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II Encon
Encon tro
de 19 a 22 de maio
Introdução
Art e-edu caç ão
O tema desta conferência é bastante abrangente e compreende conceitos de cultura, Programação
sociedade,
prometo uma arte e inação
ilum educação.
iluminação Como fazer
instantânea
instantânea sentido
sobre em um ades
rol tãodestes
as complexidades
complexid variado
dest de assuntos?
es temas,
t emas, Não
mas t entarei Home
identificar três áreas problemáticas, cada uma com um impacto sobre culturas, sociedades,
Leia a íntegra das
as artes e a educação no mundo todo. Cada uma destas áreas, à sua maneira está afetando
palestras:
ou irá afetar a arte-educação
art e-educação internacional
internacional..
I ENCONTRO
O primeiro tema é o modernismo como um movimento cultural no mundo ocidental: ou mais 28.abril a 1º de maio
precisamente, a transição do Modernismo para o Pós-modernismo.
III ENCONTRO
O segundo é o aparecimento de um Mercado Cultural Internacional, que é às vezes igualado 23 a 26 / junho
à modernidade ocidental, mas que é dirigido por forças econômicas muito mais fortes que o
IV ENCONTRO
ocidente. 28 a 31 / julho
O terceiro tema é o Mundo Pós-Guerra Fria, situação em que as nações estão sendo V ENCONTRO
arrasadas por causa de antagon
a ntagonismos
ismos étnicos no exato momento em que o mundo parece 25 a 28 / agosto
estar a um passo de integrar seus sistemas de produção, marketing e informação. VII ENCONTRO
17 a 20 / novembro
Uma das características centrais do modernismo era a rejeição radical às suas próprias
raízes na cultura ocidental. Em seu zêlo de reformar e exaltar as artes, artistas e críticos
muitas vezes
vezes desenfatizavam o folclórico e as tradições
tr adições populares tanto das culturas
culturas
ocidentais quanto
quanto das não ocidentais, como sendo
s endo carentes de significação
significação cultural.
cultural. Uma
conseqüência
conseqüênci a da elevação da expressão artística
artí stica a um nível considerado
considerado mais alto que a
cultura popular foi o isolamento das belas-artes do resto da sociedade transformando-a em
um projeto elitista.
No entanto,
entanto, o modernismo cultural tem tanto desvan
d esvantagens
tagens quanto
quanto benefícios. Ele
E le tende a
padronizar
padroniz ar e regularizar
regularizar o pensamento
pensamento na educação controlada pelo estado, na indústria e no
comércio. Pode, às vezes, considerar tradições culturais de fora do Ocidente como sendo
exóticas, costumes
c ostumes étnicos, cheios de charme mas carentes de um conh
conhecimen
ecimento
to que
realmente
realmen te interesse.
interesse.
Home
A cultura ocidental tem pago o preço do conhecido progresso também. Ao privilegiar
explicações científicas da natureza como verdade absoluta, dá margem à filosofia materialista
que nega qualquer possibilidade de um lado espiritual ou imaginativo na natureza humana. Top
Artistas ocidentais sentindo esta falta em sua própria tradição cultural, tomaram-nas
emprestado de fontes não ocidentais. Poetas, como John Keats, que viveu depois que Isaac
Newton revolucionou a ciência da física, viu esta mudança como que "apressando o
crepúsculo dos deuses." Em seu livro intitulado "Catching the Light" o físico Arthur Zajonc
(1993) descreve
des creve como a fascinação do homem ocidental pelo arco-íris
arco-í ris diminuiu
diminuiu com o
advento da ciência.
"De uma consciência que via o arco-íris como sendo um pacto com Deus...
passamos a ver o arco-íris
arc o-íris como um fenômeno
fenômeno efêmero de d e luz mundan
mundanaa criado
pela refração e pela chuva.
chuva. Nós temos
t emos trocado
tr ocado uma antiga visão ou imagin
imaginação
ação
do mundo
mundo pela da ciência contemporânea,
contemporânea, e ao fazermos isto, do ponto de vista
de Keats, estamos ‘desfiando o arco íris’" (Zajonc, pp. 180-181).
