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UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara – FCLAr

Trabalho final de História Geral

A origem do Perigo Amarelo: orientalismo, colonialismo e a hegemonia


euro-americana

Gabriela Akemi Shimabuko

Araraquara, setembro de 2016


1. Introdução

Este trabalho procura explorar a origem do mito do Perigo Amarelo e suas funções
no imaginário ocidental durante os séculos XIX e XX, traçando um panorama geral de acon-
tecimentos que levaram à criação de paranoia que culminou em políticas deliberadamente
excludentes e, em algumas ocasiões, numa forma de racismo letal. Desde a suposta origem
do termo até o final do século XX, aqui estão expostos alguns exemplos de violência, tanto
popular quanto institucionalizada, causados pela lógica do inimigo comum.

O tema abordado, aliado ao conceito de Orientalismo desenvolvido por Edward


Said, ainda é lamentavelmente atual, dado o contexto contemporâneo da Guerra ao Terror,
somado à islamofobia e à xenofobia explicitamente presentes nos debates sobre o acolhi-
mento de refugiados, questões de imigração e direitos humanos no Ocidente.

2. A China como o primeiro Perigo Amarelo

Há séculos o Ocidente estuda, investiga e explora o Oriente. A própria identidade


ocidental – de cultura, tradições e costumes – pode ser delimitada apenas quando posta em
contraste com o imaginário oriental (SAID, 1990).

O medo e o fascínio pelo Outro são tão antigos quanto o Império Persa, mas a
ameaça da dominação do mundo moderno pelo “Extremo Oriente” ganhou o nome de Perigo
Amarelo (die gelbe Gefahr em alemão, ou Terror Amarelo ou, também, Espectro Amarelo)
entre o final do século XIX e o começo do século XX. Embora nas primeiras décadas de
1800 já houvessem obras escritas que se referiam à invasão mongol da Europa no século
XIII como “o maior Perigo Amarelo na Idade Média” (CHEN, 2012, p. 6-7), a origem do termo
em sua conotação atual é traçada ao Imperador Guilherme II da Alemanha (WING-FAI,
2014), que, numa carta de 1895 endereçada ao czar Nicolau II da Rússia, responsabiliza o
czar de “cultivar o continente asiático e defender a Europa das incursões da Grande Raça
Amarela” (PALMER, 2009, p. 31).

Guilherme II, assim como outros líderes e seus conselheiros de nações ociden-
tais, instrumentaliza o medo do Perigo Amarelo – isto é, a tomada do controle hegemônico
por nações asiáticas, vistas como inassimiláveis e retrógradas em relação ao Ocidente, e a
consequente subversão de ideais tradicionais, como o liberalismo individualista, o cristia-
nismo, etc., que fundamentam a vida ocidental –, criando uma ameaça no imaginário da
população e transformando-a num slogan que justifica suas políticas imperialistas no Leste
Asiático, especialmente na China (CHEN, 2012).
Essa narrativa é tecida, em primeira instância, no potencial ‘despertar econômico’
chinês. Com sua densidade demográfica crescendo rapidamente (já representando ¼ da
população mundial na época), seu vasto território e recursos naturais (IRELAND, 1900), o
Ocidente teme a industrialização da China e seu possível avanço econômico.

Ao final do século XIX, o sentimento xenofóbico e racista1 contra asiáticos, parti-


cularmente chineses, está consolidado o suficiente para que a narrativa da ‘invasão asiática’
prospere no Ocidente. Filósofos, cientistas políticos e intelectuais como Mikhail Bakunin e
Arthur de Gobineau legitimam tal ideia em conferências internacionais e círculos acadêmicos
(LYMAN, 2000) e, além de legitimar guerras e ocupações em países asiáticos, a paranoia
generalizada culmina em eventos como o massacre chinês de 1871, no qual cerca de 500
homens brancos foram até Chinatown em Los Angeles e sistematicamente torturaram e
assassinaram vinte imigrantes chineses2, e o Ato de Exclusão a Chineses de 1882 nos Es-
tados Unidos, que impunha graves restrições e dificuldades à imigração e naturalização
(TCHEN, 2010).

