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FICHAMENTO
SOCIOLOGIA: INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DA SOCIEDADE
FICHAMENTO
O DARWINISMO SOCIAL
“[...] darwinismo social, isto é, o princípio de que as sociedades se modificam e
se desenvolvem num mesmo sentido e que tais transformações representariam sempre a
passagem de um estágio inferior para outro superior, em que o organismo social se mostraria
mais evoluído, mais adaptado e mais complexo. Esse tipo de mudança garantiria a
sobrevivência dos organismos – sociedades e indivíduos – mais fortes e mais evoluídos.”
(p.49)
“[...] Assim, as sociedades mais simples e de tecnologia menos avançada deveriam
evoluir em direção a níveis de maior complexidade e progresso na escala da evolução social,
até atingir o “topo”: a sociedade industrial européia.” (sic) (p.49)
ORGANICISMO
“[...] organicismo, que teve como seguidores cientistas que procuram aplicar seus
princípios na explicação da vida social” (p.51)
“Todos esses cientistas partem do princípio de que existem caracteres universais
presentes nos mais diversos organismos vivos, dispostos sob a forma de órgãos e sistemas –
partes interdependentes cuja função primordial é a preservação do todo social. Procuravam
assim, criar uma identidade entre leis biológicas e leis sociais, hereditariedade e história.”
(p.51 – 52)
A CONSCIÊNCIA COLETIVA
“A definição de consciência coletiva [...] trata-se do ‘conjunto das crenças e dos
sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade’ que ‘forma um sistema
determinado com vida própria’”. (p.62)
“A consciência coletiva é [...] a forma moral vigente na sociedade. Ela aparece
como um conjunto de regras fortes e estabelecidas que atribuem valor e delimitam os atos
individuais. É a consciência coletiva que define o que, numa sociedade, é considerado
‘imoral’, ‘reprovável’ ou ‘criminoso’.” (p.63)
A IDÉIA DE ALIENAÇÃO(sic)
“Marx desenvolve o conceito de alienação mostrando que a industrialização, a
propriedade privada e o assalariamento separavam o trabalhador dosa meios de produção [...]
Separava também, ou alienava, o trabalhador do fruto do seu trabalho, que também é
apropriado pelo capitalista.” (p.84 – 85)
“Politicamente, também, o homem se tornou alienado, pois o princípio da
representatividade, base do liberalismo, criou a idéia de Estado como um órgão político
imparcial, capaz de representar toda a sociedade [...] Marx mostrou, entretanto, que na
sociedade de classes esse Estado representa apenas a classe dominante e age conforme o
interesse desta.” (sic) (p.85)
“Uma vez alienado, separado e mutilado, o homem só pode recuperar sua
condição humana pela crítica radical ao sistema econômico, à política e à filosofia que o
excluíram da participação efetiva na vida social.” (p.85)
“Marx propôs não apenas um novo método de abordar e explicar a sociedade mas
também um projeto para ação sobre ela” (p.85)
AS CLASSES SOCIAIS
“Segundo Marx, as desigualdades sociais observadas no seu tempo eram
provocadas pelas relações de produção do sistema capitalista, que dividem os homens em
proprietários e não-proprietários dos meios de produção. As desigualdades são a base da
formação das classes sociais.” (p.85)
“Marx identificou relações de exploração da classe dos proprietários – a burguesia
– sobre a dos trabalhadores – o proletariado” (p.85)
“Essas mesmas relações são também de oposição e antagonismo, na medida em
que os interesses da classe são inconciliáveis. O capitalista deseja preservar seu direito à
propriedade dos meios de produção e dos produtos e à máxima exploração do trabalho
operário [...] O trabalhador, por sua vez, procura diminuir a exploração [...]” (p.86)
“Por outro lado, as relações entre as classes são complementares, pois uma só
existe em ralação à outra. [...] As classes sociais são, pois, apesar de sua oposição intrínseca,
complementares e interdependentes.” (p.86)
“A história do homem é, segundo Marx, a história da luta de classes [...] As
divergências, oposições e antagonismos de classes estão subjacentes a toda relação social, nos
mais diversos níveis da sociedade, em todos os tempos, desde o surgimento da propriedade
privada.” (p.86)
A ORIGEM HISTÓRICA DO CAPITALISMO
“A Revolução Industrial introduziu inovações técnicas na produção que
aceleraram o processo de separação entre o trabalhador e os instrumentos de produção. As
máquinas e tudo o mais necessário ao processo produtivo – força motriz, instalações, matérias