Com a visão dos poetas e pintores desbancada pela do cientista, a cultura do Ocidente
cedeu parte da sua alma para colher conhecimento
conhecimento e compreensão científica.
Enquanto
Enquanto várias nações do
d o terceiro
ter ceiro mundo tentam transformar suas economias copiando as
Há também uma crítica direitista nos Estados Unidos a qual adere a poderosas metáforas
derivadas de um passado idealizado, como a "melting pot" quando os imigrantes
abandonaram suas maneiras européias para criar uma nova identidade americana. A direita
tenta ganhar
ganhar o controle dos bastidores educacionais, o qual reside no conteúdo abrangente
da herança
herança cul
c ultural
tural da civilização
civilização ocidental. Conseqüentemente,
Conseqüentemente, resiste uma educação
multicultu
multicultural
ral como visto na preocupação de Diane Diane Ravich sobre "especificidade
"e specificidade cultural", o
temor de que educadores multiculturais
multiculturais enfatizem diferenças ao invés
invés de similaridades e que
um consenso
consenso social possa
pos sa ser enfraquecido.
enfraquecido. Nos Estados
Est ados Unidos
Unidos isto
ist o é visto na persistência
do nacionalismo
nacionalismo nos livros didáticos sobre hi história.
stória. Os livros didáticos americanos
apresentam-no como "uma história história do triunfo masculino
masculino nas esferas
esf eras política
polít ica e militar", "uma
história de exploração, conquista, consolidação de poder, e os problemas dos governantes de
um império em expansão"
expansão" (Kincheloe e Steinberg, 1993, p. 306).
A principal diferença entre a visão moderna e a pós-moderna é que para a arte moderna
apenas sta
moderni tiposé muito
modernista especiaisexclusiva
extremamente de objetos podem certas
. Apenas reivindicar ser obras
pessoas de arte. A arte
com habilidade na visão
artística estão
autorizadas a serem chamadas de artistas, logo apenas elas são capacitadas para produzir
formas de arte altamente originais. Uma arte-educação baseada sobre esta visão enfatizaria
o estudo de trabalhos que reivindicam ter um grau de excelência definido tanto pela sua
originalidade quanto pela pureza de sua composição formal. Igualmente, as crianças
poderiam ser encorajadas a serem originais em seu fazer artístico. A cópia de qualquer
espécie seria condenada. Esta era a guia filosófica da prática da arte-educação modernista.
pessoas à imagem de sua própria lógica, uma lógica caracterizada pela padronização,
padronização,
uniformidade e passividade" (Freire e Giroux, 1994, p. 4). Ao mesmo tempo, ela tende a
reforçar uma dominância sexista, racista e os estereótipos culturais, impondo visões da
realidade que autorizam
autorizam alguns
alguns grupos
gr upos às custas de outros.
Cada uma destas definições tem seus problemas. A arte-educação baseada sobre uma
definição modernista da arte tende a aplicar padrões de bom gosto e critérios de excelência
artística, mas tal arte torna-se isolada do resto da experiência, de muitas maneiras aqueles
objetos em museus estão isolados do resto da vida. Tal arte-educação proverá uma
experiência e apreciação estética para coisas refinadas, mas tampouco enfatizará um
entendimento cultural nem uma base para uma ação social.
Home
A arte-educação
arte -educação baseada em uma definição
definição pós-modernista é potencial
potencialmente
mente conectada ao
resto da vida, mas sem limites entre arte e o contexto social maior para o qual ela pertence,
torna-se bastante difícil escolher o que deve ser estudado. A pluralidade diáfana das formas Top
artísticas é uma fonte de confusão para os que fazem o curriculum e os estudantes.