Ademais, o imperador alemão, numa entrevista para a Revista do Século em


1908, revela sua fé na superioridade da raça branca:

O futuro pertence à raça branca, nada temam. Ele pertence ao anglo-teutônico, o ho-
mem que veio do norte da Europa, de onde você, a quem os Estados Unidos pertencem,
veio – o lar dos alemães. [O futuro] não pertence aos amarelos ou aos negros ou aos
de cor oliva.3

A fala de Guilherme II é uma referência primeiramente ao fim da primeira Guerra


Sino-Japonesa (1894—1895), na qual o Japão tirou a China de seu lugar milenar como prin-
cipal potência na Ásia, causando uma mudança no equilíbrio de poderes do mundo. Vale

1
Neste texto, uso o termo “racismo” para definir o tratamento de asiáticos e sua diáspora, visto que
a discriminação era sistemática e endossada pelo Estado.
2
http://web.archive.org/web/20121014114252/http://www.usc.edu/libraries/archives/la/scandals/chi
nese_riots.html. Visitado em 29/08/2016.
3
Tradução livre: “The future belongs to the white race, never fear. It belongs to the Anglo-Teuton, the
man who came from Northern Europe, where you, to whom America belongs, came from — the home
of the German. It does not belong — the future — to the yellow or to the black or the olive-colored.”
(http://www.theatlantic.com/magazine/archive/2014/08/the-future-belongs-to-the-white-
race/373456/). Visitado em 29/08/2016.
pontuar, no entanto, que a modernização do poder bélico nipônico – que começou em 1868,
com a Restauração Meiji – não foi o único fator que contribuiu para a derrota chinesa; o
Império Celestial já estava enfraquecido antes da campanha expansionista do Japão, pois,
logo após a Primeira Guerra do Ópio (1839—1842), britânicos e franceses se aliaram em
investidas militares contra a China de 1856 a 1885 (CHEN, 2012).

Todavia, a intenção maior por trás do discurso de Guilherme II é a união da “raça


branca”. O interesse colonialista dos poderes europeus por trás do mito do Perigo Amarelo
fica mais claro após o fim da Guerra Russo-Japonesa em 1905. A histeria é necessária para
justificar as invasões no leste asiático, que visam satisfazer as buscas imperialistas da Eu-
ropa, ao mesmo tempo que produz a ilusão de um inimigo comum: a derrota militar de uma
nação ocidental por uma “amarela” unifica os que dominam o Ocidente para garantir sua
hegemonia através da supremacia branca (KAWAI, 2005).

Em meio a esse processo na política internacional, a doutrina da supremacia


branca ganha força e a Eugenia surge como ciência (TAKEUCHI, 2008). Dada a conjuntura
do darwinismo social, antropologia física e outras vertentes racistas de pensamento, mas-
caradas de cientificismo, eruditos expõem também o aspecto geograficamente determinista
da ameaça do povo chinês: este é um ávido trabalhador, cuja mão de obra é barata e a
resistência às intempéries climáticas é inigualável, ao contrário do homem branco, que, para
preservar suas características raciais, não deve habitar os Trópicos (IRELAND, 1900).

Porém, o problema vai além de um ‘despertar econômico’ da China, o qual impli-


caria na exclusão da raça branca da participação nas vantagens de uma possível melhoria
na economia “dos povos tropicais e subtropicais”, devido à eficiente mão de obra chinesa
(IRELAND, 1900, p. 393). Outra preocupação que acadêmicos e políticos expressam é
acerca da mistura do fenótipo asiático, principalmente em países que possuem uma popu-
lação negra substancial em decorrência da escravidão (MAHONEY, 2015). Nações como o
Brasil e os Estados Unidos precisam de força laboral que substitua a mão de obra escrava,
mas há um intenso debate no emprego de corpos asiáticos devido à empreitada racista em
busca da pureza de raça. Daí surge a dialética da minoria modelo versus o Perigo Amarelo,
onde imigrantes asiáticos são formidáveis trabalhadores, mas, ao mesmo tempo, são espi-
ões e, portanto, uma ameaça para a segurança do Ocidente (KAWAI, 2005).

Fecha-se o século XIX com a China lentamente saindo do ponto focal do Perigo
Amarelo. A emergência do Japão como potência militar na Ásia, que o torna um entrave para
os planos de hegemonia dos EUA e da Inglaterra no Pacífico, é quase simultânea com a
entrada em massa de imigrantes japoneses no Ocidente (LYMAN, 2000). Começa-se a fa-
bricar uma nova ameaça.

3. Japão: o novo Perigo Amarelo

A imigração japonesa para o Ocidente torna-se significativa na virada do século


XX. Nos Estados Unidos, a imagem prevalente do imigrante japonês é de um “povo agres-
sivo”, cuja apresentação dócil não passa de uma “fraude premeditada”, e que “tramam pla-
nos nefastos por trás de uma máscara impenetrável” (LYMAN, 2000, p. 699). Até mesmo no
Brasil, país que não compete com o Japão pelo controle do Pacífico, acredita-se que os
imigrantes estão construindo o “Grande Império do Sol Poente” com o objetivo de fortalecer
a “Nova Ordem na Ásia” e expandir seu império para o Ocidente (TAKEUCHI, 2008, p. 19).

