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CURSO DE DIREITO
TURMA DIR RF 1VA
DISCIPLINA: CIÊNCIAS POLÍTICAS E ECONOMIA
PROFESSOR: EDUARDO KALINIEWICZ
TRABALHO EM GRUPO
QUESTÕES COM BASE NO LIVRO:
ELEMENTOS DA TEORIA GERAL DO ESTADO
(DALMO DE ABREU DALLARI)
Alunos (as):
Deisy Araújo Silva
Edilene Francisca Da Silva
Eliana De Lima Melo
Jessica Priscila Almeida
Luciana da Costa Silva Almeida
Manasses Araújo Silva
Sandriely Albuquerque do Vale
NATAL/RN
2010
INTRODUÇÃO
(79-81)
7. Apresente as mais importantes características do mandato
político.
Assim como mostra Dallari o mandato é uma das peculiaridades do
instituto, ele delega poderes a outrem para tomar decisões em nome do povo,
é um elemento jurídico que influi diretamente sobre o Estado.
Mandante, outorgante, comitente: aquele que concede, outorga poderes.
Ele é representado pelo contratado. Mandatário, outorgado, comissionário,
procurador: quem recebe tais poderes. Ele representa o contratante.
O Mandato Político atualmente é livre (não vinculado), geral (para
qualquer assunto de competência do representante), autônomo (os atos do
representante não dependem de confirmação), irresponsável (o representante
não deve explicações por suas decisões) e irrevogável (com exceção do recall,
que não existe no Brasil.
O mandato geral é relativo a todos os negócios do mandante, conferindo
ao mandatário poderes de administração, restando excluídos os atos que
importem em diminuição patrimonial (compra, venda, doação, etc), para os
quais são necessários poderes expressos, através do mandato especial.
O mandatário é então a pessoa que, investida de poderes outorgados
pelo mandante, executa atos ou efetiva os negócios em nome daquele de
quem recebeu os poderes.
(82)
8. Explique a representação política através dos partidos.
Como mostrado no livro, desde a Grécia antiga a política sempre
esteve vinculada aos interesses e a mercê de preferências ligadas a esses
interesses, pois sempre gerando situações conflituosas, surgindo então a
existência do estado democrático. Quando em Roma isso já era mais claro, os
partidos políticos já se digladiavam a respeito da política, assim como também
existia a luta dos plebeus pelos seus direitos.
Os políticos no sentido moderno só aparecem a partir de 1850.
Como observado por Dallari e explicado através de Duverger a analogia das
palavras quase contradiz esta data, pois dá-se o nome de “partidos” às
facções, aos clãs, aos clubes, aos comitês, às vastas organizações populares
que participaram da política ao longo da história.
Mais a frente outra forma de classificação passou a existir, quanto ao
âmbito de atuação e também a profunda crítica, envolvendo não só os partidos,
mas também a representação política, afim de que se tenham partidos
autênticos e que respeitem a vontade geral comum a todos.
Dallari faz colocações ainda sobre o final do século XVIII, quando os
partidos já eram entendidos como “um corpo de homem que se unem,
para colocar seus esforços comuns a serviço do interesse nacional, sobre o
principio o qual todos aderem”, ou seja, os partidos eram para todos e não
somente para uma classe de privilegiados políticos. Já no século XIX, o
partido era conceituado como “uma reunião de homens que professam a
mesma doutrina política”, o partido político já era visto como instrumento para
lutar por compartilhar necessidades, anseios sociais. As noções de partido,
geral, universal e material, consideram este como a qualificação de um
movimento de idéias centralizado no problema político e cuja originalidade é
suficientemente percebida pelos indivíduos, para que estes aceitem ver nele
uma realidade objetiva independente dos comportamentos sociais.
A partir do entendimento dos partidos a partir do século XIX, Dallari
classifica três tipologias a respeito deste: Quanto à organização interna
(partidos de quadros e de massas) e quanto à organização externa (havendo
sistemas do partido único, sistemas bipartidários e sistemas pluripartidários).
Todos estes tipos com suas respectivas complexidades.
No Brasil, há partidos políticos que existem no Brasil há mais de cento e
sessenta anos. Nenhum deles, porém, dos bem mais de duzentos que
surgiram nesse tempo todo, durou muito. Não existem partidos centenários no
país, como é comum, por exemplo, nos Estados Unidos, onde democratas
(desde 1790) e republicanos (desde 1837) alternam-se no poder. E o motivo
disso, dessa precariedade partidária, da falta de enraizamento histórico dos
programas nas camadas sociais é a inconstância da vida política brasileira.
(84-87)
9. Explique a representação profissional, corporativa e
institucional.
Em contraponto da Representação Política, que é própria de um
artificialismo surgiram outras bases da representação para uma maior
fidelidade dos representantes em relação ao papel de sua função e em relação
ao povo. A seguir as três formas de representação profissional que Dallari
explica.
Uma democracia é representativa no duplo sentido: possui um órgão no
qual as decisões coletivas são tomadas por representantes; e espelha, através
dos representantes, os diferentes grupos de interesse que se formam na
sociedade. Ainda que esta concepção de representação seja geralmente
aceita, não há acordo sobre como se dá esta representação. Diferentes
respostas foram dadas à pergunta sobre quais os direitos e obrigações do
representante político (o eleito) em relação aos representados (os eleitores)
durante o exercício de seu mandato. Os distintos modelos de representação
nascem desta questão.
(88-96)
10. Explique o sufrágio (voto) como um dos principais pontos
fundamentais da democracia representativa e indique as restrições mais
conhecidas de direito ao voto em diferentes Estados.
