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1. Evolução histórico-metodológica
a. Gerações de direitos fundamentais (Constitucionalistas)
Direitos civis e políticos (século XVIII – XIX): esta é a
deixe-nos livre”)
Direitos econômicos e sociais (Séc. XIX – XX): essa é a
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Direitos coletivos ou da coletividade (Séc. XX – XXI): nesta
países.
a essa nova fase foi Von Bulow, que enxergou que a relação
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sem renunciar a sua autonomia, deve resgatar o seu real
acesso à justiça:
Assistência judicial: para o pobre ter acesso à justiça.
declaração.
Coletivização dos direitos: percebeu-se que o
inviável
Efetividade: as leis processuais devem ser efetivas
que nenhuma trata a matéria de forma geral. Mas hoje esta em fase de
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Natureza dos direitos coletivos
É pacifico na doutrina que os direitos coletivos não têm natureza nem de direito
da associação.
- Quanto ao objeto:
Injunção Coletivo).
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Importante: Alguns autores sustentam que a Ação Coletiva é a fundada
Injunção Coletivo).
princípios são implícitos (sem previsão legal) e outros são explícitos (com
previsão legal).
previsão legal. A decisão com mérito deve sempre existir na ação coletiva, pois
Data e idoso.
não prejudica a pretensão individual, que poderá entrar com ação individual,
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com o mesmo objeto da coletiva. É o chamado transporte in utilibus da coisa
julgada coletiva.
judicial: Não tem previsão legal atualmente, mas terá previsão na nova lei de
ação pública. Hoje é uma construção doutrinária. Traz implícitas duas idéias: 1.
Poderes instrutórios do juiz maximizados (art. 130 CPC), o juiz deve determinar a
pois ele não sabe qual será o resultado da prova, se será a favor do autor ou do
coletiva.
projeto de lei da nova ação civil pública, tem a previsão da criação de bancos de
todas as ações com base consumerista). Outras leis com processo coletivo: ECA,
Lei dos deficientes, Estatuto da Cidade, Lei da Ação Popular. Todas essas leis se
integram para aplicação no caso concreto, pois não existe uma lei geral. O CPC
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10. Princípio da adequada representação ou do controle judicial da
objeto).
relação jurídica entre si ou com o réu. Ex. estudantes de uma mesma escola,
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Os acidentalmente coletivos são os individuais homogêneos (são
economia processual, pois uma ação só é mais econômica do que mil, 2. redução
A pretensão tem origem comum, ou seja, surge do mesmo evento. Certo é que
cada sujeito poderia entrar com uma ação individual, mas o sistema permite
que a seja feita de forma coletiva, pelas razões já expostas. Ex. vítimas do
recall de concessionárias.
Observações finais:
1. Nelson Nery Júnior afirma que o mesmo fato pode dar ensejo à
CF).
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- Coisa Julgada Coletiva ( Art. 103 e 104 do CDC; Art. 16 e 18 da LACP)
individual, a coisa julgada é pro et contra, a coisa julgada pode ou não prejudicar
a parte (art. 472 do CPC). As regras da coisa julgada no processo coletivo não se
coletivo)
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Difusos Procedente ou Improcedência
provas (secundum
eventum
probationis)
Coletivos Procedente ou Improcedência
provas (secundum
eventum
probationis)
(salvo 94 CDC: a
partir do momento
que ocorre a
habilitação, a coisa
julgada atinge o
litisconsorte)
Individuais Procedente ou Não se aplica, faz
individual
- Observações:
utibulus da coisa julgada coletiva: art. 103, § 1º a 3º do CDC). Mas existe um caso
CDC.
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2. Para o autor da ação individual já proposta se beneficiar da coisa julgada
ação. Mas é preciso haver duas condições: 1. é necessário haver prova nova e 2.
a petição inicial da nova ação deve conter uma preliminar explicando em que
individual.
