita do item 10.1.4.3 da Norma NBR 5422/85.
,)
de sua estrutura isolante, da qual a cadeia de isoladores é \
K - 1pàrâmetro que deve ser lido da Fig. 4.23, em função de Vp; ,)
fundamental. o número de isoladores, tipo disco "standard", poderá
qo - pressão dinâmica de referência do vento calculada como
.)
ser:
indicado;
n1 =
Uma.x ·de
dl
(245/Y°3). 2' 3
30,5
= 10,67 \ p - peso unitário dos cabos em N/m;. ·
)
)
V - vão de vento (ou médio) em rn;
na qual Umax = 245kV é a máxima tensão de regime permanente; de = 2,3 )
H - vão de peso (ou gravante) em m.
cm/kV é a distância de escoamento específica para região (ar )
limpo); d1 = 30,Scrn a distâ~cia de escoamento dos isoladores. 1 A relação V/H depende da topografia do terreno. Será
.J
Na ausência de dados concretos do ni vel ceraunico da unitária para terrenos planos, decrescendo com o aumento de sua ',)
região, adotaremos um valor um pouco mais conservador, ou seja, 12 irregularidade. Valor típico pafã terrenos ondulados é de 0,70.
)
y'

I
j

Projetos mecánicos das linhas àéreaS de transmissãÓ Roteiro dos projetos mecánicos dos condutores · 289
288
fmax - flecha má?Cima, na condição de máxima temperatura,
K l,0
)
0,9
\ incluindo o efeito
fmax = 10,68m.
da fluência (ver item 4.4.6)

0,8 \
~)
0,7
\ Portanto:
) '\
~)
0,6
H= 6,5 + 0,01(
2
;: - so) + 10,68 = 18,lOm

:-) 0,5 ""'- ...........


)'-...._
A Fig. 4.24 representa o diagrama das cargas na
) 0,4 ~ condição de carga máxima na estrutura para vãos normais
) 0,3
20 25 30
(V = H = 350m). ·A família de estruturas deverá incluir pelo
10 15
~) ', \menos mais uma para vãos maiores, como, por exemplo V = H = 450m.
Velocidade de vento de projeto
! m Is l
~)
I
:J Fig. 4. 23 - Parâmetro -"K" para a determinação do ângulo
de balanço (NBR 5422/85) v,
Hp
)
)
)
Substituindo os valores na equação 4.10: ~--- j
-+----41~----l~
1/2 Hc
1

18,21•
/
/
Com o valor do ângulo assim determinado, que para maior /
/
segurança será aumentado pa:i"Ai 20°, mais as distâncias de segurança V 5.920[N] /
V 'p
/
mínimas, determinam-se as dimensões da cabeça das estruturas, 1.408(N] /
fixando-se o ângulo de cobertura em 30°, como mostra a Fig. 4.22. H, 3.588[N]
45•
Hp 1. 425 [N]
A altura de suspensão normal será para a 1 inha em
·\
terreno plano e um vão de 330m: Fig. 4.Í4 ·_ Diagrama da solicitação da estrutura na
condição de carga máxima
H = hs + fmax [m]

sendo:

h, =D=a + 0,01[ ~ - 50) [ml (Eq. 1.8)


4.4.4 - Escolha do vão básico para cálculos

altura de segurança conforme NBR 5422. No item 4:4.1 foi dado um valor estimativo para a média
a - constante que depende do terreno cruzado pela linha no dos vãos da linha igual a 310m. Em terrenos ondulados espera-se
presente caso; a = 6,Sm terreno agrícola mecanizável. um número razoável de vãos maiores do que a média, tendo como
Du - distância em metros, numericamente igual a tensão máxima conseqüência um valor de vão regulador levemente maior. Como os
de exercício da linha. Para a presente linha, Du = 24Sm.
'111 f;
Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 291 )
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão )
290 fv = qo·Cxc·o:·dN (4, 11)
)
"'.."'. vãos básicos devem ter valores próximos aos dos vãos reguladores, Cxc = 1 - Coeficiente de arrasto )
convém, neste caso, adotar um valor maior. Assim, adotaremos
~; a = 0,89 - Fator de efetiveidade para a 330m (fig. 4.25) )
inicialmente 330m de vão básico para a linha inteira. Após a
)
locação das estruturas verificaremos o acerto da escolha. logo:
)
',,' fv = 347,40·1·0,89·0,02951 = 9,124N (0,930kgf)
)
1 o peso virtual dos cabos sob ação do vento será: )
.r"'~i 4.4.5 - Hipóteses de cálculo e condição regente de projeto
)
~.'

~; )
!, 4.4.5.1 - Para os cabos condutores
1: ... \ Pv 19,21N/m (l,960kgf/m) )

---
A partir das condições meteorológicas podemos formular )
l' I
i;. as seguintes hipóteses de cálculo: )
a '·º ::Oteporio

---- ---- ---- --- -


a - Hipótese de carga de maior duração do )
Terreno
L
Apesar de estar pr,e'Visto o uso dos grampos de suspensão o, )

1 1
armados, 1 imitaremos a tração ·nos cabos nesta condição a 20% da

carga de ruptura:
o
~

o,e -- ---- --- --- ----


r-...

·-
-A
)
)
'l - tração: T1 = 28419,SN (2898kgf)
)

1
~
~
b -
- temperatura: t1 = 21°C

,,.
Hipótese de carga máxima:
0.7
---- - -:.:
e )

J
)

1li A tração nos cabos, na condição de carga máxima, não


o• - 400 500 600 700
D
800

'il-
deverá exceder a 35% de sua carga de ruptura a temperatura 2 00
""º Vão ! m 1
)
ij )
1·~
i
coincidente:
Fig'. \.25 - Fator de efetividade de a (NBR 5422)
ToTrnax 49.734,16N (S.071,SOkgf) J
1
)
!l "'fmin = + 15cC
)
A velocidade do vento será aquela determinada em 4.4.2, e - Hipótese de temperatura mínima:
Nesta condição, a t raçao
- max1ma
· · dos cabos, sem )
:\.
~ t ou seja: 30% de sua carga de )
considerar a ação do vento, d evera· ser de
1.'. Vp = 24, 41m/s ruptura na condição de temperatura mínima. Logo: )
u ·~
E -a pressão dinâmica de referência: ToTmin = 42.629,3N (4.691,4kgf) ·.J
l
t qo = 347,40N/m
2
tmin = + 4oC
'._)
~:'
'l que exerce por metr~ linear de cabo uma força calculável por:
'
'· i
,t; V
·~ :1 ' /
Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 293
Projetos mecânicos das tinhas. "aéreas de transmissão
292
Para o presente caso, sendo rer = 0,0736 Q/km, encon-
d - Hipótese de temperatura máxima:
tramas a t emperatura calculada para os condutores.
Deve ser determinada para a coincidência de calor
intenso e corrente de carga correspondente, considerando-se o tmax = 53, 31 oC
efeito do sol, com incidência de vento de 0,6m/s. Na falta de dados
" 1' Adotaremos tmax 55oC
í
sobre a radiação solar, pode-se estimar a sua contribuição como '
sendo de qs = 244·d [W/m), ou cerca de 10% a mais do que em climas i A condição regente será determ1nada pela equação do vão
crítico (Eq. 4.4), comparando-se a condição de maior d uração com a
1 condição de maior carregamento.
temperados.
A temperatura de ieferência será a média das máximas i
Teremos:
temperaturas da região:

lmêdio = 28,5°C P1 16, 913N/m P2 19,21N/m


u do cabo será determinada pelo
ti 21 ºC t2 ·15ºc
A temperatura
1. Empregando-se a TlM = 28419, 5N T2 M = 49.734,16N
procedimento descrito no item 1.4.1.4 do Cap.
dos cabos, pode-se~.
Eq. 1.3 para a determinação da ampacidade
determinar por tentativas o V'!llor da temperatura correspondente a
24 nt(t2 - ti) + T2M - T1M
S·E
695 [A}. acr = lml (Eq. 4. 4)
Teremos, para e = 0,50, perda de calor por irradiação:

3 f 273 +to
q,=119,2·10 .o,5·0,02951Ll 1 .ooo
r ~'
J- Substituindo os valores' teremo~·;
/'
(Eq. 1. 4)
fl 273 +t )'] [11/ml
l. 000 49.734,16 - 28.419 5
24 19,44·10-6(15 - 21) +
515,11·67.567,47,
acc
2 2
as perdas por convecção serão: 19,21 ] 16,913 ]
( 49.734,15 - ( 28.419,5
qc = 945,6·10- 4 (t - to)[0,32 + / \
52 (Eq. 1.51
+ 0,43·(45.946,8·0,02951·0,6)º' 1 [11/ml /--+__:::11:.:•:.:8:.:9:.:8:___
acc
- 2,05·10-?
!
e o calor ganho pelo sol: i
(Eq. 1.6) ,' j
duração , Portanto, o vão crítico nao
- existe. A condição de maior
qs = 224·d [11/ml
i' sera a condição regente para qualquer valor de vão.
1
variando t nas Eqs. 1. 4 e 1. 5, devemos encontrar um valor para o ' Repetindo a verificaç-ao, porém entre a '
' maior duração e condição de
a condição de t emperatura mínima, sem vento, f
qual I = 695A.
3 ) 112
verificaremos a inex1
regent
· . stenc1a
~ . do vão cr,1 t.
ico. Portanto
a condição

695
= f_ 10 (qr + qc - qs
l Tef 1 e do projeto é a condição de ma1·or duração.
r
J
Roteiro dos projetos mecánicos_ dos condutore.s
295 1
Projetos mecánicos das linhas aéfeas de transmissão 1
Corrigindo a velocidade de projeto do vento para uma )
294 l

4.4.5.2 - Para os cabos pára-raios l altura média de aproximadamente 16,35m:


l
Vp = 25,31m/s )
Para o cálculo mecânico dos cabos pára-raios, as
\ j l
hipóteses de cálculo a serem formuladas são basicamente as mesmas. i·· 1 A presSão dinâmica d e re f erênC~ será
i
Elas deverão, no entanto, ser examinadas para condições de operação !
2
qo = 373,47N/m
sob condições de curto-circuito, quando poderão ser percorridas por
\ e a força exercida sobre um metro de cabo:
)
l.
correntes elevadas. Essa verificação deverá ser feita obedecendo a
!;
Dimensionamento de Cabos ' (0,323kgf/m) )
norma NBR 8449 de abril de 1984 fv = 373,47·0.89·0,00 9525: 3,166N/m
Pára-Raios para Linhas Elétricas de Transmissão de Energia Elétrica )
cabos pára-raios sob a ação do
\ O peso virtual dos
)
- ProcedimefJto. vento será:
As hipóteses usuais para o dimensionamento mecânico,
J
2 2 )
são: p2 = / (4, 021) + (3, 166)
. )
a - Condição de maior dur~ção p2 5,118N/m (0,5Z3kgf/m)
)
A tração nessa condição corresponde a 14% da carga de
)
ruptura, na temperatura correspondente à média pluri~nual.
e - Condição de temperatura mínima )
To= 9583N (977,Zkgfl A tração nos cabos pára-raios não deve exceder )

To= Z0.535N (977,5kgf) )


,)
à temperatura
b - Condição de máxima carga
Na condição de máximo carregamento, a tração nos cabos,
-J
tmin = + SoC ~)
pára-raios não deverá exceder 30% de sua carga de ruptura,' sob a
ação do vento de projeto, na temperatura coincidente. ,;\.
igual à máxima
d - A temperatura máxima dos cabos deve ser
do vento
ToH = zo.535N (Z.094kgf) temperatura do ambiente, desprezando-se os efeitos do sol,

ttH lS•C nessa


1 ou de eventuais correntes parasitas

O peso virtual dos cabos pára-raios será,


tmax = 38,2oC

condição: Para os cabos pára-raios também não ex1·ste va-o crítico


u
p d as condições de maior duração e de carga máxima, conforme se
para
4 . 4 . Logo, ª condição· regente para os
u
0· e verificar pela Eq.
'.cJ
para calcules dos cabos pára-raio-s' também é a condição de maior duração.
(0,410kgf/ml
''-)
pt = 4,0ZlN/m
J
/
296
Projetos mecânicos das linhf!S aéreas de transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 297 1i
a.3 - Pré-Tensionamento
4.4.6 - Confecção do gabarito duração: 03 =1 hora
e confeccionado da maneira - tração ·constante: T3 4.210N (43Skgf)
0 gabarito será cal cu lado
J! descrita no item 4.3.1.3. O5 d dos necessários
ª

nos itens anteriores, exceto os b - Após a ancoragem


)l
:__- l
especificados e determinados
condutores' cuja determinação b.1 - Fluência a longo prazo
'.)! alongamen t os Permanentes dos cabos 1 no de trações que segue, em - duração: 04 = 257.544 horas
·)' será feita, de acordo com o p a
- na Ref. [10] aconselha-se a empregar a temperatura
:J j. computador digital pelo programa anexo .
. t. l t.1mado para a 1 inha é de 30 de maior duração, acrescida de 5•C para compensar o
o
periodo de vida u l es
J será determinado o alongamento a ser compensado. êfeito do sol e da corrente. Portanto, o cálculo,
anos, para o qual e respectivas durações
) U Serão assumidas as solicitações será desenvolvido com•. t4 = 21 + 5 = 26•C
) abaixo indicadas e ilustradas na Fig. 4.26.
- tração no inicio do período: T4 28.420N (2898kgf)

b.2 - Fluência sob condição de máxima carga


3 "1 . ..ÁNCORAGEl.I
- duração: estimativa arbitrária: Ds = 2.628 horas

J
,J: i
[:,] \
~;: •,···
o'5
- tração inicial - valor da tração ao fim das
horas, calculada pelo programa
sobrecarga de vento de projeto: p2
257.544

19,210N/m
!

··-~
(l,960kgf/m)

.l l\ - temperatura coincidente: ts = + 15°C


j_ b.3 - Fluência na condição de temperatura máxima
J - duração: estimativa arbitrária: 06 = 2.628 horas
~JÍ
OU RAÇÕES
tração inicial: valor da tração ao fim das·2.628
.Yi,, ·t -
Fig. 4.26 - Diagrama das solic1 açoes
assumidas dos cabos
/ \ horas de carregamento máximo, calculada pelo

~l programa.
/"'
Temperatura constante igual a 21 oC, - temperatura dos cabos sem vento: t6
a _ Antes da ancoragem -
sem vento. Os resultados obtidos no cálculo efetuado no computador
) Desenrolamento dos cabos
a. 1 digital pelo programa, são os seguintes:
duração: D1 =1 hora
14.0lON {1.449kgf) a - Alongamentos antes da ancoragem
) "'!
Tração< constante: T1
a.1 - desenrolamento dos cabos - 1 hora: c1 = 9,931mmlkm
) a. 2 _Espera para Nivelamento
,) j '. duração~ 02 = 3 horas
a.2 espera para nivelamento- 3 horas: c2 = 24,271mm/km
(2. 174kgfl a.3 - pré-tensionamento' - 1 hora: c3 = 47,306mm/km

)
!
_,1
tração constante: T2 = 21.0lSN

.) '
· Rote;ro dos projetos mecânicos dos condutores· 299
• . s das linhas· aéreas- de transmissão
Projetos mecan1co )
298 total·. do cabo será no fim desse intervalo de tempo, à )
antes da ancoragem:
Alongamento total, temperatura de + 15°C: )
ca = 81,508mm/km )

b - Alongamento após a ancoragem duração, com a )


272
alongamento na condição de maior e5 = 25,32145· (300.859,37)º' '.
b.1 - de 257.544 horas
. ( + 5) •C, e duração
tempera t ura ae 21 e• = 780,849mm/km c5 = 782,715mm/km )
- Calculado pelo computador digital:
b.3 - para a condição de temperatura máxima, ou seja, a )
na condição de maior
decorridas as 257.544 horas de SS°C, é necessário determinar, a tração no cabo ·ao )
b.2 - - condição carga
duração, determinou-se a traçao na ~ . foi final- das 260.172 horas, o início da contagem do tempo )
3.009,926kgf, cuja permanencia
!J'áxima igual a ', \ nessa condição. Lançando mão da "Equação da Mudança de )
alongamento total, ao final
estimada e~,2.628 horas. O Estado", podemos calcuia:r esse valor e encontrar
, calculado a seguir. )
257.544 + 2.628 horas, e To6 = 2.177kgf ou ~6 = 4,226kgf/mm 2 , considerando o
das Correspondendo )
t intervalo a t axa
Admitindo constan e no 2 equação efeito do alongamento produzido no cabo.
3.009,926/515;11 = 5,843kgf/mm' pela )
Repetindo agora os cálculos do item b.2, porém para
a O"S = · seria necessário
odemos detefminar o tempo que ~6 = 4,226 e cs, encontramos teq6 66.996 + 2.628 = '· )
2.15, P l a· c 4 , teqS:
para produzir um
alongamento igua = 69.624 horas e, para t• = 66,996 + 2,628 = 69.624 / '
horas, encontramos finalmente o alongamento ao final )
o . (Eq. 2.15)
~~ o. µ/cr
C4 = K. e'f' ·cr • teqS dos 30 anos: )
µ = 0,38 e
<P = 0,017; a = 1,42; C6 = 791,438mm/km )
Sendo: X = 1 • 6; 54Al
' - ·a dos cabos CAA O alongamento a ser compensado será:
O= 0,19 as constantes de fluenc1
a T = 15•C = = 791,438 - 81,508 )
+ ?Fe, teremos par Cc C6 - Ca
o' 19
0,255 (5 843) '
1 42
·t
0,38/(5,843)
cc 709,930mm/km
)
780,849 = 1, 6· e ' '
)
o,272 /\As etapas b.2 e b.3 de cálculo dos alongamentos estão
780,849 = 25,32145·teq5 incluidas no programa anexo, considerando intervalos de tempo .ót
)

logo: crescentes, de acordo com a lei DT = (0,8·!)


1 25
' . O resultado obtido )

pelo cálculo desenvolvido acima, de forma simplificada, é )


teq5 = 298.231 horas 2.628
. d
sob tração máxima e e iguâ..lmente aceitável, dada a insignificância da diferença entre
A duração da permanência pode ser
decorrente este e aquele que seria obtido pelo computador. )
alongamento dela
horas. O d constante
erro, consideran o ~ O cálculo foi repetido, considerando-se a ancoragem dos
calculadot se~ grande )
cabos sem pré-tensionamento. Para tanto, nos cálculos da fluência a )
no intervalo. Logo,
longo prazo, empregou-se o módulo de elasticidade inicial e o
ts = teqS + 2.628 300 .859,37 horas )
alongamento coeficiente de dilatação linea-r também inicial, ao invés dessai:;
com cr = 5,843mm/km o .~
i
Para essa duração e
Roteiro dos projetos mecânicos d os condutores 301
300 Projetos mecânicos das li~has aéreas de transmissão
\ To23+To22[ Et·S·pÍ·a2
J 24To12 +S.E"trl t2-ti )-To1] =
grandezas no estado final, como no primeiro caso. Os resultados

Substituindo os valores, en. centraremos' empregando como


~ encontrados foram:
1 - Alongamento total antes da ancoragem: ca' = 34,202mm/km unidade okgf:
) 2 - Alongamento total após a ancoragem: cd' = 791, 438mmlkm r·
3
'.,) 3 - Alongamento a ser compensado em 30 anos: e'= 757,24mmlkm r To2
l + Toz2 [5.709,25 + 4.898,62 -' "2.898) = 47,903·109

'.) Comparando-se os dois valores de e, verifica-se que o que, eso vida por qualquer processo numerico,
, fornece:
)) To2 =· 2. 199kgf (21. 563N)
pré-tensionamento reduz em cerca de 4,3% o alongamento a ser
;)
A fle~ha a ser esperada no va-o b'asice será
:) compensado. Os acréscimos equivalente de temperatura serão:
2
a ·p1 (330)2·1,7247
.) 709 '93 = 36,5•C fmax
8To2 8·2199 '.
10,68m
l
') 1 - com pré-tensionamento: b.teq = ----"-'..:---
19, 44· 10-6
O gabarito deverá ser
:;j 2 - sem pré-tensionamento: _ti.teq = _ 19,44· 10.6
757,24
__.:.~.!..'.:'..:---
= 39,ü•C
, vezes vão b.as1co,
0
. dependendo do preparado
1 inhas . Deverá ser tanto
. com u m vao
tipo de t errenos
_ de 3 a 5
cruzados pelas
.! t maior quanto mais acidentados forem os
J
', .) errenos. Para o presente caso do perfil do eixo da linha
:t A seqüência dos carregamentos empregados e ilustrados sugere • um exame
(J na Fig. 4.25 foi escolhida arbitrariamente. Se tivéssemos invertido
que se adote 3 x 330 = 990m.
.. ~ -
A flecha da "
deverá ser executada com
'-1 as seqüências de maior duração com aquela de máxima carga, teriamos 96,0m na curva quente"
:J: encontrado Cc 'V 615, 951mm/km, correspondendo a uma temperatura ser medid
escala vertical do
desenho. No
, 1: 200. O vão deverá
cas~·.•
o na escala h orizontal, ou seja, 1:2.000.
.) equivalente de 3l,7•C no caso da linha com pré-tensionamento e
.) 34,12•C, no caso da linha sem o mesmo. Dada a imperfeição de nosso
b - Flecha mínima
:J modelo meteorológico, pois esse cerregamento máximo poderá ou não
A flecha mínima é calculada para a mínima t emperatura,
') ocorrer em várias ocasiões durante a vida da linha. poderemos
sem considerar o efeito d 0
'.) aceitar um valor médio. correspondente a Ateq = 37•C e confeccionar anç~ 'i;Je estado" · No presentevento
rnud caso' empregando-se a equação da
' l2 = lmin = + 4oC 1
,) o gabarito para tina:x = 92°C. To23 + To22[5.709,25 • ogo:
- 1.172,91 - 2 . 898] = 47.903·10·
j , .. ! cuja solução fornece:

j' 4.4.6.1 - Cálculo das flechas para o gabarito

a - Flecha máxima maior duração foi escolhida como a


To2 = 3.160kgf (30.987N)

A flecha na condição de t emperatura minima será, então


A condição de vão básico de 330m e To1 = 28.419,SN fmin = 7,43m
condição regente. Para o 92,0•C e p1 = 16,913N/m (1,7247kgf/ml. A "curva fria" do gabarito terá uma flecha de
estado, teremos
(2.898kgf), t1 = 21•C, tz =
equação da mudança de (3,0)2·7,43 = 66,9m.
empregando a
o valor da flecha máxima:
tores
)
s de transnliSsão Roteiro dos proje tos mecá nicos dos condu 303
Projetos mecânicos das linhas aérea )
302
la, conc luím os:
de uma chap a de acrí lico Obs erva ndo os resu ltad os da tabe \
/
o gab arit o foi exec utad o
com cerc a d e 60 x 60 cm, da man eira méd io, como )
cris tal de O,lc rn de espe ssur a e a - as dife renç as entr e o vão
regu lado r e o vão
da cade rnet a de )
~exposta no l•t em 4 . 3 .
1 . 3 . A Tab · 4.3 ilus tra part e
loca ção resu ltan te, refe rent e a uma
seçã o de tens iona men to.
também entr e ·o vão regu lado r e
p~quenas, prin cipa lme
o vão bási co de cálc ulo são
nte no segurado caso . O vão regu lado r 1
!
)
'
é, port anto , repr esen tativ o da secç ão de tens iona men to
e )
A DE LOCAÇÃO. PRIMEIRA las de flec ham ento .
TABELA 4.3 - EXTRATO DA CADERNET pc·de ser usad o no cálc ulo das tabe )
SECÇÃO DE TENSIONAMENTO
de uma ·qua lque r ~ecção de
No caso em que o vão regu lado r )
Vãos [m] vão bási co, prin cipa lme nte
Supo~ Esta ca Dist ânci a Tipo Obs. tens iona men to dive rgir muit o do )
te leva nt. do H ,... V
V
ser refe ita, proc uran do-s e,
topo gr. iníc io H estr . se for. men or, a loca ção deve rá )
N• \ "a" de vent o de peso mais sati sfat ório s. Caso
', \ com o mesmo gab arit o, resu ltad os )
li 105 ,0 235 ,0 2,24 AT Anc a- bási co deve rá ser usad o
01 100+0 0,0
rage m isso não seja alca nçad o, novo vão
)
arit o e nova s loca ções
210 ,0
term - para conf ecçã o de um novo gab
min ai abo res com cabo s baix os
)
tent ada s. Evi ta-s e com isso diss
.309 ,0 225 ,0 0,73 SN )
02 102- 77,5 210, 0 , 1 ou alto s dem ais;
408, 0 .· 376 ,0 250 ,0 0,69 SN
103- 27,3 618, 0
03 loca ção efet uad as, proc urou -se
345, 0 356, 5 360, 0 1, 01 SG b - nas vári as tent ativ as de )
108- 11,8 963, 0
04 utur as, aten dend o assi m ao
168, 0 262 ,0 297 ,0 1,33 SN min imiz ar o peso de aço das estr
05 110+ 17,0 1.13 1,0 )
356, 0 1,05 SG aspe cto econ ômic o;
112+ 6,5 1. 487. o 342 ,0 360, 0 )
06
328, 0 285 ,0 0,80 SN
114+ 42,5 1.84 3,0 356 ,0 a n. º 03 da secç ão, apre sent a-
07
405, 0 e - toda s as estr utur as, menos )
285 ,0 0,82 SN
116+ 25,0 2.24 8,0 346 ,5 0,70 usad a no proj eto,
08
308, 0 ram rela çõe s V/H mai ores do que .)
246 ,5 210 ,0 0,85 SN
09 117+ 24,0 2.55 6,0 asse gura ndo ângu los de bala nço men ores do que 18,2 1°. O ;)
ângu lo de bala nço da estr utur a n. º 03, com V/H 0,69 ,
7.29 1,0 264 ,0 190, 0 0,72 SN
fixa dos.
J
25 146+ 50,5 deve rá ser de 18,9 70, aind a bem abai xo dos 20c
216, 0 0,85 SN )
26 147+ 65,8 7.50 7,0
397, 0
306 ,5 260, 0
SN
, '\ Quan do ocor rere m valo res de /3 maio res do que o máximo
7.90 4,0 344 ,5 356 ,0 1,03 das cade ias. Para
27 149+ 0,0 fixa do, dev e-se rest ring ir o bala nço
292 ,0 294 ,0 0,86 2 SN i
150+ 44,0 8.18 6,0 341 ,0 " fixa dos aos gram pos de ')
28
:!190,0 l tant o, podem ser usad os "las tros
0,82 6 SG
29 152+ 29,0 8.58 6,0 363 ,0 300 ,0
susp ensã o ou mesmo cade ias de
isol ado res em anco rage m, J
336, 0 235, 0 0,78 5 SN 1
154+ 00,0 8.92 2,0 299 ,5 cons ider ado exce ssiv o, )
quan do o peso dos last ros for

l
30 Anc a-
rage rn mínimo de V/H para que ~
263 ,0
in- port anto , imp rati cáv el. O valo r )
. Se adm itirm os em uma
0,86 7 A term . não seja maio r do que 200, é 0,52
31 156+ 41,0 9.18 5,0 308
.
,0 267 ,0 ' proj eto a rela ção V/H =
das estr utu ras da linh a em ')
um ângu lo de bala nço igua l
i:a = 9.18 5; na= 30; ã = 306, 17m 1 137 ,6/3 20 = 0,43 , enco ntra rem os
." ia Dt.
3 a 23,7 8°, que redu ziri a a dist ânc ',)
i:a = 1. 027. 097. 562 :. AR = 334, 4m 1
J
1 :(
/
-r·---~-·

. das 7/nhaS aéreas de transmissão


Roteiro dos projetos mecânicos dos condu~ores 305 1
Projetos mecânicas
304 As primeiras são válidas para todos os vãos de sua
empregado em uma das
do lastro a ser secção de tensionamento e podem ser usadas para o nivelamento dos
S eJ·a Lo [Nl o peso A fig. 4.
11 po de ser
- da estrutura acima. cabos, quando se empregam dinamômetros, e para preparar as tabelas
cadeias de suspensao Para o valor limite do
0 seu efeito. ou curvas das flechas.
modificada para incorporar
Essas tabelas, em geral, s·ão representadas para valores
ângulo ~.teremos:
(4. 12) '
de temperaturas crescentes de grau em grau ou de dois em dois
-if K·qo·d·H l
= tg L p. V + LG J graus, em uma faixa limitada pelas temperaturas ambientes, mínimas
e máximas, que poderão ocorrer na região, na época da montagem das
donde: (4.13)
K·qo·d·H - p·V linhas.
LG ::: tg ~max. elaboração é bastante trabalhosa, sendo conveniente
Su~
ao caso da
correspondentes
Substituindo os valores o emprego de calculadoras programáveis ou computadores digitais. As
u 1 encontraremos: equações das parábolas podem ser usadas para a maioria dos casos.
linha do projeto-exemp o,
o 38·347,40·0,02951 ·320 - 16,913·137,6
LG tg 20·
4.4.7.1 - Tabelas de trações em função das temperaturas
( 112, Okgfl
LG = 1. 097' 82N Escolhido o intervalo de temperaturas para o qual devem
ido atrav. .és de ·um bloco de
oderá ser 0 bt
Esse peso P f central de ser preparadas, emprega-se uma equação da mudança de estado para
0,16m de altura. Um uro
de diâmetro por ue deverá calcular o valor da tração To nos cabos para cada uma das
chumbo d e 0,20 a uma ferragem q
permitirá sua fixação temperaturas, admitindo-se corno "vão para cálculo" o próprio "vão
O,OZm de diâmetro
grampo de suspensão. regulador" e empregando a "condição regente". anteriormente
ser articulada ao
determinada e usada, como o "estado 1" do cabo. O "estado 2"
flechamento dos cabos condutores
4.4. 7 -
Tabelas ou curvas de considera o cabo sem ação de vento, na temperatura correspondente à
ou nivelamento são tração desejada.
de flechamento
As tabelas ou curvas a fim de
b S das linhas aéreas, No caso da linha do projeto exemplo, teremos:
na montagem dos ca o de
empregadas quaisquer condições
- corretas, sob ·/\Estado 1- Condição regente:
flechas e traçoes
assegurar de sua vida útil. = 51.021N (5.202kgf) - módulo de elasticidade
. qualquer época - E1
carregamento' e em tabelas são
d tensionamento, essas inicial do cabo
Para cada secção e ão impede, no
regulador, o que n S = 0,51111·10
-3 2 2
m (511,llmm) - área da secção
de seu vão , . secções de
elaboradas em função servir para varias
e uma mesma tabela possa transversal
entanto, qu t nh m valores
vãos reguladores e a - a = Ar ::: 334,4rn - vão regulador
que seus
tensionamento, desde
a - p1 = p2 = 16,913N/m (l,7247kgf/m) - peso unitá-
razoavelmente próxJmos. curvas para
tabelas e (ou)
São elaboradas ri.o do cabo
To1 = 28.419,SN (2.898kgf) - tração na condição
determinação de: t dos cabos;
em função das tempera uras regente
~-. a - trações dos vãos
C-' temperaturas dos cabos e .
das
b - flechas em função
-~~-
_T,_,._ J

-~i - t
,, Projetos mecá n1
·co~· das linhas aéreas de transmissão i Roteiro dos projetos mecánicos dos condutores 307

306 Com as trações calculadas para cada temperatura da )


' ,. -!~: condição regente
; -;.: .,.. 21 .. c - temperatura na maneira vista, empregando-se as equações das flechas (parábola ou 1
- ti = n temperaturas esP
eci-
_ t2 = ti ± r ~t (variável ) - catenária), determina-se os valores das flechas.
No caso -de nosso exemplo, escolheremos os vãos entre
)
flechas )
ficadas para as de dilatação estruturas no 6 e 7, de 328m; entre ri\_P 14 e 15, de 216m e entre
-6 1/<>C - coeficiente )
=18,18·10
- o:.t l. ~~ n ... 26 e 27; coJil,"3-9'-1m1, obtendo os--: valores-- .constantes .da--: Tab.' 4.·S-;
térmica inicial .,~ )
stado" teremos, para TABELA 4.5 - TABELA DE FLECHAMENTO )
a mudança de e FLECHAS = f (TEMPERATURA, VÃOS)
a "equação d
Montando Cabos condutores )
\
To2 em kgf: 9 )

~
6(t2 - ti)] = 36,8567·10 FLECHAS [m]
3 2(1 · 490 • 538 +48, 34 \ )
To2 + Toz encontraremos as a 14 -··15 26 - 27 29 - 30
da tabela 4. 4 • 6 - 7 ~)
z os valores
Dando a t 336 [m]
l 328 [m] 206 (m] 397 [m] )
(TEMPERA~
.

trações Correspondentes.
. - - f 15 7,80 3,08 11,43 8, 19 )
FLECHAMENTO - TRAÇOES - 17 7,87 3, 10 11,53 8,26
TABELA 4. 4 -
TABELA m;. 19 7,94 3, 13 11,63 8,33 )
To2 21 8,00 3, 16 11, 72 8,40 )
To2 t ( •Cl 23 8,07 3, 18 11,82 8,47
i (kgfl )
(Nl 25 8,14 3,21 11,92 8,54
i t ( ·Cl (kgfl 3,24 12,02 8,61
(Nl 2828 27 8,20 )
27 27731 29 8,27 3,26 ,, 12,11 8,68
2972 27506 2805
29143 29 31 8,33 3,28 12,21 8,75 .J
15 2947 27290 2783
28898 31 33 8,40 3,31 12,30 8,81
17 2922 27084 2762 .:)
28653 33 2740 35 8,46 3,34 12,40 8,88
19 2898 26868 8,53 3,36 12,50 8,95
28418 37
21 2874 35
26663 2719 ~)
23 28182 37
27957 2851 .)
25
As tabelas 4.4 e 4.5 foram calculadas, empregando-se os )
\
t e vãos módtllOs de elasticidade e coeficiente de expansão linear iniciais.
- das tempera ura 5
m funçao
~>
Tabelas de flechas e Nessas condições, está se desprezando o efeito que o
4,4.7.2 - )
das tempera t ura s ' · são pré-tensionarnento produz sobre essas grandezas e alterando
~)
As tabelas de flechas em funçã~
1 q uais serão feitos
os f lechamentós. Em ' igualrnent~ os valores_ das~trações.e flechas a serem medidas durante
em vãos de cerca de 335m, as
.)
elaboradas para os vãos nos seu comprimento, as montagens. No presente exemplo,
dependendo do ,)
- de tensionamento, fim. Deve-se preferir flechas das tabelas são cerca de 5 {cm] menores do que aquelas
cada secçao - ara esse
'dos vários vaos p próximos ao dos vãos calculadas corno módulos de elasticidade e coeficientes de expansão e)
- er esco lh l
deverao s . · com comprimentos
desnivelados e as flechas em um dos lineares finais. Pode-se compensar esse fato, empregando-se flechas .)
Vª- os pouco É conveniente também verl. f ,. car flechamento foi das tabelas, correspond en t es as
' t empera t uras d os cab os na h o ra do )
reguladores· A técnica de
em vãos menores. flechamento, acrescidas de um grau centigrado. ·~)
vãos maiores e 'tule (item 4.2.2.1.b).
cap1
descrita no início deste ~)
(
..
') Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 309
308 Projetos mecânicos das lidhas ·aéreas de transmissão
)
Refeita a verificaç ão do vão crítico (Eq. 4. 4),
) 4.4.8 - Tabelas de flechamen to dos cabos pára-raio s conclui-s e que nesse caso e 1 e t ambém não é definido. Portanto, a
l
condição de máxima duração é a regente.
) São calculada s de maneira idêntica às anteriore s

) respeitan do-se os limites de tração estipulad as pela NBR 5422 para TABELA 4 .6 - TABELA DE FLECHAMENTO
'') o tipo de cabo empregado . No Cap. 3 foi visto que as trações em 1RAÇÕES = f (TEMPERATIÍRA)
Cabos pára-raio s EAR de 9,525mm
j vãos grandes variam menos sob a :--~ão dt. variação das cargas

~) externas do que em vãos pequenos. Isto é tão mais verdadeir o em To2 To2
cabos de pequenos diâmetros e elevados módulos de elasticid ade, t [ •C]
j Nessas
t [ •Cl
[N] [kgf] [Nl [kgf]
.····~ pois alongamen tos elásticos específic os são menores.
- .. }; pode-se 9.306 949
condições , para os cabos pára-raio s de aço tipo EAR. 15 10.345 1.055 27
.] ~
esperar uma . - da ordem de 3 a 4% da carga de ruptura, entre
var1açao
\
17 9.777 997 29 9.218 940
l 19 .. 9.679 987 ·31 9.139 932
), a tração na condição de maior duração e a de máximo carregame nto, 21 9.580 977 33 9.051 923
-1
23 9.482 967 35 8.963 914
) conforme se pode verificar . 8.884 906
25 9.404 959 37
1!
'", ~ Sendo:
)l - p1 4,020N/m (0,410kgf1~) o peso unitário do cabo
Para os mesmos vãos de controle dos condutore s, as
)' - pz = 5,0207N/m (0,512kgf/ m) o seu peso virtUal unitário sob
flechas nos cabos pára-raio s serão:
ação do vento de projeto
- t1 21°C a temperatu ra de maior duração
TABELA 4.7 - TABELA DE FLECHAMENTO
- tz 1S°C a temperatu ra coinciden te FLECHAS = f (TEMPERATURASÍ
- Tal = 9.582,42N (977,2kgf ) a tração máxima na condição de Cabos pára-raio s EAR _ 9,S 2 Smm

maior duração (14% da carga nominal de ruptura, conforme a

~
FLECHAS [m]
NBR 5422) a
2
2
6 - 7 14 - 15 26 - 27 29 - 30
- E= 189.550N/ m (19.330kgf /mm )
6 336
- ttt = 12,56·10- 1/°C ) 328 206 397
- d = 0,009225m o diâmetro do cabo 7,66 5,84
2 15 5,23 2,06
- S = 55,421·10 - 6 m a área de sua secção transvers al 17 5,53 2, 18 8, 10 5,80
máxima 2,20 8, 18 5,86
To2 [N1 (ou kgf) é a tração no cabo na condição de 19 5,59
21 5,64 2,23 8,27 5,92
23 5,70 2,25 8,35 5,98
carga
Substitui ndo os valores na equação da "mudança de 25 5,75 2,27 8,42 6,03
27 5,81 2,29 8,51 6,10
estado", para a condição de máximo carregame nto, ter-se-á: 29 5,87 2,31 8,59 6, 16
31 5,92 2,33 8,67 6,21
33 5,97 2,36 8175 6,26
35 6,03 2,38 8,84 6,33
.J cuja solução é
37 6,09 2,40 8,92 6,39

.)
To2max = 1. 203kgf
l
Projetos mecânicos das linhas "aéreas· de transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos con dutores 311
)
310
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Transmission Conductor Str.inging
60 DIM.B(3)
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80 DIM 1E(3) )
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110 CLS
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120 INPUT "COEF '
"MOD E~~~Tli. FINAL (kgf?mm"2)" ;EE
York, 1955. 130 INPUT )
and Field
"Sag-Tension Computations 140 INPUT "VAO PARA. ERM. FINAL (1/G.C.)";AT
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16 PRINT "CONSTANTES DA FLUENCIA"
170 PRINT
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Gerais de Linhas de Transmissão" - Fases de Construção 210 INPUT "MU = "·MV )
Centro 220 INPUT "DELTA ~ ".DE
LTS" - Módulo 6 - Furnas Centrais Elétricas S/A - 230 CLS ' J
de Treinamento de Fiscais de Linha - Rio de Janeiro. 240 REM DURAC - TEMP
250 REM TEMP - TEMP~DE DURACAO DO ESTUDO EM HORAS )
Projeto
outros - "Condição Regente no 260 REM TRAC _ TURA DO CABO EM GRAUS CELSIUS
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310 INPUT "NUM. DE ESTADOS DEPOIS DA ANCORAGEM"; M
320 CLS J
··.)
264, Pg. 47 a 51, São Paulo, Set. 1981.
J
1 )
. ./ r
l Roteiro dos projetos mecan1cos dos condutores
A •
313
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão \
870 IF I=N+l THEN C -
312 \ 880
890 REM
J=O.OCALCULO DA 0-AA
V/\R!ACAO DA TENSAO x ALONG
900 J=J+l · AMENTO
330 If N=O THEN 410
' 340 PRINT "ANTES DA ANCORAGEM" 910 CC=(BB*(P(l)' 2 )/( .•
345 PRINT 920 EP=(AA~ED)*lE-6 R(l) 2)
360 PRINT "DURAC ("; l;" )";: INPU~D(ll
350 FOR I=l TO N 930 FF=EE•S*EP
370 PRINT "TEMP (";l;")";:INPUT Tll), 940 GG=BB*P(!)'2
380 PRINT "TRAC (" ; I; " ) " ; : INPUT R ( 1) ,-,. 950 LL=CC+FF-R(J)
960 RR=R( !)
390 PRINT "PEVl (";l;")";:INPUT P(l)
970 SS=3•(RR' 2 )+2* •
980 R(l)=RR-(( • LL RR
400 NEXT 1
410 IF M=O THEN 610 990 IF ABS (RR~(ii;LL*(RR'2)-GG)/SS
1000 MM=KK•EXP * > 1.0 THEN 960
\ 1010 QQ=((R(l);~~~~g~~((R(l)/S)'AL)
415 CLS
420 PRINT "APOS A ANCORAGEM"
425 PRINT 1020 TE=(AA/MM)'QQ
430 J=l ~ 1030 DT=(0.8*J)'l 25
440 FOR J=N+l TO N+M 1040 TT=TE+INT DT.
450 PRJNT "DURAC (";!;")";:INPUT Dlll
460 PRINT "TEMP (";!;")";:INPUT T(l) 1050 TH=TH+!NT DT
1060 !F TH >-- D(!) THEN 1110
1070 EO=AA
465 JF J>l THEN 475
470 PRJNT "TRAC ("; J;" )";:INPUT Rll)
1080 ·.AA=MM* ( TT' (
475 PRINT "PEVI (";!;")";:INPUT p(l) 1090 CO--CO+(AA-EQ) 1. O/QQ))
480 PRINT "DPJN (";!;")";:INPUT A(l-N)
1100 _,GOTO 900
485 J=J+l 1110 B(!-N)=J
490
600 CLS:NEXT l DO ALONGAMENTO ANTES DA ANCORAGEM
REM CALCULO 1120 BO=BO+CO
610 REM TE-~PERATURA E ALONGAMENTO CONSTANTES 1130 CT=CT+D(l)
1140 G(J)=CO
620 AO=O 1150 E(l-N)=R(l)
630 BO=O 1160 F(l-N)=TH
640 CT=O 1170 CO=O
650 JF N=O THEN 730 1180
660 FOR J=l TO N 1190 REM CALCULO
!F I=Jl THENDA MUDANCA DE ESTADO
670 MM=KK*EXP(FJ*T(J))•((R(l)/S)'AL) 120 1330
680 QQ=llR(l)/S)'DE)/MU 121~ ii=~~~;~lil~~~/(R(l)'2)
690 AA=MM*(Dll)'(l/QQ)) 1220 GG~E_B*P(l+1)'2!+1)-T(!))
700 AO=AO+AA 1230 LL~CC+FF-R(l)
710 G( J)=AA 1240 R(!+l)=R(l)
720
730 NEXT J
REM CALCULO DO ALONGAMENTO APOS ANCORAGEM 1250 RR=R (] +l)
1260 SS=3*(RR'2)+2* *
740 BB=(EE*S*(VC'2))/24 1270 R(l+l)-RR LL RR
1280 IF ABS-(~~~~= 3 l+LL*(RR'2)-GG/SS
750 Jl=N+M
1290 MM=KK*EXP(FI*T 1)) > 1.0 THEN 1250
760 EO=O 1300 QQ=((R(l+l)/S)~l+l))*((R(l+l)/S)'AL)
770 TE=O
780 JF M=O THEN 1330 1310 TE=(AAIMM)'QQ DE)/MU
790 J=N 1320 GOTO 800
800 I=I+l 1330 AC=BO-AO
REM sAIDA DE DADOS
810 TH=A(l-N) 1500 REM
820 C(I-N)=Rlll 1510
830 MM=KK*EXP(FI*T(l))*((R(l)/S)'AL)
1520 CLS
840 QQ=((R(l)/S)'DE)/MU
850 TT=TE+A(J-N)
860 AA=MM' l TT' l 1/QQ) )
,)
.ll!f. . .' ·.· '·
l '.~t
. . . s da~ lin. ha~ aéreas de transmissão )
Profetas mecan1co ·