primas – ficaram acessíveis somente aos mais ricos. Os artesãos, isolados, não podiam
competir com o dinamismo dessas nascentes indústrias e do conseqüente crescimento do
mercado. Com isso, multiplicou – se o número de operários, isto é, trabalhadores ‘livres’
expropriados, artesãos que desistiam da produção individual e empregavam – se nas
indústrias” (sic) (p.86 – 87)
O SALÁRIO
“No capitalismo, a força de trabalho se torna uma mercadoria, algo útil, que se
pode comprar e vender. Surge assim um contrato entre capitalista e operário, mediante o qual
o primeiro compra ou ‘aluga por um certo tempo’ a força de trabalho e, em troca, paga ao
operário uma quantia em dinheiro, o salário.” (p.87)
“[...] o salário deve garantir a reprodução das condições de subsistência do
trabalhador e sua família.” (p.87)
A MAIS VALIA
“Visualiza – se [...] que uma coisa é o valor da força de trabalho, isto é, o salário,
e outra é o quanto esse trabalho rende ao capitalista. Esse valor excedente produzido pelo
operário é o que Marx chama de mais-valia.” (p.90)
“O capitalista pode obter a mais – valia procurando aumentar constantemente a
jornada de trabalho [...] Essa é, segundo Marx, a mais-valia absoluta.” (p.90)
“Agora, pensemos numa indústria altamente mecanizada. A tecnologia aplicada
faz aumentar a produtividade [...] A mecanização também faz com que a qualidade dos
produtos dependa menos da habilidade e do conhecimento técnico do trabalhador individual.
Numa situação dessas, portanto, a força de trabalho vale cada vez menos e, ao mesmo tempo,
graças à maquinaria desenvolvida, produz cada vez mais. Esse é, em síntese, o processo de
obtenção daquilo que Marx denomina mais – valia relativa.” (p.90)
AS RELAÇÕES POLÍTICAS
“Diante da alienação do operariado, as classes economicamente dominantes
desenvolveram formas de dominação políticas que lhes permitem apropriar – se do aparato de
poder do Estado e, com ele, legitimar seus interesses sob a forma de leis e planos econômicos
e políticos.” (p.91)
“Para Marx as condições específicas de trabalho geradas pela industrialização
tendem a promover a consciência de que há interesses comuns para o conjunto da classe
trabalhadora e, consequentemente, tendem a impulsionar a sua organização política para a
ação. [...] Essa organização é que permite a tomada de consciência da classe operária e sua
mobilização para a ação política.” (p.91)
MATERIALISMO HISTÓRICO
“Marx parte do princípio de que a estrutura de uma sociedade qualquer reflete a
forma como os homens organizam a produção social de bens. A produção social, segundo
Marx, engloba dois fatores básicos: as forças produtivas e as relações de produção.” (p.91)
“As forças produtivas constituem as condições materiais de toda a produção. [...]
O homem, principal elemento das forças produtivas, é o responsável por fazer a ligação entre
a natureza e a técnica e os instrumentos.” (p.91)
‘As relações de produção são as formas pelas quais os homens se organizam para
executar a atividade produtiva. [...] as relações de produção podem ser, num determinado
momento, cooperativistas (como num mutirão), escravistas (como na Antiguidade), servis
(como na Europa feudal), ou capitalistas (como na indústria moderna).” (p.92)
“Em cada modo de produção, a desigualdade de propriedade, como fundamento
das relações de produção, cria contradições básicas com o desenvolvimento das forças
produtivas. Essas contradições se acirram até provocar um processo revolucionário, com a
derrocada do modo de produção vigente e a ascensão de outro.” (p.93)
A HISTORICIDADE E A TOTALIDADE
“Além de elaborar uma teoria que condenava as bases sociais da espoliação
capitalista, conclamando os trabalhadores a construir, por meio de sua práxis revolucionária,
uma sociedade assentada na justiça social e igualdade real entre os homens, Marx conseguiu,
como nenhum outro, com sua obra, estabelecer relações profundas entre a realidade, a filosofia
e a ciência.” (p.93)
“Por sua formação filosófica, Marx concebia a realidade social como uma
concretude histórica, isto é, como um conjunto de relações de produção que caracteriza cada
sociedade num tempo e espaço determinados.” (p.93 – 94)
“Por outro lado, cada sociedade representava para Marx uma totalidade, isto é, um
conjunto único e integrado das diversas formas de organização humana nas suas mais diversas
instâncias – família, poder, religião.” (p.94)