Na esfera legislativa, os debates não diferem muito do medo popular. Francisco


José de Oliveira Vianna, um dos grandes racialistas do século XX, classifica o japonês em
duas categorias: chosu e satsuma. O primeiro tem características brancas, as quais sugerem
que este é um parente da raça ariana e o responsável pela civilização japonesa; o satsuma,
no entanto, é claramente ‘mongolóide’, indesejável, encontrado nas camadas sociais inferi-
ores e rurais da sociedade japonesa (TAKEUCHI, 2008). Oliveira Vianna argumenta que é
o satsuma que está vindo para o Brasil, o que é claramente prejudicial para a formação racial
do país.

Durante as primeiras décadas do século XX, o grande argumento anti-nipônico


baseia-se na “insolubilidade” do japonês, comparando-o ao enxofre; é inassimilável e homo-
gêneo, sempre optando por casamentos e alianças intrarraciais, formando “quistos étnicos”
no coração da nação que optasse por abrigá-lo (TAKEUCHI, 2008, p. 125). O cientificismo
eugênico reforça a paranoia racista e permite que o governo seja cada vez mais autoritário:
nos Estados Unidos, foi implementada a Lei da Imigração de 19244, também conhecida
como Ato de Exclusão de Asiáticos, o que incentivou outros países como Canadá, Brasil e
Peru a adotarem políticas imigratórias semelhantes entre 1920 e 1930 (LEE, 2007).

Porém, com a eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939—1945), o Japão se alia

4
A Immigration Act de 1924 foi uma lei parecida com a Chinese Exclusion Act de 1882 que proibia a
imigração asiática no país, dificultava a naturalização de imigrantes já lá presentes e impunha outras
limitações severas de direitos.
às Potências do Eixo e concretiza-se como o novo Perigo Amarelo, uma ameaça militarizada
direta às nações do Ocidente. Esse evento leva à construção da imagem do “súdito do Eixo”,
denominação designada a imigrantes alemães, japoneses e italianos e seus descendentes
(PERAZZO, 2009). O japonês “súdito do Eixo” é caracterizado como perverso, extrema-
mente inteligente, astuto e eficiente; isto é, uma reciclagem do personagem fictício Doutor
Fu Manchu, supervilão criado pelo escritor Arthur Sarsfield Ward, mais conhecido como Sax
Rohmer. Fu Manchu antes representava a sinofobia numa síntese de todas as ansiedades
a respeito dos chineses, mas, no cenário da Segunda Guerra Mundial, são os japoneses
que assumem esse papel.

Instala-se uma política explicitamente anti-nipônica depois do ataque a Pearl Har-


bor, em dezembro de 1941. Nos Estados Unidos, o então presidente Franklin Roosevelt
ordenou que entre 110.000 e 120.000 nipo-americanos fossem realocados para o interior do
país e postos em campos de concentração (LYMAN, 2000); da mesma forma, no Canadá,
nipo-canadenses foram exilados para o interior da província da Colômbia Britânica; no Peru,
1.800 nipo-peruanos foram forçados a evacuar o país em navios militares americanos e le-
vados para os Estados Unidos (LEE, 2007); no Brasil, cerca de 6.500 nipo-brasileiros foram
expulsos da região portuária de Santos – SP, além de terem seus bens congelados para
serem usados como indenização, caso as nações do Eixo causassem prejuízo ao Estado
brasileiro em ataques (PERAZZO, 2009).

Durante os anos da guerra, a imagem do imigrante japonês muda radicalmente


em cada país que se localiza; deixa de ser o fazendeiro pacato para vestir-se de espião
sanguinário, traiçoeiro, fiel apenas a seu Imperador. No decorrer do conflito, implementam-
se várias restrições à cultura japonesa, incluindo a proibição da língua, o fechamento de
escolas e o veto à circulação de jornais japoneses.

4. O Perigo Vermelho: China e Coreia do Norte

Logo depois da rendição do Japão em 1945, surge um novo terror. Em 1949,


acontece a Revolução Comunista Chinesa com a ajuda da União Soviética e Mao Tse-tung
proclama a República Popular da China. A tensão política da Guerra Fria (1947—1991) e o
medo do comunismo fazem não apenas com que a China volte ao centro das atenções como
o Perigo Amarelo, mas também com que a URSS seja vista como um império não-europeu,
às vezes até mesmo oriental (LYMAN, 2000). Em outras palavras, a Rússia, cuja derrota
pelo Japão em 1905 clamava a urgência de uma aliança da raça branca contra o Perigo
Amarelo, perdeu sua branquitude quando antagônica à hegemonia do Ocidente.