314 )

PRINT "RESULTADOS OBTIDOS"


0
~;!o IF INKEY$="" THEN 1550
1560 CLS
1570 IF N=O THEN 1630
1580 FOR I=l TO N
1590 PRINT "ESTADO"; l
Estruturas para linhas'de transmissão )
1600 PRINT "ALONGAMENTO";G(I) )
1610 IF INKEYS="" THEN 1610
)
1620 CLS:NEXT I
1630 !F M=O THEN 1890 )
1640 CLS EM"
1650 PRINT "APOS A ANCORAG )
Y$ "" THEN 1660 5.1 - INTRODUÇÃO
1660 IF I NKE = INTERACOES ' \ )
1670 RE1'\'1NITE - NUMERO DE N!C!O DE c/illA EST!illO
1680 REM TINI - TRACAO ~~ ~!NAL DE CADA ESTADO As estruturas de uma linha aérea de transmissão de )
1690 REM TFIN - TRACAO TOTAL DE HORAS CALCUL!illAS
1700 REM NHOR - NUMERO energia são os elementos de sustentação mecânica dos cabos )
1710 CLS São os elementos da L. T. responsáveis
1720 FOR I=N+l TO N+M
(condutores e pára-raios}.
' )
1730 PRINT 'fESTADO"; l pela manutenção das distâncias de segurança entre os cabos, das )
1740 PRINT ALONG." ;G(!l ou obstáculos
al turas
1 de segurança entre os cabos e o solo
1750 PRINT "NITE" ;B(I-N) )
1760 !F INKEYS="" THEN 1760 transpostos e ainda dos distanciamentos mínimos entre toda parte
)
1770 CLS energizada da L.T. de qualquer elemento estranho à mesma.
1780 PRINT "TINI" ;C(!-Nl .)
1790 PRINT "TFIN" ;E(!-Nl Pode-se imaginar que o conjwito de condutores de urna
1800 PR!NT "NHOR" ;F(I-N) )
L.T., envolto pelo espaço necessário ao isolamento de seu nível de
1810 IF INKEYS="" THEN 1810
1820 CLS:NEXT I tensão, constitui um prisma condutor de energia. Desde que os cabos )
183 CLS •""'NTO TOTAL APOS A ANCORAGEM" ;BD suportem às solicitações mecânicas a que são submetidos, cabe às )
1840 PRINT "ALONGr.n~
1850 !F INKEY$="" THEN 1850 )" estruturas {suportes da linha) a responsabilidade de manter a _)
1860 CLS MP EM". cT· "HORAS EM"; AC;" (mm/km
integridade desse prisma condutor, absorvendo todos os esforços .)
1870 PRINT "O ALONG. A SER CD . ' '
1880 IF 1NKEY$='"' THEN· 1880 '
mecânicos
/ gerados nos pontos de sustentação, em todas as situações .)
1890 END de uso, ao longo de toda a vida da linha e transmiti-los com
)
segurança às estruturas de fundações, que por sua vez implantarão a
)
. L. T. no terreno,_ -
.)
;: )
5.1.1 - Classificação _)
_.J'
Vários critérios permitem classificar as estruturas
j
de urna L. T., conforme vistO'--no capí tule 1, ou seja:
J
)
)
. _) r--
.
~
Estruturas para linhas de transmissão 317
.· · aéreas de transmissão '
316
Projetos mecânicos das lmhas
l
l
A grande vantagem do uso do eucalipto é que por ser
função estrutural: uma árvore de crescimento acelerado, o plantio de espécies
Classificação segundo a
adequadas em condições ideais dão retorno relativamente rápido, e
Estruturas de suspensão
e ancoragaiim ~T
\ com poss_ibilidade de se conseguir peças retilíneas com até 20
_ Estruturas d metros de comprimento e diâmetros variados. Os troncos devem ser
- Estruturas para ângulos '·
descascados logo após abatidos, os extremos cintados com arame de
Es\ruturas de derivação aço para evitar rachaduras longitudinais, e então tratados com
ansposição de fases
_ Estruturas de tr óleos especiais em autoclaves de alta temperatura e pressão.
O concreto armado ·usado como estrutura de L.T. tem a
. t"r das estruturas:
de res1s l grande vantage~ de permitir a prefabricação das peças próximo aos
segundo a f arma
Classificação
\ locais de uso. No entanto, exige equipamentos especiais para o
U- Estruturas autoportantes transporte, manuseio e montagem, ai'ém de ser extremamente pesado e
'1gidas (Fig. 1.2b)
_ Estruturas r frágil.
. (Fig. \.42)
Estruturas flexíveis Metais para o uso estrutural em L. T. devem ter alta
semi-rígidas (Fig. 1.43)
- Estruturas mistas ou_ resistência mecânica, alta resistência à corrosão, baixo peso
. (Fig. \.2a; Fig. \.45)
- Estruturas estaiadaS específico e baixo custo de produção. Atualmente, os mais usuais

· · estruturais: são os aços de alta resistência, os aços-carbono galvanizados a


S
egundo os materiais fogo e as ligas de alumínio.
Classificação
Aços de alta resistência são ~mpregados na confecção
_ Estruturas de madeira de postes cônicos ou tubulares de grandes comprimentos. Os
e concreto armado
Estruturas d perfilados de aço-carbono galvanizados, bem como os de alumínio,
- Estruturas metálicas
são ideais para os projetos de grandes estruturas treliçadas.
Além do baixo peso específico e alta resistência à
corrosão, os perfilados de alumínio têm a grande vantagem de serem
· estruturais
S. 1 . 2 _Materiais estr~àdos. Fato que permite ter uma grande variedade de secções
tansversais de perfis, inclusive com características mecânicas mais
avantajadas que as convencionais cantoneiras laminadas de aço.
L. T. são: estrutural Contrapesa para as estruturas de alumínio o seu elevado custo, a
A madeira para uso
não nobre, porém convenientemente facilidade de vandalismo e sua menor resistência mecânica.
·ra ou uma madeira
exemplo a aroe1 , certas qualidades necessárias ao Tanto a madeira, quanto o concreto armado e até mesmo
a garantir lgumas espécies de
tratada de tal forma exemp 1o a os aços de alta resistência prestam-se à confecção de postes e à
__ se propõe' por
, {
bom desempenho a que . e alba}. As características
·triodora, polipticorn1us montagem de estruturas relativamente simples como estruturas H, T,
eucalipto (cl dureza, resistência ao
. de uso estrutural são: X e outras. Normalmente, o's ,fabricantes já têm à disposição do
necessárias à mad eira ataque por bactérias e
entrelaçadas, e difícil mercado conjuntos de estruturas, denominadas de famílias, que
intemperisrno, fibras
microorganismos..

____.,
)

1
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Estruturas para linhas de transmissão 319 )
318 )
- Estrutura SD _ torre d e suspensão simples - oº
atendem às solicitações padrões de algumas classes de tensões e
Vão médio 430m • vão de peso 700m
filosofias de transmissões. Por exemplo:
' -~
T para circuito - Estrutura S1D _ torre de suspensa-o' reforçada - oº
)
}
de estruturas de concreto duplo
- Família Vão médio 530m, vãà,de peso ?DOm )
duplo de 138kV. madeira para 69kV )
- Família de estruturas de - Estrutura SZD _ torre de suspensão para ângulo de até 3º
para circuito duplo de 69kV )
- Família de postes de aço tubular para Vão médio 480m • vão de peso
. 900m
estaiadas de concreto )
Família de estruturas
- Estrutura. AD _ torre de ancoragem para ângulo de até 40º ·!
circuito simples de SOOkV J

Vão médio 430m ' vão de peso SOOm


li
\ .)
Grandes estruturas, porém, só são viáveis lançando-se mão
- Estrutura A1D - torre de ancoragem para ângulo de até 10º
)
de estruturas treliçadas construidas com perfis metálicos.
Vão médio 325m, vão de peso 1 . 200 m
)
)
- Estrutura TR _ torre para transposição de fases - oº )
5.2 - ESTRUTURAS TRELIÇADAS EM AÇO GALVANIZADO Vão médio 350m, vão de peso 700m )
A opção de se usar estruturas treliçadas para a
Para casos especiais, impossíveis de serem resolvidos
construção dos suportes de uma L.T., é uma solução bastante )
\
!' com uma das estruturas padronizadas, parte-se~· para 0 projeto de uma
versátil. Praticamente qualquer problema de altura, disposição, )
estrutura especial que atenda às -solicitações e situações
carregamento, distanciamento, etc, de cabos e equipamentos, são )
específicas.
fáceis de serem resolvidos e sempre uma estrutura pode ser usada, )
No exemplo acima, parece a princípio que contamos com 6
modificada ou mesmo projetada para a absorção e transmissão, com
tipos de estruturas padronizadas na famíli-a. No entanto, cada .)
segurança, das cargas mecânicas que deve suportar. )
Assim como as estruturas mais simples, as estruturas estrutu\a tem 0 seu corpo projetado em mo'dulos' que podem ser
/ .
que a tendem os casos acrescentados ou retirados da estrutura bá . ·•.)
também compõem famílias para 48 o núme d s1ca, elevando assim de 6
treliçadas
corriqueiros de determinadas classes de tensão e filosofias de a possibilidad d
ro e componentes desta fam·1·
. - 1 ia. Acrescente-se ainda ' )
transmissão. Como tal, existem muitas familias, de arquiteturas que p .t e e var1açoes dos -pés d as estruturas (Fig. 5 4) •. J
definidas e projetadas, normalizadas por concessionárias e à·. Como erm1
a f em, l'o seu· assentamento em terreno- de topografia inclinada:.
. ' ... )
am1 ia de pés conta com 5 variedades
disposição pelos fabricantes no mercado. e ementos na família das • o número total de )
l É estruturas sobe para 240 t'ipos.
Por exemplo: para a construção de uma linha 460kV, )
grande: o número de famílias padronizadas por
circuito duplo em formação triangular, quatro condutores "grosbeak" )
fabricantes e normalizadas por concessionárias. No entanto, é
por fase, dois pára-raios 7x9AWG, a CESP tem padronizada a seguinte
totalmente livre 0 -
projeto "_de n ovas arquiteturas tanto para .J
familia de estruturas projetada pela SAE e usadas de acordo com as
famílias completas, quanto para soluções específicas. ' .J
tabelas das figuras 5.1, 5.2 e 5.3: ,)
)
r
Estruturas para linhas de transmissão 321
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
320 G
G H

o
o

BASE ±o.o

8ASE ~o.o

K
p K
ESCALA 1:400
ESCALA 1:400

- BASE :t 0,0 - rt5 :!:. º·º ,


i
•-
1 DlMEt•SÕES (m]
• BASE ± 0,0 Pf.:S :!:. o.o
1

TORRES\ A B 1 e D E F G H 1 J K 1 N Rl \ R2
20• TORRE A B e D
DIMENSÕES

E 1 F
'"' G H 1 I J K M N RI 1R2 ! • T •
1 10,85 8,60 2,35 7 ,74
9,00 1 1
10, 06 5,00 4,64 15,35 4,20 \''
9,90 4.20 40 20·
4,40 -
5D 42,86 4,70Í23, 10 9,55 2,50 7,96 AD 42,60 4, 70 18,-4:110,40 9,0:14,64 18,30 13,50111,50 3,0019,52 1, 70 9,60 4,20\4,40120· 120•
16, 30 l l, 35
4, 10\23, 10 10, 00 5,00 4' 64 20• 15•
SlD 42,80 2,50 8,63 10, 90 4,20 4,40 AlD 42,50 4, 70 18,45 10,30 9' os .\., 6r; 17 ,50 12,50 10, 70 3,00 9,52 0,-45 10,00 4,20,4,4012º•i 5·
~-
10.10 5,00 4,64
18, 70 13,25 12, 00
520 43, 10 4,10!23,30 '
~ '
f
l PESO COM "ST\JB" (kgfl
BASE .. z4,c!
TORRE
Pf.:S:!:.0,0
!,;;:;:;:::;;;:r.-~:=;-:;;i;;;: ;BA~S~E;-;;~CO~M~-"S~TU~B~"-:-:C(~k:"~f~lr---~---_J l
•J TORRES \ B,t.SE+9' o\sASE+12, o \sAsE+lS,0 BASE+18, o ~i
BASE-6,0 BASE-3,0 BASE:!:.0,0 BASE+3 ' O BASE+6 • O BAS< -+9,0 BASE+12 00
BASE+6, O
.j ' !; PtS:!:.O, O \BASE-6, O BASE-3,0
BASE:!:.0, O BASE+3,0
1 "'" 1816'
-- '' AD 25120 1 27010 i 29570 31550 33560
~05790600
• 1
~ 1 10474 11461', 12164 13324 1413' )5254
18942 19627 -- ! AlO 22190 23690 25690 27280 28830 38390
32580 f
\
,_) s
so
SlD
9394
11256 12190 13215 14201 15093 16671 17534
29714 21974 '\ -23234
2-4414 ! '
)
~f
;:r, 520
\ 13304 14554
1
15864 16794 18004 19324
' Fig. 5.2 - Torre de ~ncoragem - tipos AD e AlD !
'"°"'
,E-
;;:;
Fig. 5.1 - Torre de Suspensão - Tipos SD, SlD e S2D
46DkV - Circuito duplo í
0 .o;:
;*Ui ;

) f_!;!j"

~
460kV - Circuito duplo
l
,_ J ·-----~·,/
./

lí!l:T
,;:
••
l
!
Estruturas para linhas de transmissão
1 ,f . mecânicos das ;inhaS ~éreas de transmissão 323 l
Pro1etos
322 )
I
G 1
H
\1 )

\ )

l . )
j

D
N
T N l )
)
)
'
":. \ )

~: Fig. 5.4 - Pés desnivelados )


)
)
< 5.2.1 - Elementos )
,1
Todas as estruturas treliçadas, independentemente dos )
materiais utilizados em suas confecções, .7'ão projetadas peça a .)
peça, tal como se fosse a especificação de um grande quebra-cabeça. .)
Também independendo de tamanhos, finalidades e qualquer outrê
BASE .±.o.o .)
variável, as estruturas treliçadas compõem-se invariavelmente àe
)
:t O, O dois tipos de elementos, que são os membros e os nós. Os membros
)
são tracionados ou comprimidos e os nós denominados de conectores
)
ESCALA. 1: 400 ou jllI)Ções.
; )
Para efeitos de projetos, temos:
\
lt DJHENSOES (rol - BASE
' o.o Pts
'
0,0

N Rl R2
"
Membros
Conectores ou junções ·._)
)
1 N 1
) J K
1
l\ TORRE
' B \ C . D E F G
2,5 8,63 13.0 '· 4
4,2 20•
13,0 5,0 4,64 20,0\11.0(13,5 )
TR 46,0 4.7\23,3

5.2.1.1 - Membros )
---..------;P"E''5.00 CCOM "ST1JE" {kgf)

TORRE
Pts:!:.0,0 BASE-3,0 BASE:!:.0,0 B
ASE 3 O BASE+6,0 BASE+9,0 BA5E+12,0
+ ' 34
1
i
)
1S184 j 19204
17094
20574 218 ! Nas torres treliçadas em aço galvanizado, os membros )
TR \ 15804
invariavelmente são construidos de cantoneiras de aço carbono e J
de transposição - tipo TR
Fig. 5.3 - Torre _ circuito duplo
\i &alvanizadas a fogo depois de furadas, cortadas e usinadas. .. )

46DkV '.)
1 )
I .. 1
~)
I Estruturas para linhas de transmissão 325
. cánicos das linha~ ·a.éreas de transmissão
Pro1etos me
--: 5.2.1.2 - Conectores ou junções
ou barras da
324 pernas
·~ também chamados de de esforços: tração e
o membros, apenas a dois tipos São os elementos responsáveis pela conexão entre os
real idade se
treliça, são
sujeitos que a
dimensionados. Para devem ser aplicadas membros da .treliça, bem' como ancorage~ das cargas externas à
) _
compressao • com 0
tal são
as cargas estutura: penca de isoladores, suportes dos pára-raios e conexão
h. ó teses de cálculos' . se~ criados sempre '·
') aproxime das ip nós deverão • dos cabos de estaiamentos (Fig. 5.6 e 5.7).
das treliças, logo os
:) ap enas nos nós e situar
. no meio de uma
ba•ra
• ., rio e açao
- de vento,
~) que uma carga s ,
distrituidas,
de peso prop
- desprezados no
cargas ue sao
') ·onos membros, q
esforços de flexa
) introduzem de carregamento•
. to próprio. em uma situação
dimens1onamen carga se
.) ~ Um mesmo membro' que situação de
pode em
outra
) tra tracionado,
descarregado,
(fig. 5.51.
se encon
. ido bem como
J apresentar compr1m '
',

··-,.
izemm
,..
)
) Fig. 5.6 - Detalhe de fixação de cadeias
.)
,)
Qualquer que seja a finalidade, são construídos por
.J pedaços de cantoneiras ou chapas cortadas, convenientemente furadas
.J e conexÕ'es garantidas por parafusos e porcas, igualmente

.J galvanizados.
-f As cantoneiras dos montantes são emendadas por pedaços
de cantoneiras convenientemente projetadas como conectores, de tal
-(
-/: .
forma que todos os esforços mecânicos sejam transmitidos com
segurança, (Fig. 5.7).
As conexões entre os demais membros, ou entre estes e

os montantes, são feitos com chapas convenientemente cortadas,

-7 esforço de tração - furadas e dimensionadas para as respectivas transmissões de


- Vento à esquerda esforço de compressao
esforços (Fig. 5.8).
bª- Vento à direita -7
membros da treliça

l
Ação do vento nos
fig. 5.5 -
!
-1
Estruturas para Hnhas de transmissão 327
. _-. éreaS de transmissão
, •nicos das linhas a )
Projetos meca
5.2.2 - Normas e recomendações )
326
·1
Embora as barras componentes da estrutura sejam
DO MONTANTE
dimensionads apenas aos ·esforços de tração e/ou compressão, )

desprezando-se o flexionamento devido ao peso próprio e esforço de )


•·. )
vento, a flexão deve ser verificada nos elementos que servem de
suportes ao pessoal da montagem e da manutenção. Como tal, estes )
pARA.FUSO
elementos devem ser verificados para resistirem uma carga de 100 )
kgf (980,665 N) dentro do. limite elástico do material e aplicada )
verticalmente na pos~ção mais desfavorável.
)
O dimensionamento à tração considera apenas a área
coNEXÃO )
líquida de seção (descontada a área corr,espondente à furação para
os parafusos) e a tensão de escoamento do aço em uso.
)
O dimensionamento à compressão leva em conta a )
O MONTANTE
MEMBRO D
flambagem, que por sua vez considera o tipo de aço em uso, a .)
.i
esbeltez da peça, a compacidade da seção do perfil, o grau de )
fixação e a excentricidade na aplicação dos esforços. )
Conexão de montantes )
fig. S.7 -
)
5.2.2.1 - Índice de esbeltez
)
MONTANTE
Os índices de esbeltez máximos admissíveis são os )
indicados na Tab. 5.1 )
)

1
\ TABELA 5. 1 - ÍNDICE DE ESBELTEZ J
QUADRO HORlZ.ONTA.L. Elementos Índice de esbeltez - À
'J
)
Montante 150 ··.. )

Comprimido Braços 150 .)


·.. )
Diagonais 200
)
Tracionados 375
')
250
Redundantes não cale. .J
os membros
te e ou tr
entre montan )
Conexão
fig. S.8 -
)
-- - J :--
)'):
1
Estruturas para linhas de transmissão
_\ , Projetos mecânicos das /inhàs aéreas de transmissão
328
Onde:
5.2.2.2 - Perfilados mínimos D = diâmetro do parafuso
t = espessura do material puncionado
Os perfilados mínimos indicados para a construção de
d' = diâmetro do furo
estruturas de torres de L. T. são: L1 distância entre o centro do f.uro e a borda
Pernas ou montantes: L 2 x1/4"
11 '·
L2 distância entre centros de furós
01
Diagonais e outros : L 1 3/4 x3/16"
Quanto à espessura mínima dos perfis utilizados,

recomenda-se os da Tab. 5.2 abaixo: 5.2.2.4 - Marcação

TABELA 5.2 - ESPESSURA DOS ELEMENTOS

Espessura - t
\_. ' Cada elemento da estrutura deve ser marcado, de tal

Elemento · d entifiqu_e sua posição na estrutura e a


forma a perrnit1·r que se in

4 mm (eo 3/16") estrutura a qual pertence.


Montante

Outros 3 mm ("' 1/8")

Chapas de lig'á.ção 4 mm ("' 3/16") 5;2.2.5 - Parafusos

Os parafusos devem ter um diâmetro mínimo de 12mm e um


diâmetro máximo compatível com a largura da aba do perfil em uso.
5.2.2.3 - Conectores Os valores recomendados são os da Tab. 5_3_:,
Nos conectores, os parafusos devem ser dimensionados à
tração e ao cisalhamento, as chapas e perfis devem ser verificados TABELA 5.3 - RECOMENDAÇÃO DOS PARAFUSOS EM FUNÇÃO
quanto ao esmagamento. Para vencer o cisalhamento, pode-se usar DA LARGURA DAS ABAS

chapas duplas, uma de cada lado dos perfis a serem conectados, nos
Largura mín. da aba (mm) 35 40 45 50 60 65 75 80 !

conectores. O espaçamento e posição da furação devem ter critérios


-, 12 14 16 19 22 25 28
que minimizem os problemas de concentrações de esforços, ao mesmo Diarh.' máx. parafuso (mm) 32 1

tempo que facilitem a fabricação e a montagem.


Os furos de um membro normalmente são feitos em
nos diâmetros nominais,_
pun'ciort.ados diretamente
conjunto e 5.2.2.6 - Proteção à corrosão
'}
definitivos. As seguintes relações devem ser satisfeitas:
l
, d':s:D+l,6 A proteção contra a corrosão de todos os elementos da
f 1t t ~d' + 1,6mm, onde estrutura, deve ser feita pela galvanização a fogo. O consumo de
~ \I
.r,. u Ll ~ 1,2D - para borda laminada zinco por metro quadrado de área ·-galvanizada deve satisfazer a
-:;; a
" Ll ~ 1,4D - para borda cortada
~.:_g ft'
valores mínimos. Veja Tab. 5.·4.
_) ::~ l
L2 ,. 2,3D i
~i:o
1;.lt.._

~
1
)
331
Estruturas para lihhas de transmissão
. das fi~-has aéreas de transmissão
Projetos mecán1cos
3 TABELA 5.5 - COMPACIDADE
330 '"'nA DE ZINCO (g/cm )
MASSA DA C'"'~ Aço comum Aço AR
TABELA 5.4 - Aço --->
Valor individ ual .i.. Grupo cre = 2500kp/crn2 cre = 3500kp / Crn2
Valor médio das da cada peça
peças ensaiad as
peças 305 1. Grupo 13 " 11
380 b/t " 663/,lõ' ;
' )
parafus os e porcas 550 2. Grupo 11 - 20 )
13 - 20
610 663/v'cre :s: b/t 994/lcre
Chapas e per f is
. de espes.
" )
inferio r a 5,0mm 610 3. Grupo )
Chapas e perfis S,Omm
de espes. 700 994/v'cre :s: b/t
" 20 " 20 " 20 )
igual ou sup. a
\ )
)
5.2.2.8 - Esbelte z efetiva
)
5.2 .2.
7 - compac idade ~. Denomi na-se esbelte z À, de uma haste perf~lada e
-
a
relação )
canton eira
comp~cidade de uma birrotu lada à relação : )
Denomi na-se seguin te relação :.
5.9, onde é válida a /'- = l/r )
mostra a Fig.

\
l
b/t, como
a=b. ;-d+t Onde:
l = comprim ento de flambagern do perfil
r = raio de giração da seção do perfil
)
J

\\ )
realida de, a grande rnaloria dos membros de uma
Na ,)
birrotu lados, mas sim engasta dos,
estrutu ra não são
da
.)
semi-en gastado s, etc. Logo, o comprim ento real de cada perfil )
da
estrutu ra não é o valor 1 a ser conside rado no cálculo
\ real .)
flambag'em. O que se faz na prática é conside rar o comprim ento
1 e corrig ir a esbelte z À para um novo valor Àe, denomin
ado de J
'
à ~)
' esbelte z efetiva , a ser conside rada no cálculo do perfil
compres são.
.)
Ligaçõ es com apenas um parafus o são conside radas )
canton eira de abas iguais
o, deve
fig. 5.9 - rotulad as. Quando a conexão é feita por mais de um parafus )
da canton eira e da, ser conside rada parcial mente engasta da,
porém com a ressalv a de que )
ntemen te
- da compac idáde (b/t) são; o element o analisa do esteja sendo conecta do a outro suficie _)
Em funçao.. . · · · do (cre)' ·as perfis
t do aço ut111za
,., de flambag em local' t rigido e o desenho da chapa de conexão
minimiz e a excent ricidad e do
de escoame n o
prevenç ao ·.)
tensão mínima
os em três grupos para a superio r a 20. carrega mento transm itido.
d ·t compac idade )
separa 5 5 Não se adm1 e
conform e a Tab. . . ..)
)
'::,..___ __ _
Projetos mecânicos das linhas aéreas· de transmissão Estruturas para linhas de transmtssão 333
332
2
Para as várias alternativas de carregamentos e uc = tensão limite de compressão (N/m )

conexões, os índices de esbeltez efetiva são os da Tab. 5.6. u é definido para os vários grupos de perfis:

1. grupo: a- a-e
TABELA 5.6 - !NDICE DE ESBELTEZ EFETIVA

2. grupo: O' O'e[l,8 + 0,0021· (b/t)·..r.;:;;]


Carregamento Àe
À Conexão 2
3. grupo: "' = 590.580/(b/t)
carregamento concêntrico nos À= Àe
cabos nos dois extremos
5.2.2.10 - Ação do vento
À 120 Carga concêntrica em um extremo Àe = 30 + 0,75À '
" e excêntrica no outro
O vento não é considerad9 no cálculo de cada elemento
Carregamento excêntrico nos dois da estrutura (flexão), no entanto sua ação é levada em conta no
extremos Àe = 60 + .0,50;\
dimensionamento dos montantes.
Àe = À

..
Elementos rotulados nos dois Os perfis da estrutura ficam sujeitos à pressão q
extremos (À " 200)
2 ';
' (kgf/m ) do vento, que por sua vez é função da velocidade V (m/s)

', '
~!
__)
À > 120
Elementos parcialmente engastados
em um extremo e rotulado no outro
Àe = 28,6 + o' 7 6 2À
(À " 225) do mesmo_;· segundo a relação:

. í
j Elemento parcialmente engastado Àe = 46,2 + 0,615À
(À " 250) q
nos dois extremos

:31 O esforço do vento sobre a estrutura é calculado pela


,J' expressão:
~) 5.2.2.9 - Formulário para compressão
,) Fv = C·q·A
formulário para o dimensionamento de perfis sujeitos à
) Onde: /\
compressão:
..)
Jl Fv = força sobre a estrutura devida ao vento
e = coeficiente de forma (2,0 a 2,6)
jl 2
. ··~ .
q pressão do vento (kgf/m )
,)~. A = duas vezes a área projetada dos perfis que compõem a face
O'c ............................ para li.e ;?:: e
,} -->.- da estrutura exposta ao vento.
~t
Onde: No cálculo da ação do vento na estrutura,
·-_..J•.

l
e rcV 2E/~e - valor crítico da esbeltez efetiva considera-se que a incidência.seja normal em apenas uma das faces e
.)
2 Variável segundo a tabela 5.7.
) E módulo de elasticidade do aço (N/m )

._) ·l
.)
--------------~·--'
,.
~-

de transmissão
r-
;
Estruturas para linhas de transm fSsio
335
'')
)

.-,- Projetos mecfJnicos-âas linhas aéreas )


334
5.2. 2.12 - Reso luçã o das trel iças '.l
ALTURA SOBRE O TERRENO
-~ TABELA 5.7 - PRESSÃO DO VENTO x

Velo cida de do vent o Pres são do


' A reso luçã o das trel iças para dete
rmin ação dos esfo rços
icos e
' )

Altu ra sobr e vent o - q nos elem ento s con ta com vári os méto dos algé bric os, gráf
o terr eno
(m) (km/ h) (m/s ) (kgf lm') com puta cion ais.
de de elem ento s em uma
1
27 ,8 48 Con side rand o a gran de quan tida
100
os e a disp onib ilid ade
o- 40 110 30,6 60 estr utur a, a dist ribu ição espa cial dos mesm )
70 na
120 33,5 conv enie nte o uso com puta cion al
de soft ers adeq uado s, torn a-se ' )
agil idad e uma cert a
40 - 100 135 38,0 90

115
reso luçã o das trel iças , que perm ite além de
otim izaç ão no dim ensi onam ento dos
perf is.
:)
100 - 150 150 43,0 )
os os
Dep ois de reso lvid a a trel iça e dim ensi onad

1' )
45,0 125 de
150 - 260 160 ~a padr oniz ação dos per fis,
elem ento s da mesma, part e-se para
tal form a que gara nta uma cert a
sim etri a da estr utur a. : )
:, )

e~forços 5.3 - PROJETO


J
5.2. 2.11 - Aná lise dos

estr utur a é abso rvid o mec ânic o de uma Linh a de Tran smis são,
Todo o carr egam ento apli cado à No pro jeto )
nó pelo s membros até as fund açõe
s. 1 'f' e c 1 imá tica s perm item
nos nós e tran smi tido s de nó a vari áve is de natu reza s ele't r1'c as, geog ra icas )
ser
rços , as segu inte s r~gras devem cas do proj eto, tais como: siste
ma
Para a abso rção dos vári os esfo algu mas defi niçõ es cara cter ísti )
s,
se de tens ãà·: núm ero de circ uito
assu mid as: de tran smi ssão (CC ou CA), clas J
são abso rvid as pela s face s os e núm ero de cond utor es por fase
,
- Toda s as forç as tran sver sais bito la dos cond utor es e pára -rai )
tran sve rsai s da estr utur a. rom ecân ico dos cabo s.
enfim , defi niçã o do pro jeto elet
s são abso rvid as pela s face s tric o da faix a de )
- Toda s as forç as long itud inai Com o leva ntam ento plan ial timé
imp lant ação da L.T ., part e-se para
a )
long itud inai s da estr utur a. serv idão e o per fil do eixo de
tran smi tida s pelo s braç os e utur as de sust enta ção no terr eno
. )
- Toda s as forç as ver tica is são distr~'b;uição e defi niçã o das estr
mon tant es {per nas) da estr utur a. ômi cos pred eter min am a ;J
Norm alme nte estu dos técn ico- econ
cruz ados trac iona dos, todo s usad a na L.T. em pro jeto . Com a
- Nos pain éis com post os de membros fam ília de estr utu ras a ser )
do
os pelo s membros trac iona dos imo pass o é o pro jeto mec ânic o
das
os cisa lham ento s são resi stid defi niçã o das estr utur as, o próx J
as
stên cia mec ânic a das estr utur
pain el. mesmas ou a veri fica ção da resi )
bros desi gnad os para _res istir içõe s do proj eto.
- Em pain éis Com post os de mem disp osta s no merc ado, para as cond )

ento é divi dido igua lme nte entr
com pres são ou traç ão, o cisa lham )
eles .
)
tes de esfo rços hori zon tais 5.3. 1 - Dad os prel imin ares
Os momentos de torç ão resu ltan
os j
tagem dos cabo s), são resi stid
assi mét rico s (rom pime nto ou mon
l onde o momerito é apli cado .
São os dado s, já"d efin idos , que
perm item o pro jeto ou a 1
! ·)
pelo s refo rços hori zon tais no níve '
1 ·)
)
~------
! 337
Projetos mecân icos d(Js Íinhas aéreas de transm
issão Estruturas para linhas de transrr:issão
336 1
que vão soli cita r deter mina da

l
7.50 7,50
veri ficaç ão dos esfo rços mecâ nicos 4.75 4.75

estru tura da L.·T.


o
N

Exem plo 5.1


da torre tipo S3R
Veri ficar o dime nsion amen to mecâ nico
cter ístic as:
da L.T. poss uido ra das segu intes cara o
o
d
- Cabo s:
Três conu tores ACSR, 636 MCM, 26/7
EHS 3/8" , 7 fios
Dois pára -raio s de aço galv aniz ado,
- Vent o:
Velo cidad e máxima: 130k m/h (ABNT)
Velo cidad e redu zida: 72km /h (ven to médi
o máximo) ,L º·
"E
1
~P~e==~~ ~:~~u~=l~~!d:~;o~~~!m~~s torre s: 58kgf/m 2 •
o

- para cálcu lo do balan ço das cade


Pres são para velo cida de redu zida:
ias: 45,6 kgf/m
2

"-...._
2
1
1
"

E
'!
- para cálc ulo do balan ço das cade ias: 14,àl cgf/m o
Esfo rço no cond utor d~vido ao vent o máximo: .;
gf/rn
- para cálcu lo dos esfo rços nas torre s: l,46k
cade ias: l,148 kgf/m
- para
Esfo rço
cálc ulo do balan ço das
no cond utor devid o ao vent o redu zido
: f
2kgf /m
- para cálcu lo do balan ço das cade ias: 0,35
8kgf /m
- para cálc ulo dos esfo rços nas torre s: 0,44 Fig. 5.10 - Esqu ema da estru tura S3R
no pára -raio s devid o ao vent o máxi mo:\
Esfo rço kgf/m
- para cálcu lo dos esfo rços nas torre s: 0,53
s devid o ao vent o redu zido :
Esfo rço no pára -raio
s: 0,163 kgf/m
- para cálc ulo dos esfo rços nas torre - tensã o máxi ma: 1.47 0kgf
Tens ões: de acord o com as hipó teses
de cálc ulo e a equa ção - ação do vent o máximo: 0,53 kgf/m
de muda nça de estad os: - Cara cter ístic as da torre S3R
a l0°C
Do cond utor sob vent o máximo: 3.15 0kgf - Vão médi o: 450m, 30Sm
sob vent o redu zido : 2.21 6kgf a 10°C
Do cond utor· - Ângu lo: O·, 3•
1.40 0kgf a l0°C O
Do pára -raio s sob vent o máxim o:
~ Vão grav ente do cond utor: max. 750m, min. m, min. lOOm (em
Fig. 5.10 , onde as Vão grav ante do pára -raio s: max. 1.000
- Estr utur a 53R adot ada: Most rada na o)
da altu ra de segu ranç a, do susp ensã o) e Om (em traçã
dime nsõe s foram defin idas em funç ão gf
do ângu lo de cobe rtura do
- Peso da cade ia de isola dore s: lOOk
ângu lo de balan ço das cade ias, nas cade ias de isola dore s:
pára -raio s, etc. - Ação do vent o
- para rajad as de 130k m/h: 30kg f
- Cara cter ístic as dos cabo s: - para rajad as de 72km /h: lükg f
Cond utore s: Cons idera ções :
diâm etro: 25,lS mm sais para cabo
Coef icien te para esfo rços tran sver
- peso unit ário : l,300 kgf/m
- tensã o máxima: 3.15 0kgf
romp ido: 0,80 . Leva em cons idera ção a carg a de vent o
part e do cabo romp ido.
ou de peso
j
sobre o vão do cabo inta cto e sobr e !
- ação do vent o máximo: 1,46 kgf/m Coef ic1é nte para esfo rços long i tudin
ai-s: O, 70. Leva em
Pára -raio s: rço devid o ao deslo came nto da cade ia
Cons idera ção a redu ção de esfo
diâm etro: 9,lSm.m de susp ensã o do lado do cabo~intacto
.
- peso unit ário : 0,407 kgf/m

J
i------Estwturas para linhas de transmissão 339
Projetos mecânicos das linhaS aéreas de transmissão
338

Várias hipóteses de cálculo são então formuladas para


Sobrecarga vertical .de montagem: sobrecarga existente
apenas por ocasião da montagem dos cabos, de acordo com a Fig. que se verifique as máximas solicitações passiveis de cada elemento
5. 11.
constituinte de cada estrutura de sustentação da L.T.
cada elemento , de cada estrutura é
T 1 Desta forma,
dimensionado à maior solicitação de compressão possível de ocorrer )
dentre todas as hipóteses de cálculo. Em seguida, suas dimensões
R
são verificadas para o maior esforço de tração pos~ível de ocorrer
dentre as mesmas hipóteses.
Não existe uma normalização que indique o número de
Fig 5.11 - Esforços de montagem
hipóteses de cálculo que devem ser consideradas no dimensionamento
\.
ou cada estrutura )
de uma estrutura. Normalmente cada · ..L. T.,
R "
TEDS.cos a+ 0,75 agp + 400 (condutor), ou
especial, faz jus a um conjunto de considerações que definem o J
R TEos.cos a+ 0,75 agp + 200 (pára-raios)
conjunto de hipóteses de cálculo.
onde:
Para o exemplo em desenvolvimento, as seguintes
TEDS = tensão EDS
hipóteses de cálculo serão consideradas:
a = ângulo mínimo permitido para posicionamento do freio
(cos a <'::: 0,316)
- Hipótese 1: )
ag = vão gravante
p = peso unitário do cabo - todos os cabos intactos, )
400 = peso de 4 homens mais equipamentos
- alinhamento reto ou ângulo de até 3° ____ )
200 = peso de 2 homens mais equipamentos
0,75 =coeficiente adotado pelo modelo - vento máximo
Esforço longitudianal para o cabo pára-raios intacto:
será admitido esse esforço devido ao desequilíbrio de tensões, em Hipótese 2:
vãos adjacentes desiguais, às temperaturas max1mas e m1n1mas. - um cabo pára-raios rompido
Considerar a simultaneidade de vento médio máximo com a
- alinhamento reto ou ângulo de até 3°
situação de cabo rompido.
- vento médio
\
- Hii::{ótese 3:
5.3.2 - Hipóteses de cálculo
um condutor rompido em qualquer pos1çao
'_)
L. T., a mesma passa por - alinhamento reto ou ângulo de até 3°
Durante toda a vida útil da (_)
inúmeras si luações de carre&:amento mecânico. Quer seja em função vento médio
.)
das condições climáticas (variações de temperatura, velocidade de - Hipótese 4: )
ventos, etc.), quer seja em função da taxa de utilização (potência - desbalanceamento vertical de montagem
)
transmitida), quer seja ainda em função de situações anormais - vento nulo
.. )
(montagem, rompimento de cabos, etc.);- as estruturas devem sofrer
- Hipótese 5:
deformações apenas no regime elástico de seus materiais e)
- carga vertical de montagem
constituintes e garantir a integridade da linha. )
- vento nulo
e)
)
./

Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fstruturas para linhas de transmissão 341
340

5.3.3 - Cálculo dos esforços Pára-raios rompido com vento reduzido:


F1 = (coef. carga)·(tensão vento reduzido)
O projetista das estruturas, de posse dos dados = 0,7·1.400 980kgf
preliminares da L. T., das hipóteses de cálculo e do projeto de Pára-raios intacto com vento reduZido:
distribuição das estruturas no terreno, tem condições de determinar
F1 = 250kgf
os esforços atuantes em cada estrutura para cada hipótese de
cálculo considerada. - Esforços verticais: devidos ao peso dos cabos e equipamentos
Os esforços atuante nas estruturas são subdivididos em
e ainda a esforços de montagem e manutenção.
três grupos, de acordo com as direções que solicitam as mesmas.
Condutor ~ vão gravante máximo:
Para o exemplo proposto: Fv = Pc·agmax + Pisol = 1,3·750 + 100 1. lOOkgf
'· \
Condutor - vão gravante mínimo:
- Esforços horizontais transversais: devidos à ação de ventos
Fv = Pc•agmin = 1,3·0 = O
laterais nos cabos e equipamentos e tracionam~!!.!. S~_/dos cabos em
) estruturas de ângulos. Esforço de montagem nas hipóteses 4 e 5:
·_ ( Condutor intacto na hipófese 1: R = TEns· cosO:'. + O, 7S·ag·p + 400 =
Ft = fv· (vão médio) + fVisol = 1,46·450 + 30 690kgf = 2.090·0,316 + 0,75·750·1,3 + 400 1. 800kgf
)
) Condutor intacto nas hipóteses 2 e 3: Pára-raios - vão gravante máximo:
) Ft = fv· (vão médio) + FVisol = 0,448·450 + 10 210kgf Fv = pc·agmax = 0,407·1.000 = 410kgf

) Condutor rompido na hipótese 3: Pára-raios - vão gravante mínimo:

.J Ft = fv· (vão médio)· (coef. carga) + Fvisol = Fv = pc·agmin = O, 407·0 = O


= 0,488·450·0,8 + 10 170kgf
Esforço de montagem nas hipóteses 4 e 5:
Pára-raios intacto na hipótese 1: R TEDS·coso:. + 0,75·ag·p + 200 =
Ft = fv· (vão médio} = 0,53·450 = 240kgf = 904·0,316 + 0,75·1.000·0,407 + 200 800kgf
/ \
Pára-raios intacto nas hipóteses 2 e 3:
Ft = fv·(vão médio}= 0,163·450 = 70kgf 5.3.4 - Diagramas de carregamento

Pára-raios rompido na hipótese 2: Com os esforços deterininados é conveniente traçar os


Ft = fv·(vão médio)· (coef. carga) 0,163·450·0,8 = 60kgf
diagramas de carregamento das estruturas. Consta na realidade de um
desenho esquemático da estrutura com o respectivo conjunto de
- Esforços horizontais longitudinais: devidos a trações esforços para cada hipótese de cálculo.
Condutor ·roffipido com vento reduzido: Pafa o exemplo em questão, como temos apenas cinco
F1 = (coef. carga)·(tensão vento reduzido) hipóteses de cálculo, ternos os -seguintes diagramas de carregamento,
= 0,7·2.216 = 1.550kgf
•ostrados na Fig. 5.12.
vr··· r--· )
Projetos mecânicos das linhãs aéreas de transmissão
l Estruturas para linhas de transmissão 343 )
342
1
Os esforços determinad os, ou as cargas dos diagramas de
carregamen to, devem ser majorados de um fator de segurança, para
'" '" '"go -o então serem usados nos cálculos e dimensionam entos das estruturas .
.,
1 Os fatores de segurança são os da Tab. 5.'~ e um novo conjunto de )

l diagramas de carregamen to, agora com esforço~'majorados, é obtido e )


l mostr-ado na Fig. 5.13. )
1l )
.• TABELA 5.8 - COEFICIENTES DE SEGURANÇA
-, - - '=-
COHOJCÃO 2
)
COMOICÃO 1
TOl>OSOS CABOS INTACTOS UM CABO PÁRA-RAIOS ROMBIOOS
ALINHAMENTO RETO OU )
ALINHAMENTO RETO OU
AHGULO OE ATÉ J• Cargas Coef. Segurança
AHGULO OE ATÉ J"
VENTO MÉDIO
\EHTO r.i.ÁXIMO
\ )
Verticais 1, 27
)
Transversa is 1,65