Vi
Visões
sões Contrastantes do Progresso
As diferenças entre o moderno e o pós-moderno são também evidentes em suas idéias sobre
o progresso na arte. Para os defensores da visão moderna a possibilidade de progresso na
arte é um aspecto do progresso da civilização. A busca por novos estilos e formas de
expressão é assumida
assumida para antecipar o potencial expressivo da arte. Qualquer
Qualquer um pode ver
porque a originalidade foi favorecida na arte e porque as crianças foram encorajadas a serem
criativas e não copiar o trabalho de outrem.
reverenciadas
da paródia. como tradições consagradas, mas podem ser exploradas através da sátira e
A arte-educação
arte -educação modernista abriu uma brecha na na construção de uma ponte
ponte entre a
vanguarda
vang uarda e um público que estava relutante em aceitar novos estilos e novas idéias, mas os
professores de arte modernistas muitas vezes limitaram tanto o estudante por recusarem-se
a ensinar as técnicas
t écnicas tradicionais do realismo,
r ealismo, impondo
impondo uma instrução baseada nos
elementos da composição.
Abstr
Abs tr ação Vers us Realismo:
Realis mo: Unid ade Or
O r gânica
gâni ca Versus
Versu s Eclet is
ismo
mo
A arte moderna
códigos é recheada
visuais de com exemplos Van
culturas não-ocidentais. de artistas ocidentais
Gogh estudou tomando
a gravura emprestados
japonesa, Klee imitou
os motivos dos tecidos de culturas oceânicas, enquanto Picasso e Modigliani foram
estudantes
estudan tes atentos da escultura
escultura afr icana. No século dezenov
dezenove e o est udante
udante britâni
br itânico
co Owen
O wen
Jones (1982) estudou formas decorativas de todo o mundo para reduzir a complexidade da
arte à uma "Gramática do Ornamento", um conjunto conjunto de princípios uni
universais
versais que poderia
cingir toda a arte ornamental mundial
mundial.. O esforço para reduz
r eduzir
ir a arte
a rte a uns
uns poucos elementos
e princípios aplicáve
a plicáveis
is a toda arte
ar te de
d e qualquer
qualquer lugar é um exemplo
exemplo modernista tipicamente
ocidental. Tomar emprestado de outras culturas poderia ser justificado nos campos onde toda
arte era
e ra governada pelo mesmo conjunto
conjunto de "leis universais"
universais" descobertas
desc obertas no Ocidente…
O cidente…
Anteriormente realcei
Anteriormente r ealcei algumas
algumas diferenças entre o modernismo e o pós-moderni
pós- modernismo
smo como
eles estão se desdobrando no Ocidente.
Oc idente. T
Também
ambém identifiquei
identifiquei alguns
alguns dos problemas para a
arte-educação nascidos de mud
mudanças
anças de conscientização. Estes estão resumi
r esumidos
dos na seguinte
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A compreensão e o prazer da ar te http:/ /ww 2.sescsp.org.br /sesc/ hotsi tes/ar te/text_2.htm
tabela:
O que preocupava Barber era que as tendências Jihad e Mundo Mac não são separadas e,
às vezes, trabalham no mesmo país, com as mesmas pessoas e que de inúmeras maneiras
são interdependentes.
interdependentes. Ele usa estes exempl
e xemplos
os para lograr seu intento:
"Fanáticos iranianos mantêm um ouvido ligado nos "mullahs" instigando à guerra santa e o
outro ouvido
ouvido ligado no brilho
brilho da televisão
t elevisão de Rupert Murdoch em "Dinastia" e "Os"O s Simpsons".
Empresários chineses disputam a atenção tanto das estruturas de festas em Beijing quanto
perseguem franquias do KFC em cidades como Nanjing, Hangzhou e Xian, onde vinte e oito
outlets servem 100.000 fregueses todo dia… Assassinos sérvios usam tênis Adidas e ouvem
Madonna nos headphones de seus walkmans enquan enquanto
to miram suas armas
ar mas em cidadãos de
Sarajevo que procuram água
água para encher
encher o tanque
tanque da família,
f amília, e os põem em fuga. Hasids
ortodoxos e neo-nazistas, ambos se viraram para o rock para poder transmitir suas
tradicionais mensagens
mensagens à uma nova geração, enquanto
enquanto os fundamentali
fundamentalistas
stas tramam
conspirações virtuais na Internet" (1995, p. 5).