Além da retomada da narrativa da possível dominação econômica, agora a China


coloca em risco a democracia ocidental, posando como o “Perigo Vermelho” (TCHEN, 2010,
p. 271). O clima de alarme se agrava com a Guerra da Coreia (1950—1953); os Estados
Unidos até mesmo propagam o slogan da “ameaça da China aos seus países vizinhos”
(CHEN, 2012, p. 18-19), referindo-se à formação da nova Coreia do Norte comunista.

O familiar sentimento sinofóbico volta à tona e é vigente até a década de 1980,


quando a expansão do Japão como potência econômica industrializada ameaça a distribui-
ção de poderes.

5. O Perigo Amarelo industrializado

Após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos auxiliaram na formulação da


nova Constituição do Japão, decretada em 1947. Para que o país não se aliasse à URSS,
os americanos contribuíram para reviver a indústria japonesa (HEALE, 2009).

No entanto, ao final da década de 1970, a economia japonesa está florescendo


com êxito e o Japão passa a competir com produtos americanos no mercado ocidental. Seu
sucesso prejudica principalmente as indústrias de automóveis e eletrônicos dos Estados
Unidos, cuja economia está crítica por conta dos gastos da Guerra do Vietnã (1955—1975),
da participação na Guerra da Coreia e investimentos na Coreia do Sul. Cerca de 44% dos
cidadãos americanos culpavam o avanço dos produtos japoneses pela crise nos em seu
país (SHIM, 1998).

Produtos oriundos do Japão são comumente tachados de baratos, sem qualidade


e cópias malfeitas das produções do eixo euro-americano até meados de 1990, quando a
nação se consolida como potência econômica internacional, brandamente aliada aos Esta-
dos Unidos e à lógica capitalista ocidental. A imagem do japonês – imigrante, descendente
ou nacional – passa por mais uma transformação, assumindo, então, o papel de minoria
modelo (KAWAI, 2005). Embora ainda exista um sentimento anti-nipônico residual, a popu-
larização exponencial da cultura japonesa na década de 1990 permite que o Ocidente abrace
o Japão

6. Conclusão

O mito do Perigo Amarelo é um instrumento político, cujas origens remontam a


uma tradição de obras e crenças similar – porém não sinônima – à ideologia orientalista que
Edward Said descreve em seu livro Orientalismo (1978). O Perigo Amarelo é extremamente
mutável e depende inteiramente da conjuntura política, visando sempre favorecer o Ocidente
ao atribuir papéis de inimigo comum, muitas vezes racializados, ao Japão e à China, mais
recentemente também à Coreia do Norte.

Bryan S. Turner coloca da seguinte forma:

[O] Orientalismo é um discurso que representa o exótico, erótico, estranho Oriente


como um fenômeno compreensível e inteligível dentro de uma rede de categorias,
tabelas e conceitos através dos quais o Oriente é simultaneamente definido e con-
trolado. Saber é subjugar. (TURNER, 1994, p. 21)

Tendo essa definição, a aplicabilidade do Perigo Amarelo fica clara; é um recurso


na manipulação das relações de poder e aliança que visa manter a hegemonia euro-ameri-
cana, conduzindo o medo coletivo numa lógica de terror. De acordo com John Kuo Wei
Tchen, o Perigo Amarelo segue um “padrão coerente que sustenta [a narrativa] de urgência
absoluta de ‘acordar’ cidadãos da civilização ocidental” e promove uma forma de civilizacio-
nismo anglo-americana extremamente poderosa (TCHEN, 2010, p. 271).

A maleabilidade desse medo está intrinsecamente ligada à mutabilidade do cená-


rio político e econômico internacional e à vulnerabilidade dos poderes hegemônicos a mu-
danças no status quo. O Perigo Amarelo é um dos mecanismos que Estados utilizam para
recorrer ao pânico generalizado que abre portas para as políticas imperialistas. Essa lógica
é a mesma empregada pela islamofobia do século XXI; o Islã é o grande inimigo, a maior
ameaça à civilização ocidental do momento. Para que essa história de paranoia não continue
se repetindo, fortalecendo a dominação daqueles que estão no comando da ordem mundial
há séculos às custas de grupos étnico-religiosos e étnico-raciais, é preciso refletir sobre os
artifícios que tanto acentuam a diferença e a condição de inimigo do Outro.

7. Referências bibliográficas

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