O processo eleitoral é a forma que mais se aproxima da expressão
direta da vontade popular e também a mais justa e essencial aos deveres do
Estado.
Considerando as idéias a respeito da nobreza do voto, ou sufrágio,
afirmam que este seria um direito ou então uma função ou então apenas um
direito eleitoral. O direito ao voto consiste em algumas restrições que
demonstram a tendência relativa à concessão da cidadania ativa.
O sufrágio é o direito concedido aos cidadãos para a escolha dos
seus representantes, o voto direto e secreto, com igual valor para todos.
Esses representantes têm seu mandato por determinado tempo, sendo
garantido a todos os cidadãos o direito de participar, conforme as condições de
elegibilidade estabelecidas. Sem esse direito político, não estaria configurado o
processo democrático que prevê, entre os seus princípios, a igualdade de
todos.
Faz-se necessária a diferenciação entre sufrágio, voto e eleição. O
sufrágio é o direito da escolha, como já dito anteriormente; o voto é o ato que
assegura o sufrágio; a eleição é o processo dessa escolha.
A evolução do processo democrático brasileiro foi influenciada por vários
fatores históricos da nossa República, desde a sua proclamação em 15 de
novembro de 1889.
No início do período republicano, o voto só poderia ser exercido por
homens, com idade superior a 21 anos que tivessem certo nível de renda.
Em 1964, com o golpe militar, esse direito foi negado à população,
cabendo a um pequeno grupo formado por representantes, que faziam parte da
Assembléia Nacional Constituinte, exercê-lo pelo povo. Tinham como
justificativa a necessidade de preservar a segurança nacional, já que os
representantes escolhidos pelo povo fizeram o desgaste econômico, político e
social do país. Cumpre ressaltar que, nesse período, o voto ainda não era
estendido a todas as classes sociais.
Até chegarmos à Constituição de 1988, foram necessárias várias
manifestações populares para firmar-se o direito de escolha dos
representantes no parlamento brasileiro, sem distinção de cor, raça, cultura etc.
Em nossa Carta Magna estão estabelecidas as formas de participação
do povo na tomada de decisões no governo, concedendo-lhes, além do
exercício do voto, o direito de apresentar projeto de lei à Câmara dos
Deputados.
O ideal para a garantia do processo democrático seria a
conscientização política do povo, familiarizando-o com os dispositivos
estabelecidos em lei, afirmando que o seu poder social é peça fundamental
para a estruturação de melhorias das condições de qualidade de vida.
(97-100)
11. Apresente os sistemas eleitorais
A classificação mais freqüente para os sistemas eleitorais são o
majoritário e o proporcional. No majoritário só o grupo majoritário é que
elege representantes. Não importando o número de partido nem também a
amplitude da superioridade eleitoral. Desde que um determinado grupo
obtenha maioria, ainda que de um único voto, conquista o cargo de governo
objeto da disputa. Já no sistema eleitoral proporcional todos os partidos
têm direito a uma representação, estabelecendo-se uma proporção entre o
número de votos recebidos pelo partido e o número de cargos que ele obtém,
assegurando também aos grupos minoritários a possibilidade de participação
no governo. O sistema proporcional privilegia o partido, e não o candidato. Por
isso, é comum ocorrer de candidatos serem eleitos com menos votos que
outros que ficam de fora. Existe ainda uma polêmica, relativa à conveniência
de se adotar o sistema de distritos eleitorais. Nesse sistema o colégio eleitoral
é divido em distritos, devendo o eleitor votar apenas no candidato de seu
respectivo distrito.
(101-103)
Entusiasmados por suas sucessivas vitórias políticas frente Luís XVI, o rei
da França, os parlamentares franceses, então reunidos numa assembléia
constituinte em Paris, resolveram elaborar uma Declaração de Direitos que
servisse de preâmbulo à Constituição que ainda estava em discussão.
Somaram-se então à mesa da Comissão Constituinte, presidida por Mirabeau
e Mounier, mais de uma vintena de Declarações que, após um intenso trabalho
de seleção feita item por item, foram apresentadas na forma final de 17 artigos
para serem aprovados na Assembléia Nacional.
O Estado Federal, por sua vez, identifica-se pela distribuição territorial
do poder político, com a coexistência de esferas de governo com competências
definidas, possibilitando a coordenação e a independência das mesmas. Em
regra, não há no Estado Federal, um poder centralizador, que regule todos os
aspectos da atividade estatal. O governo central tem suas competências
limitadas, tendo em vista que importantes esferas da atividade governamental
são dirigidas às unidades locais. O Estado Federal é um fenômeno da
modernidade. Teve seu nascimento com a Constituição dos Estados Unidos da
América, em 1787, quando as treze colônias britânicas da América declarando-
se independentes celebraram entre si um Tratado aliando-se para uma ação
conjunta visando, principalmente, à preservação da independência. Restou
estabelecido no art. 2º de referido Tratado que “Cada Estado reterá sua
soberania, liberdade e independência, e cada poder, jurisdição e direitos,
que não sejam delegados expressamente por confederação para os
Estados Unidos, reunidos em Congresso’’(Dallari). Entretanto, sendo a
relação jurídica entre os Estados Membros fundados em Tratado Internacional,
referido compromisso era passível de denúncia. Verificou-se a fragilidade do
sistema Confederativo e a pouca eficácia de seus resultados. Surge, então, a
idéia de se unirem sob nova conformação que mais vantagens trouxessem aos
Estados Membros.
(139-145)
(146-172)
CONCLUSÃO