Introdução

Bibliografia

Lógica Matemática
(LM)

Professores:
Cedric Luiz de Carvalho
Dirson Santos de Campos
Elisângela Silva Dias

{cedric, dirson, elisangela}@inf.ufg.br

Instituto de Informática
Universidade Federal de Goiás

Professores: Cedric Luiz de Carvalho Dirson Santos de Campos

Lógica
Elisângela
Matemática
Silva Dias
 Definição de Lógica
Motivação
Introdução
Proposições
Bibliografia
Argumentos
Inferências

Introdução
Definição de lógica
A lógica é a base de todo o raciocínio matemático e de todo
raciocínio automatizado.
“Lógica é a análise de métodos de raciocínio.” MENDELSON
[5].
“A lógica pode ser entendida como a ciência que estuda os
princípios e os métodos que permitem estabelecer as condições
de validade e invalidade dos argumentos.” BISPO et al. [2].
Está interessada principalmente na forma (estrutura) e não no
conteúdo dos argumentos.
Exemplo de argumento:
Todo homem é mortal.
Sócrates é um homem.
Professores:
Portanto, Sócrates é mortal.Lógica
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Inferências

Introdução

Definição de lógica
Segundo Chauí [3], a lógica pode ter qualquer das definições
abaixo:
estudo do raciocínio;
estudo do pensamento correto e verdadeiro;
regras para demonstração científica verdadeira;
regras para pensamentos não-científicos;
regras sobre o modo de expor o conhecimento; e
regras para verificação da verdade ou falsidade de um
pensamento.

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Introdução

Por que estudar lógica?

“Estamos na era pós-industrial, na qual os principais produtos
da mente humana são as ideias.” DEMASI [4].
Após o surgimento das grandes ideias, seus fundamentos são
criticados e analisados logicamente.
Ao estudar lógica, o indivíduo toma conhecimento dos
elementos fundamentais da capacidade de argumentar e expor
suas ideias.

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Introdução

História da Lógica
A Lógica, também chamada de formal, simbólica ou ainda
matemática, pode ser tratada mediante três concepções:
lógica como sistemas de regras (período grego, século IV a.C.
até o início do século XIX);
lógica como conjunto de leis (período booleano, século XIX e
primeira década do século XX);
lógica como estrutura linguística (período contemporâneo).

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Introdução

História da lógica
Começou com coleção de tratados (Organon) de Aristóteles
(384-322 a.C.).
Depois, destacam-se as escolas dos megáricos (300 a.C.) e
estoicos (260 a.C.), passando pelos medievais, e.g., Pedro
Abelardo (1079-1142) e W. Ockham (1285-1347).
Na Idade Moderna, tivemos a lógica de Port-Royal (1662) e
logística de G.W.Leibniz (1646-1716).
A partir do século XIX, a lógica evoluiu para um sentido mais
matemático, algébrico.
Influenciaram a aproximação da lógica com a álgebra: George
Boole (1815-1864), Augustos de Morgan (1806-1871) e outros.

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Introdução
História da lógica
G. Frege (1848-1925) desenvolveu um sistema de lógica por
um método linguístico (cálculo proposicional).
No século XX, com o surgimento das geometrias não
euclidianas (Lobachevsky, Bolyai, Gauss, Riemann e outros) e
da teoria de conjuntos de George Cantor (1845-1918), os
fundamentos da matemática associou-se ao desenvolvimento
da lógica.
O período contemporâneo iniciou-se com a publicação de
Principia Mathematica de A. N. Whitehead (1861-1947) e
Bertrand Russel (1872-1947).
Neste período, o enfoque linguístico-formal se impõe, ou seja,
a lógica passa a ser vista como estrutura linguística.
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Introdução
História da lógica
A partir de 1930, a lógica caminha para uma maior integração
à matemática.
Tem aplicações nas mais diversas áreas: informática,
administração, física, economia, engenharias, etc.
Houve contribuições de:
K. Gödel (1906-1978) com teoremas de incompletude;
A.M. Turing (1912-1954) com a teoria geral dos processos
computáveis;
A. Church (1903-1995), S.C. Kleene (1909-1994), J.B. Rosser
(1907-1989) e outros com a teoria da recursão;
A. Tarski (1902-1983), A. Robinson (1918-1974) e outros com
a teoria de modelos; e
Newton C.A. da Costa (1929- ) com a lógica paraconsistente.
A diversificação da lógica torna impossível acompanhar o
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Introdução

Sinopse das várias lógicas

Cálculo de predicados de primeira ordem:
a) teoria de conjuntos;
Clássica
b) teoria de tipos; e
c) teoria de categorias como fundamento da matemática.
Complementares da clássica
a) Epistêmica clássica:
Não clássica
- lógica da crença;
- lógica do conhecimento.
b) Modal clássica.
c) Clássica de ação etc.
d) Intencionais clássicas.
e) Indutiva clássica etc.
Heterodoxas
a) Paracompletas.
b) Paraconsistentes.
c) Não aléticas.
d) Quânticas.
e) Relevantes.
f) Modais paraconsistentes.
g) Epistêmicas paracompletas.
h) Indutivas paraconsistentes etc.