1 l
Longitudin ais 1, 25 )
i~ ji
170 , "º .
o
o
o )

~
o
õ • ,. \

\
.j
5.3.5 - Diagramas de utilização
)
)
As estruturas 53R foram projetadas para vão médios de
COHD1cio" 450 metros e instalação em alinhamento (ângulo 0°).
)
CONDICÀO J OESBALAHCEAMEHTO VERTICAL
UM CONOUTOFI ROMBlOO
EM OUALOUER POSICÂO:
OE MONT.t.GEM
Os esforços laterais, devido à ação de ventos nos )
AL1HHAMEHTtl RETO OU
ÃHGULO OE f.,TÉ 3"
VENTO MEOIO considera os valores dos vãos médios, logo, 450 metros.
cabos, )
- Qualquer dfflexão no alinhament o da linha também introduz esforços _)
, \
.·-=- laterais has estruturas . J
Para uma estrutura S3R sujei ta a vãos adjacentes que j
impliquem em vão médio inferior a 450 metros, deixa tal estrutura )
superdimen sionada a esforços laterais se a mesma for usada em
_)
de alinhament o. Esta folga da estrutUra a esforços
)
pode ser reaproveita da, usando-se a estrutura para
\
em pequenas deflexões da linha. Quanto menor o vão médio,
j

CONDICÃO :! ::_-aaior será a deflexão perrni tida na linha, para a mesma estrutura )
CARGA VERTICAL DE MOHTAGé.M
VENTO NULO
.~R. Com este raciocinio e algun~:, cálculos, é possível se chegar a )
diagrama de utilização das estrutUras . )
Fig. 5.12 - Diagramas de carregamen tos
j
_)
)

') · -f;Stfuturas para linhas de transmissão


345
344 Projetos mecânicos das linhas iléreas de transmissão
- Esforços transvers ais: consideran do uma pequena deflexão na
-"'2
·11nha e ventos laterais normais a ambos os vãos, temos a seguinte
r-
116
l ~ !!9-
'~ +~ê
- -
f;õ ;; 5
i.-~~ção para definir a mai~r força transvers al na estrutura:

:)
)
o-
1139

-~i--o
~
347

~i-
!'! ~
o-

-347

~i-
~ ~
FT ; 2T0max~sen(<t/2) + fv•am + Fv·i,~ol

) Para o: = O, Fr será máximo:


') \
~ 690.
\Fr = fv·am + Fvtsol = 1,46·450 + 30
) 1
1

) Para pequenos ângu'los sen(o::) = a. (radianos)

u HIP. 1 HIP.2 A equação acima escrita em radianos fica:


)
1) FT = TOmax•Tt/180 + fv·am + Fvi~'õ-1 = 690, ou

= 690,
d Fr = 3150·n/180 + 1,46·am + 30

J 1 Que resulta a seguinte equação para am = f(~)


';
) am = 450 - 37,6a - vãos médios para os cabos condutores

·•. ) 1 Analogame nte:


)
2J.36,8K..i/rf12
am = 450 - 48,4a - vãos médios para Os cabos pára-raios
) f"" 1
Com esta análise feita, podemos concluir que quando uma
.)
J HtP. 3
HIP. 4 estrutura S3R for usada como suspensão em pequenos ângulos, o vão
1.) 111édio correspond ente será determina do pela segunda equação, ou
) seja, pela equação definida pelo cabo pára-raios . Assim, para os
/\o o
~) ângulos de O , 1 , 2° e 3° temos os respectivo s valores de vãos
médios definidos: 450, 402, 353 e 305 metros .
J
.J
- Balanços de cadeias: os ângulos de balanço das cadeias de
'~)
"'_isoladore s são funções da relação entre os esforços horizonta is
)
transversa is e esforços verticais que atuam na penca de isoladores .
.)
. Conforme já analisado, os ângulos de balanço das cadeias (-rmax para
HIP. 5 .vento máximo e 1°"' para vento re~uzido), podem ser calculados pela
)i
Fig. 5.13 - Diagramas de carregamen to com esforços majorados -seguinte expressão:
)
) fv•am + 1/2·Fv1so·1 + 2To·sen(cx. /2)
tg(rl = p·ag + 1/2·Pcade ia
. j
. '
r
:!
!i
346 Projetos mecânicos das linhas aéreaS de transmissão -,-- -~stwturas para Hnhas de transmissão 347
\
1

)
)
Estudos anteriores definiram os ângulos de 480 e 18°,
1 VÃ.O MEDIO 1 mi
1,
respectivamente para ação de vento máximo e de vento reduzido. o 100 200 300 400 500
o
E~tes valores na equação acima, com ângulos tomados em graus,
1 r--..
temos:
1
1. 10
""" ~" Ir--...
!
""" )
1

Para vento máximo:


ag = 0,796am + 38,lo: - 30
l
'º o
....... ., )

Para vento reduzido:


E
'º "'- "'-
o
""" ~
~ )
ag 0,834am + 91,7a - 29
w
"z
•>
" ~ ~ ~ )


40 . )
~
~

A segunda equação conduz a maiores valores de ag, ', \ )


~ o 500
dificultando com mais intensidade o balanço das cadeias. Logo é ••> )
esta a equação predominante na análise dos vãos gravantes da linha
nas deflexões da mesma.
60 o
,. ,. 1• o• )
)
Variando-se os valores 1 'de o:, leremos uma família de 70 o
)
retas paralelas que nos darão os v'alores de a 9 . = f(am) __ . 305 353 402 450

Em- um sistema de coordenadas (vão gravante x vão


médio), traçando-se as famílias de retas correspondentes às
equações: Fig. 5.14 - Diagrama de utilização da estrutura ~3R )
am = 450 - 48,4a )

ag 0,834 am + 91,7a - 29 - Esquema da estrutura conforme a Fig. 5.10. )


- Características e quantidades de cabos: dois pára-raios em )
Teremos o chamado Díagrama de utilízação da estrutura,
aço galvanizado EHS 3/8" e três condutores CAA 636 MCM, 26/7 )
onde a família de retas àefín_ídas pela primeira equação indica os
valores dos vãos médios passiveis em função das deflexões da linha.
Grosbeak. , .)
/\
- Detalhes das peças de conexão dos suportes dos cabos. j
Já as intersecções das retas ·de ambas as famílias, relativas às
- Velocidades de ventos consideradas para as várias hipóteses
deflexões correspondentes, definem os vãos gravantes, Fig. 5.15. )
de cálculo.
)
De posse destes dados, o projetista da estrutura tem

l
5. 3.-6 - Roteiro para o projeto da estrutura metálica )
condições de treliçar o esquema da estrutura da Fig. 5.10 ao nível
de detalhes da Fig. 5.15.
Os seguintes dados são fornecidos ao projetista da '

Com o treliçamento definido·, o projetista passa para o ·'


estrutura metálica: J '
pré-dimensionamento dos elementos da estrutura, que depende de seu
- Diagrama de carregamento com esforços majorados, Fig. 5.13, )
know-how, e chega ao nível de -detalhes das figuras 5.16, 5.17 e
ou o diagrama de carregamento da Fig. 5.12 e os valores da Tab.
5.18.
j '
5.8.
J
' l
.)
Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão Estruturas para linhas de transmissão 349
348

noo I ma
7,50 1
7,.50
'ºº
H
!SZl:::2oo
• VER aê;TALHE"B" ·", Ll:...''"",:...,·"":_,,"",_,.11/""'_.'\"-;_.':"',,~;
L:' v-' ~, . "'""'1,)._J
~' CORTE MM

N '>.. _' V _
o \ VISTA A.A
I' ••
••oi \

PARAFUSO EN "U" OE 518"


A SER FORNECIDO A' FABRICANTE
'. \
o
o
.;

g
~I
S3Rt--O DETALHE "A"
i
NOOALIOADE OE PREENSÃO
8 DOS GRAMPOS 00 CABO PÁRA- RAIOS
.,;
S3R+ 3

o
o
.,;

o
S3R+E •.
~1
~I
o
.,;
S3R+9

o
o DETALHE "B" g
.,;
MOOAL10AOE DE PREENSÃO o
S3R+12
DAS C~ElAS CE lSOLAODRES

o PÉ-2,0
o PÊ-1,0
" S3R+l5 PE o.o
.) PÉH,~
PE+2
:_)
~) "CLEATS"

Fig. 5.15 - Treliçamento da estrutura e detalhes das


_) conexões dos cabos PÉ +z.o
1 5700)

J .2J;3"CLEATS" t.. :!1" 1; 1/4"

·)
Fig. 5.16 - Silhueta da estrutura

J
... '.L

l
Projetos mecânicos das linhas ~éreas de transmissão Estruturas para linhas de transmissão 351 )
350
l

~
o
. PÉ - 'Z..O

fl,
o
o

L2 /12 "x 3/16"-3\t o


VISTA - N
o
o
-..._
VISTA. - l
o ~ o )
o
1

7t
x 3/16" o o

- --\
L2"

l 2º' X 3/16'º
,
I __
-' _ o
~
,
~ )

\
,./~
.... 1
1 i '/ -
)
'"'/ j / . '\
.....
1
1/ _l :.
'
\
.

~\'*'/
+ .
)'
/
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-l-
-+
\ l _,_
, - _ .......... I
/\
I - 1
í
' \
PÉ:t.OO .)__
rG
/
1/
Jl
, \'..' ,
'\.li'""\1
)
)

M
! L \ 'f,
CORTE-DO -'- lsJR+s )
CORTE- Ff
CORTE- HH
17
H PE + 1.0
)
H \

SJ!l + it "i_ )

L2"x 3/16" )
L2"1x 3116"
)
)
l )

i )
)
CORTE-GG
CORTE-KK
Fig. 5.18 - Detalhes da estrutura )
1 )
)
;\
~ Além dos diagramas de carregamento da Fig. 5.13, mais )
dois conjuntos de esforços têm influências nos cálculos de
L E G E N DA )
verificações dos perfis pré-dimensionados: forças devidas a ação do
L 1 112" X\ /S" )
1 112· x· 3116" '-vento na estrutura e peso próprio da mesma.
L
_)
L 1 3/4" X ,, e" Para o cálculo da ação do vento, a estrutura é dividida
1 3/4" l 3116"
)
L em módulos de alturas compatíveis com a geometria da torre. Para
L 1 112" X 1/8"- A. 572
cada módulo as barras são contadas, medidas e suas áreas expostas )
L 1 3/4" x 1/8"- A572
calculadas. Calcula-se então os esforços acumulados e os braços de )

alavanca correspondentes aos seus :·pontos de aplicação na estrutura, .)


Conforme a Fig. 5.19. )
fig. 5.17 - Detalhes da estrutura
_)
)
Projetos mecánicos das linhas aéreas de transm;ssão Estruturas para linhas de transmissão 353
352

Módulo 2: (Fig. 5.20)

,, h MÓDULO 1
1

,,
ti Mo'DULO 2
2
F*
2

h. \

F2
a*2

=t! ;=- / = / c7TE3rS7T

Fig. 5.20 - Ação do vento no módulo 2


.J
) hn MÓDULO n

)
·'
- Área exposta do módulo 2: A2
Fig. 5.19 - Forças de vento nos módulos da estrutura - Área exposta acumulada: A2* = At + A2
- Força de vento no módulo: F2 = C·q·A2
Os cálculos podem seguir o mecanismo abaixo: - For7~ de vento acumulada:
Módulo 1: F2* = Fi + F2 = C·q· (A1 + A2)
- Área exposta do módulo 1: Ai
- Braço de alavanca ou ponto de aplicação de F2:
Área exposta acumulada: Ai* Ai
a2.. = h2/2...
- Força do vento no módulo 1: F1 = C·q·A1
- Braço de alavanca ou ponto de aplicação de F2*:
- Força de vento acumulada: F1* = F1
- Braço de alavanca ou ponto de aplicação de F1: F1·(a1 + h2) + F2·a2
a2* = (F1 + F2)

ª' = hi/2
É prático fazer estes cálculos, e os sucessivos, até o
- Braço de alavanca ou ponto de aplicação de F1*: módulo "n", montando-se tabelas.~_ corno a Tab. 5. 9 e a Tab. 5.10,

a1 * = a1
respectivamente para ventos de intensidade média e máxima .

.]
.)
-r-~-- )"'
)
1 Estruturas para linhas de transmissão 355 )
354 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transinissão

TABELA 5.10 - FORÇA DE VENTO E BRAÇO DE ALAVANCA - VENTO MÁXIMO !


TABELA 5.9 - FORÇA DE VENTO E BRAÇO DE ALAVANCA - VENTO REDUZIDO
l
2
2 (Pressão de vento .,no torre = z x 120kgf/m sobre â.rea
(Pressão do vento.na torre= 2 x 36,8kgf/m
projetada de uma face)
sobre área 1 projetada de uma face·,
)
AlturalAltura do Comp. Are a Força Braço de
Largura
Comp.
Área 1 ~ Força Braço de
Pressao Secção lml perfil exposta
PressãO,
total alavanca -)
Altura lml {kgf/m2 ]
Secção ào perfil [m] exposta j [k f 2 l total alavanca\ [m),
[m] [m2l g /m [kgf] [m)
lm.21 [kgfL !.m].
lml 1
' 1 l, 86 0,044 \ 4,00 1
1 1 0,044 4,00 0,038 5,00
1. 861 0,038 5,00 )
0,051 ' 8,00 0,074 240 186 0,930
0,051 8,00 0,774 73,6 S7 0,930
1 2 10,00 0,076 20,00
2 10,00 0,076 20,00 0,064 )
16.601
0.064 16,00 5,50
0,044 5,50 55,00 )
0,038 55,00 4,914 240 1179 5,000
4, 914 73,6 362 'S,000
5,807
' \ 1365 5,808 )
~ 419
3 1,00 0,076 2,00
3 1, 00 0,076 2,00 0,051 2,90
0,051 2,90 0,300 240 72 o.soo
0,300 73,6 22 0,500
1437 6,492
i 441 6,492
4 2,00 0,076 4,00
4 2,00 0,076 4,00 1 0,051 6,20
1
0,051 6,20 0,620 240 149 1,000
O,t;.20 73,6 46 1,000
1 1586 7' 788
487 7' 784
5 2,00 0,076 4,00 )
5 2,00 0,076 4,00 0,051 6,70
0,051 6,701 0,646 240 155 1,000 )
0,646 73,6 48 1,000
1741 9,006
535 8,996
6 0,076 4,00 \
6 2,00 0,076 4,00 J
2.001 0,051 7,30
0,051
.. )
1 0,676 240 162 1,000
7.301 0,676 73,6 50 1,000
10, 142
f903 10,154
585
7 2,00 0,076 4,00 _)
7 1 2,00 0,076 4, 00' 0,064 7,90
0,064 7,90[
60 1,000
1 1 0,810 240 1941 1,000 _)
2097 1 11, 122
0,810 73,6
1 11,106

j
645
1 • 8 1, ao 0,076 2,00
8 0,076 2.00\
1
0,064 7,90 )
1
'Ἴ1 0,064 7,90

1
0,658 73,6 48
693
1 0,500
11,302
0,658 240 158
2255
0,500
11,308 )
1 9 3,00 0,076 6,00
1 9 3,oo\ O, 076 6, ool 1
0,064 10, 00 J
' 0,064
0,038
10. ºº
1
1
I \ 0,038 11, 20
1 11 ,20!
l,522 73,6
1
112 1, 500
1, 522 240 365 1,500 .)
2620 12,523
805 12.521
1
1 10 3,00 o, 076 6,001
' 10 3,00 0,076
0,064
6,00
7,40
)
0,064 7,40
1 0,051 12,301
0,051 12,30 _)
1 ' Q, 04.4. 2-,3Q
'
1
1

1
1
0,044
0,038
·2 30'
. 1
4.,40,
l, 825 73,6
1
1
134 1,500
0,038 4,40
1,825 240 438 1,500
.)
1 1
33,520 3058 13,515
1
! 1
939
11 5,00 0,076 10,00
)

:~: ~~1
11 1 5,ooi 0,076 0,064 10,50
0,064 1 1 0,038 13,30
0,038 .. 13, 30 1, 937 240 465 2,500
1,937 73,6 1.;.z \ 2,500 )
3523 16,401
1081 1 16,416
1 1
' 1 i '
_/

)
_)
"
Projetos mecânicos das linhas aér~as de transmissão .Estruturas para linhas de transmissão 357
356
jl
Tendo agora todo o conjunto de cargas atuantes, Os esforços nos mon·tantes podem ser determinados em uma
.) determina-se todas as forças nas barras da treliça e verifica-se os série de cortes transversais na estrutura, como mostra a Fig. 5.21.
) seus dimensionamentos à tração (limite de escoamento) ou à e os valores da Tab. 5.12.
) compressão (flambagem). Também aqui é conveniente trabalhar com

) tabelas, onde os esforços devidos a diferentes hipóteses de cálculo

) para uma mesma barra são anotados para mecanizar os cálculos.


1 Parte dos cálculos para o exemplo em questão estão mostrados na
').
:)
.)
TABELA S.11 - ESFORÇOS NAS BARRAS DA ESTRUTURA
.. ) u
)
Esforço total-kgf
) Barra Hipótese Esforço total-kgf\Barra Hipótese
N. • N. • N. • Compressão Tração
J) Compressão Tração N.
.
Q

I) 1 1 1732 6a 1 6715
,. 2 1753 3 9642
e

) la 1 1948 6a 1 10974·
2 22S2 3 14897
2 6 5357 7a 3 1688 Fig. 5.21 - Esforces nos montantes
S075 7b 3 1693 • 1
j 2a 6
2b 1 3726 6649 7c 3 1579
) 2c 1 2277 4046 7d 3 686
3 1 4206 7e 3 619 Onde:
J 3 9303 7f 3 573
7g 3 S06
J 3a 1
3
S142
8368 7h 3 481
:ZF = sorna das forças na mesma direção, na hipótese corres-
.··) 7i 3 437 pondente, inclusive força de vento.
'· 3b 1 5111
3 7248 8 1 7888 h = ª!:·\ura do ponto de aplicação da força. Para a força de
4 3614 3 66S5
3c 1 Slll 9 3 741 vento será~o braço de alavanca correspondente e já calculado.
3 6424 9a 3 685 :ZF·h = momento das forças com relação à seção em análise.
4 4970 9b 3 611
3d 1 2S30 9c 3 SS6 a-= largura da caixa da torre na seção em análise.
~J S055 9d 3 500
3 :Zp = carga vertical total sobre a estrutura até a seção em
.)· 4 3601 10 1 3598 41Sl
4 1 4874 11 1 7849 análise, incluindo-se as cargas verticais da hipótese de cálculo
4a 1 3295 4708 3 6927 considerada.
2 2600 4013 12a 2 171S
4b 1 1977 13 1 823 199S
4c 1 1174 1977 12 s 1088 As forças normais nos montantes são distribuídas na
Sa 4 7S6 forma de um conjugado, acarreta~:;.º tração em dois montantes e
Se 4 824
Se 4 824 compressão nos outros dois.
('
}"'--
1

~strutu'.as para linhas de transmíss_iio


!
359
358
Projetos mecânicos das linhas aéreaS de transmíssão 1
TABELA 5.13 - ESFORÇOS NAS FUNDAÇÕES )
Os esfo~os totais podem ser calcUlados pelas seguintes
-
express?es:
..' .''
_,• p
N = -Fh ±
- -1
F h Fh 2a Fh.12a p P/4
LP LF·h LP 2a 4
Nc* = Nc + -4- = 2 a + -4-
'' .. [kgf] [m] [kgf·m] [m] [kgf] Il~gf] [kgf] [kgf]
o
- l
LP LF·h Lp ESFORÇOS NAS 'FUNDAÇÕES
NT - -4- = 2a -4-
Torre mais baixa

1 2x396 13,86
2x313 13,~6
TABELA 5.12 - ESFORÇOS NOS MONTANTES 3x1139 12,00
,. \ 1586 6,79

..
' -
-
···~
.' F

h F'h 2a Fh(2a p N = Fh
P/4 2a
-

±
4
p
3 2x116 13,86
71428 4,705 151-81
15181
7124
1767'
1781
442
16962
- 14739

.'' --·-..' [m] [kgf·m] [m] [kgfl kgf] [kgf] [kgf] i 2x313 13,86
[kgf
2x347 12,00
ESFORÇOS NOS .MONTANTES 1 281 12,00
' 1938 6,78
50151 ' 4,075 rD659 7124 1781 12440
20 -1 2x396 12,78 10659 1767 442 10217
2x313 12,78 ----
'
,- 3x1139 10,92
.
-

Torre mais alta


;
1437 6,50
8308 2077 17058 1 -
)
64778 4,324 14981 l 2~3-96
1 32,86 )
21 :·. 1 2x396 16,79 2x313 32,86
2x313 16,79
'
3x1139 14,93
3x1139 31,00 )
3523 16,40
1741 9,01 _,8829 210301 11,400 18447 9850 2463 )
90512 5,737 15777 2208 17985 20910
18447 4314 1079 17368
2x396 23,25 J
22 - 1
2x313 23,25 1 3 2x116
2x313
32,86
32,86 _)
3x1139 21,39 z,.347 31 ,00
2620 10,93 281 )
134696 8,014 16808 9669 2418 19226 31,00
1938 31,00 )
23 - 1 2x396 27,86
1081 16,42
2x313 27,86 _)
136248 11,400 11952 9850 2463 14415
3xll39 26,00
13,52 11952 4314 1079 10873
3058 )
169693 9,638 17607 10268 2567 20174
)

Determinados os esforços dOs monta~tes, verificam-se 05 )


valores p~é~dirnensionados •na Fi~ . : ?~ 16. Os perfis comprimidos são )
O mesmo raciocínio pode se prolongar até as fundações'.
verificados ·à -r1ambagem e os peI,""fis tracionados são verificados à .)
Da mesma forma os resultados ficam mais visíveis se forem tabe1ados
tensão de escoamento.
)
confOrme a Tab. 5.13.
)
~
Estruturas para linhas de transmissão 361
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transfnissão
360
#'
o próximo passo é a determinação dos esforços nas Algumas treliças usuais são as mos t ra d as na Fig. 5.22.
O tipo mostrado em 5. 22(a) e' d enorn1na
· d o de treliça simples e 0
treliças (barras de intertravamento) das faces. Usa-se o método das
seções e organiza-se a Tab. 5.14. Da mesma forma que os demais mostrado em 5.22{b) é denominado de treliça cruzada.

elementos da estrutura, as barras do inter travamento, tendo seus


esforços determinados, são verificadas à flambagem se comprimidas e
à tensão de escoamento se tracionadas. F
F
As treliças são responsáveis pela transição dos
esforços cortantes e momentos torçores aos montantes, a través de
esforços axiais transmitidos às conexões.

TABELA 5.14 ESFORÇOS NAS TRELIÇAS DE !NTERTRAVAMENTOS DAS FACES

', Fm l 'º' "'


.
B
a
a b/l 2na·b/l F m Fm N =
2na·b/l
r
' Fig. 5.22 - Esforços nas treli.ças
..
r
a 2n [m] [m] [m] ' ·1kgfl .[m] [kgf·m] [kgf]
N. •
'
30 4 2,000 0,796 6,368 3 1938 0,238 461 1
1938 7,500 14535
14996 ', 1 O formulário que permite os cálculos dos esforços nas
3 2x347 0,238 treliças é o seguinte:
281 0,238 14767
1938 7,500 1
.
441 1,032 455
15222 2390
N = (f·a + Mt)
2~c para treliça simples

31 4 2,352 0,839 7,893 3 14767 1


487 1,157 563 N = (F·a + Mt)--
4bc para t re 1 iças duplas ou cruzadas
15330 1943
32 4 2,705 0,872 9,435 3 14767 Onde: /\
535 1,296 693
15460 1639
N = Esforço axial da treliça considerada (compressão o.u
33 4 3,057 0,897 10, 969 3 14767
585 1,446 845 tração) (kgf)
15612 1423
3,410 0,916 12,494 3 14767 F = Força aplicada paralela à face considerada (kgf)
34 4
645 1,629 1050 a = Distância entre os éixos baricêntricos dos montantes na
15817 1266
cota de aplicação da força (m)
35 4 3,762 0,854 12,851 3 14767
805 2,084 1678 Mt = Momento de torção aplicado à seça-o superior da treliça
16445 1280
.
considerada (kgm)
36 4 4,290 0,653 11,205 3 14767
939 2,437 2288 b = Distância entre eixos bar.1"ce"ntr1·cos ( linhas de centro) dos
17055 1522 ~
•ontantes , no p1ano d o no· superior
· - {m)
. ·-···------- ------"·--- --
l~
-~- -
,'°"""
)
! Estruturas para linhas de transmissão 363
362
Projetos mecânicos das linhaS aéreas de transmissão
!
i
J
)
e = "'
Distância entre eixos baricêntricos dos montantes, no
1
5.4 - BIBLIOGRAFIA
)
plano do nó inferior (m) elétrica. Linhas -;
1 - FUCHS, R. D., "Transmissão de energia
1 = comprimento do perfil da treliça, medido entre nós (m) 1
! aéreas"_ Livros Técnicos e Científic.os Editora, 2• Ed., )
O mesmo raciocínio usado para a determinação dos
Rio de Janeiro, 1980. )
esforços nas treliças, pode ser estendido ao cálculo dos esforços
2 - ABNT - NB 182/72, " Projeto de\ linhas aéreas· de- transmissão de. '·.,,,·
cortantes nos pórticos e nas fundações, conforme mostrado na Tab. )
energia elétrica". Associaçã.O Brasileira de N~rrnas Técnicas,
5.15. )
Rio de Janeiro, 1972
)
3 - ELETROBRÁS S/A, Revista Brasileira de Energia Elétrica. Rio de
TABELA 5.15 - ESFORÇOS CORTANTES NAS FUNDAÇÕES E NOS PÓRTICOS 1
Janeiro, ºº 14. set/dez de 1970.
h
'
4 \ - PARIS, L. e OUTROS, "A study of _ the design parameters of )
B ~ i Fm
a
a b/l 2na·b/l F m Fm N = 2na·b/l
2n p
transmission lines above 1000 kV". Cigré, Paris, Vol. 2, n. º )
''a [m) [m) [m)
ó
t
e [kgfl [m] [kgf ·m] [kgf]
31-45, 24ª sessão, 1972. )
N. •
'e Estruturas metálicas na prática.
NOS PÓRTICOS 5 - CARNASCIALI, c. c.' . )
CORTANTES
McGraw-Hill do Brasil, São Paulo, 1974. )
I 2 2, 176 1,000 4,352 3 t'~~fi§v 15460 3552
6 - ANDERSON, \/. C., BENHAM, C. B. e OUTROS, "A guide to the
S3R+O it~git 14996 3446
conceptual design of transmissions line structures" _ IEEE
)
face 15817 3128 )
II 2 2,529 1,000 5,057 3 transv
Committee Report C, 73378-7, 1973.
it~git 14996 2965
7 - PROJECT EHV, "EHV transmission line" _ Refetence book, Edson
)
6,114 3 S3R+6 ft 16445 2690
II 1 2 3,057 1,000 1
3 S3R+9 ft 17055 2378 Electric Institute, New York, 1968. ·'
IV 2 3,586 1,000 7' 171 1
fi 14996 2091 )
14767 8 - NONHAST, R., El proyectista de estructuras metálicas. Editora
4,114 1,000 8,228 3 S3R+12 ft
V 2 )
1081 -3035 do autor, Madrid, 1975.
2' ft
8 ºª\ 17082 2164
1823 9 - ED\llN, G. H. e CHARLES, G. N. , Structural engineering )
fi 14996
8,580 3 S3R+l5 fi 17802 2075 hand~;ok. McGraw-Hill Book Co., New York, 1968. )
VI 2 4,290 1,000 1
/
CORTANTES NAS FUNÇÕES )

813 ).
4 2,352 1,000 9,410 1 3x1139 0,238
1586 1,156 1833 )
2646 T 281
3 15330 T1629 )
1 2x313 0,090 56 L 6
3 14996 L1594
)
)
Para fundações em gralhas metálicas, os cálculos são
)
prosseguidos como uma extensão dos cálculos da própria estrutura.
Detalhes no Capítulo referente às fundações. _)

1 .J
j

Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 365

Com o uso dos cabos de alumínio, especialmente com alma

6
i) de aço e com o emprego de maiores seções para a condução de maiores
potências, de estruturas mais pesadas, mais complexas, mais altas e
mais distarites, e de tensões mecânicas maiores, a vibração
tornou-se um inimigo mais perig~pois a rilptura dos cabos, fio a
Vibracões e tensões dinâmicas fio, passou a ser mui to mais preco_ce,
\
a ponto de se tornar a

, nos cabos condição-limite nos projetos.


Nos últimos quarenta anos, o problema vem sendo
estudado em todas as partes do mundo, e as soluções mais variadas
vêm sendo examinadas. Isso tem permitido a ampliação das dimensões
\
6.1 - INTRODUÇÃO nos projetos e o prolongamento da vida. útil dos condutores. Não se
chegou até agora, porém, a um resultado completamente satisfatório
e talvez mesmo nunca se chegue, porque o homen é insaciável e,

6.~.1 - Comentários iniciais resolvido um problema, passa à etapa segUinte com novas exigências.
As soluções hoje existentes são de vários tipos, mas, quanto a
A importância da vibração nas linhas cte transmissão elas, não há acordo' completo entre os especialistas no assunto,
mui tas vezes é esquecida, levando-se em consideração nos cálculos algumas vezes devido a interferências dos interesses comerciais dos
apenas as tensões estáticas. Embora os esforços estáticos d~ tração inventores e fabricantes - tentando provar que a sua é a melhor
.) mas, na maioria das vezes, devido'' à complexidade do
nos condutores sejam muito maiores que os esforços dinâmicos, estes solução -,
.J podem ser altamente prejudiciais, em virtude de sua qualidade tema, à dificuldade de execução de experiências coerentes e
.) alternativa. completas e à diversidade de situações.
) Desde a construção das primeiras linhas de transmissão tão importânte o problema das vibrações, que a norma
~

~) de energia elétrica, observa-se a ruptura dos fios e cabos, depois alemã para a construção de linhas de transmissão VDE 0210 diz, em
) de algum tempo de serviço, sem razão aparente. A linha projetada seu parág:i;-afo 7, item (e): "A experiência demonstrou que os
/\
sem sobrecargas mecânicas ou elétricas em seus diversos elementos, condutores podem ser danificados principalmente em regiões planas e
0
portanto sem tensões anormais ou aquecimento exagerado dos expostas aos ventos. O perigo consiste na possibilidade de
.)
condutores, deveria ter durabilidade praticamente ilimitada. aparecerem, especialmente nos pontos de fixação, tensões alternadas
.)
Isso, no entanto, não acontece. Na procura das causas adicionais, as quais podem ocasionar a ruptura dos fios. Tal perigo
possíveis, observou-se que aparecem vibrações nos diversos pode ser evitado por medidas que reduzam a formação dessas
·) vibrações (por exemplo: redução da tensão máxima_ admissível) ou que
elementos, principalmente nos condutores. Elas podem ser vistas do
solo, ouvidas e medidas, fazendo tremer ferragens e estruturas. São eliminem os efeitos danosos das mesmas".
produzidas pela passagem do vento contínuo através da linha. E As ___·-:n_o.rmas de diversos outros países, embora não se

chegou-se à conclusão de que elas são uma das grandes respon - refiram diretamente às vibraçõe~.' estabelecem cargas de trabalho

sáveis pela ruptura dos cabos. para os condutores, condizentes com a máxima redução desses fios.

)
.··J ,---~'
)
Projetos mecânicos das linhas a-éreas de transmissão
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 367 )
366
condutores e. suportes, capazes de destruir a linha. O galope ocorre )
6.1.2 - Dimensões e causas das vibrações
tão somente nos trechos de linhas com cadeia de suspensão. No vão )
ancorado. a oscilação lin:ii ta-se somente a este e geralmente não )
A ação do vento sobre as linhas de transmissão provoca
ocorrem maiores danos [4]. )
oscilações dos condutores, as quais, se não forem amortecidas,
"
poderão chegar a valores críticos, culminando com o rompimento dos )
cabos, seja pela fadiga, seja pelo efeito 'de grande amplitude, e 6.1.2.3 - Oscilações de rotação )
até a afetar seriamente os suportes. )
As oscilações típicas observadas nas linhas são eólicas A oscilação rotativa ocorre na zona de ar rarefeito ou )
(de ressonância}, longitudinais (galopping) e de rotação. de vácuo parcial .formado por ventos de grand e ve l ocidade (ou
)
', t~fões) na proximidade da 1 inha. Quando a rarefação do ar equivale
)
t ao peso do condutor, os esforços normalmente atuantes perdem a
6.1.2.1 - Vibrações eólicas provocadas por vórtices de Karman )
componente vertical, ocorrendo assim, conforme a variação do vento,
)
originadas pelos ro~ações incontroláveis dos cabos.
Essas oscilaçõe eólicas são
' Como o galope, as oscilações rotativas poderão provocar )
redemoinhos de ar a sotavento do cq,ridutor - causando· as vibrações
curtos-circuitos e introduzir esforços mecânicos consideráveis, )
dos cabos no sentido vertical - no momento em que se; igualam as
tanto sobre o condutor como sobre os suportes. )
freqüências do vento e do condutor, que, por essa razão,- entra em
Dos três tipos de oscilações, a mais freqüente é a )
ressonância.
eólica, sendo habitualmente adotados os sis.temas prev.enti vos )
Oscilações desse tipo ocorrem com os ventos de
descritos mais adiantes. )
velocidades constantes entre 2 e 35km/h, que se verificam em
As oscilações galope e rotativas ainda não foram
terrenos planos ou levemente ondulados, principalmente ao amanhecer J
assinaladas no Brasil. O controle da primeira está sendo estudado
ou ao entardecer [2,3). )
Essas vibrações produzem flexões alternadas de pequenas para 1 inhas com condutores múltiplos, por meio de distanciadores
)
especiais, não existindo, no momento, proteção adequada para
amplitudes nos pontos de suspensão do condutor, causando esforças
)
condutor 5:t~ples. A prevenção de oscilações rotativas exigem um
alternativos que provocam a ruptura do cabo pela fadiga.
estudo específico das condições climáticas de passagem da linha. )
)
6.1.2.2 - Galopping, ou galope )
6.1.3 - Efeitos das vibrações
)
O galope corresponde a uma oscilação de baixa
São vári· os, naturalmente, os e f e1· t os d as v1"b raç-ões, )
freqüência e de grande amplitude que provoca a movimentação do
sendo o mais importante o prejuízo que trazem às ferragens, )
ponto de suspensão no sentido longitudinal dos condutores, portanto
isoladores, estruturas e, especialmente, aos cabos condutores. )
uns contra os outros. Conforme o comprimento do vão, a amplitude de
Entre es t es, os ·
mais afetados ... são os cabos ACSR, pela maior _)
oscilação vertical alcança vários metros, podendo dar origem a
fragilidade dos fios de· alumíni~'":" Os fios isolados sofrem danos
curto-cicuito entre fases, e introduz perigosos esforços nos .J
J
~)
:t:
.. )
r~·
~
\ Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 369
368
) no Canadá, quando a temperatura gira em -torno de o •C, e quando
mais rápidos que os cabos. A ruptura dos condutores é por fadiga do
.) sopra um vento transversal relativamente forte. Na maioria dos
... material de que são feitos os fios, seja ele o aço, o cobre ou o
casos, encontra-se gelo sobre o fio. Um cálculo grosseiro mostra
.J alüminio. Disso se ·tem prova cabal, pelo exame das regiões de 1
J fratura dos cabos rompidos. As fraturas localizam-se nos pontos de que a freqüêricia natural do vão é~m~·».ardem que a freqüência

) filie.ção dos cabos, exatamente onde uma seção vibra e a seguinte é


1 observada. O fato de a perturbação, uma ~z i'rticiada, ser bastante
-) persistente, continuando as vezes por 24h com grande violência,
forçada, pela ferragem de fixação, a permanecer em posição rigida.
torna a explicação baseada na vibração "forçadaº bastante
.) As ondas vibratórias refletem-se nesse ponto, retornando em sentido
improvável. Tal explicação implicaiia em rajadas de vento com
) inverso [S, 6].
1• freqüência igual à freqüência natural da 1 inha, em um grau de
) fr~cisão "milagroso"·. Por exemplo, considerando t = ls, se em 10
') u - min não houvesse 600 sopros de vento igualmente espaçados, mas sim
6.2 - ESTUDO GENERALIZADO DAS OSCILAÇÕES EM LINHAS DE TRANSM!SSAO
') 601, a vibração cresceria durante Srnin e seria destruida nos Smin
COMO VIBRAÇÕES AUTO-EXCITADAS
•.) restantes. Para manter a linha vibrando por 2, seria necessário um
erro no sopro do vento menor que 1 parte em 7.200. Essa explicação
6.2.1 - IntroduÇão ao problema pode, portanto, ser abandonada {8].
J
Temos um caso de vibração auto-excitada causada pelo
j' As linhas de transmissão elétrica de alta-tensão, sob
., vento que age sobre o fio, o qual, devido à acumulação de gelo, foi
j certas condições de tempo, vibram com grandes amplitudes e numa considerado de seção transversal não-circular. A explicação envolve
.) freqüência muito baixa. uma argumentação aerodinâmica elementar, dada em s·eguida.
) Um vão de linha vibrará com uma ou duas meias-ondas
Quando o vento sopra sobre um cilindro circlilar (Fig.
(Fig. 6.1), com amplitude até 3m no centro e à razão de 1Hz ou
) 6.2 a), ele exerce uma força sobre o cilindro na mesma direção que
menos. Devido à sua característica, esse fenômeno dificilmente é
) 0 vento. Isso ocorre, evidentemente, pela simetria. Para uma barra
descrito como vibração, sendo, em geral conhecido como "galope" .
.) de seção transversal não-circular (Fig. 6.2 (b)), isso em geral não
Não se tem observado tal fenômeno em climas quente, mas ele ocorre,
) é verdadeir~\· havendo um ângulo entre a direção do vento e a da
uma vez cada inverno, nos estados do nordeste dos Estados Unidos e / .
força. Um exemplo bem conhecido é dado por uma asa de avião, em que
.)
a força é aproximadamente perpendicular à direção do vento (Fig.
j
6. 2 c).
)
.)'