Muitas nações têm transformado suas economias seguindo o exemplo das práticas
econômicas e educacionais
educacionais ocidentais, o tempo todo se preocupan
pre ocupandodo com o choque da
cultura ocidental, especialmente a cultura popular. Podem nações que seguem a trilha do
Mundo
Mund o Mac
M ac ter
t er esperanças
espera nças de evitar a nova cultura
cultura popular internacional
internacional que
que está
est á sendo
difundida
difundida através de marketing de massa e de tecnologias de comuni
comunicação
cação eletrôni
eletr ônicas?
cas? A
resposta a esta questão não é fácil de ser encontrada, e é não!
No entanto,
apesar d e tero que
de estáinício
tido seu surgindo porstrialização
todo o mundo
na industrialização
indu industrializado
ocidental e transmi não
tr ansmitir é a cultura
tir muito ocidental,
da cultura
cultura popular
norte-americana. Na verdade é um novo mercado cultural internacional alimentado por filmes
de Hollywood e pela televisão, "música pop inglesa, alta costura francesa, estilo italiano,
minimalismo
minimalismo escandinavo
escandinavo e tecnologia japonesa",
japonesa", através de procedimen
proc edimentostos de marketing de
massa.
Este mercado cultural distrai as pessoas ao ponto de correrem o risco de perder aspectos de
suas próprias identidades culturais tradicionais. O que precisamos nos perguntar é se como Home
arte-educadores nós deveríamos preparar ou não nossos jovens para se tornarem
conscientes dos efeitos deste mercado cultural? Tornando-os cientes dos efeitos eles teriam
a liberdade de submeter-se ou de resistir ao abuso da sua identidade cultural e Top
individualidade.
A Criação
Cri ação do Mun do Mac
A "corporação
"cor poração virtual" de hoje não tem local fixo, mas é feita de um conjunto
conjunto mutante
mutante de
relações conectadas por redes de computadores, telefone e fax. Quase sempre não está
relacionada com indústria pesada, mas com "serviço soft" tais como informação,
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Isto mostra claramente como as culturas podem ser influenciadas para mudar seus hábitos
através de uma estratégia de marketing.
mark eting. E quem sabe? Talvez
Talvez as pessoas
pess oas na Indonésia
comprem Coca e gostem. Mudar em direção ao mercado cultural internacional
internacional é um
uma
a escolh
esc olha
a
que indivíduos deveriam ter liberdade para fazê-lo, e uma mudança cultural nem sempre é
má. Mas a verdadeira preocupação é se estas mudanças podem ir mais fundo, atingindo
possivelmente
possivelmen te a alma?
O que me preocupa não é a venda de Coca-Cola na Indonésia, mas que as pessoas sejam
expostas às "palavras e imagens e sons e gostos que fazem o domínio ideacional/afetivo
ideacional/afetivo pelo
qual nosso mundo físico das coisas materiais é interpretado, controlado e dirigido" (Barber, p.
81). Existe, também, um aspecto ideológico preocupante sobre "quem terá permissão para
controlar as imagens
imagens do mundo,
mundo, e portanto vender um certo modo ded e vida, através da venda
de produtos e idéias". Barber diz que:
para assegurar
inadvertidas hegemonia.
e não Esta
intencionais emé que
certamente
a busca,aaparentemente
política das conseqüências
inócua, do
mercado por diversão, criatividade, e lucros coloca culturas inteiras a perigo e Home
abala a autonomia
autonomia de indivíduos
indivíduos e de nações também" (p.( p. 81).
Os professores de arte podem perceber a seriedade do problema mas não o enxergam além Top
das preocupações diárias da aula de artes. Podem dizer que não há tempo suficiente para
ensinar tudo. No entanto, nos anos vindouros os professores serão forçados a considerar o
impacto de sons
s ons e imagens só para poder continuar
continuar ensinando
ensinando o que estão
est ão acostumados a
ensinar, porque as imagens na cultura cotidiana, na TV, em revistas e jornais, criam um
impacto direto sobre as crianças, acabam construindo a visão da realidade delas, formando
valores e crenças, e isso pode não deixar espaço psicológico para desenhar e pintar, ou
espaço para
par a imagens de qualquer
qualquer ttipo
ipo de cultura tradicional. As crian
cr ianças
ças de hoje estão
aprendendo novos códigos visuais, mas, ao mesmo tempo, estão cercadas de imagens do
cotidiano que
que criam
cr iam visões virtuais de uma vida
vida boa, baseada no consumo.
consumo. Eles vão precisar
aprender
dizendo acomo determinar se esta mídia representa ou não a realidade, e se estão lhes
verdade.