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contra, em todos os fundamentos, inclusive obstando as pretensões individuais.
condenatória pode ser executada no cível. Mas a sentença penal somente pode
depois de algum tempo a ação seja revista, por exemplo, exame de DNA. Ou
seja, sobre o mesmo fato, com o avanço tecnológico, extrair novas provas.
será pro et contra, salvo se a própria parte requerer a sua exclusão ou ajuizar
total e a ação já foi julgada, ocorre a coisa julgada (art. 301 e §§ do CPC). Se a
ação ainda não foi julgada, ou seja, está em curso, e existe identidade total dos
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elementos, ocorre a litispendência (art. 301 e §§ do CPC). Art. 267, § 5º do CPC:
ocorre a extinção da ação. Nunca será possível a identidade total dos elementos
de uma ação coletiva e de uma ação individual, de modo que jamais haverá
CPC), onde existe a coincidência entre as partes e a causa de pedir, mas o objeto
105 do CPC, quando houver identidade parcial, pode o juiz ordenar a reunião
Quando houver uma ação coletiva e uma individual, será possível haver
por conta da causa de pedir, vez que as partes e o pedido (no caso da coletiva, é
genérico), nunca serão iguais. Portanto, jamais haverá continência. Mas poderá
individual, em que as ações são reunidas para julgamento conjunto, nesse caso
não quiser a suspensão, a conexão não terá efeito algum, pois ambos os
É possível haver duas ações coletivas idênticas (identidade total): ex. ação
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a primeira posição é minoritária e ela estabelece que haverá extinção das ações.
é majoritária, entende que no caso de identidade total, não haverá extinção das
ações, mas reunião para julgamento conjunto. Não sendo isso possível, haverá
suspensão (art. 265, IV do CPC) de parte das ações (as fases das ações são
distintas).
CPC – é prevento o juiz que der o primeiro despacho positivo (cite-se) e art. 219
etc.
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STF (ADI 27/97): Regras de foro privilegiado somente podem ser alteradas pela CF.
Também segundo o STF, os agentes políticos não podem, em regra, ser réus em
improbidade administrativa.
trabalhista, federal ou estadual. Raras vezes a justiça eleitoral julga uma ação
Súmula 736 do STF: questões de meio ambiente do trabalho, cabe ação coletiva.
Federal: o que define sua competência (art. 109, I e II) não é a causa de pedir e
sim a parte. É justiça comum, pois engloba qualquer assunto que envolve a
Ex. poluição de rio entre dois Estados. Tem interesse federal? Se houver é
O fato do bem ser da União não leva a causa para a justiça federal
interesse público. Juiz federal até 60 SM e juiz estadual até 40 SM. NÃO CABE
art. 93 do CDC:
183 do STJ foi cancelada. Assim, nunca a justiça estadual julgará processo de
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competência material da justiça federal, ainda que o dano seja local e não exista
aí justiça federal.
regional ou nacional é da capital do Estado ou no DF, mas a lei não define o que
é regional. A nova lei tenta resolver esse problema: a competência será definida
competente a preventa.
especialmente, no art. 103 do CDC, que não tem limite de eficácia para a CJ (?).
Além disso, o referido raciocínio leva à crença absurda de que uma decisão
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a) execução da pretensão coletiva (art. 15 LACP). As sentenças são muito
in utibulus. A sentença coletiva não foi prolatada para reparar dano individual, é
“representação”.
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de executantes, qualquer legitimado (art. 5º da LACP) poderá executar e vai
destinatário é o fundo.
em curso.
- Súmula 345 do STJ: São devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública nas
embargadas.
devidos.
Data: 30.05.2009
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- Termo de Ajustamento de Conduta (TAC): Art. 5º, § 6º da LACP e art. 14 da
pretende.
demais).