.)
1
)
y~e·~ V~~
_}.º'""
,, )
) . la)
Fig. 6.1 ~OS dois primeiros modos naturais de movimento da 'b)
.) vibração de um cabo uniforme. ( w = frequência
Fig 6.2 - As direções do vento e â~força decorrente incluem
natural; T = tensão no cabo; µ = densidade linear
) ângulo para seções transversais assimétricas {7].
do cabo [7].)
1

l. J
1--
!
. )

)
Projetos mecánicos das Hnhas aéreas de transmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 371 )
370
por qualquer razão, o fio adquire urna pequena velocidade )
Visualizemos a linha de transmissão no processo
ascendente, a ação do vento empurra-o ainda mais para cima, até que )
atenção sobre ela, durante um curso
vibratório e fixemos nossa )
a ação elástica ou de mola do fio pare o movimento. Então essa
descendente. Se não houver vento, o fio sentirá o ar vindo de
força elástiCa move o fio para baixo, em cuj_o proceso o vento ajuda )
baixo, devido a seu próprio movimento para baixo. Se houver um
de novo, e pequenas vibrações transform~m-se rapidamente em )
vento horizontal (de lado) de velocidade V, o fio, movendo-se para
vento soprando de um grandes. ~•. . ')
velocidade v, sentirá um
bai~ com
O fenômeno discutido até o momento tem freqüência muito
ângulo arctg (v/V), ligeiramente de baixo. Se o fio tiver urna seção )
baixa e grande amplitude na linha de transmissão. Esse caso,
circular, a força exercida pelo vento terá uma pequena componente )
entretanto, não acontece no Brasil, onde não ocorre deposição de
para cima (Fig. 6.3). Como o fio se move para baixo, essa )
gelo e, em conseqüência, a seção do condutor permanece estável.
componente para cima (do vento) exerce uma força oposta à direção \ )
~ O que acontece em nosso pa~s é uma vibração por alta
do movimento do fio e, dessa forma, amortece-o. Entretanto, para
freqüência e ·pequena amplitude, que é mais comum, e cuja ocorrência )
uma seção não-circular, pode ocorrer que a força exercida pelo
depende apenas da existência qe um vento lateral. A explicação ào )
vento tenha uma componente para baixo e, desse modo, fornece
fenômeno é encontrada no chamado trem de vórtices de Karman: 1 )
amortecimento negativo (Fig. 6. 2 b) •'
Vórtices de Karman: Quando um fluido escoa em torno de )
.: .. um obstáculo cilíndrico, a esteira atrás do obstáculo não é )
regular, apresentando vórtices de configuração distinta, como )
V
mostra a Fig. 6.4. )

... ·
J
)
)
fig. 6.3 - Um vento lateral horizontal parece vir de baixo se a
linha é movida numa direção para baixo )
)
Considerando as condições durante o curso ascendente da )
vibração, pode-se ver, de maneira semelhante, que o vento relativo Fig. 6.4 - Vórtices de Karman numa esteira )
sentido pelo fio sopra obliquamente de cima, e a força provocada )
por ele sobre um fio circular tem uma componente para baixo que )
Os vórtices, alternadamente no sentido horário e
causa amortecimento. Para uma seção não-circular, pode ocorrer que )
anti-horário, originam-se no cilindro de uma maneira perfeitamente
a força tenha componente para cima e essa componente, sendo na
j
regular e estão associados a uma força lateral alternada. Esse
dlreção do movimento, age ·como um amortecimento negativo.
fenômeno foi estudado experimentalmente e verifico.u~,se .que há uma )
Se o gelo acumulado no fio adquire uma seção
transversal que exibe a relação entre as direções do vento e da
relação definida com a freqüência_i,Jfs). o diâmetro do cilindro (D), J
força (Fig. 6. 2 b), ternos um caso de instabilidade dinâmica. Se,
e a velocidade da corrente (V)t expressa pela fórmula .J
_)
/
1
Projetos mecânicos das linhaS aéreas de transmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 373
372

fsD (6. 1) o vão é subdividido em várias meias-ondas senoidais, de ordem vinte


-u- = 0,185
e trinta. Devido à alta freqüência e pequena amplitude desse
e o cilindro se move para a frente cerca de 4,5 diâmetros durante
movimento, verificou-se ser possivel e_ prático controlá-la por meio
um período de vibração. Vê-se que essa fração é adimensional e que
de absorvedores de vibração amortecida. ,A construção mais simples e
o valor o, 185 independe da escolha das unidades. Ele é conhecido ' Stockbridge de cabo de
comum que se conhece é o "amortecedor'
como número de Strouhal. A formação alternada de vórtices nos lados
ponto", mostrado na Fig. 6.~
... do cilindro provoca uma força harmonicamente variável sobre o
mesmo, na direção perpendicular à da corrente. A máxima intensidade
dessa força pode ser escrita na forma usual da maioria das forças
aerodinâmicas (tal como a sustentação e o arrasto), da seguinte

maneira: ti

1 (6 :2)
2
o índice K corresponde a Karman, ,sendo FK a força de Karman e CK o
coeficiente de força de Karman (adimensional). O valor _de Ci:: é
conhecido com. grande precisão; entretanto um valor satisfatório
para ele é Ci:: = 1 (bom para um~ larga faixa de número de Reynolds,
Fig. 6.5 - Amortecedor para linha de transmissão
de 10 2 a 10 7 ). ou, em palvras, a intensidade da força alternada por
unidade de área projetada lateral é aproximadamente igual à pressão
de estagnação do escoamento. Uma peça de cabo de _aço, com pesos em suas
O mecanismo de formação de vórtices em um cilindro extremidades, é fixada à linha. O cabo age como uma mola e é
estacionário é auto-excitado porque não há propriedades alternadas ajustado grosseiramente pa~a a freqüência de vibração esperada.
na corrente de aproximação, e os vórtices são formados na Qualquer movimento da linha no ponto A provocará movimento relativo
freqüência natural de Strouhal. A vibração auto-excitada geralmente nas p7~as do cabo, e o atrito entre seus cordões dissipará energia.
é perigosa. Como regra, isso tem mui tas conseqüências, quando a O ponto A de fixação é escolhido ao longo da linha, de forma tal a
freqüência auto-excitada de formação dos vórtices (Eq. 6.1) não coincidir com um nó do movimento, em cujo caso o amortecedor
coincide com a freqüência natural do cabo sobre a qual ela age. seria inútil. Esse dispositivo, embora primitivo, provou ser
Ocorre então, uma ressoriância que pode ser destrutiva. inteiramente eficierite na proteção das linhas contra avarias
Uma linha de transmissão de lpol de diâmetro, na provocadas pela vibração decorrentes dos vórtices de Karman.
presença de um vento de SOkrn/h, tem freqüência de Strouhal (Eq. Uma tentativa de projeto desses amortecedores, para o
6.1) igual a 116Hz. A· vibração das linhas com essas elevadas caso de oscilações tipo galope (.caso discutido em 6. 1. 2. 2), onde a
freqüências e pequenas amplitudes·, foram observadas: -.,,no- Bras'il, freqüência é cem vezes menor e a ampli ttide: cem vezes maior,
havendo, repetidamente, terminado em falhas por fadiga. A resultaria em um peso de ..Várias toneladas, o que é totalmente
ressonância, obviamente, ocorre num alto harmônico de linha, em que imprat.icável.
.-r
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
l Vibrai;ões·e rensões dinâmicas-nos cabos 375
374

6.3 - ES11Jll0 DO FENôMENO DAS VIBRAÇÕES POR VÓRTICES onde


w (= Zrrf) é a freqüência circular e
EI a rigidez flexional do condutor.
6.3.1 - Descrição matemática Pode-se observar que a velocidade transversal da onda aumenta com a
'•,

Uma linha aérea de transmissão, com seus condutores,


rigidez flexional e com a freqüência.
/----------.....,
gr~pos, isoladores e torres, é um sistema muito complexo. Ela não Para um condutor ACSR com 38mm de diâmetro (Parrot) e
2
com uma tensão de, aproximadamente, 60N/mm , o aumento em Utr é da
é confiada a um modelo matemático que, realisticamente, preencha
todos os requisitos reais. t necessário fazer simplificações, que
ordem de 0,5% em lOHz, e S% em 25Hz.
O efeito do amortecimento do condutor é no sentido de
podem variar de acordo com o problema específico a ser estudado.
',reduzir a velocidade transversal da onda, sendo, porém, tão pequeno
A .~ferramenta matemática necessária para estudar o
que pode ser desprezado nos casos prátiCos. Além disso, a gravidade
fenômeno da vibração em um vão livre, é relativamente simples. Em
modifica a velocidade de propagação da onda, pois a tensão varia ao
uma primeira aproximação , usamos a equação da corda vibrante: )
longo do vão.
,2 )
(6.3) A solução da equação da corda vibrante, ou -uma equação
m~-T O,
2 todos )
8t modificada, pode ser efetuada por diferentes métodos,
equivalentes, resgu_ardadas suci.s precisões. Dependendo do propósito )
onde
da análise, um método pode ser usado ao invés do outro. Dois
m - é a massa por unidade de comprimento no condutor e
métodos são, talvez, os mais empregados: )
T - a tensão no condutor.
- o método dos modos principais [9]; )
Um parâmetro fundamental, que pode ser derivado da o método da propagação de ondas, incluindo o uso de
)
equação da corda, é a velocidade transversal da onda: analogias eletromecânicas [10].
.)
As influências_ da rigidez, amortecimento e gravidade
.)
Utr Fm (6. 4) resul tarn em alterações nas freqüências naturais de um vão.
expressão/~roximada para freqüências naturais é:
Uma
.J
A equação diferencial pode ser refinada pela introdução
.)
n (6.6)
de termos, levando em conta a rigidez flexional e o amortecimento.
fn e za Utr .J
Esses dois parâmetros são, em condutores reais, contudo_, de tal onde
.)
natureza complexa, que os termos serão apenas aproximações. a - vão; .)
Aqui será mencionada somente a influência da rigidez Utc velocidade de propagação da onda correspondente à )
flexional sobre a velocidade trasnversal da onda, como fornecida na componente horizontal da tensão no condutor; .J
Eq. 6.4, n = 1, 2, 3, )

(6. 5)
Vamos calcular, comq..,.exemplo, a freqüência natural de u
u· tr Utc (1 + w2mEI )
2 um vão normal de 400m, submetido a uma tensão normal, dando ,_)
ZT
Utr = 120m/s: :.J
)
')
Projetos mecânicos das linhas aéieas de transmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos
376
)
Íl = ~~ 1
~ 120 e 0, 15Hz o,22 r,-_-,--T-r'~,-i--T--,--1,:-·=-,,--,- 1 --r--.,.-,- z.o
2·400
',, Ko L.J-.~-+----+--'--1"'--I K,
- ~±:;!;:*..,,-::.::-'T-~~L/r=:t'
r1-1- :--r-- i
Uma freqüência normal de vibração em linhas, no Brasil, 1
+1-+I=---1-=-;:..:1-::!:..:1-
)
está em torno de
freqüências ressonantes como:
10Hz. Nesse intervalo, podemos encontrar
~
~
º zo .._,.._'r·"-,,.
• 1 :--r-: 1
11 / . /

o,1e,i---t'---:-'--:'-c-'-'l-f--+-'-'~-+1-+1-+'.:.+-·---+'--+!-+-r-1
11 ,: 1.0

) 9,55; 9,70; 9,85; 10,00; 10,30; 10,45; '.' ~ 1 1 1 ; 1/ 1 i 1 '1 ! 1 ! o


•') Ul . 1 : '-S 1 i í !

Esse exemplo dá a ordem de grandeza das diferenças ~ 0,161---'--+-+-ti' '----L---+l_ 1


_c.-+-+!___Jl_ __j_l_J,'_,_
1

-~
J entre as freqüências acarretando modos vizinhos de vibração em um
) i .1 / 1. ;, ! l 1 :

é mui to r--~lr---.-.Jf-.;.-+--+--+--'--1-"---
2
vão normal. Como será demonstrado posteriormente, 0,14 '--!--~_,__!
) desenvolvimento das vibrações, que as \
1 1
1
1, '
i !
importante, upara o
.) freqüências naturais estejam tão próximas. 0,12 ~--·_.!__-'. [~/LC!_:c_!i-,,-_ 2
·Lf
1

_.c.i_ _J_Íl_ _ _·j__.L!_ __li_ __L_ _ll_J_j


1

) 10 4 6 8 10
;
2 4 6 8 103 4 6 8 104

J 6.3.2 - Origem hidrodinâmica das vibrações eólicas


!' NUMERC DE REYNOLDS

l
Fig. 6.6 - Número de Strouhal em função do número de Reynolds.
curva obtida experimentalmente para escoamento
J Tem sido aceito, por um longo tempo, qUe ~ causa da sobre cilindros circulares.
) vibração eólica é a esteira de vórtices periódicos. Os nomes mais

_ _) freqüentemente associados com as pesquisas nesse campo são Strouhal


Quando o cilindro oscila livremente{ isto é, devido às
) e Von Karman, daí serem, esses vórtices conhecidos por "vórtices de
forças resultantes da esteira de vórtices, duas observações
.) Karman" [11,12] .
fundamentais geralmente são feitas conforme segue.
Strouhal encontrou a seguinte relação empírica para a
) Para freqüências de oscilações em um certo intervalo
freqüência do vórtice para um cilindro em um fluxo de fluido:
.J próximo (± 20%) da de Strouhal (fs), os vórtices não estão na maior
) u (6. 7)
fs =s D esteira em sintonia com a de Strouhal, porém são governaàos pela
freqüênci.ê.\de oscilação.
J onde:
.) S (Re) ~ 0,2, no intervalo real do número de Reynolds 1 - Como uma conseqüência, os vórtices não estão na maior
.) (400 < Re < 40.000, veja a Fig. 6.6); esteira para uma fase aleatória, porém tornam-se síncronos ao longo
1

( U velocidade do fluido (velocidade do vento) [m/s]; do cilindro, resultando em um movimento harmônico. Esse fenômeno é

( D= diâmetro do cilindro [m]. freqüentemente citado como efeito de sincronização.


Essa relação tem sido largamente usada no caso de um cilindro fixo.
(. A freqüência é relativamente estável, enquanto que a 2 - Se a freqüência de oscilação permanece no intervalo de
)'
amplitude das forças que agem sobre o cilindro sincronização, toma lugar ·~ª amplificação na força dinâmica de
) tem um caráter
j1 sustentação. Chegando-se a uma amplitude de saturação, também
aleatório, indicando que a diferença de fase entre os vórtices ao
1 apare_ce uma amplificação da amplitude de oscilação.
longo do cilindro tem um caráter aleatório.

_)
379
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
378
onde
A esteira de vórtices pode também ser controlad a pelos CK - é o coeficien te dinâmico de sustentaç ão, isto é, o
.do mostrado que ondas sonoras de urna válido quando a freqüênc ia
distúrbio s periódico s. Tem Sl ia do
coeficien te de sustentaç ão que é
de governar a freqüênc
rreqüênc~a apropriad a são capazes
·stência do vórtice, e tem sido sugerido,
. e
síncrona, déscrita anteriorm ente, toma lugar,
'\
.......---.....
vórtice e amplifica r a resl p - é a densidade do fluidô ·(ar).
uma freqüênci a predomin ante com um
também, que a turbulênc ia contém t admitido que o efeito de sincroniz ação entra em ação
efeito análogo [13,14,15 ]. se a amplitude de vibração chega a um nível considera do crítico. O
A Fig. 6.7 ilustra a esteira de vórtices em um cilindro
coeficien te de sustentaç ão dinâmico é tomado como dependen te dos
um fluxo. A fig. 6.8 mostra as forças hidrodinâ micas de
submetido a distúrbio s do fluxo de ar, isto é, do nível de turbulênc ia.
1 agindo sobre 0 cilindro. E pode ser visto que o efeito
sustentaç ão O fator de amplifica ção (q) origina-s e da segunda
t- nh 'do efeito Magnus, e a força de \
é mui to semelh<3;p te ao ao co ecl
observaçã o referida anteriorm ente. O fàtor de amplifica ção pode ser
sustentaç ão pode ser escrita como
escrito, em princípio ,
(6.8)
q("TJ,fl'

como, porém, essa função não foi ainda definitiv amente

____:.---- - estabelec ida, Steirunan [16], contudo, propôs a função


~-T ---- q ~ 1 + 0,77·7}
~~· onde:
!n::::::t3D _ __ --·---~ TI é a amplitude relativa dupla (=Y/D) e Y:, a amplitude dupla
" 1

'
1
(pico a pico)
~_L; ,,.,, ---O --
- ~~---=-~~L:----3,-5~h~-----·--\ Exemplo 6.1

Sobre um condutor, com diâmetro de 25,4mm e pesando


com
da esteira ào vértice de KARMAN 0,825kgf/ m, sopra um vento de 36km/h. O cabo foi tensionad o
Geometr ia
Fig.6.7 uma tração de 1.650kgf.
a - ~~lcular a freqüênc ia de Strouhal, em Hz.
1,29
b - Sabendo que a densidade do ar nessas condições . é
3 de vibração pico a pico nesse vão é de 0,5
kg/m e que a amplitude
mm, determina r a expressão da força harmônica de Karman.
u ·c - Desprezan do a rigidez (EI) do cabo, calcular uma série de
freqüênc ias naturais do cabo para esse vão de 400m.

Solução:

a - Da Eq 6.1, temos
Linho de corrente ossimêtrico F;f'rU
Polenciol = linho de corrente + fsD 0, 185U
- U - = O 185 '· fs
+ circuloç;Õo ·-~..-_D
u 36km/s lOm/s e D = 0,0254m
l"líndro estacioná rio
Fig. 6.8 - Força de Karman so b re um c
•j

.) T-'_- Vibraçl)es e tensões dinâmicas nos cabos 381


) Projetos mecânicos das linhas aéieas de transmissão
380
-2
pico de força de aproximadamente 2,5· 10 N/m , para urna velocidade
Logo: \ de vento de lm/s.
0,185·10 = 72,8Hz Está, portanto, claro que uma condição necessária para
fs = 0,0254
) 11 o desenvolvimento de uma vibraçãà.'-.....é que ·-.as forças hidrodinâmicas

)
b - Das Eqs 6.2 e 6.8, temos trabalham em fase sobre uma parte su~~nt~ '-de comprimento de vão.
Uma" vez· que::- as··. forças· hidrodinâm.i-caso:· ao_,. .-longo,, do ..-.-vão.,; -:,
J = Ck ~1 - 2
pU Dq sen wt. 1
Fk
2 são muito pequenas e distribuídas aleatoriamente, a vibração está
)
Tomemos Ck = 1 e w = 2rrf 2n·72,8 = 457,4rad/s; o 1 iminente.
) fatori de amplificação, será Por outro lado, como mencionado anteriormente, tão logo
) y 0,5 a vibração comece, o efeito de sincronização entra em ação e
q = 1 + 0,27·~ 1 + o,77 =1 + 0,7 7 ~~~
25,4
- 1,02.
\
) u 0 co"manda a esteira de vórtices, de tal maneira que as forças
) hidrodinâmicas sejam harmônicas e tenham uma componente suficiente
Logo,
) em fase com a velocidade trasnversal do condutor vibrante.
fk 1·-1--~- 10 2 ·0,0254·1,02 sen (457,4t),
2 9, 81 A transição do estado de vibração irregular para o
estado de vibração estável ou permanente, em que os vórtices são
Fk 0,17 sen (457,4t)kgf/m.
regulares, deve, portanto, ser iniciada por um impulso de partida.
Note que o maior valor da força de sustentaçãó é 0,17 Diferentes fenômenos podem servir como impulso àe
kgf/m,' que representa somente 21% do peso do cabo. investigado
partida. o mecanismo está ainda para ser
e - Da Eq. 6.6, posteriormente. Contudo, pode ser dito que qualquer evento que
) cause um movimento do condutor favorecerá o efeito de sincronização
1.650·9,81
)
n
fn - ~ Utr =
n
za soo
n
/ 0,825 em alguma parte do vão e, então, inicia-se um processo para levar a
4

.) 1,2,3,. .. ). vibração a todo o vão.


fn ~ n·0, 175 (n
torres, isoladores, grampos e,
.J Todo vão inclui

J Se, na ressonância, fn = fs, eventualmente, amortecedores e espaçadores. t, portanto, um sistema


j 1
dinâmico que tem um grande número de freqüências naturais. Como, em
)
72,8 ~ n·0,175 o n = 416, uma linha de transmissão normal, essas freqüências naturais sãc
) O modo de vibração será de ordem 416. muito próximas, o efeito de sincronização pode facilmente ocorrer
)
em qualquer· -uma·-· delas-.-~- especialmente..-. aque_las que apresentam,--urn
baixo amortecimento.
6.3.3 - Desenvolvimento da vibração eólica em um vão de linha de
A vibração de um vão em geral não começa de maneira
transmissão
instantânea. Usualmente há um período de desenvolvimento, um
) período_ mais -ou menos de vibrações estacionárias _e, por fim, um
A força hidrodinâmica que age sobre um comprimento
.) período curto de enfraquecimentp~
unitário de condutor é muito pequena. Por exemplo, um condutor de
Um período de desenvolvimento maior que o necessário
SOmm de diâmetro, de acordo com a Eq. 6. 8, pode estar su_jei to a um.
para alcançar o nível· apropr'iado·-.. _ de---- energ·i·a. armazenada:, ·_pode·; ser

__ _.,
~--­
-!
1
! 383 )
Projetos mecânicos das linhas aéreas de tTansmissão v;brações e tensões dinâmicas nos cabos
382
)
explicado, desde que suponhamos o vento mudando gradualmente de um 6.4 - AUTO-AMORTECIMENTO EM CONDUTORES
)
estado de turbulência para uma corrente de ar mais ou menos capaz
d~ gerar vibrações. Quando a frente da corrente de ar passa pelo 1 Quando um condutor ~sionado
,
.. .
é sujei to
ele dissipará alguma
a uma
)
)

vão, haverá numerosas tentativas de início de vibração. Porém, pelo deformação na sua condição estática normal,
\ .
com o tempo, em vorticidade e energia. Tal dissipação de energia se rel8.ciàna diretamente à forma
fato de a corrente de ar variar
de deformação e, portanto, será relacionada aos parâmetros que )
velocidade, vibrações instáveis ocorrerão até que a corrente de ar
se torne suficientemente laminar e com variações de velocidades descrevem a deformação. )
Como urna sim~lificação, as oscilações ou vibrações de
dentro do intervalo crítico em que o efeito de sincronização )
condutor podem ser admitidas como um harmônico e em ressonância. A
ocorre. )
1 d\storção, então, pode ser expressa por uma função harmônica
A - vibração no período estacionário raramente está na )
~ simples,
forma de ondas puras. Um batimento-padrão é a forma mais comumente
observada. Isso pode ser atribuído à geração de vibração por duas
y(x) ~o sen ( ~rr x), )
ou mais frentes com diferentes velocidades de vento [17]. Uma outra
)
explicação afirma ser possível qu~,., a velocidade do vento esteja onde Yo/2 é o deslocamento do antinó e À o comprimento de onda.
)
variando no tempo e no espaço, pçfém dentro do interv~lo do efeito
O auto-amortecimento de um condutor sujeito a uma
de sincronização. Isso não causaria qualquer variação significante )
tração T é, portanto, definido pela energia por ciclo, ou a
na freqüência, porém a amplitude variaria com o tempo e a posição
potência por unidade de comprimento, de um condutor vibrando em cada
no vão. Um registro tipico de vibração natural é mostrado 'na Fig.
um dos seus modos principais naturais, com um comprimento de onda À
6.9. Se as variações na velocidade do vento excedem )
e deslocamento do antinó Y (amplitude):
significativamente o efeito de sincronização, é provável que o )
estado de vibração estacionário cessará, e uma transição para o
E = função (T,Ã,Y)
(6.9) )
estado irregular não-vibratório tomará lugar.
J
Para condutores normais, essa pode ser expressa como
)
/ \
J
(6.10)
E )
)
Como a função não é linear, mas está dentro dos valores usuais de
)
T, À e Yo que podem ser encontrados nas linhas de transmissão, n e
)
m são encontrados nos intervalos de 3 a 3,5 e de 2 a 2,5,
)
respectivamente. A variação normal do parâmetro H com a tração pode
ser vista na Fig. 6.10.
J
As duas principa:i-s_ fontes de amortecimento em um )

condutor normal tensionado são: _)


Fig. 6.9. - Registro da vibração em urna linha de transmissão
_)
)
l~--,-·--··--
·}

)
385
) 384
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão

1 porcentagens da resistência básica é válida somente para condutores


) H ·,
1 de geometria semelhantes e com os mesmos valores de resistência

.)
l
J.
básica por unidade de área de seção r~

Para uma dada geometria de condutor (diâmetro, seção reta,


,
1 '
) número de fios), urna variação na tensão afetará a dissipação de

) t energia de duas maneiras. Primeiro, para uma dada freqüência, ou


velocidade de vento, o comprimento de onda variará de acordo com a
'.) l_I!

expressão simplificada para a ressonância


) '---~1ol,---2bo-~3"0~-4i<o~~T 010

)
) Fig. 6.10 - ~ariações típicas do parâmetro de amortecimento \
~ com a tração no condutor
) 1
Como um exemplo, um aumerito da carga para 1, 25 T causaria um
'.J - amortecimento material, isto é, a dissipação de energia na aumento no coinprimento de onda de 12% e diminuiria a energia em
)
matéria sólida dentro do próprio c~pdutor; 30%. E segundo, urna variação em T modificará o parâmetro H, como
1 atrito de Coulomb entre as superfícies de.slizantes em mostra a Fig. 6. 10. Tomando o mesmo exemplo, uma variação na tensão
.) contato. de 20 a 25% de T causará uma redução em H de 20%, portanto
·•) investigações têm indicado o conduzindo a 56% a redução total de energia.
Numerosas
amortecimento material é pequeno, em comparação c~m o do atrito de Para um ACSR, um aumento do conteúdo de aço influirá
) deslizamento. Testes experimentais têm, de fato, mostrado que o essencialmente no comprimento de onda para uma dada freqüência,
) aumento do deslizamento entre os fios sempre leva a um aumento da podendo se presumir que a tensão nos fios de alumínio não variará
) dissipação de energia, em tal proporção que a influência do apreciavelmente.

) amortecimento material tem sido comprovadamente pequena. Existem diferentes métodos para as medidas de

) Embora o verdadeiro mecanismo do amortecimento por


.,
auto-amortecimento em condutores, os quais podem ser encontrados
deslizamento ainda não seja claramente conhecido, ele está nas refefêÍlcias [18,19,20 e 21].
J evidentemente relacionado com as deformações dinâmicas ocorridas
.) 1
sobre os fios individualmente. Essas deformações dependem da 1
) 1
l
deformação do cabo {parâmetros Yo e Ã), do atrito interfaces e da 6 . 5 - INTENSIDADE. D&.YlBRAÇÃCl ..
pressão entre os fios, que depende da geometria do cabos e da !
_)' A intensidade da vibração depende essencialmente da
tensão (T).
Se considerarmos esses fatos na prática da linha de tensão no condutor e do terreno onde a linha se encontra exposta
transmissão, as considerações que seguem serão importantes. [22].

) Testes sobre vibraç~es, usando excitação artificial em


- Não há relação direta entre a resistência básica do condutor
instalações especiais e mediadas de vibrações naturais em vãos
) e o auto-amortecimento. Portanto, qualquer recomendação baseada em
)
··, _)__________________ -----~~-----·--~~-- _/
386 Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão
,~- - v;brações e tensões dinâmicas nos cab~s .. --·· 387
)
)
)
experimentais, têm mostrado que vibrações com amplitudes notáveis
1
aparecem quando a tensão mecânica no condutor excede 4 ou 5
)
kgf/rnm 2 . Com tensões menores, as perdas devido ao amortecimento
\
interno são tão altas que não se tornam perigosas {23,241.
)
As condições topográficas, ou seja, natureza do LL
terreno, presença de florestas e de construções nas vizinhanças da )
linha, têm influência nas caracteristicas ào vento, na camada )
adjacente à terra e, conseqüentemente, sobre a intensidade da
vibração. )
Os maiores danos ocorrem nas seções da linha em \ )
·~
travessia plana. Montanhas rugosas e inclinadas, travessias em
TABELA 6.1 )
vales, não têm sérias influências na intensidade de vibração e,
)
portanto, no dano resultante. Em linhas que atravessam montanhas, ·.
Máximo ângulo Duração relativa
~.terrenos mui to rugosos e áreas flor)stais, são raros os danos no Condições locais de vibração o:' de vibração -r(%) J
)
condutor, e ocorrem somente depois'. de uma longa vida da linha. A 35-50 35-50
Travessias longas (800 a 1. 500m) )
presença, sobre a linha ou em volta dela, de ravinas,. diques, de
Terreno plano, aberto, vãos 20-35
construções, jardins ou algumas árvores isoladas ou bosques quebra 25-35 )
300 a 500m
25-30 20-25 )
o fluxo lamelar do vento e possui uma considerável influência na Mesmo, vãos de 150 a 300m
vida dos condutores. Vibrações fortes aparecem, entretanto, em vãos Bosques com árvores escassas, )
muito grandes, nas travessias de grandes rios, onde o vale do rio terreno muito rugoso, vãos de 8-15
15-20 )
150 a 300m
guia o fluxo de ar através da linha, e onde a alta suspensão do )
Áreas florestais onde os topos
condutor sobre a área plana favorece um fluxo regular do vento. das árvores são mais altos que )
os pontos de suspensão dos
Pelas medidas de vibrações em diferentes condutores, 5-10 2-5
condutore;:; )
tem sido possível caracterizar a tendência à vibração como uma \
)
função das condições locais, pelo seguinte número médio (Tab. 6.1):
Fig. 6.11 - Representação exagerada da vibração de um cabo )
condutor. e~. ângulo de vibração; À, comprime~
to de onda; LL, meio comprimento de onda: )
T = ~·100 ( 6. 11)
Te
)
LL = _1_ fT8 •
onde: 2f /p J
Tv duração de vibrações (a> 5' ); sendo f a freqüencia [Hz), To tracionamento
)
mecânico {kgf), p o peso do condutor por unida
Te duração das observações (minimo de um mês); de de comprimento [kgf/m) e g a aceleração dã )
2
a = ângulo de vibração; representa o ângulo formado pela linha gravidade [m/s ] . ) ·
)
da catenária (estática) e a linha do primeiro laço livre {LL),
)
medido na boca do grampo de fixação, em minutos {veja a Fig. 6.11).
.J
)
' .j

'.) 389
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos
Projetos mecânicos das linhas aé'reas de transmissâo
388
1
6.6 - CRITÉRIO DE VIBRAÇÃO PERIGOSA

)
)
6.6.1 - Prognós tico do nível de vibração

Se o amorteci mento do sistema e a potência do vento


l
i
1
2
3

.. ..,,,
,. 000 newtons

"" 800
55650
'J em um condutor vibrante são conhecid os, é possíve l calcula r-se
o 5 73700

)
• 93300

nível de vibração em estado permane nte pelo conceito do balanço de


mais
.) energia. Aqui o problema se aproxima das condiçõe s ideais;
,) tarde, a importân cia de alguns pontos práticos será discutid a. 0,1

A~ condiçõe s ideais aqui supostas são: \ 301Hzl


J FREQÜÊNCIA
a - o vento é estável e uniforme sobre todo o comprim ento do
) Fig. 6.12 - (a) Determi nação da amplitud e de vibração
conduto r; (freqüên cia constan te}. (b} Previsão do
) nível de vibração para um conduto r Parrot
b - a vibração é descrita como senoida l;
em diferen tes valores de tensão.
e - toda energia dissipad a tom~·lugar no próprio conduto r.
)
O auto-am ortecime nto do condutor é medido,, e admite-s e
. ) As suposiçõ es feitas raramen te são correspo ndidas. Como
a energia do vento descrita [25] pela função
um
) 3 4
foi dito previam ente, as vibraçõe s são em geral formada_s por
Pv = f D ·função (U)·funç ão {n) (6. 12)
to
.J batimen to padrão. O mecanism o que governa a fo~mação do batimen
onde: não é completa mente desconh ecido. Algumas exPlicaç ões têm sido
.)
proposta s por vários pesquisa dores. Não é de todo surpreen dente,
J f - freqüên cia [Hz];
em
contudo, que a Vibraçã o-padrão seja irregula r, quando se leva
.) D - diâmetro do condutor [m];
conta a pequena probabi lidade de o vento ser uniforme mente
) U - velocida de do vento [m/s];
distribu ído no tempo e no espaço .
n - amplitud e dupla de variação [= Yo/D].
.) amorteci mento nas extremid ades, devido aos
/\ o
) A Fig. 6.12 {a) mostra o princípi o da determin ação do amortec edores, tende a reduzir o nível de vibração real. É evidente
ao
.) nível de vibração pelo método do balanço de energia. A interseç ão que, se os disposi tivos especia is de amorteci mento são aplicado s
) entre a curva da energia do vento e a curva de auto-amo rt.ecime nto, conduto r, o sistema modific a-se. O amorteci mento do novo sistema
s.
)· dá a amplitud e esperada para a freqüên cia particu lar consider ada. deve ser avaliado e introduz ido no cálculo do balanço das energia
Para um dado condutor em uma dada tensão, as curvas cte
auto-am ortecime nto e energia do vento podem ser estabele cidas para 6.6.2 - Critério de vibração perigosa
valores diferen tes de freqüên cia. Os pontos de interseç ão dão as
A
amplitud es esperada s como uma função da freqüên cia de vibração . Numa tentativ a de restabel ecer os valores de tensões
Fig. 6.12 (b) mostra o nível de vibração calculad o dessa maneira onde há perigo de danos por vibráçõ es, testes de laborató rio foram
para o condutor Parrot, para quatro valores diferen tes de tensões.

)
-)
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 391
390
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão )
a Para tomar como amplitude de vibração um parâmetro )
feitos em vários países, cobrindo diferentes condutores, sob vários
'valores de tensões mecânicas e de amplitudes de vibrações.
adimensional, KA, igual à razão das amplitudes observadas para seus 1
valores máximos ou à razão do maior âng~servado para seu valor )
En_tretanto, esse método tem dois sérios inconvenientes. Em primeiro
lugar, para se determinar esses valores com certeza, é necessário máximo: )
realizar um grande número de testes, reduzindo paulatinamente a )
(A/O, S·;\.)
tensão e a amplitude de vibração num condutor não-ferroso; este
KA = ~~~~--'-­
(A/O, S · t\ )max
"
O::max
(6.14)
)
pode suportar sem danos 100 a 200 milhões de ciclos de vibração. )
ciclos sem que Onde:
Para um condutor de aço, teríamos 10 milhões de )
A - amplitude de vibração;
ocorressem danos. Obviamente, esse procedimento consome muito
O,S·À - meio Comprimento de onda de vibração; )
tempo.
Em
.
Q segundo, as condições de laboratório jamais
\
a - ângulo de vibração. )
)
reproduzem fielmente as condições a que uma linha em serviço está
b - Para expressar a variação do valor KA como função de um ')
sujeita. Os resultados das investigações em labotatório podem,
parâmetro (f·D), onde f é a freqüência de vibração e D o diâmetro )
portanto, ser relacionados às condições reais, e isso causa certas
' do condutor. )
dificuldades. Dessa maneira, devernós coletar dados sobre danos nas
própr1as linhas em serviço, em adição às inveStigações em fd--120 )
1.0
KA !<A=::' :::o,0106(fd-120)•-· 2oO )
laboratório. ~ma•

0,8
As vibrações nos condutores aparecem para vel0cidades )
0,6
de vento de 0,6-0,8 a lOm/s ou mais. Contudo, quando a velocidade )
0.4 '
NIVEL DAS
do vento e a freqüência de vibração aumentam, o número de 0,2 AMPLITUDES PERIGOSAS
)
meia-ondas no vão aumenta, e também a perda (dissipação de i 200 400 600 800 1000 Hz• mm )
energia), limitando o aumento da amplitude de vibração. Isso
(t.'o), Fi'lixa Perigosa (t.0)2 )
explica por que, com um aumento na freqüência de vibração, há um
amplitudes de oscilações e deslocamento angular.
)
decréscimo nas Fig. 6.1.!3\- Relação generalizada KA F (f·D) [26]
Portanto, comumente as vibrações geradas pelas velocidades de J
vento, excedendo S-6m/s, não alcançam níveis perigosos. J
A fórmula que expressa a Eq. 6.13 torna-se:
A análise dos resultados das medidas das ampli_tudes de )
1201 200
vibrações feitas em linhas, para várias freqüências, mostram que a KA = 0,0136 (f·D - 120) e-tr·D - / )
relação entre a amplitude e a freqüência pode ser expressa por uma )
Um gráfico generalizado (Fig. 6.13), estabelecido desta
fórmula empírica, do seguinte tipo: )
maneira, ajuda na determinação dos lirni tes da faixa perigosa de
(6.13) )
frequência d<? vibrações. Por exemplo, se tomarmos como a menor
Para ser capaz de generalizar os dados obtidos com amplitude de vibração perigosa.~= 0,15, que, para O'..max = 30-35' ~
condutores de diferentes diâmetros, para diferentes intensidades de corresponde a a de aproximadamente 5', os valores do número (f·D) )
vibração, ela parece ser aplicável em dois casos, como segue.
)
392 Projetos mecánicos das linha~ aéTeas de transmissão
r- Vibrações e tensões dinámicas nos cabos

As rupturas dos cabos condutores localizam-se


393

nos
cobrem a faixa de (f·D)1 = 120 a {f·D)2 = 1.000Hz·mm, que permite a
.) pontos de fixação dos mesmos, exatamente onde uma seção vibra e a
determinação da faixa perigosa de freqüência, conhecido o diâmetro
dQ condutor.
seguinte é forçada, pela ferragem de fixação,
..----------.,a ficar em posição
rígida (Fig~ 6.14). Nessa condição, "fo'rma-se um ponto fixo de
) Esse procedimento simplifica consideravelmente a
flexão no condutor, localizado na boca do grampo de suspensão, onde
) escolha dos parâmetros dos amortecedores e de suas posições
fatalmente ocorrerá. a· fadiga-do·. mater-ial ..·: (fig ... _6.. 15.l.
relativas aos grampos, quando suas características dinâmicas são
)
conhecidas.
)
)
Exemplo 6.2
1 /
/

) \
\
) :Êtn
uma certa linha, foram observados ângulos de
vibração de 8' , para valores máximos de 40'. Sabendo que o diâmetro
) do cabo nessa linha é de 18,52mm, determinar o nível das amplitudes
) perigosas, bem como o intervalo dessas frequências.

Solução: 1
/
)
O nível perigoso é dado por:
8
_) KA =
O:.max 40
0,20

J Para tirar o intervalo, usamos a Fig. 6.13, donde


Fig. 6.14 - Região onde ocorre a ruptura dos cabos condutores
J (f·D)1 = 130 e (f·D)2 = 900Hz·mm
.) Portanto
130 900
) fl 7,02Hz e f2 48,08Hz;
18,52 18,72
.)
7 < fperigosa < 48Hz
J
.)
.) 6.6.3 - Ruptura dos condutores
\
Os danos resul lantes das vibrações eólicas podem ser
divididos em duas categorias, respectivamente fadiga e abrasão.
Ambos os tipos de avarias são. progressivos e podem ocorrer ao mesmo
1
tempo. A abrasão, entretanto, em geral, evidencia-se muito mais Fig. 6.15 - Vista de um condutor após a remoção do grampo
rapidamente [27). de suspensão. A alma de aço ainda está intacta

j
.J
"-·-·- - · - - - - - - -- ~--
-1 .!
394

O condutor ACSR
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão

(condutor de alumínio reforçado com


l Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos

Testes de vibrações são executados com excitação artificial


395

em
)
)
instalações especiais, e medições das vibrações naturais,
alma de aço), é formado por camadas de fios, que agem, sob flexão,
de um cilindro sólido estático. A camada realizadas em vãos experimentais na URSS, mostraram que vibrações
de um modo diferente
exterior de fios, durante o movimento de flexão, tende a
2
---------------
de magnitude perceptivel aparecem quando ·.o tensionamento mecânico )
pressionando a camada imediatamente do condutor excede 4 a Skgf/mm [26].
aproximar-se do centro,
Com pequenas tensões de estiramento, as dissipações de
inferior, e a abrasão resultante do atrito entre os fios de camadas )
energia, através de atrito interno, entre os fios que formam os
diferentes tende a formar entalhes nos mesmos. )
cabos, são tão altas que a vibração não pode ser considerda
Assim, a camada inferior, embora não seja teoricamente
perigosa.
)
a mais carregada, sob os efeitos adicionais dessas pressões e
A vibr"ação dos cabos ACSR aumenta também quando a )
entalhes (Fig. 6.16), torna-se a zona onde freqüentemente ocorrem
\ )
temperatura desce, pelo aumento de tensão n05 fios de alumínio com
os primeiros F:Ompimentos.
! se evitarem relação aos fios de aço. Para as tensões ·e diâmetros de cabos )
Esse pormenor elimina a possibilidade de
usualmente adotados, encontramos velocidades dos ventos que
interrupções na operação da linhas de transmissão, por meio de )
estando permitem o aparecimento do fenômeno das vibrações eólicas. )
manutenção preventiva, já que os Ptimeiros fios rompidos,
Porém, em um.as poucas regiões dos Estados Unidos, onde
cobertos pela camada externa de fi'Ós, não podem ser detectados. Uma )
são usados altos valores de tensionamento de cabos condutores e
inspeção visual revelará apenas as quebras que já atingir~m a quase )
1 onde são comuns ventos estáveis de altas velocidades, têm sido
totalidade da seção do CDndutor. )
notadas vibrações em condutores sob velocidades de vento acima de
A solução do problema reside, então, em cont,rolar as
SOkm/h [28, 29].
1 )
vibrações, ou seus efeitos, de uma maneira preventiva, controlando
Uma vez que já está comprovada a justificativa teórica )
a intensidade das vibrações.
que impõe ventos leves e estáveis como condição básica para o )
A intensidade das vibrações depende essencialmente da
tensão do condutor e das condições locais de cada vão da linha.
aparecimento de vibrações eólicas, um terreno plano e sem vegetação )
será o mais apropriado para que o vento ocasione vibrações. J-. )
mudança de direção dos ventos, devido a irregula.ridades do solo ou
\
1 )
presença / de árvores, modificará o fluxo laminar do vento,
_J
constituindo uma proteção natural contra as vibrações eólicas. Os
)
cabos fixados nos pontos mais altos da estrutura, para um mesmo
)
valor de flecha, terão maiores possibilidades de vibrar, uma vez

que essas proteções naturais não conseguirão alterar o fluxo J


laminar do vento nessa região. )

Uma vez conhecida a faixa das velocidades do vento _)


dentrp da .qual existe condição pa,ra oscilações eólicas, e os )
condutores normalmente usados nas linhas de
diâmetros dos J
Fig. 6.16 - Entalhes na segunda camada de um condutor, transmissão, podemos, por meio da Eq. 6. 7, determinar a gama da
causados por vibrações eólicas __)
.J
_)
.~)
r-
396

freqüências para essas oscilações.


Projetos mecânicos das linha$. aéreas de transmissão

Considerando até 39,24mm de


i Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos

que está perfeitamente de acordo com o valor-limite o: s· ' adotado


397

diâmetro e as velocidades de vento já citadas, verificamos que as 1 por Liberman [26).

O?cilações eólicas podem ocorrer entre 2 e 70Hz. A tendência para-~º de condutores de diâmetros

) Edwards e Boyd, através de experiências de campo, 1 cada vez maiores e de vãos cada vez mais longos, implicando, muitas

') determinaram o limite crítico de deformação dinâmica dos cabos t vezes, aumento do tensionamento, tem como conseqüência facilitar o

ACSR, na boca do grampo de suspensão, como sendo de 150 aparecimento·· das vibrações·-,·. eólicas· ·-·e,·, embora,-·· ·as·, causas~~-...-,-das·"'""- ·
:)
microdeformações [30,31]. J. Pullen [31,32], num estudo teórico das vibrações dos condutores já sejam bastante conhecidas, os cálculos
·J vibrações dos cabos condutores, partindo do limite estabelecido por que permitiram trabalhar com altos valores de tensão dentro de uma
) faixa de segurança razoável demandam levantamentos minuciosos,
Edwards e Boyd, e relacionando as amplitudes e as freqüências das
) oscilações com as deformações dos fios, estabeleceu a condição complexos e precisos das condições de cada vão. Devido à alta
\
.) básica para~ uma linha ser adequadamente amortecida em função do frequência e pequena amplitude da os_~ilação eólica, verificou-se

) produto da amplitude pela freqüência. Esse valor não deve ser economtcamente viável controlá-la por meio de dispositivos

) ultrapassar 30,4Hz·mm. Sendo assim, são admissíveis oscilações de amortecedores.

até 15mm de amplitude e 2Hz de freqüência, porém de apenas lmm de

) amplitude a 30Hz. Construindo-se, i'.im gráfico tendo por abcissa as


freqüências e por ordenada as amplitudes, obtemos' a hipérbole 6.7 - TENSÃO MECÂNICA E DISPOSITIVOS PARA A FIXAÇÃO DOS CONDUTORES
)
representando a 1 imi lação Af = 30, 4Hz ·mm. Esse gráfico delimita
_)
duas zonas: a crítica, acima dessa curva, e a das ~ibrações A vida de um condutor relaciona-se inversamente com o
.) toleráveis, abaixo da mesma (Fig. 6.17). nível de esforços estáticos e dinâmicos. Quanto maiores forem os
J Sendo constante o valor máximo do produto Af, torna-se esforços estáticos, menores serão os valores dinâmicos permitidos
) constante inclusive o maior ângulo de vibração [30], o: = 0°05' 03", para evitar uma falha do material por fadiga [27] (Fig. 6.18).

.:l
)
.J Esforços
) , ·\. diniSmicos odmissiveis

J 20

j
.) IS 1 1
10

·t
l
1
1
1
•' 'º IS 20 25

.)
"'
Fig. 6.17 - Hipérbole; Af 30,4Hz·mm Fig. 6.18 - Diagrama de Goodman modificado
1

)
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 399 1
Projetos mecânicos das linhas' aéreas de transmissão )
398
As presilhas devem ser curvas, permitindo uma saída do
)
A tensão mecânica é considerada como um dos meios o mais tangencialmen~vel, reduzindo assim a tensão
cabo
i
eficientes para prevenir o aparecimento de vibrações nos cabos. De estática de flexionamento no cabo daqueles pontos críticos, visto
valor do
\
acordo com a Fig. 6.10, o aumento de tensão reduz o
auto-amortecimento dos cabos, e por esse motivo a tensão deve ser
\ que os esfor.ços de compressão devem ser o . mais baixos possíveis.
Costuma-se capear os cabos com ',t~ras de alumínio junto
)
l
tão baixa quanto economicamente viável. às presilhas de suspensão, com o objetivo de' reduzir e distribuir )
As normas ABNT para projetos de linhas aéreas de )
os esforços estáticos e dinâmicos do cabo, e protegê-lo de
transmissão (P-NB 182) estabelecem: "queimaduras" ocasionadas por descargas elétricas·. Esse capeamento )
"13.2.1. Na pior condição, a carga atuante num cabo deve ser, aumenta a rigidez do cabo·, diminuindo, dentro de certos limites, a )
1
no máximo, igual a 40% de sua carga àe ruptura para cabos de amplitude de vibrai;ão. Uma sofisticação dessa técnica de capear o )
alumínio, ACSR ou aço, e 50% para cabos de cobre." cabo \deu origem ao emprego de armaduras {em inglês, armour
q )
rods)(Fig. 6.20).
"13. 2. 2. Na condição de trabalho de maior duração, a carga )
atuante no cabo deve ser, no máximo, 25% de sua carga de ruptura." )
Observação: Esses 1 imites basearam-se no uso àe o )
dispositivos especiais para evitar' falhas por fadiga e o desgaste )
ào cabo por atrito com os grampos. Quando tais práticas não são
seguidas, tensões menores devem ser empregadas. )
Uma boa norma de projeto é evitar transições àbruptas, Fig. 6.20 - Grampo de suspensã.o tipo curto, com,,,armadura )
utilizando-se presilhas de suspensão e de ancoragem que possuem )
terminais de abertura suave e progressiva. Essas presilhas devem )
Atualmente os tipos de armaduras em maior uso são as
apresentar baixo momento de inércia e uma articulação que
)
o mais fielmente possível, os movimentos do cabo e cônicas e as pré-formadas (Figs. 6.21 e 6.22).
acompanhe,
A diferença básica consiste no fato de as primeiras )
reduza as solicitações nas seções próximas à fixação. O corpo das
serem conS1,truídas de tiras retas, que são instaladas em volta do )
presilhas deve ser longo para que as tensões introduzidas nas /
)
extremidades dos dois vãos contínuos não se somem, e para permitir
um afrouxamento progressivo dos cabos nas suas extremidades )
)
(Fig. 6.19).
J
)
)
)
J
Fig. 6.21 - Armadura cônica
Fig.. 6. 19 - Grampo de suspensão tipo longo
,)
J
)
-;;:.-,;__ )-

~~
Projetos mecânicos das linhas a.éreas de transmissão Vibrações e tensões dinãmiças nos cabos
) 402

) estudiosos do assunto têm concentrado maior atenção, no sentido de


~·) reduzir os efeitos danosos das vibrações eólicas.
tendência a se buscar a·mortecedores mais
<) Essa
eficientes, é justificada pela possibilidade de tais dispositivos
:)
)
virem a ser adotados tanto em novos projetos como nas inúmeras L .1
linhas já construídas e que apresentam problemas de vibrações.
'.) AmOrtecedores instalados em posições onde sua presença
Fig. 6.25 - Amortecedor Bretelle tipo I
.:) não é necessária, além de ter um fator economicamente negativo,
.) implica em uma sobrecarga mecânica nos cabos, o que vem a reduzir a
,) vida útil dos mesmos.
<=)
..•
)_, amortecedores.
UExiste uma grande
Citaremos somente aqueles que tenham
deStacado por sua eficácia ou tenham sido
trabalhos de pesquisa. Até o momento não
variedade
realmente se
objeto de estudo de
foi desenvolvido um
de dispositivos

- 1--.
~~---·L13J_ ____ ---+-

~I
casos, uma seleção
amortecedor perfeito, mas, na . maioria dos Fig. 6.26 - Amortecedor Bretelle tipo II
adequada dos mesmos proporciona uma solução sati·sfatória. Sua
função é suprimir as vibrações eólicas nas proxiffiidades das
fixações dos cabos.
A suspensão das vibrações reduz os níveis de esforços
dinâmicos no condutor e reduz também a quantidade de energia
transmitida para a estrutura ou para vãos adjacentes. M

É de particular importância a magnitude das forças L/2


-----
ao condutor, bem como seu
transmitidas pelo amortecedor
engastamento ao mesmo. Quando não se atenta para esses detalhes, Fig. 6.27 - Amortecedor Bretelle tipo III
corre-se o risco de falhas por fadiga ocorrerem junto ao ponto de /\
engastamento de tais dispositivos.