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O colapso do comunismo não tornou o mundo mais seguro. Temos apenas que rever as
recentes histórias da Iugoslávia,
Iugoslávia, Sri Lanka e Ruanda.
Ruanda. Neste exato momento
momento muitas pessoas
pesso as
estão sendo jogadas contra outras. Em 1994 as Nações UnidasUnidas tinham
tinham aproximadamente
aproximadamente
80.000 soldados das tropas de paz em 18 países. As tropas estão nas fronteiras entre Israel
e Síria, e nas fronteiras entre Índia e Paquistão, mas, atualmente, o maior número está
envolvido em tentar separar facções rivais dentro de um mesmo país, como na Somália e na
Bósnia. Os atores deste drama não são nem os indivíduos nem os países, mas tribos, como
nações se estilh
es tilhaçando
açando em unidades
unidades cada vez menores
menores baseadas
bas eadas na identidade tribal. Barber
escolheu a palavra
palavra árabe, Jihad para caracterizar este processo.
"Tomo
"Tomo emprestado seu significado
significado dos militantes
militantes que fazem do massacre ao
'outro' um dever maior. Uso o termo na sua construção mil militante
itante para sugerir
s ugerir um
particularismo violento
violento e dogmático, do tipo conhco nhecido
ecido tanto por cristãos quanto
quanto
por muçulmanos,
muçulmanos, por alemães tanto quan quanto
to por árabes. O fenômeno
fenômeno no qual eu
aplico a frase
fra se tem um início
início bem inocente: políticas de identidade e diversidade
cultural
cultural podem representar
repres entar estratégias
estr atégias de uma sociedade livre tentando
tentando dar
expressão à sua diversidade. O que acaba como Jihad pode ter começado
simplesmente
simplesmen te como
co mo uma busca de identidade local, um jogo de atributos
at ributos
pessoais comuns para resistir contra as uniformidades entorpecentes e
neutralizantes da modernização industrial e da cultura colonizadora do Mundo
Mac" (Barber p. 9).
Nesta seção tentarei responder a esta questão. Minhas respostas vêm, em parte, da história
da arte-educação
art e-educação e como ela compreendeu seu papel no
no passado, quando
quando a ar
arte
te moderna
surgiu. Alguns destes papéis podem ser os mesmos de antes, mas outros terão que mudar
enquanto
enqu anto nos preparamos para o próximo século.
Qual era o propósito da arte quando o modernismo prevaleceu e quais são seus propósitos
agora?
A crença
c rença modernista na inevitabilidade
inevitabilidade do progresso
progres so estava
est ava falhando
falhando até mesmo enqu
enquanto
anto a
profusão estética era tida como sinal de vitalidade cultural. Agora revemos estes esforços
como
falhar atos
nestadetarefa,
desespero — esforçosse
perguntamo-nos vãos
issodefoiachar um novo
ou é uma mito para
esperança vã. oChamamos
século vinte. Ao
o atual
momento de pós-moderno pois nos faltam respostas claras.
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Felizmente, o propósito da arte não mudou com a mudança para o pós-moderno. A arte
moderna tentou uma reconstrução radical da realidade, mas as realidades sociais estavam
passando por construções
c onstruções quando
quando os seres humanos
humanos primeiro começaram
co meçaram a usar as
palavras, signos e outras formas simbólicas de representação para significar suas
experiências e compartilhar os significados possíveis. O processo de construção continuará
enquanto houver seres humanos pois nós somos por natureza "fazedores de cultura" que
criam formas simbólicas para dar sentido e coerência às nossas vidas. Ao levantar questões
sobre o Mundo Mac e Jihad como presságios do futuro, Barber estava se perguntando se
estamos destinados a seguir tendências ou se há alternativas. Home
A Const
Con st ru ção da Realidade:
Realid ade: O Pr opós
op ósitito
o Co
Cont
nt ínu o da Ar te-Edu
te- Educaç
cação
ão
Top
A função das artes
ar tes através
at ravés da história cultural humana
humana tem sido e contin
c ontinua
ua a ser a de
"construção da realidade".