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Introdução

Lógica matemática vs. computação

Existem várias aplicações, por exemplo:
em algoritmos;
fazer os exercícios introdutórios.
em linguagens de programação;
em inteligência artificial;
linguagens de programação simbólica ou declarativa (Prolog,
Lisp).
em engenharia de software;
projeto e especificação formal de sistemas.
no desenvolvimento de máquinas de computação;
em programação de computadores;
entre outras.

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Introdução
Definição (Proposições)
Uma proposição é uma sentença declarativa que pode ser
verdadeira (V) ou falsa (F), mas não ambas.

Exemplo
1 Salvador é a capital da Bahia (V);
2 2 + 2 = 3 (F).
3 A lua é satélite da Terra (V).

Não são proposições:

Exemplo
1 Que dia é hoje?
2 Leia isto cuidadosamente.
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Introdução
Argumentos e proposições
Uma proposição é todo conjunto de palavras ou símbolos que
exprimem um pensamento de sentido completo.
Um argumento é uma sequência de proposições na qual uma
delas é a conclusão e as demais são premissas.
O objeto de estudo da lógica é determinar se a conclusão de
um argumento é ou não uma consequência lógica das
premissas.

Exemplo (O argumento que segue é válido?)

Se eu ganhar na loteria, serei rica.
Eu ganhei na loteria.
Portanto, sou rica.
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Introdução

Argumentos válidos
As premissas são consideradas provas evidentes da verdade da
conclusão, caso contrário o argumento não é válido.
As conclusões são verdadeiras sempre que as premissas
também o forem.
Podemos dizer que a conclusão é uma consequência lógica
das premissas, ou ainda que a conclusão é uma inferência
decorrente das premissas.

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Introdução

Inferências
Inferência é a relação que permite passar das premissas para a
conclusão (através de um “encadeamento lógico”).
A palavra inferência vem do latim inferre e significa “conduzir
para”.

Exemplo (O argumento que segue é válido?)

Se o Brasil ganhar da Argentina será campeão.
O Brasil ganhou da Argentina.
Logo, não é campeão.

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Bibliografia
Argumentos
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Inferências
Um argumento válido pode nos levar a falsas conclusões.

Exemplo
Toda aranha tem seis pernas. (F)
Todo ser de seis pernas tem asas. (F)
Logo, toda aranha tem asas. (F)

Que é diferente de:

Exemplo
Toda baleia é um mamífero. (V)
Todo mamífero tem pulmões. (V)
Logo, toda baleia tem pulmões. (V)
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Introdução
Proposições
Bibliografia
Argumentos
Inferências

Introdução

Exemplo (Argumentos válidos)

Se hoje é domingo, então não tem aula (premissa).
Hoje é domingo (premissa).
Portanto, hoje não tem aula (conclusão).

Exemplo (Argumentos válidos)

Todos os estudantes da UFG são inteligentes (premissa).
Carlos é um estudante da UFG (premissa).
Portanto, Carlos é inteligente (conclusão).

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Proposições
Bibliografia
Argumentos
Inferências

Introdução

Exemplo (Argumentos inválidos)

Se hoje é domingo, então não tem aula (premissa).
Hoje não tem aula (premissa).
Portanto, hoje é domingo (conclusão).

Exemplo (Argumentos inválidos)

Carlos é um estudante inteligente (premissa).
Carlos também é um estudante da UFG (premissa).
Portanto, todos os estudantes da UFG são inteligentes
(conclusão).

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Bibliografia

Referências Bibliográficas
Referências
ALENCAR Filho, Edgard de,
Iniciação à Lógica Matemática.
Editora Nobel, 1990.

BISPO, C.A.; CASTANHEIRA, L.B.; SOUZA Filho, O.M.,

Introdução à Lógica Matemática.
Editora Cengange Learning, 2011.

CHAUÍ, M.,
Convite à Filosofia.
Editora Ática, 2002.

DEMASI, D. de,
Criatividade e Grupos Criativos.
Editora Sextante, 2002.

MENDELSON, E.,
Introduction to Mathematical Logic.
Wadsworth and Brook, 1987.

SOUZA, João Nunes de,

Lógica para Ciência da Computação e áreas afins.
3a . edição, Editora Elsevier, 2015.

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