6.8.2 - Tipos de amortecedores

Amortecedor tipo ponte (festões) ou Bretelle

Consiste num cabo de material semelhante ao dos


1
condutores, com comprimento entre 3 a Sm, preso de cada lado do
·grampo de_suspensão, formando um laço (Figs. 6.25 a 6.28). Fig. 6.28 - Amortecedor Bretelle t"ipo IV

,,·-
404
Projetos mecânicos das linhas"Béreas de transmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 405
r1
. --·"~ .!"""

O princípio de funcionamento baseia-se nas propriedades impacto .fixados ao~~condutor (Fig. 6. 30). O impacto de ·uma

de dissipar energia por fricção que um cabo não-tensionado possui, extremidade do oscilante com o anel dissipa eriêrgia,
além de modificar as características de vibração entre os pontos reduzindo as amplitudes de vibração.
onde está engastado. 1
Esse .dispositivo é de instalação mais demorada que os '·. '
demais, não podendo ser instalado com linha viva. Sua eficiência é
discutível [33}.
Sua única vantagem consta ser a economia, pois pode ser
computando-se as
):
contruído com sobras de condutor. Porém,
dos
)
dificuldades de instalação, certamente seu custo supera 0
Fig. 6~30 - Amortecedor de braço oscilante }
outros tipd.'5.
Uma· variante desse dispositivo é conhecida como festão. )
t formado por vários laços de sobra do próprio condutor, conectados Amortecedor de impacto (massa-mola) )
paralelamente ao mesmo (fig. 6.29). )
Uma massa suportada por uma mola desliza sobre uma )
barra, com uma plataforma de impacto na extremidade inferior (Fig.
' )

6.31). A barra vibra com o condutor e a massa oscila, comprimindo e


)
descomprimindo a mola alternadamente. Para amplitudes
)
suficientemente grandes, entretanto, o impacto da massa contra a
.)
plataforma inferior provoca dissipação.de energia.
Fig. 6.29 - Amortecedor festão J
)
l .J
O Comi tê de Estudos n. ~ 6 da CIGRE (Conference l J
Internationnale des Grands Réseaux Electriques a Haute Tension), I \

depois de efetuar um estudo comparativo com os diversos tipos de


J
1 )'
_amortecedores, concluiu que "os amortecedores Bretelle, durante as
~~ovas realizadas, foram. claramente menos eficientes que os outros 1 y
y,
tipos".
)
)
Amortecedores de braço oscilante

i
J
Foi um dos primeiros dispositivos adotados para reduzir
)

'
!
J
.t
as oscilações eólicas. Consta de um braço oscilante e um anel de Fig. 6.31 - Amortecedor de impacto (massa-mola) ,);
,,l ~
'·-'-;,,:
·' ~
~-a _i
r '.
406 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão _
Vibrações e tensões dinámicas nos cabos 407

Amortecedor Helgra

Esse amortecedor, mostrado


na Fig. 6.32, foi
desenvolvido pelos engenheiros de Swedish State Power Board, e tem
sido mui to usado na Península Escandinávia. Consiste em discos de
ferro e neoprene, com furos centrais, dispostos alternadamente
sobre uma haste cilíndrica articulada. O impacto entre as massas
provoca dissipação de energia.
A energia mecânica é transformada em calor pela
Fig. 6.33 Amortecedor Bouche
compressão das arruelas de neoprene, na fricção interna desta·s. O
calor é ~issipado no ar circundante. Quando aplicado corretamente, 1-- Presentemente, tal dispositivo encontra-se em testes de campo em
absorve 90% das vibrações, reduzindo-as a valores sem perigo para
diversas localidades dos EUA.
os condutores. Não tem freqüência própria, não havendo, portanto, o
risco de introduzir vibração nos cabos. Não sofre fadiga, podendo
ter uso por tempo i 1 imitado. ,Nb Brasi 1, onde são fabricados sob Amortecedor torcional

licença, são usados em grande extensões de linhas.de transmissão,


1
Um outro/ tipo de amortecedor é o haltere, ou
tendo, em algumas, mais de 10 anos de serviço.
1 amortecedor torcional, que tem sido mui to usado no Canadá (Fig.
1 6.34). Um haltere, fixado a uma alavanca inc~inada, procura torcer
Amortecedor Bouche
o condutor, tendo seu movimento amortecido por discos de fricção. A
vibração torcional do condutor possibilita ao dispositivo
Fabricado pela Vibration Control Co., Pasadena,
introduzir um amortecimento na direção da torção.
Califórnia, é essencialmente um sistema massa-mola. Consiste numa
\
•J massa de concreto e duas molas helicoidais (Fig. 6, 33).
.)
.)
J
)
) i.

)
/
1
)
1

) ·:-1
' 'i
' -~
Fig. 6.32 - Amortecedor Helgra
J !
_J
;z
Fig. 6.34 - Amortecedor torcional
.) ;::~

""'--- .) --~--j
)
Projetos mecânicos das linhas aêreas de rranimissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 409 ()
408

Conclusões baseadas em ensaios experimentais realizados Amortecedor Stockbridge

no Canadá [34], afirmam que o uso de dois amortecedores torcionais


,./
/
amortecimento que o necessário, Desenvolvrdô"em 1925 por George H. Stockbridge, é até o
por vão, fornece mais
presente momento o amortecedor de mai-or aceitação mundial [35 e )
possibilitando uma adequada proteção contra falhas por fadiga
36]. Consiste numa cordoalha de aço com duas massas )
provinda de vibrações eólicas. ''
simétricas fixadas urna em cada extremidade; é conectado ao condutor :)
por uma presilha central (Fig. 6.36). )
Amortecedor linear
)
Consiste num elemento de inércia com uma unidade )
-------- ··-------··
=====-==- --··-====::::::::
amortecedora,; central, acoplado ao condutor através de um elemento T )
1 articulado (Fig. 6. 35). A unidade amortecedora consiste numa mola i )
''
l trabalhando dentro de sua faixa
fluido, proporcionando
linear,
amortecimento
e
viscoso.
cilindro com pistão e

deixou de ser fabricado no Brasi.i, talvez por questões econômicas.


Esse amOrtecedor
)
)
),
Fig. 6.36 - Amortecedor Stockbridge
)
)
ELEMENTO PE
--~ºp-~~~.!..Q__ Dissipa energia através do amof;tecimento histerético,
)

fornecido pelo mài.erial dos fios componentes da cordoalha, e )


coulombiano devido à fricção entre os fios quando as massas )
oscilam. J
O amortecimento é obtido pela inércia gravitacional ao )
llNIOADE
AMORTECEDORA
--···-, movimento, podendo ser observadas três fases de um ciclo em )
\
seqüêÍlc'ia às vibrações (Fig. 6. 37):
ELEMENTO
)
DE lNE.RC!A
-------.... )
·, - na primeira fase, o condutor é flexionado para baixo, porém
.-.;
o amortecedor mantém sua posição devido à inércia; )
'!'
)
- na segunda fase, o condutor é flexionado para cima e o
amortecedor, sendo vencido pela inércia estática e adquirindo )

energia cinética, movimenta-se para baixo; )

- na terceira fase, o· condutor retorna à posição negativa, J


porém o amo~tecedor, devido-à energia cinética obtida do condutor, )
é flexionado para cima. )
Fig. 6.35 - Amortecedor linear
J
' _j ·~
""'""'- '-'~
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 411
410 Projetos mecãnicos das linhas aéreas de transmissão

FASE l FASE 2 FASE 3

Fig. 6.37 - Fases de amortecimento

Observa-se que o amortecedor trabalha em contrafase, em Fif. 6.38 - Amortecedor Dulmison ES-1
relação ao condutor. Ele possui duas freqüências ressonantes, nas
quais é muito efetivo. Porém a sua eficiência diminui muito Amortecedor Dulmison ES-2
rapidamente, fora da região entre essas freqüências. Isso implica a
\
necessidade Wo conhecimento prévio das características de vibração Nesta outra versão ES da D.l!lmison, um segundo sanduíche
do condutor, de modo a coordená-las com as do amortecedor. Da de elastômero é introduzido entre o condutor e a armação
qualidade do material da cordoalha (cabo mensageiro) e do modo com pré-formada que substitui a presilha convencional. O disposí ti vo
que as massas são a ele conectadas, depende a vida útil do apresenta, em seus dois sanduíches, uma dissipação de energia
dispositivo. O tipo de presilha ,uSado é outro detalhe importante, através de amortecimento viscoso, em adição aos amortecimentos
cuidando-se para não "ferir" o cabo condutor. coulombiano e histerético, característicos do amortecedor
Stockbrídge.

Amortecedor Dulmison ES-1 O uso de armaduras pré-formadas sobre uma camada de


neoprene inibe o aparecimento de falhas por':· fadiga do material

As letras ES, abreviatura de elastomer sandwich, junto ao ponto de fixação do Stckbrídge (Fig. 6.39).

designam um novo arranjo para o amortecedor Stockbridge, que


consiste num completo envolvimento do cabo mensageiro com uma
camada de neoprene. Trata-se de uma nova técnica de isolamento e
absorção de vibrações. Segundo informações do fabricante, recentes
pesquisas realizadas pela DuPont mostraram que a amplitude de
vibração de uma placa pode ser dividida por 30, com a adição de uma
camada víscoelástica envolta por uma outra camada rn~tálica de
compressão. Foi também descoberto que a vida até a fadiga pode ser
Fig. 6.39 - Amortecedor Dulmison ES-2
aumentada em mais de cem vezes, substituindo-se a placa metálica
por um coxim composto, de igual peso, contendo uma camada de
Amortecedor Varispond Dulmison
material víscoelástico, numa forma de sanduíche.
No caso do ES-1, a estrutu.ra ""Vlbí-ante é o condutor e a
Possui as mesmas características do modelo ES-2, porém
presilha de fixação, a camada viscoelástica é a cobertura de
.) duas' massas toroidais, ajustáveis sobre as massas principais,
neoprene e a camada de compressão é a massa inercial (Fig. 6. 3.8) .
.)
l .. :J
413
Projetos mecânicos das linhas aéreas de rransmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos
412

propo rciona m a obtenç ão de mais quatro freqü ência


s de resson ância .

A grand e vantag em desse dispo sitivo é a possi bilida


de de se
acordo com as
- -)
)
as freqü ência s de resson ância de
regula rem
.
carac teríst icas de vibraç ão da linha (Fig. 6.40)
)
~)
)
)
Fig. 6.42 - Amort ecedor Vible ss
)
\
)
Amort ecedor Haro
)

é uma outra )
Fig. 6.40 - Amort ecedor Varisp ond Desen volvid o na Finlâ ndia, esse dispo sitivo
s unida s por um cabo )
varia nte do Stock bridge . Consi ste em três massa
flexív el conec tado ao condu tor por duas
presil has. Possu i cinco )
Amort ecedor Salvi 4-R -)
freqüê Dcias de resson ância (Fig. 6.43) .
\
e possu í difere ntes .)
Foi desen volvid o na Itália ,
geom etrias difere ntes )
compr imento s de cabo mensa geiro e massa s de
arran jo forne ce quatro )
em cada lado do gramp o de supor te. Esse
frequ ência s de resson ância (Fig. 6.41) . )

Fig. 6.43 - Amort ecedor Haro


_)
)
)
6.9 - RESJ:Jfio PRÁTICO DE VIBRAÇÕES
)
)
6.9.1 - Introd ução )
Fig. 6.41 - Amort ecedor Salvi· 4-R )
de vibraç ão dos condu tores depen de
A intens idade
mesmo s estão sujei tos e )
essen cialm ente da tensão mecân ica a que os
Amort ecedor Vible ss
s atrave ssada s pela
das carac teríst icas topog ráfica s das regiõe
Tóqui o, é linha de transm issão.
Desen volvid o no Japão pela Furuka wa Co. Ltd., os
inerc iais são tubos dispo sitivo s, -l"ecom endam -se, pela eficá cia,
Como
um Stock bridge modif icado. As massa s
ibrató rias tipo festão .
amort ecedo res Stock bridge e as ponte s antiv
cilínd ricos curvad os para baixo (Fig. 6.42) .

o·-_,-. __ . __ ._.
_/
"" ')
414 Projetos mecânicos das linhas áéreas de transmissão 415
) ~'.'::\rwrações e tensões d;námicaS nos cabos

'-. A Tab. 6.2 fornece a recomendaçã o do número de Stockbridge


-
A eficácia dos Stockbridg es e das pontes tipo festão é
)' necessário , conforme o t1'po de te r r eno e a t ensao
- ·
dos cabos de máxima, quando fixados próximos ao centro do ventre de vibração
diferentes
.J materiais,
segundo a prática russa (Bolentim 2304,
(Fig. 6.44).
') sessão de 1968 da CIGRE). As dimensões dos Stockbridg es variam com
o cabo.
-,
)
-)
) TABELA 6.2 - SELEÇÃO DE AMORTECEDORES STOCKBRIDGE
)
Proteção recomendad a para

=
) tensão média de serviço em:
1

.)
)
u Condutor ACSR 1
~

--) Acima de Entre 4 e Menos de


Condições da rota 5kgf/mm 2 2 Fig. 6.44 - Zona de fixação dos amortecedo res
da 5kgf/mm 4kgf/mm 2
-
/ linha (caracterís tica Vãos
(m) Condutor de cobre
do terreno) - As linhas aéreas
de transmissão podem ser afetaàas
Acima de Entre 10 .e Menos de diferentem ente por vibrações, dependendo da topografia do terreno e
) 1 lkgf/mm
2
llkgf/mm 2 ro kgf/mm 2 j
da classe de tensões dos condutores . Os amortecedo res Stockbridg e,
j

)'
' Condutor de aço e cabo pár:-a-raio extensivam ente usados no Brasi_l, têm sido bastante eficazes, quando l
Acima de Entre 18 e Men_os de são colocados dois amortecedo res por vão, um em Cacta terminal, para
) 22kgf/mm 2 22kgf/mm 2 18kgf/mm 2 vãos em torno de SOOm. As medidas efetuadas por Furnas mostraram
_) 2 amortece 1 amortece que a amplitude de vibração foi amenizada em dez vezes e,
150-500 -
'. __!
\ dores por dor por conseqüuen temente, o ângulo caracterís tico de vibração ficou abaixo
Terreno aberto, plano vão vão
'\
·_J ou levemente monta- de 5' , proporciona ndo uma vida segura aos condutores.
nhoso 1 amortece 1 amortece
- - /-\Contudo, para as seções de linhas onde a tendência de
75-150 dor por dor por
) vão vão vibrações é pequena e os ângulos de vibração não excedem 20', e

) Terreno também onde a tensão no condutor permanece dentro dos limites, na


acidentado ,
áreas florestais com 1 amortece Tab. ·6.1, uma redução de três ou quatro vezes
na amplitude é
poucas árvores, ou 100-500 dor por- totalmente adequada para excluir o perigo de danos para condutores.
áreas com árvores vão
baixas As seções de linhas completame nte protegidas contra

Florestas maciças com ventos perigosos e submetidos a tensões relativamen te baixas, não
árvores cujas alturas Indepen- requerem qualquer proteção contra vibração.
excedem às dos ponto~. dent~ do Não necessitam de proteção de
Reêoffiéndamos que a necessidad e de proteção
de suspensão dos con- vão
dutores condutores e o mínimo de amortecedo res a serem instalados em vãos
normais se baseiem na Tab. 6.2.
Vlbrações e tensões dinâmicas nos cabos 417
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
416
)
Para proteção de vibrações em condutores e cabos À =+V Co·g . (6.16)
2
pára-raios com seções de 35 a 60Dmm , em vãos normais até SOOm,
onde:
usam-se amortecedores Stockbridge pesando de 2 a 8kg.
i\ - comprimento de onda
Os amortecedores devem ser, na medida do possível,
f - frequência da onda.
posicionados de forma a atingir a máxima eficácia numa ampla faixa )
de condições ambientais compreendendo diferentes freqüências, )
comprimento de onda e velocidades de vento.
Apresentamos a seguir um estudo simplificado. Seja o
- )
)
cabo tensionado no vão isolado da Fig. 6.45. )
)
i )
Fig. 6.46 - Comprimento de onda !
' )
.t.
!
'"'mr Kç/ml '
Vejamos o caso da formação de ondas estacionárias no
cabo, correspondentes aos seus modos naturais, Fig. 6.47.
Fig. 6.45 - Vão isolado sujeito a vibração

)
Sabemos que a velocidade de propagação da onda )

~r-1_-:_-_-_-_-_--_-_e-,;;-'-'.'._-.~-,-·'..__=_ _--_ ___j1,,


correspondente à componente horizontal da tensão no condutor é dada )
por: )

=/ !º =/ T~·g J
------
UTr

~-=-- _::::==:==-:--;·~- ---- ------


-S )
onde: 1,, )
To - tensão horizontal EDS no condutor /\
)
m - massa do condutor por unidade de comprimento
)
p - peso unitário do condutor
g - aceleração da gravidade
J
)
Co - To/p = parâmetro da catenária.

Observando a Fig. 6.46, podemos escrever que:


J
1
ÜTr = i\·f ou À = - -·UTr (6.15) )
f
)
Substituindo UTr na Eq. 6.15, teremos o comprimento de
Fig. 6.47 - Cabo em vibração natural em diversos modos .)
onda formado no cabo:
~
1
...)r
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 419
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
418
Já estudamos anteriormente que o fenômeno da
Utilizando a Eq. 6.16 para o primeiro modo da Fig. 6.47 ressonância acontece quando a freqüência de excitação se iguala com
(a), podemos escrever que: a natural. No nosso caso, a freqüência de excitação é a de
Strouhal.
2A =
~
rCoT
Temos então:
e a freqüência natural fu ndamental do cabo será: fn = f s (6. 19)

..) fnl = ;A rCoT


6.47
(6.17)

(n),
e que também
Note que o cabo possui infinitas freqüências naturais,
elas são muito próximas entre si. Portanto,
Analogamente, para o modo de ordem n, Fig.
) provavelmente sempre haverá um vento (f s) que ressonará o cabo.
temos: A ressonância perigosa será aquela correspondente ao
)
n·À vento de maior duração que ocorrerá durante a vida da linha; esse
J -z- L
vento é tomado como o vento de brisa (baixa velocidade).
)
Usando a Eq. 6.16: Temos então da Eq. 6.7 que:
)
u
) 2L L.;, A fse0,19D
n
·.) e da Eq. 6.18
ou seja:
J fn = ~A Y Co·g
•(6.18)
J fn = ~A rCoT
usando a condição de ressonância (6.19), vem:
J .
onde n = 1,2,3,4, ... representa o numero
de meias-ondas formadas no
J cabo, ou seja, o número de ventres.
(6.20)
..
· )
U é a velocidade do vento que causará ressonância no modo n .
.J Exemplo 6.3
Para o comprimento de onda mostrado na Fig. 6.48,
)
= 1.ZOOkgf e um cabo pesan- usando as E~s. 6. 7 e 6.16, chegaremos em:
Para um vão A = 400m Com To
.J do p 0,78kgf/m, calcular fn do cabo para n = 100.
D
,) À = 0,19·U y Co·g (6.21)

)
Solução:
)
f

~~
.. ~~---To
( fn = ~A Y Co·g
( 1.200

~ ~-J
Co = = 1.538,5
0,78

{
j fn
100
2·400
"
1. 538, 5·9,81

A freqüência para 100 ventres


= 15,4Hz

será de 15,4Hz.
Fig. 6.48 - Cabo com comprimento de onda calculado pela Eq. 6.21
'")
421
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão )
420
>
Exemplo 6. '.'i

)
Calcular o comprimento de onda formado em um cabo
tenSionado com 1.200kgf; sendo o peso do cabo 0,78kgf/m. Tomar um )
vão experimental de 400m, velocidade do vento 20km/h. o diametro
do cabo é 0,01883m. )
1 bl
1
Solução: Fig. 6.49 -Colocação do amortecedor Stockbridge no cabo )
)
20
u 3,6
5, 56m/s. Sabemos da Eq. 6.21 que: )
D 1.200 1.538,5 )
.,! Co·g Co (6.21)
À
0~19·U 0,78 À = --=-º--
0, 19·U .

í
0,01883 .,! 1. 538' 5. 9' 81 2,2m
À Substituindo (6.22) em (6.21), vem
o, 19·5,56 )
Então o comprimento de onda mostrado na Fig. 6.48, será )
_de 2,2m, ou seja, cada ventre terá 1,lm. s = 2,24 uD vc;o.g (6.23)
Observação: A freqüência-'de Strouhal (dos vórtices), na :1
condição do exemplo, será: S é a posição de colocação do Stockbridge a partir do grampo de )
u 2
5' 56
f, = 0,19 -is-= 0,19 ~--oo~~ ~ 5 6 Hz suspensão. Se usarmos U = 20km/h e g = 9,81m/s a Eq. 6.23
0,0883 )
torna-se: )
(6.23.a)
S = 0,0013·D Yc;o' ')
com Sem [m], D em (mm] e Coem [m]. .)
6.9.2 - Posição do amortecedor no vão
)
Exemplo 6.5 )
Teoricamente, o 'mortecedor deve ser colocado no ponto
do cabo, o qual possui maior amplitude de vibração e o mais próximo C~lcular
para o vão do exemplo 6.4: .J
\

a - Pos..i~ão do Stockbridge;
do grampo de suspensão. Este ponto deve ser obviamente o centro do b - Qual deve ser a freqüência natural do amortecedor? )
primeiro ventre (Fig. 6.49 (a))
' )
De acordo com a experiência de membros da CIGRt, o -~alução: .)
amortecedor, juntamente com o cabo, altera a freqüência natural do )
a.
cabo. Em outras palavras, o conjunto possui freqüências naturais D 0,01883 .,! 1. 538, 5 ·9' 81
s = 2,24 .,! Co·g = 2,24·
diferentes das do cabo sozinho. Portanto, o ponto (i\/4) não deve u 5,56

ser usado para colocação. A posição recomendada pela CIGRt (Fig. s 0,93m a partir do grampo.
Outra maneira:
6.49 (b))é
2 2 .:)
s = 0,85 2
;\.
= 0,85 • ~ =O ' 93m
2
s = 0,85[;) = 1,10[+) (6.22) i, _, )
_ '

. ·1 .
"---
1 .)
)

Vibrações e tensões dinflmicas nos cabos 423


Projeros mecânicos das linhas aéreas de transmissão
422

b. A figura abaixo (6.50), mostra um modelo matemático


'1
simplificado do conjunto, cabo e amortecedor.
)
.) /

) DEFÓEXÃO M t'NIMA
N'O CABO
J e,
) CABO
)
) me
l'K
/ "
1') 's

/
- - RESSONÃNCIA DO
) Ai.!ORTECEDOR

)
) e,
AMORTECEDOR

) f Noturol do Amortecedor 's


Fig. 6.51 - Resposta em freqüência do conjunto cabo-amortecedor
) FK= (+ pU2D) sen {2Trfst) - Excitação

J Fig. 6.50 - Modelo matemático do conjunto cabo-amortecedor


)
/
Foii::o de
) Trobolho
Variando a velocidade do vento, e conseqüentemente a
) freqüência de Strouhal fs, teremos para os deslocamentos no cabo
) (ponto de fixação do amortecedor) e na massa do Stockbridge
) respostas em freqüência conforme a Fig. 6.51 (a) e (b). Na Fig .
. ) 6.50 K, C, M são rigidez, amortecimento e massa (para o cabo-ventre
)
.
/
, e amortecedor) correspondentes ao modo de vibração .
Observando a Fig. 6.51, concluimos que, para minimizar a 7fn 1,3 fn

fNATURAL::;;, 56 Hz
o deslocamento de vibração do cabo próximo ao grampo de suspensão,
1 ol 1 b)
precisamos que o amortecedor ressone, ou seja fs ~ fn amortecedor
'.'!
para ·o ponto de projeto. No exemplo em estudo, o cabo precisa ser Fig. 6.52 - Resposta em freqüência de um amortecedor
Stockbridge e sua faixa de trabalho
protegido na região de 56Hz, portanto o amortecedor deverá ter
1

]
freqüência natural próxima de 56Hz, para que ele seja eficiente,
veja Fig. 6.52.

______ /
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 425
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
424
Chamamos de m a massa de cada contra-peso, J o momento
6.9.3 ~Modelo matemático de um amortecedor Stockbridge de inércia de m em relação ao eixo normal, passando por O (ponto de
engastamento do cabo), Lo comprimento do cabo, r a distância entre
A eficiência de um amortecedor Stockbridge pode ser
o centro de gravidade G e o ponto O, e ·E! a rigidez flexional do
laboratório, onde são levantadas
)
medida através de ensaios de
cabo.
curvas características para a resposta em freqüência ou energia )
As coordenadas adotadas são y1, deslocamento vertical
absorvida em um ciclo. O Centro de Pesquisas da Eletrobrás - CEPEL, de O, y2, deslocamento angular do contrapeso e u deslocamento
)
no Rio de Janeiro, realiza estes tipos de ensaios (47]. )
vertical do grampo de suspensão.
A maioria dos trabalhos publicados [48,49,501, estuda a )
Fazendo o bálanço de forças e dos momentos sobre o
interação entre o amortecedor e a linha de transmissão, onde a )
contrapeso, com o "'auxílio da fig. 6.53 {b) e (c), onde as forças e
determinação da força total exercida pelo amortecedor sobre a linha
momentos unitários são os coeficientes de influência de rigidez, as )
e as condlç5es.l'ide instalação são os objetos principais.
equações de ..movimento se escrevem como-~ - )
Podemos também relacionar as tensões máximas no cabo
com o deslocamento no grampo de )
} ={ ~ }
(fig, 6.52.al,
mensageiro [M]{ y1Y2 }
+ rei{ y1 - u.
y2
y1 - u
y2
(6.24) )
suspensão.
e utilizando uma !
Partindo de um model·o simplificado
solução analítica, podemos prever algumas cGnclusões ínteressantes. onde:

m; miz = m21 = - mr; m22 = J )


m11
Modelo matemático [35] 2 (6.24a)
)
k11 4k; k12 k21 = - 2kL; k22 4/3kL
)
6.53 {a) mostra o esquema de um amortecedor 3
A Fig. k = 3EI/L
)
simétrico com o cabo perfeitamente elástico e uniforme, seni massa,
)
Vários estudos experimentais com cabos [35,51], têm
mas com amortecimento.
)
demonstrado que as forças de amortecimento estão associadas às
forças 7I'fisticas, guardando o mesmo tipo de relação, quer os )
deslocamentos sejam lineares ou angulares. Essas investigações )
r
m,.J .tY1
I
L
,,,
mostraram que é possível estabelecer a seguinte relação entre os
segúintes elementos da matriz de amortecimento e de rigidez: )

:&),, Clj = Qµ k ij (6.24b)


)

L
1
- _j
,, 1
onde
)
µ Oln, sendo O o decrem:~to logarítmico do amortecedor e )
n = a freqüência de vibraçãO forçada.
fig. 6.53 - Esquema de corpo livre de um amortecedor simétrico
i
··~··

Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão 4Z7


Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos
426

Frequências naturais

livres do amortecedor (u O)'


Para vibrações
deprezando-se o amortecimento, o modelo fornece a seguinte equação
A.celerõmetrc A
característica do sistema, desde que adotemos soluções harmônicas l
para os deslocamentos y1 e y2: MESA
VIBRATÓRIA
2 (6.25)
det ( [K] - w · [M] ) = O

da qual obtemos a expressão para as freqüências naturais do 1


sistema: Fig. 6.54 - Esquema da experimentação no CEPEL
1 (6.26)
Wl lf' 2 J 1 ·usando a Eq. 6. 26, calculainos as freqüências naturais
onde:
do amortecedor:
A [k12 m21 + k21 m12 - {k11 m22 + kzz m11)]/ det [M) 1
(6.26a) ' Primeira freqüência natural= 9,lHz
B det [K]/ det [M] Segunda freqüência natural = 25, 9:tiz.
k!J, mrs são dados por 6.24a. Pela experimentação da Fig. 6.54, foram encontrados os
seguintes valores para as freqüências naturais:
Experimentação - CEPEL [47} Primeira freqüência natural = 9,SHz
sistema Segunda freqüência natural = 24,SHz
Os amortecedores foram ensaiados em um
eletrodinâmico que mantém constante, por realimentação, a amplitude Os resultados obtidos mostràram que existe uma boa
de deslocamento U do grampo de suspensão. Os sinais do acelerômetro correlação entre o modelo matemático e a experimentação.
A, preso à mesa vibratória, e de um transdutor de força localizado
entre a mesa vibratória e o grampo do amortecedor, são comparados
6.9.4 -,Amortecedor tipo festão
continuamente para a determinação das freqüências de ressonância do I \

sistema, que ocorrem quando o ângulo de fase entre eles for 90° O comprimento de onda mínimo pode também ser usado para
(Fig. 6. 54). calcular o tamanho do amortecedor, tipo festão ou Bretelli. Pela
1
Fig. 6.55, o comprimentos: entr.e.._os_ dois ponto~.d~ fixação, ~sél:ndo
1
Resultados
Os valores característicos do amortecedor foram:
l a Eq. 6.23a, é dado por:
(6.27)
S' 2S + e = 0,0026·D·y-c-' + e
2
m = 2,4kg J = 0,03kg·m
onde:
2
E! = 23N·m L o, 183m D diâmetro do condutor [mm];

r = 0,03m
e parâmetro da catenária---= TEDSIP [m];
r~- )
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 429
Projeros mecânicos das linhas aéreas de transmissão )
428
logo : )
e= comprimento do grampo [m}; 1 s o,0013·16,4·v 1977 - o,95m )
b espaçamento, tomado aproximadamente em torno de 250mm; ll S 95crn a partir da boca do grampo.
S' =distância entre os pontos de fixação [rnl.
1
e - Da Eq. 6.27: )
1
s • s S' 2S + e = 0,0026·D·..,rc;' + e '·
)
S' o,oo26·16,4·v 1.977 + 0,200 2,08m
)
o
s· 208cm de fixação a fixação.
)
1i )

6.10 - PROTEÇÃO ÂO LONGO DE VÃO DE TRAVESSIAS )


)
Em vãos acima de SOOm de 'Comprimento, um Stockbridge é )
Fig. 6.55 - Amortecedor tipo festão fixado em cada terminal e, em vãos entre 500 e 1.SOOm, dois )
amortecedores com diferentes frequências características são
instalados em cada terminal. Em vãos com menos de 500m,
Exemplo 6. 6 1
amortecedores são fixados somente em um terminal (veja a Fig.
)
Uma linha de tensão de 138kV será conStrúida com cabos
2 6. 46).
ACSR. O cabo possui uma seção de 210,3mm . Sua carga de ruptura é )
igual a 7.735kgf e seu peso igual a 0,7816kgf/m. Admitindo que o Os tamanhos e pesos dos amortecedores são escolhidos
condutor seja tensionado, à temperatura média anual, com )
considerando-se o diâmetro e a tensão mecânicá nos condutores. Para
TEDS = 1.545kgf, sendo o vão em estudo igual a 400rn, e que o
condutores de 11 a 35mm de diâmetro, tensionados até 18. OOOkgf, )
terreno seja aberto e plano, determinar:
a - o número de amortecedores para o vão, usando a Tab. 6.2; usam-se amortecedores pesando de 4, 5 a 10, Skg. Os amortecedores J
b o ponto de fixação do amortecedor pela equação "prática";
e - se usados festões para proteção contra vibrações,
determinar a distância entre os pontos de fixação, empregando a )
equação prática e sabendo que o comprimento do grampo é 200mm.
)
/ \
J
Solução:
)
a - A tensão no condutor, será: )
To 1.545 "7,3kgf/mm 2
cr=-A-= )
210,3
Da Tab. 6.2, com as condições topográficas, e tensão )
maior que Skgf/mm 2 , teremos dois amortecedores para cada grampo.
)
b - Usando a Eq. 6.23.a _)
S 0,0013·D·..,rc;' (para esse condutor D = 16,4mm)
Fig. 6.56 - Amortecedores Stoç)cbrid.ge; arranjos para travessia _)
To 1.545 de um grande rio )
e p 0,7816
" 1977
)
)
_J
oc)
1

Vibrações e tensões dinámicas nos cabos 431


Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão
430

uma torre intermed iária de travessia , onde os 6.57), em antifase ; na direção predomina ntemente horizonta l. Essas
fixados perto de
vibrações ocorrem, em geral, para ventos com velocidad es entre 8 a
condutore s são suportado s por um grampo de suspensão em roldana,
zorn/s, com amplitude s na faixa S0-80mm e' frequênci as de 1 a 2Hz.
'
) são de um tipo especial chamado de "releasa ble"
dos amorteced ores são calculada s pelas l,
-) As posições
seguintes fórmulas: para o primeiro amorteced or, '
f-.-----..: '.. Q 1

~
J
~)
51 = 0,0013·D·,,,.--c-'

para o segundo amorteced or,


(6.28)
~ br~ 1c-={) -3
') 52 = o. 85. ( 251 ) •
.)
J
J
.)
logo
~
52 = D,0022·D·,,,.--c-'

Medidas de verificaç ão foram feitas repetidam ente sobre


(6.29) l Fig. 6. 57 - Modo el·iptico de oscilação

proteção são
No caso de
disponív eis,
oscilaçõe s
embora
de
não
subvãos,
se disponha
os recursos
de processo
de

J
) vãos de travessia de 800 a 1. SOOm, e mostraram que essa proteção prático para a determina ção de sua ocorrênci a no campo. Isso se dá
introduz um bom amortecim ento às ":)!orações . em virtude de diversos fatores:
)
Para travessia s em torno de 2. OOOm, ~om :condutor es de
)
SOmm de diâmetro e tensionad os com 20 a 35t, empregam -se
l - a ocorrênc ia de oscilaçõe s em posições intermed iárias dos

vãos, dificulta ndo o acesso ao mesmo;


)
amorteced ores gêmeos especiais , pesando de 10 a 20kgf. - a inexistên cia de dispositi vos apropriad os;
J ! a baixa incidênci a do fenômeno, " exigindo períodos
J1 excessiva mente longos de observaçã o.

i 6.11 - VIBRAÇÕES EM SUBVÃOS


Tais fatores geram a necessida de de testes que Permitem
a avaliação da eficiênci a de amortecim ento do sistema
Os problemas decorrent es da mobilidad e dos condutore s
cabos-esp açadores de forma prática.
utilizado s nas linhas de transmiss ão provocara m o desenvolv imento
/\ Com relação às vibrações , um feixe de condutore s
de acessório s especiais , entre os quais os dispositi vos
comporta -se de maneira substanci almente diferente , comparado com um
espaçado res, que mantêm os cabos de cada fase à distância ótima de
condutor simples. As modificaç ões podem ser classific adas como
projeto e melhoram as condições de estabilid ade do feixe. A
uso de segue:
vibração nos condutore s, provocada pelo vento,. obriga· o
- modificaç ão da resposta do sistema, isto é, modificaç ão do
espaçador e-amortec edores, de forma a reduzir a solicitaç ão dos
amortecim ento do sistema, e dos possíveis modos de vibração;
cabos a níveis convenien tes. Especial atenção tem sido dedicada ao
modificaç ão do fluxo de ar ao redor· dos condutor es,
) estudo desses fenômenos e aos danos que causam, como a ruptura de
particula rmente sobre aqueles protegido s contra o vento; isto
J. cabos e até a destruiçã o de componen tes das torres [37].
em uma modificaç ão da potência de entrada do vento no
resulta
.J Oscilaçõe s de subvão ocorrem quando da presença de um
sistema.
cabo na esteira de outro. Os cabos assumem movimento elíptico (Fig.
J• ''
J
L. .J
)
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 433
432 )
Ambas as modificaçõ es tendem a reduzir o nível e a A máxima deformação ocorrida no vão em antinós é, )

duração da vibração. Tem sido relatado que medidas sobre linhas de portanto, )

transmissão indicam urna redução no nível de vibração de )


= 2 7l2 -2-
Yo À-2 D (6.31)
aproximada mente 50%, e uma redução do tempo de vibração de )
aproximadam ente 20% para feixes de condutores geminados, em
Se admitirmos as ' s' . do
extremidade ' cabo rigidamente )
comparação com condutores simples [38]. Outras investigaçõ es no final do vão, ocorrerá à
fixas, a deformação máxima Ci, )
encontraram que o nível máximo de vibração foi de mesma ordem tanto distânciaD /2 do eixo do condutor, sendo dada pela expressão )
para o simples como para o feixe de condutores geminados, enquanto
)
que o número de amplitudes máximas foi menor para o feixe [391.
, Cl
Cv
= função [ ;>.. _ T _ )
v'El'
(6. 32)
)
Para feixes com mais de dois condutores , a tendência de redução é 1

)
maior. ~
1- onde:
T tensão no condutor; )
1
E módulo de elasticidad e do condutor; )
6. 12 - RELACÃO ENTRE NÍVEL DE VIBRAÇÃO E DEFORMAÇÕES momento de inércia do condutor. J
1 A função.da Eq. 6.32 é mostrada na Fig. 6.58. Como pode )
A relação entre o nível de vibrações e· <is deformaçõe s ser visto, ·para valores de J
sobre um condutor sólido, ou barra, é muito simples, sendo
).
governada, no vão, apenas pela deformação e, nas extremidad es do À / ~] > 35
' )
vão, pela deformação e pelas condições de apoio do vão-.
Com uma distorção harmônica sobre o condutor, função (À ~l = 0,166 À~ (6.33) )
)
Yo 2rr e portanto, a máxima deformação no terminal do vão pode ser escrita . )
y(x) - - sen -À- x,
2
/ T
- Yo -1 (6.34) )
" = 3,27 E! -
2
1' D
a máxima deformação cx1 ocorrida no vão, na distância D/2 do eixo )
\
do condutor sólido, ou em uma seção reta do condutor, no plano de onde e~a mostra que as deformaçõe s e os ângulos de vibração (Yo/À)
,J
vibração, é dada por podem ser diretament e relacionado s.
)
Se olharmos agora para um condutor real, veremos que
2rr 2 ~o 2
D sen ~rr x1 (6.30) )
cxl = À-
seus fios indiv.iduai s descrevem uma hélice sobre o eixo do
)
condutor. Pode ser, portanto, entendido que, em um cabo vibrante,
onde: '
cada seção de um fio, em um compriment o do passo, estará sujeita a _j

x1 = distância entre o primeiro nó e a seção reta; deformaçõe s dinâmicas, que não diferirão somente em valores

Yo amplitude dupla do antinó; absolutos, mas também em sinal. Contudo, os valores das deformaçõe s
D diâmetro do condutor; serão também diferentes nas diferentes camadas do cabo, devido às
À = compriment o de onda. suas diferentes distâncias ao plano neutro.
Projetos mecânicos das linhas Béreas de transmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 435
434
fatores de deslizamento, ou escorregamento, e o diâmetro devem ser
1•~.-.-.-.-.-.-.-irr>
apropriados para a camada considerada.
131--1--1--f-f-t-t +,<t-+--1
12 t--+---+---+1-f-+---+-+·t---i----1 Um grande .número de testes experimentais comprova a
11 1

10 t---+-t---T- validade das Eqs. 6.35 e 6.36, tão \;>em·,guanto a relação entre Ki e
9 l--+--+--r-t--tf--t---t---t---T---1 o auto-amortecimento do condutor.
21 \"''--.''.
Ei
Os valores de Ki serão afetados pela tensão mecânica no
Tv 19
condutor, pela .compactação do cabo e também pelo diâmetro do cabo.
Valores normais nos fios externos estão compreendidos entre O, 7 e

+. ·-:
0,5, embora K =1 tenha sido encontrado em grandes cabos de aço.
Os válores do escorregamento dos fios internos não têm
120 140 '60 t80
20 40

),ffr
60 80 100
),f[i sido extensivamente medidos, devido às dificuldades inerentes de
tais testes, porém testes especiais·· de fadiga e amortecimento e
Fig. 6.58 _Deformações
na extremidade fixa no antinó resultados de medidas tendem a confirmar o fato óbvio de que as
tendo atrito nos pontos de contato (ambas, a
~
camadas internas,
vérsus
externa e a próxima interna), teriam valores de Ki maiores que a
Como as camadas do·· ca b o es t'ao t ran çadas
. em -direção
camada do lado de fora de um condutor.
oposta, cada fio, em um comprimento de passo, terá um número finito do vão estão mais
1 Os valores de K2 na extremidade
de pontos de contato com as camadas mais altas e mais baixas, e a 1
afetados pela pressão do grampeamento do que pela tensão no cabó, e
carga de tensão estática resultará em uma pressão exerCida pelos grampos
são geralmente maiores que os valores :de Ki. Com
fios da camada superior naquelas da inferior. proporcionais aos tamanhos dos condutores, tomamos um valor prático
Como conseqüência de tal distribuição de deformação, as
de 0,7.
· · sera·o desenvolvidas nos pontos de contato entre
forças tangenc1a1s Mencionamos anteriormente que as Eqs. 6.30, 6.31 e
fios, Essas forças são equilibradas pelas forças de atrito devidas
,_ 6.35, que relacionam as deformações no vão com um condutor simples,
à pressão radial. são independentes das condições de apoio. As Eqs. 6.32, 6.33, 6.34
portanto, é facilmente entendido como um '\
Isso, e 6.3'6' são válidas para vãos com extemidades grampeadas
escorregamento entre fios. O fenômeno do deslizamento é não-linear,
rigidamente, o que significa que tanto os deslocamentos verticais
porém, dentro dos valores usuais de T, À e Yo encontrados nas corno qualquer rotação da extremidade do cabo não são perrnissiveis.
linhas de transmissão, expressões linearizadas dão a~ deformações
As condições reais de grarnpeamento dif erern um pouco de
reais ocorridas em um condutor com fios individuais; usam-se:
um "grampo rígido", resultando em deformções mais baixas e, muitas
2 (6.35) vezes, também em valores mais altos de defor.mações.
cv = Kl 2rr 2 -2-
Yo À- D
O estudo do comportamento real do grarnpeamento está
sendo feito pelo Grupo n. ~ 2 do CIGRE. Tem-se oPservado que o
.) (6.36) deslocamento e a rotação nas,extremidades do vão não são comandadas
apenas pela capacidade do grampo de executar tais movimentos, porém
J onde Ki =s 1 e K2 =s 1 são chamados de fatores de deslízamento. Os
~
·.~.
l. '.)
)
437
Projetos mecânico s das linhas aéreas de transmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos .)
436
)
adjace ntes. Tal
que é possív el um acopla mento entre os dois vãos
depend erá das condiç ões de resson ância do sistem a
acopla mento
sobre ambos )
formad o pelos dois vãos e das forças do vento que agem
uma reduçã o )
os vãos. Quando todas essas condiç ões são preenc hidas,
relativ ament e às obtida s )
de aproxim adamen te 50% nas deform ações,
com um grampo rígido , parece ser possív el. J
ente
Embora não haja possib ilidad e de relaci onar diretam )
vão, é necess ário
o desloc amento e a rotaçã o nas extrem idades do )
efeito do aument o da rigide z de fixaçã o com 1 l
o
.."""
C:ll
mencio nar aqui OI! o "' .,
..... "O J:l,1.. )
" 0 '

armour rods. "O ... «I 'll


o",
__ _,o J
t:Estud os analí tices e trabal hos experi
menta is provar am ::i "'::i""
u e; ... -<

são reduzi das


.... o ........
.... u "'
~
u )
que as deform ações reais sobre os fios dos condu tores u .., o~

O> «I C-' 'll

a fiXaçã o "-., .o -
de 20 a 40% em relaçã o àquele s valore s, consid erando
..e e
- ' 0 '"'"'
_ . _ "5'- ... "'
consta nte para u
0
)
perfei tamen te rígida . A reduçã o, contud o, não é v.
~
-o e •
te ..e:"5 o o"""'i:: )..
do compri mento "O

todas as freqüê ncias e, para um dado cabo, depend erá ~~::


u
.. ,
""""' ..
~
º"
de onda.
-

o ·-
"
)
-'E- O
• o
V >O >1t

capítu lo trata mais das vibraç ões eólica s de o~t!ll'--"


Q " ' 1 "O ll(I )
Este
com os
i ::i 1
var ,que, ~~~
linhas com condut ores simple s, sendo fácil compro )
valore s usuais de Yo e À encont rados nessas linhas , 1
--·
.....
-0
..,-
• "

1
.j
~ ~~
o "
1 .o .. o
! J:l."O
:)
·--.
o "o
••
"º",
não ocorre rá perigo de fadiga no vão, exceto em casos
especi ais nas J
(

proxim idades das junçõe s. Sobre feixes


de condut ores e, em
-0

- ;;-o
E

"O
,
o

o "i::""o
E
O •
E
.o

:J
três ou quatro ~)
partic ular, em condut ores gemina dos vertic ais de
:..:
z-o
1 o · XII.. 1
' '
.. • •
o • C> 'O "" OI! o ..
um tanto altas
feixes , deform ações em grampo s espaça dores podem ser
E O E
º"
"-
" "
• >
o o .... "O
"o
• ::.>
podem atingi r valore s 60% u u . "' • ...
e, com espaça dores inconv enient es, • E "' ...... li! o
<.> ::i l....C::l<O"' :)
superi ores aos de um grampo rígido [40,41 ,42,43 ,44 e
45).
1
."
.~

•··~
o .
........
-

"
C> '"
o e;"'
... "'i<-< e;"°
.. ..-<

E
...