r ealidade". Isto não tem sido fun
f undamen
damentalmente
talmente alterado pelas investidas do
pós-modernismo. A arte constrói numerosas representações do mundo, as quais podem ser
sobre o mundo real ou sobre mundos imaginários, inexistentes, mas a inspiração humana
continua podendo criar uma realidade diferente para cada um deles. A realidade social inclui
tais coisas como dinheiro, propriedade, sistemas econômicos, classes sociais, gênero,
grupos étnicos, governos, sistemas
siste mas de ccerimon
erimoniais
iais religiosos e cr enças, linguagen
linguagenss e
similares. As artes são representações simbólicas dessas realidades. As artes são
importantes pedagogicamente porque espelham essas representações de forma que podem
ser percebidas e sentidas.
O Propósit o da Arte-Educação
Arte-Educação
Precisamos desenv
des envolver
olver melh
melhores
ores defin
def inições
ições de cultura
cultura que as existentes. As definições
definições da
cultura ocidental têm muitas vezes delimitado a cultura referindo-se unicamente à cultura
erudita como no caso sob o modernismo.
modernismo. Mas M as a cultura
cultura é um fenômeno
fenômeno variado contendo
contendo
múltiplas linhas de aspectos eruditos e não eruditos. Temos discutido o impulso cultural do
Mundo Mac como uma tendência negativa que se não for desafiada pode eventualmente
impor seu próprio universalismo, reduzindo a totalidade da diversidade cultural do mundo a um
vazio
vazio monolítico. Um fato similar
similar espera-nos se o impulso da Jihad tor tornar-se
nar-se domina
dominante.
nte. Ela
pode realçar diferenças, mas pode negar a liberdade para explorar a "alteridade". A
identidade
identidade pessoal
pess oal torna-se limitada pelos horizontes
horizontes construídos socialmente elaborados por
cada grupo, cada um impedindo
impedindo a entrada de influências
influências externas com barreiras
bar reiras invisíveis,
invisíveis,
Grandes Muralh
M uralhas
as da China psicológicas. Mas,
Mas , sabemos
sa bemos que há outras culturas além do
horiz
horizonte
ontesimplesmente
não são e assim necessitamos de uma
reconhecidas, ar
arte-educação
mas te-educação internacional
internacion
são vistas como al onde
recursos diferençaso culturai
para capacitar culturaiss
ind
indivídu
ivíduo
o a completar seu
s eu potencial.
potencial. De uma maneira curiosa, a percepção human
humanaa de si
permanece incompleta se não podemos descobrir como cada um de nós é o outro do "outro".
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Um Novo
Novo Mit o para o Mundo Pós-Moderno
Pós-Moderno
Esta questão é a mais confusa de todas e me preocupa que ela possa estar fora do alcance
da arte-educação. Os mitos surgem nas províncias da cultura e são socialmente construídos
notavelmente cedo, nenhuma cultura sozinha tem tido sabedoria suficiente para criar novos
mitos para nosso tempo por si própria. Do ponto de vista do Mundo Mac, a cultura é reduzida
a entretenimento ou "infotimento" , usando um termo de Barber, e estes tampouco servem
para anunciar mercadorias, ou tornarem-se mercadorias eles mesmos. A cultura torna-se
outra mercadoria no mercado e, não tendo propósitos elevados, sua fabricação e marketing
é dirigida pela economia de oferta e procura.