Eficácia: Art. 6º, §6º da LAC. O TAC tem eficácia de título executivo
civil, que dependerá de homologação pelo órgão superior do MP. Caso a ação já
esteja ajuizada, não há o controle pelo órgão superior do MP; o controle será
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Hipótese de não-cabimento: Tem prevalecido o entendimento de que não
sanções.
requisitos da liminar, bem como para ouvir testemunhas). A liminar pode ser
dessas limitações.
ocorre na sentença.
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de provimento. Sucumbência: Art. 17 e art. 18 da LACP. Se o autor for
honorários do advogado da parte autora, salvo se o autor for o MP. Nesse caso,
sentença.
deficiente, pois ocorrerá se o autor for julgado carente ou a ação for julgada
improcedente. Somente ocorre na ACP dos deficientes. Nas demais ACP, aplica-
destacar que, em realidade, tecnicamente essa ação não é uma ACP, mas sim
eficácia erga omnes da decisão (art. 103 do CDC)? O STF entendeu que é possível
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o pedido são a inconstitucionalidade da lei. Na ACP, a causa de pedir é a
direitos difusos.
administrativa.
dolo.
- Art. 10: Causam prejuízo ao erário. Pode ser a título de dolo ou
culpa.
- Art. 11: Atos que violam os princípios da Administração Pública.
tipo de reserva. É subsidiário dos arts. 9º e 10. Se não for condenado nos arts. 9°
tinha que encaminhá-lo, nos termo do art. 65, § único da CF, para
sanção presidencial.
5. Legitimidade:
5.1 – Legitimidade Ativa: Art. 17 da Lei de Improbidade
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teve a verba desviada ou teve prejuízo, é a pessoa jurídica de
União).
5.2 – Legitimidade Passiva: Arts. 2º e 3º da Lei 8429/92. Aplica-se
antiga, entendeu que não se aplica a Lei 8429/92 aos agentes políticos, para não
direitos políticos.
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O STF alega que esse julgamento é para um caso específico, não tem
juiz pode receber a petição inicial e determina a citação dos acusados. Cabe
8.5. Contestação
- Ação Popular
2. Generalidades:
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- Natureza: Três entendimentos:
súmula 365 (Pessoa Jurídica não tem legitimidade para propor Ação
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conjunto de ações éticas e de boa-fé no trato da coisa pública. Ex.
popular contra a lei de efeitos concretos (é uma lei que não depende de
ato posterior para ser operacionada). Ex.: são de efeitos concretos todas
as lei proibitivas, como a Lei do Fumo; Lei da Cidade Limpa; Lei que
poluindo o meio ambiente, cabe ação popular contra esse ato? A maioria
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Nesse caso, deve-se acionar o MP. Os ambientalistas, à luz do art. 225 da
CF, entendem que todos podem propor ação popular seja qual for o réu.
- Características do ato:
Para o ato ser atacado por via de ação popular ele deve ser ilegal e lesivo
administrativo (Objeto lícito, agente capaz, forma prescrita ou não defesa e lei,
motivo e finalidade). O rol do art. 2º é exemplificativo (art. 3º). Ex. art. 37, § 1º
da CF.
lesividade. A lei presume que o ato é lesivo. Ex. contratação sem concurso
4. Legitimidade:
4.1. Legitimidade Ativa: De acordo com o sistema vigente, pode
direitos políticos.
- Segundo o STJ, é cidadão aquele que tem inscrição eleitoral,
Brasil.
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- No caso dos conscritos (alistados), art. 14, § 2º da CF, não
Eleitoral).
- Perda da legitimidade (art. 15 da CF): Se houver a perda ou
alheio. (?)
- Art. 6º, § 5º da LAP: Possibilidade de formação de
cidadão.
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Ex. uniforme de má qualidade superfaturado: os réus são a prefeitura, a
art. 47, § único e 294 do CPC e que permite, sem a anulação do processo, a
anteriormente praticados.
4.5. A posição do MP: Art. 6º, § 4º da LAP. Não é autor da Ação Popular,
propor a ação popular, mas pode ser autor, no caso de desistência deste.
processo coletivo.