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....'O .... !.. º'°""' . . 1
o o "
• -0!1)0.., _i<!l)-0.t l

BRASIL
• • -O
% o o
....,_._ I< i- Q> GIW" ;l
1 '-!/),....,.e e 1 ,._."' )
6.13 - ESTUDOS SOBRE VIBRAÇÕES NAS LINHAS DE TRANSMISSÃO NO
)

A Tabela 6.3 aprese nta um resumo do que as empres


as .)
sas em vibraç ões 1 .j
brasil eiras estão realiza ndo sobre estudo s e pesqui
nas linhas aéreas de transm isr-;.o (elabo rada pelo CEPEL
- 1990). .J
)
.t:' )
438 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 439

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1
442 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão

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)
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Fundações 1
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)
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)
life ACSR". CIGRE, CSC 22-66, WG 04.
)
42 - STEIDEL, R. F. JR - "Factors affecting vibratory stresses in
cables near of point of suports". AIEE Trans. , 78 HI pp
1 )
1207-,p, 1959.
l- 7 . l - INTRODUÇÃO )

43 - SEPPA, T. - "Dynamic behaviour of suspension clamp and fatique

44 -
life of conductor". CIGRE, 22-69, WG 02, 03 II/D.
HELMS, R. - "Zur sicherkei t der hochspannungs-freilei tungen
i terrestre,
Toda
necessita
obra de
de
engenharia,
uma estrutura
assentada
de transição
na superfície
entre os
)
)
)
bei hoher mechanischer b~anspruchung". VDI Forschungsheft, esforços criados por condições de trabalho e peso próprio e o )
terreno subjacente. Esta estrutura de transição, nada mais é que a
506, 1964. 1 )
45 - SCANLAN, R. e S'WART, R. - "Bending stiffeness and strain ín i fundação da obra, que pode ser tão simples quanto a abertura de, uma
)
stranded cables". IEE, 68, CP 4, P\/R. cava para a fixação de um mourão de cerca, ou tão complexa quanto
)
46 - ARRUDA, A. C. F. - Análise de amortecedores para linhas de 1 as fundações de grandes obras de engenharia Civil.
)
transmissão, Unicamp, 1975. 1 Normalmente, o projeto de- fundação de uma obra de
)
47 OLIVEIRA, A.R.E. e NETO, A. P. R. "Estudo analítico e engenharia é a última fase do projeto estrutural da mesma. Deve
'
anteceder ao dimeÚ~ionamento da fundação duas fases de estudos:
)
experimental do amortecedor Stockbridge". Proceeding COBEM
1 )
-83, Uberlândia, Cl pp 1-10, 1983. ! 1- Cálculo de todas as cargas possíveis de serem suportadas
t )
48 CLAREN, R. e DIANA, G. "Mathematical analysis of pela ~É\rutura e transmitidas à fundação,
transmission line vibration". IEEE, Tran. Power Apparatus )
2- Estudo das características geotécnicas do terreno.
and Systems, 88, pp 1741-71, 1969. )
De posse desses pré-requisitos passa-se à escolha do
49 - DEHOTARAD, M.S. - "Transmission line vibration". Journal of J
tipo ideal, dirnensi'onamento e detalhamento da fundação, que
Sound and Vibration, 60 (2), pp 217-37, 1978. )
transmitirá com segurança toda a solicitação ao terreno suporte.
50 - HAGEDORN, P. "On the conputation of damped wind-exi ted )
Assim se procede na construção de uma fábrica, de um
vibration of overhead transmission lines". Journal of )
edifício,.. . de uma LINHA DE TRANSMISSÃO, sendo que para esta
Sound and Vibration 33 (3), pp 253-71, 1982. )
última, cada torre ou cada trecho , é caso de um estudo específico,
51 - DURVASULA, S. "Vibration of a uniform cantilever beam .)
pois ao longo de quilômetros de extensão as características
carrying a concentraded mass and moment of inertia at the )
geotécnicas do ,ter;reno. -·podem-. ser as- mais.·.var.iadas ,_poss.íveis..·
tip". Report No AE 1335, Indian Institute of Science,
J
Bangalore, 1965.
··r~-
445 )
Projetos mecãnicos daS linhas aéreas de transmissão Fundações
444 1 )
determinar o tipo de fundação de cada estrutura, projetá-la e
Para o cálculo das fundações das torres de uma L. T., 1
detalhá-la. )
apenas após o projeto de locação das estruturas, da exata definição
das posições das fundações, é que se tem condições de definir as
1 Cada tipo de solicitação transmite um tipo de esforço
)
ao terren6. t responsabilidade da estrut~ra de fundação distribuir
variáveis do projeto: esforços solici lantes, alturas e tipos de 1 )
1 tais solici lações, de forma que os esforços. transmitidos ao terreno
estruturas, ângulos, travessias, vãos, natureza do terreno e
vegetação, nível do lençol freático, etc. Passa-se então à fase de ! sejam inferiores aos limites do mesmo.
)
projeto da mesma. )
TIPOS DE ESFORÇOS DE REAÇÃO DO TERRENO
)
7.2.1 - Compressão )
7.2 - ESFORÇOS NAS FUNDAÇÕES
)
1: Tem a tendência de causar um afundamento do terreno, e )
H Todos os esforços provenientes da montagem, sustentação
H conseqüentemente um afundamento da estrutura (Fig. 7.1). )
g dos condutores e equipamentos eletromecânicos, esforços devidos a

i• atuação de fenômenos naturais sobre todas as partes da obra, bem ' )

1 como o peso próprio integral;· geram tensões que devem ser

1 absorvi d.as pelo terreno através das fundaçõs. )


Um estudo técnico-econômico determina as linhas gerais .)
da L. T.: potência a ser transmitida, classe de tensão,' tipo de )
corrente (CA ou CC), número de circuitos, etc. Conseqüentemente )
tem-se uma predefinição do número e bitola de condutores por fase, .)
Fig. 7.1 - Esforço de1compressão e reação do terreno
distâncias de afastamentos, tipos básicos de torres, etc. )
Cabe ao projetista mecânico da L. T. a definição dos
)
cabos, dos equipamentos eletromecânicos suspensos e de suspensão, 7.2.2 - Tração )
considerações de fenômenos naturais, sobrecargas acidentais e /
·\.
)
condições de montagem e manutenção da L.T .. Como resultado dessas Tem a tendência de levantar o terreno devido ao
)
considerações e cálculos, determina tal projetista as posições e arrancamento Ça estrutura (Fig. 7.2).
)
os esforços a serem absorvidos pelas estruturas suportes da linha.
Cabe ao projetista mecânico das estruturas de t )

sustentação da L.T., de posse dos dados anteriores, após consultas ---------- --------- )

ao projetista das fundações, projetar as torres e definir os )

esforços a serem absorvidos_pelas fundações. )


Cabe ao projetista das fundações considerar os esforços .)
que devem absorver, os fenômenos naturais sobre as estruturas das )
Fig. 7.2 - Esforço de tração e reação do terreno
fundações, as características geotécnicas do terreno, e então )
)
446 Projetos mecânicos das linhas
. · -
aéreas de rransmissao 447
Fundações

7.2.3 - Flexão
7.2.6 - Empuxo

Tem a tendência de bascular a estrutura e provocar Em- fundações abaixo do nível freático local, deve-se
compressões diferenciais no te rreno, ou a t e· mesmo uma descompressão considerar o empuxo sobre a mesma, poLs este tem a tendência de
parcial (Fig. 7.3). empurrar a fundação para cima, e virt~almente diminuir o peso
próprio (Fig. 7.6).

p
r-NT
_ _ _ _ _ _ _ _!_

(J
NA

Fig. 7.3q- Esforço de flexão e reação do terreno


t' ·-·-r
7.2.4 - Torção
Fig. 7.6 - Ação.do empuxo
Tem a tendência de ,.-.forcer a es t ru t ura segundo um eixo
vertical, provocando compressões e descompressões diferenciadas no Relação entre solicitações do sistema, x reações do
terreno (Fig. 7.4).
terreno:
A - Cargas ve_rticais - Peso próprio (condutores, cadeias de
isoladores, equ~pamentos eletromecânicos, torres, estruturas de
fundações), sobrecargas (acidentais, de montagem e de manutenção):
Simétricas quando este conjunto de forças tem uma

Fig. 7.4 - Esforço de torção e reação do terreno resul lante coincidente com o eixo que passa pelo CG {Centro de
Gravidade) da fundação, provoca no terreno urna compressão uniforme.
\
7.2.'5 - Cisalhamento !... ·Assimétrica - quando este conjunto de forças é assimétrico
em relação ao eixo que passa pelo CG da fundação, provoca no
Tem a tendência de arrastar a fundação, provocando o terreno uma compressão não uniforme, que pode ser interpretada como
deslizamento de camadas-- do terreno (fig. 7. S). uma flexo-compressão (uma compressão uniforme combinada com uma

------~'------
flexão).
- Empuxo - dependendo da geometria da fundação este esforço
Fo pode provocar na estrutura da mesma uma descompressão uniforme ou
.)
flexo-descompres são.
J Tensionamento dos condutores,
B Cargas horizontais
J Fig. 7.5 - Esforço de cizalhamento do terreno variação de tensões devido a variações de temperaturas, ação de
)
~
449
::r:,
:.]
448 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações
'.J
ventos, sobrecargas de montagem, rompimento de condutores, etc. 7.3 - NOÇÕES DE GEOLOGIA ~)
Solicitações que atuam em um plano horizontal e podem ser :'l
Como, praticamente, todas as fundações das estruturas
longitudinais, transversais ou oblíquas em relação à L.T. ::_)
de uma L.T. são assentadas em terrenos de características
- Vãos alinhados: variáveis, algumas são executadas externam~nte à superfície, outras
J
,_ - Esforços horizontais simétricos em relação ao plano
1 nas camadas superficiais e outras ainda em camadas profundas do
~)

vertical do eixo da linha, mas assimétricos em relação ao plano terreno, sempre com a finalidade de fazer com que o solo suporte
C)
f vertical perpendicular ao eixo da linha: provocam um esforço de seja capaz de realmente suportar, sem rompimentos, os esforços J
)
flexão na fundação, no sentido do eixo da linha. 1 solicitantes da fundação.
- Esforços horizontais anti-simétricos em relaçãO ao ' Ê então, de suma importância, que o projetista das ~)

eixo da li~ha: provocam urr, esforço de torção na fundação, segundo


1-· fundações de uma L. T. tenha conhecimeµtos básicos· ·de geolo~ia, que :J
o eixo vertical da estrutura.
i saiba identificar os vários tipos de "solo.s", que saiba interpretar \ __)

os resultados de sondagens, etc. Quando a situação for bastante


- Vãos desalinhados: específica, consultas a um engenheiro geólogo devem ser feitas.
- Esforços hor:zont~i's simétricos em relação aos planos
verticais dos eixos da linha, mas assimétricos em r-elação ao plano
7.3.1 - Tipos de terrenos de fundações
vertical bissetor do àngulo interno da linha: provocam um esforço
de flexão lateral na fundação.
Dependendo das composições mineralógicas e das formas
Esforços horizontais antis'simétricos: provocam
esforços de flexo-torção na fundação, no plano bissetor do ângulo
construtivas dos "terrenos", estes recebem várias denominações, c.·J
interno da linha.
cada uma engloba um conjunto específico de características e ()
!'..,, - Esforços horizontais assimétricos: provocam esforços
propriedades. '.)
de flexo-torção na fundação, na direção do ângulo interno da linha a - Rochas - são os materiais duros, compactos e consolidaàos, ~)

constituídos por uma ou mais espécies de minerais, formando volumes (j


C - Cargas de arrancamento - São cargas atuantes na vertical, .\
porém no sentido de baixo para cima (ancoragem de estais ou
definidos da crosta terrestre. ;J
estruturas no fundo de depressões do terreno):
Quando as rochas são constituídas por agregados de um J
Estruturas de ~ncoragem: nestas estruturas, e nestas
só tipo de JUineral, dizemos se tratar de rochas simples, (por :J
exemplo: mármore-CaC03, quartizito-Si02). As rochas são ditas )
condições, os esforços de compressão são substituídos por esforços
compostas quando constituídas por agregados de mais de. um tipo de )
de tração nas estruturas de fundação, dando a tendência de um
mineral, (por exemplo: granito-quartzo/feldspato/mica) )
arrancamento das mesmas.
Dependendo de suas gêneses, as rochas são classificadas )
- Ancoragem de estais: blocos de ancoragem normalmente são
em: .)
tracionados segundo os eixos dos estais, como conseqüência
- Magmáticas - originadas do resfriamento e consolidação do
transmitem esforços combinados de tração e cisalhamento ao terreno )
magma.
circunvizinho. J
)
,::;.-.
451
Fundações
450 Projetos mecánicos das linh?s aéreas de transmi'ssão

menos difere nciada s, desde a rocha sã até o produt o


mais ou
-Sedim entare s - origin adas pela ciment ação e conso lidaçã o de
(Fig. 7. 7).
do transp orte superf icia_l e final de decom posiçã o, o solo residu al
depós itos sedim entare s, que por sua vez se origin aram o e não
Solo residu al - é a camada mais super ficial do terren
de produt os de decom posiçã o de outras rochas .
urais e/ou mostra mais nenhum a relaçã o com a rocha Origin al
- Metam órficas - origin adas pelas altera ções estrut da rocha
, pressã o e - Solo de altera ção de rocha - ainda mostra eleme ntos
miner alógic as de outras rochas sob a ação de tempe ratura ainda não decom postos , linhas
origin al, grânu los miner ais
soluçõ es químic as.
estrut urais, etc.
São mater iais prover iientes da meteo rizaçã o de pedras são volume s
b - Solos - Blocos de rocha, matacõ es e
pela ação de agente s físico s, químic os ou devido à sua maior
rochas origin ais, reman escent es da rocha origin al, que
biológ icos. ainda não foram decom postos e sobram imerso s nas
resist ência ,
Com a degene ração da rocha origin al, decom posiçã o
u camada s superi ores de solos.
mecân ica, os produt os finais ou (estru tura
químic a ou desagr egação - Rachá aletra da - guarda aspect o da rocha origin al
classi ficado s, de acordo com a ores à matriz ,
interm ediári os podem ser
e compo sição), mas com dureza e resist ência inferi
granul ometr ia result ante, em: por exemp lo o saibro .
Blocos diâme tros superi ores a 1 metro - Rocha sã - é a própri a rocha ainda inalte rada.
- Matacõ es - diâme tros entre 1 metro e 25cm. b.2 Solos transp ortado s também chamad os de solos
- Pedras - diâme tros entre 25cm -e 7, 6cm. sedim entare s, são aquele s em que os produ tos origin ados pela.
- Pedreg ulho ou Cascal ho - diâme tros de 7,6 a O,Scm decom posiçã o da rocha origin al são transp ortado s
e deposi lados ém
- Areia grossa - diâme tros de 5 a 2mm outros locais , forman do depós itos mais fofos -é menos
conso lidado s
- Areia média - diâme tros de 2 a 0,4mm que os solos' residu ais.
- Areia fina - diâme tros de 0,4 a 0,05mm do meio de transp orte, locali zação -
_Dependendo
- Silte - diâme tros de 0,05 a 0,005mm geogr áfica ou-~omposição, estes solos são chamad os de:
- Argila - diâme tros inferi ores a 0,00Smm Solo aluviã o são sedime ntos transp ortado s por cursos
e margen s dos
Depend endo das posiçõ es geográ ficas dos corpos de d' água e, acumu lados ao longo do tempo nos fundos
1' \
solos, estes se classi ficam em: mesmos.
ram nos
b. 1 - Solos residu ais - são os solos que se encont
locais origin ais das rochas matriz es, isto é, as
.rocha s foram
Solo

Solo de
Residuol

A!terocã' o de
i
!
) meteo rizada s e os produt os não foram transp ortado s. R ocho

) t regra que toda rocha forma um solo residu al, a Blocos, Motoc:ões e Pedras

miner alógic a
) compo sição deste é_ função direta do tipo e compo sicão
Dec:omp osicõo
origin am solos F<ocho I
) da rocha mãe. Assim os basalt os, filito s e calcár ios
granit o origin a
argilo sos, o quart izito origin a um solo arenos o, um Rocl'lo Sã
)
um solo areno -argil oso, etc.
•) uma Fig. 7 ._7 - Camad as do solo
Na meter ioriza ção da rocha origin al, não existe
m, sim, camada s
suuer fície nítida que separa o solo da rocha. Existe
453
Fundações )
Projetos mecâni cos das linhas aéreas de transmissão
452
de petró leo, prosp ecção )
do levan tamen to, quE: pode ser: explo ração
solos típic os de bacia s plana s, a ou inves tigaç ão para J
Solos orgân icos de mine rais, prosp ecção de água subte rrâne
marg inais de rios e litorâ neas , onde os )
depre ssões , baixa das grand es proje tos de enge nhari a civil .
inclu i grand e quan tidad e de maté ria ~ efetu ados atrav és de )
sedim entos trans porta dos Métod os diret os ou mecâ nicos
orgân ica. perfu raçõe s e sonda gens do terre no, norma lJ!len te se utiliz am da )
situa dos junto a eleva -
- Solos coluv iais - são depó sitos
retir ada de amos tras, que, se não inter preta das "in loco" , devem )
escar pas e enco stas do relev o, e cuja desag regaç ão mecâ nica emba ladas e trans porta das o mais rápid
o )
ções, ser conve nient emen te
onais . Norm almen te são solos para a deter minaç ão
tem como orige m princ ipal as força s grav itaci possí vel ao labor atóri o de mecâ nica dos )
zame ntos. final idade s de: extra ção de
incon siste ntes, perm eávei s e sujei tos a desli de suas cara cterí stica s. São usado s com )
exemp lo típic o são as dunas , que se ), venti lação de minas ,
Solos eólic os maté ria- prima (ág'ua , petró leo, gás, ... )
movimentam sob a ação do vento . geoló gico do subso lo,
rebai xame nto do lenço l freát ico, mapea mento )
- Solos ~oncrecionados - são os solos que, após sedim entad os,
com conse qüent e deter mina ção das quali dàde
s geoté cnica s do mesmo.
)
inas,
são cimen tados por infil traçõ es natur ais: soluç ões alcal Quan to às forma s de escav ação, estes métod os se
)
argil osas , comp ostos ferru ginos os, etc. class ifica m em: )
grand e quan tidad e de
e - Turfa s - são solos comp 9stos por - Manu ais )
o alve: olar, , encon tram- se
mate riais carbô nicos e orgân icos. Í1o estad - Mecâ nicos
em um mate rial .fofo , não de poços , )
norm almen te em zonas panta nosas , compõ Os métod os manu ais consi stem na abert ura
sempr e )
plást ico e comb ustív el. ou furos cilín drico s (trad o manu al),
trinc heira s
tria basta nte' fina e das ou ,fura das e colet ando
)
d - Beton i tas - são argil as de granu lome ident ifica ndo no local as camad as rasga
vulcâ nicas . .)
origi nada s da alter ação quim ica de cinza s amos tras a cada metro de profu ndida de.
artif icial ment e com picar eta), as )
e - Aterr os - são depó sitos const ruído s Os poços são abert os manu almen te (pá e
qualq uer tipo de solos ou entul hos. as mecâ nicas e rasgam o )
trinc heira s podem fazer uso de escav adeir
)
solo em grand es exten sões.
usado ncs
7.3.2 - Sonda gem Dos ffiétod os manu ais, o mais indic ado e J
·\ que
levantam~n.tos para uma L.T. é .o "Irad o Manu al", Fig. 7.8,
•J
da supe rfície e uso de cavad eira rotat iva )
Uma inves tigaç ão das quali dade s cons iste em abrir um furo cilín drico , com
carga (obra de a 6". O acion amen to de um
subso lo, no local de assen tamen to de uma (trad o) de diâm etro variá vel entre 2,5° .)
das quali dade s rios, atrav és de um cabo
enge nhari a), é nece ssári a para a deter mina ção trado é feito norm almen te por 1 ou 2 operá )
ções, para um perfe ito e fe.ita s de cano galva nizad o
geoté cnica s do "terre no" supo rte das funda em T com exten sões de 1, 2 ou 3 metro s, )
to é fácil , e a cada 5-6
adequ ado dimen siona mento das mesm as. 3/4", e emen dados com luvas . O acion amen )
to, da prec i- rga do mate rial escav ado,
Depen dendo da final idade do levan tamen volta s o trado é retir ado para desca .)
terre no, vário s métod os muda nças de camad as, etc,
são, das quali dade s e cara cterí stica s do quand o a profu ndida de, tipo de mate rial, ._)
para terre nos comp actad os,
são dispo nívei s: são anota dos. O métod o não se prest a
_)
no é incon siste nte (tipo
métod os Varia dos, endu recid os, pedre goso ou quand o o terre
- Métod os indir etos ou geof ísico s - são
e escol hidos em funçã o da final idade
i .J
. ·1
h:=c:,:;-?dnS" el"'i TT1edidas físic as,
------------
454

- - - Cabo
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
r Fundações

abundância, quer seja para amolecer o fundo da sondagem, quer seja


455

para transportar o solo escavado na forma de lama, quando então a


sondagem é denominada de
11
sondagem a jato d' água". Neste caso a
- Luva de Emenda
camisa é cravada por p-ercussão e o solo· retirado por desagregação
-Extensão
mecânica sob a ação de jatos de ·água, na foT-ma de lama, que reflui
entre o tubo de injeção e a camisa.
Na sondagem a jato d'água, a amostra é retirada
- Cavadeira
cravando no fundo do furo um amestrador padrão, (tubo cilíndrico de
,diâmetro interno de 1" e externo de 1 s;a"), através de um peso
Fig. 7.8 - Irado manual padrão (65 kg), càindo de uma altura padrão (75cm). A- cada lScm de
penetração, é anotado o número de golpes necessários, até a

areia) e o lençol freático é atingido. Em terrenos ideais, a cravação total de 45cm, quando então o amestrador é retirado e

profundidade de 10-15 metros são atingidas com facilidade. submetido a ensaios de laboratório.
descrições Na sondagem S.P.T. (Standard Penetration Test), a
Os resultados das sondagens a trado,
amostra é retirada em condições semelhantes·, porém com outros
geológicas das camadas, devem ser,Íeitas no campo, ao final de cada
perfuração, e apresentados em forma de tabelaS ou perfis valores padronizados : peso de 65kg, altura de queda de 75cm, porém
individuais. conta-se apenas o número de golpes necessários para a cravação dos
Existem trados de acionamento mecânico, po~ém mais últimos 30cm do total de 45cm cravados.
aumentando os custos de sondagem, Em ambos os casos (jato d' água e S.-·P. T.) a contagem do
equipamentos são necessários,
sendo então preferível optar por métodos mecânicos de percução. número de golpes necessários para cravar os 45cm do amestrador no
Os métodos mecânicos, que se subdividem em "sondagem a material perfurado, nas condições acima descritas, é denominado de
percussão" e "sondagem rotativa", se identificam por usarem Índice de Resistência à Penetração ·cr.R.P. ). Este índice, quando
atinge valores má~imos preestabelec idos, indica a suspensão dos
equipamentos mecânicos especif icos (brocas, sondas, compressores ,
etc ... ) e tripés para sustentação e guia das brocas e sondas. Para trabalhos, na sondag'em em questão.
:' \
'-.__/
ambos os casos, o furo inicial da sondagem pode ser feito por trado Um terceiro tipo de sondagem a percussão é denominado
.) manual, para vencer as camadas superiores do terreno, próprias para de sondagem Borro, que consiste na contagem do número de golpes de
.j tal equipamento. um .peso de· 60Kg, caido de 75cm, e necessário para cravar
) inconsistente s, subiner- continuament e uma sonda de ponta, sem extração de amostra, com
As camadas duras, compactas,
) sas, etc, são atravessadas à percussão. Já as camadas rochosas são resultados anotados a cada 30cm de cravação.

_/
) . vencidas com sondagem rotativa, que por sua vez podem ou não Com base no I.R.P., é possível estimar as pressões
~
permitir a recuperação do testemunho (cilindro rochoso realmente admissíveis pelo terreno, podendo então fazer uso de tais valores !'
escavado). para os dimensioname ntos das fundações. 1
Na sondagem a percussão o furo pode ou não ser Como exemplo ilustrativo , o quadro a seguir mostra
encamisado (revestido por tubo de aço); sempre usa água em valores correlatos para argilas e areias.
1
. ,/
457
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações )
456
com o estado de )
Denomiriaçã o da rocha de acordo
consistênc ia pressão adm.
solo S.P.T. 2
(kg/cm ) alteração:
/compacida de
- - )
muito mole Grau de Alteração Estado da rocha
mole < 4 < 10 )
argila média 4 a 8 1,0 a 2,0 São Rocha inalterada
rija 8 a 15 2,0 a 3,5 )
Ligeiramen te alterado - Rocha com manChas alteradas
dura · > 15 > 3,5 )
fofa < 5 1, o a 1, 5* Medianame nte alterada - Faixas alteradas e faixas sãs
pouco compacta 5 a 10 l, o a 3,0* Material friável, com solo de
~)

areia 10 a 15 2,5 a 5,0* Muito alterada


compacta
> 25 > 5, o* alteração de rocha )
muito compacta
*Função da granulomet ria )
Regis~ro e apresentaç ão dos dados de sondagem
também denominada s de Métodos
)
As sondagens rotativas, Os dados e resultados dos levantamen tos das sondagens
)
Diretos para Imvestigaç ão de Rochas, permite a retirada de amostras devem ser .transcrito s e apresentadC >s em formulário s e tabelas
de grandes profundida des, constituin do o mais importante meio de
específico s, que permitem ao projetista das fundações urna rápida
J
exploração superficia l. interpreta ção.
Para este tipo de sondagem, faz-se necessário o uso de Fig. 7. 9 e Fig. 7 .10, )
Estes relatórios de sondagem,
todo um equipament o específico : tra-Pé, motor (elétrico, gasolina ou data, responsáve l, etc ... , )
além de informaçõe s de: obra, local,
óleo), bomba d' água, reservatór ios de água e de léima, _g_uincho, )
brocas de diâmetros variados, tubulações , cabeçote, tubos, )
jRESIST. PENETR~
barrilete, etc .... As brocas, quando em forma de coroa, penmitem a COTA TIPO DE SOLO
f'ERAt S p. T. )
~· OE 00'..PES
retirada dos testemunho s, que por sua vez dá informaçõe s do tipo da 80 ..,~ .)
O· 726.30 Are10 Mllidio e 10 20 )() 40 50 60 20 40 60
725.60 Siltoso Arniloso
rocha, posições de contatos das camadas, elementos estruturai s e
""'·"' ~9Ílo Siltoso Me'.di11 ,,,.,<_,,...r-+-+
IA I I
--t--t--1-t-+-t- t+-t-t-t-H )
estados do solo.
Tanto com brocas compactas ou em forma de coroa, a i' ~)
)

rocha é desagregad a por atrito e o material desbastado é retirado f
)
na forma de lama, pela injeção de água de refrigeraç ão, injetada \
pelo eixo da própria broca.
:
1 )

Classifica ção das rochas em funcão do número de "' :::.u--rcrr-m~~ t' )


... ··'i--+.c<'..::o;.-'--±-+-+-t++++t+t-H-1 )
fraturas por metro de testemunho :
N. 0
de fraturas Classifica ção da rocha
sa..ooe
(Silte RO~A: :·;~"ttj:Jt"'1j;;=!1$~~~~~
Al.T. com
oreno:o;i
mii;o e pedre9-1IMS
muito compa:to,
e: i n t o 1
: ::::·
;;:::-
• .". :_
"Q

b
: ::: ·~"r-+-+--t--t---'=H-+-H-t-+-t-t-+-1
l )
)

1 Ocasionalm ente fraturada


" ~:{Ú~:i---t--+--l-i1r:oc'.-,;",,,,.-t-H-t-ti-t--HM-1
1 a 5 Pouco fraturada
50/i5
11 )
6 a 10 Medianamen te fraturada )
11 a 20 Muito fraturada )
> 20 Extremamen te fraturada Fif. 7. 9 - Exemplo típico de folha de dados de uma ,)
sondagem a percussão
Blocos caóticos Rocha fragmentad a J
)
.) 458 Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão Fundações 459

informam para cada furo executado: as cotas, profundidades, nível Númerà e profundidade dos furos de sondagens
da água, tipo de solo, perfil geológico, granulometria do material
·_) São itens variáveis em função do tipo da. obra, e muita
escavado, número de golpes e resistência à penetração (para
economia pode ser f ei'ta com reconhecimentos prévios, com
sondagem a percussão) ou recuperação do material escavado e
observações superficiais ou consulta a mapas geológicos da região
diâmetros do furo (para sondagem rotativa). '·
a ser estudada.
BARRAGEM DE ILHA SOLTEIRA As sondagens para viabilizar -o projeto de fundações de
~ RECUPE.......,..
Carl NA DESCRIÇÃO DO W.TERI Al uma L.T. adotam normas que diferem daquelas adotadas na construção
=
,,,. ' 255075 10
de uma barragem, estrada, ou um grande edifício, pois
~ p

~! ..
-::.--. -'5 --~-
diferentemente de uma barragem ou estrada, que se assentam
. ;,.~
• h
~
:
...
.'
.,,
''•
/

:-:-
BASALTO VESICUL Afl
- ~
1
continuamente no terreno, uma L.T, embora seja uma obra de grande
extensão, assenta-se descontínuamente., no terreno,
são concentradas exatamente nestes pontos.
e as sondagens
' .
-:::i
1
ill :":' ~

·~· -. Quando uma L. T. atravessa uma região de topografia e


~ '.'
~ ...·,.: . geologia uniformes, os levantamentos são espaçados na média de 4 em

~
.
~
vv
vv
220) -
-
4 torres. Por outro lado, em regiões de topografia
geologia variável, faz-se necessário uma sondagem mais freqüente.
acidentada, ou

vv
) . vv
vv Mas quem realmente dita o número e profundidade da sondagem é. a
~ vv

-~
vv importância da estrutura em estudo, e esta i~portância é definida
vv (~
vv
~. v.v pelos esforços que serão transmitidos ao solo.
vv
n BASALTO r As sondagens Borro, por serem de baixo custo, podem ser
1 ~ "'
vv
vv
MICROCRISTALINO
COMPACTO 1 executadas para ~odas as torres de uma L. T. , e quando impe_netrável
1 .
. vv
vv ~

além de 3 metros rio-. piquete central, deve ser repetida para cada pé
~ Vv ' ~

1 Vv
V V da estrutura. Normalmente, considera-se impenetrável quando são
yv
1 ~
.
n necess~rios 50 golpes ou mais para penetrar 30crn.
~ ~·.co
.
•;·.
'/··
' ::i l As sondagens S.P. T., segundo a norma MB-1.211/79 da
~:~~.
!@:
~.-::.
BASALTO VESICULAR
1
! ABNT, são indicadas para todas as estruturas fim-de-linha,
l
w f&' COM ARENITO
! ancoragens, ângulos e travessias. Para trechos uniformes de terreno

1
_i[
\l'
.
I.<!."
'
~
·:·.: ""
,., BASALTO VESICULAR

!55
'
- j

'
~
e topografia,
levantamento,
recomenda-se o espaçamento de 5 a 10 torres para o
no entanto, nunca se deve desprezar nas estruturas
~;';
:::r •
~

1
J:j
. 1
~ .....
~~1::
·':"-
BASALTO VESICULAR
Ca.< ARENITO

1
assentadas em aterros, fundos de vales,
locais com lençol freático a pouca prOfundidade (até 2 metros para
e encostas íngremes, ou

~(
L. T. de tensão inferior a 230kV e 3 metros para L. T. de tensão
Fig. 7.10 - Exemplo tipice de folha de dados de
sondagem rotativa superior a 230kV.
' )1
jl 1 1
e. J
/
/ 461
1 '>_-
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações
460

ataque por bactéri as e microor ganismo s. Embora tenha apenas


As sondage ns rotativa s são program adas para fundaçõ es
qual idades que a indique para tal uso, seu emprego é altamen te
_$
específ icas, tais como: grandes travess ias, ancorage m e )
ento antieco lógico, pois trata-se de madeira . só consegu ida graças ao
fim-de - linha. Nem sempre são executa das em locais de· afloram )
desmate , mui tas das vezes ilegais , de·\. floresta s naturai s, pois
rochoso ou rochas a pouca profund idade. É comum o uso dos furos de é cultivad a em )
sendo uma árvore de crescim ento lento~ não
ancorage m de blocos, como dados para a avaliaçã o das qualida des da )
reflores tamento s.
rocha existen te. substit uir as de )
Madeira s não de lei podem, e devem,
A determi nação do nível do lençol freático não é a cota
lei, porém com alguns cuidado s. As mais utilizad as nesses casos são )
do encontr o com a água, mas sim a cota do nível da água medido
água ,alguma s espécie s de eucalip tos (citriod ora, poliptic ornius e alba), )
depois de um tempo de estabili zação de pelo menos 1 hora. A
espécie s de alta resistê ncia mecânic a, fibras entrelaç adas, )
encontr ada deve ser quimicam ente analisad a para comprov ar sua não
bastant e cerne e pouco albume. Qualque r que seja a espécie , deve )
agressiv idad@ aos materia is utilizad os nas fundaçõ es. as
ser tratada e impregn ada de substân cias química s que lhe a'"umente .)
resistên cias mecânic as e aos ataques bioquím icos e do intempe rismo. )
A grande vantagem do uso do eucalip to é que, por ser
)
7.4 - MATERIAIS USADOS EM FUNDAÇÕES de espécie s
urna árvore de crescim ento acelerad o, o plantio
)
É relativa mente pequena a quantida de,.' de materia is adequad as em condiçõ es ideais dá retorno relativa mente rápido,
e
)
disponí veis e realmen te usados na execuçã o das fundaçõ es das L.T
.. peças retilíne as com até 20
com possibi lidade de se consegu ir )
Consta basicam ente de : aterro, madeira , aço e concret o. metros de comprim ento e diâmetr os variado s. Os troncos devem ser
Alguns dos materia is são usados na confecç ão\ de peças descasc ados logo após abatido s, os extremo s ctntado s com arame
de
)
estrutu rais da fundaçã o, é o caso do aço, do concret o armado e até aço para evitar rachadu ras longitu dinais, e então tratados com
mesmo da madeira . Já o aterro e às vezes o próprio concret o são óleos especia is em autocla ves de alta tempera tura.e pressão . Isto
.J
.)
usados simplesm ente para aumenta r o peso sobre a estrutu ra da tudo, adequad amente executa do, permiti rá ao poste ou contrap oste
no terreno , fazendo do pé a própria fündação da .)
fundaçã o. ser "plantad o"
estrutu ra.
)
1'\ Tanto o eucalip to devidam ente tratado , quanto as )
i
7.4.1 - Madeira
madeira s de lei usadas como estrutu ras da L. T., têm alta )
resistên cia ao ataque bioquím ico do solo na parte enterrad a, esta .J
A madeira ser usada nas fundaçõ es de uma L. T.,
po~e 1
resistên cia sempre é proporc ional ao índice de umidade do terreno, )
tanto quando sendo o pé de um poste ou contrap oste da linha, -como
de chegand o a .ser ideal o uso da madeira em regiões pantano sas. 1 )
também fazendo papel de âncora nas ancorag ens e estaiam entos
o problem a crucial do uso da madeira como
estrutu ras. Um caso de uso de madeira , não comum, mas possíve l )
o
estrutur a-funda ção, é a secção transve rsal entre elas , pois é .J
para fundaçõ es, é usá-la como estacas em regiões pantano sas.
local mais sujeito tanto ao intempe rismo, quanto ao ataque
1!
Para qualque r caso de uso, a madeira deve ser de lei, l
)
que é uma madeira bastant e dura, densa, bioquím ico.
por exemplo a aroeira ,
vulgarm ente
0
O uso da madeira como âncora, (toras
resiste nte ao intempe rismo, fibras entrelaç adas, e de .difíci l J
1 )
462 Projetos mecânicos das lif}has aéreas de transmissão Fundações 463

denominadas de "morto" - Fig. 7.13), é altamente vantajoso em com base concretada. Nestas condições, é necessãrio que o aço seja
relação ao concreto, ·pois a madeira além de ser de menor densidade, galvanizado ou seja de alta resistência à corrosão.
dispensa cuidados no manuseio, por ter alta resistência ao choque - Stub-cleat - São peças estruturais que ancoram a torre no
mecânico. Estas vantagens são niul tiplicadas quando a ancoragem é concreto ·cta fundação (fig. 7 .12). São· executados com cantoneiras
executada em terreno úmido ou pantanoso, quando então as condições que devem ser galvanizadas.
de preservação da madeira se tornam ideais.
l
Estacas de madeira tem vantagens no transporte e
manuseio, porém devem ser de uso restrito às fundações de
estruturas de suspensão, devido as dificuldades da transmissão de
esforços diferentes dos de compressão entre estaqueamento' e
sapatas. tiSeu uso deve ser restrito, quando totalmente cravadas
abaixo do' lençol freático e evitado para terrenos secos. Fig. 11 -·Instalação

7.4.2 - Aterro
/_-

"f Normalmente executado com o próprio máter::ial escavado


para a execução da fundação, trata-se portanto de material inerte,
que contribui apenas com o peso próprio sobre a estrutura da
fundação, contrapondo assim aos esforços de arrancamento (tração).
Os aterros devem ser feitos em camadas finas, umidecidas,
compactadas e apiloadas. Cleats

Sua aplicação direta se dá nos pés de· postes (madeira,


concreto ou metálicos), no aterro de cavas de sapatas e grelhas
)
metálicas, bem como no reaterro de âncoras (madeira ou concreto) e
\
'1 '
/
)
blocos de ancoragem. DETALHE
.)
) Fig. 12 - Stub-cleat
\ 7.4.3 - Aço
./ .