A Art e com
c omo
o Cont
Co nt eúdo
eúd o p ara Est
Estud
udos
os Cult ur ais
A arte, a música e a literatura podem servir como conteúdo para uma pedagogia crítica que
tem como uma de suas missões o questionamento do mercado cultural internacional e a Home
cultura como uma forma de Jihad. Isto I sto pr
provave
ovavelmen
lmente
te será
s erá arduamente
arduamente combatido se aquele
curriculum capacitar os estudantes a tornarem-se cônscios das forças predatórias em suas
vidas e se em seus estudos forem
f orem encorajados a questionar. Aqueles
Aqueles que governam o Mundo Top
Mac preferem que
q ue seus
seus clien
c lientes
tes não ququestionem
estionem e apenas se divirtam, especialmen
esp ecialmente
te ssee eles
consumirem de acordo com seu estilo de vida sem questionar o sistema. Os pedagogos
críticos como Peter McLaren (1995) falam sobre a necessidade de uma pedagogia de
resistência e transformação para contrariar as forças hegemônicas como o Mundo Mac. A
resistência pode ter sucesso à curta distância, mas desde que ela reage à dominação, e não
é empreendida livremente, não é genuinamente livre.
Ambas as tendências
tendências têm
t êm ultimamente
ultimamente trabalhado para encu
encurtar
rtar a liberdade individual.
individual. A
liberdade na visão do Mundo Mac é limitada ao se fazer escolhas entre as mercadorias ou
quanto aos meios de diversão, e não inclui escolhas morais. Na Jihad há a liberdade ilusória
para resistir
r esistir às influên
influências
cias da acultu
a culturação
ração dos grupos dominantes,
dominantes, mas não há liberdade para
explorar o mundo das diferenças além do conjunto de horizontes de sua própria cultura. A
cultura pode ser um lugar de refúgio, mas também pode ser sua própria prisão.
O que agora proponho pode ajudar a refletir sobre as alternativas vindas destas opções. Tem
de ser feito com o reconhecimento das artes como uma forma de questionamento crítico
cultural
cultural que pode levar à tomada
t omada de decisões morais. Deriva da noção de Rudolph
Rudolph Steiner
(1966/1972) de ordem social tripla. Na esteira da
d a I Guerra Mun
M undial,
dial, que desencadeou uma
uma
destruição sem precedentes na Europa, Steiner propôs um sistema de organização social
que proveria as necessidades do ser hu humano
mano sem concentrações hegemônicas
hegemônicas de poder
p oder e
centralização da autoridade fundada
fundada no Estado moderno, e em sistemas
s istemas econômicos como
socialismo ou capitalismo. Em seu plano a sociedade poderia sers er organizada em três
coexistentes e entrelaçados grupos de instituições.
O segundo
segundo grupo contém as organizações cívicas, ou a esf era político-legislativa. Incluem
legislaturas, tribunais e organizações políticas como suas partes. É onde as leis são
promulgadas
promulg adas especificando
es pecificando direitos humanos
humanos e procedimen
proce dimentos
tos através dos quais
quais cada
c ada
ind
indivídu
ivíduo
o pode entrar legalmente
legalmente para realizar contratos e acordos ou para reparar quei
q ueixas.
xas.
O terceiro grupo é o grupo que mais nos interessa, o qual ele chamou de organização
espiritual-cultural . Inclui escolas, universidades, corporações religiosas, museus, e
organizações profissionais como a INSEA. É onde as concepções de liberdade,
ind
individu
ividualidade,
alidade, certo e errado são cultivadas através da busca por signs ignificações
ificações na atividade
educacional.
Um sistema educacional
educacional que suportaria tal ordem
or dem social exigiria formas de educação para
atividades econômicas, cívicas e culturais-espirituais. As artes seriam incluídas mais tarde. A
organização
organiz ação do curriculum pareceria algo como o diagrama que segue:
Um Curriculum Triplo
Nos últimos 25 ou 30 anos um novo desenvolvimento tem surgido sob a psicologia cognitiva
que
que tem mudado
são boas paranossa compreensão
o pensamento comodoaaprendizado. É comum enquanto
lógica e a matemática dizer que outras
há certas matér
matérias
como as ias
artes são boas para o cultivo dos sentimentos. Tal separação já não é mais tão sustentável
(Parsons, 1992). O que está tornando-se claro é que o aprendizado em qualquer matéria
ocupa todas as três facetas da cognição. Chamo estas, à maneira de Steiner, pensamento,
sentimento e vontade. Cada uma, por si mesma, é incompleta sem as outras duas.