6. Procedimento da ação popular: Art. 7º da LAP. Etapas:
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6.1. Petição Inicial: Art. 282 e 283 do CPC. Art. 7º, § 3º da LAP. Art.
1º, §§ 4º ao 7º da LAP.
6.2. Liminar:
Pode ser: cautelar (garantia) ou antecipatória (satisfatória).
6.3. Requisição de documentos (art. 7º, I, b da LAP). Se o juiz
º, §3º da LAP.
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confirmada pelo Tribunal. Não se aplica o art. 475 do CPC,
Mandado de Segurança:
Lei 1533/51; Lei 4348/64; Lei 5021/66; Lei 8437/92 (art. 2º) e
Lei 9494/97 (art. 2º). Sumular – STJ: 41, 169, 175, 202, 206,
272, 304, 392, 405, 429, 430, 433, 474, 506, 510 a 512, 597, 622
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CF e Lei 1533/51. Objeto: Microssistema (CDC e LACP).
do STJ).
- Mandado de Segurança:
2.3. Líquido e certo: 1. É aquele que se prova de plano, por meio de prova
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MS e ação monitória? Ambos são processos documentais, uma vez que
vai ser discutido no processo, pois já estará provado de plano. O fato não
2.4. Não amparado por HC ou HD: É uma opção legislativa. Tutela todos
CPP. Antes da CF de 34, não havia MS e para tutela dos direitos usava-se
o HC.
exceções: 1. Art. 5º, I da LMS (1533/51). Não cabe MS contra ato que caiba
deve ter efeito suspensivo e não pode haver caução. 1.1.A jurisprudência
com efeito suspensivo. 2. Art. 5º, III, LMS: Existem dúvidas sobre a
esse dispositivo foi revogado pela CF/88 em razão do art. 5º, XXXV.
abstrata, não causa prejuízo. O que causa prejuízo é o ato que decorre da
lei. Mas tem duas exceções: 1. Súmula 266 do STF: as leis de efeitos
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possível ajuizar MS. Ex. leis proibitivas são leis de efeitos concretos (lei
lei com vício no processo legislativo, não caberá mais MS, mas sim
ADIN.
quando não houver recurso. Ex. Juizado Especial Civel. Contra decisão
interlocutória no Juizado Especial não cabe agravo, caberá MS. Art. 527,
proferir sentença no Juizado, não será possível rescisória, mas caberá MS,
obedeceu a razoabilidade.
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2.7. Praticado por autoridade ou pública ou por quem lhe faça as vezes:
3. Legitimidade:
possível MS do Poder Público contra o Poder Público. Pode ser também órgãos
também pode impetrar MS; no cível é mais raro, mas é comum no criminal,
1.1. É uma associação, cujos estatutos são depositados no TSE (art. 17, § 2º da
CF). 1.2. Para haver legitimidade para propor MS, deve haver pelo menos um
classe e associação: é o direito dos associados, ainda que não guarde vínculo
com os fins próprios da entidade. O interesse não precisa ser típico, não precisa
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ser interesse da categoria, basta ser interesse dos associados. Para fins de MS
ações, será necessária a autorização. Súmula 629 do STF. 2.2. Súmula 630 do
STF.
energia pública, telefone, educação superior). Súmula 510 do STF e art. 1º, §1º
jurídica. Tem prevalecido que a segunda opção, ou seja, a pessoa jurídica, uma
primeira posição que tem previsão legal (art. 1º, §1º da LMS) e que tem também
responder a ação.
Critérios:
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regulam o foro privilegiado das autoridades estaduais e municipais.
ex. ensino.
3. Valorativo: Valor da causa. Em regra, define a competência do juizado
especial cível e juizado especial federal. Nos termos do art. 3º das Leis
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Os critérios funcional e material são de competência absoluta, pois
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