Sempre usado como elemento estrutural das. fllildações, o Hastes de âncora: são peças que trabalham à tração e
aço permite várias modalidades de aplicações: que ancoram os cabos de estaiarnento nas âncoras ou blocos de
.J .- Pé de poste - estruturas· tubulares ou perfiladas usadas como ancoragem. Normalmente são executadas em vergalhões galvanizados,
..) suporte de linha (postes tubulares, treliçados ou mesmo trilhos de providos de rosca, arruela e. _,porca em um dos extremos e olhal no
.) linha férrea_) são plantados como postes,. <li.retamente no solo, ou outro (Fig. 7.13).
)

'c'J... _____.J
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações 455
464

Peças para ancoragem em rocha: chumbadores, parafusos,


Olhal
buchas de expansão, etc. . . (Fig. 7. 16), são peças executadas em
.-),
aços especiais de alta resistência mecânica e à corrosão, usadas
Ã.ncora exclusivamente na ancoragem direta de ·e.struturas em rocha sã.
Ver9olhÕo )
')
Porco " )

Concreto
1
:).
ou E poxi
Fig. 7.13 -Âncora e haste de âncora 1
1
Bucho '
1
)
Grelha - são estruturas construídas com perfilados de
Pino
'
1 )
aço galvaniz~do (Fig. 7.14) e servem de suporte aos pés das torres, ChumDcdor 1
Sue ho
•• eiponscio
·1 ~)
com a finalidade de absorver esforços de tração ou compressão. DETALHES
' .
)

Pii dQ estrutura _JLJLJLJLJLJLJL )


Fig. 7.16 - Ancoragem em rocha )

Gre 1h a
.JDDDDDDC
1nnnnnn1 7.4.4 - Concreto
)

Fig. 7.14 - Grelha )


O concreto pode ser amplamerlte usado como peças
\ )
estruturais, como mostrado na Fig. 7.17. Pode ser armado, ou
Estacas - Executadas com perfilados de secção reta de
simplesmente como ente criador de peso sobre a estrutura da ')
grandes momentos de inércia, aços de alta resistência à corrosão, e )
fundação, quando então a armadura tem importância secundária e o
cravadas por percussão, até terrenos mais resistentes do que as
concreto pode mesmo ser ciclópico. )
camadas superficiais. Fazem a transição de esforços de tração ou
Algii,mas peças de concreto são pré moldadas: caso àos )
compressão entre blocos de fundação e terreno profundo e resistente /\
postes, (plantados em buracos reaterrados ou concretados), ou )
(Fig. 7.15)
estacas (cravadas à percussão), ou ainda âncoras de estaiarnento. 1 )
- - - - - - - Nivel do Terreno A grande maioria das peças de concreto são fundidas "in 1 )
loco", é o caso das peças de concreto das estacas franklin, _)
----Sapata
estascas strauss, sapatas, blocos de fundação, blocos de ancoragem,
1 )
_,___ _ _ _ Estocas
Para qualquer que seja o material empregado nas )
fundações, desde que sujeitos ao nivel do lençol freático local, ou 1 J
ao intemperismo aéreo, cuidados especiais devem ser tomados. Assim:
J
- Estacas de madeira. _ou concreto devem ter preferência em
)
Fig. 7.15 - Estacas regiões pantanosas.
.)
)
467
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundaçõe~
466

técnica. Dependendo das soluções adotadas pelo projetista na


Bloco de concepção do projeto, ou mesmo de imposições do próprio projeto das
Sopa to Fundocõo
fundações das estruturas de uma L.T., elas podem ser divididas nos
~-~-- -~-- seguintes tipos estruturais:
- Fundações simples
Bloco de Poste à n e oro
cincoro9em
- Fundações fracionadas
1 Fundações de estaiamento
1
1 - Fundações especiais.
1
1
Brocas i
Tu DU 1ão _ _ _ _ _ _ ___, 1

Esfo cos
! 7.5.1 - Fundações simples
1 u -;.
São as fundações de estruturas constituídas por postes
Fig. 7.17 - Peças de concreto
(concreto, madeira ou metálicos) únicos ou duplos, ou mesmo por
torres treliçadas, esbeltas, de pequenas dimensões de base. Nesses
- Peças metálicas não devem ~ér usadas quando sujeitas a ação casos, cada torre ou poste tem uma estrutura de fundação que é
de marés ou maresias. única e dimensionada de acordo com carga a suportar e
- A madeira não deve ser utilizada fora do lençol freático características do terreno (fig. 7.18).
- O concreto armado, quando usado em locais úmidos, pa.ntanosos
ou agressivos, deve ter um recobrimento mínimo de 3cm. Pe's d e
~Tcrre .....
- Em peças metálicas de fundação de estruturas de L. T. com ,,.

-\ -
1
cabo pára-raio aterrado, deve-se ter precauções extras contra a '
corrosão galvânica.
- Uma análise química da água do lençol freático, quando
----~IUI \
atingido pela fundação, sempre deve ser feito.para prever possíveis Se p t1 t t1
, \ .
agressividades. Plcritiio ele Poste :
~Tut>.ilÕc

- Enxurradas devem ser desviadas das bases das estruturas,


principalmente dos aterros que funcionam como pesos na~ fundações.
Fig. 7 .18 - Fundações simples

7.5 - TIPOS ESTRUTURAIS DE FUNDAÇÕES 7.5.2 - Fundações fracionadas

Raramente a fundação de uma estrutura de uma L.T. tem Quando as torres da L. T. têm grandes dimensões e os

alternativa única de solução. Pode existir uma.solução mais prática afastamentos entre os montantes da base são consideráveis,

ou econômica do que outra, mas sempre existe mais que uma solução dependendo. das qualidades do têrreno, é mais econômico e, portanto,
/
/'',.' ·---
459 )
l'r°
1 468 Projetos mecãnicos das linhas aéreas de transmissão Fundações

1: i
!
indicado, dimensiona r as .fundações particularm ente para cada apoio Algumas são classifica das de especiais, devido à
)
1
no terreno. Assim cada pé da torre tem sua fundação própria, importânci a da estrutura (travessia s, ângulos, fim-de-lin ha, etc),
1

-)
podendo mesmo ter diferentes formas construtiv as entre si para uma outras tem tal classifica ção devido às caracterís ticas geológicas
)
mesma torre, e executadas em posições topográfic as dependente s da do local, ·outras ainda pelas dificuldad es de execução ou mesmo de
)
1 topografia do terreno na base das mesmas.
Outros tipos de estruturas que forçam o uso de
acesso, e te ...
l
Por exemplo:
logo )
fundações fracionada s são as estruturas não autoportan tes, - Em uma L. T. com 120 estruturas , das quais apenas 3 são
uma fundação central )
estaiadas. Essas estruturas exigem executadas em rocha, estas serão classifica das de especiais, pelo
à compressão para os pórticos e fundações isoladas )
dimensiona da menos para para ~ssa linha.
1 para as ancoragens dos estais.
230KV que alimenta Belém do
)
- A fundação da torre da L. T.
)
no meio do Riêl Guamá, é especial pelas
Pará, executada
)
7.5.3 - Fundações de estaiamen to caracterís ticas do rio, que, além de ter urna corrente de alta
.l
velocidade , tem marés nos dois sentidos, dependendo da hora local.
São fundações destinadas a ancorar os cabos de estais )
Outras torres da mesma linha, implantada s nas margens dos rios
' )
de estruturas não autoportant es,-·- ou absorver esforços laterais em Guamá e Acará, são igualmente classifica das de especiais, por terem
estruturas semi-rígid as em ângulos de uma L.T. (Fig. '7.J.9). )
sido de acessos extremamen te_ difíceis, resolvidos com a construção
)
de mais de 6.000 metros de passarelas de madeira.
- - - . - Esforco horizonfal )
)
Cabo de Estai >---Estru tura
7.6 - TIPOS CONSTRUTIVOS DE FUNDAÇÕES )
)
sempre ser possível ter mais de uma alter-
Além de J
nativa na concepção da estrutura de uma fundação, sempre temos
_ _ _ _ ...,__ NT )
tambérn1~'a.is de uma·· forma construtiv a para a mesma. )
Bloco de Ancoraoem Ao pasSo que o tipo estrutural das fundações tem fortes )
.1
adotadas para a
influência s das dimensões e tipos de estruturas )
Fig. 7.19 - Fundações de a~coragem
L.T., o tipo construtiv o das fundações é praticamen te definido pela
J
geologia local. )
7.5.4 - Fundações especiais Basicamen te existem os seguintes tipos construtiv os de )
fundações para L.T.:
São fundações que fogem à regra da grande maioria das "Plantio de postes"

fundações das estruturas de urna L. T., ou mesmo de um trecho da Fundações em grelhas )


- Fundações em tubulão
linha. J"
- )
.:-1
470 Projetos mecânicos das linhas a.éreas de transmissfio r· Fundações

Para esforço s compres sivos nas bases dos postes,


471

Fundaçõ es em sapatas de concreto


- Fundaçõ es estaque adas 1: superio res à resistên cia do terreno , lança-s e mão da concreta gem
dos fundos dos furos, que equival e a um aumento da bases dos postes
~
- Ancoragem em rocha
1 {Fig. 7. 20). Esforço s laterai s e/ou transve rsais normalm ente são
.) Assim, para explica r as alterna tivas constru tivas para i absorvid os por estaiam entos. Sempre que ~O~sivel, as fundaçõ es de
-) uma fundaçã o simples , ela pode ser simplesm ente um poste cravado no
1
"postes plantad os 11 trabalha m exclusiv amente à compres são.
1
'
) terreno , como pode ser uma única grelha de aço, ou um único tubulão Alguns casos de impossi bilidade do estaiam ento direto
) para o engaste do poste, ou uma única sapata de concreto que pode da estrutu ra, o uso de um contrap oste pode resolve r a situação
) ou não ser estaque ada, ou finalme nte uma estrutu ra ancorad a numa 1 , (Fig. 7.21). A fundaçã o de um contrap oste segue as mesmas regras da
?
) superfí cie de rocha sã. A alterna tiva escolhid a será definid fundaçã o de um poste .
.) principa lmente pelas caracte rísticas locais do terreno.
ij
)
." :;,,;::- - --NT

J 7.6.1 - "Planti o de postes"


~
) ~Reaterra
J
estrutu rais
t: errônea a idéia de se pensar que "postes" são peças
apenas para linhas de distribu ição. Temos muitos 1
i!li

exemplo s de L.T. executa das com posteam ento de madeira ou concret o,


por exemplo L.T. de 69 e l38kV da CPFL e de até SOOkV em L.T. nos Fig. 7.20 - Base concreta da
' )
.
EUA, executa das com postes de madeira .
Quando se refere ao "plantio de postes" , não signific a
)
que cada estrutu ra da L.T. seja um poste único. Existem L.T.
)
executa das com postes em que alguns ou todas as estrutu ras são
.J postes duplos ou mesmo quádrup los. Nestes casos, cada poste
)
compone nte da estrutu ra é cravado independ entemen te no terreno .
Es !O'

) Embora os projeto s e execução de linhas de distribu ição Cont r'o - Poste


) de tensões inferio res a 34,SkV, já sejam
e subtrans missão, / p os 1 ~

) normali zadas e tabelad as, e mesmo conside rando-se .que tensões


(
-( inferio res conduzem a estrutu ras e vãos menores , conseqü entemen te a Fig. 7.21 - Contra poste
estrutu ras de fundaçõ es menos solicita ntes e menos robusta s, as
\
- __,,!
implanta dos em faixas estreita s ou
fundaçõ es das estrutu ras sempre são executa das com os mesmos Para postes
materia is, com as mesmas técnica s e cuidado s. margean do vias pública s, quando estais laterai s são impossiv ei.s
O plantio de postes, sejam eles de concret o, aço ou mesmo com uso de contrap ostes, as fundaçõ es devem ser adaptad as
madeira , consiste em engasta r os pés dos mesmos em um furo para absorve rem esforço s l.~terais da estrutu ra, que tendem ª
"cilíndr ico" aberto no terreno . provoca r flexões laterais. _·nas fundaçõ es.
473
472 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações

Pequenos esforços de flexão são normalmente absorvidos -FH


pelo terreno. Os limites admissíveis são funções das
i-~- Poste
características dos mesmos.
As formas de
esforços de flexão presentes são:
capacitar as fundações de postes aos 1
. '
i --- Ili
~""'"' • 1---- FH

- Aumento da profundidade de engastarnento


conseqüentemente aumenta as áreas do terreno sujeitas aos esforços
compressivos (Fig. 7.22).
que

l •.--. .
lmlm.}. .
Fig. 7. 24 - Uso cie "morto"
L "º''º
+l__= '"•"'º'
Estruturo
Morto Inferior

7.6.2 - Fundações em grelhas

São fundações rasas com profundidades de 2 a 4 metros,


ou si 1 tosas, porém
indicadas para terrenos· arg1· 1 oso s , arenosos
com a profundidade, e com
Fig. 7.22 - Aumento de profundidade secos e com resistência crescente )
Executadas em
possibilidade de serem escavados a céu aberto. )
· d o, material idêntico ao da estrutura da
perfilados de aço ga 1van1za
- Concretagem da base dos postes (Fig. 7.23), que virtualmente )
de serem compradas em conjunto único
é encarado como um aumento do diâmetro do pé do poste e própria torre, têm a vantagem )
conseqüentemente da área de contato entre o mesmo e o terreno. - estrutura da torre e da fundação. )
Podem ser construídas na forma de tabuleiro ou grelha
)
de onde sai uma perna de comprimento ajustável e na direção do
J
Poste
~ º---- Normal
montante\ da estrutura da torre; ou na forma piramidal, quando a
perna, l a~ém de ser ".direcionada com o mantante da torre, nasce no
)
)
Concreto-O vértice da pirâmide)e aponta o centróide da base. No primeiro caso,
B. Concret.
a grelha é do tipo "membro edi"ficado" e, no segundo
caso, é o tipo J
Reações do terreno
"piramidal", (Fig. 7.25). J
Fig. 7.23 - Concretagem da base do poste Em ambos os casos, os esforços de compressão são )
transmitidos ao solo pela superficie de contato da grelha com o )
- Uso de "mortos" (Fig. 7. 24), peças prismáticas de concreto mesmo; 05 esforços de tração são compensados praticamente pelo peso .J
armado ou madeira, enterrados horizontalmente junto ao pé dos do solo sobre a grelha, que pode ser considerado como o peso do ~)
postes, do lado do terreno comprimido, dissipando assim os esforços volume de um tronco de pirâffiide,,cuja base menor é a própria grelha ,)
de compressão por uma região maior do terreno. e a inclinação lateral dada pelo "ângulo de talude" do terreno, que ..)
)
474 Projetos mecânicos das llnhas aéreas de transmissão Fundações 475

7.6.3 - Fundações em tubulão

------------ ---NT
Embora existam tubulões de apenas 3 metros de
MONTANTE
comprirnen.to, são fundações profundas q{ie, atingem 10 metros ou mais
de profundidade, até substratos ' ',mais resistentes e
MEMBRO
EDIFICANTE PIRAMIDAL preferencialment e rochosos. São indicados para terrenos argilosos,
L L L L L L L L si 1 tosas ou arenosos, com resistência crescente com a profundida-
GRELHAS
de, e que permitem a escavaçâo a céu aberto. As dimensões

Fig. 7.25 - Grelhas transversais indicadas variam de 70 a 120 centímetros, e o concre-


to utilizado deve ser estrutural (armado).
Normalmente os ·tubulões. são usados como fundações
~
por sua vez está relacionado ao ângulo de atrito para materiais fracionadas, quando estão à razão de um tubulão por pé de torre,
granulosos e aos esforços de coesão para as argilas. com eixos verticais ou alinhados com os montantes da estrutura-
Também para ambos os ~asos, a baixa resistência à -escavação mecanizada (fig. 7.27). No entanto, existem casos do uso
compressão do terreno, ou baixa c0~sividade das partículas, podem de tubulão para fundações simples de grandes postes de concreto,
ser compensados por uma concretagem sob ou sobre a grelha_ quando o topo do tubulão tem um furo cilíndrico coaxial, para o
As grelhas normalmente são usadas para fundações engaste, com auxílio de areia ou concreto, do pé do poste.
fracionadas, mas nada impede de serem usadas em fundações \Simples
e_)
de estruturas metálicas esbeltas e de pequenas bases (Fig. 7.26).
)
Quando usadas para fundações simples, deverão ser do tipo piramidal
.J e simétrica. A imposição de simetria é para a distribuição
.) uniforme dos esforços sobre o terreno, já a imposição de ser
,_:) piramidal é para possibilitar a absorção de esforços de flexão sem
deformações estruturais das pernas.
j \
TUBULÁO NORMA~
TUBULÃO INCLINADO
.) /
------- - - - - - NT
.) Fi. 7.27 - Tubulões

.)
j Em todos os casos, os esforços verticais são absorvidos
por atrito lateral e por compressão da base do tubulão, os
arrancamentos são vencidos pelo peso próprio do tubulão e pelo pesa-
L
do tronco de cone de terra, , cuj,a base menor é a própria base do
Fig.7.26 - Fundação simples em grelha tubulão e geratriz inclinada, do ângulo de talude do solo. Para

)
476 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transm
issão
.;
. ·. ..
c~~r $:~
~~··.
-~~
m
ical ou incl inad o. Os
)
,,..._ O fust e da sapa ta pode ser vert
ame nto da base aum enta em muit o
qual quer esfo rço vert ical , um alarg , para abso rver em esfo rços de

r
vert icai s deve m ser mais robu stos
a capa cida de de carg a do ~ubulão. fáce is. Já os fust es incl inad os
flex ão, poré m são de exec ução mais
Para terr eno s con siste ntes , a esca vaçã o pode ser man ual
pres ão Ôq. traç ão, poré m devem ser
-nci· a, · cipa lme nte com a são dirne ns.io nado s apen as à corn
e em terr eno s de baix a cons i"ste e prin estru tura s,,_ fato que difi cult a
e
alin hado s com os mon tante s das
P rese nça de água , reco men da - se o uso
de cam·isa, que tem diâm etro )

igua l ao do fust e para esca vaçã o


norm al, ou diâm etro da base para 1 oner a a cons truç ão.
pela com pres são da -)
Os esfo rços vert icai s são venc idos
esca vaçã o tota l. do peso do tron co de pirâ mid e do )
àque la que base ou peso próp rio, acre scid o
esca vaçã o norm al tem as
Deno mina -se hori zon tais são abso rvid os pelo )
de conc re t o; deno mina -se esca vaçã o solo sobr e a sapa ta. Os esfo rços
dime nsõe s do proj· eto da peça dime nsio nada s à
cisa lham ento do terr eno , e as sapa tas em si )
e· bem maio· r que o volu me de
tota l quan do o volu me esca vado )
a míni ma poss ível ; flex o-co mpr essã o ou flex o-tr ação
conc retag em. ~ esca vaçã o norm al é a esca vaçã o
)
tota l exig e form a para a conc
retag em, e perm 1· t e esco rame nto da
)
or.
esca vaçã o, e exig e reat erro pos teri 7.6 .5 - Fun daçõ es esta que ada
s
s de exec ução mais )
Embora antie conó mico s, , ou pelo meno
com plica da, os tubu lões incl inad os sa-o mai·s in · d'iça d os que os terr eno s de baix a
São fund açõe s indi cada s para
rços hori zon tais . alag adiç as, man gues , etc) , onde
o
vert icai s para a abso rção de esfo resi stên cia (reg iões pan. tano sas, )
imp ratic ável .
uso de tubu lões é anti econ ómi co ou
pré-
7.6 .4 - Fun daçõ es em sap atas
de con cret o As esta cas, norm alme nte de cqnc reto arma do
)
, (de dime nsõe s míni mas de 30
-fab rica das ou mold adas in loco
ular es e 25 cent íme tros de lado )
norm alme nte quad rada s cent íme tros de diâm _etro para as circ
São fund açõe s pira mid ais de base s
altu ras, exec u t a d as em conc reto mesmo de mad eira , tran smit em os )
ou reta ngu lare s e com pequ enas para as quad rada s}, met álic as e até
es rasa s1• e e m subs olo. )
arma do a uma prof undi dade máxima de 3 metr os (fun dacõ . esfo rços às cama das prof unda s ào
· · ca a· com pres são, baix a ao níve l
terr eno s de baix a resi· ste'n ci· a me can1 A tran siçã o de esfo rços entr
e estr utur a e esta cas é J
.\
conc reto arma do, deno mina do bloc o )
de ser cont ra-in dica do o uso de grel has. São indi cada s norm alfue i-ite feit a por um bloc o de
de susp ensa - 0 e exec utad as à razã o )
pref eren cial men te para estr utur as de fund ação .
/
. 7.28 ) esta ca atin ge terr eno s de alta resi stên cia )
de uma sapa ta por pé de torr e (Fig Quan do a
pont a, e os esfo rços de com pres são )
mec ânic a, é deno mina da esta ca de
stra tos. Em terr eno s de baix a
são tran smi tido s a esse s sub J
-~- - - - - - resi stên cia, tant o a traç ão quan to
a com pres são são abso rvid os pelo
são entã o deno mina das de esta cas
)
atri to late ral da esta ca, que
! ) r-= --- --. -= ::: ::. ..,
flut uan tes. Nas esta cas flut uan tes,
o com plem ento aos esfo rços de
do bloc o de fund ação .
FUS TE NORM AL FUSTE INCLI NADO traç ão são cons egui dos com o,au men
•'-. to do peso
abso rvid os com a
Esfo rços hori zon tais podem ser
Fig. 7.28 - Sap atas de conc reto
-..l
)
··r~
.. ·'\
!'{
478 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações 479
~"
J_j cravação de estacas inclinadas, que é a solução ideal para
\. Blocos
1( fundações fracionadas estaqueadas (Fig. 7.29).
. "-~

li
'1 1~
·::) i Vigamento

)
;( E. VERTICAL
Esta c CIS
:)
')
l
) Fig. 7.31 - Blocos isolados intertravados com vigamento
i
)
:!
.,) '
Fig. 7.29 - Estacas
7.6.6- - Ancoragem em rocha
~(
.. ) Em locais de afloramentos ou pequenas profundidades de
.~~
1
Fundações de grandes es truturas em terrenos de péssima rocha sã ou em decomposição, impossiveis de serem escavados sem
··1
. [ qualidade, são dimensionadas como fundações simples - es_taqueadas . auxílio de explosivos, opta-se pela ancoragem da base da estrutura
j
Quando as estacas são curtas, os blocos de fundação podem ser diretamente na rocha ou através de um bloco de ancoragem.
substituidos por caixas estaqueadas (Fig. 7.30), cheias de Featerro No caso de rocha sã aflorante, chµmbadores ou buchas de
.)
compactado, em substituição ao concreto não estrutural. Quando as fixação são instalados em furos abertos por perfuratrizes especiais
.)
estacas são profundas e as dimensões do bloco atingem tamanhos (Fig. 7. 32). Qualquer tipo de esforço é transmitido por uma base
.) descomunais e pesos excessivos, estes devem ser substituídos por .um especialmente projetada e absorvido pela rocha. No máximo é feita
) conjunto de vigamento de concreto armado, responsável pelo uma regularização superficial da rocha, com o uso de concreto de
) intertravamento das estacas e formação de uma base para a estrutura alta resistência mecânica.
) (Fig. 7.31).
,
)
Base
.

) _ _ _ Concreto
;;?/'~~-- - - - - NT Re9ulor
) :.z:=;: e o ix a
Rocha
!:<:'=:~~~~±>\---Aterro

Estocas
!
Fig. 7.32 - Ancoragem em rocha
_)
)
Para rocha sã enterrada, o ideal é o uso de urna treliça
Fig. 7.30 - Caixa estaqueada piramidal, fixa à rocha e reaterrada (Fig. 7.33).
480 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transm;ssão
r=, Fundações
481

~i
7.7.1 - Locação
~---------Reaterro

1
A definição dos locais das fundações é feita com a
definição dos posicionamentos das estruturas, durante o projeto

mecânico da linha.
' )

Feita a locação das estruturas, através dos piquetes


centrais das mesmas, passa-se ao levantamento das características
Fig. 7.33 - Ancoragem em rocha enterrada do terreno nos locais de implantação das torres ao redor do )
referido piquete, quando então levanta-se planial tirnetricamente o )

local, qualidades do· terreno na superfície e no subsolo, tipo de )

P<![a rocha em decomposição, usa-se chumbadores de vegetação, existência de rochas ov_ matacões, nível do lençol )
grandes comprimentos, que ancoram os blocos de ancoragem, que por freático, proximidade de córregos, possibilidades de alagamento ou )
sua vez suportam os arranques de espera para os pés das estruturas erosão, etc, tudo com a finalidade de fornecer subsídios ao projeto
( Fig. 7.33). das fundações. )
Os dados geológicos definem os tipos estruturais e
)
construtivos das fundações, os dados topográficos definem a
')
combinação de pés desnivelados das fundações necessários parê. o
)
óo Terreno
nivelamento da base da mesma.
)
A construção da L. T. inicia-se com·,_ a locação do piquete
)
central de cada torre, posição que define o eixo central de cada
)
estrutura, que é o próprio eixo vertical da fundação quando se
trata de uma fundação simples, ("plantio de postes", tubulão único, )
sapata estaqueada ou não, bloco de fundação, etc). Para fundações
)
Fig. 7.34 - Bloco de ancoragem em rocha
fracionadas ou estaiadas, o piquete central é o centro de radiações J
/ \ )
de demarcação das várias partes constituintes das obras de
fundações -;da estrutura da torre. )
7.7 - EXECUÇÃO
)

O projeto de uma L.T. inicia-se com a escolha do )


7.7.2 ~Preparação de terreno
caminharnento da mesma, passa pelo levantamento topográfico, projeto . )
mecânico, sondagem do terreno e arremata-se com o projeto das o terreno deve ser previamente
Após a locação,
fur1dações. preparado. Além da construção de acesso ao local da fundaçã9_, )
Para a montagem da L.T., as fases percorridas são )
alguns itens devem ser verificados e executados, tais como:
inversas das fases do projeto, pois inicia-se a construção das
- Limpeza superficial dó :·terreno, )
linhas pela execução das fundações. Abertura de clareira, quando a vegetação não for rasteira, )
482 Projetos mecânicos das tinhas f)éreas de transmissão
l-;-- Fundações
483

~
- Remoção de pedras, blocos e matacões superficiais, isto para permitir uma cura parcial do concreto. Em terrenos de boa

- Se for o caso, construção de ensecadeira. 1


1 ·::.:
consistêncta, pode-se optar por um concreto seco e apiloado, que
• :, imediatamente suporta o. poste e o reaterro.
1 ::e=
O reaterro de pés de postes deve ser feito por camadas
7.7.3 - Execução
1 finas, preferencialmente umidecidas, ' sem pedras e apiloado

É a fase do implante da fundação no terreno, quando,··- 1!


manualmente.
Para fundações fracionadas, tomar mui to cuidado tanto
então, em função do tipo estrutural ou ccnstrutivo ,
cuidados especiais devem ser tomados.
técnicas e
lf
no posicionamento quanto no afloramento relativo das fundações,
pois apenas a execução perfeita possibilitará o "encaixe" da base
Para o "plantio de postes" (madeira, concreto ou aço),
da estrutura nos stubs da fundação •. e conseqüentemente o
exige-se apenas a abertura de um furo cilíndrico de diâmetro pouco
alinhamento e prumo das estruturas J_fig. 7.36).
superior às t:tlimensões transversais da base do poste, para facilitar
o reaterro compactado. A perfuração do solo pode ser feita poi::- da Estrutura

cavadeira manual até 2,5 metros de profundidade, ou por escavadeira


li
mecânica rotativa. A abertura manu<jl. com o auxílio de alavancas,
consegue ultrapassar pedras e a fé mesmo ma tacões Jl!enores, e a
perfuratriz mecânica produz um furo realmente cilíndrico e se
1
Fundações
necessário com eixo fora da vertical.
mecanicamente (uso de um guindaste), este é descido dentro \do furo
no terreno. Em terreno acidentado,
Quando o.

quando o içamento for


poste é içado

manual
NT----

Fig. 7.36 - Fundações fracionadas desniveladas


- -
t - - L - J - - Desniveladas

(impossibilidade do guindaste se aproximar do local), um rasgo


lateral no furo, vulgarmente denominado de "cachimb.o" e executado Nas fundações de estaiamento, as hastes de âncora devem
no lado mais alto do terreno, facilita a descida do pé do poste ao ser instaladas preferencialmente com o eixo na direção defini tiva
fundo do buraco. dos estais aí ancorados (Fig. 7.37).
Se a base do poste for concretada (Fig. 7.35), o
.J concreto deve ser executado dias antes do implante da estrutura,
J
.J Erro da
Correta
J !

.) .. /
Fig. 7.37 - Posicionamento das hastes de âncora

As grelhas metálicas diretamente enterradas no solo

além de serem galvanizadas, devem ser pintadas com


(reaterro) ,
impermeabilizante {por exemplo neutral) na transição do solo com a
._)
Fig. 7.35 - Concretagem de base de poste atmosfera.
.)

YL. --~·,_/--.-.. ·----,-·-


..-·---.-...----,-
·'I r
484
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão . -1. Fundações 485 )
)
As emendas de estacas, tanto metálicas quanto de
A escavação para tubulões ou blocos pode ser normal ou )
concreto armado, devem ser ef e t uad as com peças que garantam a
total (Fig. 7.38). A escavação normal é aquela que tem as dimensões )
transmissibilidade de esforços de compressão e/ou tração.
de.- projeto da peça de concreto, e a total tem dimensões mínimas )
O concreto, quando não est~utural, dispensa maiores
iguais às dimensões do alargamento da base do tubulão ou bloco. )
cuidados, porém quando estrutural, um '-'Tigoroso controle de
Volume o ser qualidade deve ser feito, principalmente quando se usa água local )
Reaferrado
ou em estruturas especiais. )

/ forma
A armação de concretos estruturais deve ser afastada da
ou solo com o uso de pastilhas de concreto amarradas à
)
)
armação, para garântir o recobrimento mínimo da ferragem, evitando )
Escova cão Tato 1
assim futuras corrosões (Fig. 7.40). )
Esco{iocão N armai
)
Fig. 7.38 - Escavação normal e total J
j '
Para a escavação de qua:'lquer tipo de fundação (grelha,
sapata, tubulão, etc), dependendo da naturaza do teT-reno a cava
pode ou não ser escorada, para se prevenir contra possíveis )
desmoronamentos, principalmente em épocas de chuva (fig." 7. 39). .)
caso dos tubulões, o
Quando se trata de cava cilíndrica, )
escoramento pode ser substituído por um encamisamento, que pode ou Fig. 7.40 - Recobrimento
~
não ser recuperável. ~)
o arrasamento das estacas cravadas pré fabricadas J
Escoromen!o
(metálicas ou concreto), ou arranque das estacas fundidas in loco ~)
Escoramento Escovocõo deve ser 1ta1 que garanta um engaste perfeito nas sapatas ou blocos )
de fundação (fig. 7.41).
J
j
Fig. 7.39 - Escoramento
/
- Bloco J
_)
Arrosomento Arranque
Em caso de se atingir o nível freático, a água deve ser
~
- Estoco fundido
)
Estoco pré~fobr ic·odo
no local
bombeada para possibilitar .a continuidade dos trabalhos. J
As estacas de concreto pré-fabricadas devem ser j
~

verificadas quanto ao alinhamento de seus eixos e quanto ao j


Fig. 7.41 - Arranque e arrasarnento )
fissuramento que possam comprometer a armadura à corrosão.
Fundações 487
486 Projetos mecânicos das linh.as aéreas de transmissão

As estacas metálicas devem ser encamisadas com concreto


CJ---Torre
numa altura correspondente à faixa de variação do nível da água no
local (fig. 7. 42) .
----
11-----Estocc Metcilico

- -- --~,,, ------NA. Mâ:dmo Trânsito


- - - - C o m i s o de concreto
__ - __ - NA Mínimo

Fig. 7. 43 - Proteção com guardirreio

u
Fig. 7.42 - Encamisamento <J----Trónsifo

7.7.4 - Recomposição do terreno


Trõnsifo

Após a conclusão das obras cjue. devem ficár ~nterradas, ----------


o terreno deve ser recomposto.
Fig. 7.44 - Proteção em canteiro central
- Os escoramentos e fôrmas devem ser desmantelados.
- Os reaterras, executados em finas camadas umidecidas e
compactadas manualmente pa:ra pequenos volumes, ou mecânicamente
para grandes volumes.
- As enxurradas devem ser desviadas dos pés das estruturas,
principalmente dos aterros.
Police do
- ~Torre

----=-
Sentido do Flur.o
Em terrenos íngremes, uma vegetação rasteira deve ser
I ·\
replantada.
- Cortes e aterros, se indispensáveis, devem ser protegidos Fig. 7.45 - Paliçamento de proteção
.J com canaletas para o escoamento de águas pluviais .
.) Em locais de trânsito motorizado, os pés das estruturas
) devem ser protegidos de acidentes por elevações, estacas ou
,) proteções especiais (Fig. 7.43 e Fig. 7.44). 7.8 - MtTODOS DE CÁLCULO

,) - Tor_res implantadas em ,rios navegáveis ou volumosos devem ser


A preocupação e responsabilidade do projetista das
.) protegidos por paliçada estaqueada ao redor da base, para evitar
fundações de uma L. T. é: de, _posse dos esforços existentes nos pés
.) colisão de embarcações ou de volumes de grande inércia
das torres fornecidos pelo projetista da estrutura, e das
.__) transportados pela fluxo do rio (Fig. 7.45) .

~-.- -
489
488 Projetos mecânicos das Hnhas aéreas de transmissão Fundações )
)
qualidades e topografia do solo definidas pelo projeto de Solução:
)
locação das estruturas e sondagens,
estruturas de calcular as - Fve = 3.280kgf - força de ven t o transversa l aplicada na )
fundações tal que os esforços sejam absorvidos com segurança pelo estrutura a 15m da base
- FV ::::: 2. 780kgf -- carga devido ao··. _peso dos condutores e equi- )
terreno, bem como verificar suas estabilida des para as várias
pamentos aplica d a Segundo o eixo vertical,, da estrutura )
alternativ as de carregamen to. carga horizontal ·lateral devida a ação do
- FH = 1.800kgf - J
O dimensiona mento é sempre feito para uma alternativ a vento nos cond u t ores e apl icada a 27m da base
de carregamen to, preferenci almente a mais solicitant e, e verificada - FL : : : 1.480kgf - carga horizontal longitudin al devida ao an- J
para as outras. coramento dos condutores e aplicada a 27m ·da base J
Para fundações fracionada s, quando cada fundação tem um J
tipo e um módulo de esforço, procura-se uma padronizaç ão eÍltre Esfor_ços devl.do às cargas verticais: J
todas. Nestes casos o dimensiona mento é feito para as condições de 1: ZFv + P )
Av Bv Cv ::::: Dv ::::: 4
~
uma das fundações e as verificaçõ es feitas com as condições de 1
)
Av : : : Bv Cv::::: Dv 1.320kgf
outra, porém sempre procurando os valores mais solicitant es. )

Esforços devido às forças transversa is:


J
ZhFT J
Exemplo 7.1 Br = Dr -Ar -cr - 2b )
Uma torre de altura total de 32 metros, base quadrangu-
1
lar de 5,0 x 5,0 metros, tem peso-própr io de 2.500kgf. Nas coridi- BT DT = -Ar -Cr = 9.780kgf J
ções de projeto fica sujeita aos seguintes esforços, confàrme Fig. .)
7.4.6:
Esforços devl.do às forças longitudin ais: J
ZhFL J
_ __,IF11•2.780 Kgf
CL = DL = -AL = -BL 2b )
Eixo Vertical
V
FH' 1,800Kgf CL = DL = -AL -BL = 3.996kgf J
FL• l,480Kgf / J

- F11e< 3,280 Kgf

27m
/\
FA
Esforço vertical ·total
em cada fundação:

Av + Ar + f..L = 1.320 - 9.780 - 3.996


FA = -12.456
.)
)
)
'5m
)
FB: Bv + BT + BL = 1.320 + 9.780 - 3. 996
/•-----1r-~r------7• J
r)
----
Eixo
Transversal
_ _.,.___
e~----.<-----~
----7~·---·-r~--
,
Fc
7.104kgf

Cv + CT .+ CL 1.320 - 9.780 + 3.996


)
)

- 4.464kgf
/~/~--"""""'l"-----r,/' Fc
)
Longitudi nol + 3.996
FD = Dv + Dr + DL = 1.320 + 9.780 _)
Fig. 7.46 - Exemplo 7.1 FD = 15.096kgf
.J
') 490 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações 491
.t)
'1r As quatro fundaçõ es serão padroni zadas e calculad as F
) para a compres são de 15. 096kgf e verifica das para o arrancam
•) de 12. 456kgf.
ento

ll
) O exemplo foi apenas didático , mas na realidad e as
') fundaçõ es fraciona das de uma mesma torre são padroni zadas,

·~
calculad as e verifica das para as condiçõ es mais solicita ntes de um o

~) conjunto de alterna tivas de condiçõ es de projeto , acident es


e

'~ situaçõ es simulad as.

'1
J 7.8.1 - Método suíço
·)
.·.·~ Este método permite a verifica ção da estabili dade de

... ) blocos enterrad os e sujei tos a esforço s de flexocom pressão; foi
'

l estabele cido pela Comissã o para a Revisão das Normas Suiças, cujas
·
Fig. 7 . 47 - een tro de rotaça- 0 do bloco segundo a classe do terreno

:
J
esperiê ncias chegaram aos resulta<l~s comenta dos abaixo.
Um bloco em forma de
paralele pípedo, ·.de dimensõ es
axbxt, enterrad o, sujei to ao carregam ento dado por P (pe_so próprio
A tabela abaixo
dá os valores aproxim ados dos

.,.) coefici entes de terreno Ct Sobr e as paredes _vertica is, enterrad~ a


mais carregam ento da estrutu ra) e F (força lateral ), c6nform e a
·I figura abaixo, sob a ação desta última, fica sujeito a um momento
2 metros de·profu ndidade
2
de tombame nto, que deve ser vencido pelos momentos resisten tes Naturez a do terreno Ct (kgf/cm )
···j·
',j
causado s por P e pelos esforço s de compres são do· fundo e das 1 ,o
• Terreno lamacen to e turfa leve 0,5 a
paredes do terreno junto ao bloco. Turfa pesada, areia fina da costa 1, O a 1, 5
,J O centro àe rotação do bloco varia
Dep. de terra vegetal , areia/ca scalho 1,0 a 2,0
em função das Argila molhada 2,0 a 3,0
.) qualida des do terreno (Fig. 4,0 a 5,0
7.47). Para terreno s soltos, sem Argila\ú mida
6,0 a 8,0
J coesão, como areia, o eixo de rotação do bloco é o próprio centro Argi 1-â seca
Argila pesada (dura) 10
) de gravidad e do mesmo, ponto O. Para terrenos plástico s o eixo de
.) rotação será O' , de coorden adas b/4 e 2t/3. Para terreno s bastant e Terreno s bem compact ados
' Terra vegetal e/ argila, areia e pedras 8,0 a 10,0
.) resisten tes, o eixo de rotação será o próprio ponto O". Idem, mas com muitas pedras 10,0 a 12,0
Cascalh o fino e/ muita areia fina 8,0 a 10,0
) Comprov ou-se que a resístên cia específ ica dos solos à 10,0 a 12,0
Cascalh o médio c/ areia fina
.) compres são ao longo das faces vertica is varia Cascalh o médio c/ areia grossa 12,0 a 15,0
maneira de
Cascalh o grosso c/·muit a areia grossa 12,0 a 15,0
.J diretam ente proporc ional à profund idade, que depende da classe do !5,0 a 20,0
Cascalh o grosso c/ pouca areia grossa
terreno e do grau de umidade do mesmo, e também de que a Idem p~ra bem compact ado 20,0 a 25,0
~) !
'

resistên cia sob o bloco deve ser pelo menos igual à resistên cia da
)
parede à profund idade equival ente. Coefici entes da Comissã o sui~a para diverso s tipos de terreno s
~
·.~
'-..~,
492 Projeros mecânicos das linhas aéreas de transmissão - "--1-·--~Fundações 493 )
)
Partindo desses dados, o engenheiro Sulzberger, da _ F _ Resultante das forças laterais atuantes na estrutura
)
Comissão Federal Suiça, propôs as seguintes bases: h Altura do centro astático das forças laterais
)
- t - Altura do bloco .)
- O bloco em questão pode girar de um ângulo a:, definido por
_ p - 'Peso do conjunto bloco/estrutura/equipamentos
tga: = O, 01, sem que se tenha de levar em conta a variação do )
coeficiente que caracteriza o terreno; Considerando:
la terais à pro~
J
- Ct coeficiente do solo das pare d es
- O terreno se comporta como um corpo mais ou menos plástico e .)
fundidade t, entendendo-se por tal o esforço necessário, em kgf,
elástico e, por ele, os deslocamentos do bloco dão origem a reações )
para fazer pene t rar no terreno, a tem de profundidade, uma placa de
que são sensivelmente proporcionais; J
icm 2 de área. ')
- A resistência do terreno é nula na superfície e cresce - Cd - coeficiente do solo no fundo da escavação
proporcionalmente com a profundidade da escavação (Fig. 7.48) )
- « - ângulo que o bloco pode gir.~r por efeito de F
~ .)
2
Não se levam em consideração as forças de atrito, pois - ~ - Pressão máxima sobre o solo em kgf /cm
existe indeterminação com relação à grandeza das mesmas. J
Os seguintes valores são determinado?: )
Sobre as bases explanad~s. Sulzberger estabeleceu umas
- Momento de tombamento
fórmulas que se aplicam na determ'inação das dimensõe~ das fundações
)
dos apoios para a relação hlt>5, que estão submetidas a"'um esforço
paralelo a um eixo de simetria, e montados em terrenos médios e M
.)
plásticos.
- Pressões do solo )
h
t J
0-3 = Ct tg«
3 .)
<J'2
<J'3
= -3- J
J
I
\- ~1 /-=z=--:C:.:b~b'-P_tg"'"- J
)
- Momento da ação lateral do solo )
''"' )
a 3
bt .)
Ml = :J6 Ct tg«
Fig. 7.48 - Reações do Terreno J
/ )
- Momento das cargas verticais
I_ •"i-.
Para o bloco da figura acima, em que aparecem )
os empuxos laterais {curvas parabólicas) e a pressão do bloco na
(o' --~p'----
base do terreno (forma linear), as letras representam:
MZ = Pa 5 - ; /. 2
2 a b Cb tg« 1 ,)
J
Fundações
495
494 Projetos mecânicos das linhé!s aéreas de transmissão

A condição de equilíbrio é: 4- Terrenos argilosos


M = Ml + M2 ~ + l,80bt
3
M = 0,70P
. '
,--.'
)
Quando Ml/MZ < 1, a aça-o d o t erreno e· menor que das 5- Terrenos compactos, cascalho conSistente
) 3
cargas verticais, deve-se então introduzir um coeficiente de M = 0,85P ~ + z:zobt
~) segurança K, tal que:
) 6- Terrenos fortes ou argilosos
Ml + MZ
') M=
~ + 3,30bt
K 3
M = 0,85P
)
O coeficiente K varia entre 1 e 1,5.
) As formulas anteriores podem ser empregadas para a
Sendo o::= arctg 0,01, admitindo-se que M2 0,4Pa e
) verificação global de uma fundação, porém, quando se pretende
'.) conhecer a distribuição exata dos esforços sobre as faces do bloco,
Temos a seguinte fórmula para verificar a estabilidade
) por exemplo, para pro.ceder à determinação das dimensões de um bloco
de blocos nas condições descritas:
.)
) Ctbt
3
l. oco, será preciso empregar a fórmula de Sulzberger,
como é natural, os coeficientes do terreno.
conhecidos,

0,01 + 0,4Pa !'