Pensamento é a capacidade cognitiva de tratar com conceitos e idéias, mas quando deixa de
sê-lo, pode levar a uma abstração exangue de pensamentos mortos. O pensamento sem
sentimento
sentimen to não pode levar à decisões morais porque os sentimentos
sentimentos ajudam a sensibi
s ensibilizá
lizá-lo
-lo
para as conseqüências das idéias e ações. Além disso, o pensamento não acontece numa
mente ociosa, mas é, ele mesmo, um ato de vontade. Somando-se ao pensamento, a
atividade cognitiva deve envolver a vontade bem como o sentimento. Os sentimentos também
nos tornam capazes de lidar com a afeição e a aversão, simpatias e antipatias, acertos e
erros.
Uma vida governada inteiramente pelo sentimento sem o pensamento pode ser perigosa,
como quando os prazeres tornam-se
to rnam-se vícios ou quando
quando as pessoas ses e engajam em opiniões
opiniões
violentas.
violentas. Ações
A ções morais tornam-se possíveis
possí veis quando
quando indivíduos
indivíduos são capazes de usar os Home
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sentimentos como um recurso para animar o pensamento. John Dewey trata a questão como
ponto de part ida das "dificuldades
"dificuldades sentidas".
s entidas". Tais
Tais sentime
s entimentos
ntos animam a mente por
tornarem-se objetos do pensamento.
pensamento. Todavia,
odavia, o caso é que várias matérias no curriculum Top
diferem em sua capacidade de esboçar o pensamento, o sentimento e a vontade
coerentemente. É no campo do pensar sobre os sentimentos que a arte-educação tem o seu
papel chave na educação.
A Liber
Li berdad
dad e da Vida Cult ur al
Como pode a comunidade
comunidade internacional
internacional dos arte-educadores começar
c omeçar a lidar com os
problemas das áreas mencionadas
mencionadas no início? Começamos por reconhecer
reconhecer que a meta da
arte-educação reside dentro da esfera espiritual-cultural do indivíduo e tem como seu
principal objetivo "a liberdade da vida cultural". Ela é apenas indiretamente endereçada às
esferas da economia ou cidadania,
cidadania, embora estas áreas de interesse
interess e humano
humano uultimamen
ltimamentete
tornaram-se beneficiadas por uma educação através da arte. É aqui que é mais provável
encontrarmos resistência da escola e órgãos governamentais, pais e amigos, porque a
educação pública é controlada pelo estado
es tado nas nações indu
industr
strializ
ializadas
adas e muitos estados
es tados
tendem a colocar os problemas da competição econômica internacional
internacional acima de outros
interesses. Franz Carlgren (1986) nos fala a respeito das atuais condições que afetam a
educação contemporân
c ontemporânea:ea:
Obras de arte apresentam à nossa percepção formas de sentir criadas pelos artistas,
tornando-as disponíveis
disponíveis para cognição. Ensinamos
Ensinamos arte não meramente
meramente para capacitar
crianças a fazerem quadros artisticamente, ou para determinar se um objeto é Home
suficientemente bom para justificar a apreciação e o reconhecimento, mas para capacitar os
estudantes a penetrar na essência de uma obra de arte. A compreensão é atingida através
da interpretação de tais obras, onde a obra é vista em relação ao contexto em que está Top
situada. Isso é possível porque uma obra de arte é sempre a respeito de alguma outra coisa
que a arte! A capacidade para fazer determinações
d eterminações e julgamentos
julgamentos provavelmente
provavelmente não
emergirá se as crianças forem deixadas de fora desses dispositivos. Levantam-se quando o
ensino intencionalmente os deixa de fora no desenvolvimento do poder da mente, incluindo a
imaginação, através da criação e interpretação reflexiva. Isso é o que de melhor a
arte-educação pode prover, e é minha crença que as compreensões cultivadas através do
estudo da arte sejam formas de deliberação que podem preparar as fundações para uma
liberdade cultural e uma ação social.
s ocial.
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