.) 36
M = ~~~~~~~~~~
1, 2 Exemplo 7.2
.)
.) Na sessão do CIGRE de 1954 aparece um estudo do Prof Uma estrutura de concreto de 12 metros de aitura livre
e peso próprio. de 2.220kgf, suporta em seu extremo a carga verti-
J Berio, relativo às fundações das estruturas segundo o método suiço.
cal de 4.800kgf e uma carga lateral de 320kgf. A estrutura foi
J Nesse estudo, o Prof. Berio trabalhou com a hipótese de blocos de engastada em um bloco _de concreto de 1,2xl,2xl, Om em um terreno
argiloso (Fig. 7. 2). Verificar a_ estabilidade da fundação.
J base quadrada {a = b) e propõe as seguintes fórmulas aproximadas,
) relacionadas às qualidades do solo, para a d e t erminação dos
.J momentos resistentes ao tombamento:
4.SOOKgf
1- Terreno de limo ou em presença de água I ·'\.
.)
. ' 320 Kgf
1

Ji M = 0,40P ~ + 0,50bt 3
J'
'-·-' h" 12 m

y 2- Terreno desagregado, terra fina


):
) M = O,SOP ~ + 0,70bt 3
)
3- Ordinários ou velhas planícies
)
) M=0,65P ~ +1,10bt 3 Fig. 7. 49 - Exemplo 7.• 2
.)
·... :J
~- ---~-~- -
-----·~'/
497 )
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações
496
)
Experimentos práticos têm mostrado que o peso da terra
Solução: )
levantada com o arrancamento, juntamente com o peso próprio da
Peso do bloco de fundação 0V = 2.500xlxl,2xl,2 = 3.600kgf )
Peso do poste ..................... , , . , , ... , , , , . , , 2, 200kgf estrutura da fundação, tem um valor inferior ao do esforço
Carga axial, , , , , , , , , , , , . , , , , , , . , , ... , ..... , ..... , 4, 800kgf )
realmente necessário ao arrancamento. Esta diferença é atribuída
Carga vertical total na fundação .... , ... ,.,. P = 10.600kgf )
aos esforços de cisalhamento do solo e ·-ao atrito lateral entre
Cálculo do momento do tombamento M terreno e superfícies verticais da furidação, prumadas com o )
perímetro da base da mesma, (Fig. 7.50) )
M = F(h + ; t) = 4.053kgf·m
)
O atrito lateral pode ser calculado pela fórmula:
Cálculo do momento resistente MR )

MR = 0,70P ~ + l,80bt
3
= 6.610kgf·m Fa = õY L tg
2 •
ze )
)
~ij = 1,63 > 1,5 Onde:
)
O bloco de fundação tem estabilidade ao tombamento. õ - peso específico da terra sobre a expansão da base )
3
("'l. 600Kgf/m ) )
y - profundidade da parede vertical prumada com o fundo (m)
)
7.8.2 - Fundações tracionadas L perímetro da superfície de contato
,) )
I"1 e - ângulo de atrito ( gera 1 men t e 45
)
As componentes verticais das forças de tração\ sobre as
fundações têm a tendência de arrancá-las do solo. Estas componentes t N1\1el do Terreno
)
)

j ~:-"=b~
são vencidas pelo peso próprio das fundações, pelo atrito lateral
.)
entre o solo e as superfícies verticais das mesmas e ainda pelo z L 2 ~ 2 X f o2+ b2)
)
peso da terra disposta sobre a expansão da base, que tem a
)
1.----~
tendência de ser levantada juntamente com as estruturas. 1 ,,
1
~ f3•An9ulo de Talude )
O método por ora descrito, aplica-se para fundações ~
/ '\ Região da fundação sujeito
)
rasas: grelhas, sapatas, blocos e até mesmo tubulões. Para estas, ~ ao cone de arrancamento

usa-se normalmente um alargamento da base com a finalidade de J


Con!orno da base maior do )
aumentar o volume de solo influente na reação ao arrancamento da b2
1 cone de arrancamento
estrutura. O volume de solo, comprovadamente infuente nas reações )
)
de arrancamento, consiste no volume incluso entre a superfície '-...contorno lateral do cone
externa da fundação e a superfície de um tronco de cone (nas de arrancamento )
fundações de bases circulares), ou tronco· de pirâmíde (para
o2
J
fundações de bases poliédricas), cuja base menor é a própria base ~)
expandida da fundação e inclinação lateral dada pelo ângulo (3, ,/ J
Fig. 7.50 - Cone de arrancamento e força de atrito
ângulo de talude do terreno. j
-·f('
Fundações 499 \
CJ 498 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão \, \

Q O peso do concreto da fundação é calculado pela


C) equação:
:)
Pc = ãcVc o

()
J
Onde:
! ~
1
:) 3 1
o
o
~

) õc peso específico do concreto (2.SOOKgf/m) o


o
Vc = volume do concreto (m 3 ) 1 -o
) 1
2
)
O peso do volume de terra do cone de arrancamento .é
C) calculado pela fórmula generalizada:
:J ~

J
) Pt 0 vVt 0 t(+ h (A1 + A2 + Y/UA2) - VcJ
)
Onde:
)
Fig. 7.51 - Exemplo 7.3
) peso específico do solo C= l.600Kgd/m 3 )
Vt volume da terra do cone de arrancamento
J
,) Vc volume do concreto da fundação dentro do cone
Volume total do concreto:
h profundidade da fundação
.J Vc = 1,4·1,4·0,6 + 1,0·1,0·0,5 + 0,7·0,7·1,0 + 0,5·0,5·0,35
Ai área da base da fundação (m 2 ) = base menor do cone
.) Vc = 2,252m
3

Az área da base maior do cone calculada eIIÍ fun.ção de h e (3


J Peso total do concreto:
~J = 2.200·2,252
Fundações de paredes verticais _sofrem ação apenas das Pc 0 cVc
~) forças de atrito lateral, e as terras erguidas com o arracamento 4.960kgf
.) constituem apenas parte do reaterro compactado. Volume da terra do cone de arrancamento:
.) Com as considerações feitas
sempre acima, e Vt = ~h
1 ( Bl + B2 + .1
V B2· B2 ) - y cc (Vc e - vol concreto no cone)
.J considerando um fator de segurança de 1,5, as fundações de grandes
) linhas têm sido calculadas com resultados satisfatórios.
= (1,4 + 1,6 tg30•)
2
= 2,324 2 = 5,40m 2
2
= 1, 96m

;)
Vcc = Vc - 1,4·1,4·0,6 = l,076m 3
Exemplo 7. 3
h = (0,5 + ·1,0 + 0,1) = l,6m
~>
;) Vt +1,6 (5,40 + 1,96 + 2,324xl,96) - 1,076
O bloco mostrado abaixo é uma fundação fracionada de uma
) torre, cujo montante exerce um arrancamento de 14.SOOkgf, (Fig. Vt = 5,280m
3
7.51)
~
·... :,.)
"=--.
.. 500 501
transmissão
Projetos mecâ nicos das linhas aéreas de Fundações

: .)
Peso tota l do cone de arra ncam ento
Pt = rt·V t = 1.60 0·5, 280 9 = = = = ]= )

Pt = 8.44 6kg f )
r~
'

Forç a de atri to late ral ---Perfi~ 1.. 1 )


e 1' ' J
Fa = rt ( :E /L ) tg2
)
e = 45,
2
2·1, 6 2 (1,4 + 0,4) -
!
! )
Fa = l.60 0·tg 22,5 o [4·2 ,2 ·1,4 - i
2 2 i )
- 2·1, 1 ·0,3 - 2·0, 1 ·0,2 )] '
Fa = ll.3 71k gf )
)
ao arra ncam ento :
Som atór io das forç as de opo siçã o )
0 + 11.3 71
Ft Ü Pc + Pt gf+ Fa = 8.44 6 + 4.96 p~·r·f is U
1
Ft = 24. 777k
9
)
arra ncam ento
' _)
Ver ific ação da esta bili dad e ao
de uma grel ha )
Ft 24.7 77
ado ) Fig. 7.52 - Esque ma de montagem
T 14.5 00 = 1,71 > +,s (val or mínimo norm aliz .)
j
s, pod e-se 1 ança r mão de. uma
7.8 .3 - Gre lhas - Para terr eno s pouc o con sist ente )
virt .ual
re a grel ha, para um aum ento
cam ada de con cret o sob ou sob )
nte
mesma com ':o solo e cons eqüe
geo lógi cas indi cam o uso de da sup erfí cie de con tato da )
Quan do as cond tçõe s
, as mesmas são pad roni zada s para dim inui ção de tens ões J
fund açõe s frac iona das em grel has mai or esfo rço de com pres são e
si luaç ões 'extr ema s {Fig . 7. 52). - A grel ha é dim ensi onad a para o )
cada torr e e calc ulad as para de arra ncam ento , f azen do uso
do
das pern as, ver ific ada Para o mai or esfo rço )
O dim ensi onam ento que r seja mem bro
seja pira mid al, segu e as mesmas regr as do méto do do cone de arra ncam ento )
edif ican te, que r das carg as das estr utu ras
os cálc ulos , par te-s e
es e são dim ensi onad as à traç ão ..J"\ Para
dim ensi onam ento das peça s das torr )
e/ou com pres são. forn~cidas pelo calc ulis ta das mesmas
)
d evem ser maj orad as de um
fato r K - coe fici ente de
dim ensi onam ento da
o - As carg a S
. No pres ente cap ítul o vere mos d )
seg uint es con side raçõ es devem
ser var iáve l entr e 1,1 e 1,3 pelo s resu l lado s as
grel ha em si, quan do entã o. as .d
segu ranç a, car acte ríst icas do .sol o forn eci as )
feit as: - As
rio, sa- 0 as segu inte s: )
ente rrad os deve ser de 3/16 " sond agen s e ensa ios de labo rató
- A espe ssur a míni ma dos per fis )
da 3
deve ser mai or que o dob ro /m ) )
- A área bru ta da grel ha não -rr _ peso esp ecif ico d o so lo (kgf 3 .)
área líqu ida - 'd"a adm issí vel no solo (kgf /m f/ 3]
-~s _ com pres sao me l )
o dos prim eirç s 30cm de terr a hor iz. adm issi vel no solo (kg m
- Não se con stde ra a con trib uiçã -~sh _ cornp. máx ima
da sup erfí cie do terr eno .J
-~ _ âng ulo de talu de.
)
'1
.·r
502
Projetos mecânic os das linhas aéreas de transmissão 503
Fundaçõ es

Como
norma lmente os fabric antes já tem grelh as entre
- Press ão média sobre o solo (Fig. 7.53) - razão
padro nizad as para atend er ao merca do, é comum,
parti~do~se desta s
medid as padro nizad as e das carac teríst icas
a compr essão máxirn a·e a área líquid a da grelh a:
locai s do terren o,
verif icar quais as grelh as que atende m às
solic itaçõ es.
- Verif icaçã o ao arranc ament o

Pt = õtVt = ~,_E_
' 3 (BC + bc + Y BC·bc

K =
(Pt + 1, 1P 9 )
FT l =:: 1, 5
Fig. 7.53 - Comp ressão do solo
Onde:
- h - brofu ndida de da grelh a (m) Fci + 1, lPg :5 crs
- b, e - dimen sões da grelh a {m) "'ª Al iq

- B, C - dimen sões super ficiai s da base maior do cone de Onde


arranc ament o, calcu ladas a. parti r d~ b, e, h e f3 ese i
Fel - força de compr essão máxima de acord o com a hipót
- Pg - peso estima do d a grelh a'· ( kgf) ~ K ~ 1,3)
1;1 - fator de major ação do peso da grelh a (1,1
- Pt - peso da t erra d o cone de arranc ament o
ção tem
- Press ão máxima sobre o solo: como cada funda
- FTi ~ maior força de tração de acordo com a hipót ese i ais e transv er:sai s,
que absor ver esfor ços horiz ontai s" longi tudin
- K - fator de segura nça ao arranc ament o sujei tas a esforç os
além dos carreg amen tos verti cais; estas ficam
- 1, 1 - fator de major ação do peso da grelh a lados da grelh a ao
de flexo- cornp ress_ã o, que _descomprimem um dos
Esta tensão máxima
- Verif ícação ao afunda mento mesmo tempo _que s_obre carreg am o lado opost o.
- Cálcu lo da área líquid a da grelh a - área realm ente em pode ser calcu lada pela expre ssão geral :
conta to com 0 solo e respo nsáve l em compri~í-lo
O'm = (crt + O'L + crc)R :5 O'"sh
Aliq = Z1b1b + Z2b2c - ZZ1b1b2
Onde:
bc ./ \
esforç os
R =
"' 2 - tensã o na base da grelh a provo cada pelos
crt -
Aliq
horiz ontai s trans versa is - Ft, (Fig. 7. 54)
Onde pelos esfor ços
- crL - tensã o na base da grelh a provo cada
- 21 - númer o de canton e1·ras L usada s na grelh a
horiz ontai s longi tudin ais - FL, (Fig. 7. 55)
- bl - largu ra da can t oneir a (cm) carga s verti cais
- crc - tensã o de compr essão· provo cada pelas
- b - compr imento das canto neira s (cm) o de Ft e FL, (Fig.
Fc corre spond ente à hipót ese de carreg ament
- Z2 - númer o de trave ssas em U usada s
na grelh a 7.56)
- b2 - largu ra das trave ssas (cm)
- c - compr imento d as trave ssas 6hFt
IJ't
2
R - coefi cient e de área líquid a bc

-------- -·_··-·::
/
-. .--::·-'-'-·-

505
504 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transrr..'ssão Fundações

- Verificação ao reviramento- os esforços de flexão na


grelha,. que provocam compressão em um dos lados provocam ao mesmo
tempo urna descompressão no lado oposto. Embora o terreno suporte a
compressão máxima da grelha, é conveniente verificar se a mesma não
1 se levanta do lado descomprimido, ou seja, se a mesma não bascula
em torno de um eixo horizontal. Estes esforços de descompressão
devem ser vencidos pelo peso da terra do cone de arrancamento,

t Fig. 7.54 - Flexo-cornpressão transversal


situada na metade descomprimida da grelha (Fig. 7.57).

' /
6hfL "/
0-L ~
/
1
i

ML e • h. tg (!J
E Ili.O V e • b

[ ~-" ,,,/" .)

º'~
_)
-eii:oL J
Fig. 7.57 - Verificação do reviramento

)
momento resistente devido ao cone de
Fig. 7.55 - Flexo-cornpressão lateral Cálculo de MR )
arrancamento. )

rrc
Fc + l,lPg
+
b J
bc .J \
MR = 2 )
Cálculo do momento Ma causado por Ft e/ou FL (forças )
horizontais no topo do pé da grelha )

Ma = :Efa•h
J
)
Verificação: KR = ~ 1,5 '_)
J
Até agora foram verificadas apenas a estabilidade do
)
terreno para as várias hipót.eses de carregamento do mesmo. Passemos
.)
Fig. 7.56 - Compressão uniforme agora ao dimensionamento da grelha em si.

- ··---~------··---- ------------'
506 Projetos mecânicos das linha$ aéreas de transmissão 5111
Fundações.

- Dimensionamento das grelhas: Ml, M2 e M3 são os momentos máximos que ocorrem nos
Dimensionamento das vigas L - cada viga '-L da grelha i-ec~be \ perfis L. Tomemos para os 21 perfis L de dimensões bixt1 (onde t é
das 2 vigas u e a transmite ao terreno, que reage ! a espessura do perfil), o momento de resistência w1 (cm
3
retirado
uniformemente em condições de simetria. A seguinte distribuição de
i- )

da tabela de perfis cantoneiras. Log"o 1 . o momento de resistência


esforços e diagrama de momentos fletores po·d em ser considerados, total de ser absorvido pelas 21 cantoneiias será:
(Fig. 7.58): -~
W1 = Z1·w1
Lembrando-se que as tensões de flexão máxima para o aço
t-~---- e orço s ----~~
3
ASTM A36 é de 2.530kgf/cm , chegamos a:
==i ])= =
.M1, 2,3 < Z.530kgf/cm
3

e
(J'
\.11
t !1 t j llt! l l t l ! ! l !-R•~:Õo10d'~'~:o:o Dimensionamento das vigas D.:. Usando-se Z2 perfis U de secção
9 1 1 9 h2xb2xt2, (altura, largura e espessura), temos da tabela de perfis
1 1

b U o momento de resistência w2, que é capaz de absorver no total o


momento de resistência W2

Dío9rorno .de Momentos W2 = Z2·w2


Fie tores
Como normalmente as grelhas são quadradas, e as pernas
fixas nos perfis U à distância g dos extremos, que por su.a vez
Fig. 7.58 - Diagrama de esforços
transmitem os esforços às caritoneiras L, podemos considerar como
uma boa aproximação os valores de M1, M2 e M3 dos perfis U, como
Para um melhor aproveitamento dos perfis L da grelha é aos correspondentes dos perfis L,
sendo aproximadamente iguais
quando Ml M2 M3, e isto ocorre para:
consideração que permite concluir:
b b
g =
2
crz- 1) - 0,2b = -5- M1, 2,3 < 2.530kgf/cm
2
\.12
Considerando que todos 05 z1 perfis L trabalham igual- - Dimensionamento das pernas - nas grelhas piramidais
mente e que
os esforços dos pés das estruturas são transmitidos às grelhas pela
Fc + l,1P 9 compressão (ou tração) dos perfis, normalmente cantoneiras em
q (kgf/m)
b

]
número de 4, que compõem as arestas da pirâmide da grelha,
Teremos: denominados de pernas da grelha.
2
De acordo com a geometria da pirâmide e hipóteses de
Ml = M2 = M3 = q·g2 (Fc + l,lPq)·b· (yz - 1)
-2--
.Jj 8 carregamento, determina-se os esforços F de compressão das pernas

J ou através da expressão:
,) Fci ·b (FLI + Fti) . h'
(Fc + 1,lPq)·b F +
M1 4h' Za
J 50

lc>t - .- - - - -
~-:-·-.
------~-'
/
508 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
T
• Fundações
509 )
l
Onde: Hipótese 2:
15.857kgf
)
Compressão ........... ·
Fc1- força de compressão na hipótese ·i {kgf) 1 Tração .. ··············
11.960kgf )
Esf. longitudinal.···· 00.724kgf
h' - altura da grelha (m) 00.859kgf )
Esf. transversal.·····
b - comprimento da perna (m) )
a - vão entre travessas (m) Torre tipo 2 )
Hipótese 1:
FLi - maior força longitudinal na hipótese i (kgf) Compressão. · · · · · · · · · · · 18.658kgf )
16.213kgf
Fti - maior força transversal na hipótese i (kgf) Tração .... ············
Esf. longitudinal.···· 00.007kgf )
Esf.transversal .. · ···· 00.309kgf
Escolhe-se uma cantoneira que atenda às solicitações e )
que ao mesmo tempo tenha um índice de esbeltez que impossibilite, a Hipótese Z: )
Compressão ....... ····· 13.648kgf
11.239kgf
flambagem. Tração ... ·············
Esf, longitudinal.· · · · OL753kgf J
< era Esf. transversal .. ···· 01. 792kgf ~)

Obs.: as cargas já foram majoradas em


10%, como fator de J
lf
rk segurança.
implantação da L.T.
Onde: Características do solo na região de
3
1.400kgf/~ )
F - força de compressão das pernas Peso específico ... ··········· ct
1,50kgf/m 2
Pressão máxima .... ··········· ~s )
Ac - área útil transversal da cantoneira Pressão máx. horizontal ...... ~sh ~ l,80kgf/m
Ângulo de atrito.·············· ~ 20° )
- ua - tensão admissível compatível com a f lambagem
- lr - comprimento de flambagem .~)
- rk - raio de giração da secção do perfil (dado de catálogo) Solução:
uma grelha disponível
- À - índice de esbeltez Propos1çao inicial: fazer uso de padronizadas, conforme
no mercado, de peso 236kgf e de dimensões já .)
Se o índice de esbeltez der um valor superior ao indi-
a fig. 7.59.
cado por norma, recomenda-se usar um perfil de maior secção reta J
~~
(maior raio de giração) ou fazer um contraventamento das pernas,
diminuindo assim os comprimentos de f lambagem.
l
1,

31 \,
11-
I~
J
)

=1~
.)

ª::::j\
Exemplo 7.4 .)

:::=J11C:::
1
)
Seja dimensionar uma fundação em grelha padronizada
para fundações fracionadas de torres de uma mesma família, tal que ===4· 1t=
atenda as solicitações das seguintes hipóteses de cálculo:
Torre tipo 1
1c:=
Hipótese 1:
Compressão ............ 23.000kgf
t 9 ! )

Tração ................ 19.lOSkgf


Esf. longitudinal. .... 00.002kgf "', Fig. 7. 59 - Exemplo 7. 4
Esf. transversal ...... 00.517kgf
,!<
510
Projetos mecânico s das lin,has aéreas de transmissão
l.,
l;!;'.i.
Fundações
511
'1

1 - verific ação do arranca mento Pressã o média sobre o solo


Dimens ões do cone de arranca mento (Fig. 7.60-) Fel + l,lPq 23.001 + l,1·236
era = Aliq 21.298 1

B ' C
~· = l,09kgf /cm < 1,50 = ~s ·
~rn (~t + ~L + crc) ·R ~ crsh '
6h' ·Ft 6. 235·179 2 '0,298kgf/cm 2
. !

~t = = 2
2
bc 206·20 6
6h' ·Fl 6·235·1 753 = 0,283k gf/cm
2
~L = = 2 . 1'
2
cb 206·20 6
b ' e
· Fc + 1,lPg 13.684 + 1, 1 ·236 = 0,329kg f/cm 2
~e
bc = 206·20 6
Fig. 7.60 - Dimens ões do cone d e arranca mento
~ ~m = (0,298 + 0,283 + o' 329) . 1, 992 = 1, 79
B e = b + 2h' . tg/3 ~m 1,79 > 1,50 = 0:-sh
B e 20 + 2·235·t g20· Até o momento, comprovamos que o solo aguent a ao carre-
B = C 3,77m gamento transm itido pela grelha adotad a. É necess ário ·agora verifi-
car a resistê ncia da própri a grelha .
Volume do cone de arranca mento
h'
Vt = :r- (se+ bc + vBC·bc l) 4 - Verific ação das dimen~ões da grelha
3 Verific ação da viga L
Vt 20, 54m
Momento fletor máximo:
2
Peso do cone de arranca mento 2
(Fc + 1, 1P 0 ) ._L
Mi = -q·g
2-- -
b 2
Pt = ct·Vt
p = 28.757 kgf

Verific ação:
Mi

Mi
=
(Fc + l,lPg) __l_(~·v'Z

(Fc + 1, 1P 9
b
) •b
2

=
2
- 1
r
23.001 + l,1·236 ·206
._) Pt + 1, lPo " 50 50
K = 28.757 + l,1·236 \
FTi 19. 105 1,52 > l,5:ver ificado J
Mi = 102.574 kgf·m
2 - veri~icação quanto ao afundam ento Da tabela de perfis temos para o perfil L 4,45 3 (1 3/4)
Calculo da área líquida da grelha € espess ura e = 3 1/16 o momento de resistê ncia w1 = 2.30cm
AI 1q Z1b1b + Z2b2b + 2Z1b1b2 Logo:
AI lq = 22·w1 = 22·2,30
22·4,45 ·206 + 2·5,00· 206 - 2·22·4 ,45·5,0 0
3
AI 1 q = 21.298c m 2 50,60cm

Coefic iente de área líquida Tensão de flexão:


bc Mi 102.57 4 2
R 20·20 ~ \11 50 , 60 = 2.036k gf/cm
AI 1q 21. 298
2
R = 1,992 ~ = 2.036kg f/.cm 2 < 2.530k gf/cm = valor limite

- - - - . ._. -__-__-_-
512 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações 513

Da tabela de perfis ternos para o perfil L 2 1/2" xS/16"


Verificação das vigas u
rk = 1,24
1 Da tabela de perfis temos para o perfil U 1 O, 16
(10, Skgf/m) o momento de resistência W2 = 37,Scm 3 A = 9,48cm
2

Logo: Logo:
112 = 2·W2 2·37,5 1' 130,4
3 À = = 1,24
W2 = 75crn
À = 105 J
Tensão de flexão: de tensões máximas )
para este valor de À, na tabela
M1 102.574
(J'
\.12 75
temos:
O'a = 1.50lkgf/crn2 J
O'= 1.350kgf/cm
2
< 2.530kgf/cm 2
J
Tensão de f lambagem
·.. 2
~)
5 - Dirnens~onamento das pernas. Fig. 7.61 F 7.233
(J' = !:' - 9,48
= 763kgf/cm ~)
O'= 763kgf/crn 2
< 1.501kgf/cm
2
J
)
7.8.4 - Tubulão '.)
._._)
Estas peças de concreto armado (Fig 7.62), classifica-
J
das corno fundações profundas, são construidas na verdade em ·duas
)
versões. )
Fig. 7.61 - Pernas da grelha Em terrenos de boa consistência, à peqUena profundida-
)
de, os tubulões são dimensionados com as seguintes regras:
absorvidos pela compressão do )
Esforço de compressão das pernas Esforços de compressão
)
terreno na base do tubulão e pelo atrito lateral do mesmo com o
F = F = Fci ·b FLI + Ft1
4h'
+
2a
·h' )
terreno.
~- \
13.648·2,06 ( 1. 753 + 1. 792) ":.. Esforços de arranCamento - absorvidos pelo peso próprio do )
F + ·2,35
4·2,35 2·206 .)
concreto e pelo peso do_ volume de terra do cone de arrancamento
F 7.233kfg )
- Esforços de flexão - absorvidos pela res-isténcia do terreno
Índice de esbelt~z Em terrenos de baixa resistência por grande prfundida- )
lf de, alto nível do lençol freático, os tubulões são realmente )
rk fundações profundas e dimensionados com as bases de: J
Como existe um contraventamento entre as pernas, o - Esforços de compressão - absorvidos pela compressão do
j
comprimento de flambagem é dado por:
terreno na base do tubulão e pelo atrito lateral do mesmo __)
lr = li1 + lr2 133,2 + 127,6 peso próprio do
- Esforços de tração . ~ absorvidos pelo
2 2 ~)
lr 130,4cm concreto mais o atrito lateral do mesmo com o terreno. Em caso de )
"r
---~--. ---.-.--.-.-~.J· ·_ -
~·' 1
514
'J Projetos mecân icos das linhas aéreas de transm
issão . .
Fundações
515 i
·.~
i=,
•J
solo , do conc reto e do aço} , cheg ar a um conj unto de dime nsõe s da
'.) peça de conc reto - tubu lão ---t al que seja . capa z de tran smit ir com
solo , e este seja capaz_ de
' segu ranç a as soli cita ções máxi mas
~
ao
abso rvê- las também com segu ranç a.
) /
9
Rote iro para dime nsion amen to
'.::) ~~ ~,&g~- ~

'
' Leva ntam ento dos dado s do proj eto - é a defi niçã o das carg as
1
.~ solo e dos rnate rias de
f
1 '
a supo rtar e d as Cara cter ístic as do
) cons truçã o disp onív eis ..
)
1
"' " ' " 3 ' n

-t--'-- - ~----NA
_ Carg as na·h ipót ese i:
.:)
'
I,. ' Fci _ comp ressã o máxima
.) 1 1 1
,1/ Fti - . esfo rço horl. zont al tran sver sal
.)
.J 1
1

• 'o
"' 9

' .
fLi - esfo rço horl·zon tal long itud inal
_Ca rgas na hipó tese j:
) '
Fr J - traçã o máxima
) 'Fig. 7.62 - Esquema de um tubu lão
FtJ _ esfo rço hori zont al tran sver sal
)
FLJ - esfo rço hori zont al long itud inal
,.) nece ssida de pode -se aind a lanç ar
mão de um bloc o ~e funct a9ão . no Forç a hori zont al máxima:
,) topo do tubu lão, com a fina lida de de
aume nto de peso do conc reto .
2 2
.J Em qual quer caso , desd e que o tubu
lão todo ou part e
FTma x = / Ft + FL

.J dele . este ja subm erso no níve l freá tic.o ,


_ Cara cter ístic as do solo
deve -se c9ns~derar o
esfo rço. do empu xo sobr e o mesmo. '(N - peso espe cífic o do solo
.J
J Os tubu lões podem ser empr egad os como fund açõe s
'(S - peso espe cífic o do solo satu rado
) simp les ou frac iona das. Quando na form tTs - tens ão de comp ressã o
a de frac iona das, usa- se um
tubu lão por pé de torr e e norm alme "'\_ tens ão de ader ênci a
.) nte padr oniz ado.s para uma mesma
torr e. Nest as cond içõe s, os tubu lões ~ _ ângu lo de talud e
,) são dime nsion ados para a
hipó tese mais soli cita nte do pé mais NA - níve l da água abai. xo do níve l do terre no
,) desf avor ável , e veri fica dos
para a hipó tese mais cont rove rtida
.) , mesmo que para outr o pé da - Cara cter ístic as do conc reto :
estr utur a. 'lcu lo do conc reto à comp ressã o
fcd - resi stên cia de Ca
.J Os tubu lões profu ndos . não deixa m , do conc reto à comp ressã o
de ser um tipo Fck - tens ão cara cter ístic a
,)
espe cia_l de esta ca Nest e item disc utire mos apen as os
tubu lões rc - peso espe cífic o
.J raso s.
,) - Cara cter istic as do aço Tipo - CA
O dime nsion amen to de um tubu lão de
conc reto . cons iste Fyk _ tens ão de esço amen to
:..) em: part indo -se dos dado s de proj eto (_car
gas, cara cter ístic as do fyd - resi stên cia de cálc ulo do aço à traçã
.J o
"'.')....__ __ _
517
516 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações

Cálculos
l
Cargas de cálculo - todas as cargas devem ser majoradas de
um fator Ki (K1 = l, 1 a 1, 2).
1• . _)

Ci = Kl' Fci
ti = Kl' Fti
d )
TJ Kl'FTJ )
tJ = Kl' FtJ Fig. 7.63 - Atrito lateral )
LJ Kl' FLJ )
-
eompresao ma'x1·ma do solo (Fig. 7.64)
Dimensionamento à compressão as forças verticais de )
~ 4(Fcm - Ra)
compressão (C1 e peso próprio) serão absorvidas pelo atrito lateral )
n:·D2 \
e compressão do terreno na base do tubulão. Embora o empuxo .alivie _J

a compressão da base do tubulão, o mesmo não é considerado. )


Volume do concreto )
Ro
Vc = Vci + Vc2 + Vc3 + Vc4

Onde:
.)
2
rrd
Vc1 = --4- (a + h 1 )

)
Vc2 rrb
---i:z- (D2 + d•2 + D·d• )
)
2
Fig. 7. 64 - Compressão da base do tubulão
rrD )
Vc3 -4- e as forças verticais àe
Dimensionamento ao arrancamento - \
b ) - 0 abvsorvidas
Sa -'
2 traçãd;. (arrancamento e empuxo da parte su mersa ,
rrd )
Vc.4 = -4- g , ·
pelo , peso propr10
. . do concreto e pelo peso d o vo 1ume do cone àe
.)
arrancamento.
Peso do concreto .)
Volume de concreto abaixo do NA
Pc = õc•Vc )
Vcs = Vc3 + Vc2 + Vcs
J '
Carga de compressão máxima Onde )
2
Fcm = Ci + Pc rrd .j
Vcs = - 4 - (hl - f) para f
" hl
)
Resistência devida ao atrito lateral (Fig. 7.63}: rr· b (d•2 + D2 + Dd')
Vc2 = -iz .)
Ra = rr·d·h·n 2 )
rr·D
Vc3 = e
4
---~-- ~-
_ __f"
519
518 Projetos mecânicos das lin~as aéreas de transmissão Fundações_

Volume de solo acima do nível da água:


Volume de concreto acima do NA
Vce = Vc - Vcs Vsr = Vs - Vss

Peso do concreto considerando o empuxo (Fig. 7.64) Peso do solo estabilizante:


Pct = Vcs•'Yc
tJ - E +Vce' õa
Ps = Vss· (ãs - õa) + VsE·'(NºCa = peso esp. da água

Peso estabilizante total, considerando o empuxo:

E 0 Vcs. "t'a PE=Ps+Pcr


fo: Peso esp.
o'çuo Fatot de segurança ao arrancamento:

PE
KA = TJ
Onde KA " 1,5
Fig. 7.65 - Consideração do empuxo

- V~rificação ao reviramento:
Volume de solo estabilizante: 1 Momento de reviramento:
!
Vs = Vs1 - Vs2 - VS3 - Vs4 J
M = Ftmax. (li + h)
Onde:
Momento resistente lateral

MR
3
(D + d)· (h,3 + hi ) + D· (h3 3 31l
- h2
Ys2
n·D 2 2
-4- e

Coeficiente de segurança
Ys3

;\ KR = ~ 1,5
Ys4 = ---rz-
"· b ( D2 + d 2 + Dd)

Os tubulões devem ser


Volume de solo abaixo do nível da água: Dimensionamento da ferragem
dimensionados à flexo-cornpressão, segundo as normas do cálculo
Vss = Vss - Vs6 - Vs2 - Vs4
estrutural.
Onde:

Yss = rr· (h-f) { 2


12 D + [2(h - f)·tgll + d]2 + D·[2(h - fJ·tg/l Exemplo 7.5

Verificar a estabilidade do tubulão mostrado abaixo


2
rr·d (Fig. 7.66), para as seguintes hipóteses de cálculo:
YS6 = - 4 - (h1 - f)f " hl
. -~- _.t.~
521 /1
520 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações ,j

)
1 d • 0,6
Tensão carac. d o concre to a compressão: )
2
! fck = 150kgf/cm
J,
I/ ~NT
9. o, 5 ..

i-- " o •0.3


6• o.a
Peso específico:
.
00 = 2.200kgf/cm
2
..)
_)

l ------ -- ="" hl: 2, 7

h2•36
h•
Coeficiente de segurança:
õ*c = 1,4
características do aço
Tipo de aço -. CA 50
lj
)
)
'
_)
~

_J
Tensão de escoamento:
1 2 )
/~ b:Q,8 Fyk = 5.000kgf/cm
)
1

o ',, 6
""' 1
e •0,1
Resist. cale. escoamento:
Fyk = 5.000 = 4.348kgf/cm
2
..J
fyD =~ 1. 15 ~-)

j __
._)
Fig. 7.66 - Exemplo 7.5 Coeficiente de segurança:
f 7*s = 1,15 )
Hipótese 1 Cálculo
1
Compressão máxima - Fc1 46.789kgf fundações - majoradas de 10%
1 _ cargas de cálcu 1o nas
Esforço transversal - Ft1 08.062kgf
Esforço longitudinal - F11 04.23ó1kgf ·_)
Esforço transv. máx F t max 1 = 09. 108kgf FLl=l,1 ~ll=04.662kgf
Hipótese 2 ti = l,l·Fti = 08.868kgf
Tração máxima - TT2 32.230kgf )
Esforço transversal - Ft2 06.052kgf F tmax 1 -_ 1 • l·Ftmaxl = !0.109kgf
Esforço longitudinal
._)
F12 = 02.928kgf T2 = l,l·Fc2 = 35.563kgf
Esforço transv. máx - Ft max 2 = 06. 727kgf ·\ )
/
FLZ = 1,1·FL2 = 03.22lkgf
tz = 1,l·Ft2 = 07.395kgf )
Características do solo
3 . Ft max 2 = 07. 395kgf ~)
Peso específico ........... õH = 1.400kgf/m
3
F tmax 2 _- 1 1 1
Peso específico saturado .. õs = 1.700kg~/m )
Tensão de compressão ...... ~s 2kgf/crn
Tensão de aderência ....... Ta 2kgf/crn 2 2 - Dimensionamento à compressão:
)
Ângulo de atrito .......... ~ 20°
NA abaixo do terreno ...... f = 2m _ Volume de concreto J
__ __)
Vc Vc1 + Vc2 + Vc3 + Vc4
Característ-icas do concreto
2
nd
e + -4-g )
.
(D2+ dz+ Dd' l +
Resist. cálculo a compressão:
-
Vc -
nd2
4
(a+h1) +
-rz-
Vb

150 2 2
Fco = FCk = - - = 107kgf/cm Vc = 2,104m
~ 1.4
. /

"1 l(
522.
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações.
,..~,..,,..,
GERÉ!lCIA DE INFOR~O 1
E DOCUi~EtlTACAO 1

\ .•....
'
1,
'

}
- Peso de concreto
Po = ro·Yo = 2.200·2,104
V-.JV\ 'l:P BIBLIOTECA
CENTRAL ,

)l Po = 4.629kgf
Vs4 = l7rb
Z (D2 + d2 + Dd)
:) Compressão máxima do terreno
Fom = C1 + Po = 51.468 + 4.629
Vs = 25,118m3
) Volume do solo abaixo do NA
•) fom 56. 097kfg
Vss Vs5 - Vs2 - Ys4 - Vs6
1

:~
- Resistência devido ao atrito lateral 7f (h-t) 2 + [2 (h - f ) tg/3 +d] 2 + D[2(h-fltg/3+d]}
VsS {D
Ra nd·h·Ta 12

') Ra 13.949kgf "º2


Vs2 - -- e
4
"1
·)
- Compressão máxima do solo
Q
4 (Fom - Ra)
. Vs4 =
nb
12
(D2 + d2 + Dd)'
1
ffs = ~---,-------
2
7rD2 nd
,J Ys6 = - 4 - (hl - f)
'·'. ffs 2,lkgf/cm
2
=~s aceitável
il 3
Vss = 2,354m
3 - Dimensionamento ao arrancamento
- Volume de concreto abaixo do NA
t
.f
- Volume de solo acima do NA
VsE ::: Vs - Vss
Vos Vo2 + Vc3 + Vcs 3
VsE 22,764m
7rb 2
Vos = (d' +D 2 +Dd') + -"º2 7rd2
4 - e + - 4 - (h1 -f) Peso do solo estabilizante
) 12
) V" = 1,313m
3 Ps = Vss (õs - õa) + VsE•õs

Volume de concreto acima do NA


Ps = 33.517kgf
Voe Vc - Vcs Peso estabilizante total considerando o empuxo
3 PE Pct + Ps
Vcc 0,791m
<) / \. PE = 36.833kgf
- Peso do concreto considerando o empuxo
) E= Vcs•7a _ Fator de seguranca ao arrancamento
) E = 1. 313kgf Ka = i~ = 1,04 < 1,5
Pot Pc - E
Deve-se voltar e alterar as dimensões iniCiais de D,
Pot 3.316kgf
por exemplo para D = 2,0m.
j
Volume de solo estabilizante
) 4 - Verificação ao reviramento
Vs = ·Vsl - Ys2 -- -Ys3 - Vs4
Momento de reviramento
Ys1 = ~~ 2
[D +(2h·tg/3+D)
2
+D (2h·tg(3+D)] M = Ftmax (fl + hl.
"º2 M = 33.700kgf·m
Vs2 = --4- e

i.--·:-_'--'--- ---·--~·--~~-"------~-"'
-/. j)
525
524 Projetos mecânicos das linha~ aéreas de. transmissão
Fundações ')
.')

1
Estas peças, normalmente em aço ASTM 36 galvanizado
- Momento resistente lateral /1
(~fl = 2.530kgf/cm2 ), são executadas em cantoneiras e posicionadas J
3 3
MR = - - 'º2 [ a·hl
. +
(D+ d). (h2 +h1 )
com exatidão durante a concretagem da parte superior das fundações. )

l
3
2 i
Dados necessários ao proje.to dos "stubs" e "cleats": ' )
MR = 52.663kgf
•• Esforços nas fundações: 1 )
'
!
- Coeficiente de segurança ao reviramento Fr1 - maior esforço de arrancamentoconf orme a hipótese i 1
J
maior esforço de cornpresão conforme a hipótese i
KR = ~R = 1,56 > 1,5
Fci - 1
1
)
1
~
- Características do concreto:
~R - (kgf/cm2 ) tensão admissível de ruptura do concreto
1

1
)
)
-ra - (kgf /'Cm 2 ) te-ns_ão de aderência entre concreto e aço
)
7 • B.5 - "Stub" e "cleats"
- Dimensionamento do "stub" - considerando o esforço de tração )
fTi faz-se uma pré-escolha do perfil cantoneira, tal que: )
A transição dos esforços en t re estrutura metálica de
uma torre e o co ncre t o d as fundações, sempre é feito por uma peça 1,5 Fn J
metálica, denominada "stub"' que é .engastada no concreto e deixada
O"fl )
na forma de arranque acima d o-· · arrasamento da fundação. Para Isto levará a um perfil L de dimensões b1}~t1. Em )
diminuir o empuxo e melhorar a aderência no concreto, usam-se seguida, determina-se o comprimento 11 de engastamento do "stub" no )
reforços metálicos, denominados de "cleats", parafusados nos concreto, considerando a tensão de aderência e a área de contato )
"stubs" (Fig. 7.67). entre concreto e aço. )
)
ll ::?:: --º~''-7_5;_..f.;_T_!_
(2+.fZ )i:a )
)
- Dimensionamento dos "cleats" - considerando-pe o esforço de
)
compressão Fci e a tensão admissível de esmagamento do concreto,
)
determina-se a cantoneira de "cleat", tal que:
J \ )
o 0,75fc!
bz ?:.
N·l2·crR
)
)
Onde:
)
N é o número de "cleats"
11 )
12 ::: b1 é o comprimento de cada cleat"
Isto levará à escolha de de um perfil L de abas b2. Em 'J

)
seguida, adota-se a espessura tz da cantoneira, coerente com as
)
outras dimensões transversais, de tal forma que fique verificada a
)
./
relação prática abaixo, que garante o não dobramento das abas dos
Fig. 7. 67 - "Stub" e ''cleat"
"cleats". / ..
'
"1
526 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão 527 '

2
(7,62x7,62 cm) e secção ll,48cm
Onde: Comprimento de engaste:
R é o raio de concordância da cantoneira O, 75•FTmax "'55,08cm
3,41·i:a·b1
crr1 é a tensão admissível de f-lexão do aço ASTM A36 (2.530)
Caso necessário, o valor de b deve ser revisto. Comprimento adotado= 55,08/0,75 ~ 75cm

Dimensionamento dos parafusos de fixação dos "cleats" no Dimensionamento dos cleats:


"stub" - considerando-se que todos os N "cleats" sa- 0 fixados com o Definição do perfil:
mesmo número "n" d e parafusos de aço de alta resistênci~. usando 3 cleats de 12 = 7,Scm em cada face do stub, te
determina-se o diâmetro d·os para f usos, tal que:
remos:
O, 75·Fc.max
u ba ~ ~ 2,84CII!
N·l2·<rR
d"' /4·K·Fc! e
n·N·n·v Perfil adotado:
L 1-1/2xl-1/2xl/4" (3,8lx3,81cm)
K·Fc1
Verificação final:
fa7)l
Onde: b2 "'R + t 2 /~ "'3,02cm (R = l,43cml
V é a tensão admissível de cisalhamento (1.500Kgf/cm2 )
Dimensionamento dos parafusos: usando-se dois parafu-
crc é a compressão admissível no aço da cantoneira sos por cleat, e fator de segurança de 1,5: ,',,
Desprezou-se a força de atrito entre os "cleats" e o "stub",
4·K·Fc1
devido ao aperto dos parafusos. N·n·r.:·v
= 1,56cm
Parafusos adotados: parafusos de alta resistência - padrão ame
Exemplo 7.6 ricano - A-325 diametro 5/8" .
.J
<J
Dimensionar os stubs de uma torre
esforços máximos são:
de uma L. T., cujos /1 i
7.8 - BIBLIOGRAFIA
1Q FT max = 19. lOSkgf j
,_) Fc max = 23. OOOkgf
1 - BALLA, A., "Uplift resistance of bulb type foundations for
Usar: 1
i <J 2
overhead line foundations". Minutes of the Sth International
O'R = 135kgf /cm
·O 10kgf/cm 2 Congress on Soil Mechanics and Foundatiops Wo_rks, Paris,
1

j
"'C'a =
= 2.530kgf/cm 2


(J'fl
1961.
'~) -Dimensionamento-do perfil do stub:
2 - BARR_AUD, Y., "Fondations de pylônes classiques on hawbannés.

o Definição do perfil:
Recherches expérimentales".
(classical
Bulletin sté. frança:lse"
and guy anthor
des
fondations,
rc_) 1,5 FTmax 2
electriciens,
' A"' .<.!::: 11,33cm
Ta experimental research), outubro de 1958.
t ~)

--- --~~- -----


1
-------"_..::_J
ProjeroS mecânicos_ das /inh_as t;éieas_ d~ transmfss5o-·-
' . : '

3 - Bl'ARE,?, _ J.:. ,_ "_:c~ntr.ibut_ion à l_' étude âeS ·propr-ietéS rnéchanique·s_


· des~·soí!S et des m"atériaux--pulV~~fr-Ule_ri(S 11 • .-rhê·se· de· D~_çto.rat _ __

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9 CONPANHIAS!DE;RÚRGICA NACIÓNAÍ., "Catálogo d~ produtôs'1 .
. 10 - . AElNT,' Normas NB 1S2/72,
t-ranslnissão e subtransmissãó .de energia· élétrica"::;
Associação Bras~leira de Normás· 1;'éCnicà_s, R~·o tje -j'~~eir.o-:·" -
1972.

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